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IFE: nº 5.494 - 25 de maio de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo e mercado defendem aprovação de novo modelo do setor
2 Governo publica medidas do PPI referentes ao setor energético
3 Aneel adia análise de revisão dos valores das bandeiras tarifárias
4 Aneel define aplicação da regra de transição para geradores
5 Abraceel: Preço da energia deve subir em 2023, mas custo final tende a cair

Transição Energética
1 Guerra na Ucrânia tornou energia limpa crucial, diz chefe da cúpula do clima COP26
2 Como os interesses do gás retardaram a transição para energia limpa no Chile

3 IRENA: 23ª Reunião do Conselho termina com apelo para a transição energética inclusiva
4 Mudanças de política causam desaceleração do crescimento de energia limpa
5 Neara recebe financiamento da série B de US$ 14 mi para expandir o foco global
6 Corre Energy levanta 11 mi de euros para apoiar o crescimento do armazenamento
7 Statkraft assina contratos de fornecimento de energia com bateria FREYR

Empresas
1 Definição de reajuste da Cemig é adiada por 15 dias
2 Aberta CP para revisão tarifária da CooperAliança até 9 de julho

Leilões
1 Aneel aprova edital de leilão de transmissão marcado para junho após avaliação técnica do TCU
2 Leilões A-5 e A-6 têm 115 GW em projetos de geração cadastrados

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia no SIN aumenta 1,9% na primeira quinzena de maio
2 Aneel libera 58,4 MW para operação, incluindo parte de Jaguatirica II

Inovação
1 Reino Unido: Construção de eletrolisador de alta pressão

Energias Renováveis
1 MME: Projeto solar recebe incentivos no PI
2 Absolar: Sistemas de GD ultrapassam marca de 1 milhão de instalações
3 Financial Times: Custo das matérias-primas ameaça futuro da energia eólica
4 Espanha: Inauguração de parque eólico de 180 MW

5 Iberdrola: Construção de parque eólico na Polônia

Gás e Termelétricas
1 Aneel autoriza operação da 3ª unidade geradora da UTE Jaguatirica II

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Comercializadores afastam preocupação com modernização do setor em potencial mudança de governo
2 Mercado livre de energia exige concorrência, diz Ipea
3 Cocal e Raízen fazem parceria em operação de unidade de energia elétrica


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo e mercado defendem aprovação de novo modelo do setor

Representantes do governo e do mercado defenderam a mudança do modelo comercial do setor elétrico em debate promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada nesta terça-feira, 24 de maio. A diferença de pontos de vista, como em outras ocasiões, está na velocidade de implantação da abertura do mercado. A Diretora de Programa da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, Camila Fernandes, lembrou que a indústria de energia elétrica está passando por transformações profundas e aceleradas no mundo todo e também no Brasil, e que essa mudança e inevitável. Ela deu como exemplo o crescimento da micro e minigeração distribuída no país, que atingiu mais de um milhão de unidades, com quase 11 GW de potência instalada, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica. Disse que a fonte hidrelétrica representou no passado 90% da matriz e hoje está em 56%, pontuando que energia renovável e geração descentralizada já são uma realidade no Brasil. Nesse cenário, a aprovação do PL 414 e do arcabouço normativo é absolutamente necessária. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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2 Governo publica medidas do PPI referentes ao setor energético

O governo publicou duas medidas que incluem projetos no Programa de Parceiras e Investimentos e estão relacionados ao setor energético. O primeiro é o decreto no. 11.078 e o segundo a resolução CPPI no. 227 que vieram na edição desta terça-feira, 24 de maio, do Diário Oficial da União. O decreto inclui os projetos e os empreendimentos públicos federais do setor de energia elétrica vinculados ao Leilão de Energia Nova A-4, a ser realizado em 2022 na próxima sexta-feira, 27 de maio, no programa. Já a resolução trata da qualificação da PPSA no PPI com o objetivo de avaliar a desestatização da empresa e dos ativos sob sua gestão. Essa inclusão foi uma das duas primeiras medidas do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida e que ele havia citado em seu pronunciamento no dia em que foi empossado pelo presidente da República. De acordo com a resolução, a PPSA poderá elaborar, mediante contratação de consultoria técnica especializada, os estudos que subsidiarão a avaliação. Já o CPPI ficará com a responsabilidade de aprovar a manifestação do Comitê Interministerial que será formado para avaliar os estudos sobre o processo de desestatização. (CanalEnergia – 25.05.2022)

