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IFE: nº 5.495 - 26 de maio de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na mídia: Reduzir ICMS não é suficiente para reduzir preços de energia e combustíveis, dizem especialistas
2 Governo decide trocar presidente da Petrobras
3 Analistas esperam alta da Eletrobras com a privatização e estimam ação em até R$ 70
4 ‘Custo Congresso’ vai encarecer a conta de luz em 10% nos próximos anos, diz estudo
5 Aneel determina transferência de DITs da Eletrosul para Celesc-D
6 Reajuste da Cercos traz efeito médio de 22,06% para consumidores

Transição Energética
1 Pacto da ONU: Cemig quer reduzir emissões de carbono até 2030
2 IRENA pede transição energética inclusiva

3 Nova parceria internacional coloca comunidades e redes inteligentes no centro do net zero
4 Uma conexão elétrica: casas ajudando a rede
5 Relatório: Garantindo uma Transição de Energia Limpa Inclusiva
6 Benefício para quadruplicar a produção de energias renováveis
7 Nuclearelectrica e NuScale assinam MoU, local escolhido para SMR

Empresas
1 TotalEnergies compra participação de 50% na Clearway Energy

Mobilidade Elétrica
1 Brasil: Incentivo ao desenvolvimento de VEs segue para análise da CAE
2 IEA: Vendas de VEs em forte crescimento neste ano
3 Toyota lança VE
4 Tesla se move para expandir Gigafactory Berlin

5 Stellantis/Samsung SDI: Parceria para fábrica de baterias

Inovação
1 EDPR/Lhyfe: Acordo visa desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde

Energias Renováveis
1 MME: Projeto solar recebe incentivos no PI
2 Aneel: Ressarcimento para usinas solares é reconhecido
3 Usinas fotovoltaicas recebem autorização de 21 MW
4 Omega/3M: Contrato para fornecimento de energia renovável


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na mídia: Reduzir ICMS não é suficiente para reduzir preços de energia e combustíveis, dizem especialistas

A proposta da Câmara dos Deputados de reduzir a alíquota de ICMS para 17% em todos os Estados pode representar algum alívio no bolso do consumidor de combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações. Mas essa é apenas uma das mudanças que precisam ocorrer para que, de fato, os preços recuem de forma consistente. O risco é promover uma queda apenas no curto prazo e os preços voltarem a subir ao longo do tempo. Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), Nivalde Castro, a medida se trata de um embate político. Reduzir as tarifas (ou preços dos combustíveis) neste momento tem um ganho político grande. Do outro lado joga todo o prejuízo para os governadores. Calcula-se que os Estados possam perder R$ 70 bilhões. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo – 24.05.2022)

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2 Governo decide trocar presidente da Petrobras

O Governo Federal surpreendeu e ontem à noite anunciou que quer trocar, novamente, a presidência da Petrobras. Depois de cerca de 40 dias desde que assumiu o posto, José Mauro Coelho deixará o cargo. Em seu lugar foi indicado Caio Mário Paes de Andrade, que é secretário especial da Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. O indicado é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University. Vale lembrar que antes de ser assumir Andrade passará por uma avaliação pelo Comitê de Pessoas da Petrobras, se aprovado será levado a Assembleia de Acionistas, para que seja alçado ao Conselho de Administração da empresa e só então esse conselho elege o indicado à presidência executiva. e passar pelo processo este será o quarto presidente da Petrobras no atual governo, depois de Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna e José Mauro Coelho. Todos demitidos por conta da política de preços dos combustíveis da estatal que não permite o controle artificial dos valores. (CanalEnergia – 25.05.2022)

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3 Analistas esperam alta da Eletrobras com a privatização e estimam ação em até R$ 70

