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IFE: nº 5.358 - 15 de outubro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Relatório Observatório de Mobilidade Elétrica
2 GESEL: Relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais
3 GESEL na Websérie Abdib “Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável”
4 Governo Bolsonaro quer novas térmicas a carvão, mas BNDES nega financiamento
5 Em meio à crise de energia, Bolsonaro diz que vai determinar reversão da bandeira escassez hídrica
6 MME divulga Consulta Pública do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica
7 Regras de inclusão automática na tarifa social entram em consulta
8 Reidi de setembro enquadra 58 projetos de energia elétrica, aponta MME
9 Proposta altera regras sobre reforços e melhorias de transmissão
10 Aneel irá debater oportunidades de investimentos para o Setor Elétrico em Webinar da APEX

Empresas
1 EDP leva Celg T por R$ 1,97 bi
2 EDP aposta em know-how e sinergias com ativos da Celg T
3 Volume de energia distribuída da EDP Brasil cresce 4,2% no 3º trimestre
4 CPFL assume controle da CEEE-T
5 Privatização de geração da Celg ainda está sem data
6 Isa Cteep captará até R$ 950 mi em debêntures
7 Pesquisa da KPMG aponta que 23% de empresas de energia tratam dados

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Nordeste trabalha com 37,5% da capacidade
2 ONS vai desconsiderar indisponibilidades de usinas relacionadas à pandemia
3 Itaipu pode ajudar a restabelecer energia durante apagões no Brasil

4 Preço da energia deve cair com a transição energética, prevê Thymos Energia

5 Armazenagem na transmissão de energia é fundamental, diz presidente da ISA Cteep

Mobilidade Elétrica
1 Neoenergia expande projeto de mobilidade elétrica
2 BMW está pronta para banir motores a gasolina e a diesel em 2030
3 BMW continua acreditando no hidrogênio
4 Toyota deve cortar produção global em 15% devido à escassez de chips

Inovação
1 Shanghai Electric lança turbina offshore de 11 MW

Meio Ambiente
1 Plano climático do Brasil é insuficiente e resulta em aquecimento no dobro da meta, diz estudo
2 Certificados de energia renovável devem se tornar tendência para descarbonizar a economia
3 CEOs a postos para a transição energética
4 Aumento da energia limpa ainda é lento para zerar as emissões globais até 2050

Energias Renováveis
1 GD solar atinge a marca de 7 GW, aponta Absolar
2 Maior usina solar de São Paulo é autorizada a iniciar operação com seis meses de antecedência
3 Aneel autoriza 23,9 MW de eólicas para operação
4 Nordex obtém pedidos de mais de 1,8 gigawatts de energia eólica no 3º trimestre de 2021

5 A implantação responsável de energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França
6 Suécia avança planos de rede eólica offshore

Gás e Termelétricas
1 Alta no consumo de gás natural no Brasil acentua crise global, diz IEA

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Presidente da Abrace defende intervenção de queda do PLD

Economia Brasileira
1 Setor de serviços confirma retomada econômica mais tímida à frente
2 Consultoria: Brasil ruma à inflação alta e PIB fraco nos próximos trimestres

3 Prévia indica aumento real de 12,7% na arrecadação
4 IBC-Br cai 0,15% ante julho e sobe quase 4% em 12 meses
5 IGP-10 tem deflação de 0,31% em outubro, mas acumula alta de 22,53% em 12 meses
6 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Relatório Observatório de Mobilidade Elétrica

O Observatório de Mobilidade Elétrica do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL–UFRJ), buscando contribuir com a sistematização e divulgação do conhecimento, identifica neste relatório as melhores práticas, lacunas, desafios e perspectivas para a trajetória de uma mobilidade de baixo carbono nos âmbitos nacional e internacional. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.10.2021)

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2 GESEL: Relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais

O Observatório de Tecnologias Exponenciais, contribuindo com a sistematização e a divulgação do conhecimento, identifica o papel das tecnologias exponenciais no processo de transição energética, assim como as estratégias e iniciativas que estão sendo adotadas no setor elétrico nacional e internacional para a sua aplicação, além de apresentar novos modelos de negócios e as mudanças comportamentais do consumidor. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.10.2021)

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3 GESEL na Websérie Abdib “Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável”

O GESEL participará da Websérie “Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável”, produzida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). O coordenador do Grupo, Nivalde de Castro, fará moderação do Painel “Desafios para aumentar a oferta de potência”. Este será o quarto episódio da série, intitulado “Impacto e importância das renováveis na matriz energética - Tendências: economia do hidrogênio”. Para mais informações, episódios anteriores e inscrições, acesse: https://bit.ly/3j3sqse (GESEL-IE-UFRJ - 15.10.2021)

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4 Governo Bolsonaro quer novas térmicas a carvão, mas BNDES nega financiamento

O plano do governo Bolsonaro de renovar o atual parque de usinas térmicas de carvão mineral do País, fonte reconhecida como uma das mais poluentes da matriz elétrica, prevê a injeção de R$ 20 bilhões nessas operações nos próximos dez anos. A questão é saber de onde sairá o dinheiro para financiar um negócio que tem encolhido em todo o mundo devido à urgência na redução de emissões de gases de efeito estufa. O BNDES, principal banco estatal de apoio e financiamento ao setor elétrico, está fora dessa aposta, diz que só apoia energia limpa e que, até segunda ordem, não pretende colocar nenhum centavo naquele que é um dos principais programas energéticos do governo federal. Para evitar atritos, o Ministério de Minas e Energia (MME) justifica que a decisão do banco teria relações com a definição de “prioridades” de investimento, devido à “restrição de recursos” financeiros do banco. O BNDES, porém, deixa claro que não se trata de falta de recursos, mas da forma como encara o assunto. No setor de energia, disse o banco, “tal visão está necessariamente alinhada com os esforços para construir uma matriz energética diversificada e limpa”. (O Estado de São Paulo – 14.10.2021)

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5 Em meio à crise de energia, Bolsonaro diz que vai determinar reversão da bandeira escassez hídrica

