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IFE: nº 54 - 14 de setembro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Transição Energética e ESG
1 Ceará: Inauguração do complexo fotovoltaico Alex 360 MWp
2 Bancos apoiam projetos ligados à mudança climática
3 IRENA avalia o potencial para energias renováveis em Botswana
4 IRENA e IAEA ajudarão a União Africana a desenvolver plano mestre de energia continental
5 EUA combatendo o congestionamento de fontes renováveis
6 LA aprova a meta de energia 100% limpa até 2035
7 Nova parceria da IRENA para acelerar a transição energética dos governos
8 A equipe de energia da Hive visa 350 MW PV na Nova Zelândia
9 CIP escolhe gestor de ativos para 477MW solar no Texas
Geração Distribuída
1
Marco legal da GD deve impulsionar investimentos
2 Portal Solar investe em franquias de micro e minigeração solar
3 Os custos do sistema solar fotovoltaico dos EUA aumentam em 2021
Armazenamento de Energia
1
Noruega quer parceria com o Brasil para fomentar mercado de baterias
2 EUA: LG Energy Solution fornece 800MWh em armazenamento de bateria para projetos da RWE
3 Projeto Desert Quartzite Solar-plus-Storage da EDF
4 Benefícios das baterias compartilhadas foram comprovados na Austrália Ocidental
5 China: Mongólia Interior estabelece meta ambiciosa de armazenamento de energia
6 Helix Power faz crowdfunding para desenvolvimento de armazenamento de energia
Veículos Elétricos
1
Fabricante de turbina eólica lança robô que carrega carro elétrico
2 WEG fornece estações de recarga ultrarrápidas para nova fábrica da Mercedes-Benz
3 EUA: Empresa de energia havaiana lança ferramenta para coletar dados e prospectar novas estações de carregamento
4 Iberdrola lança desafio para buscar soluções digitais e ajudar operadores de frotas na transição para VEs
5 EUA: Construindo a base para a infraestrutura municipal de EV
6 Shell planeja grande investimento em postos de carregamento de VEs públicos no Reino Unido até 2025
Gestão e Resposta da Demanda
1
Idec defende redução de consumo compulsória e com penalização
2 MME detalha programa de redução do consumo no ACR
3 MME/Vieira: redução da conta de quem economizar 20% será de 33%
4 CCEE e ONS divulgam Procedimentos e Regras para Redução Voluntária de Demanda
5 Bonificação pela redução do consumo divide associações
6 ONS começa a receber ofertas de redução voluntária da demanda de energia
7 Relatório Demand Response Systems
Eficiência Energética
1
Procel abre chamada de R$ 67,5 mi para prédios públicos
Microrredes e VPP
1
EUA: Viabilidade da microrrede: um estudo de caso de Annapolis
Tecnologias e Soluções Digitais
1
Lactec e Copel pesquisam desenvolvimento de cidades inteligentes
2 GE fornece tecnologia para linhas de transmissão no Ceará
3 EUA: Duquesne Light planeja, através de parceria, testar nova tecnologia para melhorar a confiabilidade da rede
4 Innowats e Amazon Web Services realizarão parceria para auxiliar na transformação digital de serviços públicos
5 Empresa de tecnologia lança novo medidor inteligente de eletricidade
6 Operador do mercado de energia da Austrália testará o mercado de REDs em blockchain
Segurança Cibernética
1
CCEE apresenta atualização em Nota Técnica de segurança cibernética do mercado
2 Aneel reforça debate sobre segurança cibernética no setor elétrico
3 5G e segurança cibernética - um caminho realista adiante
Eventos
1
GESEL no HackingRio
Artigos e Estudos
1
Artigo GESEL: “Uma abordagem sistêmica para segurança cibernética”
2 Artigo: “A recarga por indução e como ela impulsiona a mobilidade elétrica”
Transição Energética e ESG
1 Ceará: Inauguração do complexo fotovoltaico Alex 360 MWp
A empresa Elera Renováveis encomendou o complexo fotovoltaico Alex 360 MWp, localizado entre os municípios de Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte, no nordeste do país. Nesse contexto, a capacidade de produção de energia elétrica da nova usina é considerada suficiente para abastecer cerca de 1 milhão de residências. A usina é composta por mais de 810 mil módulos fotovoltaicos e permite evitar a emissão de 1,8 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, a empresa garante que o projeto exigiu um investimento de mais de 180 milhões de dólares. Enquanto isso, no que diz respeito ao desenvolvimento socioambiental da região, quase um milhão de dólares foram investidos em iniciativas locais de ESG (nas áreas Social, Ambiental e de Governança). Entre eles, destaca-se a implantação de um Sistema de Captação de Energia Solar que suprirá 100% do consumo mensal de energia elétrica do Hospital Filantrópico Celestina Colares, em Tabuleiro do Norte. A Elera Renováveis prevê o investimento de cerca de 770 milhões de dólares em novos projetos hidroelétricos, eólicos e solares até 2023. Atualmente, afirma estar a construir cerca de 1,6 GW de capacidade instalada, o que representará um total de mais de 3,1 GW em nos próximos anos. (Energías Renovables – 03.09.2021)
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2 Bancos apoiam projetos ligados à mudança climática
O tema ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) entrou definitivamente na ordem do dia dos bancos brasileiros e deve guiar grande parte do fluxo de investimentos e financiamentos no mercado, nos próximos anos. Dados da Sitawi, consultoria especializada em finanças sustentáveis, mostram que, embora o volume de títulos socioambientais emitidos por instituições financeiras represente apenas 13% do total, os bancos comerciais e de desenvolvimento têm sido bastante ativos. A partir disso, os mesmos estão trabalhando na estruturação e na coordenação de emissões para empresas não financeiras, respondendo por 87% do volume histórico. Somente neste ano, segundo Gustavo Pimentel, diretor-executivo da Sitawi, já foram realizadas 72 operações de vendas de títulos vinculados a ESG no Brasil, que captaram mais de R$ 61 bilhões. Sendo 47 com base no uso de recursos e 25 nas operações atreladas a metas ambientais, sociais e de governança. A agenda ESG vem despertando interesse também de bancos de investimentos como o BTG Pactual. Com a proposta de atuar como se autodenomina “um centro de finanças sustentáveis”, em 2020, o banco uniu as áreas de produtos sustentáveis e de ESG para operar de forma integrada. (Valor Econômico – 31.08.2021)
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3 IRENA avalia o potencial para energias renováveis em Botswana
Botswana, um país localizado na África, tem um objetivo político de aumentar substancialmente a penetração das energias renováveis dentro do país. Com isso, Botswana pretende obter 15% da sua energia a partir de energias renováveis até 2030 e 36% até 2036, visto os 6 MW de capacidade instalada no final de 2020. Dessa forma, para verificar se os objetivos podem ser alcançados, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), realizou um estudo do potencial das energias renováveis no local. A partir disso, foi concluído que existe um potencial eólico e solar significativo e resíduos de biomassa abundantes no país. Em suma, Botswana apresenta oportunidades consideráveis para melhor a segurança energética doméstica e aumentar o acesso a serviços de energia modernos. Além disso, ações de curto a médio prazo nas áreas de política, regulamentação, risco e investimento podem criar um ambiente mais propício para o desenvolvimento de energias renováveis no país, de acordo com o relatório. Para acessar o relatório clique aqui. (Energy Global - 31.08.2021)
