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IFE: nº 5.473 - 26 de abril de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Decreto piora contratação de térmicas para privatizar Eletrobras
2 Artigo de Raphael Gomes e Bruno Crispim: “PL 414 - Autoprodução de energia em risco no Brasil”

Transição Energética
1 MME: Brasil e Índia trabalharão juntos para convergência de padrão de biocombustíveis
2 Programa para gerar energia a partir do lixo pode destravar investimentos no setor

3 Setor de recuperação energética de resíduos prevê novas contratações em 2022
4 Hidrelétrica de Teles Pires recebe selo verde do Instituto Chico Mendes
5 Investimento sustentável ganha fôlego no Brasil
6 Boeing vê Brasil na liderança de combustível sustentável
7 Empresa de petróleo e gás planeja maior planta de captura de carbono do mundo
8 Consumers Energy acerta com as partes interessadas sobre o Plano de Energia Limpa
9 Eolian fecha financiamento de US$ 925 mi em energias renováveis
10 Transição energética precisa de gerenciamento cuidadoso
11 Como a transição energética pode reduzir o risco de choques futuros?
12 Como a China está descarbonizando o fornecimento de eletricidade para o alumínio?

Empresas
1 Consumo de energia da Equatorial cresceu 3,5% no 1º trimestre

Leilões
1 Ao menos cinco empreendimentos de biogás devem participar dos leilões A-5 e A-6

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região Norte opera com 99% de sua capacidade
2 Banco Mundial: Temor de que choque no setor de energia perdure em 2023

Inovação
1 Paulo Guedes: “Brasil vai se tornar o produtor mais eficiente de hidrogênio verde”
2 CSN: Teste de tecnologia à base de hidrogênio verde

Energias Renováveis
1 Portal Solar: Brasil é o 4º país em crescimento da fonte solar em 2021
2 Vivo: Inauguração de usina solar em RR
3 EDP Brasil: Aposta no segmento de energia solar
4 Similarweb: Brasil se destaca em certificados de energia renovável relacionados a criptoativos

Gás e Termelétricas
1 Brasil terá quatro usinas flutuantes a GNL ancoradas no RJ
2 Térmicas do ‘PL da Eletrobras’ podem custar até R$ 27,8 bi, aponta Abrace
3 UTE Figueira recebe liberação de 20 MW para teste

Biblioteca Virtual
1 GOMES, Raphael; CRISPIM, Bruno. “PL 414 - Autoprodução de energia em risco no Brasil”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Decreto piora contratação de térmicas para privatizar Eletrobras

O que já era muito ruim ficou ainda pior: a contratação de 8 mil megawatts (MW) de usinas térmicas a gás natural, exigência imposta pelo Congresso Nacional em um "jabuti" no projeto de privatização da Eletrobras teve suas condições recém-detalhadas e pode fazer as tarifas de energia subirem mais do que o inicialmente previsto. Um decreto presidencial que regulamenta essa contratação saiu na semana passada, oito dias antes do julgamento do processo de privatização pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas só agora consultorias privadas e associações do setor elétrico fecharam seus cálculos preliminares sobre o custo da medida. O valor do megawatt-hora vendido por essas térmicas deve ficar bem acima do originalmente estipulado pela lei. Segundo as estimativas, pode ir para uma faixa entre R$ 500 e R$ 650, levando a uma alta de até 10% dos encargos cobrados nas contas de luz. Uma emenda incorporada ao projeto do governo definiu, como contrapartida para a privatização da Eletrobras, a contratação pelo governo de 8 mil MW em térmicas a gás -- quase toda essa capacidade será instalada em localidades onde hoje não existe suprimento do insumo. (Valor Econômico – 20.04.2022)

