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IFE: nº 5.445 -14 de março de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel: Fevereiro conta com liberação para operação comercial de 513,3 MW
2 PAR Procel 202/2023 terá orçamento de R$ 225,1 mi

Transição Energética
1 Partidos contra a ampliação de benefícios a usinas de carvão até 2040
2 Programa dos EUA apoia o progresso nuclear de Gana

3 Trabalho inicial para implementação de SMR canadense
4 União Europeia: Especulação e as consequências para o carbono
5 Ucrânia: Metade da capacidade de energia renovável da sob ameaça
6 Macedônia do Norte: BEI reafirma o compromisso com a transição verde
7 Programa CarbonRight para compensar as emissões de carbono dos clientes
8 Sara Aagesen: “as renováveis como a melhor resposta à crise energética”
9 Gransolar se une ao The Climate Pledge, uma iniciativa internacional que busca emissões zero até 2040
10 Banco Santander financiou projetos renováveis em 2021
11 Artigo de Italo Bertão Filho: “O que são ODS da ONU, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030?”

Empresas
1 Eletrobras conquista reputação de melhor empresa no setor elétrico
2 Furnas e Cepel iniciam projeto pioneiro no Brasil para aumentar confiabilidade e reduzir custos de linhas de transmissão
3 Fitch afirma ratings da Equatorial e eleva Echoenergia para ‘AA+(bra)’
4 Focus Energia deixa de existir e projetos passam para controle da Eneva
5 A Geradora investe R$ 50 mi e quer crescer em 2022
6 França retoma estudos para nacionalizar gigante elétrica EDF

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Carga em março continua com previsão de alta de 2%
2 ONS: Região Sul apresenta níveis estáveis e conta com 27,1% da capacidade

Mobilidade Elétrica
1 Deputado propõe incentivo ao mercado de VEs
2 GM: Brasil tem potencial para ser polo de VEs
3 GM terá carregamento bidirecional para VEs
4 Volvo testa recarga sem fio para VEs

5 Honda fecha acordo e vai produzir os VEs da Sony
6 DOE: Caminhões elétricos serão mais baratos que os movidos a diesel até 2035
7 Espanha: Saragoça inicia a sua eletrificação incorporando VEs na rede de transportes

Inovação
1 MWM/AUMA: Geração de energia à biogás para pequenas propriedades rurais
2 SMA: Desenvolvimento de inversores à base de nitreto de gálio

Energias Renováveis
1 Neoenergia/BNB: Parceria para o financiamento de energia solar
2 Solarprime: Inauguração de usina solar no MS
3 Absolar/Invest Paraná: Acordo de cooperação para expansão da energia solar
4 Empresários paranaenses realizam evento para ampliar projetos de energia solar

5 Ingeteam: Inversores para projetos de 210 MW em PE
6 Reino Unido: Expansão da energia eólica como tema de segurança nacional
7 Alemanha: Transição para energia eólica e solar será acelerada
8 Espanha: Desenvolvimento do setor eólico visando reduzir a dependência de combustíveis fósseis

9 Cornell University: Energia eólica pode reduzir o aquecimento global em até 0,8 ºC

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Cepel: Migração para o ACL gera economia de $ 750 mi

Biblioteca Virtual
1 FILHO, Italo Bertão. “O que são ODS da ONU, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030?”


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel: Fevereiro conta com liberação para operação comercial de 513,3 MW

A Aneel liberou em fevereiro 513,3 MW em geração de energia para operação comercial. O quantitativo obtido neste ano, de 995,5 MW, equivale a 13% do incremento na matriz energética previsto para este ano, de 7.625,08 MW. Fevereiro obteve acréscimo de 346,57 MW de usinas eólicas e 100 MW de solares fotovoltaicas, as quais representam juntas 87% da ampliação de potência no mês. Entraram em operação ainda 48,73 MW em usinas termelétricas e 18 MW em pequenas centrais hidrelétricas. Nove estados de três regiões brasileiras ganharam acréscimos em geração de energia este ano. Destacaram-se, em ordem decrescente, a Bahia, com 345 MW; o Rio Grande do Norte, com 306,55 MW; e o Paraná, com 152,80 MW. O Amazonas foi o estado com menor adição no mês, de apenas 3,17 MW. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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2 PAR Procel 202/2023 terá orçamento de R$ 225,1 mi

O orçamento para o Plano de Aplicação de Recursos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica 2022/2023 será de R$ 225.139.167,41. O valor foi aprovado pelos membros do Comitê Gestor de Eficiência Energética na 23ª Reunião do Comitê, realizada no último dia 9 de março de 2022. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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Transição Energética

1 Partidos contra a ampliação de benefícios a usinas de carvão até 2040

Três partidos deram entrada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, contra a lei federal 14.299, que prorroga até 2040 os subsídios ao carvão mineral para a geração de energia elétrica. Na ação contra a lei editada em janeiro, Psol, Rede e PSB afirmam que, ao garantir financiamento público ao mais poluente dos combustíveis fósseis na geração de energia, o governo distorce o conceito de "transição energética justa", ignorando a necessidade de haver abatimento de carbono na geração nacional e contribuindo para a emissão de grande volume de gases de efeito estufa. Segundo as legendas, a lei beneficia o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, conjunto de usinas na cidade de Capivari de Baixo, em Santa Catarina. A ação é apoiada pelo Observatório do Clima e pelo Observatório do Carvão Mineral, o Instituto Arayara entrou como “amicus curiae” dos partidos no STF. “Precisamos de uma transição energética justa que considere todo conjunto da sociedade, diversas formas de geração de energia e não manter o subsídio para o carvão continuar comprometendo a nossa sustentabilidade, prejudicando a saúde da nossa população e transformando o nosso país num pária internacional”, afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira. (O Estado de São Paulo – 11.03.2022)

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2 Programa dos EUA apoia o progresso nuclear de Gana

Os Estados Unidos (EUA) e Gana anunciaram sua parceria para apoiar a adoção de tecnologia de reator modular pequeno (SMR) pelo Gana no âmbito do programa de Infraestrutura Fundamental para Uso Responsável de Tecnologia de Reator Modular Pequeno (FIRST) do Departamento de Estado dos EUA. Lançado pelo Departamento de Estado em abril de 2021, o FIRST fornece apoio de capacitação aos países parceiros à medida que desenvolvem seus programas de energia nuclear para apoiar as metas de energia limpa sob os mais altos padrões internacionais de segurança, proteção e não proliferação nuclear. Até o momento, o departamento anunciou US$ 7,3 milhões para apoiar os projetos FIRST em todo o mundo. O programa apoiará a adoção da tecnologia SMR pelo Gana, incluindo suporte para o envolvimento das partes interessadas, colaboração técnica avançada e avaliação e planejamento de projetos. O Japão, que se associou aos EUA no programa FIRST, também aproveitará sua parceria existente com Gana para promover as aspirações de energia nuclear civil de Gana, disse o Departamento de Estado. (World Nuclear News – 11.03.2022)