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4 IRENA e IAEA ajudarão a União Africana a desenvolver plano mestre de energia continental
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) foram selecionadas como parceiros de modelagem para o desenvolvimento do African Continental Power Systems Master Plan (CMP). A iniciativa é liderada pela Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA), com o apoio técnico e financeiro da União Europeia. A iniciativa visa estabelecer um processo de planejamento de longo prazo em todo o continente. Nesse cenário, os ministros da energia africanos encarregaram a AUDA-NEPAD de liderar o desenvolvimento do plano diretor. As duas agências liderarão o desenvolvimento de um plano mestre de eletricidade que promova o acesso a suprimentos de eletricidade acessíveis, confiáveis e sustentáveis em todo o continente. Com isso, uma rede de transmissão unificada na África permitirá o comércio internacional entre os países africanos, bem como o comércio intercontinental com a Europa e a Ásia, por meio de ligações existentes no norte da África. Além disso, esse projeto criará oportunidades socioeconômicas benéficas. Em suma, a IRENA e a IAEA, como parceiros de modelagem, apoiarão as partes interessadas africanas no desenvolvimento do CMP, identificando regiões com excedente e déficit na África em termos de geração e demanda de eletricidade. (IRENA – 01.09.2021)
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5 EUA combatendo o congestionamento de fontes renováveis
À medida que a geração de energia eólica e solar aumenta em toda a rede elétrica da América do Norte, surge dúvidas sobre quanta nova capacidade o mercado pode suportar na próxima década. Na recente Conferência sobre Energia e Renováveis: América do Norte, a Wood Mackenzie presidiu um painel de discussão sobre como a alta penetração de energia renovável e o congestionamento de transmissão estão mudando a dinâmica do comércio de energia nos Estados Unidos (EUA). Durante o evento, Gene Alessandrini, vice-presidente regional, PJM, MISO, Southeast & ERCOT na Brookfield Renewable US, e Roberto Rösner, chefe de comercialização e comércio nos EUA e Canadá no Grupo Enel, compartilharam suas valiosas percepções sobre o painel de Trading Further-out Futures. De acordo com Alessandrini, “tanto um modelo de custo de produção, quanto um modelo nodal são muito importantes, para entender o sistema de transmissão e quais são os requisitos típicos de interconexão, e as melhorias de transmissão que são esperadas. E eu acho que a necessidade de um entendimento tanto da política legislativa quanto da política regulatória, estrutura de mercado que pode mudar com o tempo. Isso vai influenciar as visões de longo prazo que irão guiar sua previsão de energia ou previsões básicas e seu formato de preço e utilização de geração”. (Wood Mackenzie – 06.09.2021)
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6 LA aprova a meta de energia 100% limpa até 2035
O Conselho da Cidade de Los Angeles votou nesta quarta-feira (01/09) pela transição para 100% de energia limpa até 2035, de acordo com as metas nacionais do presidente Biden e uma década antes do planejado originalmente. A meta agora coloca o Los Angeles Department of Water and Power (LADWP) no caminho para uma transição agressiva que, segundo os defensores, seria um modelo para o país. De acordo com o conselheiro Mitch O'Farrell, a meta agressiva de 2035 era uma necessidade. No entanto, o cumprimento dessa meta exigirá uma expansão massiva dos recursos eólicos e solares, juntamente com medidas de eficiência energética para reduzir a demanda. O estudo do NREL traçou vários caminhos para Los Angeles atingir sua meta de energia 100% limpa, mas todos envolveram o fechamento de suas usinas de gás locais, incluindo a Valley Generating Station. Em média, Los Angeles precisaria implantar entre 470-730 MW de energia eólica, solar e baterias por ano entre 2021 e 2045. Em suma, o estudo enfatizou especialmente o papel que a energia solar nos telhados de residências unifamiliares e multifamiliares poderia desempenhar na redução das taxas de eletricidade e na geração de energia renovável. Para acessar o estudo do NREL, clique aqui. (Utility Dive – 02.09.2021)
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7 Nova parceria da IRENA para acelerar a transição energética dos governos
A IRENA assinou um acordo com a Cúpula Mundial do Governo para identificar soluções e co-promover a implantação de energia renovável globalmente. As duas partes desenvolverão iniciativas e eventos conjuntos para encorajar o compartilhamento de conhecimento e a cooperação entre governos e partes interessadas no setor de energia. De acordo com o comunicado, isso ajudará a enfrentar os desafios que impedem os governos de mudar para as energias renováveis. A IRENA e a Cúpula Mundial do Governo também trabalharão juntas para identificar novas oportunidades na indústria de energia renovável. Omar Sultan Al Olama, diretor administrativo da Cúpula Mundial do Governo, disse que a parceria ajudará a identificar "áreas de cooperação para compartilhar experiências de sucesso e conhecimentos com governos e organizações globais". E expandir a implantação de energia renovável visando a descarbonização do setor de energia em linha com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Ele disse que a colaboração permitirá que os governos se concentrem na diversificação das fontes de energia. Ao diversificar a matriz energética, as economias globais serão capazes de fornecer aos consumidores energia acessível e eficiente, bem como garantir a sustentabilidade dos sistemas de energia do futuro, acrescentou. (Smart Energy – 06.09.2021)
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8 A equipe de energia da Hive visa 350 MW PV na Nova Zelândia
A Hive Energy, a Ethical Power e a Solar South West lançaram uma nova joint venture (JV) chamada HES Aotearoa para desenvolver até 350 MW de ativos solares na Nova Zelândia. As três empresas sediadas no Reino Unido disseram ter habilidades complementares, dessa forma, a JV criada está totalmente integrada ao longo de toda a cadeia de valor do desenvolvimento solar - da seleção do local à concepção do projeto, construção, operação e manutenção. A HES Aotearoa disse que identificou o potencial da Nova Zelândia para desenvolvimentos solares de grande porte devido à falta de congestionamento da rede para conexões em escala e alta irradiação solar. A produção solar dentro do país é normalmente 35-40% maior do que no sudoeste do Reino Unido. O presidente-executivo da Hive Energy, Giles Redpath, disse que “esta nova joint venture com a Ethical Power e Solar South West apresenta uma excelente oportunidade de cumprir a missão da Hive Energy de apoiar um futuro mais limpo e verde por meio de seu pipeline de quase 350 MW de ativos solares. As excelentes condições naturais da Nova Zelândia para energia solar, junto com suas oportunidades de conexões de rede e apoio do governo, representam uma oportunidade única para HES Aotearoa.” (Renews – 02.09.2021)
