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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 985 - 21 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel inicia fiscalização financeira nesta segunda-feira

Na próxima segunda-feira, dia 21 de outubro, a Aneel começa a fiscalização que irá validar as informações sobre o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras que passarão pelo processo de revisão tarifária em 2003. Inicialmente, 10 concessionárias com revisão prevista para o primeiro semestre do ano que vem serão inspecionadas. São elas: Cemat, Enersul, CPFL, RGE, Coelba, Coelce, Cosern, Energipe e Cemig. As outras sete distribuidoras serão fiscalizadas numa segunda etapa, atendendo o cronograma de revisão tarifária. "O trabalho consistirá em validar as informações encaminhadas pelas distribuidoras à agência", explica César Gonçalves, superintendente de Regulação Econômica da Aneel. Além da fiscalização, a Aneel também já iniciou o cadastramento das empresas que avaliarão os ativos das distribuidoras. Até o momento, oito consultorias já foram cadastradas. Segundo Gonçalves, as concessionárias poderão optar por uma das empresas cadastradas para fazer a avaliação dos ativos. (Canal Energia - 18.10.2002)

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2- Com dólar alto, reajustes de energia podem chegar a 20%

A alta do dólar nos últimos meses será o principal fator de pressão sobre as tarifas das distribuidoras que compram energia de Itaipu Binacional em moeda americana. Com a cotação na casa de R$ 3,87 (sexta-feira), a tendência é que os próximos reajustes concedidos pela Aneel sejam calculados em torno de 20%, segundo levantamento de analistas do setor. Nesta semana, três concessionárias terão os porcentuais de aumento autorizados pelo órgão regulador: Bandeirante e Piratininga, que atendem municípios do interior de São Paulo, e CEEE, no Rio Grande do Sul. A concessão desses reajustes dará uma amostra do impacto do câmbio sobre as tarifas de energia, neste ano e em 2003. Até dezembro, outras quatro distribuidoras receberão reajustes, entre elas Light, em novembro, e Cerj, em dezembro - ambas do Rio. O índice autorizado pela Aneel vai depender do nível do câmbio no último reajuste. O impacto do dólar sob as tarifas é mais crítico nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que são abastecidas pela Hidrelétrica de Itaipu. A energia vendida pela usina binacional é cotada em dólar e, portanto, sofre as oscilações da moeda estrangeira. (O Estado de São Paulo - 21.10.2002)

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3- Governo deve começar a rever a tarifa elétrica em novembro

O tema mais preocupante para o governo hoje no setor elétrico não é um eventual colapso no abastecimento de energia, já descartado, mas a revisão tarifária periódica. O problema só terá sinais de avanço a partir do dia 30 de novembro, data marcada para a entrega do estudo que analisa o impacto que a metodologia a ser adotada terá nos níveis de investimentos no setor e na qualidade dos serviços. Só então o governo poderá definir a freqüência dos aumentos, e em que patamares. A preocupação foi manifestada ontem pelo ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, que diz ainda não saber se encontrará um meio termo que não onere tanto o consumidor ou só os investidores. (Gazeta do Povo - 21.10.2002)

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4- Candidatos divergem sobre energia

No setor elétrico estão algumas das mais radicais diferenças entre os programas de José Serra (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência. O PT propõe o fim do MAE e a reintrodução do custo do serviço no cálculo das tarifas. Já o programa tucano dá prioridade ao MAE e ao estímulo às termelétricas. O veto à dolarização de Itaipu é um dos poucos consensos. "O problema hoje não é falta de governo; mas de mercado", afirma o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas. "Se há um consenso é que esse modelo não funciona", diz o petista Luiz Pinguelli Rosa. (Valor - 21.10.2002)

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5- Retomada do MAE é prioridade para Serra