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 14, que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a reversão da bandeira "escassez hídrica", taxa adicional cobrada sobre a conta de luz dos brasileiros. "Dói a gente autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, dói no coração, sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele... Pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem", disse o chefe do Executivo no evento Conferência Global 2021 - Millenium, organizado por evangélicos. A bandeira escassez hídrica foi anunciada pelo governo em 31 de agosto como forma de financiar o acionamento de usinas térmicas em meio à crise hídrica, que compromete os reservatórios. "Deus nos ajudou agora com chuva, estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade", disse o presidente, no evento, sobre a situação. Reportagem do Estadão publicada nesta quarta-feira, 14, mostrou que as chuvas registradas nos últimos dias, combinadas com as medidas de redução de demanda, deram um alívio aos reservatórios do Sul e Sudeste/Centro-Oeste e diminuíram o risco de um novo racionamento nos moldes do de 2001. Segundo especialistas, no entanto, o cenário ainda é preocupante, uma vez que o período úmido só está no início e ainda não se sabe ao certo qual a intensidade da hidrologia nos próximos meses. (O Estado de São Paulo – 15.10.2021)

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6 MME divulga Consulta Pública do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica

O Ministério de Minas e Energia divulgou na última quarta-feira, 13 de outubro, para Consulta Pública, o Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (POTEE) 2021 – Ampliações e Reforços – Rede Básica e Demais Instalações de Transmissão (1ª Emissão). A Portaria nº 555/GM/MME informa que os documentos e informações pertinentes podem ser obtidos na página do MME, na área Portal de Consultas Públicas. As contribuições dos agentes interessados para o aprimoramento das propostas, serão recebidas pelo prazo de vinte dias, contados a partir da data de publicação da Portaria. As concessionárias listadas nos Planos de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (POTEE) 2021 deverão verificar se a descrição de cada ampliação, melhoria ou reforço indicado, é: compatível com as instalações sob sua responsabilidade; e adequada para compreensão, detalhamento dos projetos e orçamentação. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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7 Regras de inclusão automática na tarifa social entram em consulta

A proposta de regulamentação da Lei 14.203, que determina a inscrição automática de beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica, entrou em consulta pública nesta quinta-feira, 14 de outubro. A lei aprovada este ano estabelece que a atualização do cadastro e a inscrição de famílias de baixa renda na política pública é obrigação do Poder Executivo e das empresas de distribuição. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calcula que há potencial de inclusão de cerca de 11,5 milhões de famílias, além das 12 milhões que já tem acesso aos descontos na conta de luz. Existem em torno de 7,4 milhões de famílias que estão no CadÚnico, o cadastro de programas sociais do governo federal, além de 4,1 milhões de pessoas que recebem o Benefício da Prestação Continuada (BPC), mas ainda estão na tarifa social. Os descontos, que são progressivos por faixa de consumo, são pagos pelos demais consumidores, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético. Caso fosse feita a inclusão de todos esses novos consumidores, o custeio do subsídio teria aumento da ordem de R$ 3,4 bilhões por ano. A agência vai receber contribuições dos interessados até 12 de novembro, pelo e-mail da Aneel. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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8 Reidi de setembro enquadra 58 projetos de energia elétrica, aponta MME

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME publicou, em setembro deste ano, o enquadramento de 58 projetos de infraestrutura de energia elétrica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), sendo 45 de geração e 13 de transmissão. Nesse caso, o programa incentiva projetos de infraestrutura que necessitam de investimentos de longo prazo. O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o REIDI tem possibilitado até 9,25% de redução nos custos de investimentos em decorrência da suspensão de contribuição para o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). O acumulado no ano alcançou 322 projetos aprovados, sendo 261 de geração e 61 de transmissão de energia elétrica. Nesses enquadramentos estão os projetos de geração de energia elétrica no Ambiente de Contratação Regulado e no Ambiente de Contratação Livre, e os projetos de transmissão de energia elétrica oriundos de leilões ou de reforços e melhorias autorizados pela Aneel ou objeto de contratos. Para efeito de comparação, em 2020 foram realizados 374 enquadramentos de projetos de energia elétrica no regime especial. Isso gerou uma redução média dos custos de investimentos em cerca de 8,40% em decorrência da suspensão de contribuição para o PIS/PASEP e COFINS. (CanalEnergia – 14.10.2021)


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9 Proposta altera regras sobre reforços e melhorias de transmissão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai abrir a segunda etapa da consulta pública sobre o aprimoramento das regras para autorização de reforços e melhorias em instalações de transmissão de energia elétrica. O período de contribuições será iniciado nesta sexta-feira, 15 de outubro, e encerrado em 29 de novembro. O tema vem sendo tratado pela Aneel desde o ano passado, com a primeira fase da CP nº 30. Para a etapa atual de discussão foi apresentada proposta que altera o horizonte do Plano de Modernização das Instalações para cinco anos. A norma também inclui mudanças conceituais, como a definição explicita de reforços e de melhorias de grande e de pequeno porte. Sugere, além disso, um novo conceito de melhorias baseado na lógica contábil de investimento, para diferenciar esse tipo de obra das atividades de operação e manutenção. Reforços de grande e de pequeno porte serão autorizados separadamente. A parcela adicional de receita para pequenas reforços será estabelecida na revisão periódica, a não mais no reajuste anual das transmissoras. A Aneel propõe ainda que a definição de RAP para ativos licitados somente em caso de melhorias de grande porte, desde que atingido o fim de vida útil regulatória. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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10 Aneel irá debater oportunidades de investimentos para o Setor Elétrico em Webinar da APEX

Com o objetivo de dialogar sobre novas oportunidades de investimentos para o setor elétrico brasileiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Ministério de Minas e Energia (MME), apresentará o Webinar “Transmissão de Energia Elétrica no Brasil: Ambiente de Negócios e Oportunidades”. O evento virtual será transmitido na próxima quarta-feira (20/10), às 10h. O Webinar irá discutir o planejamento e as principais tendências para o setor de transmissão de energia elétrica, com o objetivo de debater oportunidades de investimentos no Brasil, como o Leilão de Transmissão 02/2021. Também serão abordadas ações de negócios e missões conjuntas entre as Agências, além de aspectos regulatórios em geral. Em suma, as inscrições podem ser feitas clicando aqui. (Aneel – 15.10.2021)

