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IFE: nº 5.303 - 26 de julho de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Especialistas pedem horário de verão na crise hídrica e estimam economia de R$ 500 mi
2 MME estabelece diretrizes para oferta adicional de geração de energia pelas térmicas
3 Ministério autoriza Exponencial Energia a importar e exportar energia da Argentina e do Uruguai
4 MME: CPAMP aprova aprimoramentos para modelos computacionais do setor elétrico
5 Cogen: Portaria facilita que térmicas a biomassa ofereçam capacidade adicional ao SIN
6 Aneel consente 416,5 MW de geração térmica a operar no regime de produção independente

Empresas
1 Eletronuclear: consórcio vence licitação de caminho crítico de Angra 3
2 Credit vê volumes beneficiando distribuidoras no 2° trimestre e geradoras pressionadas pela crise
3 Cepel e ISA CTEEP intensificam parcerias tecnológicas
4 Soluções de IA acopladas às operações, acelerando a Transformação Digital em Utilities
5 Itaipu e Polo Iguaçu firmam parceria que beneficiará 2.250 profissionais do turismo
6 Ana Paula Galetti Romantini é eleita para diretoria da Santo Antônio Energia

Leilões
1 Expansão da geração e transmissão passa por leilões combinatórios

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: carga deve ter aumento de 3% em julho
2 CCEE: 2° semestre inicia com alta de 1,5% no consumo de energia
3 Reservatórios do Sul continuam com maior recuo, aponta ONS

4 CPAMP atualiza Volume Mínimo Operativo dos reservatórios

5 Após reabastecimento de combustível, Angra 2 volta a operar

Mobilidade Elétrica
1 Brasil: recorde de vendas de VEs em junho
2 Volvo: estratégia de eletrificação no mercado brasileiro
3 São Paulo FC anuncia parceria com a Volvo Cars Brasil para difundir o uso de VEs
4 Tecnologia V2G será um atrativo para a expansão da mobilidade elétrica

5 BMW desenha carregador integrado a painéis solares
6 Relação da mobilidade elétrica com a energia solar é cada vez maior

Inovação
1 Alemanha: empresas irão realizar estudo para avaliar potencial de parque de hidrogênio offshore
2 Austrália: Governo de Vitória cria dois novos programas de subsídios na área de hidrogênio para empresas
3 Saipem lança tecnologia para produção offshore de hidrogênio verde
4 Empresas exploram cadeia de valor da amônia entre Sibéria e Japão

Meio Ambiente
1 BNEF: para alcançar net zero até 2050 é preciso investir US$ 173 tri

Energias Renováveis
1 Siemens irá fabricar turbinas totalmente recicláveis
2 Bolt Energy estrutura fundo para investir em projetos de geração de energia em renováveis

Gás e Termelétricas
1 Geração da Petrobras sobe 15,1% no 2º trimestre
2 ONS começa a receber ofertas de energia de térmicas com CVU
3 Artigo sobre os retrocessos no setor de petróleo e gás

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE: até o momento, não há risco de descumprimento de obrigações financeiras no ACL

Economia Brasileira
1 Boletim Focus: Mercado projeta que taxa de juros vai chegar a 7% ao ano no final de 2021
2 Com pressão maior de serviços, bancos passam a prever inflação de 7% em 2021

3 Recuperação da receita não dá ‘liberdade’ para perda de arrecadação na reforma do IR, diz secretário
4 Energia sobe mais uma vez e IPCA-15 de julho fica em 0,72%
5 FGV: IPC-S da terceira quadrissemana de julho sobe em 4 de 7 capitais
6 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 DA COSTA, Décio Fabrício Oddone. “Não é o momento de retrocessos no setor de petróleo e gás”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Especialistas pedem horário de verão na crise hídrica e estimam economia de R$ 500 mi

Dois anos após ser extinto pelo presidente Jair Bolsonaro, o horário de verão volta à pauta. Para os especialistas, a pequena economia de energia com a medida pode ser de grande relevância diante da escassez nos reservatórios. Estimativa aponta que o adiantar do relógio em uma hora poderia poupar cerca de R$ 500 milhões. À época da extinção, um estudo do MME apontou que não havia mais economia de energia tão relevante. Na ocasião, o então presidente do ONS, Luiz Eduardo Barata, afirmou que pelo motivo de a economia de energia ser pequena, não seria um grande problema extinguir a medida para o setor elétrico. Apesar desse diagnóstico, o ONS não recomendou a extinção do horário de verão, já que a equipe também considerava os ganhos inegáveis para outros setores e para a população. Dois anos depois, e em meio a uma crise hídrica, Barata defende que a mudança nos relógios volte a ser analisada pelo governo. Para Cláudio Frischtak, sócio da consultoria financeira Inter.B, a decisão do governo foi "arbitrária", e não considerou o impacto do horário de verão em demais áreas, como no índice de criminalidade e para segmentos da economia que dependem da presença do pública para faturamento, como bares e comércio. Ele afirma ainda que a extinção foi feita em um momento em que o consumo de energia elétrica não era tão crítico como hoje por conta da crise hídrica, que deve se prolongar até os próximos anos. O ex-presidente da EPE e professor de planejamento energético da UFRJ, Maurício Tolmasquim, também defende a volta do horário de verão, mesmo que seja apenas neste ano. Apesar da avaliação de especialistas e pleitos de alguns setores, o governo não indica possibilidade de retomar a medida. O MME informa que a contribuição do horário de verão é "limitada", tendo em vista a mudança no hábito de consumo de energia da população nos últimos anos, deslocando o maior consumo diário para o período diurno. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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2 MME estabelece diretrizes para oferta adicional de geração de energia pelas térmicas