A concretização da privatização da Eletrobras pode destravar valor nas ações da companhia, que hoje são negociadas na faixa dos R$ 40,00 por ativo, e no médio prazo podem alcançar o patamar de R$ 70,00, estimam analistas consultados pelo Broadcast Energia. Isso aconteceria devido aos ganhos de eficiência que a empresa terá com a mudança na gestão e nos processos internos, que têm capacidade de reduzir custos a patamares próximos aos de seus principais pares no mercado. O primeiro degrau, na avaliação dos analistas, seria a própria conclusão do processo e a diminuição da percepção de riscos relacionados à gestão da empresa. O analista da corretora Ágora, Ricardo França, avalia que a própria expectativa de privatização já tem feito o papel aumentar de preço, e a perspectiva de conclusão da operação pode puxar novas valorizações. Apenas em maio, as ações ordinárias da Eletrobras ON se valorizaram 7,71% e no acumulado de 2022 registram alta de 10,74%. Já no prazo de um ano, o papel subiu 6,39%. Para o analista do banco UBS BB, Giuliano Ajeje, há três caminhos que a Eletrobras precisa trilhar após a privatização para gerar valor: estruturar uma área de comercialização, reduzir custos e melhorar a gestão de seu balanço. Em relatório, os analistas da corretora Ativa, Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço, destacam que os ativos da Eletrobras ainda são negociados com desconto frente a seus principais pares privados, o que pode render novas valorizações nas ações. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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4 ‘Custo Congresso’ vai encarecer a conta de luz em 10% nos próximos anos, diz estudo

O Congresso aumentou o custo da conta de luz em 10% para os próximos anos após aprovar leis que exigem contratações de energia de fontes específicas e dão subsídios ao setor elétrico. Os cálculos, obtidos pelo Estadão, são do professor Edvaldo Santana, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele mapeou o custo das leis aprovadas recentemente e calculou o que chama de “custo Congresso” na conta de luz. Toda essa despesa adicional acaba sendo paga pelos consumidores, seja por meio do preço da energia ou pelo aumento dos encargos. Em ano de eleições e com os políticos sendo cobrados pelo preço da energia, esses dois projetos tramitam com urgência na Câmara e ganharam prioridade para aliviar a conta de luz. Apesar da pressão dos governadores, o projeto do ICMS pode ser aprovado nesta terça, 24, pela Câmara. (O Estado de São Paulo – 24.05.2022)

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5 Aneel determina transferência de DITs da Eletrosul para Celesc-D

A Agência Nacional de Energia Elétrica determinou a transferência de ativos de transmissão da CGT Eletrosul para a Celesc-D (SC). Os pagamentos devidos pela distribuidora à transmissora ficam ajustados para 30 dias, contados a partir da data de transferência. As chamadas Demais Instalações de Transmissão ficam localizadas no estado de Santa Catarina. Os ativos serão transferidos este ano. A Resolução Normativa 75/ 2017, estabeleceu as condições gerais para a incorporação das DITs ao Ativo Imobilizado das distribuidoras. De acordo com a agência, a decisão veio após várias reuniões entre as concessionárias envolvidas e a Aneel, visando à solução de consenso para transferência das DITs. Já havia consenso estabelecido para a transferência de dois trechos. Havia divergência apenas em um dos trechos, que a Celesc acabou optando por incorporá-lo em 2022. (CanalEnergia – 25.05.2022)

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6 Reajuste da Cercos traz efeito médio de 22,06% para consumidores

Os consumidores das cooperativas Cercos, Cerpro, CERRP e Cemirim terão novas tarifas a partir do dia 29 de maio. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica definiu em reunião realizada na última terça-feira, 24 de maio, que a tarifa da Cercos (SE) terá um aumento médio de 22,06%, sendo de 14,97% para os consumidores da alta tensão e de 22,23% na baixa tensão. A Cercos tem cerca de seis mil unidades consumidoras.Na Cerpro, localizada na cidade de Promissões (SP), o efeito médio do reajuste será de 31,46%. Na alta tensão, o impacto tarifário será de 32,66%, enquanto na baixa tensão, chegará a 29,09%. O reajuste das tarifas da Cemirim, de Mogi Mirim (SP) e com quase 16 mil unidades consumidoras, trará um efeito médio de 1,06%. Na alta tensão, a percepção será de variação de 0,2%. Já na baixa tensão, a variação chega a 1,57%. De acordo com a Aneel, em todas as concessionárias os resultados foram impactados principalmente pelos custos com distribuição. (CanalEnergia – 25.05.2022)

