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IFE: nº 5.436 - 22 de fevereiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Oportunidade de estágio: GESEL seleciona Pesquisador Júnior
2 CVM nega pedido de adiamento de assembleia da Eletrobras
3 Aneel: Expansão da geração soma 875 MW em 45 dias
4 Abradee: Déficit das bandeiras tarifárias de R$ 3,1 bi em abril
5 Artigo de Marcelo Tanos Naves: “Decisão judicial suspende cobrança de demanda contratada previamente à conexão de unidade minigeradora distribuída”
Transição Energética
1 Heineken investirá milhões em sustentabilidade em SP
2 IRENA e China preparam rede elétrica para onda de eletrificação inteligente com energias renováveis
3 CIP e Bute desenvolverão energias renováveis no País de Gales
Empresas
1
Acionistas deliberam sobre privatização da Eletrobras
2 Weg fecha acordo de R$ 2 bi com CGT Eletrosul
3 EDP: Entrega de segundo trecho da linha de transmissão em SC
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
ONS: Volume dos reservatórios do Norte chegam a 96,7% da capacidade
Mobilidade Elétrica
1
Experiências de eletrificação de frotas de ônibus no Brasil
2 Guia de Eletromobilidade: Estudo avalia eletrificação de frotas do transporte público no Brasil
3 Guia de Eletromobilidade: Experiências com frotas de transporte público eletrificadas
4 Mercedes-Benz projeta linhas exclusivas para produção de VEs
Inovação
1
Thyssenkrupp: Hidrogênio é a nova aposta para a América do Sul
Energias Renováveis
1
CCEE: Fonte solar começa 2022 com aumento de 60,9% na produção
2 Usinas renováveis recebem autorização de 6,2 MW
Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Aneel: Abertura de mercado é destaque em evento na Bahia
Biblioteca Virtual
1 NAVES, Marcelo Tanos. “Decisão judicial suspende cobrança de demanda contratada previamente à conexão de unidade minigeradora distribuída”.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Oportunidade de estágio: GESEL seleciona Pesquisador Júnior
O GESEL está iniciando uma seleção para graduandos de Ciências econômicas (ou áreas conexas) interessados em estágio na área de Energia Elétrica. Preferência para alunos que estejam cursando do 5º período em diante. Foco no desenvolvimento acadêmico e profissional dos pesquisadores, possibilitando maior conhecimento nas diversas áreas do setor elétrico a nível nacional e internacional, assim como network com profissionais do setor. Requisitos: Graduando de Ciências econômicas (ou áreas conexas). Disponibilidade de horário: 20 horas semanais. Atividades: desenvolvimento de artigos e textos de discussão, assim como informativo sobre o setor; participação e auxilio aos projetos de pesquisa e desenvolvimento. Inscrições pelo formulário: https://lnkd.in/d_hbcAs4 (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2022)
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2 CVM nega pedido de adiamento de assembleia da Eletrobras
A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários negou o pedido de postergação da Assembleia Geral Extraordinária da Eletrobras, marcada para a próxima terça-feira, 22 de fevereiro que avaliará a proposta de privatização da empresa por meio do aumento de capital da companhia sem a participação da União. A decisão do colegiado foi unânime contra o pedido da Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL). A decisão do órgão regulador do mercado de capitais, bem como a manifestação da área técnica estão disponíveis neste link. A decisão da CVM aponta que “considerando que embora ainda não estejam disponíveis todas as informações da operação da desestatização da Eletrobras, não seria possível afirmar que as informações disponibilizadas são insuficientes, uma vez que nesta assembleia não serão decididos os detalhes da operação, mas sim a autorização para que o Conselho de Administração realize as ações necessárias para a efetivação da privatização após a autorização dos órgãos competentes”. (CanalEnergia – 21.02.2022)
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3 Aneel: Expansão da geração soma 875 MW em 45 dias