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2 Artigo de Raphael Gomes e Bruno Crispim: “PL 414 - Autoprodução de energia em risco no Brasil”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Raphael Gomes (sócio do Lefosse) e Bruno Crispim (counsel da área de Energia do Lefosse) tratam da aprovação no Senado do Projeto de Lei 414 (PL 414) e suas consequências para autoprodução de energia em risco no Brasil. Segundo os autores, “não se nega a importância de se aprimorar e equilibrar a alocação de custos e riscos no Setor Elétrico Brasileiro, notadamente a necessidade de tratamento aos subsídios cruzados e aos incentivos que impactam o consumidor de energia. No entanto, é imprescindível que alterações nas regras sejam precedidas de um regime de transição justo e adequado, que preserve a segurança jurídica, a estabilidade regulatória e a "santidade dos contratos", pilares fundamentais para o contínuo crescimento e atração de investimentos para o Brasil. Afinal, nada é mais caro do que o desrespeito aos contratos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.04.2022)

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Transição Energética

1 MME: Brasil e Índia trabalharão juntos para convergência de padrão de biocombustíveis

O Brasil e a Índia irão trabalhar juntos para a convergência de padrões de bicombustíveis e o desenvolvimento de motores flex fuel de última geração, buscando consolidar um mercado global. Em visita ao país asiático, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniu na quinta-feira (21) em Nova Delhi com o ministro do Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Puri, e ambos se comprometeram a aprofundar a cooperação entre os setores privados sucroenergético e automotivo dos dois países. A experiência brasileira no uso de biocombustíveis e motores flex e híbridos já é usada como referência pelo governo indiano na adoção de políticas públicas de incentivo à descarbonização da matriz de transportes. Maior produtor mundial de açúcar e quarto maior fabricante de automóveis, a Índia deve passar de 10% a uma mistura de 20% de etanol na gasolina até 2025. Além da indústria e dos transportes terrestres, Brasil e Índia buscarão posicionar a bioenergia e os biocombustíveis como parte das soluções para a transição energética global também nos transportes aéreos e marítimos, considerados de “difícil descarbonização”. (Broadcast Energia – 22.04.2022)

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2 Programa para gerar energia a partir do lixo pode destravar investimentos no setor

O Projeto de Lei (PL) 924/2022, que institui o Programa Nacional de Recuperação Energética de Resíduos (PNRE), apresentado à Câmara dos Deputados, pode atrair investidores interessados na geração de energia a partir do lixo. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), Yuri Schmitke, o PL cria modalidades de contratação que podem garantir maior segurança jurídica e consequentemente mais recursos aos projetos de recuperação energética de resíduos. “O PNRE complementa as diretrizes nacionais e promove o incentivo à recuperação energética da fração não reciclável dos resíduos sólidos, além de incentivar, financiar e promover a estruturação de processos licitatórios para concessões municipais de manejo de resíduos”, diz. Segundo Schmitke, o setor empresarial comemora a assinatura do Projeto de Lei, tendo em vista que haverá maior atratividade para os projetos, impulsionada por metas a serem cumpridas e maior transparência dos municípios quanto à viabilidade econômico-financeira para a recuperação energética. (Valor Econômico – 20.04.2022)

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3 Setor de recuperação energética de resíduos prevê novas contratações em 2022

O setor de recuperação energética de resíduos está animado com as perspectivas de mercado no País, tendo em vista os leilões de energia previstos para 2022. A Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) acredita que o governo deve contratar nos certames mais energia proveniente de projetos dessa fonte, considerando o plano de melhorar a situação do segmento de gestão de resíduos no Brasil, promovendo melhor aproveitamento do lixo. A informação consta em relatório publicado pela equipe de análise do Credit Suisse, após ter realizado um encontro com executivos da Abren na última quarta-feira. Atualmente, o Brasil não possui usina de recuperação de resíduos em operação, mas já possui 5 em análise, sendo que a Orizon garantiu um contrato para um empreendimento, no ano passado. Além da Orizon, o Credit Suisse também cita a Ambipar como uma das empresas que começou a olhar para oportunidades no segmento. Os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano citam que, segundo o CEO da empresa de consultoria e engenharia WTEE, Antonio Bolognesi, membro do conselho de administração da Abren, o principal risco para os projetos de recuperação de resíduos é garantir o abastecimento das usinas, uma vez que nem todos os projetos têm contratos garantidos para receber resíduos. (BroadCast Energia – 22.04.2022)