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Empresas

1 EDP leva Celg T por R$ 1,97 bi

Com um lance de R$ 1,97 bilhão, a EDP foi a vencedora do leilão da Celg Transmissão, realizado nesta quinta-feira, 14 de outubro, na B3. O ágio ficou em 80,1%. A proposta se sagrou vencedora sem que fosse preciso ir par ao viva-voz, já que o lance era 15% acima da segunda maior proposta, de R$ 1,6 bilhão, da Cymi. Outras empresas com Isa Cteep e MEZ também participaram do leilão da estatal goiana. Nos últimos anos, a EDP tem investido no setor de transmissão, arrematando lotes nos leilões de transmissão. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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2 EDP aposta em know-how e sinergias com ativos da Celg T

Após arrematar a Celg T por R$ 1,97 bilhão, o presidente da EDP do Brasil, João Marques da Cruz, acredita no know-how e nas sinergias operacionais que a compra acarretará. Em coletiva a jornalistas, o executivo revelou que o financiamento da compra não deverá ser problema, já que a empresa deve concluir uma operação de venda de ativos de geração e transmissão, que estão na fase vinculante. Segundo Cruz, o montante que será arrecadado é muito superior ao valor da compra da Celg T. O executivo se mostrou animado com a compra da estatal goiana, dona de uma rede de linhas no estado de Goiás. “Queremos este ativo para ficar por muitos anos. Não é uma linha isolada, é uma empresa que gere linhas e tem capacidade de expansão, vamos apostar nessa capacidade”, aposta. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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3 Volume de energia distribuída da EDP Brasil cresce 4,2% no 3º trimestre

A EDP Brasil registrou 6.446 GWh em volume de energia distribuída no terceiro trimestre deste ano, aumento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2020. O desempenho positivo, segundo a empresa, é resultado da recuperação da atividade econômica, refletindo o aumento da produção industrial e da atividade comercial, quando houve maior restrição das medidas de distanciamento social, como prevenção do Covid-19. O destaque para este período, no entanto, ficou para o segmento rural que registrou o maior crescimento do período, de 14,1%. As condições climáticas no trimestre ficaram dentro do esperado, sem impactos para o consumo. O número de clientes aumentou 2,2%, com expansão tanto na categoria de clientes cativos quanto de clientes livres. O volume de energia vendida, considerando as empresas consolidadas, foi de 1.869 GWh, aumento de 8,5% no comparativo anual, resultante do aumento dos contratos bilaterais estabelecidos no período. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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4 CPFL assume controle da CEEE-T

A CPFL Energia assumiu o controle da CEEE-T. A cerimônia de transmissão ocorreu na manhã desta quinta-feira, 14 de outubro, no Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite (PSDB) assinou o contrato de venda, encerrando o segundo processo de privatização da atual gestão. O primeiro foi da CEEE-D, vendida à Equatorial Energia, negociada no primeiro trimestre. O leilão que selou a venda dos ativos de transmissão da empresa gaúcha ocorreu em julho. A CPFL Energia apresentou lance de R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13%. O valor inicial estabelecido era de R$ 1,7 bilhão. Os estudos, modelagem da privatização e avaliação da companhia foram coordenados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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5 Privatização de geração da Celg ainda está sem data

A privatização dos ativos de geração da Celg ainda está sem data para acontecer. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que esse cronograma está a cargo da diretoria da Celgpar holding que agrega os ativos – que vai aguardar o melhor momento para o leilão. Caiado lembrou que a então Celg GT teve os ativos de geração e transmissão desmembrados para que a venda fosse mais rentável. A venda por um ágio de 80% animou o governador, que espera ser possível repetir resultado semelhante com a geração. O chefe do executivo goiano foi um crítico ferrenho do processo a privatização da distribuidora do estado, a Celg-D, que segundo ele, era a maior empresa do Centro-Oeste e foi deteriorada financeiramente a serviço de grupos políticos. Houve uma forte discussão com o então ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, no Senado. Assim que assumiu o governo, Caiado se queixava publicamente da Enel, que arrematou a concessão. Interrupções e falhas no fornecimento não eram perdoadas, chegando ao ponto de sugerir a revogação da venda da distribuidora. Segundo ele, hoje o serviço ainda é falho. “O estado ainda sofre muito na distribuição de energia”, comenta. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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6 Isa Cteep captará até R$ 950 mi em debêntures

O conselho de administração da Isa Cteep aprovou a realização da 11ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações em até três séries. De acordo com a empresa, serão 950 mil debêntures com valor de R$ 1 mil levando a operação de captação para R$ 950 milhões. Os prazos das emissões são de 10, 15 e 18 anos, atualizadas pelo IPCA, calculada de forma pro rata temporis por dias úteis. A remuneração será específica para cada uma das séries depois do procedimento de bookbuilding. Em todas serão juros remuneratórios correspondentes a um determinado percentual ao ano base 252 dias úteis, limitado ao que for maior entre: a cotação indicativa divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais em sua página na internet da taxa interna de retorno do Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (NTN-B), com vencimento em 15 de agosto de 2030. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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7 Pesquisa da KPMG aponta que 23% de empresas de energia tratam dados