O MME estabeleceu as diretrizes para a oferta adicional de geração de energia elétrica proveniente de usina termelétrica para atendimento ao SIN. Pela portaria, publicada no DOU, as diretrizes não se aplicam a térmica com CVU. A oferta será utilizada pelo ONS como recurso adicional para atendimento ao SIN, desde que aceita pelo CMSE, que ainda deliberará sobre o tema. A portaria estabelece ainda que a oferta poderá ser tanto de térmica vinculada ao mercado regulado ou ao mercado livre. Serão aceitas ofertas provenientes de usinas enquadradas como cogeração qualificada, desde que não participe do sistema de compensação de energia de minigeração e microgeração distribuída. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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3 Ministério autoriza Exponencial Energia a importar e exportar energia da Argentina e do Uruguai

O MME autorizou a Exponencial Energia a importar e exportar energia elétrica da Argentina e do Uruguai, sendo que a importação é para atender o mercado de curto prazo no Brasil. No caso da Argentina, a importação e a exportação de energia deverão ocorrer por meio das conversoras de Garabi I e II, até 2.200 MW de potência, localizadas em Garruchos, no Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina. Já do Uruguai a importação e a exportação de energia deverão acontecer por meio da conversora de Rivera, de até 70 MW de potência, localizada nos municípios de Rivera, no Uruguai, e Santana do Livramento, no Brasil, e da conversora de Melo, de até 500 MW de potência, localizada em De Melo, no Uruguai, próximo da fronteira com o Jaguarão, no Rio Grande do Sul. (Broadcast Energia - 22.07.2021)

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4 MME: CPAMP aprova aprimoramentos para modelos computacionais do setor elétrico

A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) aprovou ontem, 22, aprimoramentos nos modelos utilizados no setor, com objetivo de aproximar a operação à realidade do sistema e evitar esvaziamento de reservatórios das hidrelétricas, como vêm sendo observado nos últimos sete anos, e que ajudou a desencadear a crise hídrica atual. As decisões foram baseadas nas contribuições recebidas em duas consultas públicas realizadas de 2 de junho a 2 de julho e de 5 a 15 de julho de 2021. A partir de janeiro de 2022, a CPAMP propõe que seja feita a atualização dos Volumes Mínimos Operativos (VminOp) nos modelos Newave e Decomp de forma flat (sem sazonalidade), com os Reservatórios Equivalentes de Energia (REE) estipulados em 20% para Sudeste, Paraná e Paranapanema; 30%, para Sul e Iguaçu; 23,5% para o Nordeste e 20,8% para o Norte (18% no mês de dezembro de acordo com a curva de operação da usina de Tucuruí). (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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5 Cogen: Portaria facilita que térmicas a biomassa ofereçam capacidade adicional ao SIN

A Associação da Indústria de Cogeração de Energia viu como positiva a publicação de uma portaria pelo MME, com diretrizes para a oferta adicional de geração de energia elétrica proveniente de usina termelétrica com CVU nulo, para atender ao SIN. Segundo a Cogen, as usinas de biomassa terão a chance de ofertar ao SIN sua capacidade de produção adicional, contribuindo com o fornecimento de mais energia elétrica para uma maior segurança energética nesse momento de crise hídrica do País. Com a medida, a entidade estima que as usinas a biomassa tenham potencial de colaborar com energia para o SIN e permitir que as hidrelétricas guardem entre um a dois pontos percentuais de água no Sudeste/Centro-Oeste. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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6 Aneel consente 416,5 MW de geração térmica a operar no regime de produção independente

A Aneel aprovou o montante de 416,5 MW de geração termelétrica a operar no regime de produção independente de energia elétrica, de acordo com despacho publicado. A autorização da Aneel contempla a usina térmica Fênix, que totaliza 32,500 MW, de propriedade da Fênix Complexo Industrial, localizada no município de Alto Araguaia, no Mato Grosso. A Suzano, por sua vez, recebeu autorização para o empreendimento de mesmo nome, localizado em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, com capacidade total de 384 MW. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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Empresas

1 Eletronuclear: consórcio vence licitação de caminho crítico de Angra 3

Um consórcio formado pela construtoras Ferreira Guedes e Matricial, além da empresa integradora de tecnologia ADtranz, venceu a licitação para as obras civis e de montagem eletromecânica da usina nuclear Angra 3, o chamado caminho crítico para acelerar a conclusão da unidade, informou a Eletronuclear. A previsão é de que as obras comecem ainda este ano. O lance vencedor foi de R$ 292 milhões, o que representa um deságio de aproximadamente 16% em relação ao valor de referência estabelecido pela Eletronuclear. No total, duas companhias e cinco consórcios participaram da sessão de abertura das propostas. Entre as principais medidas que constam no Plano de Aceleração do Caminho Crítico está a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3. Além disso, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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2 Credit vê volumes beneficiando distribuidoras no 2° trimestre e geradoras pressionadas pela crise

O Credit Suisse acredita que as distribuidoras serão beneficiadas por um forte aumento dos volumes e um índice de inadimplência normalizado no segundo trimestre do ano, enquanto as geradoras terão os números pressionados devido à crise hídrica. Ao mesmo tempo, a produção de energia eólica deve continuar forte. Pelo lado das distribuidoras, o banco vê a Equatorial Energia, a Energisa e a CPFL Energia como os destaques em função dos fortes números, bom desempenho de custos e reajustes tarifários positivos. No caso das geradoras, o banco vê a Cesp e a AES Brasil altamente impactadas de forma negativa pelo risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês). Apesar do GSF quase normal no trimestre, os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano esperam pressão nas margens por conta do déficit hídrico visto em junho, de 30,7%, e da alta do preço spot, alcançando R$ 374 por megawatt (MWh). Para eles, o terceiro trimestre do ano deve registrar um déficit ainda pior. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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3 Cepel e ISA CTEEP intensificam parcerias tecnológicas