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4 Hidrelétrica de Teles Pires recebe selo verde do Instituto Chico Mendes

A Usina Hidrelétrica Teles Pires (PA/MT), controlada pela Neoenergia, foi certificada pela terceira vez com o Selo Verde do Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes, na categoria Gestão Socioambiental Responsável, atingindo 100% em todas as questões avaliadas. O certificado é concedido às empresas que buscam a sustentabilidade em seus negócios e nas regiões onde atuam. Com o propósito de contribuir na melhoria de processos e sistemas de gestão socioambientais, o Selo Verde é uma ação do programa PROCERT (Programa de Certificação pelo Compromisso com a Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes) que oferece uma análise de gerenciamento junto com um diagnóstico dos procedimentos que podem ser melhorados. Para Ana Graciela Granato, diretora Administrativa e Financeira da Usina Hidrelétrica Teles Pires, ser reconhecido, mais uma vez, pelo Selo Verde é comprovar o comprometimento com o meio ambiente, com a população e com os nossos colaboradores. “Colocamos as práticas sustentáveis como uma das bases na atuação da usina Teles Pires e gerar energia limpa e renovável para a comunidade, com responsabilidade, é nosso compromisso”, afirmou. (Petronotícias – 23.04.2022)

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5 Investimento sustentável ganha fôlego no Brasil

O Ambiental, Social e Governança (ESG) nunca esteve tão presente na indústria de investimentos como agora. De emissões de dívida corporativa atrelada a indicadores sustentáveis a fundos de investimentos que escolhem “na unha” as empresas preocupadas com a agenda ESG para investir, o mercado está a todo vapor e com novos lançamentos todos os meses. De um lado estão os investidores — alguns poucos ainda — pedindo por produtos mais responsáveis com a sociedade e o meio ambiente. Do outro, gestoras que buscam trazer alternativas para seus clientes e se antecipam a mudanças na regulação. A legislação da temática deu um salto no último ano, com novas diretrizes vindas da Comissão de Valores Mobiliários, do Banco Central e da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Levantamento feito pela Anbima a pedido do Prática ESG mostra um aumento de 74% no número de fundos de ações que se enquadram na temática sustentabilidade e de governança corporativa de 2008 a março de 2022. Se lá atrás eram apenas 27, no fim de março já somavam 47 produtos. O patrimônio da classe saltou 96% no período, passando de R$ 1,03 bilhão para R$ 2,01 bilhões em março de 2022. (World Nuclear News – 22.04.2022)

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6 Boeing vê Brasil na liderança de combustível sustentável

O setor aéreo traçou metas ousadas para reduzir as emissões de carbono nas próximas décadas e, para alcançar esse objetivo, as empresas consideram essencial a ampla adoção do combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). Neste contexto, a americana Boeing acredita que o Brasil pode ser um dos grandes protagonistas na produção do insumo, não só para o abastecimento do mercado interno como também para atender a pedidos de exportação. De acordo com o vice-presidente da Boeing para América Latina e Caribe e diretor-geral da companhia no Brasil, Landon Loomis, o País tem um papel de liderança “óbvia” neste cenário. “O Brasil desenvolveu seu próprio combustível na década de 1970 com a crise do petróleo. É o segundo maior produtor de biocombustível do mundo, maior que os próximos oito combinados. É disso que precisamos na corrida pelo SAF”, disse o executivo, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Ele afirma que, embora a companhia esteja trabalhando em projetos de aeronaves elétricas e a hidrogênio, metade das emissões dos voos ao redor do mundo vem de rotas de longo curso, que não são candidatas a esse tipo de tecnologia. (O Estado de São Paulo – 25.04.2022)

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7 Empresa de petróleo e gás planeja maior planta de captura de carbono do mundo