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9 CIP escolhe gestor de ativos para 477MW solar no Texas
A Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) escolheu a Exus Management Partners como gestora de ativos para a fazenda solar 477MW, Fighting Jays, no Texas, Estados Unidos. Após os testes dos serviços de gestão financeira da Exus em 2021, a CIP concedeu o contrato de gestão de ativos à empresa para capitalizar sua considerável experiência de gestão de parques eólicos. Nesse contexto, a empresa apoiará o CIP, aproveitando seu conhecimento para fornecer otimização solar personalizada e ferramentas de relatório. Mads Skovgaard Andersen, parceiro da CIP, disse que o novo projeto solar é outro marco importante para a CIP ajudar a atender à crescente demanda de energia da Electric Reliabilty Council of Texas (ERCOT), e parques solares bem administrados desempenharão um papel fundamental para alcançar isso. “As capacidades financeiras e de gerenciamento de ativos da Exus para energia solar são altamente avançadas, e estamos ansiosos para trabalhar com eles para nos beneficiar de sua experiência nos próximos anos”, explicou Andersen. (Renews – 06.09.2021)
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Geração Distribuída
1 Marco legal da GD deve impulsionar investimentos
O marco legal da geração distribuída, previsto no Projeto de Lei 5.829/2019 aprovado na Câmara dos Deputados no dia 18/08 e que será analisado pelo Senado, deve impulsionar os investimentos nesse segmento ao cessar com a incerteza sobre a revisão das regras. Débora Yanasse, sócia de Energia do Tauil & Chequer Advogados, destaca o consenso entre as partes envolvidas para finalmente determinar as novas regras do mercado de GD. De acordo com a Débora Yanasse, muitos clientes do escritório acompanham o tema de perto, especialmente internacionais, e apresentavam muitas dúvidas sobre a revisão regulatória. Com a publicação do marco legal, que ela espera que não demore a acontecer, os investidores terão segurança jurídica para atuar no mercado. José Renato Colaferro, sócio e diretor de operações da Blue Sol Energia Solar, avalia positivamente o texto do PL, apesar de o segmento ter tido que fazer concessões, como diminuir o período de transição até a cobrança integral da tarifa de uso do sistema de distribuição. Ele aponta que há muitas pessoas que possuem interesse em instalar sistemas de GD, mas ainda não o fizeram devido à indefinição regulatória, fato que irá mudar uma vez que o marco legal seja publicado. (Brasil Energia – 01.09.2021)
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2 Portal Solar investe em franquias de micro e minigeração solar
O marketplace Portal Solar vai investir R$ 30 milhões na estruturação de um modelo de franquia para instalação de centrais de micro e minigeração de energia solar fotovoltaica. Segundo a empresa, o modelo será de franquia de baixo custo, com investimento inicial de R$ 25 mil. Além do custo, o Portal Solar recomenda aos franqueados um capital de giro entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. A empresa já treinou mais de 50 empresários em três meses. A média de retorno estimada é de sete meses. O anúncio do novo negócio acontece ao mesmo tempo que o Banco Votorantim (BV) e o Portal Solar assinaram acordo para aquisição da fintech Meu Financiamento Solar, por R$ 45 milhões, na semana passada. (Brasil Energia – 31.08.2021)
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3 Os custos do sistema solar fotovoltaico dos EUA aumentam em 2021
De acordo com um novo relatório da Wood Mackenzie, em 2021, pela primeira vez em uma década, os preços médios de sistemas solares fotovoltaicos se elevarão em uma comparação ano a ano com 2020. O aumento dos preços dos metais, os materiais proibidos e a incerteza quanto à disponibilidade do produto e cronogramas de envio contribuem para o aumento dos custos do sistema solar fotovoltaico. Além dos desafios da cadeia de suprimentos e logística, há mais riscos a serem considerados, como as variantes do Covid-19 e a incerteza em torno das políticas nos Estados Unidos. Segundo o estudo, espera-se que os custos de projetos de grande porte diminuam no longo prazo até 2026, devido à eficiência de mão de obra e melhorias no armazenamento e equilíbrio elétrico dos componentes do sistema. Além disso, o tamanho médio dos projetos nos EUA continua a subir, o que resultará em benefícios de economia de escala e um $ / W mais baixo. Para acessar o relatório, clique aqui. (Wood Mackenzie - 02.09.2021)
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Armazenamento de Energia
1 Noruega quer parceria com o Brasil para fomentar mercado de baterias
O mercado de baterias segue forte no mundo e agora mira o Brasil, tanto pelo potencial de geração de energias renováveis, quanto pelo grande mercado da indústria automotiva e de construção naval. A Noruega, um dos principais países europeus nesse segmento, acredita que futuramente possam surgir grandes oportunidades de parceria e negócios no mercado local. Em evento online promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Noruega (NBCC, sigla em inglês), empresas especializadas nesse setor apresentaram suas aplicações e como elas podem se adequar à realidade brasileira. Hoje a Noruega é o país que tem o maior market share para veículos elétricos do mundo com grande desenvolvimento desses equipamentos. Por outro lado, o Brasil ainda é visto como um mercado de nicho. Fernando Delapuerta, presidente da NBCC, acrescenta que no atual contexto de transição energética em que o Brasil está inserido, as baterias terão um papel fundamental na combinação com as energias renováveis intermitentes, permitindo maior penetração de energias limpas na matriz. (CanalEnergia – 31.08.2021)
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2 EUA: LG Energy Solution fornece 800MWh em armazenamento de bateria para projetos da RWE
A RWE Renewables, subsidiária do grupo europeu RWE, encomendou sistemas integrados de armazenamento de energia em bateria (BESS) da LG Energy Solution. Os sistemas de baterias serão utilizados em dois projetos solares de grande escala em construção nos EUA. A RWE Renewables não especificou quais projetos em seu pipeline atual serão equipados com os sistemas, mas disse que incluirá 200 MW / 800 MWh combinados de armazenamento em bateria. A RWE fornecerá o software do Sistema de Gestão de Energia para os projetos, bem como realizará a concepção do projeto, modelagem e integração do sistema. Youngjoon Shin, vice-presidente sênior de negócios de ESS da LG Energy Solution, disse que o contrato de fornecimento vem depois que as duas empresas colaboraram com sucesso em dois projetos menores no Texas, há quatro anos. Shin disse que a LG espera uma “colaboração de longo prazo com a RWE nos Estados Unidos”. O RWE Group está atualmente construindo 1 GWh de projetos de armazenamento de energia em todo o mundo. (Energy Storage - 02.09.2021)
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3 Projeto Desert Quartzite Solar-plus-Storage da EDF