Além de renegociar os contratos dolarizados de fornecimento do gás boliviano, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, quer renegociar os contratos feitos pelo Brasil com o Paraguai, pelo fornecimento de energia hidrelétrica da Usina de Itaipú. Segundo os responsáveis pelo programa de governo de Serra, a renegociação dos contratos é fundamental para reduzir o impacto das variações cambiais nos custos do setor energético e garantir maiores condições de previsão para os investimentos privados. Com essas medidas e a entrada em operação do MAE, seriam emitidos sinais necessários para estimular investimentos privados, acredita a equipe de Serra. A dolarização de Itaipu também é vista como um entrave à criação de regras estáveis para a fixação das tarifas de energia, uma das falhas do atual modelo, segundo a equipe do candidato tucano. No modelo da equipe de Serra, as hidrelétricas continuarão representando a maior parcela da produção de energia, mas a equipe do candidato espera que uma bem sucedida renegociação de tarifas de gás com a Bolívia possa reduzir os custos da principal matéria-prima para as termelétricas e tornar os investimentos nessas usinas mais atrativos ao setor privado. (Valor - 21.10.2002)

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6- Papel do Estado é divergência nos planos dos dois candidatos

O menor papel do Estado na definição dos planos de investimento é um dos pontos que diferenciam os dois candidatos do segundo turno, que também divergem em relação ao papel das termelétricas na matriz energética. Enquanto a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva rejeita o aumento do papel das usinas térmicas na matriz, pelo seu custo mais alto, Serra quer incentivar investimentos no setor, como forma de minimizar riscos de apagão provocados por longos períodos de estiagem. A prioridade concedida à regulação do mercado não significa, porém, que o governo vá abdicar do planejamento do setor, afirma Elói Fernandes, ex-diretor da ANP. As agências reguladoras, pela novidade do modelo, assumiram tarefas de planejamento que deverão ser atribuídas ao ministério setorial, e isso deverá acontecer na área de energia, diz ele. (Valor - 21.10.2002)

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7- Crise do racionamento levou PT a propor guinada para o setor elétrico

O projeto do PT para o setor elétrico prevê mudanças estruturais no modelo que vem sendo implementado por Fernando Henrique Cardoso. O PT propõe a extinção do MAE e a revisão dos contratos com as distribuidoras elétricas. Também há de renegociar os contratos de compra da energia gerada por Itaipu e do gás da Bolívia, que hoje são cobrados em dólares. O programa defende também a volta do planejamento integrado do sistema elétrico interligado com a revisão do modelo de tarifas. Propõe ainda a reintrodução do sistema de preços com base no custo do serviço. O modelo atual prevê preços estabelecidos pelo mercado, com a liberalização gradual da chamada "energia velha" produzida pelas hidrelétricas estatais para incentivar a entrada de novos geradores. Este modelo será abandonado. "O governo Lula será mais musculoso na defesa dos interesses públicos e coletivos, mas isso não significa que empresas privadas serão esmurradas. Não haverá revoada de investidores, não queremos isso. Vamos sentar e ver como se acerta: o governo tem que perder alguns anéis, as empresas têm que ser mais comedidas. Nós queremos paz e amor com o setor elétrico privado, mas não somos bobos", avisa Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ e assessor do PT para a área de energia. (Valor - 21.10.2002)

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8- PT propõe sistema misto de geração

No mercado, há quem veja um abismo entre as idéias do PT e sua aplicação prática. A proposta de um sistema misto - de geração pública e privada - poderia desestimular novos investimentos pelas empresas que aplicaram US$ 24 bi no setor desde o início da privatização, em 1996. No eventual governo PT é de se esperar que as estatais voltem a investir e Pinguelli não descarta a conclusão da polêmica usina nuclear de Angra III. Apesar de deixar claro sua opinião sobre o papel das estatais, algumas dessas idéias, se levadas a cabo, podem ser questionadas por minoritários da Eletrobrás. Pelo que o PT promete, pode-se esperar uma redução das tarifas para os consumidores, já que o partido acha que pode usar parte da arrecadação com a Cide para reduzir as pressões sobre as tarifas do setor, além de acabar com encargos como a RGR, entre outros. Quanto aos investimentos, o programa estima que, frente a uma expansão de 5% ao ano da capacidade de geração, haveria uma necessidade anual de cerca de R$ 8 bi, considerando-se a média de US$ 1 mil por KW. O PT não vê a privatização como um "tabu" mas Pinguelli diz que "só um louco a faria no momento". (Valor - 21.10.2002)