A Santos, empresa australiana de petróleo e gás, tem um projeto de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) que pode sequestrar até 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, parte de seus esforços para tornar a descarbonização um pilar de seu portfólio de negócios. O projeto começou em uma instalação subterrânea no campo de gás Bayu-Undan, entre o norte da Austrália e o Timor Leste. Ele “tem potencial para ser o maior projeto de CCS do mundo”, disse a Santos em comunicado. O armazenamento anual definido representa um quarto da capacidade global atual. A empresa tomará uma decisão final sobre o projeto já no próximo ano. A CCS tem chamado a atenção como uma ferramenta potencialmente poderosa na luta contra as mudanças climáticas, particularmente na Austrália, um país rico em recursos naturais que busca defender sua produção de combustíveis fósseis. Projetos como o da Santos podem ser uma forma de compensar as emissões de CO2 de uma empresa. (Valor Econômico – 22.04.2022)


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8 Consumers Energy acerta com as partes interessadas sobre o Plano de Energia Limpa

Depois de concordar com um acordo com as principais partes interessadas, a Consumers Energy anunciou esta semana que, como parte de seu Plano de Energia Limpa, deixará de usar carvão como fonte de combustível para geração elétrica até 2025 – pendente de aprovação regulatória. Se for aprovado, o acordo tornaria a Consumers uma das primeiras concessionárias do país a ficar sem carvão, após o fechamento de três unidades na usina de carvão JH Campbell em 2025 e duas unidades na usina de carvão DE Karn em 2023. Além disso, para a própria concessionária, o plano foi apoiado por uma mistura de grupos de clientes e ambientalistas, a equipe da Comissão de Serviço Público de Michigan (MPSC), representantes do setor de energia e o Procurador-Geral de Michigan. “Este é um compromisso histórico de liderar a transformação de energia limpa e criar um futuro melhor para nosso estado”, disse Garrick Rochow, presidente e CEO da Consumers Energy. “Um conjunto diversificado de partes interessadas se uniu para endossar um Plano de Energia Limpa que fornecerá energia confiável e acessível aos clientes nas próximas décadas, protegendo o meio ambiente.” (Daily Energy Insider – 22.04.2022)

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9 Eolian fecha financiamento de US$ 925 mi em energias renováveis

A desenvolvedora de armazenamento de energia dos EUA Eolian, parte da Global Infrastructure Partners (GIP), fechou um financiamento de energia renovável de US$ 925 milhões. A Eolian executou o negócio em conjunto com o Banco Santander, Natixis, MUFG e Mizuho. Essa transação estruturada “avançará ainda mais em várias estratégias já em andamento, pois a equipe da Eolian acelera rapidamente a implantação de tecnologias de descarbonização econômicas nos EUA”, afirmou Eolian. O executivo-chefe da Eolian, Aaron Zubaty, declarou: “A Eolian tem o prazer de anunciar o fechamento deste financiamento significativo com um grupo extraordinário de bancos globais. “Valorizamos os relacionamentos e a cooperação em primeiro lugar e tivemos a sorte de trabalhar com um grupo de credores que apreciaram os atributos únicos e a escala de nossos ativos de energia renovável, ao mesmo tempo em que adotamos abordagens construtivas, inovadoras e colaborativas para empréstimos, estruturação e hedge.” (Renews Biz – 21.04.2022)

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10 Transição energética precisa de gerenciamento cuidadoso

As tecnologias de baixo carbono podem ajudar a resolver problemas de segurança e acessibilidade energética e compensar choques futuros, mas empresas, investidores e governos precisam gerenciar a transição energética da maneira correta, de acordo com Wood Mackenzie. A crise causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia destacou os desafios para o fornecimento de energia à medida que o mundo se move para enfrentar a ameaça das mudanças climáticas. O vice-presidente da Wood Mackenzie Americas, Ed Crooks, disse: “Os preços crescentes dos combustíveis fósseis são uma ameaça não apenas para os consumidores e as economias dos países importadores de energia, mas também para a própria transição energética. “Se os governos quiserem continuar progredindo na redução de emissões, eles precisarão mostrar que podem oferecer segurança energética e acessibilidade ao mesmo tempo por meio de investimentos oportunos e políticas claras.” (Renews Biz – 21.04.2022)

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11 Como a transição energética pode reduzir o risco de choques futuros?

