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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 999 - 11 de novembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- PT pretende mudar modelo energético do país

O futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, antes mesmo de tomar posse, no dia 1 de janeiro, pretende adotar algumas medidas emergenciais na área energética. Segundo o diretor da Coppe/UFRJ e um dos colaboradores da equipe de transição do PT, Luiz Pinguelli Rosa, a idéia é tentar negociar a suspensão da liquidação das dívidas entre empresas geradoras de energia e distribuidoras no MAE. Ou seja, negociar o acerto de contas entre as empresas, que está com data marcada para o próximo dia 22. Segundo Pinguelli, o objetivo não será adotar uma decisão unilateral, mas debater com as partes envolvidas a suspensão da liquidação agora, para que o novo governo possa negociar em conjunto uma solução que atenda a todas as partes. "Existe uma grande confusão institucional. Muitas empresas estão ameaçando entrar na Justiça", disse Pinguelli Rosa. (O Globo - 10.11.202)

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2- Governo Lula pretende adiar abertura do MAE

O governo Lula pretende também adiar a abertura do mercado de energia, que deveria começar em janeiro. Para isso, diz Pinguelli Rosa, a equipe de transição vai negociar a interrupção dos leilões de energia. No modelo elaborado pelo governo atual, a partir do próximo ano, as concessionárias passariam a comprar 25% da energia necessária em leilões. Os 75% restantes continuariam sendo adquiridos através dos contratos diretos com as geradoras. De acordo com as regras atuais, a energia que não for comprada nos leilões será vendida no MAE. Segundo estimativas do setor, este procedimento acarretará grandes prejuízos para as geradoras estatais, como é o caso de Furnas. A empresa vendeu apenas 1% de energia no primeiro leilão já realizado e se tiver que vender o restante a preços do MAE, em torno de R$ 8 o MW/h, terá um prejuízo da ordem de R$ 1 bi. A solução dessas questões é fundamental para a perspectiva de desempenho nos próximos anos. Segundo Pinguelli Rosa, a reorganização do setor pelo novo governo viabilizará os investimentos necessários para o crescimento econômico do país. (O Globo - 10.11.202)

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3- Pinguelli fala em modelo misto de investimento

O diretor da Coppe/UFRJ e um dos colaboradores da equipe de transição do PT, Pinguelli Rosa, afasta o risco de novo racionamento já no próximo ano. Mas sem mudança no modelo atual, ele não descarta uma nova crise de energia em 2004 ou 2005. Por isso, o programa para o setor energético do novo governo prevê mudanças radicais em seu modelo. A intenção é garantir os investimentos na expansão e, também tentar reduzir as tarifas cobradas dos consumidores. Este ano, o gasto com energia tem sido o item que mais pesa na inflação. Para garantir a expansão, Pinguelli Rosa explica que o novo governo pretende adotar um modelo misto de investimentos no setor, com a participação das geradoras estatais e as empresas privadas. "Vamos adotar um modelo misto. As estatais poderão investir sozinhas ou em parceria com o setor privado", explicou Pinguelli. A privatização das geradoras Chesf, Eletronorte, e Furnas, que até o ano passado era prevista pelo atual governo, ficará totalmente descartada a partir de janeiro.

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4- Dilma Rousseff acredita que evitar racionamento é um dos grandes desafios do governo PT

A mineira Dilma Rousseff, 55 anos, foi secretária de Energia, Minas e Comunicações durante todo o governo Olívio no Rio Grande do Sul, licenciando-se na segunda-feira para fazer parte da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma, uma das pessoas que apareciam cercando Lula nas imagens iniciais do programas gratuitos na TV, entende que um dos maiores desafios do próximo governo será evitar o racionamento de energia e o apagão. Para ela, o fato de o Rio Grande do Sul ter escapado dos dois problemas pode ter influenciado na escolha de seu nome. (Gazeta Mercantil e Informe do PT - 11.11.2002)

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5- Plano energético do PT é bem-recebido no mercado financeiro