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3 Trabalho inicial para implementação de SMR canadense

As atividades de preparação antecipada estão programadas para começar no local do futuro pequeno reator modular (SMR) da Ontario Power Generation (OPG), após a concessão de um contrato de CAD 32 milhões para a primeira fase de preparação do local e infraestrutura de suporte para o Novo Projeto Nuclear de Darlington. O trabalho de infraestrutura coberto pelo contrato de CAD 32 milhões (USD 25 milhões) concedido ao fabricante e construtor multi-comércio de Ontário ES Fox inclui trazer serviços como água, energia elétrica, tecnologia da informação e estradas para o local, que é adjacente à usina nuclear de Darlington da OPG. usina elétrica. Sujeito às licenças necessárias e aprovações regulatórias, espera-se que o trabalho de preparação comece ainda este ano. Outras aprovações regulatórias serão necessárias antes que a construção do SMR possa começar. O Darlington New Nuclear Project é o único local no Canadá com uma avaliação ambiental aceita e licença de preparação do local. A OPG selecionou no ano passado o BWRX-300 SMR da GE Hitachi Nuclear Energy para o local, onde diz que o primeiro SMR comercial em escala de rede do Canadá poderia ser concluído em 2028. (World Nuclear News – 11.03.2022)

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4 União Europeia: Especulação e as consequências para o carbono

Menos de um mês atrás, o preço das licenças de carbono europeias, ou EUAs, estava batendo na porta de 100 euros por tonelada. Mas atingir esse marco de três dígitos parece uma perspectiva mais distante agora em meio a uma queda dramática. O preço da EUA no primeiro mês caiu para 58 euros por tonelada métrica em 7 de março. Negociações especulativas, em vez de fundamentos de mercado, parecem ter sido o principal fator da queda, com os investidores optando por obter lucros. As chamadas de margem e a liquidez necessária para outros ativos, como o gás, também retiraram o apoio do carbono. Resta saber quanta destruição da demanda industrial a guerra causará. Ainda assim, nem tudo é pessimismo para o mercado de carbono europeu, de acordo com a BNEF. No geral, espera-se que a guerra tenha um impacto otimista, já que os altos preços do gás aumentarão a queima de carvão e linhite, elevando as emissões e a demanda por licenças. De fato, os preços do carvão estão subindo à medida que os países buscam alternativas ao gás russo, como a BNEF explora aqui. (BNEF – 11.03.2022)

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5 Ucrânia: Metade da capacidade de energia renovável da sob ameaça

Metade da capacidade de energia renovável de 9.500 MW da Ucrânia está ameaçada de destruição total ou parcial por causa da guerra russa contra o país, de acordo com a Associação Ucraniana de Energia Renovável (UARE). A Associação disse que 47% da capacidade instalada das usinas de energia renovável está localizada nas regiões onde estão ocorrendo hostilidades ativas. Além disso, muitos projetos estão localizados em áreas adjacentes a essas áreas. A grande maioria dos parques eólicos na Ucrânia foi construída no sul do país com o maior potencial eólico – Zaporizhzhia, Kherson, Mykolaiv e Odesa, acrescentou. A UARE disse que 89% da capacidade do parque eólico está localizada em áreas onde as hostilidades ativas estão em andamento, outros 9% estão localizados nas proximidades de regiões com hostilidades ativas. (Renews Biz – 11.03.2022)

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6 Macedônia do Norte: BEI reafirma o compromisso com a transição verde

O Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou o reforço do apoio financeiro e técnico a projetos de adaptação às alterações climáticas e de eficiência energética em conformidade com o Plano Económico e de Investimento. O banco da União Europeia (UE) forneceu 156 milhões desde 2020 para a recuperação sustentável do país. Até à data, o Grupo BEI investiu 1,1 mil milhões no desenvolvimento económico e social da Macedónia do Norte. Durante a visita do BEI a Skopje, a Vice-Presidente do BEI, Lilyana Pavlova, reafirmou o compromisso do banco da UE em acelerar a descarbonização e a transição verde da Macedónia do Norte, apoiando os principais projetos descritos no Plano Económico e de Investimento. Reuniões bilaterais com o Primeiro-Ministro Dimitar Kovacevski, o Ministro das Finanças Fatmir Besimi e vários outros ministros, o Presidente da Câmara de Skopje e o Chefe da Delegação da UE na Macedónia do Norte ajudaram a identificar novas possibilidades para alargar a cooperação no âmbito da nova sucursal global do BEI, que visa aumentar apoio a países fora da União Europeia. O BEI destacou o apoio ao desenvolvimento de infraestruturas ferroviárias modernas, rede energética e infraestruturas de água e águas residuais para ajudar o país a adaptar-se às alterações climáticas e proteger o ambiente. Além disso, o Banco pretende desenvolver novos instrumentos de garantia e partilha de risco para o setor privado em colaboração com a Comissão Europeia. (EE Online – 11.03.2022)

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7 Programa CarbonRight para compensar as emissões de carbono dos clientes

A partir desta semana, os clientes da Dominion Energy em Utah e Idaho podem se inscrever no novo programa CarbonRight, um programa corporativo para ajudar os clientes a reduzir sua pegada de carbono do uso de gás natural, apoiando projetos para reduzir emissões. Um programa totalmente voluntário, o CarbonRight permite que clientes residenciais, empresariais, governamentais e acadêmicos comprem compensações de carbono em blocos de US$ 5 aplicados em sua fatura mensal. Por exemplo, um cliente residencial típico pode compensar toda a sua pegada de carbono com uma única compra de bloco de US$ 5 por mês. Todas as compensações resultarão de projetos para reduzir as emissões de carbono em aterros sanitários em Utah e Missouri ou de um projeto de gestão florestal e captura de emissões em Minnesota. “Nossos clientes estão procurando maneiras de ter um impacto positivo no meio ambiente”, disse Steven Ridge, vice-presidente e gerente geral da Dominion Energy Utah. (Daily Energy insider – 11.03.2022)