A crise causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia destacou os desafios para o fornecimento de energia à medida que o mundo se move para enfrentar a ameaça das mudanças climáticas. A adoção de tecnologias de baixo carbono pode ajudar a resolver problemas de segurança e acessibilidade energética e fortalecer a resiliência a choques no futuro. Mas empresas, investidores e governos precisam gerenciar a transição da maneira certa, de acordo com a análise mais recente da Wood Mackenzie, uma empresa da Verisk. Ed Crooks, vice-presidente para as Américas da Wood Mackenzie, disse: “Os preços crescentes dos combustíveis fósseis são uma ameaça não apenas para os consumidores e as economias dos países importadores de energia, mas também para a própria transição energética. Se os governos quiserem continuar progredindo na redução de emissões, eles precisarão mostrar que podem oferecer segurança energética e acessibilidade ao mesmo tempo por meio de investimentos oportunos e políticas claras”. (Wood Mackenzie – 21.04.2022)

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12 Como a China está descarbonizando o fornecimento de eletricidade para o alumínio?

A descarbonização do fornecimento de energia para o alumínio primário é fundamental para que o setor chegue a zero líquido. A eletricidade utilizada na fundição do alumínio – processo de extração do metal de seu minério – responde por mais de 60% das emissões de carbono do setor . É particularmente importante controlar as emissões de carbono da produção chinesa de alumínio primário, que vem diretamente do minério extraído, em vez de usar materiais reciclados ou ligas. O alumínio primário produzido e consumido na China representa aproximadamente 60% do mercado global. Devido à elevada proporção de energia a carvão utilizada, são emitidas 12,7 toneladas de carbono por tonelada de alumínio produzida na China, contra uma média global de 10,3 toneladas, segundo os últimos números , que abrangem o período de 2005 a 2019. É por isso que a descarbonização do fornecimento de energia para a produção chinesa de alumínio primário é fundamental. (World Economic Forum – 21.04.2022)

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Empresas

1 Consumo de energia da Equatorial cresceu 3,5% no 1º trimestre

No primeiro trimestre do ano, o consumo de energia elétrica dos mercados cativo e livre apresentou das distribuidoras da Equatorial teve um crescimento de 3,5% de forma consolidada. De acordo com a empresa, todas as classes registraram aumento, com destaque para a classe comercial, com aumento de 6,7%, seguida pelo segmento ‘Outros’, que cresceu 4,8%, refletindo principalmente a recuperação do consumo do setor público. Por distribuidora, os destaques do período foram os aumentos dos volumes da Equatorial Pará e CEEE-D (RS), com um crescimento de 6,5% e 5,9%, respectivamente. No Maranhão, o crescimento de 2,4%, impulsionado principalmente pelo aumento no ficou em consumo residencial. Na distribuidora do Pará, houve aumento de 6,5%, impulsionado principalmente pelas classes Residencial, Industrial e Comercial. (CanalEnergia – 25.04.2022)

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Leilões

1 Ao menos cinco empreendimentos de biogás devem participar dos leilões A-5 e A-6

Embora a previsão de demanda para os leilões de energia nova A-5 e A-6 deste ano seja pequena, a inclusão de usinas à biogás como um produto específico é uma sinalização positiva e deve incentivar a participação de empreendimentos nesta fonte nos próximos certames, avalia a Abiogás. A expectativa é que ao menos cinco projetos à biogás sejam cadastrados para entrar na disputa. Conforme uma portaria publicada pelo MME na semana passada, no leilão que está previsto para acontecer em agosto, as térmicas movidas à biogás poderão competir separadamente da biomassa. No entanto, está previsto que todas as usinas competirão entre si, sem incentivos ou diferenciação de preços ou formatos para as diferentes fontes. (BroadCast Energia – 26.04.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região Norte opera com 99% de sua capacidade