A Clean Power Alliance, uma fornecedora de energia comunitária na Califórnia, assinou um contrato de compra de energia (PPA) de 15 anos com a EDF Renewables. O acordo visa o desenvolvimento de um projeto solar com armazenamento em grande escala. O braço de energias renováveis da multinacional francesa, EDF, está construindo a usina de energia, Desert Quartzite Solar-plus-Storage, no Condado de Riverside, na Califórnia. A usina se energia está sendo construída em uma área designada como Solar Energy Zone (SEZ) pelo Federal Bureau of Land Management (BLM). O projeto combinará 300 MW de energia solar fotovoltaica de eixo único horizontal com um sistema de armazenamento de energia de bateria de 600 MWh e deve ser comissionado em fevereiro de 2024. (Energy Storage - 06.09.2021)
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4 Benefícios das baterias compartilhadas foram comprovados na Austrália Ocidental
Um projeto de cinco anos para testar o uso de armazenamento de energia compartilhado em um subúrbio da Austrália Ocidental alcançou uma redução de 85% no consumo de energia da rede em horários de pico para as famílias participantes. O Alkimos Beach Energy Storage Trial (ABEST) foi conduzido pela concessionária estatal, Synergy, junto com a incorporadora imobiliária, Lendlease, e a empresa de infraestrutura, LandCorp. A ideia era implantar sistemas solares fotovoltaicos em telhados em cerca de 100 casas no subúrbio de Perth, em Alkimos Beach, e então permitir que os residentes usassem coletivamente um sistema de armazenamento de energia em bateria compartilhado de 1,1 MWh. O ABEST constatou que o projeto alcançou os objetivos técnicos aos quais se destinava: descarregar a energia armazenada em bateria em horários de pico e reduzir o consumo doméstico de energia nos horários mais caros, o que poderia evitar a necessidade de construir tantos grandes projetos de energias renováveis em escala. (Energy Storage - 06.09.2021)
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5 China: Mongólia Interior estabelece meta ambiciosa de armazenamento de energia
A região autônoma chinesa da Mongólia Interior estabeleceu uma meta para instalar e conectar à rede, 5 GW de capacidade de armazenamento de energia até 2025. A meta é acelerar a transição energética e se alinhar com as políticas do governo nacional sobre mitigação das mudanças climáticas. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e a Administração Nacional de Energia anunciaram a meta como parte dos esforços para mover o armazenamento de energia da fase inicial visando desenvolvimento em grande escala. O governo provincial está encorajando projetos de energia renovável existentes e novos para serem integrados com sistemas de armazenamento de energia integrados à rede. (Smart Energy - 01.09.2021)
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6 Helix Power faz crowdfunding para desenvolvimento de armazenamento de energia
A Helix Power Corporation está buscando capital inicial de investidores para desenvolver sua tecnologia patenteada de armazenamento de energia de curto prazo. A startup, sediada em Massachusetts, tem como objetivo um mínimo de $ 500.000 e um máximo de $ 1,07 milhão, montante com o qual pode construir e comercializar sua tecnologia. O crowdfunding ganhou popularidade crescente para a construção de empreendimentos fotovoltaicos solares e há a perspectiva de que este tipo de financiamento também possa ser usado para outros recursos energéticos distribuídos. A tecnologia da Helix Power passou por cinco anos de desenvolvimento até o momento e prevê-se que a sua principal aplicação seja para balanceamento de rede, enquanto outras incluem frenagem regenerativa em sistemas de trânsito e guindastes portuários e armazenamento em microrredes. (Smart Energy - 03.09.2021)
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Veículos Elétricos
1 Fabricante de turbina eólica lança robô que carrega carro elétrico
Um dos maiores fabricantes de turbinas eólicas da China planeja lidar com a escassez crônica de pontos de carregamento de veículos elétricos no país, através da construção de robôs móveis que trazem a energia parao carro. Com isso, o Envision Group planeja começar a testar seu robô Mochi em Xangai neste ano. A empresa pretende disponibilizar o robô por meio de um serviço de associação baseado em aplicativo para smartphone, o qual permitirá aos motoristas a possibilidade de deixar seus carros, com o objetivo de serem encontrados e carregados automaticamente pelo Mochi. "Seu estacionamento vai mudar totalmente. Você não perde tempo procurando estações de recarga. Você não precisa esperar na estação de recarga", disse o presidente-executivo da Envision, Lei Zhang, ao “Nikkei Asia”. O Mochi foi projetado para tornar a vida um pouco mais fácil para os motoristas de VEs, mas também faz parte da ambição maior da Envision: enfrentar as mudanças climáticas criando um novo tipo de sistema de energia. O grupo também tem um negócio de baterias, que abastece a montadora japonesa Nissan Motor. Zhang espera criar um sistema em que as energias eólicas e solar substituam o carvão na geração de eletricidade e as baterias. (Valor Econômico – 31.08.2021)
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2 WEG fornece estações de recarga ultrarrápidas para nova fábrica da Mercedes-Benz
A WEG, de Jaraguá do Sul, forneceu estações de recarga ultrarrápidas e produtos para a infraestrutura de distribuição de energia para a nova fábrica de ônibus da Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo/SP. Além disso, a empresa instalou 3 estações de recarga ultrarrápidas da linha WEMOB (WEG Electric Mobility), modelo de 150kW, ideal para recarga ultrarrápida de veículos pesados em corrente contínua padrão CCS2-DC. Com capacidade de recarregar completamente as baterias de lítio dos ônibus elétricos em até 3 horas, as estações suportam padrões de recarga em alta tensão, até 920Vcc, mantendo a potência constante, proporcionando a melhor experiência de recarga para todos os veículos elétricos. “Criar soluções para um mundo mais sustentável, atendendo as necessidades da indústria automobilística, faz parte do nosso compromisso para tornar a mobilidade elétrica uma realidade no Brasil”, explica Manfred Peter Johann, diretor superintendente da WEG Automação. (Economia SC – 31.08.2021)
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3 EUA: Empresa de energia havaiana lança ferramenta para coletar dados e prospectar novas estações de carregamento
Com o lançamento da ferramenta online Charge Up Hawaii, a Hawaiian Electric, empresa de energia do Havaí, espera obter mais informações sobre as demandas dos clientes por estações de carregamento de veículos elétricos (VEs) e, dessa forma, melhor atender às suas futuras necessidades de mobilidade. A ferramenta é uma plataforma em forma de mapa que utiliza uma junção de pesquisas elaboradas com clientes e um mapa interativo que permite fixar sugestões como um meio de obter dados próximos à realidade dos clientes sobre onde eles gostariam de ver futuras estações de carregamento de VEs implantadas. A plataforma também oferece um aspecto educacional, utilizando vídeos, artigos e links de sites para conscientizar os usuários sobre os esforços de eletrificação de transporte no Havaí. (Daily Energy insider – 02.09.2021)
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4 Iberdrola lança desafio para buscar soluções digitais e ajudar operadores de frotas na transição para VEs