Uma pesquisa da KPMG aponta que 23% das empresas da área de energia e recursos naturais ouvidas capturam, integram e armazenam dados com a finalidade de obter uma visão ampla de clientes, concorrentes, do próprio setor e de outros. Para cerca de 19% delas, a estratégia de uso de análise de dados é fundamental para administrar os negócios. O estudo “Nos trilhos da jornada digital” contou com a participação de executivos de mais de 50 companhias dos segmentos de petróleo e gás, metais e mineração e utilidades públicas. Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados usam técnicas avançadas de modelagem para permitir visões futuras, aprimorando a automação, a medição de desempenho e apoiando a tomada de decisão. Além disso, 17% deles dizem inovar com soluções digitais, automatizando os processos de negócios e tecnologia, com o objetivo de se tornar mais eficaz nas respostas às necessidades dos clientes e partes interessadas. Ao mesmo tempo, outros 17% aproveitam a automação e os dados para gerenciar proativamente a tecnologia. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Nordeste trabalha com 37,5% da capacidade

Operando com 37,5% de sua capacidade de armazenamento, os reservatórios do Nordeste apresentaram uma diminuição de 0,3 p.p. em 13 de outubro, se comparado ao dia anterior, segundo o ONS. A energia armazenada marca 19.339 MW mês e ENA de 951 MWm, equivalente a 34% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 36,5%. A região Norte apresentou redução de 0,8 p.p e os reservatórios trabalham com 54,7% da capacidade. A energia retida é de 8.302 MW mês e ENA de 1.573 MWm, valor que corresponde a 73% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 69,16%. O submercado do SE/CO teve níveis estáveis e a capacidade está em 16,8%. A energia armazenada mostra 34.269 MW mês e a ENA é de 21.616 MWm, valor que corresponde a 69% da MLT. Furnas admite 15,03% e a usina de Itumbiara marca 11,88%. Os reservatórios da Região Sul tiveram aumento de 0,2 p.p e operam com 34,3%. A energia armazenada é de 6.822 MW mês e a ENA marca 10.366 MWm, correspondendo a 79% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 19,65% e 42,95% respectivamente. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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2 ONS vai desconsiderar indisponibilidades de usinas relacionadas à pandemia

O ONS foi autorizado a desconsiderar as indisponibilidades ou restrições de operação de usinas, associadas à pandemia de Covid-19. Os valores apurados para esse tipo de situação serão expurgados das contabilizações feitas a partir de abril do ano passado, que terão de ser recalculadas pela CCEE. O tratamento excepcional aprovado pela Aneel poderá ser aplicado pelo ONS, desde que esteja claro que o agente responsável pelo empreendimento não poderia ter adotado ação alternativa para evitar as indisponibilidades ou restrições operativas. A autorização vai valer enquanto durarem as limitações impostas pela crise sanitária. O operador terá de enviar relatório mensal com os valores dos pedidos de expurgos relacionados à Covid-19 e as justificativas para serem aceitos ou rejeitados, assim como informações sobre os impactos dessas indisponibilidades na operação do Sistema Interligado. O tratamento dado aos geradores leva em conta os impactos das medidas de controle da pandemia, que limitaram a atuação das empresas em atividades como alocação de mão-de-obra e manutenções. Entre elas, estão a proibição de atividades em alguns setores, limitação do número de pessoas em um mesmo ambiente e restrições à circulação de mercadorias e pessoas. Alguns dos pedidos de retirada de indisponibilidades que não foram atendidos pelo ONS, por não haver até então uma orientação da Aneel, acabaram chegando à agência por iniciativa de geradores. Entre eles, os titulares das concessões das hidrelétricas Três Marias, São Simão, Ilha Solteira, Jupiá, Santo Antônio e Jirau, que apresentaram o pedido diretamente à autarquia ao longo de 2020 e 2021. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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3 Itaipu pode ajudar a restabelecer energia durante apagões no Brasil

Em meio à grave crise hídrica brasileira, a Itaipu Binacional tem trabalhado de forma estratégica para possibilitar o restabelecimento de energia durante possíveis apagões em grandes centros do Brasil. Após seis meses como diretor-geral brasileiro da usina, João Francisco Ferreira explicou que a hidrelétrica tem potencial para produzir mais energia do que tem ofertado atualmente, mas segue a determinação do ONS e, por isso, atua com uma produção menor. "Nós produzimos [energia] daquilo que nos é solicitado. Nós temos uma capacidade de produzir energia em grande quantidade em pouco tempo, então Itaipu é estratégica, porque nós estamos produzindo hoje pouco em relação ao que podemos, de acordo com a orientação que vem de cima, para equilibrar o sistema e evitar um risco de apagões ou crises dessa natureza.". De acordo com Ferreira, em casos de apagões, a hidrelétrica binacional poderá ofertar mais energia em pouco tempo. "Itaipu pode ser demandada para que saia com uma produção 'x', para dois 'x' em questão de 7, 8, no máximo 10 minutos. Isso faz a diferença. Podemos restabelecer a energia se houver um problema em alguma região que seja grande consumidora. Itaipu é estratégica e, por isso, ela é preservada para nesse momento de crise ela atuar." (Folha de S.Paulo – 14.10.2021)

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4 Preço da energia deve cair com a transição energética, prevê Thymos Energia

Durante o Enase, o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, mostrou uma tendência de que o consumidor terá maior autonomia, mas que o preço da energia vai cair também. Ele acredita que o consumidor empoderado poderá gerar sua própria energia e o ambiente de serviços e recursos energéticos distribuídos, como autoprodução, pequena escala, automação, armazenamento, eficiência energética, entre outras coisas, devem crescer inversamente proporcional ao preço da energia, que deve cair. Mello acrescenta ainda que os projetos que financiarão projetos seguros virão do mercado livre, que já é uma tendência que deve crescer muito no ano de 2024. Segundo ele, a nova rota da transição energética até 2050 deve empoderar o consumidor, que vai demandar cada vez mais de serviço. Diante disso, a legislação vai precisar se adequar a essa nova realidade em que as energias renováveis vão empoderar os consumidores. “O Brasil precisa de transição energética que vislumbre tempo, crédito, mercado. Esses são os desafios. A modernização deste arcabouço é fundamental”, afirma. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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5 Armazenagem na transmissão de energia é fundamental, diz presidente da ISA Cteep