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Transição Energética

1 Pacto da ONU: Cemig quer reduzir emissões de carbono até 2030

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aderiu à iniciativa global Movimento Ambição Net Zero, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). A agenda prevê a redução coletiva de 2 gigatoneladas de CO2 e de emissões acumuladas até 2030. A iniciativa é um dos caminhos da companhia para a meta de zerar as emissões líquidas de carbono até 2040. Segundo o presidente da empresa, Reynaldo Passanezi Filho, a empresa vem seguindo neste caminho de investimentos crescentes em geração limpa e renovável, em especial após desativação da termelétrica que era operada pela companhia, em 2019. Entretanto, além dos investimentos em energias renováveis, que já fazem parte dos negócios da empresa, a Cemig não fará nenhum aporte adicional para alcançar esta meta. Segundo Passanezi, os investimentos que a companhia previu em seu último planejamento estratégico, apresentado em 2021, já caminhavam na direção do Net Zero. (Valor Econômico– 24.05.2022)

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2 IRENA pede transição energética inclusiva

Todos os 21 membros do conselho expressaram total apoio à renovação do mandato do Diretor-Geral da IRENA Francesco La Camera, ressaltando a satisfação com a transparência do processo. A renovação recomendada do mandato do Diretor-Geral passa agora a todos os membros na Assembleia da IRENA no início de 2023. O Sr. La Camera enfatizou que a IRENA pertence a todas as nações, desde as mais desenvolvidas, passando pelas economias em transição e emergentes, até as pequenas ilhas. Ele enfatizou a diversidade de membros da Agência como fundamental para apoiar a comunidade global no caminho para uma transição energética que seja inclusiva, resiliente e justa, e não deixe ninguém para trás. O Diretor-Geral também destacou o trabalho da IRENA em materiais críticos como um exemplo da Agência estar na vanguarda da agenda global, mantendo-se a par de tópicos oportunos cruciais para avançar a agenda global sobre a transição energética. (Energy Global - 26.05.2022)

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3 Nova parceria internacional coloca comunidades e redes inteligentes no centro do net zero

No dia 25 de maio, foi realizado lançamento oficial de uma parceria internacional de compartilhamento de conhecimento de operadoras de redes de distribuição e empresas e organizações comunitárias de energia, convocada pela Universidade de Oxford e seu parceiro de pesquisa Enel Foundation e apoiada pelos cofundadores Ausgrid, Scottish e Southern Electricity Networks e Low Carbon Hub. Apresentada pela primeira vez na COP26, a Comunidade Internacional para Redes Inteligentes Locais (ICLSG) realizará pesquisas inovadoras que serão informadas pelos aprendizados e conhecimentos dos parceiros. O professor Malcolm McCulloch, que liderará a pesquisa e que é chefe do Grupo de Energia e Energia, parte do Departamento de Ciências da Engenharia da Universidade de Oxford, disse: “De Oxford a Waikato e de Sydney a Tóquio, os climas e as estruturas regulatórias dentro das quais as redes e comunidades de distribuição de eletricidade operam podem ser muito diferentes, mas todos os nossos parceiros estão enfrentando os mesmos problemas de como inovar e cooperar à medida que o mundo se torna zero. tecnologias de carbono.” (EE Online - 26.05.2022)

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4 Uma conexão elétrica: casas ajudando a rede

Pesquisadores do Pacific Northwest National Laboratory (PNNL) desenvolveram um sistema de controle que pode tornar a maioria dos lares americanos parceiros mais capazes no gerenciamento dos recursos de eletricidade do país. O sistema de controle transforma efetivamente as unidades domésticas de aquecimento e resfriamento e aquecedores de água quente em aparelhos inteligentes que podem gerenciar seu uso de eletricidade de maneira a ajudar a rede a coordenar a oferta e a demanda. O sistema pode beneficiar cerca de 120 milhões de lares. “Desde o início, nosso objetivo foi desenvolver uma solução barata, simples de instalar e usar, e colocar os moradores no comando de sua operação”, disse Michael Brambley , da PNNL , que lidera o desenvolvimento do sistema de controle. “Em troca de ajudar a rede, as famílias devem receber um incentivo, como uma tarifa de eletricidade mais favorável.” (Renwable Energy World - 26.05.2022)

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5 Relatório: Garantindo uma Transição de Energia Limpa Inclusiva

