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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 995 - 05 de novembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Novo governo deve priorizar construção de hidrelétricas

O programa de energia de Lula, coordenado por Luiz Pinguelli Rosa, dá prioridade a investimentos na construção de novas hidrelétricas, que geram energia mais barata que as térmicas movidas a gás natural. Professor e diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação da Universidade do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Pinguelli sugere a extinção do atual MAE. Os contratos bilaterais de longo prazo serão a marca do governo petista. A equipe de energia do PT quer aproveitar ao máximo o potencial hidrelétrico do País e coloca em segundo plano as térmicas. O programa defende que usinas movidas a gás natural já existentes funcionem como alternativa, mas não estimula a construção de novas unidades. Pelo programa, a eletricidade proveniente de térmicas não será usada enquanto houver fartura de eletricidade originada de hidrelétricas. Pinguelli argumenta que os próprios investidores estão preferindo apostar em projetos hidrelétricos, como demonstram os resultados dos leilões de concessões também promovidos pela Aneel. Linhas de transmissão também continuarão recebendo recursos da estatal, mas com menor intensidade, já que as empresas privadas estão participando das licitações da Aneel. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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2- Governo do PT deve criar estatal comercializadora de energia

Bancos de investimento já têm relatórios de como seria o novo modelo do setor elétrico no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva. As principais mudanças propostas têm o objetivo de reduzir o risco para os investidores. Seria criada uma estatal chamada Comercializadora Brasileira de Energia (CBE), que compraria a energia das geradoras e repassaria a um preço médio para as distribuidoras de energia. Essa estatal também absorveria as funções que hoje são do ONS, de determinar quando, quanto e quais usinas vão gerar energia. As termelétricas ficariam paradas, recebendo pela "disponibilidade" e acionadas em caso de falta de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Os documentos circularam entre investidores na semana passada e foram feitos com base em palestras do professor Ildo Sauer, da USP, ministradas logo após as eleições. Sauer participou do grupo que elaborou a proposta do PT para o setor. Entre outras mudanças está a proposta do fim do MAE e a modificação no processo de licitação para construção de novas usinas. As licitações para novos projetos de geração seriam ganhas por quem oferecesse custo menor para o empreendimento, ou seja, preço menor para a energia que será gerada. Hoje, ganha quem pagar mais pela concessão. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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3- Crédito de R$ 326 mi ao MME pode ser votado essa semana pela Câmara

Depois de dois meses de plenário vazio, a Câmara retoma hoje a articulação para tentar liberar a pauta, obstruída desde o dia 7 de agosto por Medidas Provisórias com prazo de tramitação vencido. Na semana passada, o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), e o presidente da Casa, Aécio Neves (PSDB-MG), negociaram a votação de pelo menos 18 das 31 medidas que trancam a pauta. A expectativa é de que, até quinta-feira, os deputados votem no plenário as MPs que tratam de créditos suplementares ao Orçamento de 2002 e que reestruturam o plano de cargos e salários de algumas categorias do funcionalismo público. Na lista de medidas que podem ser votadas nesta semana, constam pelo menos três pedidos de abertura de crédito suplementar ao Orçamento, um deles no valor de R$ 326 mi em favor do Ministério de Minas e Energia. (Valor - 05.11.02)

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4- Entidades de defesa do consumidor querem mais prazo para cadastramento de baixa renda

A Aneel receberá nesta terça-feira, dia 5 de novembro, diversas entidades de defesa do consumidor para avaliar os novos critérios de enquadramento de baixa renda. As entidades pedirão à agência que as novas regras não entrem em vigor no próximo dia 29 de novembro, conforme previsto na resolução publicada em maio deste ano. Os órgãos de defesa do consumidor alegam que, com a mudança de critério, muitos dos atuais beneficiados com a tarifa de baixa renda poderão perder o programa, já que a renda mensal estipulada é reduzida. Participam da audiência representantes da Associação de Defesa dos Consumidores de Energia (Pro Teste), Fórum em Defesa dos Consumidores de Energia (FDCE), Procon-SP, Comissão de serviços Públicos da Assembléia Legislativa de São Paulo e Comissão de Serviços Públicos da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB/SP). (Canal Energia - 05.11.2002)

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5- Serviços da Ceron serão alvo de audiência da Aneel