O programa do PT para a área de energia elétrica não contém um arremedo sequer de liberalismo. Acaba com o mercado atacadista, onde os preços são livres, cria uma nova estatal para centralizar toda a comercialização de energia no sistema elétrico e fortalece o papel da Eletrobrás na execução dos investimentos. Mesmo assim, com mais intervenção e uma mão pesada do Estado, o programa tem sido muito bem recebido no mercado financeiro. Na visão dos analistas, o texto é coerente e reduz o risco de novos colapsos no futuro. Sua meta é garantir R$ 10 bi anuais em investimentos, dos quais R$ 5 bi viriam das geradoras estatais e o restante do setor privado. (Agência Estado - 11.11.2002)

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6- Abradee e equipe de transição avaliam critérios de revisão tarifária

O diretor-executivo da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, reuniu-se nesta sexta-feira, dia 8 de novembro, com integrantes da equipe de transição de governo, no Centro de Treinamento do Banco do Brasil. Representantes da CBIEE também participaram do encontro. Eles discutiram os critérios que serão usados para a revisão tarifária, no ano que vem. A Abradee não concorda com os critérios apontados pela Aneel para o cálculo do reajuste. De acordo com o Guimarães, esse encontro foi uma conversa inicial, onde algumas questões foram apresentadas. "Nós nos colocamos à disposição. Vamos disponibilizar os estudos que temos feito e tudo aquilo que depender de nós para que o novo governo forme um juízo da situação real do setor elétrico", disse. (Canal Energia - 08.11.2002)

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7- Governo e oposição negociam votação da MP 64 na próxima semana

A possibilidade de votação da Medida Provisória 64 na próxima semana continua indefinida. As sugestões recolhidas pelo relator da matéria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), junto a parlamentares das bancadas do governo e da oposição serão analisadas a partir da próxima terça-feira, dia 12 de novembro, mas o consenso em torno de um texto final para votação ainda é incerto. Segundo o deputado Fernando Ferro (PT-PE), as divergências entre o ponto de vista do partido e o do próprio relator, em torno de alguns pontos da MP, são claras. Ele confirma que a intenção inicial do Partido dos Trabalhadores era rejeitar integralmente a MP, sem abrir campo para qualquer tipo de negociação. A posição, entretanto, foi revista após a retomada dos trabalhos na Câmara, depois das eleições. Entre os artigos citados por Ferro como pontos de divergências estão o 1°, que trata da retirada do princípio de anuidade dos reajustes de serviços públicos, e o 4°, que institui os leilões de compra de energia pelas distribuidoras. (Canal Energia - 08.11.2002)

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8- Derrubada da MP 64 é alternativa para o setor

Uma alternativa para o setor elétrico é que a MP 64 caia. Aí a equipe de transição passaria a desenhar um novo modelo para o setor, determinaria uma posição sobre a liberação e os leilões. Isso, porém, deve ser discutido com os agentes. Para que um novo rumo exista, é preciso que haja consenso entre as partes, já que perdas devem estar envolvidas no processo. Outro problema que dificulta a eliminação dos leilões de energia é o fato de que em setembro foi realizada a primeira oferta pública entre as geradoras e distribuidoras. Mais de 30% do insumo ofertado foi comprado. Em meio a várias dúvidas, uma certeza: a urgência para a tomada de decisões é fundamental. Isso porque no momento o setor está parado à espera de definições, o que paralisa o fluxo de investimentos para o segmento. Muitas obras estão andando em compasso de espera, o que não afasta o risco de um novo racionamento nos próximos anos. Outra dúvida que paira no ar é se o IGP-M continuará sendo o índice usado nas tarifas de energia. Representantes do PT têm criticado o indicador e apontado que ele teria de ser alterado. Isso, porém, também terá de ser negociado com os empresários, já que está nos contratos. Outra coisa que parece certa é que os empresários, mais uma vez, vão ter de aumentar suas idas a Brasília. (Valor - 11.11.2002)

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9- Reajuste de tarifas após leilão deve ser impedido

