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IFE: nº 5.388 - 01 de dezembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Workshop Virtual GESEL: "Aprimoramento do Programa de P&D da ANEEL"
2 GESEL: Programa de resposta da demanda pode baratear energia, diz Roberto Brandão
3 Governo quer 23,8 milhões de famílias em programa de desconto na conta de luz
4 Distribuidoras terão acesso a cadastro de programas sociais
5 Aprovadas alterações nos Procedimentos de Regulação Tarifária
6 Consideradas um salto de inovação, usinas híbridas são regulamentadas pela Aneel
7 Aneel discute reavaliação da norma que trata do compartilhamento de postes
8 Aneel promove seminário sobre geração de energia com resíduos sólidos urbanos
Transição Energética
1 Quão verdade é que as pás das turbinas eólicas desmatam a Amazônia?
2 Zara e outras grandes marcas da moda alimentam o desmatamento na Amazônia, diz novo relatório
3 Procuradoria recomenda que Equatorial Energia deixe de abastecer invasores de terra indígena
4 Abiogás vai lançar certificado de biometano
5 EUA: Build Back Better aumentaria as energias renováveis e a competição do gás
6 Legislação de metano da UE é esperada em dezembro
7 Reino Unido: Hands diz que as energias renováveis são essenciais para a segurança energética
8 França corre o risco de perder meta líquida zero
9 Por que o mundo precisa de uma nova abordagem sobre infraestrutura inteligente e sustentável?
10 bp e Schneider Electric colaboram em soluções de energia de baixo carbono para ajudar os clientes
11 SSEN Transmission lidera o caminho em sustentabilidade ambiental pelo quarto ano consecutivo
12 Endesa quer produzir microalgas que capturam CO2 em Almería
13 Instituições financeiras privadas estão entrando em ação para descarbonizar o aço
14 4 especialistas em por que a madeira em massa sustentável é o futuro verde da construção
15 Solar comunitário oferece caminhos alternativos para o crescimento da energia limpa
Empresas
1
Assinada transferência do controle societário da CEA
2 Equatorial PI terá aumento de 9,59%
3 Enel Americas investirá 61% do capex até 2024 no Brasil
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Aneel anuncia apuração de apagões no DF
2 Neoenergia inaugura centro de operação de transmissão
Mobilidade Elétrica
1
Brasil: Discussão acerca da matriz energética da indústria automobilística
2 Aumento das matérias-primas pressiona o preço das baterias para VEs
3 Nissan avança com bateria própria para baratear carro elétrico
4 Nissan: Metas de produção de baterias
5 KPMG: Setor automotivo espera que VES possuam 50% do mercado em 2030
Inovação
1
Chamada Pública Senai-CTG Brasil atrai 36 projetos em H2 Verde
2 CTG Brasil e Reivax desenvolvem solução para pequenas turbinas
3 Cimento Apodi captura gases do efeito estufa para gerar energia em fornos
4 Grupo DEME e CIP para desenvolver ilha de energia
Energias Renováveis
1
Copel conclui compra de Complexo Eólico Vilas
2 Valgroup vai comprar energia da Casa dos Ventos para produção de embalagens
3 Omega vai fornecer energia para unidade da Air Liquide no Nordeste
4 Enel Chile inicia construção de novas usinas solares e anuncia parques eólicos movidos a bateria
5 Chile aumenta a participação de energias renováveis para 34,7% em outubro
6 Alemanha instala 412 MW de energia solar e 192 MW de energia eólica onshore em outubro
7 IEA prevê ano recorde para energias renováveis
Gás e
Termelétricas
1 Petrobras melhora proposta para venda de gás, mas ainda desagrada ao mercado
2 Petrobras conclui negociação para arrendamento de UTE na Bahia
3 Camil investe R$ 150 mi em usina de geração de energia com biomassa
Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Delta Geração: Está na hora de ampliar o acesso a todos
2 Tullett Prebon chega ao Brasil com modelo de negócio inovador e revolucionário
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Workshop Virtual GESEL: "Aprimoramento do Programa de P&D da ANEEL"
Com a abertura da Consulta Pública 069/2021 com o objetivo central colher subsídios para aprimoramento da Resolução Normativa e dos Procedimentos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PROPDI, o GESEL-UFRJ vai realizar workshop virtual dia 06 de dezembro de 2021, das 14h às 17h. No evento, a equipe do GESEL-UFRJ irá apresentar análise das principais mudanças que vão determinar a definição de um novo Manual para os projetos de P&D. Os expositores já confirmados são: Nivalde de Castro (Coordenador do GESEL), Mauricio Moszkowicz (Pesquisador sênior do GESEL), Renata La Rovere (pesquisadora do GESEL), Marcelo Matos (Professor do IE/UFRJ) e Sidnei Martini (Professor da USP). Marque em sua agenda este importante evento. Inscrições: https://lnkd.in/d2sRfGVN (GESEL-IE-UFRJ – 01.12.2021)
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2 GESEL: Programa de resposta da demanda pode baratear energia, diz Roberto Brandão
A manutenção da bandeira tarifária escassez hídrica, na conta de luz, até abril de 2022 e a previsão de que o aumento do preço da energia seja de 21,04% no próximo ano, em decorrência da crise hídrica, preocupam consumidores e levam especialistas a pensarem em alternativas para que o crescimento do custo da geração não seja sentido tão fortemente no bolso pelos brasileiros. Para o pesquisador Roberto Brandão, do Grupo de Estudo do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), uma das ações passa por criar um programa permanente de oferta de redução voluntária da demanda de energia, seguindo o exemplo de outros países, como os Estados Unidos. Em entrevista ao SBT News, Roberto Brandão disse que a medida se tratou de "um programa muito interessante, que teve um razoável sucesso, mas criado numa situação excepcional aonde o país estava na eminência de ter problemas de déficit de potência e nos horários de maior consumo". Dessa forma, avalia que teria sentido em mantê-lo, no atual cenário, somente se, ao mesmo tempo, houvesse o deslocamente de uma térmica mais cara, mas a "governança" da crise no país vem sendo feita de forma "a conseguir uma resposta apesar do preço". Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (SBT News – 28.11.2021)
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3 Governo quer 23,8 milhões de famílias em programa de desconto na conta de luz
O governo federal quer expandir o número de famílias inscritas no programa Tarifa Social, que concede descontos de até 65% na tarifa de energia. O presidente Jair Bolsonaro participou de cerimônia nesta terça-feira (30/11) de assinatura de regra da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para automatizar a inclusão de famílias já inscritas em programas sociais do governo. Com isso, a ideia é que mais 11,5 milhões de famílias possam receber os descontos, somando-se às 12,3 milhões que já estão sendo beneficiadas. A lei da Tarifa Social de Energia Elétrica foi sancionada em setembro por Bolsonaro e permite desconto na conta nos primeiros 220 kWh (quilowatts-hora) consumidos. O valor é concedido de forma escalonada, conforme o consumo das famílias. A medida foi aprovada no momento em que o governo enfrenta críticas por causa da alta do preço da conta de luz. Pelas regras do programa, famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) com renda mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo (R$ 550) têm direito à Tarifa Social. (Folha de São Paulo – 30.11.2021)
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4 Distribuidoras terão acesso a cadastro de programas sociais