Os serviços prestados pela Ceron serão alvo de audiência pública da Aneel nesta terça-feira, dia 5 de novembro. O evento será realizado a partir das 9 horas, no auditório do Aquarius Selva Hotel, na rua Roberto Souza nº 1760, bairro Nova Porto Velho. Estarão presentes os diretores da Aneel, Jaconias de Aguiar, na condição de presidente da audiência, e Isaac Averbuch, atual ouvidor da agência. A audiência será aberta a sociedade, entre consumidores, representantes de empresas do setor elétrico do estado e outros interessados. Todos poderão se manifestar sobre os serviços prestados pela distribuidora. As inscrições para audiência poderão ser feitas antecipadamente pelo e-mail ap018_2002@aneel.gov.br, pelo fax (61) 426-5839 ou pelo telefone (61) 426-5472. Também poderão ser realizadas inscrições no dia da audiência, entre 8h e 9h. (Canal Energia - 04.11.2002)

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risco e racionamento

1- Rio São Francisco perde vazão

A vazão do Rio São Francisco, na entrada do Lago da Barragem de Sobradinho, o maior do Nordeste, está com um déficit de 620 metros cúbicos por segundo (m³/s), o que significa dizer que o volume de água que está saindo pelas comportas da barragem, da ordem de 1.435 m³/s, é quase o dobro do valor de água que está chegando ao lago: 855 m³/s. A Chesf disse que, no momento, não há risco de racionamento de energia no Nordeste mas, caso os reservatórios continuem a baixar o volume de água, as usinas termelétricas emergenciais, construídas no ano passado, podem ser acionadas. A Chesf trabalha com a perspectiva de que as chuvas nas cabeceiras do Rio São Francisco, a partir deste mês, possam reverter o quadro desfavorável, que já fez com que o nível de água do Lago de Sobradinho atingisse, na última quarta-feira, 16,45% do seu volume útil. (Gazeta de Alagoas - 05.11.02)

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2- Comissão Especial do Rio São Francisco faz reunião

A Comissão Especial do Rio São Francisco realizará reunião amanhã, às 14h30, no Senado. O encontro terá como tema o Plano Piloto de Revitalização do rio no trecho Ibotirama-Juazeiro. Para esclarecer alguns pontos sobre a questão, foi convidado para a reunião Joaquim Carlos Teixeira Riva, técnico e consultor da Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa) e da Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia (Seplantec). Desde junho de 2001, a Comissão do São Francisco atua com o objetivo de acompanhar e avaliar o Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e a instalação do Comitê da Bacia. (Gazeta de Alagoas - 05.11.02)

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3- Para Cerqueira Leite, hidrelétricas devem ser base do sistema de geração

Retomar a opção hidrelétrica como base do sistema de geração de eletricidade no Brasil, elaborar normas que induzam à prática de conservação de energia, fixar um limite menor de usinas termelétricas que o governo pretende construir e a volta organizada do Proálcool. São essas algumas das recomendações expostas pelo físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp, em debate no auditório do jornal no lançamento do livro "Energia para o Brasil - um modelo de sobrevivência", na semana passada. O livro foi escrito por Cerqueira Leite, em parceria com Cylon Gonçalves da Silva, também professor emérito da Unicamp e ex-diretor do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron. Em sua apresentação, Cerqueira Leite argumentou que há dois parâmetros financeiros a serem analisados para definir um modelo energético: o custo da energia e o investimento inicial. "Isso teve grande influência nas decisões recentes do governo. Preferiu o gás natural, cuja energia tem um custo mais elevado, mas os custos de investimentos iniciais são mais baixos." O físico ponderou também que um terceiro parâmetro na escolha do modelo energético é a disponibilidade de reservas. (Folha de São Paulo - 05.11.02)

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4- Região Sudeste/Centro-Oeste continua com baixo consumo de energia em novembro

Dados do ONS indicam que o consumo de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste caiu nesse final de semana. No primeiro domingo de novembro, a demanda de energia na região foi de 21.319 MW, uma queda de 3,7% em comparação com o domingo anterior (27 de outubro). Além disso, o operador do sistema mostra que a energia demandada dos últimos sete dias está 12,92% abaixo do acumulado do mês. No Nordeste, o consumo caiu apenas 0,5% em comparação com o domingo anterior. Ontem, a demanda de energia chegou a 5.444 MW. O volume do último sete dias está 6,66% abaixo do acumulado de novembro. Nos subsistemas Sul e Norte, o consumo de energia foi de 5.544 MW e 2.496 MW, respectivamente. (Canal Energia - 04.11.2002)