Nessa semana, a Câmara deve se reunir para decidir sobre a aprovação ou não da MP 64 - que regula os leilões de energia e abre brecha para que as concessionárias que comprem o insumo nos leilões possam reajustar suas tarifas em um prazo inferior a um ano e trata dos contratos para os grandes consumidores. A bancada petista é contrária a alguns de seus pontos. Uma das regras que deverão cair é a possibilidade de as distribuidoras que participarem dos leilões poderem reajustar suas tarifas em prazos inferiores a um ano. O problema é que as distribuidoras alegam que a compra nos leilões é um custo não-gerenciável. Só podendo computá-las na data de reajuste anual, isso se configuraria em fator a mais de redução do caixa. (Valor - 11.11.2002)

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10- Privatizações não avançarão no governo do PT

Em meio a uma série de dúvidas no setor elétrico, uma certeza se cristaliza entre empresários e especialistas do setor: a privatização das geradoras e distribuidoras não deverá avançar no governo petista. Nesse cenário, começam a surgir defensores da pulverização de ações das grandes geradoras federais, como Furnas, a exemplo do que foi feito com a Petrobras. Além de funcionar como impulso ao mercado de capitais do país, a estratégia serviria para estimular a gestão mais competitiva e profissional do setor. "Esse caminho também ajudaria como um período de transição para a desregulação completa", diz o analista da DCT Energia e professor da USP, Ericsson de Paula. "A gestão ficaria mais profissional." O ex-presidente da Eletrobrás e atual presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, é outro defensor da estratégia. "O setor elétrico precisa se modernizar e entrar no mercado de capitais." Para outro empresário, a pulverização de ações também poderia promover mudanças na direção das empresas, impedindo que as estatais fossem usadas para políticas públicas ou para financiar déficits setoriais. (Valor - 11.11.2002)

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11- Cemig condenada por cortar energia sem avisar o consumidor

A Cemig foi condenada pela 4 Turma do STJ a pagar indenização por danos morais de R$ 3 mil à panificadora Farinha de Pão Ltda., de Minas Gerais, por ter cortado, sem comunicação prévia, o fornecimento de energia elétrica para o estabelecimento. A indenização havia sido fixada pela segunda instância em 50 salários mínimos. A Cemig recorreu e a 4 Turma concordou em diminuir o valor, considerando que, apesar de o corte ter sido feito de modo irregular - sem aviso -, a panificadora se achava em atraso há 27 dias. A discussão sobre a validade ou não do corte no fornecimento de energia ainda deve ir para a Corte Especial do STJ. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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12- Comissão do Senado aprova fundo para revitalização do São Francisco

A região da bacia do rio São Francisco pode ter um fundo para promover a revitalização hidroambiental e o desenvolvimento sustentável. É o que propõe a Proposta de Emenda à Constituição 524/02, de autoria do Senado Federal, aprovada na última terça-feira, dia 5 de novembro, na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação da casa. O fundo será constituído por 0,5% do produto de arrecadação dos impostos da União, deduzidas as vinculações ou participações constitucionais. Caso o projeto seja aprovado em plenário e sancionada pelo presidente da República, cerca de 15 milhões de pessoas, em 504 municípios, serão beneficiados. (Canal Energia - 08.11.2002)

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13- Lançado livro “Energía para el Desarrollo de América del Sur”

Lançado no dia 07.11.2002, em São Paulo, o livro "Energía para el Desarrollo de América del Sur", teve coordenação de Ericson de Paula, com a organização de seminários auspiciados pela Universidade Mackenzie e pela FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O objetivo desta obra é enfatizar a contribuição que o setor energético, característico de cada país, poderá oferecer ao processo de desenvolvimento econômico e social, dentro de um processo de integração regional. A participação de atores privados no setor deve alinhar-se aos planos dos agentes públicos, assegura o grupo de especialistas nacionais : Argentina (Hilda Dubrovsky), Bolívia (Miguel Morales Udaeta), Brasil (Ericson de Paula), Chile (Maria Isabel González), Colômbia (Adriana Barrios), Equador (Bolívar Lucio), Paraguai (Victorio Oxilia), Peru (Angel Becerra), Uruguai (Andrés Tierno Abreu) e Venezuela (José Luiz Cordeiro). O projeto conta com o apoio econômico da DCT Energia, EDP Brasil, Eletrobrás, Petrobras e Siemens. Para maiores informações, entrar em contato pelo e-mail: dctenergia@dctenergia.com.br. (NUCA-IE-UFRJ - 11.11.2002)