Tradicionais parceiros, o Cepel e a ISA CTEEP, maior transmissora privada de energia elétrica do país, acabam de firmar novos acordos para aplicação de tecnologia desenvolvida pelo Centro em diversas áreas de atuação da companhia. Tudo para agregar ainda mais valor às atividades da empresa, presente em 17 estados brasileiros e responsável por 60% da energia que trafega pela região Sudeste, maior centro de carga do país. Para o diretor-geral do Cepel, Amilcar Guerreiro, com as transformações por que passa o setor elétrico e o papel cada vez mais exigente dos consumidores de energia, o momento é mesmo de investir na cooperação tecnológica para impulsionar a inovação e a eficiência. “Neste caso específico, ganha o Cepel, que potencializa o valor de suas soluções ao customizá-las e aplicá-las em ativos de uma empresa do porte da ISA CTEEP, Associada Especial do Centro com mais de 20 mil km de linhas de transmissão e 140 subestações (em operação ou em construção) em território brasileiro, e ganha a empresa, que assegura tecnologia de ponta, alinhada às melhores práticas mundiais, a seus serviços”. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Cepel – 23.07.2021)

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4 Soluções de IA acopladas às operações, acelerando a Transformação Digital em Utilities

No episódio do TechTALKS “Como reduzir custos de manutenção e melhorar a segurança com imagens e inteligência artificial” nas companhias de energia, os participantes das empresas de energia citaram experiências com provas de conceito que já desenvolveram internamente ou com programas de P&D para validação de tecnologias que tragam algum resultado que acelere os processos de inspeção e traga maior segurança para os colaboradores envolvidos nestas tarefas. Foram citados exemplos como o uso de drones para inspeção de torres de alta tensão e drones numa espécie de “gaiola protetora” nas inspeções de galerias subterrâneas – locais bem hostis para permanência do ser humano. Também foram destacados alguns benefícios que poderão ser alcançados com a adoção de soluções com uso da IA, e para vê-los, leia a notícia na íntegra. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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5 Itaipu e Polo Iguaçu firmam parceria que beneficiará 2.250 profissionais do turismo

A Itaipu Binacional e o Instituto Polo Iguassu lançaram na última quinta-feira, 22 de julho, o Capacita Foz, uma iniciativa de educação on-line, com atividades ao vivo e gravadas, e que deverá beneficiar 2.250 profissionais do turismo de Foz do Iguaçu, em áreas do trade turístico e afins. O projeto, com duração de dois anos e investimentos de R$ 4,7 milhões por parte da Itaipu, também fornecerá uma bolsa de R$ 550 reais por três meses a esses profissionais que foram impactados pelas limitações impostas pela pandemia de covid-19. De acordo com a estatal, o Capacita Foz amplia as atividades de capacitação promovidas em duas edições do Capacita Guias pelo Instituto Polo Iguassu, com apoio da Itaipu. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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6 Ana Paula Galetti Romantini é eleita para diretoria da Santo Antônio Energia

Ampliando cada vez mais a presença feminina em seus postos de liderança, a Santo Antônio Energia elegeu Ana Paula Galetti Romantini para diretoria da companhia. Vale lembrar que Solange David foi a primeira mulher a presidir o Conselho de Administração da geradora, em maio deste ano. De acordo com a companhia, Ana Paula sucede Nilmar Foletto como diretora Financeira e de Relações com Investidores. A executiva atuou por 11 anos na gerência financeira da Santo Antônio Energia e volta à geradora após um ano fora. A Santo Antônio Energia informou que este ano promoveu o seu primeiro programa Jovem Aprendiz com um elenco 100% feminino. A empresa conta com 17% de mulheres no seu corpo funcional; e 19% das posições de liderança são preenchidas por mulheres, percentual acima da média do mercado de energia. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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Leilões

1 Expansão da geração e transmissão passa por leilões combinatórios

O futuro da expansão dos sistemas de geração e de transmissão no Brasil deverá passar por uma revisão da metodologia. No segmento de geração a já discutida contratação de reserva de capacidade e energia. Em transmissão, além dos tradicionais certames, um Leilão de Certificado de Preferência de Acesso à Rede Básica. São alguns dos pontos que constam dos relatórios que a RegE Consultoria entregou ao MME no âmbito da contratação do BID. A ideia é a de realizar leilões combinatórios para expansão dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica. Esses estudos foram conduzidos ao longo do primeiro semestre e trataram da contratação, com abordagem via leilões combinatórios, de lastro e atributo, de instalações de geração e transmissão e de instalações de geração e gás natural. Entre os pontos abordados pela consultoria está a de que se vislumbra até oito produtos a serem contratados por leilão combinatório proposto. Esses seriam definidos a partir dos requisitos de energia e de reserva do SIN, bem como da declaração de necessidades das distribuidoras, consumidores livres, autoprodutores e comercializadores interessados em participar da licitação. Os produtos seriam definidos a partir da estratégia de contratação adotada pelo MME, seja ela por fonte energética ou por obrigação de entrega contratual. Seriam cinco produtos classificados como Energia de 1 a 5 e cada um para uma fonte específica – hídrica, solar, eólica, biomassa e híbridos. Ou ainda sem definição específica de fonte, mas com entrega por um determinado número de meses do ano. Já em Transmissão a proposta passa pela adoção de um mecanismo para revelação das preferências locacionais dos geradores por diferentes subáreas ou áreas, com visão de médio prazo e sem associação prévia a projetos de geração específicos, mediante a realização de um novo certame, chamado de Leilão de Certificado de Preferência de Acesso à Rede Básica ou CPRB. Todos os relatórios produzidos estão disponíveis no site do ministério e ao clicar aqui podem ser acessados com todos os detalhes apresentados. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: carga deve ter aumento de 3% em julho