A Iberdrola, empresa espanhola líder no setor energético global, através da sua subsidiária americana, Avangrid, e do seu Programa Internacional de Start-ups, “PERSEO”, lançou um novo desafio para: identificar ferramentas digitais que permitam aos operadores de frotas avaliar os custos, benefícios e viabilidade de substituição de veículos convencionais por elétricos. O desafio irá considerar positivamente ferramentas que incluem variáveis como geolocalização; a identificação dos veículos disponíveis - marca, modelo, ano, quilometragem - e veículos elétricos de reposição; custos de combustível e análise de taxas; custos de operação e manutenção; além dos valores de investimentos em infraestrutura e incentivos fiscais. A plataforma também deve calcular a economia de CO2 e outros benefícios ambientais. As propostas serão analisadas por especialistas da rede do Grupo Iberdrola com base em critérios como escalabilidade, robustez e facilidade de implementação e utilização, e podem ser enviadas até 30 de setembro. (Electric Energy Online – 07.09.2021)
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5 EUA: Construindo a base para a infraestrutura municipal de EV
Veículos elétricos (VEs) já são considerados o futuro do transporte. À medida que a tecnologia dos VEs aumenta e o impacto ambiental dos carros movidos a gasolina se torna mais aparente, as cidades dos Estados Unidos (EUA) estão desenvolvendo planos para acelerar essa mudança. Esse planejamento não é tão simples, as cidades precisam construir uma nova infraestrutura para VEs e, continuar a apoiá-la e mantê-la. Antes que uma cidade comece a construir uma infraestrutura para elétricos, é essencial ter a base certa no local. Primeiro, os municípios precisam de vontade, ou seja, uma massa crítica de residentes ansiosos para adotar a tecnologia. Para determinar se isso existirá, as cidades podem encomendar pesquisas, análises de mercado, sessões de visão da comunidade, e outras pesquisas. As cidades também precisam de capital político, em outras palavras: saber se os legisladores locais aceitarão e apoiarão esse trabalho. Se o capital político existe, pode ser medido, revisando as reformas de energia recentes e futuras, plataformas eleitorais e orçamentos. (Utility Dive – 01.09.2021)
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6 Shell planeja grande investimento em postos de carregamento de VEs públicos no Reino Unido até 2025
A Shell apoiará os governos locais do Reino Unido, por meio da subsidiária Ubitricity, para fornecer pontos de carregamento de veículos elétricos (VEs) para aqueles que não têm estacionamento residencial. Para impulsionar a iniciativa, a Shell cobrirá os custos da infraestrutura de carregamento através de termos comerciais. Atualmente, o Office for Zero Emission Vehicles (OZEV) do governo do Reino Unido cobre 75% do custo de instalação de carregadores na rua por meio do Esquema de Cobrança Residencial na Rua. Mais de 60% das famílias em cidades e áreas urbanas inglesas não têm estacionamento privado, aumentando para mais de dois terços quando se trata de pessoas que vivem em habitação social, indicando a necessidade crítica de infraestrutura de carregamento público para apoiar a mudança proposta para veículos elétricos. O Comitê de Mudanças Climáticas do governo recomendou recentemente que deve haver cerca de 150.000 pontos de recarga públicos operando em todo o Reino Unido até 2025, com mais investimentos necessários para apoiar sua entrega. (Smart-Energy – 04.09.2021)
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Gestão e Resposta da Demanda
1 Idec defende redução de consumo compulsória e com penalização
O coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, considera importante incluir o consumidor no esforço para evitar racionamento. Segundo ele, esse cenário deveria ocorrer através de metas mais agressivas e “minimamente compulsórias” estabelecidas pelo governo. Dessa forma, o governo teria condições para aplicar “algum tipo de penalização” direcionada a quem não as cumprir. O executivo afirma que o racionamento de energia já está presente no Brasil, todavia o governo não admite, tirando os efeitos esperados das medidas propostas pelo ministério. “Já estamos num cenário de racionamento, o que tem acontecido é que estão chamando de ‘medidas de economia’ e ‘conscientização’, mas é de fato um racionamento. O que pode agravar é acontecer apagões e desligamentos compulsórios e vendo o cenário que está acontecendo, isso provavelmente vai acontecer”, prevê coordenador. Segundo Leite, o consumidor, sobretudo os residenciais, têm que fazer parte da solução que vai além de um sinal econômico na fatura. Ele acrescenta que os programas de eficiência energética das distribuidoras são todos voluntários, mas com poucos efeitos. (CanalEnergia – 30.08.2021)
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2 MME detalha programa de redução do consumo no ACR
O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou em reunião extraordinária do CMSE o detalhamento do Programa de Incentivo à Redução Voluntária do consumo de energia para consumidores regulados. A proposta, que prevê incentivo econômico para quem atingir a meta de economia estabelecida, será tratada na reunião extra da CREG, marcada para a última terça-feira, 31 de agosto. No encontro realizado pelo CMSE na segunda-feira, 30, o Operador Nacional do Sistema (ONS) atualizou os cenários de atendimento até novembro, reforçando a situação de piora das condições atuais. Já a Agência Nacional de Energia Elétrica apresentou o cálculo de custo das medidas adicionais em andamento. Entre as medidas aprovadas ontem pelo comitê estão a autorização para o despacho das usinas termelétricas Uruguaiana e Cuiabá de outubro de 2021 a março de 2022, além da UTE Termonorte I pelo período de seis meses, a partir de setembro. Os três empreendimentos vão ofertar energia adicional ao sistema. (CanalEnergia – 31.08.2021)
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3 MME/Vieira: redução da conta de quem economizar 20% será de 33%
Christiano Vieira, secretário de Energia Elétrica, declarou que a conta de luz das famílias que economizarem 20% do consumo nos próximos meses terá uma redução de 33%. A projeção considera a cobrança da bandeira “escassez hídrica”, que representa um pagamento adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). O governo publicou a portaria com as regras do programa de incentivo à redução do consumo de energia. O bônus, de R$ 0,50 por kWh reduzido, está “adequado” na avaliação do governo, segundo o secretário. A princípio, a medida irá vigorar entre setembro e dezembro, mas poderá ser prorrogada, a depender das condições hídricas no País. O secretário afirmou que o programa vai incentivar consumidores a reduzirem a demanda, bem como reduzir a carga nos próximos meses. Segundo ele, diante do cenário hídrico, com oferta de energia acima de R$ 2 mil por megawatt-hora (MWh), o governo não considerou adequado contar com medidas apenas no lado da oferta. Ele explicou que deverá haver um esforço para redução de no mínima 10% no consumo de energia para que a família receba o bônus, mas com pagamento limitado a 20%. A meta, segundo ele, é uma economia de 15%. A base de referência será o consumo médio de setembro a dezembro de 2020. “É um ganha-ganha para todos”, afirmou o mesmo. (Broadcast Energia – 01.09.2021)
