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IFE: nº 5.446 - 15 de março de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Congresso deve analisar vetos sobre Eletrobras, BR do Mar e venda de etanol
2 Setor elétrico defende plena competição na disputa por acesso à transmissão
3 Associações defendem aprovação de novo marco do setor elétrico na Câmara
4 MME prorroga contribuições dos interessados na CPAMP
5 Artigo de Bruno Crispim: “Os eventos de caso fortuito e/ou força maior no Setor de Transmissão e a alteração da matriz de risco assumida”

Transição Energética
1 Petrobras: Opções de descarbonização e desafios socioeconômicos e ambientais
2 Energy lança novos projetos visando transição energética na Grã-Bretanha

3 Amostragem de água indica a possibilidade da geração geotérmica do Reino Unido
4 Holanda: ampliação de energias renováveis reduzindo a necessidade de gás russo
5 WindEurope: Ucrânia e as implicações para a política energética da Europa
6 Grécia aposta em mudança econômica com um futuro livre de carbono
7 Miteco promoverá uma transformação energética das Ilhas Baleares
8 Arábia Saudita: Incentivos para apoiar a produção de energia verde
9 Risco associado aos combustíveis russos faz investidores migrarem para fundos de energia verde
10 Kärnfull se une à GEH para implantação de SMR
11 BP prevê que as energias renováveis dominarão o novo crescimento de energia
12 Aumento da importância de startups de energia limpa com a crise energética atual
13 Os operadores de midstream podem alimentar a transição energética
14 As cidades poderiam ser a chave para acelerar o progresso da transição energética?

Empresas
1 Lucro da Celesc em 2021 cresce
2 Energia de Todos quer 138 mil clientes em 2022
3 Negócio é concluído e Focus deixa de existir

Mobilidade Elétrica
1 Impacto da Guerra na Ucrânia no setor da eletromobilidade
2 Impactos dos conflitos geopolíticos na dinâmica da indústria automobilística internacional
3 Tesla enfrenta inflação significativa

Inovação
1 Inglaterra: EDF Renewables abrirá unidade de produção de H2 verde de 50 MW
2 Índia: Empresas exploram oportunidades de H2 verde
3 Samsung Ventures/Raven ST: Conversão de resíduos em hidrogênio
4 IRENA: Simulador para avaliação de potencial bioenergético

Energias Renováveis
1 Alsol: Cade concede aval para compra de usinas solares em MG
2 Rystad Energy: Instalação de painéis solares deve dobrar até 2025
3 BRF conclui operação de JV com AES Brasil para construção de parque de energia eólica
4 Eólica recebe autorização para teste de 46,2 MW

5 Alemanha: Enercon ultrapassa 25 GW de energia eólica
6 Letônia: Viabilidade da energia eólica offshore

Gás e Termelétricas
1 ANP autoriza Galp Energia a importar gás natural da Bolívia
2 CEBRI reúne especialistas para abordar as perspectivas para a energia nuclear no Brasil nesta terça-feira


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Congresso deve analisar vetos sobre Eletrobras, BR do Mar e venda de etanol

Deputados e senadores reúnem-se, nesta quinta-feira (17), às 14 horas, em sessão do Congresso Nacional para analisar uma pauta com 31 vetos do presidente da República. Entre esses itens estão temas relativos à proposta de privatização da Eletrobras, ao Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar), ao Orçamento e à venda direta do etanol. Na semana passada, os parlamentares se reuniram no dia 10 e derrubaram dois vetos de Bolsonaro às leis que criam o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual e o Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp). Um dos itens da pauta do dia 17 é o veto parcial incidente sobre 14 pontos específicos da privatização da Eletrobras (VET 36/21). O presidente Jair Bolsonaro vetou, por exemplo, trecho autorizando que 1% das ações da estatal fosse vendido a funcionários demitidos, dando a eles prazo de seis meses para o exercício do direito de compra. Para o Ministério da Economia, isso poderia causar distorção no processo de precificação das novas ações a serem emitidas e gerar redução dos recursos a serem captados na capitalização da companhia. (Agência Câmara - 15.03.2022)

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2 Setor elétrico defende plena competição na disputa por acesso à transmissão

O MME decidiu ouvir informalmente representantes de consultorias e de associações do setor elétrico sobre a contratação em leilão da margem de escoamento para acesso de geradores à rede de transmissão. E recebeu a recomendação de que será necessária a definição de critérios claros que garantam a plena competição e o acesso isonômico dos agentes, selecionando os que de fato pretendem tirar o projeto do papel. Embora o contratação não seja obrigatória, o MME está trabalhando na portaria com as diretrizes do primeiro certame do tipo, que ainda passará por processo de consulta pública. O decreto acabou provocando uma corrida às outorgas de empreendimentos fotovoltaicos e eólicos, ao estabelecer uma regra temporária e excepcional excluindo a exigência de apresentação da informação de acesso para essas usinas até 2 de março desse ano. (CanalEnergia –14.03.2022)

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3 Associações defendem aprovação de novo marco do setor elétrico na Câmara

Associações e instituições ligadas ao setor elétrico e aos consumidores de energia defendem, em manifesto a ser entregue a parlamentares, o avanço da discussão na Câmara sobre a modernização do setor e a aprovação do projeto de lei 414/2021, que traz o novo marco regulatório. O texto será lançado oficialmente nesta terça-feira, 15, em um evento com a participação do relator do PL, o ex-ministro de Minas e Energia e deputado federal Fernando Coelho Filho (União-PE). "As associações e instituições que assinam este manifesto trazem ao Congresso Nacional e à sociedade a visão da urgência e importância da aprovação do PL 414/2021. Nesse processo, é fundamental que sejam preservadas as diretrizes de modernização do setor elétrico indicadas no texto do parecer do relator, Deputado Fernando Coelho Filho (UNIÃO/PE)", diz o documento assinado por sete entidades. Entre outros pontos do texto, elas defendem a manutenção de trechos do parecer que tratam da transparência em relação aos preços e tarifas, a separação de lastro e energia e a separação das atividades de distribuição e comercialização. (BroadCast Energia - 15.03.2022)