Um protocolo de intenções assinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério da Cidadania vai permitir o acesso da Aneel e das distribuidoras aos dados dos programas sociais do governo. A meta é a inclusão automática de beneficiários na tarifa social de energia elétrica. A autorização do ministério é necessária para o cumprimento, a partir de 2022, da Lei 14.203, que torna obrigatória a inscrição de famílias que preenchem os requisitos, mas estão fora da tarifa de baixa renda. A assinatura do documento aconteceu nesta terça-feira, 30 de novembro, em cerimônia na agência reguladora com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro e dos ministros João Roma (Cidadania), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Ciro Nogueira (Casa Civil). Com isso, a Aneel regulamentou na última terça-feira a legislação, estabelecendo procedimentos e prazos para que as distribuidoras façam essa inclusão. A agência calcula que será possível praticamente dobrar o universo de pessoas alcançadas pelos descontos escalonados de até 65% na conta de luz. Isso significa somar 11,3 milhões de famílias aos 12,4 milhões que já recebem o benefício. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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5 Aprovadas alterações nos Procedimentos de Regulação Tarifária
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (30/11) alterações nos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret) com o intuito de aprimorar a regulamentação da Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA), da Sobrecontratação de Energia e Exposição ao Mercado de Curto Prazo (MCP), dos Demais Componentes Financeiros e das Regras de Repasse dos Preços dos Contratos de Compra de Energia. Nesse caso, foi decidido também instaurar a Consulta Pública nº 072/2021 para discutir a proposta de apuração dos efeitos tarifários dos produtos mensais e plurianuais do Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE). Interessados devem enviar contribuições por e-mail entre 1º de dezembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022. (Aneel – 30.11.2021)
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6 Consideradas um salto de inovação, usinas híbridas são regulamentadas pela Aneel
A Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (30/11) a regulamentação para o funcionamento de Centrais Geradoras Híbridas (UGH) e centrais geradoras associadas. O normativo traz as definições e as regras para a outorga desses empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além de definir a forma de tarifação dessas usinas e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão. O normativo é considerado um passo importante para que empreendimentos no Brasil possam aproveitar a complementaridade temporal entre as diferentes fontes de geração de energia. Ele permite combinações de fontes de geração, sejam elas de usinas fotovoltaicas (UFV), eólicas (EOL), hidrelétricas grandes e pequenas (UHE/PCH) e termelétricas (UTE). Entre as vantagens elencadas pela Aneel, estão a complementaridade das fontes de geração (uma gera quando a outra está menos disponível), a utilização da rede de transmissão de maneira mais eficiente e estável, a mitigação de riscos comerciais e a economia na compra de terreno e em outros custos. A medida contribui, assim, para o crescimento da capacidade de geração com menores investimentos em expansão das redes, conforme explica a diretora Elisa Bastos. (Aneel – 30.11.2021)
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7 Aneel discute reavaliação da norma que trata do compartilhamento de postes
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (30/11) a abertura da Consulta Pública n.º 073/2021 para discutir o aprimoramento da Avaliação de Impacto Regulatório (AIR) e da proposta de revisão da regulamentação sobre o compartilhamento de infraestruturas entre os setores de energia elétrica e de telecomunicações, elaboradas conjuntamente entre a Aneel e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A proposta em consulta tem a finalidade de aprimorar a Resolução Conjunta Aneel/Anatel nº 4 /2014, estabelecendo incentivos essenciais ao processo de regularização do passivo e às condições gerais de compartilhamento para que empresas atuem de forma regular, com respeito às condições técnicas, de segurança e no relacionamento com as distribuidoras. Os aspectos gerais abordados na proposta de revisão da regulamentação são: a regularização da ocupação dos postes de energia elétrica; as condições gerais de compartilhamento de infraestrutura entre os setores de energia elétrica e de telecomunicações; e o preço do compartilhamento dos pontos de fixação dos postes de energia elétrica. (Aneel – 30.11.2021)
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8 Aneel promove seminário sobre geração de energia com resíduos sólidos urbanos
O I Seminário Desafios da Geração de Energia Elétrica com Resíduos Sólidos Urbanos será realizado pela Aneel no próximo dia 8, a partir das 9h, para debater questões relacionadas com a geração de energia elétrica empregando materiais recicláveis como fonte. O tema é ponto de atração para investidores interessados no desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da Aneel no YouTube. Os interessados poderão enviar mensagens com perguntas e comentários por Whatsapp para o número (61) 9115.2757. (Aneel – 30.11.2021)
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Transição Energética
1 Quão verdade é que as pás das turbinas eólicas desmatam a Amazônia?
"Moinhos de vento desmatam a Amazônia" é o título de uma matéria publicada na semana passada no jornal El País, em que seu autor afirma que “as pás dos aerogeradores, feitas com madeira balsa, representam o paradoxo de que as energias renováveis causam um grande impacto social e ambiental”. A Wind Business Association (AEE) responde a esta acusação garantindo que a fabricação de pás eólicas na Espanha “é um processo autossustentável e certificado, que em nenhum momento contribui para o desmatamento das florestas”. Em documento que pode ser visualizado em seu site e baixado em pdf, a associação afirma que as fábricas espanholas possuem processos sustentáveis e certificados e em nenhum momento contribuem para o desmatamento de florestas em países exportadores de madeira balsa, que são, fundamentalmente, o Equador (80%), Indonésia (10%) e Papua Nova Guiné (10%). “A energia eólica tem em seu DNA o cuidado com o meio ambiente e é escrupulosa com seu impacto ambiental, sempre tendo como principal objetivo a neutralidade climática”, afirma a associação no documento, no qual indica que o uso atual da madeira de palma por parte de o setor é mínimo. (Energías Renovables - 01.12.2021)
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2 Zara e outras grandes marcas da moda alimentam o desmatamento na Amazônia, diz novo relatório
As organizações Slow Factory, Model Mafia e Stand.Earth estão realizando uma campanha para denunciar as marcas de moda que impulsionam o desmatamento da floresta amazônica, colocando em risco o clima para o mundo e colocando em perigo mortal as comunidades indígenas. O relatório mostra que marcas como Coach, Prada, H&M, Zara, Adidas, Nike, New Balance, Teva, UGG e Fendi têm múltiplas conexões com o desmatamento da Amazônia, muitas vezes violando suas próprias políticas de responsabilidade ambiental e social. Em 2019, todos os olhos estavam voltados para a floresta amazônica devido aos milhares de incêndios sem precedentes que a destruíram. As redes sociais foram inundadas com imagens de partir o coração e chamadas de alerta, muitas delas de pessoas famosas. No entanto, dois anos depois, o desmatamento na Amazônia brasileira continua crescendo e já atingiu o maior nível anual da última década. Um novo relatório do Stand.earth Research Group - publicado ontem pelo The Guardian- liga as grandes marcas da moda à sua destruição. Na sequência deste estudo, a Slow Factory fez parceria com Stand.earth, Model Mafia e outros no mundo da moda para pedir uma mudança em toda a indústria, começando com os requisitos de "devida diligência" na cadeia de abastecimento internacional. (Energías Renovables – 30.11.2021)
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3 Procuradoria recomenda que Equatorial Energia deixe de abastecer invasores de terra indígena