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3 Aneel adia análise de revisão dos valores das bandeiras tarifárias

A discussão sobre a revisão dos valores das bandeiras tarifárias, prevista para esta terça-feira, 24, foi adiada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O processo foi retirado da pauta da reunião colegiada e não há previsão para quando o debate será retomado. Com o fim do mandato atual do diretor Sandoval Feitosa, que assumirá a presidência do órgão regulador a partir de agosto, será necessário definir um novo relator para o processo. A proposta apresentada em abril traz aumentos superiores a 50% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. O valor da bandeira amarela passaria por um aumento de 56%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) para R$ 2,927. Já a bandeira vermelha 1 passaria de R$ 3,971 para R$ 6,237, alta de 57%. Já o patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, teria uma redução de 1,70%, de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,330. Os valores, no entanto, ainda podem sofrer alterações. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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4 Aneel define aplicação da regra de transição para geradores

A Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu em reunião realizada nesta terça-feira, 24 de maio, manter a regra de transição para os geradores que participaram de leilões de energia e tiveram a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão revisada e aumentada até o ciclo tarifário 2021/2022. Por outro lado, a agência também decidiu afastar a regra de transição para os geradores com Tust estabilizada que tiveram cálculo definido a partir do ciclo 2022/2023 e para os que tiveram a Tust estabilizada revisada e reduzida até o ciclo tarifário 2021/2022. O tema gerou grande debate entre os diretores da agência. “Não consigo ver razão para que a Aneel altere a norma somente para àqueles geradores que ainda não tiveram a Tust recalculadas”, disse Guerra em seu voto vista. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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5 Abraceel: Preço da energia deve subir em 2023, mas custo final tende a cair

O preço da energia deve aumentar a partir de 2023, com a implementação de aprimoramentos já aprovados nos modelos computacionais que determinam o valor base do megawatt-hora (Mwh) no mercado de curto prazo. No entanto, a conta final tende a diminuir, afirmou o vice-presidente de Estratégia e Comunicação da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Bernardo Sicsú. Segundo ele, a conta final para o consumidor livre cairá porque atualmente boa parte do custo de geração, em especial aquela realizada por despacho, é repassado via encargo aos consumidores e os ajustes que serão implementados devem proporcionar uma maior aproximação do resultado obtido pelos modelos computacionais com a realidade operativa do sistema, que muitas vezes exige maior geração termelétrica do que a apontada pelos cálculos matemáticos para garantia de segurança do sistema. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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Transição Energética

1 Guerra na Ucrânia tornou energia limpa crucial, diz chefe da cúpula do clima COP26

A guerra na Ucrânia tornou a transição para a energia limpa um imperativo para garantir a segurança energética, disse o presidente da conferência climática das Nações Unidas do ano passado ao “Nikkei Asia”, pedindo aos países que cumpram suas promessas de reduzir os gases de efeito estufa. Em resposta à guerra, os governos estão percebendo "que no fim das contas, se você quiser garantir a segurança energética, a segurança energética doméstica, a maneira de fazer isso é acelerar a transição para energia limpa", disse Sharma em entrevista na Suíça, onde participou da conferência anual de Davos patrocinada pelo Fórum Econômico Mundial. As partes da COP26 se comprometeram a limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A redução gradual da chamada geração de energia a carvão ininterrupta é crucial para atingir esse objetivo. (Valor Econômico– 24.05.2022)

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2 Como os interesses do gás retardaram a transição para energia limpa no Chile