Os dados preliminares sobre a expansão do setor elétrico no ano apontam um incremento de 393 MW em nova capacidade no país até meados de fevereiro. De acordo com a Aneel foram 18 empreendimentos liberados sendo 15 eólicos que somam 244,55 MW, 2 solares fotovoltaicos com 100 MW e mais um térmico com os 48,65 MW restantes. Com esses dados mais a complementação do mês de janeiro o país já acumula 875 MW em novas usinas nos primeiros 45 dias do ano. Por fonte, neste ano a fonte eólica aparece com 589 MW em novas usinas, a térmica com 186,82 ME e a UFV com 100 MW. Para efeitos de comparação, em 2021 o país verificou ao final de março um volume de 683 MW e em abril 1.125 MW. Segundo a Aneel ainda há a previsão de mais 7,5 GW em novos projetos a entrarem em operação comercial ao longo deste ano. Se essa estimativa se confirmar serão quase 8,4 GW em energia nova que reforçarão a matriz elétrica nacional. (CanalEnergia – 21.02.2022)
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4 Abradee: Déficit das bandeiras tarifárias de R$ 3,1 bi em abril
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) calcula que o déficit na conta das bandeiras tarifárias no final de abril será de R$ 3,1 bilhões, já que a Bandeira Escassez Hídrica não é suficiente para cobrir os custos. A Aneel estima um empréstimo no valor total de R$ 5,6 bilhões para reduzir estes impactos financeiros dos custos referentes à compra de energia elétrica no período de escassez hídrica de 2021 e o posterior repasse deles à tarifa dos consumidores. Entretanto, nas contas da agência, até abril há entrada de recursos da conta das bandeiras, que serão abatidos dos custos de geração de cada mês, dando um saldo negativo de R$ 1,5 bilhão. No entendimento da Abradee, o cálculo do saldo da conta bandeiras em abril deve observar o Decreto no 10.939/2022, que determinou a utilização do cenário hidrológico mais crítico apresentado ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) na reunião ordinária de janeiro como o cenário a ser utilizado na realização das projeções de déficit. A entidade espera que a Aneel acate o reajuste e argumenta que a redução do déficit financeiro por meio de uma operação de crédito se mostra adequada, pois a estrutura regulatória trataria a “bolha de custos” da escassez hídrica, as famílias já se encontram endividadas e os níveis de inadimplência da conta de energia elétrica têm se elevado. (Valor Econômico – 21.02.2022)
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5 Artigo de Marcelo Tanos Naves: “Decisão judicial suspende cobrança de demanda contratada previamente à conexão de unidade minigeradora distribuída”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Marcelo Tanos Naves (advogado e sócio-fundador da LTSC Sociedade de Advogados) trata da suspensão da cobrança de demanda contratada previamente à conexão de unidade minigeradora distribuída e seus impactos para os deveres da distribuidora local. Segundo o autor, “para integrar o sistema de compensação de energia elétrica e pagar demanda contratada, a unidade minigeradora deve estar conectada ao sistema de distribuição da concessionária local, o que não ocorrera no caso apreciado pelo juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte/MG, realçando, portanto, a manifesta ilegitimidade da cobrança por serviço não prestado.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 22.02.2022)
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Transição Energética
1 Heineken investirá milhões em sustentabilidade em SP
O grupo Heineken anunciou que irá investir R$ 320 milhões em suas unidades de produção no Estado de São Paulo para ampliar sua agenda de sustentabilidade e expandir sua produção. O investimento se soma a outros R$ 1,7 bilhão em aportes feitos ao longo dos últimos três anos pela empresa no Estado. O valor anunciado hoje inclui a modernização das cervejarias localizadas nas cidades de Itu, Jacareí, Araraquara e Campos do Jordão. A expectativa é de que 400 empregos sejam criados relacionados ao montante investido. Nesse caso, o investimento será direcionado à ampliação do uso de energias renováveis, a exemplo das caldeiras de biomassa, e ao ganho de eficiência hídrica. A unidade de Jacareí ganhará uma caldeira de biomassa. A companhia tem a meta de chegar a 100% de energia renovável em suas fábricas em 2023. Circularidade de embalagens de vidro também está entre as prioridades da cervejaria, que apresentará novas iniciativas para contribuir com a meta de atingir 100% de circularidade de suas embalagens utilizadas em bares e restaurantes até 2025. (Valor Econômico – 21.02.2022)
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2 IRENA e China preparam rede elétrica para onda de eletrificação inteligente com energias renováveis