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5- Reservatórios estão com 14,34% da capacidade no Norte

A queda dos níveis dos reservatórios da região Norte foi a maior entre os outros subsistemas, de 6,27% em três dias. Os reservatórios estão com 14,34% da capacidade. A usina de Tucuruí apresenta índice de 14,18%. (Canal Energia - 04.11.2002)

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6- Reservatórios do Nordeste têm queda de 3,28% em três dias

A região Nordeste está com 23,59% da capacidade, uma redução de 3,28% em relação ao dia 31 de outubro. Segundo o operador do sistema, os índices estão 17,69% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho, a maior da região, está com 15,44% da capacidade máxima. (Canal Energia - 04.11.2002)

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7- Queda nos níveis dos reservatórios foi de 0,65% em três dias no Sudeste / Centro-Oeste

Os reservatórios da região Sudeste / Centro-Oeste estão com 42,59% da capacidade, ficando 19,99% acima da curva de aversão ao risco determinada pelo ONS. A queda foi de 0,65% em três dias. Os níveis das usinas de Furnas e Emborcação estão, respectivamente, em 59,69% e 46,47%. (Canal Energia - 04.11.2002)

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8- Região Sul apresenta aumento nos volumes armazenados

A região Sul foi a única a apresentar aumento nos volumes armazenados, de 1,04% em três dias. Atualmente a capacidade está em 96,61%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz está com índice de 99,96%. (Canal Energia - 04.11.2002)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás tem caixa para investir em geração

O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, afirmou que a estatal terá caixa suficiente para fazer frente ao papel de investidor intensivo em geração elétrica, defendido pelo PT. Pelo menos R$ 4,1 bi ao ano poderão ser direcionados ao programa de aumento da oferta de energia durante o mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou. O valor corresponde ao total de recursos desembolsados pela empresa neste ano para projetos de aumento de oferta e de transmissão de eletricidade, entre outros. Além de lucrativa (terminou 2001 com lucro próximo a R$ 3,2 bi), a Eletrobrás possui créditos a receber que, segundo Ventura Filho, serão suficientes para sustentar os investimentos sem desembolsos do Tesouro. Para o atual governo, a função da Eletrobrás enquanto investidora em aumento de oferta de energia foi secundário até que o racionamento do ano passado interrompeu a lógica que transferia para o setor privado a tarefa de investir. A Eletrobrás dobrou os investimentos em 2002. No governo do PT, essa função será realçada. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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2- Ventura não crê que investimentos serão interrompidos

O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, disse que "não conhece" as propostas do PT para o setor, mas não crê que os investimentos serão interrompidos. Ele também não quis se manifestar sobre a possibilidade de o sistema Eletrobrás pagar às distribuidoras de energia até R$ 2 bi por conta dos negócios realizados no ano passado no MAE. "Não somos agentes do MAE", disse Ventura, lembrando que os agentes são as empresas controladas pela holding, como Chesf e Furnas. Apesar de essas empresas serem integralmente controladas pela Eletrobrás, Ventura preferiu não emitir opinião sobre a liquidação prevista para o próximo dia 22. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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3- Eletrobrás denuncia fraudes com títulos no valor de R$ 350 mi

Já somam R$ 350 mi os recursos envolvidos em "tentativas fraudulentas" de retirada de recursos da Eletrobrás, segundo seu presidente, Altino Ventura Filho. Ontem, ele denunciou a oitava ação pela qual "uma quadrilha criminosa" conseguiu em comarca do interior de Pernambuco o direito de receber R$ 32 mi em obrigações da Eletrobrás já vencidas. O valor não foi desembolsado porque o banco suspeitou do pedido de retirada e pediu informações à Eletrobrás. A empresa não só conseguiu sustar o saque por meio de outra decisão judicial como também entregou a lista dos envolvidos à Polícia Federal. De acordo com Ventura Filho, as oito tentativas de "fraudar" a estatal foram realizadas pelo mesmo grupo de pessoas, as quais não foram reveladas pela empresa - assim como o nome do juiz que concedeu a retirada, também preservado. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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4- EDP busca estrutura mais transparente ao mercado