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8 Sara Aagesen: “as renováveis como a melhor resposta à crise energética”

O secretário de Estado da Energia avaliou positivamente o novo plano energético europeu (REPowerEU), apresentado pela Comissão Europeia com as recomendações que os países podem utilizar para lidar com os preços da eletricidade, mas indicou que as medidas devem ser tomadas “com urgência”. Aagesen também anunciou que o roteiro do biogás será lançado "imediatamente" nas próximas duas semanas. A secretária de Estado da Energia, Sara Aagesen, assegurou que "a melhor resposta" ao impacto da guerra na Ucrânia nos preços da energia é apostar nas energias renováveis, "o grande recurso de Espanha". Durante seu discurso no Comitê de Energia da Câmara de Comércio Espanhola, Aagesen fez uma avaliação positiva do novo plano energético europeu (REPowerEU), apresentado pela Comissão Europeia com as recomendações que os países podem usar para lidar com os preços da energia. indicou que as medidas devem ser tomadas "com urgência", de acordo com a Europa Press. Da mesma forma, Aagesen apresentou nesta comissão a Perte Erha de energias renováveis, hidrogênio renovável e armazenamento, e assegurou que seus objetivos estão alinhados com a estratégia industrial europeia de "fazer a transição para a independência energética". (Energías Renovables – 11.03.2022)

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9 Gransolar se une ao The Climate Pledge, uma iniciativa internacional que busca emissões zero até 2040

A Amazon e a Global Optimism anunciaram hoje que mais de 300 empresas se juntaram ao The Climate Pledge, a comunidade intersetorial de empresas e organizações que colaboram para lutar conjuntamente por uma meta ambiciosa: atingir emissões líquidas de carbono zero até 2040. dez anos antes do previsto pelo Acordo de Paris. Entre os quase 100 novos signatários está a Gransolar e outras cinco empresas da Espanha: Natra, Ceast, Making Science, Paack Logistics e Hammam Al Ándalus. Todos eles se comprometem a atingir zero emissões líquidas de carbono até 2040, uma década antes do Acordo de Paris. Outras empresas internacionais que também se unem a este compromisso são a Maersk, a maior empresa de transporte de contêineres do mundo; SAP, o desenvolvedor líder de software de negócios; a madeireira americana Weyerhaeuser; a maior empresa de energia solar residencial dos Estados Unidos, Sunrun, e uma das marcas líderes em serviços de áudio e carro conectados, Harman. No total, os signatários do The Climate Pledge têm um faturamento anual combinado de mais de 3,5 bilhões de euros em todo o mundo e mais de 8 milhões de funcionários, em 51 setores e 29 países. (Energías Renovables - 14.03.2022)

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10 Banco Santander financiou projetos renováveis em 2021

A entidade financiou ou assessorou projetos de energia renovável greenfield com capacidade instalada total de 13.604 megawatts (MW), e contribuiu para a expansão, melhoria e manutenção de projetos de infraestrutura de energia renovável existentes (brownfield), com capacidade instalada total de 1.776 MW. Os projetos renováveis financiados têm capacidade de geração de energia equivalente ao consumo anual de 9,2 milhões de residências. Também já lançou seu terceiro título verde, que arrecadou 1.000 milhões de euros. O Banco Santander destinou mais de 32.000 milhões de euros em 2021 para financiamento verde, como financiamento de projetos, empréstimos sindicalizados, títulos verdes, financiamento de capital, assessoria, estruturação e outros produtos, segundo um comunicado. A meta é chegar a 120 bilhões em 2025. Em 2021, a entidade ajudou a financiar ou assessorar projetos greenfield de energia renovável com capacidade instalada total de 13.604 megawatts (MW), evitando a emissão de 251 milhões de toneladas de CO2 e contribuindo para a expansão, melhoria e manutenção de projetos de infraestrutura de energia renovável existentes (brownfield), com capacidade total instalada de 1.776 MW. (Energías Renovables – 11.03.2022)

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11 Artigo de Italo Bertão Filho: “O que são ODS da ONU, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030?”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Italo Bertão Filho (repórter do Valor Econômico) trata da apresentação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e um compilado dos resultados atuais acerca dos mesmos. Segundo o autor, “as empresas também podem incluir os ODS em seus planos de negócios. Para nortear as ações do setor empresarial, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), a Global Reporting Initiative e a Rede Brasileira do Pacto Global criaram o Guia dos ODS para as Empresas, uma versão brasileira da cartilha internacional que orienta as empresas na implementação dos ODS. O documento recomenda que as companhias definam prioridades para que possam contribuir de forma mais assertiva com os propósitos e gerar mais impacto.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 14.03.2022)

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Empresas

1 Eletrobras conquista reputação de melhor empresa no setor elétrico

A Eletrobras informou que por mais um ano conquistou a reputação de uma das melhores empresas do setor elétrico brasileiro. A conclusão é do estudo Merco Empresas e Líderes 2021, realizado pelo Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco), que concedeu à companhia a primeira posição no ranking do setor de energia elétrica. A pesquisa foi realizada no Brasil entre julho e dezembro de 2021, com um total de 3865 entrevistas, e o resultado foi divulgado na última quinta-feira, 10. A Eletrobras também figura no ranking de 100 empresas e 100 líderes com melhor reputação no país, ocupando, respectivamente, a 84ª e a 90ª posição, representada pelo presidente da companhia, Rodrigo Limp. O perfil de reputação das empresas é traçado a partir de atributos que consideram resultados econômicos e financeiros, qualidade da oferta comercial, talento, ética e responsabilidade corporativa, dimensão internacional e inovação. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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2 Furnas e Cepel iniciam projeto pioneiro no Brasil para aumentar confiabilidade e reduzir custos de linhas de transmissão

Furnas e Cepel assinaram contrato, no último dia 09 de março, para dar início a um projeto P&D Aneel que visa avaliar a utilização de torres metálicas de transmissão tubulares ou treliçadas com mísulas isolantes (ou isoladas) em linhas de transmissão de energia elétrica. O projeto é motivado pelo crescente uso desta tecnologia no exterior, com resultados positivos no aumento da confiabilidade da linha e na redução de custos de implantação. A mísula, em geral, é um elemento metálico da torre, sustentando uma cadeia de isoladores. No entanto, quando a mísula é o próprio isolante, faz-se desnecessário o uso das cadeias de isoladores, possibilitando torres mais compactas, e, consequentemente, diminuindo os custos com material e amenizando o impacto visual das estruturas. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Cepel – 11.03.2022)