O Chile se destaca como líder global em mudanças climáticas. Quase 22% da eletricidade do Chile é gerada por parques solares e eólicos, colocando-a muito à frente da média global, 10%, e dos Estados Unidos, com 13%. Foi um dos primeiros países a declarar uma meta para energias renováveis, em 2008. No entanto, mesmo quando as fazendas solares se espalharam pelo Norte e centro do país, o gás natural importado, um combustível fóssil poluente, conseguiu deixar de lado a eletricidade limpa que fornecem graças a um bom acordo conquistado pelo governo. Marcelo Mena, ex-ministro do Meio Ambiente do Chile, testemunhou esse desperdício de energia limpa antes de assumir o comando do novo Global Methane Hub, uma organização sem fins lucrativos que visa reduzir as emissões globais de metano. O gás natural é basicamente metano. Mena ficou desiludido ao ver as energias renováveis serem eliminadas pelos combustíveis fósseis no norte do país, onde a luz do sol é mais abundante. (Renwable Energy World – 25.05.2022)

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3 IRENA: 23ª Reunião do Conselho termina com apelo para a transição energética inclusiva

O Vigésimo Terceiro Conselho da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em Abu Dhabi terminou hoje após dois dias de deliberações sobre a estratégia de médio prazo da Agência e a reeleição de seu diretor-geral. O Sr. La Camera enfatizou que a IRENA pertence a todas as nações, desde as mais desenvolvidas, passando pelas economias em transição e emergentes, até as pequenas ilhas. Ele enfatizou a diversidade de membros da Agência como fundamental para apoiar a comunidade global no caminho para uma transição energética que seja inclusiva, resiliente e justa e não deixe ninguém para trás. O Diretor-Geral também destacou o trabalho da IRENA em materiais críticos como um exemplo da Agência estar na vanguarda da agenda global, mantendo-se a par de tópicos oportunos cruciais para avançar a agenda global sobre a transição energética. (Irena – 25.05.2022)

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4 Mudanças de política causam desaceleração do crescimento de energia limpa

Um novo relatório de mercado de energia limpa no primeiro trimestre de 2022 divulgado pela American Clean Power Association (ACP) esta semana anunciou um recorde de 6,6 GW de adições de capacidade de energia limpa em escala de serviço público para os Estados Unidos, mas alertou para a desaceleração do crescimento devido a bloqueios de políticas e outros atrasos. Do lado positivo, os ganhos de capacidade foram particularmente favoráveis no início deste ano devido a grandes melhorias na instalação de armazenamento de bateria – 173 por cento, em comparação com o ano passado. A energia solar também aumentou 11%, mas a implantação de energia eólica caiu 3%. No geral, o quadro era menos animador, com a taxa de crescimento desacelerando para 11%. Entre 2019 e 2021, a taxa de crescimento ano a ano do setor atingiu 50%. Atualmente, a capacidade operacional de energia limpa do país é de quase 208 GW. (Daily Energy Insider– 25.05.2022)

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5 Neara recebe financiamento da série B de US$ 14 mi para expandir o foco global

A Neara anunciou que garantiu US $ 14 milhões em financiamento da Série B - liderado pela Skip Capital e acompanhado pela Square Peg Capital (que liderou o aumento da Série A da Neara) e OIF. A plataforma SaaS sediada na Austrália usará esse financiamento mais recente para expandir sua presença global – com foco em aumentar ainda mais sua presença nos EUA – e ampliar a funcionalidade de sua plataforma, inclusive em novos setores. Após sua Série A de US$ 5 milhões garantida em 2021, a Série B da Neara eleva seu investimento total para US$ 19 milhões até o momento. A Neara visa resolver os maiores problemas enfrentados pelas concessionárias, incluindo um clima cada vez mais instável , eventos climáticos extremos e compromissos para aumentar a geração de energia renovável . A Neara cria modelos digitais de redes de infraestrutura inteiras que visam permitir que as concessionárias se preparem e resistam melhor a emergências climáticas. Também visa permitir a análise de engenharia complexa necessária para otimizar as redes existentes e integrar as energias renováveis com muito mais eficiência e eficácia. (Power Grid – 25.05.2022)

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6 Corre Energy levanta 11 mi de euros para apoiar o crescimento do armazenamento