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4 MME prorroga contribuições dos interessados na CPAMP

O Ministério de Minas e Energia informou através da Portaria Nº 624/GM/MME, publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 11, que irá prorrogar por mais sete dias o prazo para contribuições à Consulta Pública 121/2022. A nova data de encerramento da CP será a próxima sexta-feira, 18 de março. De acordo com o MME, a extensão de prazo foi concedida em atendimento à solicitação dos agentes do setor, considerando a quantidade extensa de resultados a serem avaliados no âmbito da consulta. A CP traz a documentação técnica do Grupo de Trabalho de Metodologia da Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico, abordando os seguintes temas: Modelo PAR(p)-A de Representação Hidrológica e a Avaliação da Parametrização da Aversão ao Risco (CVaR). A proposta trazida na CP 121/2022 foi apresentada após debate realizado em workshops que contaram com os participação de representantes do setor. O relatório disponibilizado na página da consulta pública traz os aperfeiçoamentos analisados e propostos. Para saber mais detalhes da Consulta Pública, acesse aqui. (CanalEnergia –15.03.2022)

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5 Artigo de Bruno Crispim: “Os eventos de caso fortuito e/ou força maior no Setor de Transmissão e a alteração da matriz de risco assumida”

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Bruno Crispim (counsel da área de Energia do escritório Lefosse Advogados) trata da postura da Agência Nacional de Energia Eletrica (Aneel) frente ao reconhecimento de excludente de responsabilidade. Segundo o autor, “somente um ambiente de cooperação entre os agentes e o regulador permitirá um ambiente seguro propício para que novos investimentos e novos recordes de deságio sejam verificados e o risco de judicialização afastado, de modo que nos parece adequado que a Aneel reveja seu entendimento atual sobre caso fortuito e força maior na aplicação de PVI no segmento de transmissão, respeitando a natureza dos eventos e voltando a adequá-lo conforme a lógica jurídico-contratual e de alocação de riscos que fundamentou a contratação do serviço público de transmissão pelos agentes privados quando dos leilões.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2022)

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Transição Energética

1 Petrobras: Opções de descarbonização e desafios socioeconômicos e ambientais

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, destacou o esforço da empresa em se aliar a diferentes agentes de mercado para alcançar as metas definidas no Acordo de Paris. Segundo ele, "existem múltiplas escolhas de rotas de descarbonização com capacidade de reduzir as emissões de forma equivalente". O desafio, na opinião dele, é seguir esse caminho e também contribuir com o desenvolvimento socioeconômico e os desafios ambientais do País. "Entendemos que promover de forma concomitante o desenvolvimento socioeconômico e ambiental não é uma tarefa simples", afirmou Luna, na abertura do evento virtual promovido pela empresa para apresentar o seu Caderno do Clima. O executivo, numa curta fala, elencou algumas frentes de atuação da empresa na área de sustentabilidade. Entre elas está o investimento na produção de petróleo e gás de baixo carbono. Com um gás menos poluente, a empresa consegue gerar também uma eletricidade mais limpa. Além disso, a Petrobras está investindo em novos produtos e negócios de menor intensidade de carbono, inclusive com pesquisas tecnológicas, e também na conservação de florestas. (Broadcast Energia – 15.03.2022)

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2 Energy lança novos projetos visando transição energética na Grã-Bretanha

Quarenta projetos de inovação foram lançados (01/03), marcando um aumento significativo da inovação da rede de energia para ajudar a acelerar a transição para zero líquido com o menor custo para os consumidores. Os projetos explorarão novas ideias para redes de gás e eletricidade, com potencial para beneficiar os consumidores e ajudar a transformar os sistemas de energia do Reino Unido em linha com as metas de zero líquido nos próximos anos. Os projetos são os primeiros a receber o aval sob a nova parceria do Fundo de Inovação Estratégica (SIF) da Ofgem com a Innovate UK. Eles receberão até £ 150.000 para realizar uma fase de descoberta de dois meses em sua proposta para explorar ainda mais seu potencial. Os projetos abordam alguns dos maiores desafios que as redes de energia enfrentam na jornada para o zero líquido e se concentram em calor, transporte de emissão zero, dados e digitalização e integração de todo o sistema. As inovações que estão sendo exploradas variam de tecnologias e abordagens adotadas para o armazenamento de calor em larga escala, até disjuntores que permitem que as quantidades crescentes de energia das turbinas eólicas offshore sejam conectadas à rede. (EE Online – 14.03.2022)

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3 Amostragem de água indica a possibilidade da geração geotérmica do Reino Unido