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3 Fitch afirma ratings da Equatorial e eleva Echoenergia para ‘AA+(bra)’

A agência de classificação de risco Fitch Ratings removeu a Observação Negativa e afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ do Grupo Equatorial para as subsidiárias no Pará, e de Transmissão. Ao mesmo tempo a agência removeu a Observação Positiva e elevou o Rating Nacional de Longo Prazo da recém adquirida Echoenergia Participações de ‘A+(bra)’para ‘AA+(bra)’. A Perspectiva dos três ratings corporativos é Estável. As ações de classificação seguem a conclusão e o pagamento da compra da totalidade das ações da Echoenergia pelo grupo por R$ 7 bilhões. Apesar da ausência de incentivos legais para que a Equatorial suporte a empresa adquirida, em caso de necessidade, os incentivos estratégicos e operacionais foram considerados médios, segundo a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias. Tal fator levou a um benefício de três níveis em sua classificação. A Echoenergia deve ter uma contribuição reduzida nos resultados consolidados, mas possibilita maior diversificação em termos de ativos e segmentos de atuação para a Equatorial e deve ser um importante veículo de crescimento do grupo em geração de energia renovável. No caso das subsidiárias, avaliadas com base no perfil de crédito consolidado, a ação reflete o alívio nos indicadores financeiros consolidados previstos no momento do anúncio da compra, em outubro de 2021, decorrente da entrada líquida de caixa de R$ 2,8 bilhões, relativa à recente oferta de ações realizada pela holding. O desempenho mais robusto da empresa em 2021, com favoráveis expectativas para a partir de 2022, e a manutenção de robusta liquidez, mesmo após o desembolso com a aquisição, também foram considerados na análise. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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4 Focus Energia deixa de existir e projetos passam para controle da Eneva

Após a conclusão da combinação de negócios, a Eneva confirmou a incorporação da Focus Energia, que a partir de agora deixa de existir e os projetos passam para controle da holding. Além de diversificar o portfólio em energias renováveis, outra meta da Eneva é fortalecer a posição de comercialização de energia. Com isso, as ações da Focus Energia deixam de ser negociadas na B3 e os acionistas passam a integrar a base acionária da Eneva. Eles receberão uma nova ação ordinária e uma nova ação preferencial compulsoriamente resgatável de emissão da holding para cada uma ação ordinária, nominativa e sem valor nominal da Focus de sua titularidade. A companhia adquiriu a Focus Energia por R$ 936 milhões em dezembro do ano passado. O valor da Parcela Assegurada do Valor de Resgate é de R$ 715 milhões e o restante em ações da Eneva com proporção de troca. “O objetivo é fortalecer a posição da Eneva como comercializadora de energia, já que a comercializadora da Focus era bem maior, ter acesso à comercialização de geração distribuída e à entrada no projeto Futura 1 (671 MW) com a possibilidade de expansão nos projetos Futura 2 e 3”, disse o diretor de Operações da Eneva, Lino Cançado. A empresa se comprometeu em não investir mais em carvão e descontinuar as operações com esta fonte até 2040. Entretanto, a Eneva não tem estabelecido qual vai ser o mix e os projetos vão depender do retorno e competitividade. O executivo espera o reconhecimento do mercado, justificando que a transação traga um retorno de dois dígitos altos. Além disso, a empresa quer colocar o projeto solar em operação até o final do ano e com isso a empresa começa a se capitalizar. A pressão das cadeias produtivas vem afetando principalmente o setor solar com câmbio, frete e forte demanda global. Entretanto, o executivo diz que para o projeto Futura 1 não será afetado, já que tudo já está adquirido e o empreendimento está em fase de montagem. (Valor Econômico – 11.03.2022).

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5 A Geradora investe R$ 50 mi e quer crescer em 2022

A expectativa da locadora de geradores de energia A Geradora é de ter um crescimento de 15% em 2022. A empresa investiu R$ 50 milhões na compra de 500 novos equipamentos e acessórios para suportar a meta da empresa. De acordo com o diretor-comercial d’A Geradora, José Candido Terceiro Júnior, lembra que 2021, ano em que uma hidrologia ruim e de tarifas altas potencializou procura e contratos para empresas de soluções em geração, ficou para trás. As chuvas do início de 2022 trouxeram aparente normalidade ao sistema. Para Terceiro, a retomada da economia potencializa novos contratos. Em 2021, a empresa faturou R$ 212 milhões, cerca de 25% a mais que o registrado no ano anterior. O setor de saneamento é uma das apostas para 2022, já que as estimativas são de investimentos bilionários em obras. Ainda na área de infraestrutura, a fonte eólica é outro nicho de atuação da A Geradora. A locadora atua tanto na instalação dos parques quanto em paradas de manutenção, o comissionamento. Durante essa etapa, a empresa fornece equipamentos para teste de cargas e geradores com alta capacidade instalada de forma a simular a carga de energia produzida pelas usinas eólicas. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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6 França retoma estudos para nacionalizar gigante elétrica EDF

O governo francês estuda retomar um plano ambicioso para nacionalizar a endividada Électricité de France (EDF) e reorganizá-la com foco na produção de energia nuclear. A informação é de pessoas com conhecimento do assunto. O caos no mercado de energia — exacerbado pela invasão da Ucrânia pela Rússia — deu novo impulso ao esforço de longa data para reestruturar a maior fornecedora de eletricidade da França. Autoridades têm conversado com potenciais consultores sobre a ideia de comprar a participação de acionistas minoritários da EDF e retirá-la do mercado acionário, disseram as fontes, que pediram anonimato para discutir informações confidenciais. O Estado é o maior investidor na EDF, com 84% de participação. Segundo os entrevistados, o governo pretende manter a posse das operações domésticas e pode rever as operações internacionais. Se as autoridades decidirem seguir adiante, eventuais planos só avançarão após as eleições — supondo que o presidente Emmanuel Macron permaneça no poder. A EDF poderia alienar participações no exterior, incluindo ativos de energias renováveis, de acordo com as pessoas. Essas vendas trariam dinheiro para financiar operações nucleares e hidrelétricas na França. A estratégia também poderia atrair investidores para operações eólicas e solares para ajudar a financiar projetos mais ecológicos, como ocorreu recentemente na Itália. As discussões são preliminares e não é certo que o governo decidirá prosseguir. Um porta-voz do Ministério das Finanças disse que a informação é “falsa” e que o governo não está trabalhando em tal projeto. Um representante da EDF se recusou a comentar. (Valor Econômico – 11.03.2022).