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risco e racionamento

1- Subsistemas apresentam aumento de demanda de energia

Mais um dia em que os subsistemas do setor apresentaram aumento na demanda de energia, com exceção da região Sul. Na quinta-feira, dia 17 de outubro, de acordo com o último boletim divulgado pelo ONS, o subsistema Sul registrou queda de 5,21% na demanda, com 7.566 MW. O maior aumento foi registrado pelo subsistema Nordeste, de 1,05%. O índice alcançado foi de 6.317 MW, 3,07% abaixo do recomendado pela curva de aversão ao risco do operador. A região Sudeste/Centro-oeste apresentou aumento de 0,26% na demanda, chegando a 28.293 MW. Já a região Norte alcançou demanda de 2.685 MW, aumento de 0,29%. (Canal Energia - 18.10.2002)

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2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Disparada das dívidas em dólar e queda no consumo vão afetar números do 3º trimestre

Com alto endividamento em moeda estrangeira e com as receitas reduzidas devido ao baixo nível de consumo de energia, as empresas do setor elétrico deverão repetir o fraco desempenho do primeiro semestre nos balanços do terceiro trimestre do ano. O mercado estima que somente a Eletrobrás apresentará lucro nos balanços dos meses de julho, agosto e setembro. Segundo fontes do mercado, a estatal deverá apresentar lucro líquido de R$ 2,9 bi no terceiro trimestre. O endividamento em dólar das distribuidoras é o principal motivo para os prováveis resultados negativos a serem divulgados. Um levantamento da consultoria Austin Asis e da Coppe/UFRJ mostrou que a dívida das empresas do setor está em R$ 37,35 bi, dos quais R$ 24,10 (64%) são atrelados ao dólar. Do total das dívidas, R$ 10,3 bi vencem até o fim de 2003. Os dados levam em conta as dívidas apresentadas nos balanços do primeiro semestre do ano (únicos disponíveis até agora). (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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2- Eletrobrás é beneficiada com a alta do dólar

Ao contrário das demais companhias do setor, a Eletrobrás é beneficiada com a elevação da moeda americana, porque vende a energia gerada pela Usina de Itaipu para as distribuidoras em dólar. Os ganhos de receita da empresa com a desvalorização cambial nos últimos três meses são estimados, pelo mercado, em R$ 4 bi. Já distribuidoras, como Light e Eletropaulo, deverão apresentar, nos balanços do terceiro trimestre, prejuízos de R$ 227 mi e R$ 389 mi, respectivamente, de acordo com projeções de um analista do mercado. Segundo esse analista, a estimativa de lucros da Eletrobrás deverá se confirmar se a empresa não contabilizar nenhuma provisão, como a que fez, no segundo trimestre, de R$ 1 bi, que resultou em um lucro abaixo do esperado. A medida foi considerada conservadora, porque a companhia zerou no balanço receitas que deveria receber de empresas, das quais tem participação minoritária. (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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3- Recomposição de perdas é feita um ano depois

A desvalorização cambial prejudica diretamente as distribuidoras de energia elétrica porque, além destas empresas terem alto endividamento em dólar, essas empresas têm custos atrelados à moeda americana, a chamada parcela A. O aumento de custos da parcela A não são contabilizados nos balanços, porque as empresas acumulam essas perdas e repassam para as tarifas na data-base do reajuste anual de cada distribuidora, mas tem impacto direto no caixa das distribuidoras, que só recebem a recomposição um ano depois. (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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4- Light não deve sofrer impacto da desvalorização da moeda