A carga no SIN deve ter um aumento de 3% em julho, chegando a 65.200 MW med. Dados do Informe do PMO de julho indicam que a carga deve ficar estável, variando 0,5%, no Sudeste/Centro-Oeste. O maior aumento de carga será o do Nordeste, que deverá crescer 8,6%, sendo seguido pela região Norte, com aumento de 8,2%. A carga na região Sul deve experimentar um crescimento de 3,8%. Os reservatórios do Sudeste devem terminar o mês com volume de 26%. O nível no Norte deverá ser o maior de todos, com 80%, enquanto no Nordeste o volume no fim do mês deve atingir os 54,6%. A expectativa é que a região Sul termine julho com os reservatórios operando com 47,6% da capacidade. O valor esperado para o fim do mês de ENA no Sudeste/ Centro-Oeste é de 15.542 MW med, o mesmo que 60% da média de longo termo. No Sul, a previsão mensal é de 4.843 MW med, o mesmo que 44% da MLT. No Nordeste, a previsão de ENA é de 1.601 MW med, o equivalente a 42% da MLT. Na região Norte os 4.306 MW med correspondem a 82% da MLT. A média semanal do CMO deve ficar R$ 1.239/ MWh em todos os submercados. Na carga pesada, o valor é de R$ 1.275,95/ MWh em todos os submercados. Já na carga média, ele fica em R$ 1.268,24/ MWh também para todos os submercados, enquanto o patamar de carga leve é de 1.196,58/ MWh para todos os submercados. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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2 CCEE: 2° semestre inicia com alta de 1,5% no consumo de energia

O consumo de energia elétrica no Brasil iniciou o segundo semestre em alta. Na primeira quinzena de julho, foram 59.706 MW médios consumidos no SIN, uma ampliação de 1,5% na comparação com o mesmo período de 2020. É a menor taxa de crescimento do ano, aproximando o resultado dos patamares de períodos pré-pandemia. Em relação à primeira quinzena de julho de 2019, o aumento foi de 1,2%. Os dados são preliminares e fazem parte do Boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE. Do lado da geração, o volume de energia que ingressou no SIN foi de 62.541 megawatts médios, volume 2% maior do que no mesmo período de 2020. A maior parte foi produzida pelas hidrelétricas, que ofertaram 34.144 MW médios, quantidade 24,2% menor que no ano passado, devido à situação de baixas vazões no país. Para acessar o relatório completo, clique aqui. (CCEE – 23.07.2021)

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3 Reservatórios do Sul continuam com maior recuo, aponta ONS

Todos os subsistemas apresentaram redução em seus níveis, na última quinta-feira, 22 de julho, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. No entanto, o que apresentou maior redução, mais uma vez, foi a Região Sul que teve queda de 1 ponto percentual e opera com 55,1% de sua capacidade de armazenamento. A energia retida é de 10.969 MW mês e ENA aponta 3.078 MW med, valor que corresponde a 46% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 55,84% e 59,95% respectivamente. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste apresentaram diminuição de 0,1 p. p e trabalham com 27,1%. A energia armazenada mostra 55.070 MW mês e a ENA aparece com 14.396 MW med, o mesmo que 62% da MLT. Furnas admite 26,22% e a usina de São Simão marca 20,65%. O submercado do Norte teve recuo de 0,1 p.p e chega a 80,7%. A energia armazenada marca 12.234 MW mês e ENA é de 3.806 MW med, equivalente a 72% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 97,17%. A Região Nordeste também apontou uma redução de 0,1 p.p e opera com 56,1% da sua capacidade. A energia armazenada indica 28.968 MW mês e a energia natural afluente computa 1.555 MW med, correspondendo a 42% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 54,24%. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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4 CPAMP atualiza Volume Mínimo Operativo dos reservatórios

A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico aprovou a atualização do Volume Mínimo Operativo dos reservatórios. Para o Sudeste, Paraná e Paranapanema, o VminOp será de 20%, o Sul e Iguaçu será de 30%, o Nordeste será de 23,5% e o Norte será de 20,8% e 18% no mês de dezembro de acordo com a curva de operação da usina de Tucuruí. Esses parâmetros começam a valer a partir de janeiro de 2022. Segundo o MME, o que motivou os aperfeiçoamentos propostos foi a necessidade de se melhorar a representação da realidade operativa do SIN nos modelos, e proporcionar o adequado sinal econômico do PLD e justa alocação dos custos para os diversos segmentos. Nos últimos anos, o SIN apresentou sucessivos níveis baixos de armazenamento, sem apresentar melhora nos períodos em que seria natural o replecionamento, tendo sido verificado, ainda, a pior média de vazões, de setembro de 2020 a junho de 2021, do histórico de 91 anos de dados coletados no SIN. As mudanças se devem também porque o atual nível de aversão ao risco dos modelos tem se mostrado insuficiente, fato evidenciado pelos baixos níveis de armazenamento que o SIN tem operado nos últimos anos. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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5 Após reabastecimento de combustível, Angra 2 volta a operar

Parada desde o dia 06 de junho para realizar a substituição de um terço do seu combustível, Angra 2 foi sincronizada ao SIN às 5h46 da última quinta-feira, 22 de julho. Durante o período, também foram feitas inspeções e manutenções periódicas. Assim como em 2020, o escopo da parada foi reduzido ao mínimo necessário para evitar a disseminação do coronavírus. Por isso, foram contratados apenas 770 profissionais brasileiros e 70 estrangeiros, volume que está cerca de 30% abaixo do que é tipicamente praticado. No total, foram realizadas 4.193 atividades. De acordo com a Eletronuclear, a empresa superou desafios complexos e obteve êxito na parada. A Eletronuclear enfatizou que o ótimo resultado da parada só foi possível devido a profissionais competentes, qualificados, motivados e empenhados, que trabalharam juntos em prol de um mesmo objetivo. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Brasil: recorde de vendas de VEs em junho

Com 3.507 veículos eletrificados emplacados, junho de 2021 se tornou o melhor da série histórica da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), iniciada em 2012. No primeiro semestre, as vendas da categoria – que reúne modelos elétricos a bateria, híbridos (movidos a combustível e bateria, recarregada durante o uso) e híbridos plug-in (movidos a combustível e bateria, recarregada durante o uso e na tomada) – somaram 13.899 unidades e representaram 1,4% do total de automóveis e veículos comerciais leves negociados no país. Embora tímido, se comparado à média mundial de 4,6%, o número traduz um cenário inédito no Brasil. A previsão da ABVE é ultrapassar a marca de 28 mil emplacamentos de eletrificados ao fim de 2021, o que representaria um aumento de 42% em relação a 2020. Os números mostram que, mesmo diante do risco de um apagão e das possibilidades de racionamento de energia elétrica, o brasileiro não freou os planos de comprar um carro elétrico, principalmente quando os modelos são totalmente elétricos. (InfoMoney - 23.07.2021)