“As futuras redes elétricas serão muito diferentes das atuais e exigirão soluções inteligentes de eletrificação, pois as energias renováveis estão crescendo mais rápido do que nunca”, disse o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, em um workshop conjunto da IRENA e da State Grid Corporation of China. (SGCC), a maior operadora e corporação de rede do mundo. O workshop virtual “Facilitando a transição para a eletrificação inteligente com energias renováveis na China” também marcou o lançamento de um relatório conjunto com o SGCC intitulado Eletrificação inteligente com energias renováveis: Conduzindo a transformação dos serviços de energia. Com o objetivo de discutir as implicações da implantação acelerada de energias renováveis no sistema de energia da China e apresentar o conteúdo do relatório de eletrificação inteligente , o workshop reuniu palestrantes e especialistas em energia da IRENA, SGCC e State Grid Energy Research Institute (SGERI). Em uma discussão de alto nível com o presidente executivo do SGCC, Xin Baoan, La Camera elogiou a China por seu papel na transição para energia sustentável e compartilhou a história de sucesso do MoU entre IRENA e SGCC, que foi assinado em abril de 2021 para realizar atividades conjuntas para facilitando o desenvolvimento da rede na China e nas regiões do Corredor de Energia Limpa da IRENA. (IRENA – 21.02.2022)
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3 CIP e Bute desenvolverão energias renováveis no País de Gales
A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) chegou a um acordo com a Bute Energy para investir no portfólio do desenvolvedor de até 2 GW de projetos eólicos e solares onshore no País de Gales. O fundo Copenhagen Infrastructure IV K/S (CI IV) da CIP investirá nos projetos de energia renovável da Bute, em vários estágios de desenvolvimento, alguns dos quais são armazenamento de energia de bateria co-localizado. Espera-se que os primeiros projetos comecem a ser construídos em 2024. No total, o portfólio de parques eólicos terrestres, projetos de energia solar fotovoltaica e sistemas de armazenamento de energia de bateria co-localizados podem ter uma capacidade instalada superior a 2 GW até 2030. Um amplo envolvimento e consulta com as partes interessadas e as comunidades locais serão realizados de acordo com o processo de planejamento para desenvolvimentos de importância nacional no País de Gales. Em suma, Bute continuará a liderar as atividades de desenvolvimento e a CIP contribuirá com sua experiência na aquisição e financiamento de projetos de energia renovável em grande escala. (Renews Biz – 21.02.2022)
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Empresas
1 Acionistas deliberam sobre privatização da Eletrobras
Os acionistas da Eletrobras se reúnem nesta terça-feira, 22, para deliberar sobre o processo de privatização da companhia, que deverá ocorrer por meio de uma oferta de ações na Bolsa brasileira, a B3, e em Nova York. A transação está programada para o mês de maio, segundo fontes. A privatização da empresa do setor elétrico será no modelo de uma capitalização, ou seja, será feita uma oferta de novas ações da empresa. Como a União não investirá na oferta, sua participação no capital votante cairá de 72,33% para 45%, deixando, dessa forma, de ter o controle da estatal de energia. A assembleia da Eletrobras será um dos últimos trâmites para que o governo deixe de ser o controlador da empresa. No mercado, a expectativa é de que os acionistas minoritários aprovem todos os itens da pauta, diante de estimativas de valorização da ação após a privatização. Depois disso, o último passo para que a oferta possa ocorrer em maio será a aprovação de um preço mínimo da ação na oferta pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é o responsável pelo processo de venda da estatal, já teria definido o preço, e o aval do TCU deverá ocorrer até o fim de março, segundo uma fonte. O preço mínimo será um limite de valor para que a ação possa ser ofertada aos investidores, uma megatransação que deverá ficar entre R$ 22 bilhões e R$ 26,6 bilhões, conforme já divulgou a empresa. A operação ocorrerá na Bolsa brasileira, a B3, e ainda na Bolsa de Nova York, a Nyse. (O Estado de São Paulo – 21.02.2022)
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2 Weg fecha acordo de R$ 2 bi com CGT Eletrosul