O segmento de transmissão de energia também precisa se modernizar e aproveitar novas soluções, como as de armazenagem, segundo Rui Chammas, presidente da ISA Cteep. “É fundamental que o sistema de transmissão se dote de mecanismos para tratar da variação das energias intermitentes. Tenho discutido isso com autoridades do setor. Temos que realizar testes em escala comercial, para entender como esses mecanismos podem entrar em operação”, disse o executivo. Segundo Chammas, baterias seriam capazes de absorver variações sazonais da geração de fontes intermitentes, como eólica e solar, e a implementação dessas soluções no sistema existente poderia até mesmo dispensar a construção de novas linhas. O CEO também defendeu que os países latinoamericanos deveriam voltar a discutir uma conexão intercontinental de sistemas de transmissão. Ele observou que a crise hídrica atual que o país enfrenta exigiu a importação de energia de nações vizinhas, como Argentina e Uruguai, além de maior intercâmbio de energia entre submercados dentro do próprio território brasileiro. “Esse mesmo conceito deve ser ampliado para o nosso continente. é um tema que o setor elétrico tem que trazer à mesa. Essa discussão já existe há alguns anos, mas com algumas barreiras que impedem o avanço”, disse Chammas. (Valor Econômico – 14.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Neoenergia expande projeto de mobilidade elétrica

A Neoenergia segue avançando com o Programa de Mobilidade Elétrica, que conta com o projeto Linha Verde, iniciativa voltada a instalar eletropostos nas bases operacionais de forma a viabilizar viagens com carros elétricos entre as sedes administrativas das distribuidoras. A companhia informou que a primeira fase da Linha Verde foi implantada entre as capitais Natal (RN) e Recife (PE), onde atuam as distribuidoras da Neoenergia, Cosern e Neoenergia Pernambuco. As cidades ficam a cerca de 300 km de distância uma da outra e os veículos elétricos têm uma autonomia média de 200 km. Assim, o projeto contemplou a instalação de dois eletropostos de carga rápida nesse trajeto, de forma a garantir maior segurança e autonomia dos veículos durante a viagem. Os pontos de recarga foram instalados nas Unidades Territoriais de Distribuição (UTDs) da Neoenergia localizadas em Goianinha (RN) e Goiana (PE). Os municípios ficam, aproximadamente, a 60 km de distância da capital de cada estado, o que garante uma parada estratégica no percurso para recarregar o veículo. Aliada a expansão dos pontos de recarga nas UTDs, a Neoenergia conta, desde março de 2020, com eletropostos nas sedes administrativas da companhia, nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Ao total, são 85 veículos híbridos e 44 totalmente elétricos na Neoenergia. O objetivo é que toda a frota da veículos leves e administrativos seja completamente substituída até 2030. (Canal Energia – 15.10.2021)

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2 BMW está pronta para banir motores a gasolina e a diesel em 2030

A indústria automotiva está se preparando para um futuro de emissão zero. Além de um senso de responsabilidade corporativa para mitigar os efeitos do aquecimento global, há também uma necessidade "regulatória". A BMW disse estar pronta para cumprir qualquer decisão a partir de 2030. De acordo com o Automotive News, o CEO da BMW, Oliver Zipse, disse que a marca não está preocupada com a "proibição" dos motores a diesel e a gasolina. A marca alemã estará pronta para aceitar quaisquer limitações a partir de 2030, ano em que a BMW pretende aumentar a venda de seus modelos elétricos em até 50%. Se uma cidade, um país ou um continente inteiro introduzir proibições especiais, então, a BMW ajustará sua oferta de modelos. Para isso, está preparada para lançar vários modelos de emissão zero ao mercado nos próximos anos. No entanto, ainda não foi definida uma "data de validade" para propostas com motores de combustão. O portfólio nos próximos anos contará com um número crescente de modelos híbridos leves ou plug-in, enquanto a MINI venderá exclusivamente carros elétricos a partir de 2030. (Inside EVs – 15.10.2021)

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3 BMW continua acreditando no hidrogênio

O carro elétrico não é o único aspecto em que a BMW está trabalhando. A marca bávara continua acreditando no hidrogênio e no Salão de Munique apresentou o BMW iX5, a versão final que estreará em 2022 com uma oferta limitada a pequenas frotas. A partir de 2025, no entanto, mais modelos de série com tecnologia de células de combustível estão programados. O foco em zero emissões continuará, portanto, mas sem qualquer afobação. Como afirma Frank Weber, chefe de desenvolvimento da BMW, em entrevista anterior, ainda há muitos temas abertos relacionados à eletrificação. Entre a força de trabalho a ser treinada e a infraestrutura de carregamento a ser criada, a indústria automotiva e a política terão que agir com bom senso nos processos de transição para a mobilidade elétrica. (Inside EVs – 15.10.2021)

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4 Toyota deve cortar produção global em 15% devido à escassez de chips

A Toyota Motor cortará sua produção automotiva global em 15% em relação ao seu último plano de produção, ou cerca de 150 mil veículos, devido à escassez de semicondutores e à crise de energia na China, apurou o "Nikkei". A mudança ocorre depois que a montadora japonesa cortou sua produção em 40% em relação ao plano inicial de setembro a outubro, com o ressurgimento de infecções por covid-19 no sudeste da Ásia interrompendo a cadeia de suprimentos de peças automotivas. A Toyota manterá seu plano de produção global para o ano fiscal de 2021 em 9 milhões de veículos, apesar dos últimos cortes de produção. A empresa pretende trazer sua produção de volta ao normal depois de dezembro, mas uma fonte da empresa espera que algumas incertezas permaneçam. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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Inovação

1 Shanghai Electric lança turbina offshore de 11 MW

O fabricante chinês Shanghai Electric lançou uma nova turbina eólica offshore de 11 MW. A empresa informou que a máquina SEW11.0-208 com lâmina de fibra de carbono de 102 metros da plataforma Petrel apresenta sua turbina de acionamento direto, da qual a Shanghai Electric possui propriedade intelectual total. Ele acrescentou que o SEW11.0-208 é a primeira turbina eólica offshore a tirar o máximo proveito de sua plataforma de Petrel autodesenvolvida, que é construída especificamente para suportar altas temperaturas, umidade e sal, bem como ambientes marinhos mutáveis e complexos, como como terremotos e tufões. A Shanghai Electric disse que a turbina adota design digital de ciclo completo, produção, gerenciamento de O&M, bem como seu mais recente sistema de controle LeapX para reduzir a carga operacional e melhorar a estabilidade operacional da unidade. (Renews - 15.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Plano climático do Brasil é insuficiente e resulta em aquecimento no dobro da meta, diz estudo