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Carga em março continua com previsão de alta de 2%

A segunda revisão semanal do Programa Mensal de Operação de março aponta estabilidade em relação às projeções da semana passada. A expectativa é de que a carga apresente elevação de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo índice da versão anterior. Enquanto isso, as vazões devem apresentar um índice equivalente ao que foi apresentado sete dias atrás. Para o maior submercado do SIN, o Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é de que a ENA fique em 74% da média de longo termo. No Sul o índice aumentou para 70% da MLT, já nos dois outros submercados, os valores continuam acima da média. No Nordeste é de 124% e no Norte em 114% da média histórica. Esses dados são estimados para o fechamento do mês. Em termos de carga a expansão de 2%, se confirmada deverá ser de 74.205 MW médios. Esse volume é o resultado do crescimento de 3,4% no NE, de 1,6% no SE/CO e de 3,5% no Sul. No Norte está a única queda, de 1,4%. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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2 ONS: Região Sul apresenta níveis estáveis e conta com 27,1% da capacidade

Depois de um longo período de recuo, a região Sul apresentou níveis estáveis em seus reservatórios e está operando com 27,1% de sua capacidade de armazenamento, na última quinta-feira, 10 de março, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia retida é de 5.318 MW mês e ENA aponta 3.672 MW med, valor que corresponde a 43% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 28,15% e 27,54%, respectivamente. O submercado SE/CO apresentaram crescimento de 0,1 p.p e trabalham com 59,4%. A energia armazenada mostra 121.540 MW mês e a ENA aparece com 45.562 MW med, o mesmo que 74% da MLT. Furnas admite 78,21% e a usina de São Simão marca 59,34%. O submercado do Norte cresceu 0,2 p.p e chega a 98,6%. A energia armazenada marca 15.088 MW mês e ENA é de 31.960 MW med, equivalente a 118% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 99,61%. A Região Nordeste aumentou 0,3 p.p e opera com 84,7% da sua capacidade. A energia armazenada indica 43.793 MW mês e a energia natural afluente computa 17.707 MW med, correspondendo a 124% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 80,54%. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Deputado propõe incentivo ao mercado de VEs

O deputado Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais, apresentou na quinta-feira (10/3) um projeto de lei para estimular o mercado de veículos elétricos no Brasil. A proposta começou a tramitar no mesmo dia em que o Senado aprovou o auxílio-gasolina e fixou o valor do ICMS dos combustíveis, em meio à disparada no preço do petróleo provocada pela guerra na Ucrânia. O texto do deputado prevê a criação do Programa Mobilidade Elétrica (Mobe). Empresas da cadeia do transporte elétrico teriam isenção de impostos e facilidade para obter financiamentos. O incentivo valeria tanto para produzir veículos elétricos quanto para converter os automóveis de combustão em elétricos ou híbridos. O setor calcula que a venda de veículos elétricos cresceu 77% de 2020 a 2021 no país. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) calcula que o Brasil tenha pelo menos 82 mil automóveis leves elétricos. A venda de veículos elétricos no Brasil, contudo, representou apenas 1,8% do total de 2021, ante a média global de 8,3%. (Metrópoles – 11.03.2022)

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2 GM: Brasil tem potencial para ser polo de VEs

A General Motors já encara o Brasil como potencial polo de produção e desenvolvimento de VEs. Durante congresso realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na quinta-feira, 10, a vice-presidente de comunicação, relações públicas e ESG, Mariana Willisch, afirmou que o quadro para fabricação desses carros por aqui é favorável. "O Brasil e os países vizinhos possuem as maiores reservas de matéria-prima utilizada na produção de baterias para veículos elétricos, como o Lítio. Isso, aliado ao fato de que tem um parque industrial automotivo desenvolvido e um grande mercado consumidor, mostra que temos capacidade para ocupar um lugar de destaque no desenvolvimento, produção e comercialização internacional de veículos elétricos dentro de alguns anos", disse a executiva ao Portal da Indústria. No ano passado a companhia anunciou que se compromete a atingir a neutralidade das emissões de carbono até 2040, e que, a partir de 2035, só lançará veículos elétricos no mercado global. Há também planejamento que envolve aporte de US$ 35 bilhões em modelos elétricos e autônomos que serão apresentados até 2025. "Ainda é preciso ampliar as políticas locais de estímulo à adoção dos carros elétricos no Brasil. Isso inclui, por exemplo, termos uma estrutura de recarga nas cidades ou talvez isentar os carros elétricos do rodízio. Somos otimistas com as perspectivas e o potencial do país em se projetar como um hub de tecnologias para eletrificação no continente', continuou a executiva. No país a empresa vende, via importação, o Chevrolet Bolt, que teve 132 unidades licenciadas em 2021 segundo números do Renavam divulgados pela Fenabrave. (Automotive Business – 11.03.2022)

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3 GM terá carregamento bidirecional para VEs

A GM anunciou uma parceria com a Pacific Gas and Electric Company da Califórnia para este último conduzir o uso de seus veículos elétricos como fontes de energia sob demanda para residências na área de serviço da PG&E. As duas empresas testarão veículos com tecnologia de carregamento bidirecional que possam ajudar a alimentar com segurança as necessidades essenciais de uma casa devidamente equipada em caso de emergências ou para estabilizar a rede. A PG&E e a GM planejam testar o primeiro protótipo de VE com o carregador residencial até meados de 2022, com o protótipo usando um hardware bidirecional acoplado a protocolos de comunicação definidos por software. Isto permitirá que a energia flua de um VE carregado para a casa de um cliente, sendo gerida automaticamente entre o VE, a residência e o fornecimento elétrico da PG&E. Vários veículos elétricos da GM participarão do projeto, embora a montadora não tenha informado quais modelos. Após testes de laboratório, a PG&E e a GM planejam testar a interconexão entre veículos e casas, permitindo que um pequeno grupo de casas de clientes receba energia de veículos elétricos quando a rede elétrica suspender o fornecimento. O objetivo desta demonstração de campo é desenvolver uma experiência veículo-residência amigável para esta nova tecnologia. Ambas as equipes estão atualmente trabalhando para escalonar o projeto com o objetivo de iniciar testes mais amplos até o final de 2022. Por enquanto, a GM não diz com qual empresa está trabalhando para instalar o hardware bidirecional, mas Rick Spina, vice-presidente de infraestrutura EV da GM, disse durante um briefing de imprensa que a montadora quer que todos os seus veículos elétricos ofereçam capacidade de carregamento bidirecional no futuro. (Inside EVs – 10.03.2022)