O MPF (Ministério Público Federal) em Paragominas (PA) recomendou que a distribuidora Equatorial Energia interrompa a instalação de rede elétrica, feita sem respaldo legal, para atender a invasores da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no nordeste do Pará. Os trabalhos, segundo o MPF, são realizados sem a autorização da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da licença ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), como determina a legislação. Procurada, Equatorial disse que está avaliando o conteúdo da recomendação e que suspendeu a execução do projeto na terra indígena. A empresa afirma que segue todas as exigências legais. Trata-se de uma das maiores empresas do setor elétrico do do Brasil. Cobre 22% do território nacional e atende a 9% dos consumidores do país. É a única distribuidora de energia do Pará. A recomendação do MPF se baseia em ofício da Funai relatando a existência de duas redes de energia de 24 km instaladas em áreas invadidas sem o conhecimento do órgão indigenista. "Além disso, um estoque de postes de concreto prontos para serem instalados para ampliação da rede foi detectado", diz o documento. O MPF deu um prazo de 30 dias para que a Equatorial revise todos os projetos elétricos dentro da terra indígena e que fiscalize, em até 45 dias, a fiscalização de ligações clandestinos. A recomendação é de 17 de novembro. (Folha de São Paulo – 01.12.2021)
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4 Abiogás vai lançar certificado de biometano
A Associação Brasileira do Biogás vai lançar um certificado de biometano, adequado à realidade brasileira, e com base nas melhores práticas do mercado. A novidade foi anunciada pelo presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann, no VIII Fórum do Biogás, realizado na última semana. O executivo também apresentou o balanço do ano, que registrou crescimento do setor de 15%. De acordo com o presidente da associação, houve um crescimento de 15% este ano, com 45 novas usinas conectadas à rede. Gardemann considerou o resultado excelente, diante das dificuldades dos últimos anos. Segundo ele, na geração distribuída os números são ainda melhores, crescendo 37% e mostrando a importância que este modelo de geração de energia tem para o biogás. Somado a isso, o presidente da Abiogás falou ainda sobre o papel do biogás na COP26, representado pela ABiogás. Ele contou que o Brasil assinou o compromisso global do metano, e para atingir a meta de redução de 30% nas emissões, é preciso construir uma indústria no Brasil descarbonizada, gerando eficiência na cadeia produtiva. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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5 EUA: Build Back Better aumentaria as energias renováveis e a competição do gás
A aprovação da Lei Build Back Better pela Câmara é uma grande vitória para o setor de energia renovável dos Estados Unidos. Embora a legislação ainda deva ser aprovada no Senado, da forma como foi redigida, ela fornece suporte sem precedentes para desenvolvedores de energia eólica, solar e de armazenamento de energia. Particularmente nos mercados liberalizados de energia dos EUA, ela representa um aumento na competição entre as energias renováveis e os projetos de energia movidos a gás natural. Especificamente, a legislação expande e estende o atual Crédito Fiscal de Investimento, usado principalmente por desenvolvedores de energia solar, e o Crédito Fiscal de Produção, normalmente usados pela energia eólica. Ambos os créditos estão prestes a expirar, mas segundo o projeto de lei permaneceria nos livros por mais dez anos, seguido por uma demissão. As extensões propostas se aplicariam apenas a novos projetos. A legislação também permitiria que projetos de armazenamento de energia conectados à rede, como baterias em grande escala, explorassem os créditos por conta própria. Anteriormente, esses projetos tinham que ser conectados a instalações de geração solar para serem qualificados. Novamente, apenas novos projetos seriam qualificados, não os projetos existentes. (BNEF – 30.11.2021)
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6 Legislação de metano da UE é esperada em dezembro
Não há dúvida de que um novo elemento regulatório histórico no pacote legislativo para alcançar a neutralidade de carbono até 2050 será proposto aos legisladores da UE em dezembro. Com isso, a UE está confirmando que as ações para reduzir substancialmente o segundo GEE mais importante, o metano, são necessárias. O metano é responsável por pelo menos um quarto do impacto climático causado pelo homem e novas pesquisas sugerem que o impacto do metano e o tamanho e a dinâmica das emissões de metano foram seriamente subestimados. Os setores de energia, agricultura e resíduos são os principais culpados, com o potencial de economia mais rápida e econômica sendo no setor de energia. Isso explica o foco particular da legislação futura sobre o setor de energia. A Comissão Europeia publicou a Estratégia do Metano em outubro de 2020. Um dos principais objetivos desta Estratégia foi estabelecer as obrigações da UE sobre as empresas para mitigar as emissões de metano em diferentes segmentos da cadeia de abastecimento de energia (abastecimento de petróleo, gás e carvão e cadeias de uso, incluindo biometano injetado em sistemas de gás). (EUI FSR – 30.11.2021)
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7 Reino Unido: Hands diz que as energias renováveis são essenciais para a segurança energética
Uma fonte diversificada de tecnologias renováveis caseiras será a chave para garantir a segurança do fornecimento de energia durante a transição do Reino Unido para zero líquido, de acordo com o Ministro de Energia do Reino Unido, Greg Hands. Hands disse ao Comitê de Reguladores e Indústria hoje que isso será principalmente uma responsabilidade do governo. Ele acrescentou que, à medida que o Reino Unido continua avançando no desenvolvimento de energia renovável, haverá maior segurança de abastecimento e menor dependência dos preços flutuantes dos combustíveis fósseis. A diretora-geral da BEIS para energia e segurança, Joanna Whittington, disse que Whitehall procurará modificar ainda mais as rodadas CfD futuras e atualizar as redes de capacidade atuais do Reino Unido para facilitar essa transição. Ajustes adicionais em leilões futuros também funcionarão para atrair investidores estrangeiros para o setor de energias renováveis do Reino Unido, à medida que o CfD continua a evoluir, acrescentou Whittington. Hands disse estar confiante no apelo da indústria do Reino Unido para investimentos estrangeiros, dada a certeza que a política governamental oferece. (REVE – 30.11.2021)
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8 França corre o risco de perder meta líquida zero
A França precisa acelerar partes importantes de sua transformação de energia para cumprir suas metas de zero líquido para 2050, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). A taxa atual de implantação de tecnologias de energia de baixo carbono e soluções de eficiência energética na França não é rápida o suficiente para que o governo cumpra suas metas de energia e clima, concluiu a Revisão da Política Energética da França para 2021 da AIE. Em particular, o desenvolvimento futuro do fornecimento de eletricidade do país requer a implementação de uma estratégia política clara. “A França está se aproximando de uma encruzilhada, já que decisões importantes sobre seu futuro sistema de energia precisam ser tomadas em breve para garantir que ela possa atingir emissões líquidas zero até 2050. Ao investir muito mais em eficiência energética, energia renovável e energia nuclear, a França pode acelerar o progresso em seus principais objetivos de energia e clima”, disse Fatih Birol, diretor executivo da IEA, que está lançando o relatório em Paris hoje com Barbara Pompili, Ministra da França para a Transição Ecológica. (REVE – 30.11.2021)
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9 Por que o mundo precisa de uma nova abordagem sobre infraestrutura inteligente e sustentável?