O Brasil está longe do caminho para colaborar com a manutenção de um mundo até 1,5º C acima dos níveis pré-industriais até 2030. Na verdade, se totalmente implementadas, as políticas ambientais atuais do País estarão alinhadas com um aquecimento de 3°C - o dobro do limite previsto pelo Acordo de Paris, pacto assinado em 2015 por 195 países. O alerta será feito nesta quinta-feira, 14, pelo relatório da organização global Transparência Climática (Climate Transparency), que reúne think tanks e ONGs de 16 países. O estudo, que está em sua sétima edição, analisa todas as economias do G-20 para verificar como elas estão se saindo com a mudança climática. No Brasil, a meta climática do governo federal de reduzir as emissões em 43% (abaixo dos níveis de 2005) até 2030 e de atingir a neutralidade climática não está em linha com um caminho de 1,5°C. De acordo com os dados mais recentes do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima que faz essas medições, o desmatamento é responsável por quase metade das emissões brasileiras (44%). "Essas são emissões ineficientes, que não geram nada, não geram PIB (Produto Interno Bruto), não se ganha nada", diz William Wills, coordenador da parte brasileira do estudo e pesquisador do Centro de Estudos Integrados em Mudanças Climáticas e Meio Ambiente (Centro Clima) da Universidade Federal do Rio (UFRJ). (O Estado de São Paulo – 15.10.2021)

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2 Certificados de energia renovável devem se tornar tendência para descarbonizar a economia

Diante dos objetivos globais de transição energética para uma economia de baixo carbono, a busca dos agentes do setor elétrico por ativos ESG (Environmental, social and corporate governance) tem se tornado cada vez mais determinante no atual contexto. Com esse cenário, essa foi uma das constatações do painel que debateu a eletrificação e descarbonização da economia pela visão do setor no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase). O tema é objeto de estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que está em fase de conclusão de um relatório sobre a criação de um mercado de precificação de carbono e é consenso entre os players que as novas fontes renováveis podem contribuir para a criação de um mercado de carbono no Brasil. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, conta que tem observado uma busca ao longo do desenvolvimento da indústria eólica no Brasil e “certificados de energia, de carbono e atributos das fontes renováveis, tem gerado uma demanda crescente entre os agentes”. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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3 CEOs a postos para a transição energética

Os players do setor elétrico mostraram disposição para a aceleração da transição energética. Em painel realizado nesta quinta-feira, 14 de outubro, com a presença de executivos do setor, o tom foi o da necessidade dessa intensificação, considerada como irreversível. O CEO do Grupo Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, lembrou que os relatórios estão cada vez mais preocupantes, para o executivo, o mundo não terá outra chance para avançar no caminho da transição e alcançar a descarbonização. “Precisamos acertar a matriz energética mundial, não adianta Brasil fazer seu papel e os outros países ficarem de fora”, afirma. Ruiz-Tagle elogiou a disposição do setor privado em participar, discutindo e engajando governos. Ainda de acordo com o CEO, a transição trará o desafio de como remunerar as novas tecnologias, criando novos conceitos e culturas nas empresas e na população. Para ele, o processo não deverá ser simples ou rápido, mas sim bem estudado, para atingir os efeitos desejados. “Temos a oportunidade de gerar grandes volumes de investimentos para tecnologias inovadores que criam emprego e renda”, explica o mesmo. Em suma, a crise hídrica que o país passa, na visão do executivo, é um momento para mostrar a necessidade de um sistema de transmissão pujante. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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4 Aumento da energia limpa ainda é lento para zerar as emissões globais até 2050

Uma nova economia de energia está surgindo em todo o mundo, à medida que os veículos solares, eólicos, elétricos e outras tecnologias de baixo carbono se tornam realidade. Entretanto, segundo o relatório World Energy Outlook, da Agência Internacional de Energia (AIE) o crescimento da energia limpa ainda é lento para colocar as emissões globais em direção a zero de emissões até 2050 e conter as mudanças climáticas mais severas. O documento destaca a necessidade de uma ação mais contundente dos governos na COP-26, que vai acontecer em novembro em Glasgow, na Escócia. O relatório foi elaborado como um manual para a Conferência sobre Mudanças Climáticas e disponibiliza gratuitamente online avisos sobre a direção que as configurações de política de hoje estão tomando no mundo. Mas também fornece uma análise clara de como avançar de uma forma bem administrada em direção a um caminho que teria uma boa chance de limitar o aquecimento global a 1,5 ° C e evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. O WEO-2021 mostra que mesmo com as implantações de energia solar e eólica cada vez mais fortes, o consumo mundial de carvão está crescendo fortemente este ano, empurrando as emissões de dióxido de carbono (CO2) para seu segundo maior aumento anual na história. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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Energias Renováveis

1 GD solar atinge a marca de 7 GW, aponta Absolar

Com a crescente procura pela geração distribuída, a energia solar acaba de atingir a marca de 7 GW de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, o que equivale a metade de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. De acordo com a Absolar, o país possui atualmente mais de 611 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 765 mil unidades consumidoras. Em 2021 foram mais de R$ 35,6 bilhões em novos investimentos. Segundo a entidade, a tecnologia solar fotovoltaica está presente em mais de 5.369 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais (1.304 MW), São Paulo (888 MW), Rio Grande do Sul (849 MW), Mato Grosso (534 MW) e Paraná (383 MW). (CanalEnergia – 14.10.2021)

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2 Maior usina solar de São Paulo é autorizada a iniciar operação com seis meses de antecedência