A Região Norte apresentou crescimento de 0,1 ponto percentual em seus reservatórios, no último domingo, 24 de abril, segundo o boletim do ONS. O subsistema está operando com 99% da capacidade. A energia armazenada mostra 15.156 MW mês e a ENA aparece com 26.542 MW med, o mesmo que 111% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 99,08%. Já o subsistema do Nordeste apresentou níveis estáveis e opera com 96,9% da sua capacidade. A energia armazenada indica 50.090 MW mês e a energia natural afluente computa 5.544 MW med, correspondendo a 67% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 99,71%. A região Sudeste e Centro-Oeste cresceu 0,1 p.p e conta com 66,6%. A energia armazenada mostra 136.173 MW mês e a ENA aparece com 32.811 MW med, o mesmo que 75% da MLT. Furnas admite 85,11% e a usina de São Simão marca 55,7%. A Região Sul contou com elevação de 1,5 p.p e está operando com 62,5% da capacidade. A energia armazenada marca 12.288 MW mês e ENA é de 12.905 MW med, equivalente a 154% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 80,26% e 42,12% respectivamente. (CanalEnergia – 25.04.2022)

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2 Banco Mundial: Temor de que choque no setor de energia perdure em 2023

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou na última sexta-feira (22) que o desarranjo atual no setor de energia é uma preocupação em seu radar. Segundo ele, esse choque pode "perdurar no próximo ano", no quadro atual. Malpass ainda mencionou problemas no setor de fertilizantes, no momento em que a Rússia invade a Ucrânia, desestabilizando algumas cadeias do setor, também pelas sanções subsequentes contra os russos. A declaração foi dada durante evento para marcar um lançamento de um relatório sobre a importância de se manter o comércio aberto, a fim de ajudar a lidar com desafios como a alta recente nos preços de alimentos. O relatório foi elaborado pelo Banco Mundial, o FMI, a OCDE e a OMC. (Broadcast Energia – 22.04.2022)

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Inovação

1 Paulo Guedes: “Brasil vai se tornar o produtor mais eficiente de hidrogênio verde”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que com o risco de fragmentação de cadeias produtivas internacionais, o Brasil pode ser uma ótima alternativa para o setor produtivo em várias áreas, sobretudo para ajudar de forma expressiva na segurança alimentar e energética do mundo. E o país tem todas as condições para se tornar um dos líderes mundiais na geração de eletricidade de forma sustentável. "Empresas alemãs, francesas e espanholas, como a Iberdrola, estão considerando colocar no País parques eólicos offshore, que são responsáveis pela captura de energia eólica a 20, 25 quilômetros do mar", disse Guedes ao Broadcast e à TV Record na porta de entrada do prédio 2 do FMI em Washington. "O Brasil vai se tornar o produtor mais eficiente de hidrogênio verde". (Broadcast Energia – 22.04.2022)

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2 CSN: Teste de tecnologia à base de hidrogênio verde

A produção de aço e de cimento é, globalmente, a maior emissora de CO2 no setor industrial, somando em torno de 15% do total, e ambos os setores começam uma corrida para cumprir metas de redução de gases do efeito estufa. Nesse caminho, a CSN inicia um projeto-piloto com tecnologia da empresa portuguesa UTIS, que fará a injeção de hidrogênio verde no processo produtivo de algumas áreas da usina, localizada em Volta Redonda. A tecnologia da UTIS já mostrou resultados em cimenteiras, combustão de resíduos sólidos, biomassa, mas é a primeira vez que será aplicada numa siderúrgica, diz Felipe Spiri, executivo-chefe da CSN Inova Open e cofundador da CSN Inova, braço da companhia que investe em projetos de inovação e tecnologias. Uma diretriz do alto comando da CSN é baixar o uso de combustíveis fósseis (coque de petróleo e carvão metalúrgico) e gás natural, tanto para atender à questão ambiental quanto para se obter economia de custos. Segundo o executivo, o projeto com a UTIS tem grande potencial de ajudar a CSN (bem como outras siderúrgicas) a cumprir metas de descarbonização, usando menos combustíveis fósseis. Ele informa que a empresa adquiriu e implantou, desde 2020, a tecnologia da UTIS na produção de cimento. (Valor Econômico – 22.04.2022)