O grupo EDP acaba de consolidar a nova estrutura no Brasil. A "holding" EDP Brasil, que já opera desde outubro de 2000, passou, na última quinta-feira, a concentrar o controle dos principais ativos do grupo no País. Essa é a primeira etapa de um processo que será concluído em junho de 2003. "Mais do que uma reestruturação, trata-se de uma nacionalização dos nossos ativos. A EDP Brasil consolida-se como uma empresa brasileira do setor elétrico, mas controlada por capitais internacionais", diz Eduardo Bernini, presidente da EDP Brasil. Segundo ele, um dos principais objetivos da mudança é construir uma companhia capaz de levantar recursos no mercado local. Um outro objetivo é favorecer o acesso a linhas de crédito. Outro ainda, é facilitar a abertura de capital da nova holding, em estudo pelo grupo. Mas, esta operação não tem data definida, pois o EDP aguarda a estabilização do mercado de capitais. A meta da EDP é concluir esse trabalho até junho do próximo ano. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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5- Chesf deve investir apenas 80% este ano

Com uma sobra de energia de cerca de 400 MW prevista para esse ano, devido principalmente à manutenção de um nível baixo de consumo de energia no pós- racionamento nos Estados nordestinos, a Chesf deverá investir nesse ano apenas 80% dos R$ 770 mi previstos. A geradora, do grupo Eletrobrás, manterá os investimentos previstos de R$ 365 mi em transmissão de energia, dando seqüência a um ambicioso programa de ampliação e aumento de capacidade de suas linhas e subestações, iniciado em 1995. Apesar disso, a empresa está reduzindo os investimentos na área de geração, postergando, por exemplo, o desembolso de recursos para a repotenciação e conversão ao gás natural da termelétrica de Bongi. "Esse adiamento ocorre de forma compatível com a evolução do mercado", explica o presidente da Chesf, Mozart Siqueira Campos. A permanência de um consumo retraído no Nordeste, que levou as vendas de energia na região aos níveis de 1999, produz sobra de 400 MW, volume que será vendido pela empresa para clientes nas regiões Sudeste e Sul. Com esse quadro, a Chesf deu seqüência, este ano, a seu programa de investimentos na área de transmissão, por meio do qual já desembolsou R$ 2 bi desde 1995. Os recursos foram investidos na construção de 5,4 mil km de novas linhas de transmissão, ampliando a extensão da malha da geradora nordestina em cerca de 18 mil km, e na ampliação da capacidade de transporte de energia das linhas. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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6- AES desiste de vender geradora Tietê

A geradora AES Tietê não está mais à venda, segundo informação do seu novo CEO, o americano Mark Green, que assumiu o comando da companhia há dois meses. Se desfazer do ativo agora, segundo ele, não seria um bom negócio para a sua controladora, a gigante americana AES Corporation, que colocou em recursos próprios US$ 300 mi dos US$ 500 mi pagos na privatização da companhia, em 1999. "Os preços dos ativos estão baixos. Se vendermos agora, perderemos dinheiro", disse Green, que afirma que não há objetivo da AES em deixar o país. A empresa já quitou junto ao BNDES empréstimo de 50% do preço mínimo da AES Tietê feito pelo banco. Dentre os ativos da gigante americana no Brasil, apenas a térmica Uruguaiana e a distribuidora AES Sul estão à venda, segundo Green. O Bank of America foi contratado para a operação. Mas as ações da distribuidora e da usina foram dadas pela AES Corporation como garantias adicionais ao BNDES na renegociação de uma dívida de US$ 170 mi contraída na aquisição de outra subsidiária no Brasil, a Eletropaulo. (Valor - 05.11.02)

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7- VRD e CPFL demonstram interesse na AES Tietê