A Aneel autorizou, a partir desta sexta-feira (15/10), o início da operação comercial das UFVs Pereira Barreto I a IV, com 167,58 megawatts (MW) de capacidade instalada. O empreendimento da EDP Renováveis é a maior central de geração de energia solar do Estado de São Paulo, contando com mais de 600 mil painéis voltados para a produção de energia elétrica limpa e renovável. O empreendimento inicia sua operação com 6 meses de antecedência em relação ao seu compromisso na outorga da Aneel e ajudará no enfrentamento da atual conjuntura hidroenergética, produzindo energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A entrada em operação da UFV Pereira Barreto representa a superação da marca de 4 GW de geração solar centralizada em operação no Sistema Interligado Nacional. (Aneel – 14.10.2021)

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3 Aneel autoriza 23,9 MW de eólicas para operação

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para início da operação comercial, a partir de 14 de outubro, as unidades geradoras UG1 e UG2, de 3,55 MW cada, da EOL Terra Santa I. As unidades geradoras UG10 e UG12, de 4,2 MW cada, da EOL Ventos de Santa Martina 01 e as UG1 e UG2, de 4,2 MW cada, da EOL Ventos de Santa Martina 12. Os empreendimentos estão localizados no estado do Rio Grande do Norte. A Aneel liberou ainda, para operação em teste, as unidades geradoras UG1 e UG10, de 4,2 MW cada, da EOL Ventos de Santa Esperança 21 e a UG8, de 4,2 MW da EOL Ventos de Santa Esperança 22. As usinas estão localizadas no Município de Morro do Chapéu, no estado da Bahia. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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4 Nordex obtém pedidos de mais de 1,8 gigawatts de energia eólica no 3º trimestre de 2021

No terceiro trimestre de 2021, a Nordex recebeu pedidos de 389 aerogeradores com potência nominal total de 1.829 megawatts (MW), em comparação com 271 aerogeradores com 1.229 MW no terceiro trimestre do ano anterior. As turbinas da série Delta4000 responderam por 1.391 MW ou 76 por cento desses pedidos (Q3 2020: 86 por cento). No geral, o Grupo Nordex gerou uma entrada de pedidos (excluindo o negócio de serviços) de 4.610 MW nos primeiros nove meses (9M / 2020: 3.759 MW), o que inclui uma alta proporção de cerca de 80 por cento para a série Delta4000. (REVE - 14.10.2021)

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5 A implantação responsável de energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França

Em 14 de outubro WindEurope CEO Giles Dickson falou na 11 ª Colloque éolien Nacional em Paris, organizado pela França Énergie éolienne. A energia eólica é indispensável para uma transição energética bem-sucedida na França. E traz benefícios adicionais para os cidadãos: na semana passada, a ministra da Transição Ecológica da França, Barbara Pompili, e representantes da indústria eólica apresentaram em conjunto 10 medidas para uma implantação “controlada e responsável” da energia eólica. Isso irá garantir altos padrões de proteção ambiental, boa coexistência com as comunidades locais e preservação do patrimônio cultural da França. A parcela de eletricidade produzida pelo vento na França excedeu a dos combustíveis fósseis no ano passado pela primeira vez. O vento é agora 8% da eletricidade da França e ocupa o segundo lugar na produção de energia renovável, depois da energia hidrelétrica. A França pretende ter 34 GW de energia eólica onshore até 2028, contra 18 GW atuais, de acordo com sua Programação Pluriannuelle de l'Énergie (PPE). (REVE - 14.10.2021)

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6 Suécia avança planos de rede eólica offshore

O governo sueco pretende incumbir a operadora do sistema de transmissão do país, Svenska Kraftnat, de expandir a rede da rede para áreas dentro das águas suecas para apoiar o desenvolvimento de parques eólicos offshore. O governo planeja alterar a instrução do Svenska Kraftnat para que o TSO seja designado com o trabalho de expansão da rede de transmissão para áreas marítimas onde há condições para conectar vários projetos e onde tal expansão promove os objetivos da Suécia para a produção de eletricidade renovável. Svenska Kraftnat também começará o trabalho preparatório antes da expansão da rede no mar. A emenda às instruções do Svenska Kraftnat sobre a expansão da rede entrará em vigor no dia 1º de janeiro do próximo ano, disse o governo. Nos termos da alteração, o ORT deve fornecer informações sobre a necessidade de desenvolver novas orientações e instruções para os promotores eólicos offshore. (Renews - 15.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Alta no consumo de gás natural no Brasil acentua crise global, diz IEA

O consumo de energia elétrica gerada por gás natural no Brasil registrou uma forte alta em 2021, em consequência da seca que tem afetado a produção hidrelétrica, contribuindo para a escassez global de energia. Apenas em julho, a geração de eletricidade por meio de gás mais que triplicou, enquanto a produção hidroelétrica caiu 26%, segundo relatório da IEA. O consumo de gás para geração de energia aumentou 79% nos primeiros sete meses de 2021 enquanto o consumo de eletricidade de várias fontes aumentou 10%. “Considerando o fato de que o Brasil não possui armazenagem subterrânea de gás, a flexibilidade na oferta do combustível tem sido obtida por meio de uma combinação de aumento na produção, de cerca de 5% em 2021, e aumento nas importações”, diz o relatório. Segundo a IEA, a forte demanda por GNL na Ásia e na América do Sul tem contribuído para a crise energética global. A Europa se aproxima do inverno com estoques menores que a média de gás, à medida que mais GNL vem sendo enviado para outras regiões do mundo. O Bank of America divulgou projeção de que os preços de gás devem bater recorde de alta ainda antes do inverno e de que os efeitos da crise energética se estenderão até pelo menos 2025. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Presidente da Abrace defende intervenção de queda do PLD