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Energias Renováveis

1 Portal Solar: Brasil é o 4º país em crescimento da fonte solar em 2021

O forte ritmo de crescimento da implantação de projetos de energia solar no Brasil – seja de sistemas de geração distribuída, seja de usinas de grande porte – garantiu ao País a quarta colocação no ranking mundial de nações que mais acrescentaram capacidade da fonte fotovoltaica na matriz elétrica em 2021. É o que diz um mapeamento do Portal Solar, com base em dados divulgados pela Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês) e pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o levantamento, o Brasil adicionou em 2021 aproximadamente 5,7 GW de capacidade a partir de usinas de geração solar, considerando tanto sistemas de geração própria em residências e empresas como grandes empreendimentos conectados ao SIN. Considerando esse volume, o País ficou atrás da China, que acrescentou 52,9 GW, dos Estados Unidos, com 19,9 GW adicionados, e da Índia, com expansão de 10,3 GW. Em relação à capacidade total de geração solar dos países, o Brasil subiu uma posição no ranking global, para a 13.ª colocação. (O Estado de São Paulo – 24.04.2022)

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2 Vivo: Inauguração de usina solar em RR

A Vivo está inaugurando em Boa Vista, Roraima, sua primeira usina de geração distribuída de energia, de fonte solar. Esta é a segunda usina a serviço da Vivo na região Norte e a 24ª em operação no Brasil. Construída em parceria com a empresa Voltxs Energia, a usina de Boa Vista ocupa uma área 2,5 hectares e tem capacidade para produzir 2.278 MWh/ano de energia, o suficiente para atender todo o consumo em baixa tensão das 51 unidades consumidoras da Vivo em Roraima, como lojas, antenas e equipamentos de transmissão. No modelo de geração distribuída, a energia produzida é injetada na rede da Roraima Energia, e se transforma em créditos de consumo para a empresa. Por estarem próximas aos centros consumidores, as usinas em GD contribuem para minimizar perdas do sistema e aliviar a carga na rede de distribuição de energia. Também reduzem emissões de CO2 e evitam impacto de grandes empreendimentos no meio ambiente e comunidade. (CanalEnergia – 20.04.2022)

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3 EDP Brasil: Aposta no segmento de energia solar

A EDP Brasil reuniu seus acionistas e investidores na última terça-feira (19) para apresentar as suas metas até 2025. Entre os destaques, a companhia ressaltou que pretende apostar no segmento de geração de energia solar. De acordo com o vice-presidente de Clientes da EDP no Brasil, Carlos Andrade, a empresa pretende alcançar cerca de 1 GW em capacidade instalada solar no Brasil até 2025. A transição e a segurança energética, bem como os impactos ambientais e as vantagens comparativas do Brasil nas energias renováveis, são fatores fundamentais para o acelerado crescimento de geração solar no país. “O crescimento da energia solar no Brasil é exponencial”, disse Andrade. Andrade também destacou que o Brasil tem um grande potencial nesse segmento solar. “O Brasil recebe em torno de 2.200 horas anuais de insolação. E a maior irradiação solar incidente no país (1.500 Wh/m²) é comparável a maior irradiação de países europeus, como a Alemanha (1.250 Wh/m²)”. (CanalEnergia – 20.04.2022)

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4 Similarweb: Brasil se destaca em certificados de energia renovável relacionados a criptoativos