A AES Tietê é dos ativos do setor que abriu o maior apetite de possíveis compradores. Várias empresas demonstraram interesse, entre elas a Vale do Rio Doce e a maior empresa do setor elétrico com capital nacional, a CPFL Energia. Mas o CEO da companhia, Mark Green, aposta que permanecer com o ativo será mais proveitoso para a AES. Ele acredita no crescimento da receita operacional da companhia a partir de 2003, quando os primeiros 25% da energia descontratada da AES Tietê serão vendidos à Eletropaulo por 105% do Valor Normativo, em torno de R$ 85 o MWh. Hoje, essa energia é vendida por algo entre R$ 45 e R$ 50 o MWh. Analistas não vêem com bons olhos essa operação. A agência de classificação de risco Moody's rebaixou na semana passada a nota da AES Tietê de Ba2 para B2, com perspectiva negativa. A decisão reflete, entre outros fatores, a deterioração da qualidade de crédito do fluxo de caixa que do contrato fechado com a Eletropaulo, além do temor de que a inflação possa corroer o valor das vendas de energia da empresa no curto prazo, já que o reajuste é em agosto. (Valor - 05.11.02)

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8- AES Tietê tem sido usada como mecanismo de transferência de recursos

A AES Corporation tem utilizado a Tietê como principal mecanismo de transferência de recursos. Com 53% do controle da geradora, a companhia já recebeu R$ 393 mi em dividendos desde 2000, primeiro ano de sua gestão. No período, o patrimônio líquido da Tietê caiu de R$ 698 mi para R$ 572,5 mi. Segundo a Economática, a ação ON da Tietê é a terceira no ranking de rentabilidade do país. Em 2002, dos R$ 275 mi já distribuídos, R$ 210 mi foram provenientes de duas reduções de reservas de capital e outros R$ 24 mi em juros sobre capital próprio. As remessas sobre os resultados somaram R$ 41 mi: os dividendos sobre o lucro do primeiro trimestre foram de R$ 23,5 mi e os do segundo trimestre foram de R$ 17,5 mi. "As remessas foram necessárias para pagar o investimento feito pela matriz", diz o vice-presidente da AES Tietê, Demóstenes Barbosa. Em 2001 as remessas somaram R$ 106 mi, o que representou quase 140% do lucro líquido da companhia. Paralelamente, foi realizado no primeiro semestre um aumento de R$ 217 mi no capital social da companhia, mas não houve aporte de dinheiro. Foi utilizado apenas um mecanismo contábil para incorporar uma reserva de subvenção de investimentos que remonta ao período anterior à privatização. (Valor - 05.11.02)

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9- Furnas realizará concurso para 8.480 vagas em dezembro

Furnas Centrais Elétricas realizará, no dia 22 de dezembro, simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, concurso público para formação de cadastro de reserva, em 47 cargos de nível superior, 22 de nível técnico e um de nível fundamental. No concurso, elaborado pelo Cespe da UNB, serão selecionadas ao todo 8.480 pessoas para compor o cadastro de reserva. Furnas poderá admitir, ainda em 2003, até 1 mil candidatos aprovados em diversas áreas. A remuneração para os candidatos aprovados para o nível superior varia de R$ 1.277,45 a R$ 2.679,34; para o nível médio, de R$ 831,96 a R$ 1.136,46; e, para o nível fundamental é de R$ 800,16. As inscrições poderão ser realizadas até sexta-feira, nas agências da Caixa Econômica Federal listadas no edital, ou por procuração, ou via Internet, até o próximo dia 10. Na Caixa Econômica, é necessário preencher formulário disponível nas agências, pagar a taxa de inscrição que varia de R$ 25 a R$ 65. O candidato deve levar cópia da carteira de identidade. O Cespe fará a seleção de acordo com as peculiaridades de cada cargo. Todos os candidatos farão provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório. Para os advogados, também será aplicada prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório. O único cargo de nível fundamental é o de eletricista de linha de transmissão. Neste caso, além da prova objetiva, o candidato será selecionado por prova de aptidão. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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10- CEB avaliará cronograma de reestruturação