Usar agua das minas de carvão abandonadas do Reino Unido como fonte de energia geotérmica para esquemas de aquecimento urbano é uma possibilidade para as metas de líquidas de zero emissões de carbono do país, embora especialistas tenham alertado que será necessário aliar-se a um regime rigoroso de amostragem de água. O alerta,dsegue o relatado de que a Coal Authority, responsável pelas minas de carvão em desuso do Reino Unido, está procurando usar a rede subterrânea de minas de carvão abandonadas da Grã-Bretanha como uma fonte potencial de energia verde. Desde o fechamento, muitas das minas foram inundadas, com temperaturas da água chegando a 40°C por meio de processos geotérmicos naturais. Estima-se que esses poços inundados sejam um suprimento anual de aproximadamente 2,2 milhões de GWh de calor. Com aproximadamente um quarto da população do país situada sobre as minas, foi sugerido que a água naturalmente quente poderia ser utilizada como fonte de calor para as casas acima. No entanto, a extração da água da mina pode trazer o risco de contaminação, como explicou Mike White, Gerente de Território do Reino Unido e Irlanda da QED Environmental Systems: é aquecido naturalmente, tornando-o ideal para ser bombeado para a superfície e usado como fonte de calor. Mike concluiu: “Embora o aproveitamento da energia geotérmica inexplorada do Reino Unido possa ser um método eficaz de transição dos combustíveis fósseis, deve ser executado com cautela. A margem de erro é pequena e simplesmente não podemos confiar em métodos de amostragem que possam convidar a qualquer risco de imprecisão ou contaminação. Por esse motivo, optar por técnicas de amostragem de baixo fluxo será fundamental para aproveitar com segurança o potencial das minas abandonadas da Grã-Bretanha”. (Energy Global - 14.03.2022)

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4 Holanda: ampliação de energias renováveis reduzindo a necessidade de gás russo

O governo holandês planeja aumentar a expansão das energias renováveis como parte dos planos para reduzir a dependência da Holanda do gás natural da Rússia. Ampliar a produção de gás verde e acelerar a instalação de energia solar e turbinas eólicas offshore são algumas das medidas que o gabinete quer tomar. Também quer reduzir o consumo de energia, incluindo o lançamento em breve de uma campanha para aumentar a conscientização sobre as possibilidades de medidas de economia de energia e dicas práticas para residências e empresas. “Economizar energia e mudar para energia renovável mais rapidamente torna a Holanda e a Europa menos dependentes de combustíveis fósseis e também contribui para as metas climáticas”, disse o governo hoje. O país planeja tomar medidas para reduzir a dependência da Rússia do gás o mais rápido possível, mas garantir a disponibilidade de gás suficiente no próximo inverno. O ministro do Clima e Política Energética, Rob Jetten, disse: “A guerra na Ucrânia, os altos preços da energia e as preocupações com o fornecimento de gás deixam claro mais uma vez que a Holanda e a Europa são muito dependentes da importação de combustíveis fósseis.” (Renews Biz – 14.03.2022)

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5 WindEurope: Ucrânia e as implicações para a política energética da Europa

Os acontecimentos das últimas semanas chocaram e entristeceram a todos nós da comunidade de energia eólica. Como uma indústria que tem empresas, parceiros e colegas na Ucrânia, nos solidarizamos com o povo ucraniano diante da agressão russa. Nossos colegas que dirigem a Associação Ucraniana de Energia Eólica, Andriy e Galyna, estão na Polônia e são apoiados pela Associação Polonesa de Energia Eólica. O outro membro de sua equipe, Kateryna, está servindo com a força de voluntários em Kiev. Muitos de vocês têm reavaliado sua exposição à Rússia e aos interesses russos. Se você quiser algum conselho ou orientação sobre isso, sinta-se à vontade para entrar em contato conosco. Por enquanto, nem a União Europeia (UE) nem os governos nacionais nos pediram para adotar uma postura ou abordagem comum como indústria. Mas a UE está interessada em saber como estamos sendo impactados como indústria e estamos compartilhando com eles as implicações para nossa cadeia de suprimentos e o que isso pode significar para o desenvolvimento contínuo de novos projetos. Ao mesmo tempo, como terão visto, a UE deu passos imediatos e significativos para ajustar a política energética europeia. (REVE - 14.03.2022)

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6 Grécia aposta em mudança econômica com um futuro livre de carbono

Na ponta oeste varrida pelo vento de uma das maiores ilhas da Grécia, um edifício de pedra modesto acima do Mar Egeu tornou-se um posto avançado improvável na luta do país contra as mudanças climáticas. Camuflada em seu interior está uma nova estação de energia ligada a um cabo de eletricidade submarino de 180 milhas que liga Naxos a uma cadeia de outros playgrounds de férias arejados, permitindo que as ilhas abandonem seus geradores a óleo para obter energia renovável a partir do vento e do sol abundantes da Grécia. As ilhas próximas tornaram-se laboratórios de carbono zero para empresas como a Volkswagen espalharem carros elétricos e conectarem comunidades para obter energia limpa. As mudanças também estão em andamento no continente, onde as minas de carvão lignito sujas que abasteceram a Grécia por décadas estão sendo fechadas com rapidez. (O Estado de São Paulo – 15.03.2022)

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7 Miteco promoverá uma transformação energética das Ilhas Baleares

O auxílio se traduzirá em um investimento total de mais de 630 milhões e um aumento de energia renovável de mais de 370 MW adicionais nas ilhas. As linhas de ação passam pelo autoconsumo e mobilidade sustentável e, de forma pioneira, em áreas-chave como a descarbonização do mar, eficiência no ciclo da água ou mobilidade, três dos setores com maiores emissões nas Ilhas Baleares. O novo Plano também inclui ações para reduzir em até 40% a conta de luz de mais de 500 famílias vulneráveis e a instalação de mais de 30 comunidades de energia. O investimento em projetos inovadores é outro dos eixos estratégicos, com o objetivo de financiar empresas que criem emprego estável e de qualidade, e investimentos que gerem 30 MW nas quatro ilhas. Seis blocos de ação. Um investimento de mais de 630 milhões. E quatro anos. Estas são as medidas do novo Plano de Investimentos para a Transição Energética das Ilhas Baleares (Piteib). O objetivo é que as ilhas aumentem sua energia renovável com mais de 370 MW adicionais -10% de sua demanda de eletricidade-, graças às duas principais linhas de ação: escritórios e concessões de revitalização e investimentos para promover a transição energética, e projetos inovadores. (Energías Renovables – 14.03.2022)