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risco e racionamento

1- Estiagem agrava a situação dos reservatórios do Nordeste

A seca no Nordeste está reduzindo o volume dos reservatórios da região, que estão operando em níveis semelhantes aos verificados no fim de 2000. A situação começa a causar preocupação entre especialistas, mas a opinião é de que o baixo consumo, o início do período úmido, o aumento no intercâmbio entre regiões com o reforço nas linhas de transmissão e a as térmicas emergenciais deverão assegurar o abastecimento em 2003. Para o ONS, os reservatórios da região estão 16 pontos percentuais acima da curva de aversão ao risco - mecanismo criado pelo governo para alertar para a necessidade de medidas emergenciais. O baixo consumo, que está em patamares de três anos atrás, também dá uma certa folga ao sistema. Com isso, o cenário não é preocupante. Desde o fim de setembro, o ONS aumentou o intercâmbio energético entre Sudeste e Nordeste. O volume de transferência passou de 300 MW para 1000 MW. Há também um senso de urgência para que linhas de transmissão sejam aceleradas e entrem em operação o mais rápido possível em 2003. O início do período úmido também deve elevar os reservatórios. Outra garantia seriam as térmicas emergenciais. Acioná-las, porém, custa caro. Ericson de Paula, da DCT Energia, diz que o MWh gerado por essas usinas custaria mais de R$ 200 - valor a ser rateado por todos os consumidores do país e que teria peso nas tarifas. (Valor - 11.11.2002)

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2- Consumo tem pequena queda nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste

O consumo de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste teve pequena queda no último dia 7 de novembro. Segundo dados do ONS, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a queda no consumo foi de 1% em comparação com o dia anterior. Na última quinta-feira, a demanda de energia Sudeste/Centro-Oeste foi de 25.009 MW. Em relação à curva de aversão a risco, o volume acumulado nos últimos sete dias está 7,59% abaixo do previsto pelo operador do sistema. Já no Nordeste, a demanda de energia caiu 0,3% em um dia. O consumo na região foi de 6.297 MW. De acordo com operador do sistema, a energia demandada nos últimos sete dias é 2,58% inferior ao previsto. Nas regiões Sul e Norte, o consumo de energia chegou 7.365 MW e 2.733 MW, respectivamente. (Canal Energia - 08.11.2002)

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3- CEEE começa a se preparar para o próximo verão

A CEEE já está se preparando para o próximo verão. A concessionária gaúcha promoveu esta semana o seminário "Preparando o Verão", em Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. A intenção da empresa foi planejar o fornecimento e o melhor atendimento aos consumidores que visitarão o litoral gaúcho na próxima estação. A empresa já investiu mais de R$ 20 mi no sistema de energia do litoral norte, que reúne a maior concentração de pessoas nos meses de verão no estado. O presidente da CEEE, Vicente Rauber, ressaltou que no verão de 1999, a oferta de energia era insuficiente para a demanda, acarretando 31 cortes de energia. Agora com a conclusão do terceiro programa de obras emergenciais, Projeto Itá - Caxias - Litoral, a oferta será maior que a demanda esperada. (Canal Energia - 08.11.2002)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Sócios da EDP querem US$ 100 mi de indenização

Os fundos de pensão, em guerra com a EDP pelo controle da Escelsa, vão entrar com ação na CVM pedindo US$ 100 mi. Só esperam que a diretora Norma Parente declare-se impedida de analisar o caso, por já ter defendido a EDP. O presidente da CVM, Luiz Cantidiano, que atuou com os fundos no passado, já fez isso. (Agência Estado - 11.11.2002)

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2- Ex-ministra representará investidores em energia