Há uma necessidade crescente de transformar a forma como a infraestrutura é planejada, fornecida e gerenciada à medida que a urbanização, a digitalização e as mudanças climáticas impactam cada vez mais o mundo. Nesse ambiente, o desenvolvimento de uma infraestrutura mais sustentável exigirá uma mudança na forma como os projetos de construção são planejados, entregues e gerenciados. Para construir melhor, a indústria precisa abraçar a digitalização, estabelecer novas práticas de trabalho e aumentar a colaboração com o setor público. Todo o ciclo de vida - do planejamento e projeto à construção, gerenciamento e manutenção - pode envolver centenas de fornecedores e outras partes interessadas e se estender por décadas. Acrescente a isso a urbanização, a digitalização, o aumento das expectativas sociais e a busca pelo crescimento verde, e fica claro que precisamos transformar a infraestrutura que temos hoje e a maneira como a nova infraestrutura é planejada, entregue e gerenciada. Precisamos nos tornar mais limpos, mais eficientes em termos de energia e mais resilientes aos efeitos cada vez mais intensos das mudanças climáticas. (World Economic Forum – 30.11.2021)
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10 bp e Schneider Electric colaboram em soluções de energia de baixo carbono para ajudar os clientes
bp, a empresa global de energia integrada, e a Schneider Electric, líder na transformação digital de gerenciamento e automação de energia, reconhecida como a empresa mais sustentável do mundo em 2021 pelo índice Corporate Knights Global 100 , assinaram um memorando de entendimento (MoU) para ajudar descarbonizar clientes de alta emissão, na Austrália, na União Europeia, no Reino Unido e nos Estados Unidos. De acordo com os termos do MoU, a bp e a Schneider Electric pretendem combinar habilidades e capacidades para definir e dimensionar soluções de energia integradas para cidades e clientes comerciais e industriais em setores difíceis de reduzir, como transporte de alta emissão e indústria pesada. Juntas, as habilidades complementares da bp e da Schneider Electric em consultoria, projeto, construção e operação de sistemas de energia descarbonizada ajudarão as empresas a atingir suas metas de descarbonização. Além disso, a bp e a Schneider Electric pretendem explorar modelos de negócios para permitir que os clientes diminuam a complexidade, o risco e o investimento de capital da descarbonização operando esses sistemas de energia como um serviço. (EE Online – 30.11.2021)
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11 SSEN Transmission lidera o caminho em sustentabilidade ambiental pelo quarto ano consecutivo
A gigante energética SSEN Transmission de Perth - parte do Grupo SSE, campeã de energia limpa do Reino Unido e da Irlanda - foi premiada com o status de liderança em sustentabilidade ambiental pelo regulador de energia Ofgem pelo quarto ano consecutivo, a classificação mais alta que pode ser alcançada. O anúncio também significa que a SSEN Transmission é o único proprietário de transmissão GB a receber o status de liderança de prestígio por quatro anos consecutivos, consolidando sua reputação como líder em sustentabilidade ambiental. Nesse caso, o prêmio vem depois que Ofgem publicou sua decisão sobre os resultados discricionários ambientais (EDR) deste ano, um incentivo anual definido pelo regulador de energia para proprietários de transmissão para demonstrar um foco ambiental estratégico e compromisso em ajudar a apoiar a transição para uma economia de baixo carbono. Apoiando o seu compromisso de enfrentar a emergência climática, a SSEN Transmission definiu planos ambiciosos para reduzir as suas próprias emissões em linha com o que é necessário para cumprir as emissões líquidas zero. Esses compromissos de redução de carbono foram verificados pela iniciativa Alvo Baseado em Ciência, com SSEN Transmission a primeira empresa de redes de eletricidade do mundo a receber acreditação externa para um alvo baseado em ciência alinhado com um caminho de aquecimento global de 1,5 ° C. (EE Online – 30.11.2021)
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12 Endesa quer produzir microalgas que capturam CO2 em Almería
A empresa italiana (Endesa pertence ao Grupo Enel) e a Algavillage assinaram um acordo de colaboração pelo qual esta última construirá uma planta de produção de microalgas em escala industrial na Usina Térmica de Litoral, uma planta em fase de fechamento, que queima carvão para gerar eletricidade e que se encontra no município costeiro de Carboneras, na província de Almería. O projeto Algavillage continua o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de fabricação de microalgas que a Endesa iniciou em Carboneras em 2006. A Algavillage, empresa formada pelas britânicas Firglas e Biorizon Biotech, vai investir mais de 3 milhões de euros na construção de uma fábrica de microalgas para a sua exploração “por um período de 10 anos com possibilidade de renovação”. Conforme explicado em comunicado da Endesa (empresa italiana pertencente ao Grupo Enel), a fábrica de microalgas da fábrica de Carboneras, com 1.500 metros quadrados, pesquisa há 15 anos as aptidões das microalgas para a captura e fixação de CO2 e, da mesma forma, seu interesse pelo setor alimentício. As microalgas -adicionadas da Endesa- são um “superalimento”, que proporciona “inúmeros benefícios à saúde, entre os quais se destaca o seu conteúdo em ácidos graxos poliinsaturados ômega-3”. Além disso, em relação a outras fontes de ômega-3, as algas apresentam uma certa vantagem, segundo a empresa: quando obtemos esses ácidos de fontes como peixes, muitos subprodutos são gerados; quando obtido a partir de algas, os "resíduos" são muito menores. (Energías Renovables – 30.11.2021)
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13 Instituições financeiras privadas estão entrando em ação para descarbonizar o aço
As finanças da COP, a conferência sobre mudança climática da ONU, costumavam ser cerca de dólares públicos. Tratava-se principalmente de países ricos prometendo os evasivos US $ 100 bilhões em financiamento climático anual para países em desenvolvimento - e de ministros negociando com ministros do governo. Mas na COP26, o financiamento privado marcou sua presença como nunca antes. Há dinheiro novo na mesa. Instituições financeiras privadas e iniciativas do setor financeiro foram manchetes este mês na COP com compromissos climáticos arregalados. As 450 empresas que compõem a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ) e suas iniciativas de subsetor comprometeram-se mais de US $ 100 trilhões para fazer a transição da economia global para emissões líquidas zero até 2050. Este grupo inclui 95 bancos que representam 40 por cento dos ativos bancários globais, administrado pela Net-Zero Banking Alliance (NZBA). Ao mesmo tempo, as manchetes da COP26 com cifras de trilhões de dólares foram acompanhadas por um forte ceticismo sobre o que os compromissos “líquidos zero” significam na prática. Implícito nesta crítica está que implementar esses compromissos é difícil - particularmente onde o setor financeiro privado faz interface com setores de alta emissão e geograficamente diversos, como o aço. (RMI – 30.11.2021)
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14 4 especialistas em por que a madeira em massa sustentável é o futuro verde da construção