A Comissão de Reestruturação da CEB se reúne nesta semana para avaliar o cronograma de cisão da empresa estabelecido pela Aneel. Após um ano de espera, a agência aprovou, na semana passada, o programa que separa as atividades de geração e distribuição da companhia. Segundo Wilson Santos, consultor executivo de Planejamento Empresarial da CEB, a reunião terá como objetivo avaliar os prazos determinados no cronograma. O objetivo é adequar o cronograma estabelecido pelo órgão regulador à legislação vigente. Com um patrimônio líquido orçado em R$ 400 mi, a reestruturação consiste na criação de duas subsidiárias (CEB Distribuição e CEB Geração), com a transferência de bens, instalações, direitos e obrigações para as duas empresas. Pelo programa, a CEB Distribuição ficará com a maior parte do ativos (97%), tendo como responsabilidade todos os direitos e obrigações da empresa. A distribuidora também absorverá a área de comercialização de energia. O restante dos ativos (3%) ficará com a CEB Geração. Inicialmente, toda a energia produzida será adquirida pela CEB Distribuição. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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11- Reservatório da Hidrelétrica de Quebra-Queixo será fechado em janeiro

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Quebra-Queixo, localizada no Rio Chapecó, entre Ipuaçu e São Domingos, deve ser fechado no final de janeiro ou início de fevereiro de 2003. Esse é o último passo antes do início da geração de energia. O lago terá 36,6 milhões de metros cúbicos, abrangendo 732 hectares e 86 famílias serão remanejadas. O gerente de engenharia do Consórcio Quebra-Queixo, José Pamplona, disse que a previsão de início de operação da primeira turbina com 40 MW é de 31 de maio de 2003, com possibilidade de antecipação, dependendo da data de fechamento e enchimento do lago. A segunda turbina deve operar em julho e, a terceira, em setembro. Até outubro de 2003 o empreendimento deve ser concluído, gerando 120 MW. Pamplona disse que esta energia é suficiente para abastecer uma cidade com 400 mil habitantes ou 2,5 cidades do porte de Chapecó. A energia produzida em Quebra-Queixo será transmitida para a subestação das Celesc em Pinhalzinho, e, a partir de então, jogada no sistema Sul-Sudeste. O investimento na obra é de cerca de R$ 180 milhões feito pelo consórcio formado pelas construtoras Queiroz Galvão e Barbosa Mello. (Diário Catarinense - 05.11.02)

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12- Cemig muda a conta de energia

A partir deste mês, os clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais atendidos em baixa tensão pela Cemig vão receber a sua conta de energia elétrica em novo formato. Maior, mais informativa e mais colorida, a nova conta tem uma melhor distribuição das informações, permitindo ao consumidor identificá-las com maior facilidade. Seu novo visual vai facilitar a leitura e a compreensão dos dados. "Essa mudança se traduz em preocupação e em respeito ao cliente", explica Carlos Gutemberg, superintendente de Marketing da Cemig. As mudanças não são só visuais. A nova conta demonstra o consumo dos últimos 12 meses, possibilitando o acompanhamento durante o ano. O consumo também poderá ser avaliado através de gráfico, disposto ao lado do histórico de consumo. (Hoje em Dia - 05.11.02)

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13- Copel recadastra consumidores de baixa renda

A Copel está recadastrando os consumidores residenciais que se enquadram nos novos critérios determinados pela Aneel. Os clientes terão direito às tarifas sociais e à isenção do chamado "seguro apagão". O recadastramento não tem prazo para encerramento. Cerca de 550 mil domicílios atendidos pela Copel estão automaticamente enquadrados na classificação de baixa renda. Esses clientes têm consumo de até 80 kWh. A companhia exemplifica que, para esses consumidores, o benefício corresponde a cobrança do importe de R$ 8,75 pela tarifa social e de R$ 17,33 pela tarifa normal, sem incluir o ICMS. Já os consumidores residenciais com gasto médio mensal entre 80 kWh e 220 kWh em ligação monofásica devem cumprir outra exigência: estarem inscritos em programas sociais do governo. Na área atendida pela Copel cerca de 1 milhão de clientes são potenciais consumidores habilitados a receber o benefício. A companhia ainda não conseguiu estimar quando serão realmente beneficiados. (Canal Energia - 04.11.2002)

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14- Estudos de inventários hidrelétricos identificam 133,30 MW

As empresas Paranatinga Energética e Correcta Consultoria e Projetos de Engenharia tiveram seus estudos de inventário hidrelétricos simplificados aprovados pela Aneel. As aprovações foram publicadas nesta segunda-feira, dia 4 de novembro, no Diário Oficial da União. No caso da Paranatinga, os estudos identificaram um potencial hidráulico de 37 MW num trecho do rio Culuene, no estado do Mato Grosso. Já os estudos da Correcta Consultoria detectaram um potencial de 96,30 MW no rio Iratim, localizada no estado do Paraná. (Canal Energia - 04.11.2002)