A ex-ministra Cláudia Costin foi contratada para presidir a Câmara Brasileira dos Investidores em Energia Elétrica. Fará o lobby dos espanhóis, americanos e franceses que botaram bilhões de dólares no País desde a década passada. (Agência Estado - 11.11.2002)

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3- Medição externa de energia em debate

Belém vai ser sede, de 13 a 14 deste mês, do 1º Seminário Nacional Sobre Sistemas de Medição Externa (Semex), no auditório Jorge Queiroz de Moraes Neto, na sede da Rede Celpa, realizado pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, para discutir as diferentes tecnologias de medição externa, os aspectos legais e os benefícios ao consumidor proporcionados por este tipo de medição. Também será discutida a contribuição desse sistema para a redução de perdas nas 64 empresas distribuidoras de energia de todo o País, que vão participar do seminário. Representantes de universidades brasileiras e das agências Estadual de Regulação e Controle (Arcon) e Aneel também vão participar do seminário. (O Liberal - 11.11.2002)

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4- Eletricistas fazem operação de risco em SC

Técnicos da Eletrosul, fizeram a chamada 'manutenção de linha viva' na subestação de Palhoça (SC). A tensão na linha é de 230 mil volts, suficiente para gerar energia para 14 municípios de pequeno porte. Para evitar a interrupção da transmissão de energia, não houve desligamento do sistema e o trabalho foi feito com as linhas energizadas. Os técnicos usaram uma parafernália de equipamentos e roupas especiais para garantir a segurança. Em todo o Estado de Santa Catarina, cerca de 20 profissionais executam este tipo de trabalho. Os eletricistas passam por um treinamento rigoroso, com preparo físico e uma bateria completa de exames. Além de instrutores e monitores, os profissionais são acompanhados por um coordenador técnico de segurança. (Diário Catarinense - 11.11.2002)

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5- UFPE publica o Atlas do Sol

Incentivar o uso da energia solar como tecnologia "limpa" para fins energéticos ou agrícolas. Com esse fim, o Grupo de Pesquisas em Fontes Alternativas de Energia do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está lançando o Atlas Solarimétrico do Brasil, nas versões impressa e CD-ROM. A edição impressa, com mil exemplares, já está sendo distribuída para universidades federais e estaduais. A versão em CD sairá em breve, segundo Chigueru Tiba, um dos coordenadores do projeto ao lado do professor Naum Fraidenraich. "A idéia foi coletar e padronizar informações dos últimos 40 anos de mais de 500 estações de medição no Brasil e nas regiões limítrofes dos países vizinhos", diz. Como parceiros na iniciativa do atlas estão a Chesf, o Cresesb-Cepel, a Facepe, o Instituto Xingo e a Editora Universitária da UFPE. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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6- Celtins e CPFL recadastram clientes de baixa renda

A Celtins e a CPFL estão cadastrando os clientes baixa renda até o dia 31 de março, conforme determinação da Aneel. Os descontos beneficiam duas faixas de clientes: os que consomem até 80 kWh por mês e os que estiverem na faixa de consumo entre 80 a 220 kWh por mês, com a condição de estarem inscritos em pelo menos um dos programas sociais do governo e terem ligação monofásica. Embora as residências que têm consumo de até 80 kWh/mês estejam automaticamente inseridas no programa, a Celtins está aconselhando o recadastramento de todos os clientes. Segundo a empresa, a inscrição na tarifa garante o desconto mesmo que o consumo ultrapasse 80 kWh. A CPFL está enviando aos clientes um aviso sobre a nova data nas contas de luz. Até o momento já foram enviados 1,2 mil comunicados, nos 234 municípios atendidos pela empresa. (Canal Energia - 08.11.2002)

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7- Seminário abordará gerenciamento e tecnologia