A maior novidade em construção sustentável também é um dos materiais de construção mais antigos: madeira. Mas esta não é madeira comum. A madeira laminada cruzada, como é conhecida, é sem dúvida a primeira grande inovação estrutural desde a invenção do concreto armado, há mais de 150 anos. A própria madeira laminada cruzada está em uso há décadas , principalmente na Áustria e na Alemanha. O interesse pelo material está crescendo junto com a preocupação com as emissões de gases de efeito estufa associadas ao concreto e ao aço. A produção de materiais de construção como aço, cimento e vidro é responsável por 10% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia , de acordo com um relatório das Nações Unidas. Em contraste, a madeira laminada cruzada e outros produtos de madeira modificados podem beneficiar o clima de três maneiras: as árvores capturam e armazenam carbono à medida que crescem; produtos de madeira de longa duração fixam-se no carbono; e esses produtos podem ser usados no lugar de materiais de alto impacto como concreto em muitos casos. (World Economic Forum – 30.11.2021)
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15 Solar comunitário oferece caminhos alternativos para o crescimento da energia limpa
Passeando pelo telhado de sua igreja entre 630 painéis solares, o bispo Richard Howell Jr. reconheceu que a mudança climática não é a preocupação mais urgente para sua congregação predominantemente negra - embora prejudique desproporcionalmente as pessoas de cor e os pobres. “A violência que estamos tendo, tiroteios, assassinatos, COVID-19”, disse Howell, cansado. “Você está tentando salvar famílias e, no momento, ninguém está realmente falando sobre o aquecimento global”, afirmou o mesmo. Ainda assim, seus Ministérios Internacionais Shiloh Temple no norte de Minneapolis deram as boas-vindas à oportunidade de se tornar um dos muitos provedores de “energia solar comunitária” surgindo nos Estados Unidos em meio à crescente demanda por energia renovável. Maiores do que os sistemas de telhados residenciais, mas menores do que os complexos em escala de serviços públicos, eles estão localizados no topo de edifícios ou em terrenos de fábricas e fazendas abandonadas. Pessoas físicas ou jurídicas assinam parcelas de energia enviadas à rede e obtêm créditos que reduzem suas contas de luz. (Power Grid – 30.11.2021)
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Empresas
1 Assinada transferência do controle societário da CEA
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), representada pelo diretor-geral André Pepitone, assinou nesta terça-feira (30/11) o Contrato de Concessão 01/2021, que formaliza a transferência de controle societário da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) ao Grupo Equatorial Energia. O Grupo foi o vencedor do leilão de privatização realizado em junho deste ano. Com a assinatura, a empresa assume a responsabilidade de atender mais de 205 mil unidades consumidoras nos 16 municípios do estado do Amapá. (Aneel – 30.11.2021)
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2 Equatorial PI terá aumento de 9,59%
As tarifas da Equatorial Piauí vão aumentar em média 9,59% na próxima quinta-feira, 2 de dezembro. O impacto médio do reajuste anual da distribuidora para os consumidores será de 15,96% na alta tensão e de 8,23% para os que são atendidos em baixa tensão. Clientes residenciais, especificamente, pagarão um conta 7,47% mais cara nos próximos 12 meses. Com o reajuste, as tarifas da empresa para esse consumidor passam de R$ 581,82/MWh hora para R$ 628,04/MWh, saindo da 40ª posição para a 21ª posição no ranking das tarifas mais caras. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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3 Enel Americas investirá 61% do capex até 2024 no Brasil
O Brasil responderá pela maior parte dos investimentos em geração da Enel Americas. O aporte previsto em geração é de US$ 3,4 bilhões na região, desse valor, 67% ou US$ 2,3 bilhões serão destinados ao país. Em apresentação dos planos da empresa realizada na tarde desta terça-feira, o foco está na garantia de obtenção de margens, no desenvolvimento de fontes renováveis e aumento da qualidade das redes. No total o Brasil deverá receber 61% do investimento total da empresa entre 2022 a 2024, ou US$ 5,4 bilhões dos US$ 8,9 bilhões. O CEO da Enel Americas, Mauricio Bezzeccheri, apresentou um detalhamento para a região de atuação da companhia, uma sequência do evento que a holding realizou na semana passada o Capital Markets Day, quando revelou seus números globais para o período de 2022 a 2024. Por isso, ressaltou as metas da empresa de ser Net Zero até 2040 com seu portfolio renovável, deixar a geração a carvão até 2027 e a gás em 2040. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Aneel anuncia apuração de apagões no DF
A Aneel anunciou que vai apurar as causas e as responsabilidades pelas interrupções no fornecimento de energia elétrica, ocorridas nos últimos dias na área de concessão da Neoenergia no Distrito Federal. O Ministério Público também teria aberto um processo para investigar as ocorrências, segundo o diretor da agência Efrain Cruz. Alguns desligamentos deixaram consumidores do DF no escuro por até 24 horas. A própria agência reguladora teve que desligar preventivamente seus equipamentos e ficou com a página eletrônica indisponível, após uma queda de energia. Representantes da concessionária devem ser convocados para explicar a situação. O Grupo Neoenergia arrematou a concessão da antiga CEB Distribuição em dezembro do ano passado, com lance de R$ 2,5 bilhões. O contrato de concessão, uma condição para que o grupo privado assumisse a empresa, foi assinado em março desse ano. “Passamos por algo que não é admissível, sobretudo na capital federal, que reverbera no país inteiro”, disse o diretor Efrain Cruz durante a reunião semanal da Aneel desta terça-feira, 30 de novembro. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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2 Neoenergia inaugura centro de operação de transmissão
A Neoenergia inaugurou nesta terça-feira, 30 de novembro, o seu Centro de Operação da Transmissão (COT), localizado na cidade de Campinas (SP). O centro passou por uma completa reforma e modernização tecnológica. O novo espaço, diz a empresa, conta com infraestrutura de última geração, proporcionando mais eficiência no monitoramento e operação dos ativos por meio de Interfaces Homem-Máquina (IHM) de alta performance, simulador de treinamento de operadores e um sistema integrado de operação e manutenção. O novo COT tem a capacidade de operar e monitorar todos os ativos já em operação e os novos que entrarão em operação comercial no futuro, totalizando 54 subestações e uma capacidade de transformação de 10.545 MVA, além de 5.127,6 km de linhas de transmissão e 6.131,4 km de circuitos em Extra Alta Tensão (Rede Básica). Além das concessões atuais, o novo COT permite triplicar a capacidade de atuação da Neoenergia com a participação em novos leilões de transmissão da Aneel. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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Mobilidade Elétrica
1 Brasil: Discussão acerca da matriz energética da indústria automobilística