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8 Arábia Saudita: Incentivos para apoiar a produção de energia verde

A Arábia Saudita planeja introduzir licenças industriais para empresas que operam no setor de energia renovável e eletricidade para promover a expansão da energia verde. O Ministério da Indústria e Recursos Minerais, o Ministério da Energia e o Centro de Desenvolvimento de Receitas Não Petrolíferas estão estabelecendo uma parceria para oferecer incentivos aos promotores de projetos energéticos que lhes permitam beneficiar de vantagens, incluindo isenções alfandegárias, disse o Ministério da Energia na semana passada. A iniciativa visa apoiar o desenvolvimento de tecnologia e projetos de energia renovável, bem como o objetivo da Arábia Saudita de se tornar um centro regional de produção e exportação de eletricidade. As empresas interessadas podem solicitar uma licença industrial no site do Ministério da Energia e da Indústria e Recursos Minerais. O ministério destacou que já são oferecidos diversos incentivos aos investidores da área por meio da plataforma Senaei. (Renewables Now – 15.03.2022)

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9 Risco associado aos combustíveis russos faz investidores migrarem para fundos de energia verde

Os investidores adicionaram mais de US$ 886 milhões a alguns dos maiores fundos negociados em bolsa que investem em energia limpa na semana passada, quando os EUA e a Europa tomaram medidas para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos. A mudança para a energia verde é fundamental para os planos climáticos da União Europeia, e a invasão da Ucrânia pela Rússia obrigou o bloco a acelerar seu cronograma de adição de energia eólica e solar para ajudar a substituir o abastecimento russo até 2027. Um plano americano para proibir as importações de petróleo da Rússia fez os estoques de energia solar dispararem. Em meio à enxurrada de anúncios governamentais, os investidores adicionaram cerca de US$ 500 milhões a dois fundos que acompanham o S&P Global Clean Energy Index, o ETF iShares Global Clean Energy UCITS, listado em Londres, e o equivalente americano iShares Global Clean Energy ETF. Algumas das maiores participações dos fundos incluem a gigante de turbinas eólicas Vestas Wind Systems e a fabricante de equipamentos de energia solar Enphase Energy Inc. (Valor Econômico – 14.03.2022)

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10 Kärnfull se une à GEH para implantação de SMR

Uma pequena empresa de desenvolvimento de projetos de reatores modulares (SMR) - a primeira na Escandinávia - foi lançada na Suécia. A Kärnfull Next - uma subsidiária integral da Kärnfull Future AB - colaborará com a GE Hitachi Nuclear Energy (GEH) na implantação do BWRX-300 na Suécia. Um Memorando de Entendimento foi assinado entre a Kärnfull Next e a GEH para o BWRX-300, um SMR de circulação natural refrigerado a água de 300 megawatts com sistemas de segurança passiva. O projeto é baseado no projeto do Reator Econômico Simplificado de Água Ebulição de 1520 MWe licenciado pela GEH nos EUA. O BWRX-300 já foi certificado pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA e está atualmente passando por uma Revisão de Projeto de Fornecedor de pré-licenciamento da Comissão de Segurança Nuclear Canadense. Kärnfull disse que a GE Hitachi foi selecionada como fornecedora de tecnologia para iniciar o processo de estabelecimento de vários pequenos reatores modulares na região o mais rápido possível. (World Nuclear News – 14.03.2022)

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11 BP prevê que as energias renováveis dominarão o novo crescimento de energia

As energias renováveis serão responsáveis por todo ou a maior parte do aumento na geração global de energia nos anos até 2050, de acordo com a BP. A petrolífera disse que a energia eólica e solar se expandirá rapidamente, sustentada por quedas contínuas em seus custos e uma capacidade crescente dos sistemas de energia de integrar altas concentrações de fontes variáveis. A conclusão, contida em seu relatório de perspectivas de energia para 2022, disse que a participação das energias renováveis na energia primária global aumentará para entre 35% e 65% até 2050, de cerca de 10% em 2019 nos três cenários. Os cenários do relatório para o setor de energia são um caminho líquido zero, um acelerado e um novo impulso. A taxa média de aumento da capacidade de energia limpa nos cenários acelerado e zero líquido é de 600 GW a 750 GW por ano na década de 2030 e de 700 GW a 750 GW na década de 2040. Isso é duas a três vezes mais rápido do que a taxa mais alta vista no passado, disse a BP. O relatório disse que a taxa de aceleração das energias renováveis depende de uma série de fatores que escalam a uma taxa semelhante. (Renews Biz – 14.03.2022)

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12 Aumento da importância de startups de energia limpa com a crise energética atual