O grupo Gazeta Mercantil e a Hannover Fairs promoverão, em setembro do próximo ano, o evento Energia - Gerenciamento & Tecnologia, que integrará feira de exposições e seminário. Já na etapa de desenvolvimento, o encontro mostra um diferencial: a participação das diversas associações do setor elétrico brasileiro na seleção dos temas a serem debatidos no seminário. O evento ocorrerá na capital paulista. A primeira reunião formal desse grupo ocorreu na última sexta-feira. Estão envolvidos na organização do evento: Abrace, Abraceel, Abradee, Abrage e Apine. A feira ocupará 8 mil metros quadrados em área líquida, com aproximadamente 120 expositores espalhados no centro de exposições Transamérica, na Zona Sul da capital. O orçamento do encontro é de R$ 1 mi. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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financiamento

1- Banco do Brasil fará a liquidação do MAE, no lugar da CBLC

Mudanças à vista na liquidação do MAE. O Banco do Brasil será o novo agente financeiro responsável pela compensação dos pagamentos que serão efetuados pelos agentes no próximo dia 22, data prevista para a realização do processo. O banco substituirá a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que seria o agente compensador. A troca de empresas se deve às novas regras de compensação no mercado financeiro, implementadas pelo novo Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), no primeiro semestre deste ano. Com a nova configuração, o Banco Central vetou a atuação da CBLC como o principal agente responsável pela liquidação, por atuar exclusivamente em mercados operados por títulos. No caso do MAE, as operações têm como objeto a compra e venda de energia. (Canal Energia - 08.11.2002)

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2- Preços MAE para a região Sudeste/Centro-Oeste têm queda de 18,5%

Com exceção do submercado Sul, as demais regiões registraram queda nos preços MAE na terceira semana de novembro, que compreende os dias 9 a 15 de novembro. A maior queda foi verificada no submercado Sudeste/Centro-Oeste, que registrou variação negativa de até 18,5% comparando com a semana anterior. Nesta semana, o valor do MWh para a carga pesada fica em R$ 6,15, o que representa uma queda de 18% em uma semana. Para as cargas média e leve, o preço da energia para a região SE/CO fica em R$ 6,00 e R$ 5,78, respectivamente. No submercado Nordeste, os preços MAE tiveram queda de até 15,9%. Para a carga pesada, o preço da energia caiu R$ 0,99, ficando em R$ 5,88. Para as cargas média e leve, o valor do MWh está em R$ 5,64 na terceira semana do mês. O preço da energia para a carga pesada na região Norte está em R$ 6,00 nesta semana. Para a carga média, o valor do MWh fica em R$ 5,85. Já para a carga leve, o valor do MWh está em R$ 5,64, uma queda de 15,9% em comparação com a semana anterior. No submercado Sul, os preços MAE permanecem em R$ 4,00. (Canal Energia - 11.11.2002)

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financiamento

1- Governo resiste a maior aperto fiscal

O governo brasileiro pretende resistir às pressões do FMI no sentido de revisar para cima as metas de superávit primário, na revisão do acordo, agora em novembro. Uma missão do Fundo que chega hoje ao Brasil deverá trazer a mensagem de que a intenção é elevar a meta de superávit primário para 2003, atualmente fixada em 3,75% do PIB. Fontes do governo asseguram que esta missão não virá para abrir negociações, mas para monitorar resultados. Os técnicos do Fundo ficarão duas semanas no País, colhendo informações para o relatório que será analisado pela direção do FMI. De todo modo, o argumento do Brasil contra a revisão da meta, neste momento, já está preparado. Os representantes brasileiros defenderão a tese de que não há razão para revisar a meta num momento específico como o atual, em que os parâmetros de desempenho da economia refletem uma excessiva volatilidade do risco Brasil. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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2- Palocci considera não ser preciso revisar meta

O futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva considera desnecessário elevar a meta de superávit primário de 3,75% do PIB, pactuada pelo governo Fernando Henrique Cardoso com o FMI. O PT admite que o tema possa ser discutido pelo governo com a missão do FMI que chega ao Brasil esta semana para a primeira revisão do acordo de US$ 30 bi. Mas avalia haver um ambiente econômico que dispensa mais arrocho fiscal. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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3- Dólar comercial abre em queda de 0,11% e sai a R$ 3,5410