Nos Estados Unidos, a transição do carvão para uma economia de energia limpa está se acelerando. No entanto, sem planejamento cuidadoso e recursos robustos, essa transição prejudicará os trabalhadores que dependem do carvão para sua subsistência, bem como as comunidades onde vivem e trabalham. Essas pessoas e lugares enfrentam sérios riscos na mudança para energia limpa, incluindo a perda de empregos bem remunerados com bons benefícios, perda de seguro de saúde, valores de propriedade reduzidos, lacunas nas receitas fiscais locais, passivos não financiados para limpeza ambiental e incerteza sobre o futuro. Desenvolvimento Econômico Comunitário. Uma política climática eficaz e durável deve abordar de forma abrangente esses desafios sociais e econômicos. (RMI - 26.05.2022)

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6 Benefício para quadruplicar a produção de energias renováveis

O conselho fiscal da Enefit Green aprovou o plano da empresa de quadruplicar sua capacidade instalada de energia renovável nos próximos cinco anos. Os detalhes estão incluídos na estratégia atualizada da Enefit até o final de 2026. A estratégia anterior previa a adição de 600 MW de nova capacidade eólica e solar para levar a capacidade instalada para 1,1 GW até 2025. O plano de crescimento renovado prevê mais do que quadruplicar a atual capacidade de produção instalada, de 457MW, para 1,9GW até o final de 2026. A Enefit Green também continuará com o portfólio de desenvolvimento de longo prazo, que será realizado após 2026. De acordo com a estratégia atualizada, a Enefit Green investirá € 1,5 bilhão durante o período 2022-2026. Os investimentos serão financiados por dívida e fluxo de caixa operacional. (Renews.Biz - 26.05.2022)

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7 Nuclearelectrica e NuScale assinam MoU, local escolhido para SMR

O Memorando de Entendimento (MoU) significa que NuScale, Nuclearelectrica e E-INFRA realizarão estudos de engenharia, análises técnicas e atividades de licenciamento para o local de uma antiga usina termelétrica em Doice?ti, o local selecionado para o primeiro pequeno reator modular da Romênia. A Nuclearelectrica da Romênia e a empresa norte-americana NuScale, além do proprietário do lado proposto, E-INFRA, assinaram o MoU em um workshop organizado em Bucareste pela Agência de Comércio e Desenvolvimento dos EUA (USTDA) em parceria com o Departamento de Comércio dos EUA. A tecnologia SMR da NuScale é a primeira a obter aprovação da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, em agosto de 2020. A NuScale disse que seu simulador SMR, que está sendo montado em colaboração com os governos dos EUA e da Romênia, será instalado na Universidade Politehnica de Bucareste para apoiar a capacitação da força de trabalho da próxima geração de especialistas, tecnólogos e operadores nucleares da Romênia. (World Nuclear News – 24.05.2022)


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Empresas

1 TotalEnergies compra participação de 50% na Clearway Energy

A TotalEnergies anunciou nesta quarta-feira que comprou uma participação de 50% na companhia americana de energia renovável Clearway Energy Group, pertencente à gestora Global Infrastructure Partners. A petrolífera francesa diz que vai pagar US$ 1,6 bilhão em dinheiro e uma participação de 50% menos uma ação numa subsidiária da TotalEnergies que detém uma posição de 50,6% na SunPower, uma empresa de energia solar que opera no mercado residencial dos EUA. A transação avalia a Clearway Energy em US$ 35,10 por ação, e a SunPower em US$ 18 por ação, diz a TotalEnergies. De acordo com o analista Giacomo Romeo, da Jefferies, a aquisição está em linha com o plano da TotalEnergies em buscar crescimento inorgânico no segmento de energia renovável e alcançar 100 gigawats de capacidade até 2030. (Valor Econômico– 25.05.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Brasil: Incentivo ao desenvolvimento de VEs segue para análise da CAE

A tecnologia para pesquisa de desenvolvimento de tecnologia para veículos elétricos no Brasil poderá receber incentivos. Empresas beneficiadas por renúncias fiscais no programa Rota 2030 deverão aplicar 1,5% do benefício tributário nessa linha de pesquisa, determina um projeto de lei (PL 6.020/2019) já aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e que será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A autoria é da senadora Leila Barros (PSB-DF) e a relatoria na CCT foi do senador Rodrigo Cunha (União-AL). (Agência do Senado – 24.05.2022)

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2 IEA: Vendas de VEs em forte crescimento neste ano