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2 Volvo: estratégia de eletrificação no mercado brasileiro

A aceleração das vendas dos elétricos no país e a rápida adesão à tecnologia pelo consumidor brasileiro estimularam a Volvo Car a encerrar as vendas de carros à combustão no Brasil, a exemplo do que fez na Noruega. Desde janeiro, a fabricante sueca de carros só comercializa modelos híbridos e elétricos no país. João Oliveira, diretor geral de Operações e Inovação da Volvo Car no Brasil, diz que a decisão foi reflexo de pesquisas com clientes que adquiriram modelos híbridos, vendidos no Brasil desde 2017. Os resultados da pré-venda do XC40 Recharge, primeiro modelo 100% elétrico da Volvo Car no Brasil, dão peso à programação de rota da fabricante sueca. Com 400 km de autonomia e preço em torno de R$ 390 mil, o primeiro lote do XC40 Recharge disponível para venda, com 300 unidades, esgotou em duas semanas. Segundo Oliveira, foi necessário negociar com a fábrica o envio de um lote extra, com 150 unidades. Até a primeira semana de julho, 50 carros tinham sido vendidos. As primeiras entregas serão feitas em setembro. Os donos do XC40 Recharge vão receber um pacote de serviços, válido por três anos, que inclui manutenção, serviço de assistência 24 horas e o Volvo Wallbox, carregador com a instalação incluída. (InfoMoney - 23.07.2021)

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3 São Paulo FC anuncia parceria com a Volvo Cars Brasil para difundir o uso de VEs

O São Paulo anunciou na sexta-feira (23) uma parceria com a Volvo Car Brasil, buscando promover veículos híbridos e elétricos no Brasil. A parceria fechada deve trazer aos sócios torcedores, associados do clube e funcionários do Tricolor, ações, promoções, descontos especiais e benefícios exclusivos. A empresa sueca também deixará veículos elétricos à disposição do clube. O diretor de marketing Latam Hub para Volvo Car Brasil, Rafael Ugo, falou sobre os objetivos da parceria e a importância de firmar esse acordo com o São Paulo. “Nosso principal objetivo é difundir a eletrificação e mostrar ao público que veículos híbridos e elétricos já são uma realidade. Hoje somos líderes em vendas no segmento plug-in hybrid e queremos que cada vez mais pessoas tenham acesso a essa tecnologia. Com essa importante parceria com o São Paulo Futebol Clube, teremos veículos expostos no estádio, exibição de vídeos nos intervalos dos jogos e faremos ações especiais com os torcedores para difundir cada vez mais a eletrificação”, afirmou Rafael Ugo. Outra novidade da parceria serão pontos de recarga para carros híbridos e elétricos no estádio do Morumbi, e no centro de treinamento da Barra Funda. Estes pontos poderão ser utilizados tanto por veículos Volvo, como de outras marcas. Com a nova parceria, os inscritos do Sócio Torcedor terão um desconto de R$ 10 mil na compra de qualquer modelo híbrido da marca durante o mês de julho. Já no E-commerce Volvo Lifestyle Collection, os sócios torcedores terão um desconto de 50% para itens de vestuário também até o fim do mês de julho. (Lance! - 23.07.2021)

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4 Tecnologia V2G será um atrativo para a expansão da mobilidade elétrica

Um dado animador para quem compra um carro 100% elétrico é a tecnologia Vehicle to Grid, ou V2G. Alexandre Szklo, professor do programa de planejamento energético da Coppe/UFRJ, explica que, em redes elétricas inteligentes, os carros elétricos poderão devolver energia ao sistema. Os proprietários podem carregar seus carros em sistemas de geração solar, por exemplo, e usar a energia armazenada para alimentar a rede da casa ou do escritório em períodos que a energia elétrica é mais cara. A próxima plataforma de 100% elétricos da Volvo Car, o XC90, já terá essa tecnologia. No Brasil, porém, os entusiastas da mobilidade eletrificada terão que esperar um pouco mais para economizar energia. O entrave está na questão regulatória. O presidente da ABVE explica que a atual versão do Código Brasileiro de Energia Elétrica não permite que veículos elétricos devolvam energia para a rede, mas a entidade tem trabalhado para mudar esse contexto e permitir que o V2G seja uma realidade no país. O Projeto de Lei 5829/19, que cria o marco legal da geração de energia descentralizada, está em tramitação na Câmara dos Deputados. O sistema V2G chegou a entrar no texto, mas já não está mais na versão que avança atualmente no Congresso. “A legalização do uso do veículo elétrico como fornecedor de energia para o sistema elétrico aumenta a geração distribuída, e a sensação é de que há um movimento para restringi-la”, diz Adalberto Maluf. (InfoMoney - 23.07.2021)

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5 BMW desenha carregador integrado a painéis solares

A BMW, que prepara a marca Mini para ser 100% elétrica até 2030, desenha os carregadores de carros elétricos para serem integrados a painéis solares. Henrique Miranda, head de Conectividade do BMW Group Brasil, diz que o aplicativo da recarga pode programar o momento em que o veículo seja recarregado. Assim, mesmo que a fonte seja a rede elétrica, é possível programar o consumo e economizar, explica o executivo. No Brasil, Miranda diz que 2021 já apresenta os melhores resultados de venda do modelo i3 BEV Full, 100% elétrico, que custa cerca de R$ 305 mil. “Até a metade do ano, vendemos 70 unidades. Em 2020, foram vendidas 108 unidades do i3 BEV Full”, afirma. (InfoMoney - 23.07.2021)

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6 Relação da mobilidade elétrica com a energia solar é cada vez maior