O dólar comercial abriu as operações com pequena queda de 0,11% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,5310 na compra e a R$ 3,5410 na venda. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na BM & F tinham recuo de 0,11%, projetando a moeda a R$ 3,520. Na sexta, com a rolagem de cerca de um terço da dívida cambial de US$ 1,8 bilhão a vencer no dia 14, a tendência de queda no câmbio persistiu. O dólar comercial terminou em queda de 1,39%, a R$ 3,5350 na compra e a R$ 3,5450 na venda. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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4- Governo prevê crescimento de 2,5% para o PIB em 2003

As projeções feitas pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central apontam para crescimento de 2,5% no PIB brasileiro em 2003, acima da taxa de 1,3% prevista para este ano. Também são mais positivas as estimativas para o PIB da indústria de transformação que, no próximo ano, tem previsão de crescimento de 2%. Para 2002, a previsão é de uma expansão de 0,7%. Para a balança comercial no próximo ano, o Ministério da Fazenda estima um megassuperávit entre US$ 13 bi e US$ 14 bi, superior aos US$ 12 bi previstos para este ano. As exportações deverão atingir, em 2003, cerca de US$ 63 bi, acima dos US$ 60 bi projetados para este ano, e as importações aproximadamente US$ 50 bi, superiores aos US$ 48 bi estimados para 2002. (Gazeta Mercantil - 11.11.2002)

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gás e termoelétricas

1- ANP deve alinhar políticas com o governo

O coordenador do setor de energia do Programa de Governo do PT e diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, afirma que o próximo Governo irá criar uma política específica para a área de petróleo e que as licitações deverão seguir o planejamento. "Não é que sejamos contra as licitações, mas tem de haver uma política de aproveitamento do petróleo com metas estabelecidas para depois realizar os leilões", explica Pinguelli. Pinguelli disse ter conversado com a responsável pelo setor de energia da equipe de transição do PT, Dilma Roussef, que demonstrou preocupação com a atitude da ANP. Segundo Pinguelli, Dilma considerou que seria mais apropriado que a ANP tivesse anunciado a Quinta Rodada de Licitações em janeiro após conversar com o novo Governo. Na opinião do diretor da Coppe, a ANP tem independência em relação ao Governo, mas, neste caso, deve estar alinhada com as políticas governamentais. De acordo com Pinguelli, à ANP cabe somente a execução da licitação e não a decisão sobre quando realizá-la ou não. (Jornal do Commercio - 11.11.2002)

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2- Gas Natural negocia construção de termelétrica em Sorocaba

O grupo espanhol Gas Natural está negociando com um sócio brasileiro a construção de uma termelétrica de 200 MW perto de Sorocaba (SP), que exigirá investimento de US$ 60 mi a US$ 80 mi. O projeto insere-se na estratégia de desenvolver o mercado de gás natural em São Paulo, onde o grupo - que controla as distribuidoras CEG e CEG Rio - tem uma concessão operada pela Gas Natural São Paulo Sul. O fornecimento para usinas térmicas é, ao lado dos consumidores industriais e comerciais, a grande aposta do grupo no mercado brasileiro, diz o presidente da Gas Natural, Antonio Brufau. O empreendimento em Sorocaba não quer dizer, porém, que o conglomerado vá fazer outros investimentos em usinas. Trata-se apenas de induzir o consumo de gás. O executivo informou que o grupo estará investindo R$ 1,2 bi (cerca de US$ 342 mi) para aumentar o número de clientes e o volume de vendas de suas distribuidoras até 2007. Se somados aos US$ 700 mi já aplicados pela Gas Natural no país, o estoque de investimentos do grupo poderá superar US$ 1 bi em cinco anos. Com sede em Barcelona, a Gas Natural tem mais de 8 mi de clientes na Espanha, Itália e América Latina, onde, além do Brasil, opera na Argentina, Colômbia e México. (Valor - 11.11.2002)