Segundo fontes do mercado, a Light deverá apresentar perdas financeiras com a desvalorização cambial de R$ 658 mi no terceiro trimestre. Segundo levantamento da consultoria Austin Asis, as dívidas da Light atreladas ao dólar eram de R$ 1,8 bi no fim do primeiro semestre. O analista do Unibanco Sérgio Tamashiro discorda, no entanto, de que a Light sofrerá impacto com a alta do dólar. De acordo com ele, a dívida da empresa está protegida da desvalorização cambial por causa das operações de swap que realizou. Tamashiro ressalta, no entanto, que a desvalorização cambial prejudicará o resultado da maioria das outras empresas. No caso da Copel, o impacto negativo das despesas financeiras da empresa com a desvalorização cambial é estimado por Tamashiro em R$ 340 mi e na Cemig, de R$ 540 mi. De acordo com o levantamento da Austin Asis, a duas companhias estaduais têm dívidas de cerca de R$ 1,4 bi e 2 bi, respectivamente. Do total da Copel, R$ 905 mi são atreladas do dólar e da Cemig, R$ 1,7 bi. (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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5- Eletropaulo é a mais endividada em moeda estrangeira

Entre as distribuidoras, a mais endividada em moeda estrangeira, segundo estudo da Austin Asis, é a Eletropaulo. De acordo com o levantamento, o endividamento da empresa ao fim do primeiro semestre era de cerca de R$ 3 bi, dos quais R$ 2,4 bi eram em dólar. O analista do Unibanco Sérgio Tamashiro estima que o impacto nas despesas financeiras da Eletropaulo no terceiro trimestre por causa da desvalorização cambial deverá ser de R$ 600 mi. Outra empresa muito endividada, segundo o levantamento, é a AES Sul. A companhia teria R$ 2,2 bi de dívidas, dos quais R$ 2 bi em moeda estrangeira. A Escelsa teria, de acordo com o mesmo estudo, dívidas de R$ 2,1 bi, dos quais R$ 1,5 bi atrelados ao dólar. (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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6- Cesp é a geradora mais endividada entre todas as elétricas

A geradora Cesp, segundo levantamento da Austin Asis, é a empresa mais endividada entre todas as elétricas. No fim do primeiro semestre tinha R$ 9,2 bi em dividas, dos quais R$ 7,6 bi atrelados ao dólar. De acordo com o analista Sérgio Tamashiro, do Unibanco, o impacto nas despesas financeiras da Cesp por causa da alta do dólar no terceiro trimestre deverá ser de 2,8 bi. Tamashiro ressalta também que outro fator que contribui para os resultados negativos das distribuidoras é o baixo consumo de energia, causado, principalmente, pelo fraco desempenho industrial. Segundo as projeções do analista, a demanda de energia no País terá uma redução de 30 mil GWh, que é o mesmo nível de consumo de 1999. Vale lembrar que o crescimento anual médio do consumo era de 5%. O analista do Unibanco avalia que as elétricas já estão trabalhando com um rentabilidade muito baixa e que não têm mais como cortar despesas para compensar a redução nas vendas. Tamashiro lembra que a Abradee afirma que as empresas estão trabalhando com taxas de retorno sobre os ativos de 1% ao ano, enquanto no mercado internacional o retorno sobre ativos varia de 3% a 4%. (Jornal do Commercio - 21.10.2002)

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7- Termina consulta a dados da Cemar