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4 CCEE e ONS divulgam Procedimentos e Regras para Redução Voluntária de Demanda
A CCEE e o ONS divulgam os documentos que regem a operacionalização do Programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica – RVD, criado pelo MME para auxiliar no enfrentamento do cenário hídrico desafiador, na última segunda-feira (30/08). A Linha Base é o principal parâmetro de comparação para verificação da redução voluntária, e será divulgada pela CCEE, mensalmente de forma ex-ante, para todos os agentes participantes do mecanismo. Para garantir a simplicidade e reprodutibilidade do cálculo da LB foi estabelecida uma metodologia de cálculo que considera uma média simples do histórico de medição, sendo uma diferenciando os dias úteis e os sábados. Somado a isso, o Operador divulga a Rotina Operacional Provisória, que determina os caminhos para que os agentes realizem suas ofertas de redução. Os consumidores que aderirem ao programa deverão apresentar seus lances, que serão analisados pelo ONS com base nos estudos eletroenergéticos e, caso sejam aprovados, deliberados pelo CMSE nas reuniões de sextas-feiras. A remuneração das reduções se dará parcialmente via PLD na parcela do MCP e parte pela diferença entre Bid e PLD via encargos de sistema. O Programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica terá validade até 30 de abril de 2022. (CCEE – 31.08.2021)
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5 Bonificação pela redução do consumo divide associações
O programa de bônus para quem reduz o consumo de energia coloca entidades em lados opostos. Enquanto os grandes consumidores de energia avaliam como positiva as medidas que o governo federal vem tomando, o segmento que representa o mercado cativo não enxerga os benefícios. Nesse cenário, acredita-se que no final das contas o bônus embutido nos ESS e a perda de receita das distribuidoras – pagos pelo consumidor – praticamente anulam os ganhos com a redução de consumo. Victor Iocca, gerente de Energia Elétrica da Abrace, diz que não dá para saber se as empresas vão reduzir a demanda ou deslocar a produção para fora do horário de pico, mas ele avalia que esse segmento tem grande potencial de ajudar o sistema. Porém, a Associação Nacional dos Consumidores de Energia entende que os custos da tarifa superam o bônus ao consumidor. O presidente da entidade, Carlos Faria, lembra que assim foi na pandemia, em que todos pagaram a Conta-Covid, em que foi dado um crédito emergencial a distribuidoras de energia. Entretanto, surgiu a proposta de que o Tesouro aportasse essa bonificação, passando os custos do consumidor para o contribuinte. Uma das poucas coisas que os envolvidos concordam é que que faltou mais comunicação por parte do governo em esclarecer a gravidade da situação e como todos podem contribuir mais ativamente para evitar o pior. (CanalEnergia – 01.09.2021)
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6 ONS começa a receber ofertas de redução voluntária da demanda de energia
O ONS começou a receber nesta quarta-feira (01/09) as ofertas do programa de Redução Voluntária da Demanda (RVD) de Energia Elétrica. Os lances do mês de setembro deverão ser enviados por meio do portal SINtegre até 10/09. Para outubro, a data limite para recebimento de ofertas é dia 17/09, em função dos prazos para a realização de estudos eletroenergéticos mensais para a deliberação do CMSE. Nesse contexto, a iniciativa terá vigência até 30 de abril de 2022. O programa RVD foi criado pelo MME para auxiliar no enfrentamento da crise hídrica e para dar continuidade no suprimento de energia elétrica no país. Em suma, as ofertas podem ser feitas com duração horária de quatro ou sete horas e os lotes devem ter volume mínimo de 5 MW, para cada hora de duração da oferta. (Brasil Energia – 01.09.2021)
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7 Relatório Demand Response Systems
A HNY Research, empresa de pesquisa e consultoria sediada no Reino Unido, elaborou o relatório Demand Response Systems. O relatório tem como objetivo principal ajudar o usuário a entender o mercado em termos de sua definição, segmentação, potencial, tendências influentes e desafios a serem enfrentados em 10 regiões principais e 50 países principais através de pesquisas e análises profundas. O documento fornece uma análise detalhada do tamanho do mercado a nível global, regional e nacional, além do cenário competitivo, análise de vendas, impacto dos participantes do mercado doméstico e global, otimização da cadeia de valor, regulamentações comerciais, desenvolvimentos recentes, análise de oportunidades, análise de crescimento estratégico do mercado, lançamentos de produtos, expansão do mercado de área e inovações tecnológicas. Para acessar uma prévia do relatório, clique aqui. (Digital Journal - 07.09.2021)
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Eficiência Energética
1 Procel abre chamada de R$ 67,5 mi para prédios públicos
Com investimento recorde para projetos de eficiência energética em edificações públicas, começa nesta quarta-feira, 1º de setembro, as inscrições para a Chamada Pública Procel – Eficiência Energética no Setor Público, que investirá R$ 67,5 milhões em projetos em todo o país. O edital contempla a modernização de edificações públicas federais, estaduais e municipais existentes, localizadas em todo o território nacional. As propostas técnicas poderão ser enviadas até 30 de novembro. De acordo com Elisete Cunha, arquiteta do Procel, novas formas de pensar a edificação, tanto em sua concepção, quanto no seu uso, permitem uma melhor racionalização e gestão do consumo de energia elétrica, além da redução de emissões de gases de efeito estufa. O edital foi lançado após o governo federal determinar que os órgãos públicos federais deverão alcançar uma redução de 20% em seu consumo de energia como forma de servir de exemplo para o combate à escassez hídrica pela qual o país tem passado. Para obter maiores informações sobre o edital e inscrições estão disponíveis no link. (CanalEnergia – 01.09.2021)
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Microrredes e VPP
1 EUA: Viabilidade da microrrede: um estudo de caso de Annapolis
Eventos climáticos extremos ameaçam a estabilidade da rede e causam interrupções de energia com perdas econômicas significativas. Nesse contexto, uma das comunidades vulneráveis, frente a esses eventos, é o complexo de moradias populares Newtowne Twenty em Annapolis, Maryland. Newtowne Twenty é um conjunto habitacional de 78 unidades que está passando por revitalização. As partes interessadas locais e a empresa de serviços públicos estavam interessadas em avaliar a viabilidade de adicionar uma microrrede ao desenvolvimento, o que introduziria energia solar gerada localmente e aumentaria a resiliência. A Maryland Energy Administration (MEA) financiou parcialmente um estudo de viabilidade de microrrede por meio de seu programa Resilient Maryland, com os fundos doados restantes e o tempo de trabalho vindo da Smart Electric Power Alliance (SEPA), Baltimore Gas and Electric Co. (BGE) e Housing Authority da cidade de Annapolis (HACA). A equipe do projeto seguiu um processo de cinco etapas para o estudo de viabilidade da microrrede: i) convocar as partes interessadas da indústria e da comunidade, ii) avaliar o local e coletar dados de consumo de energia, iii) desenvolver cenários de projeto preliminar, iv) conduzir projeto de engenharia preliminar e vi) analisar os benefícios e custos. (T&D World – 03.09.2021)