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internacional

1- El Paso planeja abandonar setor de comércio de energia

A El Paso relatou na sexta-feira uma perda líquida de US$ 69 mi observada no terceiro trimestre do ano, valor este que representa uma significativa queda quando comparado ao lucro líquido de US$ 211 mi apresentado no mesmo período de 2001, além de ter confirmado sua intenção de abandonar os negócios no setor de comércio de energia. Os ganhos pro forma, excluindo-se itens isolados, apresentaram uma perda de US$ 11 mi no trimestre, valor este também bastante inferior ao lucro de US$ 404 mi obtido um atrás. "Enquanto os ganhos totais são reduzidos pelos fracos resultados apresentados no setores de comércio e refinação, nossas atividades centrais como gasodutos, produção e energia produzem ganhos e fluxo de caixa significativos", disse William Wise, diretor executivo da El Paso, em um pronunciamento. "Estaremos anunciando hoje um plano para nossa retirada do setor de comércio de energia. Continuaremos, entretanto, a desenvolver e estimular nossas áreas centrais de atuação, mantendo assim nossa excelente qualificação de liquidez e reduzindo nossos custos estruturais significativamente", concluiu. (Platts - 08.11.02)

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2- Red Electrica deve controlar 84% da rede espanhola de transmissão

A companhia de energia Red Electrica está pronta para controlar 84% da rede espanhola de transmissão como resultado do acordo de contratos direcionados à compra das redes controladas pela Endesa e pela Unión Fenosa, confirmou a Red Electrica nesta sexta-feira. As transações pendentes, avaliadas em US$ 1,347 bi, referem-se a 205 Km em linhas de 400 Kv, 6,581 Km em linhas de 220 Kv, além de um número não conhecido de transformadores, disse o operador de redes da Espanha. "Com estas operações a Rede Electrica estabelece-se como a principal companhia de transmissão de toda a Europa", afirmou a companhia. As aquisições devem ser financiadas integralmente através de dívidas. (Platts - 08.11.02)

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3- Lucro da Unión Fenosa sobe 95% até Setembro

A terceira maior elétrica espanhola anunciou hoje ter registado no final de Setembro um lucro líquido atribuível de US$ 309,27 mi, 95% a mais do que no período homólogo do ano passado. Segundo anunciou hoje a Unión Fenosa no seu relatório de resultados para os nove primeiros meses do ano, no mesmo período de tempo as suas receitas aumentaram em 17,1% para os US$ 4,42 bi, graças ao aumento dos preços da eletricidade e à consolidação dos resultados das empresas por ela controladas. A Unión Fenosa anunciou hoje que a Red Electrica Española (REE) irá pagar US$ 431,65 mi pela sua rede. As preocupações do mercado com a dimensão da dívida desta empresa fizeram os títulos desta desvalorizarem-se em 39% desde o início do ano. (Diário Económico - 06.11.02)

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4- Enersis vai oferecer US$ 525 mi em ações no primeiro semestre de 2003

A Enersis, holding chilena do setor de energia, planeja uma oferta de ações de até US$ 525 mi nos mercados local e internacional no primeiro semestre de 2003, como parte de um programa de expansão de capital de US$ 1,5 bi, disse uma fonte da própria companhia. O dinheiro da venda será empregado na redução da dívida consolidada de US$ 2,6 bi da Enersis, disse a fonte. A oferta será administrada pelo Deutsche Bank, Salomon Smith Barney e Santander Investment, acrescentou. De acordo com a lei chilena, os acionistas da Enersis têm direitos preferenciais de compra das ações. Uma reunião de acionistas para discussão da oferta está prevista para o primeiro trimestre de 2003. A Endesa Espanha, que controla 65% da Enersis, entraria com os outros US$ 975 mi do aumento de capital, por meio da capitalização de um empréstimo antigo de US$ 1,5 bi entre as empresas. Segundo os estatutos da Enersis, a Endesa Espanha só pode capitalizar valor proporcional a sua participação de 65%, equivalente a cerca de US$ 975 mi. Além do aumento de capital de US$ 1,5 bi, a Enersis venderá entre US$ 900 mi e US$ 1 bi em ativos no período 2002-2003. (Business News Americas - 08.11.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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