A Weg fechou dois contratos com a CGT Eletrosul para o fornecimento de 72 aerogeradores de 4,2 MW de potência, incluindo logística, montagem e comissionamento, além dos serviços de operação e manutenção ao longo da vida útil do Parque Eólico Coxilha Negra, a ser implementado em Sant’Ana do Livramento (RS). Em comunicado ao mercado a multinacional catarinense afirma que o acordo prevê um faturamento aproximado R$ 2,1 bilhões entre os equipamentos e serviços para o complexo de 302,4 MW de capacidade instalada e entregas previstas para 2023, estendendo-se até 2024. Por sua vez a Eletrosul informou que o investimento está previsto no seu Plano Diretor de Negócios e Gestão e que o projeto já possui a licença ambiental de instalação, emitida pelo Ibama, constando duas subestações coletoras além das linhas. As obras devem começar até o final do primeiro semestre de 2022, com previsão da criação de 310 empregos diretos e cerca de 150 indiretos. Já o início da operação está previsto para ocorrer até o final do ano de 2024, com a energia gerada sendo destinada a comercializada no mercado livre. Atualmente a empresa é proprietária exclusiva do Complexo Cerro Chato, composto por seis parques eólicos entre 69 aerogeradores em plena operação e 138 MW de potência instalada na região de Sant’Ana do Livramento. Agora com o novo empreendimento alcançará a marca de 440 MW de geração a partir da força dos vento. (CanalEnergia – 21.02.2022)
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3 EDP: Entrega de segundo trecho da linha de transmissão em SC
A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, acaba de energizar o segundo trecho do Lote 21 do Leilão Aneel em Santa Catarina. A obra foi entregue com seis meses de antecipação frente ao calendário regulatório. Com a conclusão desta etapa, a integração do empreendimento ao SIN proporcionará uma Receita Anual Permitida de R$ 208 milhões, resultando em receita antecipada total de R$ 143,1 milhões. O segundo trecho do Lote 21 consiste na entrega de duas linhas de transmissão. Uma delas, com 525 kV e 250 quilômetros de extensão, interliga Santa Catarina à malha elétrica mais importante do setor elétrico brasileiro. A outra, com 230kV e tamanho de 6 quilômetros, conecta uma subestação já existente à nova subestação Siderópolis 2, previamente inaugurada pela EDP, proporcionando maior capacidade de suprimento de energia e confiabilidade elétrica ao estado de Santa Catarina. (Petronotícias – 21.02.2022)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Volume dos reservatórios do Norte chegam a 96,7% da capacidade
A Região Norte apontou um crescimento de 0,8 ponto percentual nos níveis de seus reservatórios, no último domingo, 20 de fevereiro, segundo o boletim do ONS. O subsistema está operando com 96,7% da capacidade. A energia armazenada mostra 14.795 MW mês e a ENA aparece com 33.221 MW med, o mesmo que 129% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 99,85%. Já o subsistema do Nordeste apresentou aumento de 0,5 p.p e opera com 79,9% da sua capacidade. A energia armazenada indica 41.294 MW mês e a energia natural afluente computa 17.543 MW med, correspondendo a 169% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 75,65%. O submercado SE/CO cresceu 0,7 p.p e conta com 55,3% A energia armazenada mostra 113.028 MW mês e a ENA aparece com 81.450 MW med, o mesmo que 113% da MLT. Furnas admite 75,4% e a usina de São Simão marca 60,75%. A Região Sul teve recuo de 0,2 p.p e está operando com 31% da capacidade. A energia armazenada marca 6.091 MW mês e ENA é de 1.492MW med, equivalente a 37% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 34,61% e 29,97% respectivamente. (CanalEnergia – 21.02.2022)
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Mobilidade Elétrica
1 Experiências de eletrificação de frotas de ônibus no Brasil
No Brasil, São José dos Campos (SP) assumiu o investimento de frota para a Linha Verde, primeiro corredor 100% elétrico do país. Doze veículos a bateria serão adquiridos com recursos da outorga de um estacionamento rotativo. O corredor está em operação piloto, sem cobrança de tarifa. E a cidade estuda incluir a obrigatoriedade de mais VEs na próxima licitação. Salvador (BA) está prestes a inaugurar os primeiros trechos de seu sistema BRT, que já nasce 30% elétrico — ao menos oito veículos elétricos a bateria estão previstos para entrar em operação até o segundo semestre. A proposta é manter o percentual de elétricos à medida que novos trechos forem inaugurados. A cidade de Curitiba (PR) estuda a eletrificação dos corredores Inter 2 e BRT Leste-Oeste, com previsão de aproximadamente 150 veículos elétricos a bateria operando em 2024. A cidade realizou, com o WRI Brasil, um levantamento sobre os modelos de veículos disponíveis no mercado. Indisponibilidade de veículos biarticulados para o corredor BRT e planejamento de linhas em que um mesmo veículo opera mais de 400 km por dia estão entre as dificuldades para tirar o projeto do papel. Já o Rio de Janeiro (RJ) separou a operação da provisão de frota no novo edital do BRT para viabilizar a aquisição de 550 veículos, sendo 65 elétricos, a serem entregues em 2022 e 2023. A intenção inicial da cidade de alugar a nova frota esbarrou em um marco legal que não aceita licitação para locação como um serviço público — a saída foi comprar os veículos, a um custo de cerca de R$ 1 bilhão. (epbr – 21.02.2022)