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4 Volvo testa recarga sem fio para VEs

A ideia de recarregar veículos sem usar cabos ou trocar baterias não é exatamente nova. Ela já está em testes em países como Israel e Inglaterra faz um tempinho. Mas enquanto nesses sistemas o carro é recarregado em movimento, passando sobre trechos de asfalto com redes especiais embutidas, no da Volvo – criado pela Momentum Dynamics –, a ideia é criar pontos específicos para isso. Olhando de longe, esses carregadores são exatamente iguais a uma vaga de estacionamento, delimitada por faixas pintadas. Localizados dentro de um eletroposto, esses dispositivos chamados charging pad enviam energia diretamente para as baterias, bastando para isso que o motorista seja “bom de baliza”, ou seja, bom de vaga. Para avaliar o funcionamento do sistema, a montadora sueca já iniciou um período de testes com veículos da frota de táxis de Gotemburgo, pertencente a operadora Caboline. Os carros são de seu modelo XC40 Recharge, igual ao vendido aqui no Brasil, mas adaptado a esse novo recurso. A perspectiva é de que esses táxis rodem pelo menos 12 horas diárias, percorrendo cerca de 100 mil km a cada ano. A ideia é que, num futuro próximo, vagas desse tipo estejam disponíveis em vários pontos da cidade, em áreas urbanas comuns, podendo ser usadas por qualquer motorista. (iCarros – 11.03.2022)

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5 Honda fecha acordo e vai produzir os VEs da Sony

A Sony apresentou seus primeiros veículos elétricos no comecinho do ano, durante a CES, maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas (EUA). Entretanto, logo depois, a gigante de eletrônicos anunciou que buscaria uma parceira para produzir os carros. Pois a espera durou pouco. Nesta semana, Honda e Sony anunciaram uma parceria no Japão para a produção de automóveis. A fabricante japonesa será a responsável por montar os modelos da Sony a partir de 2025, quando eles deverão chegar às ruas do país. Apesar da divulgação, não se tem muitas informações sobre o futuro e planos, muito menos qual será o primeiro carro produzido. De toda forma, a parceria é uma oportunidade para a Honda, que vai conseguir investir com mais força na eletrificação. Já a Sony aproveita para se filiar, ainda mais, ao mercado automotivo, no qual está tentando ingressar desde 2020. Ao que parece, a companhia vai trabalhar com os fortes de cada empresa. Dessa forma, a Sony vai ficar responsável pelo sistema de entretenimento e serviços de mobilidade. Mas, além disso, também vai arcar com o desenvolvimento da plataforma para a nova gama de veículos. Em contrapartida, a Honda vai participar com a produção dos modelos, com foco no desempenho e estrutura. A empresa de tecnologia afirmou que está trabalhando em um sistema de piloto automático similar ao Autopilot, da Tesla, que terá vários sensores e radares. De acordo com primeiros testes, o sistema da Sony deverá ter a direção autônoma de nível 2. (O Estado de São Paulo – 11.03.2022)

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6 DOE: Caminhões elétricos serão mais baratos que os movidos a diesel até 2035

Estudo do Departamento de Energia (DOE, sigla em inglês) afirma que, até 2030, quase metade dos caminhões médios e pesados serão mais baratos de comprar, operar e manter, como veículos de emissão zero, do que os tradicionais movidos a diesel. O documento foi publicado na segunda (7/3), um dia antes de Joe Biden anunciar a proibição da importação de óleo, gás e carvão da Rússia, como forma de sanção aos ataques na Ucrânia. O estudo conclui que avanços em tecnologias de células a combustível e produção de hidrogênio limpo vão baratear o custo de caminhões de zero emissão, aumentando também a oferta no mercado na próxima década. Veja na íntegra (.pdf) Jennifer M. Granholm, secretária de Energia dos EUA, diz que a pesquisa aponta um caminho para as empresas de transporte rodoviário mudarem do diesel para o elétrico. “A abordagem abrangente da administração Biden está trabalhando para tornar o transporte limpo uma realidade – reduzindo a exposição aos preços voláteis dos combustíveis, investindo na fabricação americana e criando uma rede nacional de recarga para dar suporte a mais veículos elétricos nas estradas”, comentou na segunda. De acordo com o documento, até 2035 será possível alcançar ampla competitividade de custos de veículos médios e pesados de emissão zero. Além disso, os custos de caminhões médios e pesados elétricos de emissão zero serão iguais ou inferiores aos dos caminhões a diesel. “Espera-se que os caminhões elétricos a bateria se tornem competitivos em custo para caminhões menores antes de 2030, enquanto caminhões pesados com menos de 500 milhas de alcance devem ser competitivos em custos até 2035”, explica o DOE. (EPBR - 09.03.2022)

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7 Espanha: Saragoça inicia a sua eletrificação incorporando VEs na rede de transportes

A Câmara Municipal de Saragoça , Avanza e Endesa X apresentaram o início das obras do "projeto de eletrificação dos transportes públicos mais importante de Espanha", apenas antecedido por Madrid, ambos pela dimensão da eletrificação da sua frota, com 68 novos ônibus elétricos que se juntarão aos 4 já em serviço - , como instalações de garagem. A ação faz parte do objetivo de transformar a capital aragonesa em uma cidade sustentável e neutra em termos de mobilidade urbana no ano de 2030, segundo a Endesa. O investimento associado à construção e adaptação de infraestruturas elétricas ultrapassa os 8 milhões de euros; um investimento incluído no Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência, financiado pela União Europeia – NextGenerationEU. O projeto também se destaca pela sustentabilidade com o meio urbano, devido à significativa economia na emissão de gases poluentes. A substituição de cada ônibus a diesel por um elétrico economiza 1.700 toneladas de CO2 emitidas ao longo de sua vida útil. Estima-se que quando toda a frota for substituída por veículos elétricos, Saragoça economizará mais de 621.000 toneladas de emissões de CO2, segundo a Endesa. (Energías Renovables - 11.03.2022)