O casamento da mobilidade elétrica com a energia solar é cada vez mais frequente. Antônio Jorge Martins, coordenador de cursos automotivos da FGV, diz que a Tesla vendeu em 2020 cerca de 500 mil carros elétricos e está vendendo também para seus clientes automotivos os sistemas fotovoltaicos, capazes de converter a radiação solar em energia elétrica. O empresário Antonio Azevedo, fundador e CEO da LogiGO, especializada em tecnologia automotiva para montadoras, está no time dos proprietários de veículos elétricos que embarcaram na rota da sustentabilidade com geração própria de energia. Dono de um Tesla Model 3, Azevedo instalou, há um ano e meio, um sistema de geração de energia solar em sua casa no litoral de São Paulo. A instalação do sistema de geração de energia solar na casa de Azevedo custou cerca de R$ 38 mil, e a expectativa é de que o investimento se pague em cinco anos. Mas antes disso, o empresário já identifica a economia. Ele garante que o valor da conta de luz caiu pela metade. No inverno, a redução chega a 65%, mesmo quando seu carro elétrico é recarregado na residência. Até quem mora em apartamento pode aproveitar a economia da geração solar, como faz Azevedo. Os créditos excedentes gerados em uma residência podem ser usados para economizar na conta de luz de outro imóvel, desde que pertençam ao mesmo dono e estejam na mesma área de abrangência da distribuidora de energia. Para quem está pensando em comprar um carro elétrico, mas se preocupa com os custos extras na conta de luz, a possibilidade de produzir a própria energia solar pode dar uma injeção de ânimo. Segundo Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar: Existe uma gigante sinergia entre veículos elétricos e energias renováveis, inclusive a solar. (InfoMoney - 23.07.2021)

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Inovação

1 Alemanha: empresas irão realizar estudo para avaliar potencial de parque de hidrogênio offshore

A RWE, Shell, Gasunie e Equinor assinaram uma declaração de intenção para colaborar no projeto AquaSector. Os parceiros irão realizar um estudo para fornecer informações sobre as condições que o parque de hidrogênio em grande escala pode ser realizado com sucesso, o estudo também informará os desafios técnicos e comerciais que precisam ser superados em relação a produção de hidrogênio offshore. O projeto pretende instalar um eletrolisador com capacidade de 300 MW aproximadamente para produzir até 20 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. O hidrogênio produzido posteriormente será transportado por meio de um oleoduto para Heligoland a partir de 2028. (RWE – 23.07.2021)

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2 Austrália: Governo de Vitória cria dois novos programas de subsídios na área de hidrogênio para empresas

O governo de Victoria dedicou US $ 7,2 milhões para fornecer testes, pilotos e estudos de viabilidade para empresas que buscam fazer a transição para o hidrogênio, que é um combustível alternativo de energia limpa. A Ministra da Energia, Meio Ambiente e Mudança Climática, Lily D'Ambrosio, anunciou dois novos programas de subsídios na semana passada para apoiar o setor industrial na preparação para o hidrogênio renovável, financiando uma variedade de projetos. De acordo com os subsídios, o governo investirá US $ 6,2 milhões por meio do Fundo de Caminhos de Comercialização de Hidrogênio Renovável e um adicional de US $ 1 milhão para ajudar as empresas a desenvolver planos de negócios para usar hidrogênio por meio do Fundo para Negócios de Hidrogênio Renovável. Os subsídios são financiados por meio do pacote Accelerating Victoria's Hydrogen Industry de US $ 10 milhões e são parte de uma série de atividades identificadas no Plano de Desenvolvimento da Indústria de Hidrogênio Renovável. (H2 View – 26.07.2021)

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3 Saipem lança tecnologia para produção offshore de hidrogênio verde

A Saipem, plataforma tecnológica e de engenharia avançada, lançou uma tecnologia para a produção de hidrogênio verde. A tecnologia, denominada SUISO, combina várias fontes de energias renováveis, como: eólica e solar flutuante e energia oceânica em um único sistema. O objetivo da tecnologia é alimentar os eletrolisadores instalados nas plataformas offshore existentes para a produção de hidrogênio verde. A marca foi registrada no European Union Intellectual Property Office (EUIPO). O SUISO será aplicado no projeto AGNES, um hub de energia offshore. (Saipem – 19.07.2021)

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4 Empresas exploram cadeia de valor da amônia entre Sibéria e Japão

Jogmec, Irkutsk Oil Company (IOC), Toyo Engineering Corporation e Itochu Corporation irão realizar a segunda fase de um estudo de viabilidade conjunto da cadeia de valor da amônia azul entre o leste da Sibéria e o Japão, trabalhando em estreita colaboração, usando a experiência de cada empresa de forma que seja possível introduzir amônia azul como combustível para usinas elétrica, navio e outros usos. Através do estudo os parceiros irão estabelecer um plano de comercialização, com a Jogmec oferecendo suporte financeiro e técnico para garantir locais adequados para CCS. (H2 Bulletin – 26.07.2021)

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Meio Ambiente

1 BNEF: para alcançar net zero até 2050 é preciso investir US$ 173 tri

A BloombergNEF publicou um relatório que aponta que para alcançar as emissões líquidas de carbono zero até 2050 será preciso investir até US$ 173 trilhões na transição energética. O montante equivale a aproximadamente R$ 900 trilhões. Para atingir a meta, os recursos devem ser aplicados de modo substancial em infraestrutura, com o capital fluindo dos combustíveis fósseis em direção à energia limpa e outras soluções climáticas. De acordo com o estudo, o investimento anual precisará passar de cerca de US$ 1,7 trilhão por ano hoje, para uma média entre US$ 3,1 trilhões e US$ 5,8 trilhões por ano nas próximas três décadas. A energia renovável e a eletrificação são a base da transição e devem ser aceleradas imediatamente, enquanto o hidrogênio, a captura de carbono e as novas usinas nucleares modulares são ferramentas emergentes que devem ser desenvolvidas e implantadas o mais rápido possível. Para a BloombergNEF, os próximos nove anos serão cruciais para entrar no caminho de limitar o aumento das temperaturas de acordo com o Acordo de Paris e exigir uma rápida duplicação do investimento anual atual no sistema de energia. Para atingir a neutralidade em 2050, as emissões globais relacionadas à energia precisam cair 30% abaixo dos níveis de 2019 até 2030, e 75% até 2040. (Brasil Energia - 23.07.2021)