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2 Guia de Eletromobilidade: Estudo avalia eletrificação de frotas do transporte público no Brasil
Lançado no início de fevereiro, o Guia de Eletromobilidade identifica três tipos de desafios para eletrificar as frotas de ônibus no Brasil — tecnológicos, financeiros e institucionais — e traz exemplos de novos negócios desenvolvidos pelas cidades para abandonar, ou pelo menos reduzir, a dependência de diesel no transporte público. O guia foi elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o WRI Brasil, e traz um passo a passo para as cidades estruturarem projetos para ônibus elétricos. O guia indica oportunidades de repensar a mobilidade da cidade, tanto na qualificação e integração do sistema de transporte, quanto no desenho das licitações. Essas mudanças, associadas ao aumento do conforto nos VEs, podem mudar a percepção dos passageiros e tornar o modal mais atrativo para pessoas que hoje não o usam. Outro destaque é a estruturação de modelos de negócio. Os modelos de negócio que agreguem atores com capacidade de investimento (como as companhias de energia) e que possam contribuir para a divisão dos riscos — intrínsecos a toda tecnologia nova — podem tornar os projetos de eletromobilidade mais atrativos. Isso evitaria, por exemplo, que eventuais custos adicionais de investimento sejam revertidos em aumento da tarifa. E pode prever formas de aquisição diferentes, como separação dos contratos de operação, de provisão de veículos e de infraestrutura. Além disso, prazos de operação mais curtos poderiam facilitar atualizações tecnológicas e atrair maior competitividade. (epbr – 21.02.2022)
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3 Guia de Eletromobilidade: Experiências com frotas de transporte público eletrificadas
De acordo com o guia, cerca de 500 mil ônibus elétricos estão em circulação no mundo, a maioria deles na China. Shenzhen, cidade do sudeste chinês, tem 100% de sua frota eletrificada, totalizando mais de 16 mil veículos. Na Europa, Londres pretende ter um sistema de transporte com zero emissões, enquanto Paris fixou para 2025 o objetivo de transformar sua frota de ônibus em elétricos ou movidos a biogás. A cidade de Santiago (Chile) abriga a maior frota de ônibus urbanos elétricos fora da China. Até o final de 2020, a capital chilena terá uma frota de mais de 770 veículos elétricos. Bogotá (Colômbia) é outra capital sul-americana que está investindo na eletromobilidade: até o final de 2020, 483 ônibus elétricos entrarão em operação na cidade. No Brasil, há mais de 250 ônibus elétricos em operação, sendo 40 deles a bateria. A iniciativa de maior destaque é a da cidade de São Paulo, que atualmente tem o maior número de ônibus elétricos do país e colocou em lei um compromisso de renovar sua frota de ônibus com tecnologias de baixa emissão. Em Campinas, a nova concessão do transporte coletivo prevê que uma área da cidade seja operada exclusivamente por ônibus elétricos. (epbr – 21.02.2022)
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4 Mercedes-Benz projeta linhas exclusivas para produção de VEs
A Mercedes-Benz espera ter fábricas produzindo exclusivamente veículos elétricos na segunda metade da década, mas evitará a construção de unidades para esse fim. A montadora prevê que algumas das linhas de produção dentro das fábricas sejam totalmente adaptadas para VEs ainda mais cedo, disse o chefe de produção Joerg Burzer em entrevista à Reuters. Apenas 2,3% das vendas de carros da Mercedes-Benz no ano passado foram de veículos elétricos a bateria, subindo para 11% quando incluídos os híbridos plug-in, que têm motor e bateria. A partir de 2025, espera-se que os carros elétricos e elétricos híbridos representem 50% das vendas, com carros totalmente elétricos representando a maior parte dessa fatia. Todos os modelos existentes estão sendo construídos em fábricas que também produzem veículos com motor de combustão interna, com baterias transportadas por trem da fábrica principal em Sindelfingen para unidades na Alemanha e na Hungria. Mais adiante, a montagem e a produção de baterias podem ser aproximadas das fábricas de automóveis, à medida que o design dos veículos se desenvolve para integrar a bateria mais próxima ao carro, disse Burzer. (CNN Brasil – 21.02.2022)