Períodos de interrupção de energia, como o que estamos vendo hoje, oferecem uma abertura para tecnologias disruptivas. Uma mão amiga para startups de energia limpa pode ajudar a responder à atual crise de energia, ao mesmo tempo em que acelera o progresso em direção às metas climáticas. Um novo relatório da IEA divulgado hoje, sobre Como os governos apoiam startups de energia limpa , fornece uma revisão oportuna das diferentes abordagens adotadas em países ao redor do mundo à medida que buscam se tornar o lar da próxima Tesla, BYD ou Vestas. O dinheiro está agora entrando em pequenas empresas com grandes ideias para melhorar nossos sistemas de energia e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Inovadores como Addionics, Evage, H2Pro, Kula Bio e PassiveLogic arrecadaram mais de US$ 25 milhões cada desde o início de 2022. Novas tecnologias vêm de uma ampla gama de diferentes esforços de pesquisa e países. As tecnologias de energia estão se tornando mais digitais, eletrônicas, focadas no consumidor e modulares. Algumas das mentes mais brilhantes e criativas do mundo estão engajadas na construção dos pilares do sistema de energia limpa de amanhã. (IEA – 15.03.2022)

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13 Os operadores de midstream podem alimentar a transição energética

A indústria midstream de petróleo e gás desempenhará um papel central na transição energética. Os operadores têm uma oportunidade única de permitir a mudança para energia de baixo carbono, conectando cadeias de valor novas e emergentes. Para fazer isso de forma lucrativa e sustentável, os players midstream precisarão ajustar sua mentalidade e alavancar sua infraestrutura de novas maneiras. Um novo insight, Corporate midstream – enfrentando o desafio da transição energética, explora as estratégias de redução de emissões de midstream. (Wood Mackenzie – 14.03.2022)

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14 As cidades poderiam ser a chave para acelerar o progresso da transição energética?

A necessidade de fazer algo impactante sobre a crise climática é bem conhecida e amplamente discutida. Na COP26 do ano passado, empresas e governos se uniram para comprometer seu compromisso com o net-zero e a maioria das organizações reconhece que ter políticas de sustentabilidade em vigor é quase inegociável. Cada vez mais, clientes, fornecedores e investidores estão se concentrando em metas e planos verdes, portanto, essas políticas são importantes não apenas moralmente, mas também comercialmente. No entanto, sem intervenção considerável, as políticas net-zero podem falhar. Infelizmente, alegações climáticas exageradas e medos de “lavagem verde” geram desconfiança, mas à medida que avançamos para o limite total da crise climática, deve-se esperar que aqueles que estão no poder estejam fazendo tudo o que podem para mitigar o desastre iminente. Um relatório publicado pelo Carbon Market Watch e pelo NewClimate Institute, um think tank científico alemão, revelou que isso está longe de ser o caso de algumas das empresas mais poluentes do mundo. Muitas dessas empresas não têm metas e políticas de sustentabilidade realistas, o que é um indicador claro de que as políticas de net-zero precisam mudar se houver alguma chance de prevenir desastres climáticos. (World Economic Forum – 14.03.2022)

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Empresas

1 Lucro da Celesc em 2021 cresce

A Celesc reportou um lucro líquido anual de R$ 563,2 milhões no ano de 2021, esse resultado é 8,6% acima quando comparado a 2020. Considerando apenas o quarto trimestre houve queda de 62,2%, com ganhos de R$ 88,3 milhões. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no ano foi de pouco mais de R$ 1 bilhão, alta de 13,1% enquanto no quatro trimestre de 2021 ficou em R$ 208,2 milhões, queda de 32,6%. As margens da empresa recuaram, no ano para 9,2%, nível 1,2 ponto porcentual a menos do que o fechamento de 2020 e na base trimestral foi de 7,4%, queda de quase 4 pontos porcentuais. A receita operacional bruta da empresa somou R$ 4,2 bilhões no trimestre, alta de 4,3%. No acumulado do ano R$ 16,7 bilhões uma elevação de 24,1%. A receita operacional líquida no trimestre ficou 2,6% maior e no ano aumentou 27,3%. Os investimentos da empresa no ano aumentaram 15,8%, para R$ 777 milhões, no trimestre somaram R$ 209,8 milhões ou 2,2% a menos quando comparado com o mesmo período de 2020. Os investimentos da empresa em obras, melhorias, materiais e equipamentos, além de serviços, somaram cerca de R$608 milhões. O volume de energia faturada no ano aumentou 7%, para 26.903 GWh enquanto no trimestre permaneceu relativamente estável com pequena alta de 0,6% ante o mesmo período de 2020. Já a energia faturada da Celesc Geração aumentou 1,2% no trimestre mas no acumulado do ano recuou 1,5%. Somente em Distribuição o lucro anual foi de R$ 285,2 milhões retração de 5,8%, enquanto no trimestre ficou 54,4% menor, registrando R$ 85,8 milhões. O DEC ficou abaixo de 10 horas, e o FEC ficou abaixo de 7 vezes, considerando uma janela móvel de doze meses. (CanalEnergia –14.03.2022)

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2 Energia de Todos quer 138 mil clientes em 2022

Lançado em setembro do ano passado e já com 30 mil consumidores inscritos, o Energia de Todos – unidade de negócios do Grupo Cartão de Todos para Geração Distribuída Compartilhada – quer terminar 2022 com 138 mil clientes. Para atingir essa meta, serão necessárias cerca de 120 usinas de GD de 1 MW, que demandarão investimentos de pelo menos R$ 80 milhões. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO e cofundador do Energia de Todos, Luís Fernando Paroli, destacou o crescimento que a GD solar teve no Brasil nos últimos anos e a intenção da empresa, aliada a capilaridade do Cartão de Todos, em popularizar os benefícios econômicos e ambientais da GD que normalmente estavam restritos as classes mais abastadas. No momento, o Energia de Todos está disponível apenas em Minas Gerais, mas a intenção é ainda este ano ultrapassar a fronteira para outros estados. Para aderir, não é necessário ser usuário do Cartão de Todos. O desconto prometido na conta de energia é de 10%, porém os associados do Cartão ganham mais 5% de desconto em cashback no aplicativo, somando 15%. A quantidade de energia solar injetada é indicada na conta como “energia injetada”, integrante da parte de “outras taxas” da conta. O valor correspondente ao consumo da energia solar provida pela Energia de Todos é cobrado em boleto adicional, onde constam os custos de produção da energia solar injetada acrescido dos impostos usuais da operação e já com desconto de 10%. (CanalEnergia –14.03.2022)