Termina hoje o prazo para que os interessados na compra da Cemar visitem o data-room da companhia. Os documentos exigidos para a pré-qualificação devem ser apresentados à Aneel até a quinta-feira, dia 24. No data-room, os investidores podem obter dados e informações de natureza contábil, jurídica e financeira da companhia. A Cemar possui uma dívida estimada em R$ 800 mi, que foi reescalonada ao longo da intervenção da Aneel, ocorrida há dois meses. Foi nesse período que a atual proprietária, a norte-americana Pensilvania Power Light (PPL ), anunciou sua saída do negócio, seguida do pedido de concordata, ainda em agosto. Ao fazer um balanço dos 60 dias de intervenção, Sinval Gama, nomeado interventor pela Aneel, afirma que a Cemar está 100% adimplente no mercado. A companhia conseguiu, segundo ele, um aporte de R$ 120 mi, dos quais R$ 20 mi estão sendo investidos em expansão. Com esses recursos, advindos do acordo geral do setor elétrico, foi possível pagar algumas dívidas. Já os débitos que a empresa tem com a Eletrobrás tiveram o prazo alongado e, no caso da Eletronorte, a dívida de energia foi transformada em financeira, afirma. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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8- CEEE assina contrato do Reluz com a prefeitura de Amaral Ferrador (RS)

Nesta sexta-feira, dia 18 de outubro, a CEEE assina um contrato do programa Reluz com a prefeitura de Amaral Ferrador, no interior do Rio Grande do Sul. O projeto prevê a substituição de lâmpadas de baixo rendimento por outras de vapor de sódio, mais econômicas. O valor total do investimento nesta primeira etapa de trabalho do Reluz, que envolve 22 municípios atendidos diretamente pela CEEE, é de R$ 29,5 mi, sendo que a concessionária participa com 25%, e os 75% restantes vêm da RGR, fundo setorial administrado pela Eletrobrás. Em Amaral Ferrador serão aplicados R$ 30,7 mil para substituir 316 pontos de iluminação pública. A economia no consumo de energia no município será de 48 MWh/ano, e na conta mensal, de R$ 560,00. O Reluz já está em implantação nas cidades gaúchas de Osório, Pelotas, Dom Pedrito, Bagé e Tavares. (Canal Energia - 18.10.2002)

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9- Clientes do grupo A da Bandeirante têm tarifas diferenciadas no horário de ponta

A Bandeirante Energia trabalha, desde o início de outubro, com preços especiais relativos à energia extra consumida por clientes do grupo A, no horário de ponta de consumo. Neste período do dia, os clientes costumam utilizar geradores próprios para a obtenção de energia. Com a iniciativa, a Bandeirante pretende estimular o consumo da energia vinda da concessionária. "Os geradores que os clientes utilizam consomem diesel, e a média do custo é de R$ 250 MW/h. Como a situação dos reservatórios está tranqüila e a energia está sobrando, podemos oferecer uma energia mais barata no horário de ponta", explica Olga Naomi Tsutiya, gerente executiva de grandes clientes da Bandeirante. Para clientes dos grupos A1 e A2 a oferta do MWh está em R$100, enquanto que para os clientes do grupo A4 o preço fica em R$145. A gerente esclarece que as novas ofertas estão bem mais em conta do que aquelas pagas em contrato, mas a medida tem caráter provisório. (Canal Energia - 21.10.2002)

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10- Chesf conclui obras de ampliação de subestações na Paraíba

As obras de ampliação das subestações de Campina Grande II e Mussuré já foram concluídas pela Chesf. Com investimentos de R$ 4,5 milhões, a estatal colocou em operação dois transformadores de 230/69 kV e 100 MVA em cada unidade. O objetivo da obra é aumentar a qualidade de fornecimento de energia nas regiões do estado da Paraíba. Na subestação de Campina Grande II, a potência aumentou para 400 MVA, capacidade suficiente para evitar cortes de carga na região em condições normais de operação. Segundo da Chesf, o resultado será um melhor atendimento ao sistema de subtransmissão da Saelpa (Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba) e Celb (Companhia Energética da Borborema). Já na unidade de Mussuré, além de evitar cortes de carga, o transformador é um reforço que beneficiará o suprimento de energia em toda a área metropolitana de João Pessoa e cidades vizinhas. (Canal Energia - 18.10.2002)

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financiamento

1- Geradoras se rebelam contra correção monetária e liquidação do MAE pode não sair