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Inovação
1 Thyssenkrupp: Hidrogênio é a nova aposta para a América do Sul
Com operações no Brasil há longo tempo e tendo a Metalúrgica Campo Limpo, de componentes automotivos, como um marco de sua atuação, o conglomerado industrial alemão Thyssenkrupp tem novas frentes para crescer no país e na América do Sul. Em março, estará trazendo para o Brasil a divisão Thyssenkrupp Uhde, que vai focar em projetos industriais da área química, amônia e hidrogênio verdes, e de instalações voltadas para a área ambiental nas usinas de produção de aço. Nesse negócio está uma grande aposta do grupo no mundo, e no Brasil por consequência. Por aqui, já há conversas adiantadas com várias empresas que têm projeto de instalação de unidade de produção de hidrogênio ou amônia verdes, seja para o mercado interno seja para exportação. “Dominamos, mundialmente, com 50% a 60% da base instalada de eletrolisadores voltados para cloro-soda, a tecnologia do hidrogênio verde e já estamos com vários projetos desses produtos anunciados e em andamento - um com a Shell, que fica em Roterdã, outro na Arábia Saudita (projeto Neon), e também nos EUA e Canadá”, disse ao Valor o presidente da Thyssenkrupp na América do Sul, Paulo Alvarenga. O grupo opera 15 unidades industriais na região, todas instaladas no Brasil, e emprega 4,2 mil pessoas. O escritório de engenharia da Uhde, unidade de negócio controlada pela Thyssenkrupp Industrial Solutions, ficará em Belo Horizonte e começará a funcionar com ao menos 50 profissionais. (Valor Econômico – 22.02.2022)
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Energias Renováveis
1 CCEE: Fonte solar começa 2022 com aumento de 60,9% na produção
A geração de energia solar fotovoltaica encerrou 2021 com avanço de 29,3%. Em janeiro desse ano, a produção aumentou 60,9% em janeiro, de acordo com o levantamento periódico do Boletim InfoMercado Quinzenal da CCEE. Ao todo foram gerados 1.134 MW médios. O estado com maior participação nesse montante foi a Bahia, com 233 MW médios, seguida por Minas Gerais (163 MW med), Piauí (90 MW med), São Paulo (74 MW med) e Ceará (49 MW med). (CanalEnergia – 21.02.2022)
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2 Usinas renováveis recebem autorização de 6,2 MW
A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 19 de fevereiro, unidades geradoras da UFV Mogano Energia, com 0,01 MW e da UTE BBF Urucumacuã, com 0,64 MW de capacidade instalada, localizadas em Santa Catarina e Rondônia, respectivamente. Para operação comercial foram liberados 5,5 MW de capacidade instalada da EOL Ventos da Bahia XXIII, localizada na Bahia. (CanalEnergia – 21.02.2022)
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Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Aneel: Abertura de mercado é destaque em evento na Bahia
A abertura do mercado de energia elétrica como uma das ferramentas para modernização do setor foi destacada pela diretora Elisa Bastos, ao participar, nesta segunda-feira (21/2), da videoconferência XII Santander Utilities Day. O encontro anual promovido pelo banco contou com a participação de investidores, analistas de mercado e agentes do setor. Para a diretora Elisa Bastos, a premissa é prezar pela simplicidade e garantir que a regulação do setor não será uma barreira para a abertura do mercado. “Essa maior liberdade de escolha do consumidor resulta em competição das atividades do setor elétrico, tanto de geração como de comercialização, e com isso o setor se beneficia com a formação de preços e eficiência”, comentou a diretora. Na análise da Aneel, após tomada de subsídios, foram identificados 14 temas para aprimoramentos da regulação, fundamentalmente em relação à proteção de consumidores residenciais; opção de escolha do fornecedor; faturamento e requisitos técnicos; modelo de comercialização varejista; comercializador regulado de energia e supridor de última instância. (Aneel – 21.02.2022)
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Biblioteca Virtual
1 NAVES, Marcelo Tanos. “Decisão judicial suspende cobrança de demanda contratada previamente à conexão de unidade minigeradora distribuída”.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.
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