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financiamento

1- Preços sobem 2,9% no Sudeste

Para a segunda semana de novembro, os preços do MAE para o submercado Sul tiveram queda de até 45% em comparação com a semana anterior. Entre os dias 2 e 8 de novembro, o preço da energia nesta região fica em R$ 4 para todas as cargas. As demais regiões registraram um pequeno aumento no valor do MWh. Para o submercado Sudeste/Centro-Oeste, o preço da energia para a carga pesada está em R$ 7,50, o que representa um crescimento de 2,9% em comparação com a semana anterior. Para as cargas média e leve, o valor do MWh fica em R$ 7,27 e R$ 7,09, respectivamente. Nas regiões Norte e Nordeste, os preços MAE subiram pouco mais de 1% em comparação com a semana anterior. (Jornal do Commercio - 05.11.02)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 1,04% e sai a R$ 3,5670 na venda

O dólar comercial iniciou as operações de hoje no mercado à vista com alta de 1,04% ante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,5570 na compra e a R$ 3,5670 na venda. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na BM & F tinham avanço de 1,19%, projetando a moeda a R$ 3,545. Ontem, sem alteração na cena política, a pressão vendedora tirou mais alguns centavos da cotação do dólar comercial. A moeda fechou em queda de 1,94%, negociada a R$ 3,5150 na compra e a R$ 3,5300 na venda. (Valor Online - 05.11.2002)

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2- Superávit acumulado no ano já supera US$ 10 bi

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,204 bi em outubro, o que elevou o saldo positivo acumulado em 2002 para US$ 10,060 bi. O superávit alcançado entre janeiro e outubro deste ano é o melhor resultado verificado em todo o Plano Real. Este ano, as exportações brasileiras somam US$ 49,992 bi, o maior valor acumulado em dez meses na história. Esse valor representa crescimento de 1,2% em relação ao resultado do mesmo período de 2001. Em outubro, as exportações somaram US$ 6,474 bi, valor mensal que só fica abaixo do total de setembro, de US$ 6,492 bi. Na avaliação da secretária de Comércio Exterior, Lytha Spíndola, os exportadores brasileiros aproveitaram preços melhores e demonstraram capacidade de armazenar produtos. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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3- Mercado prevê inflação superior a 8% para o ano

As projeções de inflação do mercado para 2002 e 2003 continuam em alta e acima da meta acordada com o FMI, já computada a margem de tolerância de dois pontos percentuais, para o indicador oficial de preços, o IPCA, do IBGE. Conforme o último boletim Focus, do Banco Central, divulgado ontem, as 100 instituições financeiras ouvidas semanalmente estimam que o IPCA deverá fechar o ano em 8,42%. A meta acordada com o FMI para o IPCA este ano é de 3,5%. Para 2003, o mercado aponta uma inflação de 8,20% ante estimativa de 7,10%. A meta para 2003 é de 4%, com intervalo de 2,5 pontos percentuais. A consultoria Rosenberg & Associados, divulgou, ontem, projeção de 8,5% a 9,5% para o IPCA no ano, praticamente o mesmo percentual previsto pelo mercado. A R&A fez ainda uma projeção para o IPC, da Fipe/USP, entre 7% e 8% neste ano - também acima da previsão que a própria Fundação havia divulgado na terceira quadrissemana de outubro, de 5,5% para 2002. O boletim Focus aponta um IPC de 6,23% neste ano, ante projeção de 5,90% e, para 2003, o IPC deverá atingir 6,73%, contra previsão anterior de 6,40%. A R&A alerta que a inflação mensal, para o consumidor final, deve ficar entre 1% e 2%, sem grandes prejuízos. (Gazeta Mercantil - 05.11.2002)