Corre Energy BV, uma empresa sediada na Holanda focada em armazenamento subterrâneo de energia, levantou 10,88 milhões de euros (USD 11,6 milhões) em receitas brutas através da colocação de novas ações. A empresa colocou 5,88 milhões de ações com investidores institucionais e outros a um preço de 1,85 euros cada. As ações representam cerca de 8,5% do seu capital social antes da transação. A Corre Energy, listada na Euronext Dublin em setembro de 2021, pretende usar os recursos líquidos para apoiar sua estratégia de crescimento em meio à forte demanda por suas ofertas de armazenamento de energia de longa duração. Mais especificamente, investirá na aceleração do desenvolvimento de seu atual projeto de hub de hidrogênio verde na Dinamarca em parceria com a Eurowind Energy A/S e Gas Storage Denmark, bem como em projetos de curto prazo na Alemanha. (Renewables Now – 25.05.2022)

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7 Statkraft assina contratos de fornecimento de energia com bateria FREYR

A Statkraft assinou um acordo vinculativo com o fabricante de baterias em escala industrial FREYR Battery para o fornecimento de energia renovável para a planta de produção planejada da FREYR em Mo i Rana, Noruega. O acordo envolve o fornecimento de energia de longo prazo para a planta de qualificação de clientes da FREYR e a Gigafactory 1 e 2 combinada, cobrindo toda a demanda de energia esperada da empresa para o período 2024-2031. Em detalhe, a Statkraft comprometeu-se a entregar 23MW de potência de carga de base com uma entrega acumulada de 1,4 TWh durante o período do contrato, bem como a prestação de garantias de origem. A energia renovável será fornecida pela usina hidrelétrica Rana de 500 MW da Statkraft. (Renews.Biz – 25.05.2022)


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Empresas

1 Definição de reajuste da Cemig é adiada por 15 dias

A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou nesta terça-feira, 24 de maio, a prorrogação por 15 dias das atuais tarifas da Cemig-D (MG). A distribuidora atende aproximadamente 8,8 milhões de unidades consumidoras. A decisão é uma alternativa à aplicação do reajuste tarifário da empresa, que entraria em vigor nesta semana. Após avaliar informação do Ministério de Minas e Energia que trata do cronograma de conclusão do processo de capitalização da Eletrobras, a agência considerou como mais benéfico ao consumidor que o reajuste seja aprovado após inclusão dos aportes deste processo em tramitação. De acordo com o diretor da Aneel e relator do processo, Sandoval Feitosa, a agência tem mantido diálogo constante com os Poderes Executivo e Legislativo, para avaliar todas as alternativas possíveis, respeitando os contratos firmados, de ações que possam ser tomadas em favor da mitigação tarifária. A Cemig propôs para o processo tarifário em questão, a reversão de parte dos créditos referentes à ação judicial de exclusão do ICMS da base de cálculo do PASEP/COFINS. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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2 Aberta CP para revisão tarifária da CooperAliança até 9 de julho

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou abertura de consulta pública para colher subsídios e informações para a proposta de revisão tarifária periódica da CooperAliança (SC), bem como dos seus indicadores de qualidade para os anos de 2026 e 2027. A CP ficará aberta de 25 de maio a 9 de julho, com reunião virtual no dia 24 de junho. A CooperAliança tem 42 mil unidades consumidoras e atende as cidades de Içara, Rincão e Jaguaruna. A proposta de revisão da agência traz efeito médio para o consumidor de 15,93%, sendo que na alta tensão esse impacto médio ficam em 13,66% e para os consumidores da baixa tensão, chega a 17,36%. Na composição da tarifa, a Parcela A responde por 7,4%, a Parcela B com 0,79% e os componentes financeiros com 7,73%. O DEC limite proposto é de 5 horas, sem alteração, enquanto o FEC limite proposto é de 4 interrupções. (CanalEnergia – 25.05.2022)

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Leilões

1 Aneel aprova edital de leilão de transmissão marcado para junho após avaliação técnica do TCU

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 24, o edital do primeiro leilão de transmissão de 2022, marcado para 30 de junho. De acordo com dados da agência reguladora, o certame envolve investimentos da ordem de R$ 15,3 bilhões e geração de 31.697 empregos. O edital deve ser publicado na sexta-feira, 27. Entre as inovações no edital, a Aneel determinou que as empresas terão que apresentar, para comprovação de patrimônio líquido mínimo, a soma dos investimentos já comprometidos em leilões anteriores nos últimos 18 meses. A intenção é evitar que usem o mesmo balanço seguidas vezes e adquiram mais empreendimentos do que a capacidade de financiamento. O edital também prevê, de forma inédita, que o ressarcimento do custo dos estudos seja feito antes da assinatura do contrato de concessão. Define também, que as obras das novas instalações devem ser concluídas no prazo de 42 a 60 meses, contados a partir da assinatura dos contratos, prevista para 30 de setembro deste ano. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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2 Leilões A-5 e A-6 têm 115 GW em projetos de geração cadastrados