As operações no MAE correm o risco de parar nos primeiros passos, mais uma vez. Agora, a nova interrupção que ameaça o principal organismo comercial do setor elétrico tem origem na inclusão da correção monetária e de multas sobre os valores pagos entre os agentes no processo de liquidação, marcado para ocorrer no dia 22 de novembro. O movimento parte fundamentalmente das geradoras estatais. Algumas dessas empresas contestam a legalidade de aditivos de reajustes imputados na resolução 552/02 da Aneel, lançada no último dia 15. O artigo 10, em seu parágrafo 5°, determina que o crédito de operações não-liquidadas deverá ser atualizado monetariamente com base no IGP-M, da data inicial até o mês em que foi contabilizado pelo MAE. Já o parágrafo 1° do artigo 12 trata da incidência de multa de 5% no caso de atraso nos pagamentos, com juros de mora de 1% ao mês. (Canal Energia - 18.10.2002)

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financiamento

1- IPC-Fipe registra alta de 0,89%

O IPC de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, registrou inflação de 0,89% na segunda quadrissemana de outubro, uma elevação de 0,08 ponto percentual em relação à primeira medição do mês, quando o índice ficou em 0,81%. É a maior inflação quadrissemanal das quatro últimas medições. O índice foi pressionado pelos alimentos, aliados a um rescaldo de tarifas públicas (água e esgoto). A estimativa anterior estava em 0,60%. Até o mês de setembro, o IPC acumulado está em 3,82%, com estimativa de fechar 2002 em 5,5%. Na segunda quadrissemana, altas de itens como arroz (8,42%), frango (6,28%), óleo de soja (8,85%) e laranja (4,72%) puxaram o IPC. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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2- Mercado não espera novo aumento na Selic

Na quarta-feira, o Copom conclui sua reunião regular, nove dias após ter realizado um encontro fora do calendário, em que elevou o juro primário de 18% para 21% ao ano. A data coincidirá com o vencimento de US$ 1,1 bilhão em contratos de 'swap' de câmbio, que o Banco Central (BC) começa a substituir hoje. Os agentes do mercado não esperam novo aumento na Selic, após a correção em três pontos percentuais imposta na semana passada. Mesmo que a dose não seja considerada ideal para conduzir a inflação projetada para 2003 ao centro meta ajustada pelo BC em 5%. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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3- Fraga prevê déficit externo abaixo dos US$ 13 bi

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, disse quinta-feira à noite, em jantar promovido pelo Money Marketeers, em Nova York, que o déficit de conta corrente do Brasil está caindo rapidamente e deve fechar o ano abaixo de US$ 13 bi. Fraga prevê que o superávit da balança comercial ficará acima de US$ 10 bi neste ano. "A forte redução no crédito, causada pela situação da economia global e também por conta da nossa própria situação, causou forte depreciação do câmbio, mas gerou também um forte ajuste na balança comercial", disse Fraga, acrescentando que os números do balanço de pagamentos brasileiro que preocupam o mercado internacional são perfeitamente administráveis, o que fica ainda mais evidente se o presidente eleito assinar o acordo de US$ 30 bi negociado em agosto deste ano com o FMI. Fraga afirmou ter confiança de que o próximo governo, seja quem for, fará escolhas certas para a economia do País e que os recursos do FMI são uma "proteção importante" para o Brasil. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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4- Dólar comercial abre em alta de 0,2% e sai a R$ 3,8780

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,20% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,8680 na compra e a R$ 3,8780 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F tinham avanço de 0,2%, projetando a moeda a R$ 3,828. Na sexta-feira, o dólar comercial fechou com queda de 0,89%, cotado a R$ 3,8600 na compra e a R$ 3,8700. Declarações de integrantes da campanha presidencial do PT quanto ao compromisso com a estabilidade fiscal contribuíram para dar tranquilidade ao mercado. Hoje, os agentes operam sob vários fatores técnicos de pressão. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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gás e termoelétricas