O Brasil desponta como um dos mercados mais maduros do mundo na comercialização de certificados de energia renovável, segundo um estudo feito pela Similarweb, empresa de inteligência de mercado global, que apontou que o país é pioneiro no desenvolvimento de tokens de energia no exterior. Esse tipo de moeda verde funciona como ativos digitais relacionados a criptoativos e comprova que a energia é, de fato, de origem limpa e renovável. Os dados da análise digital mostram que nos últimos dois anos, o Brasil se consolidou como o segundo país que mais investiu na comercialização de certificados de energia renovável no mundo, atrás apenas da China. Segundo os pesquisadores, o crescente interesse por reduzir os impactos da emissão de gás carbônico no planeta pode ser atestado pelas buscas orgânicas por energia solar, que segundo a pesquisa, é o segundo termo mais buscado no Google referente à indústria pesada nos últimos três meses. (Valor Econômico – 21.04.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Brasil terá quatro usinas flutuantes a GNL ancoradas no RJ

A baía de Sepetiba, mais especificamente, o Porto de Itaguaí, será o endereço de quatro embarcações peculiares para o setor elétrico brasileiro por 44 meses. É que 48% do leilão simplificado de contratação de térmicas, realizado no ano passado estará concentrado nesse local por meio de usinas flutuantes da empresa turca Karpowership, que venceu a licitação. Serão 560 MW de potência divididos entre um navio de 255 MW, outros dois de 115 MW e um último de 75 MW, todos serão abastecidos por um navio – esse mais conhecido dos brasileiros – que trará o GNL importado. De acordo com o projeto, essas unidades estarão ancoradas a 3 km de distância do litoral sendo conectada ao SIN por meio de uma linha de transmissão de 12 km de distância em 138 kV na subestação de Furnas no Distrito Industrial de Santa Cruz. O diretor de projetos da Karpowership no Brasil, Gilberto Bueno, comentou que a primeira embarcação de 115 MW já está no país, no porto de Angra dos Reis, em uma área alfandegada. As demais três estão a caminho do país, quando estiverem por aqui será feito o processo de internalização para que as unidades possam ser instaladas. “A mobilização e desmobilização dessas unidades de geração é feita de forma rápida e sem impactos ambientais, por isso que conseguimos ganhar o leilão e colocaremos essa capacidade no prazo do leilão”, comentou ele. (CanalEnergia – 25.04.2022)

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2 Térmicas do ‘PL da Eletrobras’ podem custar até R$ 27,8 bi, aponta Abrace

A contratação das térmicas incluídas na lei 14.182/2021, conhecidas como os jabutis do PL da Eletrobras deverão levar a um custo anual que varia de R$ 2,4 bilhões a até R$ 27,8 bilhões em 2030. Esses valores foram calculados a partir de cenários em uma análise que a Abrace fez com as possibilidades sobre a metodologia para calcular o preço teto das usinas nos leilões previstos para contratar essas usinas. De acordo com a Abrace, esse custo de geração levaria a um encargo que pode variar entre R$ 3,51/MWh a partir de 2026, data em que deve entrar 1 GW no cenário mais otimista a até R$ 35,45/MWh quando os 8 GW estiverem em operação no cenário mais pessimista, no ano de 2030. Segundo a entidade, este encargo estaria em um patamar semelhante ao da CDE, que concentra muitas das políticas públicas de subsídios ao setor elétrico. “Como vem sendo objeto de manifestações da Abrace, espera-se que a contratação das térmicas em questão represente um ônus elevado para todos consumidores de energia elétrica, em um desenho ineficiente que cria privilégios para alguns empreendimentos de geração com características muito específicas em detrimento de um planejamento de contratações baseadas em eficiência e modernização do mercado”, critica a Abrace. (CanalEnergia – 25.04.2022)

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3 UTE Figueira recebe liberação de 20 MW para teste

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação em teste, a partir de 21 de abril, da unidade geradora UG1, referente à modernização da UTE Figueira, com 20 MW de capacidade instalada. A usina está localizada no município de Figueira no estado do Paraná, de titularidade da Copel Geração e Transmissão. (CanalEnergia – 25.04.2022)

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Biblioteca Virtual

1 GOMES, Raphael; CRISPIM, Bruno. “PL 414 - Autoprodução de energia em risco no Brasil”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Pedro Moreno, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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