O crescimento das vendas globais de carros elétricos ganhou novos desdobramentos. Depois de baterem recordes no ano passado, as aquisições de veículos do tipo também estão em crescimento em 2022. A constatação é da Agência Internacional de Energia (IEA), que lançou nesta semana uma nova edição do estudo Global Electric Vehicle Outlook. Contudo, para garantir o crescimento futuro, a agência acredita que serão necessários mais esforços para diversificar a fabricação de baterias e suprimentos minerais essenciais, reduzindo os riscos de gargalos e aumentos de preços. De acordo com a agência, as vendas de carros elétricos (incluindo híbridos totalmente elétricos e plug-in) dobraram em 2021 para um novo recorde de 6,6 milhões. Já neste mesmo, mesmo com todas as tensões nas cadeias de suprimentos globais, as vendas continuaram subindo fortemente em 2022, com 2 milhões de carros elétricos vendidos em todo o mundo no primeiro trimestre, um aumento de três quartos em relação ao mesmo período do ano anterior. Em mercados como Brasil, Índia e Indonésia, menos de 0,5% das vendas de carros são elétricos. Apesar do movimento tímido nesses países, as coisas estão em ritmo um pouco mais acelerado em outras nações. Na China, as vendas de carros elétricos quase triplicaram em 2021 para 3,3 milhões, representando cerca de metade do total global. As vendas também cresceram fortemente na Europa (aumentando 65% para 2,3 milhões) e nos Estados Unidos (mais que dobrando para 630 mil). O apoio político sustentado tem ajudado a manter as fortes vendas de carros elétricos em muitos mercados. Os gastos públicos gerais em subsídios e incentivos dobraram em 2021, totalizando quase US$ 30 bilhões. Um número crescente de países tem metas ambiciosas de eletrificação de veículos para as próximas décadas, e muitas montadoras têm planos de eletrificar suas frotas que vão além das metas políticas. (Petronotícias – 24.05.2022)

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3 Toyota lança VE

A Toyota finalmente tem um produto para competir com a Tesla. Apesar de um nome estranho e críticas mistas, o bZ4X pode ser o veículo elétrico mais importante lançado este ano. O primeiro modelo de bateria pura da Toyota projetado desde o início está agora chegando a “showrooms” em todo o mundo. Como o bZ4X será vendido será um teste crítico do potencial da Toyota para transformar suas mais de duas décadas de experiência com híbridos gás-elétricos no sucesso com a tecnologia totalmente elétrica que a maioria das pessoas na indústria automotiva espera dominar no futuro, embora em um cronograma altamente incerto. Dada a escala da empresa, seu sucesso ou fracasso também pode ter uma influência descomunal na adoção de veículos elétricos pelos consumidores em geral. A Toyota argumenta que focar apenas em VEs a bateria não é a melhor abordagem para reduzir as emissões de carbono da direção. Entretanto, o diretor-presidente Akio Toyoda respondeu em dezembro com o compromisso de investir mais em veículos elétricos e acelerar seu lançamento. A empresa quer vender 3,5 milhões de veículos elétricos até 2030. (Valor Econômico – 25.05.2022)

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4 Tesla se move para expandir Gigafactory Berlin

A Tesla começou a se mover oficialmente para expandir a Gigafactory Berlin em um novo lote de 250 acres com a apresentação do plano de construção ao município. A montadora acaba de iniciar a produção na fábrica e ainda está tendo problemas para aumentar as coisas, mas isso não impede a empresa de já expandir a fábrica. A Tesla tem planos ambiciosos para a Gigafactory Berlin, que inclui mais integração vertical para limitar sua exposição a problemas da cadeia de suprimentos e um aumento da produção de veículos para eventualmente 1 milhão de unidades. (Electrek – 26.05.2022)

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5 Stellantis/Samsung SDI: Parceria para fábrica de baterias

A Stellantis e a Samsung SDI anunciaram oficialmente acordos relacionados à criação de uma joint venture para a instalação de uma linha de produção de baterias nos EUA. O investimento, anunciado pela primeira vez em outubro de 2021, está estimado em mais de US$ 2,5 bilhões com potencial de um aumento gradual de até US$ 3,1 bilhões. A giga-fábrica de baterias será construída em Kokomo, Indiana, onde a Stellantis já possui três fábricas (motor, fundição e transmissão), e resultará em cerca de 1.400 novos empregos. As atividades de construção da unidade estão previstas para começar ainda este ano, enquanto a produção só deve começar no primeiro semestre de 2025. A fábrica terá uma capacidade inicial para 23 GWh anualmente - em linha com o anúncio original - enquanto a meta é aumentar a produção para 33 GWh "nos próximos anos". Na verdade, parece que há um potencial para um volume ainda maior, mas tudo vai depender da demanda. (Inside EVs – 24.05.2022)