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Tecnologias e Soluções Digitais
1 Lactec e Copel pesquisam desenvolvimento de cidades inteligentes
O Lactec está realizando uma pesquisa, em parceria com a Copel, para analisar como a tendência de digitalização do setor elétrico brasileiro pode ajudar no desenvolvimento de cidades inteligentes. O estudo visa avaliar a aplicação de tecnologias de cidades inteligentes, como a automação da iluminação pública, a medição inteligente de consumo de água e a automação do monitoramento climático, aproveitando a infraestrutura de comunicação de sistemas de smart grids. O piloto do projeto está em implantação em Ipiranga (PR), área de distribuição da Copel e a primeira cidade do país a ter todas as unidades consumidoras atendidas com medidores inteligentes. Os testes também irão avaliar como a utilização de outros serviços impacta o desempenho da rede de comunicação, projetada originalmente para redes inteligentes. O projeto está sendo realizado no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel. (Brasil Energia – 31.08.2021)
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2 GE fornece tecnologia para linhas de transmissão no Ceará
A Grid Solutions, unidade de negócios da GE Renewable Energy, irá fornecer uma tecnologia para o controle de um sistema de transmissão em corrente alternada que será desenvolvido em Jaguaruna (CE). O equipamento será destinado a um empreendimento arrematado recentemente em um leilão pela empresa Dunas Transmissão de Energia. Sendo assim, o lote prevê a implementação de linhas de transmissão nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. A solução envolve um compensador estático de reativos (SVC na sigla em inglês) de 500 kV da GE, de -150 a +300 Mvar. Com isso, o sistema é fundamental para facilitar a inserção da energia renovável em redes elétricas que não foram originalmente desenvolvidas para isso. A empresa também informou que irá fazer a atualização e a modernização de um sistema SVC construído na década de 80 em um empreendimento em Montevidéu, no Uruguai. (Brasil Energia – 01.09.2021)
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3 EUA: Duquesne Light planeja, através de parceria, testar nova tecnologia para melhorar a confiabilidade da rede
A Duquesne Light Company (DLC), holding de serviços de energia da Pensilvânia, formou uma parceria com a empresa LineVision para instalar sensores com a tecnologia no-contact (sem contato em português) em várias torres de transmissão, a fim de aumentar a confiabilidade do serviço. O projeto piloto foi lançado em julho e apresenta classificações de linha dinâmica em tempo real e previstas para monitorar os condutores de transmissão e descobrir capacidade adicional da rede. A ideia é tornar o serviço mais resiliente, eficiente e acessível. Os dados coletados do programa DLC ajudarão a resolver o congestionamento da linha, avaliar as condições da linha e determinar melhor quando a manutenção é necessária. A Federal Energy Regulatory Commission (FERC) propôs diretrizes de classificação de linha no início deste ano para incentivar as concessionárias a usar essa tecnologia. (Daily Energy Insider – 02.09.2021)
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4 Innowats e Amazon Web Services realizarão parceria para auxiliar na transformação digital de serviços públicos
Innowatts, uma plataforma de software-as-a-service (SaaS) habilitada para inteligência artificial (IA) e líder do setor para provedores de energia globais, anunciou no dia 02/09/2021 uma solução que permite aos provedores de energia aproveitarem totalmente a tecnologia de análise dos dados com escalabilidade inserida na nuvem. Aproveitando o poder e a agilidade da Amazon Web Services (AWS) para processar 4,3 bilhões de pontos de dados por hora, a plataforma de análise de energia SaaS da Innowatts foi implantada em nove países e 17 mercados de energia, com mais de 45 milhões de metros sob gestão. A Innowatts está ajudando as concessionárias de serviços públicos a atender aos desafios mais urgentes do setor, desde a descarbonização e descentralização até condições climáticas extremas e a eletrificação do transporte. Ao combinar a tecnologia de análise de dados de IA da Innowatts com a flexibilidade, escalabilidade e modelo de pagamento conforme o uso da AWS, a solução oferece às concessionárias total transparência em suas próprias operações, as necessidades de seus clientes e as mudanças nas condições do mercado de energia. (Electric Energy Online - 03.09.2021)
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5 Empresa de tecnologia lança novo medidor inteligente de eletricidade
A empresa global de tecnologia, Kamstrup, lançou um novo medidor inteligente de eletricidade no mercado de medição avançada. O novo medidor de eletricidade inteligente, OMNIA, é baseado em Internet of Things (IoT) por celular. Um padrão de comunicação que continua a ser amplamente adotado no setor de serviços públicos, à medida que empresas de energia e fornecedores de tecnologia buscam desenvolver uma rede resiliente para telemetria de dados rápida e segura. O novo medidor complementa a plataforma com base em malha OMNIPOWER RF existente da empresa. A aplicação de comunicações por celulares da IoT para conectividade de medidores inteligentes tem estado sob análise nos últimos anos entre as empresas que trabalham com a tecnologia. Esse medidor inteligente ajudará as concessionárias a obter benefícios, incluindo a flexibilidade do medidor para uso em várias condições geográficas e climáticas e redes de comunicação, a alta capacidade e velocidade com que os dados são enviados e processados pelo medidor e o baixo custo. (Smart Energy – 02.09.2021)
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6 Operador do mercado de energia da Austrália testará o mercado de REDs em blockchain
O Australian Energy Market Operator (AEMO), operador do mercado de energia australiano, está investigando a integração de recursos de energia distribuída à rede com o projeto EDGE (Demanda de Energia e Troca de Dados). O projeto é baseado em blockchain e tem como objetivo demonstrar o potencial para agregações de recursos de energia distribuída de propriedade do consumidor. Dessa forma, será fornecido serviços de energia para o sistema de energia no atacado e em níveis de rede local. A Austrália tem visto um rápido crescimento da adoção de recursos de propriedade do consumidor, com quase uma em cada quatro residências com energia solar, chegando a 40% no Sul da Austrália e Queensland. Esses recursos têm o potencial de desempenhar um papel fundamental em um sistema de descentralização de energia, crescendo a mesma medida que aumenta a escala de recursos do serviço público. (Smart Energy – 06.09.2021)
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Segurança Cibernética