O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, defendeu um limite de queda do PLD durante o Enase. Para ele, a queda nos preços de energia no mercado de curto prazo em um momento em que o país passa por uma profunda crise hídrica desestimula o programa Redução Voluntária da Demanda (RVD) criado para reduzir a demanda de grandes consumidores nos horários de pico. “Estamos num cenário em que estamos pagando térmicas de R$ 2.500/MWh e estamos vendo o PLD cair para R$ 200/MWh. Isso é um absoluto desestímulo ao programa Resposta da Demanda, pois estimula o consumo e a contratação”. Ele argumenta que a contratação de energia é para a proteção da variação de preços e para o mercado ter mais estabilidade. Entretanto, os subsídios e encargos têm pesado sobremaneira sobre os custos, tirando a previsibilidade do mercado e causado um comportamento de fuga. “No setor elétrico, o contrato perdeu o valor”, diz. Pedrosa defende que a Creg deveria criar limites contra a variação de preços em contextos excepcionais. “Nós entendemos que a Creg deveria avaliar mecanismos, como foi feito em 2001, para criar um teto ou um limite de preços para que ele não caia abaixo daquele limite no momento em que a gente está gerando térmicas na quantidade que estamos gerando”, afirma. Segundo ele, essa é uma distorção da alocação de riscos causada pelos encargos e a formação de preços está errada. “Estamos com o preço de R$ 200/MWh ao mesmo tempo que geramos energia dez vezes mais cara do que a média do sistema. Não caberia uma intervenção momentânea sobre o preço”, questiona. (CanalEnergia – 14.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Setor de serviços confirma retomada econômica mais tímida à frente

O setor de serviços continuou em recuperação em agosto, confirmando que será o motor da economia brasileira no segundo semestre, enquanto a indústria enfrenta gargalos e o comércio já sente mais a inflação. Após quatro altas mensais seguidas acima de 1%, no entanto, o crescimento moderou, como esperado pelo Valor Data, para 0,5% e, segundo economistas, deve prosseguir com taxas nesse patamar mais baixo até o fim do ano. Na PMS divulgada ontem pelo IBGE, o volume prestado avançou 16,7% sobre agosto de 2020 (devido à baixa base de comparação) e, em 12 meses, acelerou de 2,9% em julho para 5,1%, ante queda de 5,3% até agosto do ano passado. Na margem, os serviços tiveram taxas positivas em 14 dos últimos 15 meses - a exceção foi março de 2021, quando caíram 3% em agosto em meio à segunda onda da pandemia. Desde abril deste ano, o setor acumula alta de 6,5%. Em agosto, alcançou o nível mais elevado desde novembro de 2015 e agora está, em média, 4,6% acima do pré-covid (fevereiro de 2020). (Valor Econômico – 15.10.2021)

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2 Consultoria: Brasil ruma à inflação alta e PIB fraco nos próximos trimestres

A economia brasileira parece destinada a um período de inflação alta e crescimento fraco - ou inexistente - nos próximos trimestres, ainda que isso deva ser temporário, avalia a consultoria Capital Economics em um relatório intitulado “Brasil: sinais de estagflação”. Embora tal situação possa colocar bancos centrais em uma situação difícil, no caso do Brasil, há poucas dúvidas de que a autoridade monetária permanecerá focada nos riscos inflacionários, escreve William Jackson, economista-chefe para mercados emergentes, projetando uma Selic de 9% no início de 2022. A Capital Economics revisou ontem suas previsões para o crescimento do Brasil em 2022 de 3% para 1,3% e de 2% para 1,8% em 2023. Segundo o economista, isso significa que o PIB do país estaria, no período, ainda 3% a 3,5% abaixo da tendência anterior à pandemia. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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3 Prévia indica aumento real de 12,7% na arrecadação

A arrecadação federal ficou em R$ 148,884 bilhões no mês de setembro, aponta cálculo prévio do Monitor da Arrecadação Federal da FGV Ibre, antecipado ao Valor. Se confirmado, será um crescimento real de 12,7% sobre setembro de 2020, o que aponta para um crescimento sustentado das receitas. A pesquisadora que elaborou os cálculos, Juliana Damasceno, considerou que o resultado foi satisfatório. A taxa de crescimento real foi superior a 10%, sobre uma base de comparação forte. Em setembro de 2020, a atividade econômica já estava em recuperação. Além disso, o resultado da arrecadação em de setembro de 2020 não foi impactado pelo recolhimento de tributos diferidos (adiados) em meses anteriores. Ou seja, a comparação com setembro de 2021 é “limpa”. Ainda assim, indica um bom nível de crescimento. O resultado da arrecadação será divulgado pela Receita Federal após o dia 20. A prévia do Ibre, calculada a partir de dados do Siafi, tem ficado bem próxima. Em agosto, por exemplo, foi de R$ 146,323 bilhões, ante um resultado oficial de R$ 146,463 bilhões. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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4 IBC-Br cai 0,15% ante julho e sobe quase 4% em 12 meses

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,15% em agosto, na comparação dessazonalizada com julho, conforme divulgado nesta sexta-feira pela autoridade monetária. Em julho, o indicador teve alta de 0,23% (dado revisado de alta de 0,6%). O resultado de agosto veio abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de queda de 0,1%. As estimativas iam de queda de 0,99% a alta de 0,2%. O comportamento do indicador em agosto foi influenciado por quedas de 0,7% da produção industrial e de 3,1% das vendas do varejo restrito (recuo de 2,5% do varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção). Nos serviços, houve alta de 0,5%. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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5 IGP-10 tem deflação de 0,31% em outubro, mas acumula alta de 22,53% em 12 meses

O IGP-10, calculado pelo Instituto de Economia da FGV, caiu 0,31% em outubro. No mês anterior, o índice havia registrado queda de 0,37%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 16,08% no ano e de 22,53% em 12 meses. Em outubro de 2020, o índice subira 3,20% no mês e acumulava elevação de 19,85% em 12 meses. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 14 sendo negociado a R$ 5,5131 com variação de +0,74% em relação ao início do dia. Hoje (15), começou sendo negociado a R$ 5,4944, com variação de -0,34% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h28 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,5039, variando -0,92% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 14.10.2021 e 15.10.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Bruno Gonçalves, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Monique Coimbra e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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