A EPE cadastrou 115 GW em projetos de geração para os leilões A-5 e A-6, previstos para acontecer em 16 de setembro. Ao todo, 2.104 projetos únicos foram habilitados nos dois certames. Do montante total cadastrado, 83,005 GW são para o leilão A-5, que terá 2.044 empreendimentos concorrendo, e outros 56,134 GW são para o A-6, com 722 projetos. No leilão A-5, a fonte solar fotovoltaica lidera os cadastramentos, com 1.345 projetos, em seguida vem as eólicas, com 574 empreendimentos, a geração hídrica com 91 usinas, 18 projetos de biomassa, seis usinas a biogás e carvão e 10 geradoras a partir de Resíduo Sólido Urbano (RSU). Para o leilão A-6 foram cadastrados 545 projetos eólicos, 99 projetos na fonte hídrica, 18 empreendimentos de usinas a biomassa, 51 projetos a gás natural e nove de RSU. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia no SIN aumenta 1,9% na primeira quinzena de maio

O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou 62.953 MWm, alta de 1,9% na primeira quinzena de maio, apontam dados preliminares compilados pela CCEE. De acordo com a autarquia, no mercado regulado houve crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto no mercado livre o consumo foi 0,9% maior do que nos primeiros 15 dias de maio de 2021. Descontando as migrações entre os dois ambientes nos últimos 12 meses, o mercado regulado teria crescido 4%. Já o livre teria uma redução, de 1,8%. Já a avaliação desconsiderando os efeitos da geração distribuída (GD) o mercado teria apresentado crescimento de 4,3%. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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2 Aneel libera 58,4 MW para operação, incluindo parte de Jaguatirica II

A Aneel liberou a operação, na terça-feira (24), de 58,4 MW em novos projetos de geração. Os despachos com as autorizações foram publicados na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. A Eneva foi autorizada a operar comercialmente a unidade geradora 3, de 43,528 MW, da termelétrica Jaguatirica II. A usina, movida a gás natural, possui no total 140,8 MW. A Centrais Eólicas Angico obteve a autorização para início de operação comercial da usina de mesmo nome, com 8,1 MW de capacidade instalada. Já Rovema Energia foi autorizada a iniciar testes em 6,807 MW de suas usinas solares Buritis e Machadinho. Buritis, instalada em município de mesmo nome, totaliza 5,2 MW de capacidade instalada e foi integralmente liberada. Já Machadinho está localizada em Machadinho d´Oeste e possui um total de 5,3 MW de potência instalada, mas a Aneel liberou inicialmente apenas as unidades geradoras de 1 a 27, de 59,55 kW cada, totalizando 1,607 MW. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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Inovação

1 Reino Unido: Construção de eletrolisador de alta pressão

A Iberdrola anunciou que vai desenvolver, em conjunto com a Supercritical e a Proton Ventures, fornecedora de soluções de engenharia ecológica, o primeiro eletrolisador de alta pressão ultraeficiente do mundo. No âmbito do projeto GreeNH3, o protótipo permite, através do uso de calor e pressão, fornecer gases a mais de 200 bar de pressão sem o uso de compressores, economizando até 20% de energia para produzir a mesma quantidade de hidrogênio. A instalação piloto a ser operada pela Iberdrola permitirá testar se a tecnologia pode ser aplicada em larga escala para a produção de amônia. Atualmente, a maior parte das emissões de carbono geradas na produção de amônia se deve ao uso de hidrogênio proveniente de combustíveis fósseis. Segundo a Iberdrola, o novo eletrolisador de alta pressão será utilizado em um módulo de amônia fornecido pela Proton Ventures, onde o hidrogênio verde, a pressões extremamente altas, será combinado com o nitrogênio para produzir amônia. (Energías Renovables - 23.05.2022)