1 CCEE apresenta atualização em Nota Técnica de segurança cibernética do mercado
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) finalizou uma Nota Técnica 04925/2021 em que propõe aprimoramentos regulatórios e ampliação da segurança cibernética do mercado. O documento foi enviado à diretoria da Aneel recomendando a abertura de uma consulta pública para a discussão sobre mecanismos que tragam uma evolução para o monitoramento. A Nota Técnica é uma revisão da NT 3, enviada no ano passado, após acolhimento de contribuições de diversos agentes e está sendo chamada de NT 3.1. O novo texto revê proposições que já foram encaminhadas ao órgão regulador no ano passado. Em nota, a conselheira da CCEE, Roseane Santos, disse que o objetivo é criar ferramentas que permitam antever e prevenir possíveis riscos que comprometam o desenvolvimento sustentável do setor, respeitando a confidencialidade dos dados individuais das empresas e garantindo a segurança tecnológica necessária. A CCEE explica que o novo texto propõe um monitoramento com abordagem prudencial, de forma que passemos a receber informações como exposição futura, alavancagem, patrimônio líquido e ativos líquidos, que serão calculados pelos próprios agentes e enviados semanalmente à CCEE, com base em metodologia definida previamente. (CanalEnergia – 30.08.2021)
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2 Aneel reforça debate sobre segurança cibernética no setor elétrico
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta quarta-feira (01/9), a abertura da segunda fase da Consulta Pública 007/2021, que debate a segurança cibernética no setor elétrico brasileiro. O objetivo é ampliar a discussão com a sociedade sobre a regulamentação do tema a fim de estabelecer diretrizes voltada a prevenção de incidentes e a promoção de práticas robustas. Com isso, a meta principal é minimizar os riscos de ataques cibernéticos ao sistema. No espaço, os interessados poderão acessar os documentos relacionados, como a minuta de resolução elaborada pela área técnica da Aneel. A proposta inclui pontos, como: a necessidade de compatibilizar as normas de acordo com o porte da empresa; informar casos de crise à Agência; compartilhar incidentes cibernéticos relevantes entre os agentes e a Aneel; aplicar periodicamente uma metodologia de avaliação de maturidade regulatória; prever a segmentação de redes de operação da rede de TI e da internet; e procedimentos de resposta rápida para contenção de incidentes. As contribuições para a segunda fase serão recebidas a partir desta quinta-feira (020/9) a 18 de outubro, por meio de formulário eletrônico disponível no site da Aneel. (Aneel – 01.09.2021)
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3 5G e segurança cibernética - um caminho realista adiante
Espera-se que em 2022, o tráfego total de dados nas redes móveis chegue a 77 exabytes por mês (ou seja, 1 milhão de terabytes de tráfego de Internet todos os meses). Apenas o 5G com sua tecnologia mmWave será capaz de lidar com essa enorme carga de tráfego. A tecnologia 5G também traz velocidades mais rápidas, mais largura de banda, maior densidade de dispositivos (aproximadamente 1 milhão de dispositivos por quilômetro quadrado), entre outros. Vendo esses benefícios, é compreensível que muitas empresas tenham feito grandes investimentos na produção ou consumo de tecnologias 5G. No entanto, algumas questões de segurança cibernética precisam ser levadas em consideração antes que ela seja capaz de corresponder às altas expectativas que tem. A notícia apresenta as indústrias que terão benefícios a partir da tecnologia, os problemas cibernéticos que podem ocorrer e as possíveis soluções. (CPO Magazine - 06.09.2021)
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Eventos
1 GESEL no HackingRio
A pesquisadora Plena do GESEL, Lorrane Câmara, participou, na quinta-feira, dia 02/09, às 19h, da Live temática do HackingRio. Foram abordados assuntos que dizem respeito a ODS 7 (Energia Acessível e Limpa) e ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico). A CEO da HackingRio, Lindália Junqueira, mediou a conversa que contou ainda com a participação da Renata Szczerbacki (Petrobras), Vitor Libanio (Vale) e Victor Lamas (Senac/RJ). A transmissão será realizada pela página do HackingRio no Facebook (https://www.facebook.com/hackingrj/) e no seu canal de Youtube (https://youtu.be/NyzGWfw227g). (GESEL-IE-UFRJ – 02.09.2021)
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Artigos e Estudos
1 Artigo GESEL: “Uma abordagem sistêmica para segurança cibernética”
Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador no Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), e André Clark, General Manager da Siemens Energy Brasil, tratam da segurança cibernética. Segundo os autores, “a segurança cibernética (SC) merece destaque, principalmente em razão dos ataques que empresas estão sofrendo. A ainda frágil interação regulatória entre os agentes públicos e privados, a necessidade de regras e o aprimoramento de instrumentos de defesa cibernética tornam-se uma exigência crítica”. Eles concluem que “é preciso endereçar a questão dos ataques cibernéticos para a segurança dos negócios e dos países, este movimento, para ser realmente efetivo, deve ocorrer de forma dinâmica com participação integrada entre as instituições de Estado, setores econômicos e Academia em uma abordagem sistêmica criando instâncias e centros de excelência, pois o tempo urge”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 01.09.2021)
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2 Artigo: “A recarga por indução e como ela impulsiona a mobilidade elétrica”
Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, Marisa Zampolli (CEO da MM Soluções Integradas, engenheira elétrica e especialista em Gestão de Ativos e Eletromobilidade), analisou o impacto da adoção da técnica inovadora de carregamento por indução nos veículos elétricos. Segundo Marisa, “para um setor que está em crescente expansão, não faltam alternativas, em especial para a área de recarga. Uma das novas tecnologias adotadas por este setor é o abastecimento por indução, ou seja, sem fios.” Após realizar uma análise sobre suas características técnicas e as experiências que têm sido observadas, a executiva conclui que, “tecnologias como essas exigem um alto investimento em infraestrutura, e mudança na cadeia logística, a depender de governos e novas políticas, mas que os benefícios sociais são inúmeros. Esse debate não é antigo, mas a necessidade de uma solução que não prejudique mais o planeta precisa de uma resposta a curto prazo. Tendo isso em mente, é possível concluir que o aumento de postos de recargas e inovações, como de indução, trariam mais consumidores para a mobilidade sustentável.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 31.08.2021)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Lorrane Câmara e Luiza Masseno
Pesquisadores: Monique Coimbra e Walas Júnior
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva
As notícias divulgadas no IFE não refletem
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que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
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