Jornalistas brasileiros conversaram, ontem, com Uwe Class, executivo que comanda a área de tecnologia da ZF, uma das empresas que mais tem se destacado no desenvolvimento de componentes necessários para a revolução tecnológica dos veículos. Class, que ocupa o cargo de vice-presidente de sistemas avançados da companhia alemã, mostrou como os carros passaram a ser definidos por softwares. Enquanto ele discorria sobre as expectativas do uso de inteligência artificial, de como poderemos manejar o veículo sem precisar estar dentro dele e de como as atualizações nos carros serão feitas pela nuvem soluções bem menos ambiciosas, voltadas à realidade do Brasil, eram apresentadas, também à imprensa, pela brasileira AEA (Associação de Engenharia Automotiva). Besaliel Botelho, presidente da AEA, falou sobre “as oportunidades” que o etanol confere ao Brasil para não apenas preservar a engenharia e a indústria nacional como também “influenciar” toda a América Latina e outros países emergentes de dimensões continentais, como a Índia. Para ele, é preciso buscar caminhos para que a indústria automobilística se mantenha relevante para a economia do país, “como foi feito nos últimos 60 anos”. Para o executivo, soluções aplicadas na Europa “não cabem no bolso” do consumidor da nossa região. O Brasil, destaca, precisa fazer “uma ponte” até ter condições de chegar à eletrificação e, ao mesmo tempo, levar em conta a descarbonização não apenas dos veículos em si, mas de toda a cadeia de produção da energia que os move. Embora as iniciativas governamentais no Brasil rumo à redução de emissões veiculares sejam menos rígidas do que na Europa, o país dará um passo importante nesse sentido a partir de janeiro, quando entra em vigor a próxima fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), o L7, que estabelece limites mais rígidos de emissão, com vistas à redução da poluição do ar e à economia de combustível em carros de passeio. (Valor Econômico – 01.12.2021)
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2 Aumento das matérias-primas pressiona o preço das baterias para VEs
Os preços das baterias de íon-lítio, que ultrapassaram US$ 1.200/kWh em 2010, caíram 89% para US$ 132/kWh em 2021, de acordo com a Pesquisa de Preços de Bateria 2021 da BloombergNEF. Uma redução de 6% em relação aos US$ 140/kWh em 2020, um valor muito importante para veículos elétricos, que dependem da tecnologia de íon-lítio. No entanto, o impacto do aumento dos preços das matérias-primas e dos custos dos principais materiais, como eletrólitos, estão pressionando o setor no segundo semestre do ano. O aumento dos preços das matérias-primas pode fazer com que os preços médios das embalagens aumentem para US$ 135/kWh em 2022. Na ausência de outras melhorias que possam mitigar esse impacto, isso pode significar que o momento em que os preços fiquem abaixo de US$ 100/kWh podem ser atrasados para dois anos, afetando a acessibilidade dos veículos elétricos ou as margens dos fabricantes. (Energías Renovables - 30.11.2021)
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3 Nissan avança com bateria própria para baratear carro elétrico
Enquanto anuncia sua estratégia de longo prazo Ambition 2030 e quatro novos conceitos, a Nissan revelou que também está fazendo progressos na frente da tecnologia de baterias de íons de lítio de estado sólido para VEs. A fabricante japonesa diz que introduzirá uma tecnologia livre de cobalto para reduzir o custo de produção da bateria em 65% até o ano fiscal de 2028 (até o final de março de 2029). Além disso, a Nissan diz que até o ano fiscal de 2028 lançará um VE com "suas baterias proprietárias de estado sólido total (ASSB)" e a fábrica piloto desse tipo de bateria em Yokohama, no Japão, deverá estar pronta já em 2024. De acordo com o comunicado de imprensa, o ASSB será crucial para a expansão da linha veículos elétricos da empresa: Com a introdução do avanço ASSB, a Nissan poderá expandir suas ofertas de VEs entre segmentos e oferecer desempenho mais dinâmico. A Nissan diz que sua bateria de estado sólido reduzirá o tempo de carregamento para um terço do seu tempo atual, dobrará a densidade energética, bem como tornará os veículos mais eficientes e - provavelmente o mais importante - mais acessíveis. As metas são realmente impressionantes, já que a Nissan diz que o custo da bateria deve cair para US$ 75 por kWh até o ano fiscal de 2028. Além disso, há potencial para diminuir ainda mais o custo para apenas US$ 65/kWh no nível do pack e alcançar a paridade de custos entre VEs e a gasolina/diesel, de acordo com a Nissan. (Inside EVs - 01.11.2021)
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4 Nissan: Metas de produção de baterias
A Nissan diz que estabelecerá um sistema global de fornecimento de baterias - juntamente com seus parceiros, que obviamente incluirá a Envision AESC (e potencialmente algumas outras empresas) - para aumentar a capacidade de produção para 52 GWh até o ano fiscal de 2026, chegando a 130 GWh até o ano fiscal de 2030. Dessa forma, 52 GWh equivaleriam a 650.000-867.000 veículos elétricos com baterias de 60-80 kWh, enquanto 130 GWh seriam equivalentes a 1,6-2,2 milhões de VEs com baterias de 60-80 kWh. A Nissan anunciou que, no futuro, veículos e baterias eletrificadas serão produzidos nos mesmos locais, através da implementação do conceito Hub EV global. O primeiro hub EV36Zero já foi anunciado pela Nissan e pela Envision AESC em Sunderland, Reino Unido, em julho de 2021. No futuro, hubs semelhantes serão construídos no Japão, China e nos EUA. A empresa também pretende ampliar seu braço de reutilização e reciclagem de baterias, utilizando a subsidiária 4R Energy com uma década de experiência como base. (Inside EVs - 01.11.2021)
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5 KPMG: Setor automotivo espera que VES possuam 50% do mercado em 2030
Uma nova pesquisa, feita pela empresa de consultoria e contabilidade KPMG, revelou que executivos da indústria automobilística esperam que os VEs representem pouco mais da metade das vendas de veículos novos nos Estados Unidos e na China até 2030, e poderiam realizar esse feito nos dois países sem receber subsídios do governo, de acordo com informações da agência Reuters. Por outro lado, os veículos de combustão, neste caso, incluindo os híbridos, devem reter uma parcela significativa da maioria dos principais mercados de veículos nos próximos anos, de acordo com a última pesquisa anual da KPMG realizada com 1.000 executivos da indústria automobilística. A velocidade com que os fabricantes de automóveis podem eliminar os motores de combustão e o dióxido de carbono que eles emitem é uma questão central para a indústria automotiva global. Um grupo de fabricantes de automóveis e países assinou um comunicado no início deste mês pedindo a eliminação dos veículos de combustão globalmente até 2040 e até 2035 nas nações mais ricas. Mas as duas maiores montadoras do mundo em vendas, Volkswagen e Toyota, e três dos maiores compradores de veículos do mundo - China, Estados Unidos e Alemanha - não assinaram este comunicado. A pesquisa da KPMG com executivos da indústria automobilística descobriu que os executivos acreditam que os veículos elétricos serão responsáveis por 52% das vendas até 2030 nos Estados Unidos, China e Japão, com percentuais mais baixos para a Europa Ocidental, Brasil e Índia. Mas, por trás dessas previsões agregadas, os executivos da indústria têm visões amplamente variadas. Dos entrevistados, 77% disseram que os VEs podem alcançar a adoção em massa em dez anos sem ajuda do governo, já que os custos da bateria podem cair para a paridade com os motores movidos a petróleo. No entanto, 91% dos executivos automotivos disseram apoiar os subsídios do governo. (Yahoo - 30.11.2021)
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Inovação
1 Chamada Pública Senai-CTG Brasil atrai 36 projetos em H2 Verde
A chamada pública lançada pelo Senai e CTG Brasil para apoio a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) com foco em hidrogênio verde, recebeu um total de 36 inscrições. Essas iniciativas estão localizadas em 14 estados do país, com valor somado de R$ 186 milhões em propostas. A cifra é mais de 10 vezes a prevista no edital e está concentrada principalmente em projetos para produção do chamado “combustível do futuro”. O Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que coordena nacionalmente a ação, observa que o edital atraiu desde startups até grandes empresas. O objetivo, segundo os organizadores, é impulsionar soluções em PD&I capazes de gerar negócios. O resultado final sai em 17 de dezembro. Os projetos escolhidos terão prazo de execução de até 36 meses, a partir da assinatura do contrato. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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2 CTG Brasil e Reivax desenvolvem solução para pequenas turbinas