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Energias Renováveis

1 MME: Projeto solar recebe incentivos no PI

O MME enquadrou no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) os projetos de geração fotovoltaica Marangatu de 1 a 6. Cada usina possui 30 MW de potência, totalizando um complexo de 180 MW de capacidade instalada. O empreendimento está sendo construído no município de Brasileira, no Piauí. O Reidi é um incentivo fiscal que consiste na suspensão da incidência do PIS/Cofins sobre as aquisições de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação em determinado empreendimento. (Broadcast Energia – 23.05.2022)

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2 Absolar: Sistemas de GD ultrapassam marca de 1 milhão de instalações

A geração distribuída solar alcançou a marca de 1 milhão de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil, que somam 10,6 GW de potência instalada, segundo mapeamento da Absolar. De acordo com a entidade, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em mais de 5.480 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,6% das conexões. Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,5%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (1,9%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%). (Broadcast Energia – 23.05.2022)

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3 Financial Times: Custo das matérias-primas ameaça futuro da energia eólica

O aumento no custo das matérias-primas ameaça as esperanças de que a energia eólica permaneça sendo uma alternativa mais barata à gerada por combustíveis fósseis, segundo alerta do chefe da Siemens Energy. A fonte de energia renovável vai “ficar mais cara e precisa refletir a volatilidade do mercado”, disse Christian Bruch, destacando que as previsões de queda no preço da energia eólica são anteriores à crise na cadeia de suprimentos que atinge o setor. “Se o petróleo permanecer a US$ 100 [por barril], então, tudo bem, acho que isso te dá espaço de manobra suficiente”, disse Bruch. “Mas não se esqueçam de que suposição há dois anos [...] era a de que a energia eólica marítima em 2030 provavelmente teria a metade do preço em comparação a 2021 ou 2020”, acrescentou. “Essa é uma lógica [financeira] que não se mantém quando seus custos com materiais dobram". Os preços da energia eólica vêm subindo desde 2019, afetados pelos problemas nas cadeias de suprimento e pelos custos das matérias-primas, que vêm sacudindo o setor. (Valor Econômico – 23.05.2022)

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4 Espanha: Inauguração de parque eólico de 180 MW

A Endesa, através de sua divisão de energia renovável Enel Green Power España, conectou à rede o parque eólico Tico Wind de 180 MW, transformando a instalação em seu maior parque eólico na Espanha. A instalação localizada na localidade de Villar de los Navarros, província de Saragoça, envolveu um investimento de 181 milhões de euros, de acordo com um comunicado da empresa. A nova usina gerará cerca de 471 GWh por ano, o que do ponto de vista da sustentabilidade tem potencial para evitar o equivalente a cerca de 192.200 toneladas de CO2 por ano. Ao mesmo tempo, a produção da usina tem potencial para evitar a compra de até 88 milhões de metros cúbicos de gás de fontes estrangeiras por ano, substituídos por energia renovável produzida internamente. (Energías Renovables - 24.05.2022)

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5 Iberdrola: Construção de parque eólico na Polônia

A Iberdrola avança no desenvolvimento de seus projetos renováveis na Polônia com o início da construção do parque eólico Korytnica II de 50,5 MW. A instalação estará localizada na região de Mazowieckie, a nordeste de Varsóvia - junto ao parque eólico Korytnica I (82,5 MW) - e será capaz de fornecer energia limpa a 40.000 residências polonesas, segundo a empresa espanhola. A produção do parque Korytnica II será comercializada através de um contrato de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) com a norueguesa Statkraft. A entrada em operação desta instalação, prevista para o primeiro trimestre de 2023, aumentará a capacidade eólica onshore da Iberdrola na Polônia para 163 MW. A empresa já opera o parque eólico Zopowy (30 MW) no país, na região de Opole, e o já mencionado Korytnica I (82,5 MW). A Iberdrola também está desenvolvendo um portfólio significativo de projetos eólicos offshore na Polônia, que inclui sete projetos com capacidade potencial de até 7,3 GW. (Energías Renovables - 24.05.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Aneel autoriza operação da 3ª unidade geradora da UTE Jaguatirica II