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Energias Renováveis

1 Siemens irá fabricar turbinas totalmente recicláveis

Como parte da nova Visão de Sustentabilidade da empresa, a Siemens estabeleceu metas com o objetivo de fabricar pás totalmente recicláveis até 2030 e redesenhar os outros componentes da turbina eólica para colocar um gerador 100% reciclável no mercado até 2040. A meta de zero líquido da Siemens Gamesa inclui as emissões produzidas por toda a cadeia de valor da empresa, anunciou a fabricante de turbinas. A fabricante também declarou que pretende alcançar uma taxa de intensidade de carbono de zero emissões por megawatt instalado, sem quaisquer medidas de compensação. Para saber mais sobre a Estratégia de Sustentabilidade da Siemens Gamesa 2021-2040 clique aqui. (Renewables Now - 23.07.2021)

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2 Bolt Energy estrutura fundo para investir em projetos de geração de energia em renováveis

A comercializadora de energia Bolt Energy vai estruturar um fundo para investir em projetos de geração por meio de fontes renováveis, como solar, eólica e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O valor total dos investimentos não foi confirmado pela empresa, mas estima-se que seja próximo a R$ 300 milhões. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Geração da Petrobras sobe 15,1% no 2º trimestre

A geração de energia da Petrobras no segundo trimestre de 2021 ficou em 3.297 MW med, subindo 15,1% em relação ao primeiro trimestre do ano. O aumento vem devido a piora das condições hidrológicas e do menor nível dos reservatórios das hidrelétricas no país. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve um aumento de 207%. O volume de vendas no mercado livre no trimestre aumentou 11% em função, principalmente, de volumes adicionais de venda de energia de curto prazo nos meses de abril e maio. Ao analisar as vendas no mesmo período do ano passado, houve aumento de 82,6%. O volume de venda de gás natural no segundo trimestre de 2021 se manteve estável na comparação com o primeiro trimestre do ano. Houve aumento no volume de entrega de gás nacional em 4,7%, com início do escoamento de gás da P-76 pela Rota 2, maior envio de gás nas plataformas P-53 e P-74 e maior eficiência operacional nas plataformas do pré-sal da Bacia de Santos, parcialmente compensado pela queda nos volumes de regaseificação de GNL os quais, no entanto, continuam altos para atendimento à demanda de gás natural, ainda em patamar elevado. Na comparação com o segundo trimestre de 2020, o aumento ficou em 2,3%. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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2 ONS começa a receber ofertas de energia de térmicas com CVU

O ONS abriu processo de recebimento das propostas de geração de usinas sem contrato de comercialização de energia elétrica. A medida atende a determinação das Portarias Normativas do MME Nº 13/21, publicada em 2 de junho de 2021 e Nº 05/21, publicada em 5 de abril de 2021 para geração térmica de usinas com CVU de forma excepcional para enfrentamento à crise hídrica. A autorização contempla usinas com acionamento de acordo com a ordem de mérito, ou independentemente da ordem de mérito, desde que deliberado e justificado pelo CMSE, com base em estudo apresentado pelo ONS. Segundo as regras, o despacho dessas usinas, independentemente da ordem de mérito, poderá ocorrer por período determinado. O limite é de seis meses, de forma ininterrupta, desde que seja de possível alocação na carga, respeite a otimização do custo total de despacho do sistema e a segurança operativa seja observada. Mas que poderá ser estendido pelo operador por um período inferior a trinta dias, para consumir o combustível contratado e não utilizado em função da modulação da geração. O agente interessado deve encaminhar a proposta para o ONS por meio de correspondência endereçada à Gerência de Serviços ao Agente – SA, A\C Gustavo Henrique Novaes Rodrigues, via e-mail: integra.usuario@ons.org.br. Para esclarecimentos, o ONS disponibilizou um canal de contato via os endereços de e-mail: integra.usuario@ons.org.br, ou com a Gerente de Integração e Acesso. Caroline Mattar: cmattar@ons.org.br e o Especialista de Integração e Acesso I, Vinícius Magalhães Cruz: vinicius.cruz@ons.org.br. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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3 Artigo sobre os retrocessos no setor de petróleo e gás

Em artigo publicado na Agência Broadcast Energia, Décio Fabrício Oddone, engenheiro e CEO da Enauta S.A., trata da crise e a posterior retomada no setor de petróleo e gás, frente à nova tendência mundial de descarbonização. Segundo o autor, “a produção e a exportação (de petróleo e gás) cresceram e devem subir ainda mais. O Brasil poderá se tornar um dos cinco maiores produtores de petróleo. No entanto, o cenário global vem mudando. Para mitigar o efeito do carbono na atmosfera, a matriz energética precisa mudar. Muitos países estão acelerando a adoção de energias mais limpas. Empresas privilegiam investimentos em fontes renováveis. A eletrificação ganha tração, mas bilhões de pessoas seguem à margem da rede elétrica. Para não interromper o grande processo de inclusão possibilitado pelo maior acesso à energia, a transição deve ser feita com maior oferta de energéticos, não com redução da disponibilidade”. Ele conclui que “o Brasil precisa dos recursos gerados pela extração dos hidrocarbonetos para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, aumentar a inclusão energética e aprofundar a redução das emissões de carbono. Não é momento de retrocessos no setor de petróleo e gás natural”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.07.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 CCEE: até o momento, não há risco de descumprimento de obrigações financeiras no ACL