A CTG Brasil e a Reivax estão desenvolvendo uma solução pioneira e inovadora para o mercado. Trata-se de um sistema para regulação de velocidade com acionamento pneumático que pode ser utilizado em turbinas de pequeno porte. A iniciativa foi desenvolvida dentro do programa Pesquisa & Desenvolvimento da Aneel, com investimento de R$ 3 milhões da CTG Brasil. A solução contempla um conjunto de válvulas e atuadores lineares pneumáticos para o controle de velocidade da unidade geradora. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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3 Cimento Apodi captura gases do efeito estufa para gerar energia em fornos
A Cimento Apodi está aproveitando os gases do efeito estufa emitidos em fornos para gerar energia elétrica. A tecnologia foi implantada na cimenteira que fica em Quixeré, no Ceará, e gera 5 MW médios de energia e reduz os custos na produção de 25% a 30%, além de contribuir para a conservação do meio ambiente. A empresa usa a tecnologia “Waste Heat Recovery”, que transforma em energia os gases que seriam lançados na natureza. O processo consiste em reter materiais expelidos pelos fornos e os destinar para geração de energia em uma turbina instalada na empresa, junto à unidade de produção do clínquer, matéria-prima beneficiada do cimento. A cimenteira atua também em coprocessamento de resíduos e biomassas para reduzir a geração de CO2 ao produzir o clínquer, com uso de caroço de açaí, casca de castanha de caju, cavaco de madeira, pneu picado e borrachas, com redução de 20% no consumo térmico. As adições de resíduos na fabricação de cimento nas duas unidades são de escória de alto-forno e filler de calcário em Quixeré/CE, e cinzas de termelétricas mais gesso na moagem de Pecém. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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4 Grupo DEME e CIP para desenvolver ilha de energia
O DEME Group, e Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), assinaram um acordo de parceria para desenvolver a ilha de energia no Mar do Norte dinamarquês. A assinatura deste acordo marca um passo significativo para concretizar a primeira ilha de energia do mundo, um projeto conceituado pelo CIP, e um projeto crucial para desbloquear a construção rápida e sem precedentes de energia renovável offshore global para combater as mudanças climáticas. A ilha de energia no Mar do Norte estará localizada a aproximadamente 80-100 km da costa oeste dinamarquesa, onde as condições para a produção de energia verde baseada na energia eólica offshore são ótimas. A Agência de Energia Dinamarquesa está atualmente em diálogo com potenciais licitantes para o concurso da ilha de energia, que está previsto para ser lançado no 3T22. (Energy Global - 01.12.2021)
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Energias Renováveis
1 Copel conclui compra de Complexo Eólico Vilas
A Copel concluiu nesta terça-feira (30) a aquisição do Complexo Eólico Vilas, com financiamentos até 2040 contratados junto ao Banco do Nordeste (BNB). A avaliação do ativo foi atualizada para pouco menos de R$ 1,09 bilhão. A Copel destaca que o complexo está totalmente em operação e possui 186,7 MW de capacidade instalada. O ativo, formado por cinco parques eólicos, fica em Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, “região considerada como uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica”. A Copel afirma ainda que parte da energia do empreendimento foi comercializada no ambiente de contratação regulada” e, até o início do suprimento previsto para 2023 e 2024, será comercializada no mercado livre de energia. (Valor Econômico – 30.11.2021)
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2 Valgroup vai comprar energia da Casa dos Ventos para produção de embalagens
A Valgroup firmou contrato de 15 anos para a compra e venda de energia com a Casa dos Ventos para a produção e reciclagem de embalagens. O acordo prevê um volume de 25 MW médios para a indústria, equivalente a aproximadamente metade do consumo de energia da Valgroup no Brasil. A parceria com a Casa dos Ventos vai garantir energia renovável, a partir de julho de 2023, para metade das plantas produtivas da Valgroup no Brasil. O objetivo da empresa de embalagens é aumentar esse percentual gradativamente. A energia será gerada no Complexo Eólico Babilônia Sul, em construção pela Casa dos Ventos na Bahia, com 360 MW de capacidade. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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3 Omega vai fornecer energia para unidade da Air Liquide no Nordeste
A Omega Energia fechou um contrato de longo prazo para abastecimento de energia 100% renovável para a produção de uma unidade da Air Liquide no Nordeste do Brasil. O objetivo é entregar ao mercado energia que reduza a emissão de carbono até 2035 e zerar até 2050. O projeto tem os selos REC dos parques de energia renovável, o que possibilitará o abatimento das emissões para compra de energia (Escopo 2 do GHG Protocol) e contribuirá para a redução de aproximadamente 25 mil toneladas de CO2 na atmosfera. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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4 Enel Chile inicia construção de novas usinas solares e anuncia parques eólicos movidos a bateria
Como parte do Dia do Investidor, a Enel Chile anunciou novos projetos renováveis que fazem parte de seu Plano Estratégico 2022-2024. Na região Norte, terá início a construção de dois projetos fotovoltaicos de aproximadamente 773 MW. Paralelamente, no Sul, terá início o desenvolvimento de dois parques eólicos movidos a bateria, os primeiros do gênero a serem executados pela Enel Green Power no país, totalizando 286 MW, dos quais 226 MW correspondem a energia eólica e aproximadamente 60 MW em baterias. A empresa adicionará 3,3 GW de capacidade renovável até 2024, incluindo 1,3 GW de nova capacidade já em construção que se conectará ao sistema no início de 2022. Com este número, o grupo alcançará uma matriz renovável de 80% até 2024 para atingir um mínimo de 85% da capacidade renovável até 2030. (REVE – 01.12.2021)
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5 Chile aumenta a participação de energias renováveis para 34,7% em outubro
A participação das energias renováveis na produção total de energia do Chile subiu para 34,7% em outubro, ante 31,8% em setembro, de acordo com o último relatório divulgado pela comissão chilena de energia CNE. As renováveis não convencionais produziram 2.362 GWh brutos em outubro, aumentando a produção em 13,7% no mês e 30,7% no ano. Todos os principais sistemas de energia combinados geraram 6.799 GWh brutos, um aumento de 4,1% em relação a setembro e 5,6% a mais em relação a outubro de 2020. A capacidade instalada total baseada em energias renováveis nos três sistemas de rede do Chile atingiu 8.033 MW em outubro. As renováveis não convencionais já respondem por 30,0% do total da capacidade instalada no país. (Renewables Now – 01.12.2021)
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6 Alemanha instala 412 MW de energia solar e 192 MW de energia eólica onshore em outubro
Usinas de energia solar totalizando 411,85 MW foram instaladas em toda a Alemanha em outubro, enquanto a capacidade eólica onshore recém-implantada continuou a aumentar e atingiu 191,89 MW, disse a Federal Network Agency na terça-feira. A maioria das novas instalações solares (303,94 MW) eram plantas conectadas à rede fora das licitações EEG e apenas 11,96 MW destas eram locais montados no solo. Nos primeiros dez meses do ano, a implantação de energia solar na Alemanha atingiu 4,42 GW. A expansão da energia eólica onshore continuou a se recuperar em outubro, registrando o segundo maior nível de implantação desde o início do ano, após 201 MW adicionados em fevereiro. A nova capacidade eólica onshore na Alemanha cresceu para 1,6 GW no acumulado do ano. (Renewables Now – 01.12.2021)