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3 Negócio é concluído e Focus deixa de existir

A Focus Comercializadora deixou de existir. Com a aquisição pela Eneva, a empresa que abriu capital no inicio de 2021 deixa de ser negociada na B3 e passa a fazer parte da holding de geração. Na sexta-feira à noite a empresa informou em Fato Relevante os termos do fechamento da combinação de negócios. Na semana passada, vale lembrar, a Eneva revelou o índice de troca de ações, para cada ação da Focus seria quase 0,19 ação da Eneva. No negócio, os acionistas da Focus receberão uma nova ação ordinária e 1 nova ação preferencial compulsoriamente resgatável de emissão da holding formada para cada ação ordinária da Focus de modo que a razão social da comercializadora adquirida deixaria de existir a partir dessa segunda-feira, 14 de março. Os atuais acionistas da Focus, detalha o comunicado da Eneva, farão jus ao recebimento. O valor total é de R$ 731.304.552,55. E que agora passarão a integrar a base acionária da compradora da comercializadora. (CanalEnergia –14.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Impacto da Guerra na Ucrânia no setor da eletromobilidade

O conflito entre Rússia e Ucrânia está desajustando diversos setores industriais do mundo, ocasionando em problemas como a falta de matéria prima e atraso nas entregas de encomendas. É o caso do setor de veículos elétricos, que também tem sentido os impactos da guerra, principalmente na rede de eletropostos, ou seja, as estações de carregamento de bateria. A falta de componentes afeta a produção de carregadores, situação que pode piorar, caso as fabricantes sofram ainda mais com a distribuição irregular de insumos. “Não há mais carregadores para pronta-entrega no País”, avisa é Gustavo Tannure, CEO da Easy Volt, empresa de soluções para recarga de veículos elétrico no Brasil. Os pedidos em maior volume também tornam o recebimento mais árduo. Além disso, o executivo alega que, desde 2021, os preços dos equipamentos aumentarem em 20%. Davi Bertoncello, CEO da Tupinambá Energia, empresa pioneira na operação de rede de eletropostos no Brasil, confirma a dificuldade em receber os carregadores. A solução tem sido operar com o estoque mínimo. Segundo o executivo, a escassez da distribuição dos insumos pode dificultar a mobilidade elétrica, setor que teve alta de 93% em janeiro deste ano. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, no momento, há 1 mil eletropostos pelo país e uma previsão de 3 mil até o final de dezembro. (Yahoo! - 13.03.2022)

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2 Impactos dos conflitos geopolíticos na dinâmica da indústria automobilística internacional

As linhas de montagem de automóveis silenciosas na Alemanha, Grã-Bretanha e Áustria são mais do que apenas outro exemplo de como as cadeias de suprimentos se tornaram frágeis. As paralisações talvez sejam um prenúncio de uma reorganização importante da economia global que a invasão da Ucrânia pela Rússia vai acelerar. O conflito tem evidenciado os riscos de fazer negócios com países autoritários - não apenas a Rússia, mas também a China -, levantando questões acerca da crescente dependência da indústria automobilística do mercado chinês. O apoio da China à Rússia levou a mais desgaste nas relações entre Pequim e os Estados Unidos e a Europa, que já estavam em desacordo em relação ao comércio. Em Berlim, o conflito fortaleceu integrantes de uma nova coalizão do governo que argumentam que a Europa - principalmente a Alemanha e sua indústria automobilística - se tornou dependente demais do comércio com a China. As fabricantes de automóveis, com seu alcance global, cadeias de suprimentos complexas e milhões de funcionários, são um excelente exemplo de como a guerra na Ucrânia poderia redefinir o comércio internacional. Segundo os analistas, a guerra obrigará todas as empresas a avaliar sua exposição a um clima político cada vez mais hostil. Depois de as guerras comerciais e a pandemia revelarem a vulnerabilidade aguda das cadeias de suprimentos globais, o conflito aumentará a pressão que as corporações agora enfrentam para produzir mais perto de casa e reduzir o risco de que o tumulto em um lugar distante lance suas operações no caos. (O Estado de São Paulo – 14.03.2022)

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3 Tesla enfrenta inflação significativa

Elon Musk afirmou que a fabricante de carros elétricos Tesla, da qual é presidente-executivo, está enfrentando uma pressão inflacionária significativa com matérias-prima e logística. Musk, em um tweet no domingo, também perguntou sobre as perspectivas da taxa de inflação e disse que suas empresas “não estão sozinhas”, retuitando um artigo sobre a elevação dos preços de commodities aos níveis mais altos desde 2008 por causa do conflito Ucrânia-Rússia. A invasão da Ucrânia pela Rússia levou a um aumento nos preços dos metais usados nos carros – do alumínio na carroceria, ao paládio nos conversores catalíticos e ao níquel de alta qualidade nas baterias dos veículos elétricos – e os clientes provavelmente pagarão a conta. Analistas da Wells Fargo observaram que os preços do níquel, um material essencial usado em baterias, subiram 130%, enquanto o cobalto, lítio e o alumínio avançaram entre 16% e 88% este ano. Na semana passada, a Tesla elevou os preços de seus populares SUVs e sedãs na China e nos Estados Unidos em 1.000 dólares. A rival Rivian anunciou que cortará a produção esperada pela metade, enquanto a Toyota disse que reduziria a fabricação devido a problemas na cadeia de suprimentos. As ações da Rivian e da Nikola caíam 6,5% e 7,7%, respectivamente, na tarde desta segunda-feira, enquanto a Tesla recuava 3,7%. (O Estado de São Paulo – 14.03.2022)