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Inovação

1 MWM/AUMA: Geração de energia à biogás para pequenas propriedades rurais

O efeito das mudanças climáticas é um dos temas mais debatidos globalmente e diversas medidas têm sido implementadas por diferentes países para minimizar o nível de emissão de GEE, de modo a desacelerar o impacto ao meio ambiente. Neste contexto, a MWM e a AUMA Energia desenvolveram uma solução completa para aproveitamento dos resíduos oriundos do processo de produção na fazenda, de modo que o pequeno produtor rural consiga “descarbonizar” seu processo produtivo, expressão utilizada para o processo de neutralizar ou eliminar GEEs, e, ao mesmo tempo, reduzindo seu custo operacional e aumentando sua produtividade. De acordo com as empresas, os resíduos orgânicos são coletados e, através de biodigestores e sistemas de filtragem e monitoramento, é gerado o biogás de alta qualidade para alimentar um grupo gerador desenvolvido exclusivamente para o projeto, que permite gerar 32 kW de energia elétrica confiável e contínua. Como subproduto do processo, o produtor ainda obtém o biofertilizante líquido e o adubo de alta qualidade, que retorna à plantação, reduzindo necessidade de utilização de fertilizantes químicos e fechando o processo. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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2 SMA: Desenvolvimento de inversores à base de nitreto de gálio

O Projeto GaN-HighPower, formado por instituições de pesquisa e empresas alemãs e coordenado pela Instituto Fraunhofer, está desenvolvendo e testando novos hardwares e softwares para inversores de alto desempenho para aplicações fotovoltaicas. Com financiamento de cerca de R$ 22 milhões do Ministério Federal de Economia e Proteção Climática da Alemanha, o projeto tem como objetivo desenvolver soluções técnicas que permitam que os sistemas fotovoltaicos contribuam ativamente para a estabilização da rede. Para tanto, o Instituto Fraunhofer examina componentes recém-desenvolvidos e trabalha para tornar a operação deles a mais eficiente possível. Com participação da alemã SMA Solar Technology AG, empresa de fornecimento de soluções fotovoltaicas, o projeto explora ainda a crescente necessidade da indústria na descoberta de novas tecnologias. O uso do nitreto de gálio (GaN) ainda está limitado a faixas de potência relativamente baixas, “e o próximo passo é explorar o potencial de saídas superiores a 100 kW, que são significativamente maiores do que a atual gama de aplicações”, explicou Klaus Rigbers, chefe de tecnologias de inversores e responsável pela eletrônica de potência no Centro de Inovação da SMA. (Petronotícias – 12.03.2022)

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Energias Renováveis

1 Neoenergia/BNB: Parceria para o financiamento de energia solar

A Neoenergia e o Banco do Nordeste (BNB) firmaram uma parceria para facilitar o acesso à energia solar por clientes residenciais. Correntistas do banco terão condições de financiamento especiais e agilidade nas tratativas para adquirir sistemas fotovoltaicos da companhia elétrica. A contratação será por meio do FNE Sol Pessoa Física, linha de crédito no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste que permite a captação de até 100% do investimento. Além de facilidade nas aprovações e acesso a uma linha de crédito com mais agilidade, o valor da parcela do financiamento se aproxima muito da fatura de energia atual, ao mesmo tempo que a instalação dos painéis pode gerar uma economia de até 95% na fatura. O limite do aporte é de até R$ 100 mil, com prazo de pagamento de até oito anos e carência de até seis meses. Já a vida útil dos equipamentos supera 20 anos. As potências variam entre 75 kW e 5 MW. Em ambas, se a produção for maior do que o consumo, o excedente gera crédito, que pode ser usado na conta de luz da unidade geradora e nas unidades cadastradas, desde que estejam na mesma titularidade e área da distribuidora, em até cinco anos. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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2 Solarprime: Inauguração de usina solar no MS

Uma nova usina de energia solar foi inaugurada no Parque de Exposições Lídia Calabreta Massi, em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, no maior projeto desenvolvido, executado e gerido pela rede de franquias Solarprime no ramo de usinas de geração de energia. A usina fotovoltaica tem 2.670 painéis solares instalados e uma capacidade de geração de 1 MW, em uma área total de 1,94 hectares. Para Raphael Brito, diretor da Solarprime, esta usina traduz o avanço da tecnologia e a mudança da energia no Brasil e no mundo. “Estamos falando de uma tecnologia de ponta instalada no campo que produz uma quantidade significativa de economia e quebra paradigmas. Por muito tempo, foi considerado impossível produzir essa energia através do sol. E hoje isso é uma realidade e está em uma cidade do interior, o que é uma grande referência na região. Ou seja, a energia solar hoje é parte da vida das pessoas de pequenos municípios no país”, declarou Brito. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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3 Absolar/Invest Paraná: Acordo de cooperação para expansão da energia solar

A Absolar e a Invest Paraná, agência de promoção e atração de investimentos do estado, anunciaram um acordo de cooperação para expandir a fonte solar na região. A parceria visa a atrair novos investidores, gerar mais empregos e renda para a população e estimular o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios para empreendedores. Dentre as prioridades do acordo destacam-se a ampliação do acesso da energia solar a consumidores residenciais, setores produtivos, agronegócio e setor público do estado. Outros pontos são o compartilhamento de informações sobre o mercado fotovoltaico paranaense, avaliação das tendências de negócios, aprimoramento do ambiente regulatório e legal, reforço no relacionamento entre o estado e o setor, além da cooperação em eventos e ações conjuntas, dentro e fora do Brasil. Segundo a Associação, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Paraná a atração de mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos, somando a geração de mais de 13,9 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 620,1 milhões aos cofres públicos. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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4 Empresários paranaenses realizam evento para ampliar projetos de energia solar

Empresários do setor de energia solar do Paraná vão se reunir no dia 15 de março, em Curitiba, para debater o crescimento dos projetos e a ampliação do acesso à tecnologia fotovoltaica em residências, empresas e propriedades rurais da região. É o ABSOLAR Meeting, um evento promovido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, com o apoio do Portal Solar Franquias, que possui dez unidades no território paranaense e mais de 160 espalhadas no País. Serão realizadas palestras com especialistas e autoridades sobre os avanços da energia solar na região e no Brasil, o desenvolvimento econômico, ambiental e social a partir da fonte fotovoltaica, os modelos de financiamento de projetos e o avanço do empreendedorismo no segmento, entre outros. As atividades ocorrerão das 9h às 18h. Segundo levantamento do Portal Solar, com base nos dados oficiais da Aneel, o Paraná possui 52,8 mil conexões de energia solar em telhados e pequenos terrenos, com uma potência instalada de 493 MW. Somente as residências respondem por cerca de 35 mil sistemas instalados na região, com um potencial de chegar a 1,9 milhão nos próximos anos. (Petronotícias – 13.03.2022)