Em meio a rumores de que comercializadoras de energia estariam com dificuldades para entregar energia contratada no mercado livre, a CCEE informou que monitora a atuação das empresas no mercado multilateral e que, até o momento, "não há registro de descumprimento de obrigações financeiras". A CCEE disse também que segue atenta ao cenário atual de elevação de preços e, ressaltou que caso os agentes identifiquem alguma conduta atípica ou irregular de suas contrapartes podem reportar o caso à entidade via central de monitoramento. Os riscos de inadimplemento ou dificuldade de entrega de energia contrata aumentam neste momento de crise hídrica, uma vez que o PLD está há um mês no teto regulatório de R$ 583,88 por Mwh. Na última semana, uma reportagem do jornal Valor Econômico apontou para a possibilidade de inadimplemento das comercializadoras Argon e Brasil no valor de R$ 600 milhões. As empresas negam que estejam renegociando contrato com clientes. (Broadcast Energia - 23.07.2021)

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Economia Brasileira

1 Boletim Focus: Mercado projeta que taxa de juros vai chegar a 7% ao ano no final de 2021

A mediana das projeções do mercado para a Selic, a mediana das expectativas subiu de 6,75% ao ano para 7% ao ano no fim de 2021, segundo o Boletim Focus, do BC, divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para o fim de 2022, o ponto médio permaneceu em 7% ao ano. A mediana das projeções dos economistas do mercado para o IPCA em 2021 aumentou de 6,31% para 6,56%. Para 2022, a mediana para o IPCA subiu de 3,75% para 3,80%. A mediana das projeções do mercado para o PIB brasileiro voltou a subir, de 5,27% para 5,29%. Para 2022, a mediana das expectativas permaneceu em 2,10%. A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre, sobre o quarto trimestre do ano passado, segundo o IBGE. (Valor Econômico – 26.07.2021)

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2 Com pressão maior de serviços, bancos passam a prever inflação de 7% em 2021

Após a divulgação do IPCA-15 de julho, que ficou acima das expectativas do mercado ao avançar 0,72%, duas instituições passaram a prever inflação de ao menos 7% para 2021. O J.P. Morgan elevou a estimativa para a alta do IPCA no ano de 6,5% para 7%. Já o Credit Suisse mudou essa previsão de 6,9% para 7,2%. Os dois bancos já trabalhavam com inflação acima do teto da meta para o ano, de 5,25%. Agora, se distanciam ainda mais do número esperado pelo consenso de mercado, atualmente em 6,31%. A inflação de serviços, que vinha em tendência de recomposição mais gradual nas últimas leituras e agora acelerou com mais força, de 0,30% a 0,71% entre junho e julho, foi apontada pelo J.P. e pelo Credit como um dos motivos para as revisões. “Na nossa visão, o cenário para a inflação se deteriorou recentemente e o IPCA-15 de hoje reforçou essa tendência”, afirmam Cassiana Fernandez, economista-chefe para Brasil do J.P. Morgan, e o economista Vinicius Moreira em relatório a clientes. (Valor Econômico – 24.07.2021)

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3 Recuperação da receita não dá ‘liberdade’ para perda de arrecadação na reforma do IR, diz secretário

O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, disse nesta sexta-feira (23) que a recuperação das receitas não dá “total grau de liberdade” para se discutir perda de arrecadação na reforma tributária. Ele disse que há um cenário de melhora das receitas e de controle das despesas. “Isso nos dá totais graus de liberdade para discutir essa reforma ou perdas de arrecadação? Jamais. A gente tem que ter o tempo todo um olhar na consolidação fiscal e esse processo é longo. O Brasil sempre teve uma dívida alta e ela saltou para patamares ainda mais expressivos”. Ele acrescentou que a reforma do IR ainda está em aberto e que há “muita coisa para se discutir”. “Estamos entregando resultados fiscais importantes, ajudados pela receita, pelo compromisso com as regras fiscais, mas isso não deve fazer a gente relaxar”. (Valor Econômico – 23.07.2021)

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4 Energia sobe mais uma vez e IPCA-15 de julho fica em 0,72%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 de julho ficou em 0,72%, valor 0,11 ponto percentual abaixo do registado em junho, de 0,83%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para a composição do índice, sete tiveram alta de preços em julho. O maior impacto, com 0,33 ponto percentual e a maior variação, com 2,14%, veio da habitação, onde energia está inserido. Energia subiu 4,79%, mais que os 3,85% de junho, exercendo o maior impacto no IPVA-15 de julho, de 0,21 ponto percentual. De acordo com o IBGE, apesar da bandeira vermelha patamar 2 vigorar desde junho, a partir de julho houve reajuste de 52% no valor dessa bandeira, que passou a cobrar R$9,492 a cada 100 kWh consumidos, mais que os R$6,243 cobrados anteriormente. (CanalEnergia – 23.07.2021)

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5 FGV: IPC-S da terceira quadrissemana de julho sobe em 4 de 7 capitais

A inflação subiu em quatro de sete capitais acompanhadas pela FGV, na terceira quadrissemana de julho. No período, o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu de 0,88% para 0,90%. Segundo a FGV, o indicador subiu em Recife (de 1,13% para 1,30%), que registrou a maior inflação no período, Salvador (de 0,78% para 0,81%), Porto Alegre (0,65% para 0,77%) e São Paulo (0,88% para 0,93%). Houve desaceleração em Brasília (de 1,13% para 1,05%), Belo Horizonte (0,83% para 0,70%), e Rio de Janeiro (de 0,99% para 0,91%). (Valor Econômico – 26.07.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 23 sendo negociado a R$5,2105 com variação de +0,27% em relação ao início do dia. Hoje (26) começou sendo negociado a R$5,1921 com variação de -0,35% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 10h35 o valor de R$5,2021 variando +0,19% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 23.07.2021 e 26.07.2021)

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Biblioteca Virtual

1 DA COSTA, Décio Fabrício Oddone. “Não é o momento de retrocessos no setor de petróleo e gás”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito, Luana Oliveira, Monique Coimbra, Vinícius José e Walas Júnior

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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