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gás e termoelétricas

1- Coinbra-Cresciumal amplia termelétrica em São Paulo

A empresa Coinbra-Cresciumal foi autorizada a expandir a termelétrica de mesmo nome da empresa, localizada no estado de São Paulo. Atualmente a termelétrica tem 5.700 kW de capacidade instalada, com três unidades turbogeradoras a vapor. Com a expansão, a usina passará a ter capacidade instalada de 42.300 kW a partir do acréscimo de dois turbogeradores. A resolução nº 601/02, publicada no Diário Oficial do dia 4 de novembro, determinou que a energia poderá ser comercializada na condição de produção independente. O início da montagem eletromecânica deverá ocorrer até 5 de maio de 2003 e a usina deverá entrar em operação comercial no prazo máximo de 30 de julho de 2003. Para a expansão da térmica, a empresa construirá uma subestação, com um transformador com 33 MVA e uma linha aérea de transmissão, em 138 kV, com extensão de aproximadamente 18 quilômetros. A LT será conectada à linha Rio Claro 1-Porto Ferreira, da Cteep. (Canal Energia - 05.11.2002)

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internacional

1- EDP retifica balanço do terceiro trimestre

A elétrica portuguesa anunciou hoje que, embora a compra de 40% da Adygensival tenha sido efetuada por US$ 779,69 mi, o impacto desta transação no balanço consolidado corresponde a um aumento global da dívida em US$ 1,57 bi. No final de Setembro, a dívida financeira total da EDP ascendia a US$ 7,52 bi, contra US$ 5,89 bi no período homólogo de 2001. Adianta, ainda, que "a EDP-Electricidade de Portugal procedeu a uma retificação ao balanço consolidado do Grupo, a qual é consubstanciada numa redução em "Outros Credores" e em "Investimentos Financeiros" de US$ 336,21 mi". E acrescenta "esta retificação resulta do fato de, quando da liquidação das operações de aquisição das partes de capital da Adygensival à EnBW, não se ter anulado a parcela acima referida". Assim, após esta retificação, subsiste nas demonstrações financeiras de Setembro de 2002 da EDP um montante de US$ 779,69 mi na rubrica de "Investimentos Financeiros" e na rubrica de "Dívida Financeira". "Tal como referido em comunicado da EDP de 15 de Julho de 2002, "(...) por via da estrutura financeira adotada, para a concretização desta transação, a EDP pagou pela aquisição de 40% do capital social da Adygesinval um total de US$ 779,4 mi, ascendendo a divida consolidada da Adygesinval a US$ 1,99 bi, dos quais US$ 894,71 mi correspondem a divida anteriormente já existente na Hidrocantabrico (...)", conclui a EDP. (Diário Económico - 04.10.02)

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2- Dynegy realizará primeira etapa de processo de demissões ainda neste mês

A companhia americana de energia Dynegy liberará os primeiros 27 funcionários em meados de novembro, assim que a mesma encerre suas operações no continente europeu, afirmou a companhia nesta sexta-feira. Espera-se que o restante das demissões previstas ocorram até o início de 2003. Alguns funcionários devem ser mantidos para administrar a venda da gigante de abastecimento Rough, e outros para regularizar os documentos do setor de comércio da companhia, enquanto a mesma retoma seus negócios agora centrados apenas em operações nos Estados Unidos. Relatórios jornalísticos mencionaram a Centrica como uma das possíveis compradoras da Rough, e espera-se que a própria Centrica desejará o controle total do ativo, em detrimento do controle majoritário de suas ações. (Platts - 01.10.02)

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3- Governo holandês publicará proposta para subsídios ao setor de energia renovável

O governo holandês deve publicar suas propostas para os subsídios ao desenvolvimento de energias renováveis nesta terça-feira, afirmaram fontes do ministério. Tal medida assegurará que quando os membros do parlamento holandês votarem no dia 12 de novembro a proposta de corte aos subsídios existentes, estes estejam cientes das reais intenções do governo para o próximo ano. O governo espera que a nova legislação seja aprovada até o final deste ano. A proposta de lei a ser publicada nesta terça-feira explicitará os meios através dos quais se demonstrará a possibilidade de aplicar subsídios à eletricidade oriunda do meio ambiente, no entanto, os detalhes não serão concluídos até o próximo ano. O orçamento proposto para 2003, que deve ser votado pelo parlamento no dia 12 de novembro, cortará os subsídios existentes ao desenvolvimento da utilização de energias renováveis em mais de 60%. (Platts - 04.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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