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5 Ingeteam: Inversores para projetos de 210 MW em PE

A Ingeteam já concluiu o fornecimento de 108 inversores solares fabricados no Brasil e 32 centros de transformação ou usinas também montados no país, conforme noticiado em comunicado. O fornecimento inclui dois projetos da Mercury Renew, empresa do Grupo Comerc Energia. Foram contempladas, a central fotovoltaica de Brígida, de 80 MW, em operação desde abril passado, e a central fotovoltaica de Bon Nome, de 130 MW, que acaba de entrar em operação. Ambas as usinas fazem parte do mesmo complexo solar localizado no estado de Pernambuco. Para estes projetos fotovoltaicos, a Ingeteam forneceu 32 centrais elétricas do modelo Ingecon Sun MSK, que por sua vez, cada uma delas integra vários inversores solares, o transformador de potência, as células de média tensão, o painel de serviços auxiliares e o transformador. (Energías Renovables – 14.03.2022)

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6 Reino Unido: Expansão da energia eólica como tema de segurança nacional

O chefe do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial, Kwasi Kwarteng, declarou que uma expansão maciça dos parques eólicos no Reino Unido agora é necessária por razões de segurança nacional. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo considera mudanças radicais nas leis de planejamento para melhorar a independência energética do país. O primeiro-ministro, Boris Johnson, está planejando revelar uma nova e radical “estratégia energética” dentro de quinze dias para garantir que o Reino Unido possa atender às suas necessidades domésticas a partir de um mix de energias renováveis e nuclear. A guerra na Ucrânia trouxe ainda maiores aumentos nos preços globais dos combustíveis fósseis e expôs a dependência dos países de suprimentos estrangeiros. (REVE – 13.03.2022)

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7 Alemanha: Transição para energia eólica e solar será acelerada

À medida que a invasão não provocada da Ucrânia pela Rússia continua, os produtores americanos de petróleo e gás esperam que o mercado europeu se volte para eles para substituir o gás russo. Mas alguns na Europa, e especificamente a Alemanha, estão de olho em um caminho diferente: acelerar rapidamente em direção a energias 100% renováveis. O ministro da economia e clima do país, Robert Habeck, anunciou a intenção do governo de agilizar a implementação de emendas à Lei de Fontes de Energia Renováveis, estabelecendo um prazo rígido de 1º de julho de 2022. A lei duplicaria a capacidade eólica terrestre da Alemanha de 55 para 110 gigawatts, além de aumentar a capacidade eólica offshore para 30 GW. Além de acelerar a implementação da lei climática, o governo alemão agora planeja atingir 100% de energia renovável até 2035 (anteriormente a meta era vaga - com o prazo de 2040, com 65% de geração de energia renovável até 2030), com 80% de eletricidade proveniente de fontes renováveis até 2030. (REVE – 12.03.2022)

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8 Espanha: Desenvolvimento do setor eólico visando reduzir a dependência de combustíveis fósseis

Na conferência Wind and Market, organizada pela Wind Energy Business Association, a presidente do Grupo OMI, Carmen Becerril, analisou na sua intervenção o funcionamento do mercado europeu de eletricidade e as medidas propostas pela Comissão Europeia. Neste contexto, Carmen Becerril comentou que “é tempo de mantermos mais do que nunca a nossa integração no mercado e apelar à cooperação entre todas as partes para acelerar a maior presença das energias renováveis no mercado elétrico”. Segundo a Wind Energy Business Association, em janeiro deste ano, a energia eólica economizou 849 milhões de euros para os consumidores na Espanha. Um novo aerogerador de 5 MW, que funciona 3.000 horas equivalentes por ano, evita a importação de 30.000 MWh de gás, que a um preço de referência de 200€/MWht, representa 6 milhões de euros de poupança para o consumidor. A energia eólica, continua a Wind Energy Business Association, "mostrou que é uma peça fundamental para a defesa da competitividade da economia espanhola e para a criação de um novo modelo económico mais independente do exterior. O setor eólico na Espanha está preparado para contribuir com todo o seu potencial para esses desafios". A Espanha – o segundo país europeu em energia eólica instalada depois da Alemanha – tem um poderoso aliado na energia eólica para reduzir a dependência energética dos combustíveis fósseis. No ano passado, a energia eólica produziu 23% da eletricidade consumida no país, sendo a primeira tecnologia do mix de renováveis em potência instalada. (Energías Renovables – 10.03.2022)

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9 Cornell University: Energia eólica pode reduzir o aquecimento global em até 0,8 ºC

De acordo com um estudo recente da Cornell University, a energia eólica pode desempenhar um papel mais importante na prevenção da crise climática do que tem desempenhado até agora. Como o mundo aspira à meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global bem abaixo de 2 graus Celsius, o estudo descobriu que expandir a capacidade mundial de geração de energia eólica poderia reduzir o aquecimento global de 0,3 a 0,8 graus Celsius até 2100. O estudo também examinou as tendências de crescimento da energia eólica entre as quatro principais economias emissoras de gases de efeito estufa do mundo: China, EUA, UE. e Índia. A energia eólica cresceu substancialmente nas últimas duas décadas – os autores do estudo determinaram que a capacidade de geração de energia eólica cresceu cerca de 14% ao ano de 2006 a 2020. (REVE – 13.03.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Cepel: Migração para o ACL gera economia de $ 750 mi

Após a migração da Unidade Fundão para o mercado livre de energia em janeiro de 2021, o Cepel contabiliza uma economia superior a R$ 750 mil. O valor é mais que o dobro do estimado à época dos estudos de viabilidade econômica para a migração, na ordem R$ 344 mil em comparação ao ambiente cativo das grandes distribuidoras. Segundo o Centro, a economia se deve, dentre outros fatores, ao aumento no custo das bandeiras tarifárias e dos Encargos de Serviços do Sistema, estes correspondendo a valores inferiores ao atualmente pago diretamente através do sistema tarifário, contribuindo para o resultado acima do esperado. O Cepel também informou ter iniciado o processo de migração da Unidade Adrianópolis a partir de julho de 2022, o que deve gerar uma economia ainda mais significativa. A ação integra o plano de eficientização de custos, um dos pilares para o reposicionamento da instituição no mercado. (CanalEnergia – 11.03.2022)

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Biblioteca Virtual

1 FILHO, Italo Bertão. “O que são ODS da ONU, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030?”

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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