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Inovação

1 EDPR/Lhyfe: Acordo visa desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde

A EDP Renováveis (EDPR) celebrou um acordo industrial com a empresa francesa Lhyfe, pioneira mundial na produção de hidrogênio verde renovável, para identificar, desenvolver, construir e gerir projetos em conjunto nesta área de negócios. A EDPR fornecerá eletricidade renovável aos projetos de geração de hidrogênio da Lhyfe. Além disso, as duas empresas irão identificar oportunidades para o co-desenvolvimento de projetos, com a participação da EDPR a atingir potencialmente até 50% do capital do projeto. As empresas também trabalharão juntas em atividades de P&D, desenvolvimento de novos projetos e aquisição de equipamentos. Este acordo visa criar valor aproveitando sinergias das competências e capacidades complementares das duas empresas, impulsionando o crescimento do portfólio da EDPR, especialmente na França, e contribuindo para o desenvolvimento dos projetos da Lhyfe em todo o mundo. Também contribui para alcançar maior expertise operacional e comercial em projetos de hidrogênio renovável. (Petronotícias – 24.05.2022)

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Energias Renováveis

1 MME: Projeto solar recebe incentivos no PI

O MME aprovou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) do projeto de geração fotovoltaica Marangatu 7, de 30 MW de potência instalada, localizado no município de Brasileira, no Piauí. A usina pertence ao Grupo InterAlli e complementa o complexo Marangatu, que teve outros parques (de 1 a 6) enquadrados no Reidi conforme portarias publicadas na segunda-feira (23). (Broadcast Energia – 24.05.2022)

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2 Aneel: Ressarcimento para usinas solares é reconhecido

A Aneel reconheceu nesta terça-feira (24) o direito de usinas fotovoltaicas de serem ressarcidas por interrupções por razões técnicas, conhecidas no setor como "constrained-off". Não há, no entanto, uma metodologia definida para cálculos dos ressarcimentos aos quais as empresas terão direito. A diretoria decidiu que a área técnica terá um prazo de 15 dias para fazer a análise. Para o ambiente regulado, que inclui os contratos de energia de reserva e os contratos de comercialização de energia para atender os clientes das distribuidoras, a agência decidiu reconhecer o direito na proporção da energia comercializada no contrato, para as situações de constrained-off por restrição elétrica, como indisponibilidade externa e de atendimento a requisitos de confiabilidade elétrica, até o limite para tornar nulo o montante de ressarcimento previsto nos contratos. (Broadcast Energia – 24.05.2022)

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3 Usinas fotovoltaicas recebem autorização de 21 MW

A Aneel autorizou a operação em teste, a partir do dia 24, de unidades geradoras da UFV Buritis e UFV Machadinho, que juntas, somam com 21,13 MW de capacidade instalada, localizadas no estado de Rondônia. Para operação comercial a Aneel liberou unidades geradoras da UTE Jaguatirica II, com 43,52 MW, localizada no estado de Roraima, e também, 8,1 MW da EOL Angico, localizada no estado da Bahia. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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4 Omega/3M: Contrato para fornecimento de energia renovável

A Omega Energia assinou contrato com a 3M para o fornecimento de energia de longo prazo (PPA, na sigla em inglês). A acordo tem início previsto para 2023 e terá 10 anos de duração. “A assinatura desse contrato mostra que a Omega está sempre pronta para ajudar a construir uma sociedade com energia limpa, sustentável e competitiva, em linha com os critérios ESG”, disse a diretora comercial da Omega Energia, Fabiana Polido. O contrato de energia de longo prazo apresenta os certificados de energia renovável dos parques de energia da Omega, contribuindo com a redução de aproximadamente 32,1 mil toneladas de CO2 na atmosfera. O cálculo foi realizado com base no fator de Emissão Médio do Sistema Interligado Nacional de 2021 e da expectativa de consumo. Além disso, a 3M terá o abatimento das emissões para compra de energia. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Ana Eduarda Oliveira, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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