A Eneva informou que Usina Termelétrica Jaguatirica II, localizada em Roraima, recebeu autorização da Aneel para iniciar a operação comercial da terceira unidade geradora, a turbina a vapor, com capacidade instalada de 43,528 MW, a partir de hoje. A UTE Jaguatirica II é movida a gás natural extraído do campo de Azulão, no Estado do Amazonas. A Usina começou a fornecer energia para o Sistema Isolado no dia 15 de fevereiro de 2022, com a operação comercial da primeira turbina a gás, cuja capacidade instalada é de 48,653 MW. No dia 09 de março de 2022, a segunda turbina, de igual capacidade, recebeu aprovação para iniciar a operação comercial. E agora, com a entrada em operação da terceira turbina, a planta atinge sua capacidade instalada total de 140,834 MW, afirmou a Eneva em comunicado ao mercado. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Comercializadores afastam preocupação com modernização do setor em potencial mudança de governo

A discussão em torno da modernização do marco regulatório do setor elétrico, discutida no Projeto de Lei nº 414/2021, em andamento no Congresso Nacional, ganhou caráter suprapartidário, na avaliação de agentes do setor. Durante evento realizado na terça-feira (24), representantes de comercializadoras procuraram se mostrar otimistas com o avanço da pauta, a despeito da aproximação das eleições e da perspectiva hoje apontada pelas pesquisas, que sinalizam a liderança na disputa à presidência pelo candidato do PT. "A gente acredita que esse não é um projeto de governo, esse é um projeto que é bom para o País, e vai avançar, independente de quem sente na cadeira, porque é bom para o brasileiro", disse o vice-presidente de Estratégia e Comunicação da Abraceel. A diretora de programa da Secretaria Executiva do MME, defendeu que a mudança da legislação setorial e regulatória é necessária, tendo em vista o cenário atual de revolução tecnológica e de transição energética. "A modernização é algo que a realidade impõe, mudar normativo é necessidade para atender à realidade que já se impõe no setor", diz. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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2 Mercado livre de energia exige concorrência, diz Ipea

A ampla liberdade do consumidor de escolher o seu fornecedor de eletricidade - direito previsto no marco legal de modernização do setor, em debate no Congresso - levará à redução dos custos da energia se houver uma concorrência efetiva entre agentes comercializadores e geradores. Esta é a conclusão da nota técnica do Ipea que será apresentada e debatida em seminário promovido pela instituição, em Brasília. A análise se baseia na experiência de países da OCDE que liberaram o acesso mercado livre, mas enfrentaram dificuldades para tornar a concorrência efetiva. A autora do estudo, a pesquisadora do Ipea Maria Bernadete Gutierrez, considera que a aprovação do marco legal de modernização do setor elétrico (PL 414/21), em debate na Câmara dos Deputados, é apenas o primeiro passo. Para ela, a criação do ambiente competitivo exige um “contínuo aprimoramento” no campo regulatório. (Valor Econômico– 24.05.2022)

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3 Cocal e Raízen fazem parceria em operação de unidade de energia elétrica

Raízen e Cocal firmaram parceria na operação de uma planta de energia elétrica voltada para consumidores de Geração Distribuída. A unidade deve começar a funcionar até junho, e a expectativa é de receita na casa dos R$ 20 milhões por safra com esse modelo, a depender do público e volume atingidos. A planta fica dentro da área de biogás da Cocal, em Narandiba (SP). A Raízen fará a distribuição do produto ao consumidor e a gestão do consórcio, enquanto a Cocal será responsável por produzir energia elétrica a partir do biogás. A capacidade da planta é de até 35.000 MWh/ano. A expectativa é de que o projeto esteja 100% operacional e que mais de 60% da energia já esteja vendida até junho deste ano. A Raízen pretende, dentro da janela regulatória de Geração Distribuída, chegar até o fim de 2023 sendo o maior player do Brasil em volume e escala, com capacidade de 1GW e mais de 200 mil clientes atendidos. (BroadCast Energia – 24.05.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Ana Eduarda Oliveira, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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