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7 IEA prevê ano recorde para energias renováveis
Espera-se que este ano estabeleça um recorde histórico para novas instalações de energia renovável, de acordo com um relatório da IEA. Apesar do aumento dos custos dos principais materiais usados na fabricação de painéis solares e turbinas eólicas, as adições de nova capacidade de energia renovável este ano devem aumentar para 290 GW. O Relatório Anual do Mercado de Energias Renováveis da IEA também conclui que a energia solar, eólica e outras tecnologias estão em curso para acelerar nos próximos anos. Em 2026, a capacidade global de eletricidade renovável deverá aumentar para mais de 4800 GW - o equivalente à capacidade total de energia global atual de combustíveis fósseis e nucleares combinados. As energias renováveis devem responder por quase 95% do aumento da capacidade global de energia até 2026, com a energia solar fotovoltaica sozinha fornecendo mais da metade. Da mesma forma, a quantidade de capacidade renovável adicionada ao longo do período de 2021 a 2026 deverá ser 50% maior do que de 2015 a 2020. (Renews – 01.12.2021)
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Gás
e Termelétricas
1 Petrobras melhora proposta para venda de gás, mas ainda desagrada ao mercado
A Petrobras melhorou sua proposta para novos contratos de suprimento de gás natural, mas os termos ainda desagradam às distribuidoras de gás canalizado, que veem "forte impacto no mercado" em um cenário de lenta recuperação econômica. A nova proposta para contratos de longo prazo prevê um reajuste de 50% em 2022, metade do percentual previsto na proposta anterior. Os contratos de curto prazo, que podem elevar o preço em até três vezes, não foram alterados. Contratos que representam cerca de 70% do consumo nacional de gás vencerão ao fim de 2021. Algumas distribuidoras vêm realizando chamadas públicas em busca de supridores privados, mas a Petrobras ainda tende a ter peso importante no setor pelos próximos anos. A Petrobras diz que tem hoje menos gás disponível porque foi proibida de comprar a parcela de suas sócias nos projetos de produção. Assim, precisará importar o produto, cuja cotação internacional disparou em 2021. (Folha de São Paulo – 30.11.2021)
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2 Petrobras conclui negociação para arrendamento de UTE na Bahia
A Petrobras informou que, após a retomada das negociações com a Proquigel Química S.A., subsidiária da Unigel Participações S.A., para o arrendamento da UTE TermoCamaçari (BA – 120 MW), a negociação foi finalizada com êxito e o contrato de arrendamento do ativo foi assinado hoje, com vigência até agosto de 2030. De acordo com a Petrobras, o arrendamento está alinhado com a estratégia da companhia de melhoria na sua alocação do capital e da construção de um ambiente favorável à entrada de novos participantes no segmento de gás e energia. Antes da revogação da outorga de geração, ocorrida em 16 de março deste ano, conforme Resolução Autorizativa ANEEL nº 9.781, a unidade operava sob demanda, com base nas decisões do ONS. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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3 Camil investe R$ 150 mi em usina de geração de energia com biomassa
A Camil vai construir uma nova usina de geração de energia térmica (vapor) e elétrica a partir da palha do arroz (biomassa). A unidade será instalada em Cambaí, no município de Itaqui (RS), a partir de um investimento total previsto em R$ 150 milhões até 2023. Paralelamente, a companhia está criando uma nova subsidiária, a Camil Energia Renovável, que comercializará o excedente de energia e cuidará de futuros projetos sustentáveis da empresa. Só em 2020, 92 mil toneladas de cascas de arroz foram destinadas à produção de energia, o que resultou nessa geração de 40 mil MW — 35,8 mil MW destinados ao consumo próprio e 4,1 mil MW negociados no mercado livre. A empresa vem aumentando a geração própria, e entre as safras 2019/20 e 2020/21 o incremento foi de 7%. Flávio Vargas, CFO e diretor de relações com investidores da Camil, destacou que a geração própria de 100% da energia demandada resolve também um problema financeiro, pela troca do custo variável no mercado livre pelo custo fixo, com maior previsibilidade. “Temos o capex de início, depois depreciação e custo operacional. Mas são todos mais controláveis que a obtenção de energia no mercado. Entretanto, o resultado financeiro mesmo só será conhecido a partir de 2023”, disse. (Valor Econômico – 30.11.2021)
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Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Delta Geração: Está na hora de ampliar o acesso a todos
O acesso ao mercado livre é restrito a corporações que demandam cargas muito elevadas. Isso mudará com a aprovação dos projetos de lei (PL) 414/2021 e PL 1.917/2015, que prevêem a abertura progressiva do mercado livre a unidades que demandam cargas menores. A expectativa é que toda a população possa aderir até 2025. “O mercado brasileiro já tem mecanismos bem estruturados para oferecer aos consumidores a opção de escolha entre fornecedores de energia elétrica, reduzindo assim os custos para toda a cadeia produtiva e, principalmente para o bolso do consumidor”, destaca Luiz Fernando Leone Vianna, presidente da Delta Geração. O ano de 2020 registrou crescimento de 19% nas adesões, conforme a CCEE. Os investimentos não param de crescer e devem somar R$ 100 bilhões até 2024, apontam projeções. A materialidade dos avanços e benefícios econômicos acaba por esbarrar, como de praxe em transformações estruturais, em resistência à mudança. “A abertura do mercado livre de energia não pode mais ser jogada para o futuro. O futuro é agora. Não há mercado que nasça perfeito. A partir da ampliação do acesso, eventuais arestas serão resolvidas”, defende Vianna, lembrando que a modernização regulatória – com a abertura do mercado livre – também pode ser concretizada por meio infralegal, pois a lei 9074/1995 prevê que a norma pode ser instituída por decreto. “O momento é muito promissor para o setor de energia. Cabe a todos os agentes do mercado impulsionar a modernização das estruturas, engessadas há 20 anos”. (CanalEnergia – 01.12.2021)
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2 Tullett Prebon chega ao Brasil com modelo de negócio inovador e revolucionário
O mercado livre de energia continua atraindo players mundiais para o Brasil como a Tullett Prebon Energy & Commodities, empresa do grupo TP ICAP, uma das mais tradicionais e renomadas corretoras interdealer do mundo. O novo negócio é focado no setor de energia e atua como uma corretora independente e estruturada para oferecer de forma isenta e imparcial soluções de energia física, derivativos de energia, I-RECs, créditos de carbono, derivativos de clima e opções. Nesse primeiro momento, o objetivo da Tullett Prebon Energy & Commodities é conquistar como clientes grandes consumidores, comercializadoras, geradoras e bancos que serão atendidos por um notável time de brokers com vasta experiência em transações de compra e venda de energia que irá operar baseado em sólidos princípios de governança, transparência e com extrema imparcialidade nas transações. (CanalEnergia – 30.11.2021)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.
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