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Inovação

1 Inglaterra: EDF Renewables abrirá unidade de produção de H2 verde de 50 MW

A EDF Renewables UK, parte do grupo francês EDF Group, está planejando construir uma instalação de produção de hidrogênio verde de até 50 MW alimentada por parques solares e eólicos offshore na Inglaterra. A planta Tess Green Hydrogen estará localizada no local de uma antiga fábrica de aço em Tees Valley e fornecerá H2 verde a clientes comerciais locais. O complexo usará eletricidade do parque eólico offshore Teesside de 62 MW na costa de North Yorkshire e um parque solar de 49,9 MW que a EDF Renewables construirá perto de Redcar, em North Yorkshire. A fase inicial do projeto terá uma capacidade entre 30 MW e 50 MW. O eletrolisador, no entanto, é projetado para permitir uma expansão para mais de 500 MW. (Renewables Now – 15.03.2022)

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2 Índia: Empresas exploram oportunidades de H2 verde

A Technip Energies NV celebrou um memorando de entendimento (MoU) com a Greenko ZeroC Private Ltd para explorar oportunidades de desenvolvimento para projetos de hidrogênio verde na Índia em vários setores. Como parte do pacto, as duas partes intensificarão as oportunidades de colaboração em um modelo Build-Own-Operate (BOO), com Greenko atuando como operador e proprietário de ativos e a Technip Energies prestando serviços de engenharia, integração e EP/EPC para projetos piloto e de escala comercial. As indústrias que estão sendo exploradas como beneficiárias incluem refino, petroquímica, fertilizantes, produção de produtos químicos e geração de energia. (Renewables Now – 15.03.2022)

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3 Samsung Ventures/Raven ST: Conversão de resíduos em hidrogênio

A empresa norte-americana de combustíveis renováveis Raven SR Inc divulgou que fechou um investimento estratégico de tamanho não revelado com a Samsung Ventures no caminho para expandir sua presença global no mercado da Ásia-Pacífico. A empresa sediada em Wyoming está se preparando para iniciar a construção de sua primeira instalação comercial de produção de resíduos em hidrogênio nos EUA. A instalação será capaz de produzir hidrogênio verde e combustíveis sintéticos Fischer-Tropsch, incluindo combustível de aviação sustentável, a partir de várias matérias-primas, como resíduos sólidos urbanos, metano e biomassa. A Raven SR explanou que o novo investimento da Samsung Ventures expandirá seu alcance global para a Coréia do Sul, cujo governo estabeleceu recentemente uma meta de fornecer 27,9 milhões de toneladas de hidrogênio limpo por ano até 2050. (Renewables Now – 14.03.2022)

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4 IRENA: Simulador para avaliação de potencial bioenergético

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) desenvolveu o Bioenergy Simulator, uma ferramenta geoespacial online que permite aos usuários entender o potencial da bioenergia e questões relacionadas. “A bioenergia desempenha um papel fundamental na contribuição para os esforços globais para descarbonizar o sistema energético, reduzir a dependência mundial de combustíveis fósseis e aumentar o acesso a energia acessível, confiável e sustentável para todos, para o alcance das metas de mitigação das mudanças climáticas”, adiciona a agência. Desenvolvido como parte do Atlas Global de Energia Renovável, o Simulador agora está disponível publicamente com os seguintes recursos: mostrar indicações preliminares do potencial de produção de bioenergia para geração de energia, aquecimento e combustíveis para transporte; e apontar problemas potenciais relacionados a áreas protegidas, escassez de água e densidade populacional. (Energías Renovables – 14.03.2022)

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Energias Renováveis

1 Alsol: Cade concede aval para compra de usinas solares em MG

O Cade aprovou, sem restrições, a compra da Vision Sistemas pela Alsol, subsidiária da Energisa, por R$ 75,608 milhões, que passará a deter usinas fotovoltaicas em Minas Gerais. A informação consta no Diário Oficial da União. Com a operação, a controlada da Energisa passará a ser responsável pela operação de até 41 unidades de geração distribuída por fonte solar que, ao final dos aportes e obras de reforço necessários à implementação dos projetos, poderão adicionar até 136 MWp ao portfólio da Alsol. O valor da transação tem como data-base 30 de setembro de 2021, sujeito à correção pela variação do CDI e ajustes decorrentes, de variação do endividamento líquido e do capital de giro entre a data-base e a data de fechamento, bem como outros ajustes. As sociedades possuem dívidas bancárias e debêntures de R$ 21,841 milhões. (Broadcast Energia – 15.03.2022)

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2 Rystad Energy: Instalação de painéis solares deve dobrar até 2025

As instalações solares fotovoltaicas nos telhados devem aumentar nos próximos três anos, com capacidade total atingindo 94,7 GW até 2025, mostra uma nova análise divulgada nesta semana pela Rystad Energy. O crescimento continuará uma tendência ascendente recente para o mercado solar de telhados, após uma adoção relativamente lenta de 2010 a 2016. As instalações em telhados aumentaram 64% em cinco anos, passando de 36 GW em 2017 para 59 GW em 2021 e agora representam 30% da capacidade solar global total. O crescimento foi impulsionado principalmente por uma maior adoção na China, onde as instalações no telhado aumentaram de 19,4 GW em 2017 para 27,3 GW em 2021. Antes de 2017, a energia solar no telhado era quase inexistente na China, com apenas 4 GW de capacidade instalada em 2016. O aumento na capacidade dos telhados se deve principalmente aos incentivos e políticas amigáveis introduzidas por muitos países para promover a adoção dessa tecnologia. (Petronotícias – 15.03.2022)

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3 BRF conclui operação de JV com AES Brasil para construção de parque de energia eólica

A BRF realizou o fechamento da operação prevista no Acordo de Investimento com a AES Brasil Energia, que contempla a formação da Potengi Holdings, uma joint venture entre as empresas. A parceria visa a construção de um parque para auto geração de energia eólica no Complexo Eólico Cajuína, Rio Grande do Norte. A operação foi anunciada inicialmente em agosto de 2021. O parque contará com capacidade instalada de 165,3MW, que gerará inicialmente 80 MWm a serem adquiridos pela BRF ao longo de 15 anos, por meio de um contrato de compra e venda de energia. O investimento total estimado do projeto, cuja construção foi iniciada em dezembro passado, é de aproximadamente R$ 905 milhões, o que corresponde a R$ 5,4 milhões/MW instalado. Do total, a BRF investirá diretamente cerca de R$ 92 milhões, a ser desembolsado ao longo dos próximos dois anos. O início das operações permanece previsto para 2023, com fornecimento em 2024. (BroadCast Energia - 15.03.2022)

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4 Eólica recebe autorização para teste de 46,2 MW

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 12 de março, unidades geradoras da EOL Afonso Bezerra II e IV, que juntas somam 46,2 MW de capacidade instalada, e estão localizadas no estado do Rio Grande do Norte. Para operação comercial, a Aneel liberou 1 MW da UFV Mogano Energia, localizada no estado de Santa Catarina, além de 11 MW da EOL Ventos da Bahia XXVII, na Bahia, e por fim, 0,64 MW da UTE BBF Izidolândia, localizada no estado de Rondônia. Ao todo, para operação comercial, foram liberados 12,64 MW. (CanalEnergia – 15.03.2022)

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5 Alemanha: Enercon ultrapassa 25 GW de energia eólica

A Enercon superou a notável marca de 25 gigawatts de potência total instalada na Alemanha, o equivalente à energia gerada por 25 unidades de usinas a carvão. “Esta é uma contribuição notável para a transição energética na Alemanha, da qual nossa equipe pode se orgulhar”, diz Ulrich Schulze Südhoff, chefe regional da ENERCON Region Central & Northern Europe, na qual a Alemanha é o mercado principal mais importante. Desde a sua fundação em 1984, a Enercon instalou um total de 13.549 conversores de energia eólica na Alemanha e é líder de mercado com uma quota de mercado de 35,2 por cento. O objetivo declarado é manter essa posição de liderança. “Não vamos descansar sobre os louros, pois sabemos que ainda temos muito trabalho a fazer. E nossos clientes serão o foco deste trabalho”, diz Ulrich Schulze-Südhoff. (REVE – 14.03.2022)

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6 Letônia: Viabilidade da energia eólica offshore

Um estudo realizado pela empresa holandesa Blix Consultancy para os operadores do sistema de transmissão da Estônia e Letônia demonstrou que não há obstáculos para o desenvolvimento eólico offshore “saudável” nos dois países bálticos. A Blix disse que não há "impedimentos" para a energia eólica offshore em um estudo de quatro níveis encomendado pela TSO Elering da Estônia e sua contraparte letã Augstsprieguma Tikls. O trabalho compreendeu um catálogo de tecnologia offshore, uma revisão de planejamento de alto nível e um estudo de direito de passagem para avaliar a viabilidade de futuros projetos de infraestrutura de transmissão offshore. Segundo a Blix, "não parece haver nenhum problema local que possa impedir que projetos eólicos offshore decolem e, portanto, o conhecimento e a tecnologia que já estão disponíveis em todo o mundo podem ser usados". (REVE – 14.03.2022)

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Gás e Termelétricas

1 ANP autoriza Galp Energia a importar gás natural da Bolívia

A ANP autorizou a Galp Energia a importar gás natural da Bolívia, por meio do gasoduto Bolívia-Brasil, com anuência de dois anos. A informação consta no Diário Oficial da União. O volume autorizado para importação é de 20 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), visando atender ao segmento termelétrico, distribuidores e consumidores livres, com a entrega em Corumbá, Mato Grosso do Sul. (BroadCast Energia - 15.03.2022)

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2 CEBRI reúne especialistas para abordar as perspectivas para a energia nuclear no Brasil nesta terça-feira

Um time de diversos especialistas irá debater amanhã (15) quais são as perspectivas para a energia nuclear no setor energético brasileiro. O evento online será organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), a partir das 11h, por Zoom. A abertura do encontro será realizada pelo Vice-Presidente do Conselho Curador do CEBRI, Jorge Camargo. O presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, e o gerente de projetos da PSR, Celso Dall’Orto, serão os palestrantes do evento. O webinar terá como objetivo discutir o papel da energia nuclear na segurança energética brasileira e a transição para economia de baixo carbono. Os palestrantes também analisarão as oportunidades e o custo-benefício dessa tecnologia. A moderação ficará nas mãos do Pesquisador Sênior do CEBRI e Gerente Setorial de Estratégia e Planejamento da Petrobrás, Gregório Araújo, e da Senior Fellow do CEBRI e Gerente Executiva de Responsabilidade Social da Petrobrás, Rafaela Guedes. (Petronotícias – 14.03.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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