1- Cigás confirma hoje sociedade com a CS

Os acionistas da estatal Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) se reunirão hoje, em assembléia geral, para admitir a CS Participações como sócia e eleger nova diretoria. A Cigás vai distribuir gás natural no território amazonense. Segundo o atual presidente da Cigás, José Fernandes Pereira da Silva, o próximo passo da empresa será estabelecer um cronograma de trabalho para colocar o gás natural nos pontos de consumo o mais rápido possível. "Hoje temos apenas um estudo de viabilidade econômica", afirmou. A CS Participações adquiriu 100% das ações preferenciais e 49% das ações ordinárias da Cigas. Cada ação custou R$ 1,16. Os diretores da CS só falarão sobre seus planos na nova sociedade após a conclusão do negócio, segundo informou a assessoria de imprensa da companhia. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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2- Abastecimento das termelétricas é prioridade da Cigás

O atual presidente da Cigás, José Fernandes Pereira da Silva, disse que a prioridadeda companhia é colocar o combustível nas termelétricas que abastecerão a capital Manaus. As termelétricas irão consumir cerca de 3 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, demanda suficiente para justificar a implantação do gasoduto Coari/Manaus, cujo investimento está estimado em US$ 300 mi. Mas a Petrobras anunciou que só construirá o gasoduto no momento em que estiver assegurado o consumo. Segundo José Fernandes, a capacidade de consumo de Manaus está estimada em 4 milhões de metros cúbicos/dia, com a entrega do combustível na indústria, hospitais e postos de abastecimento de veículos. No momento, a Petrobras não descarta a possibilidade abastecer Manaus com o gás natural da Bacia do Médio Amazonas. Os poços dessa região já asseguram um produção diária de 6 milhões de metros cúbicos/dia. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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3- IEA aponta aumento do uso do gás

O gás natural e as fontes renováveis de energia aumentarão suas participações na produção mundial de eletricidade, enquanto o carvão e a energia nuclear terão declínio. A conclusão é da International Energy Agency (IEA) no World Energy Outlook 2002, relatório com previsões para os próximos 30 anos. Entre as fontes não-renováveis de energia, o uso do gás natural deve crescer em média 4,5% ao ano. A previsão é de que em 2030 o gás natural responderá por 31% da produção mundial de eletricidade, frente a apenas 17% em 2000. A geração de energia nuclear vai aumentar pouco, cerca de 0,1% ao ano até 2030. Já as fontes renováveis, excluindo hidrelétricas, ampliarão a produção mundial em média 5,9% ao ano e representarão 4,4% da eletricidade em 2030, frente a 1,6% em 2000. (Gazeta Mercantil - 21.10.2002)

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4- Angra II recebe missão para análise de práticas de segurança

Vai até o dia 31 deste mês a missão da Osart (Operational Safety Review Team) na usina nuclear de Angra II, no Rio de Janeiro. O trabalho, que teve início no último dia 14, é a primeira revisão internacional que trata das práticas e processos de segurança na maior usina termonuclear brasileira. O processo partiu de uma solicitação da Eletronuclear à CNEN, para que fosse encaminhado um convite à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que conduzisse a missão ao Brasil.Em Angra II, a Osart revisará as áreas de gerência, treinamento, operação, manutenção, suporte técnico, proteção radiológica, química e plano de emergência. (Canal Energia - 18.10.2002)

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internacional

1- ENEL analisa últimas ofertas pela compra da Interpower

As ofertas finas para a Interpower, companhia de geração de energia controlada pela ENEL, foram entregues nesta quinta-feira, entretanto, a ENEL nào liberou nenhuma informação sobre o processo de disputa. Ainda que um grupo que inclui a Electrabel, a prestadora romana de serviços ACEA, e a italiana Energia, tenha confirmado nesta quinta-feira a apresentação de uma oferta para a unidade de 2,611 MW, este foi o único grupo que anunciou sua participação. A comissão de direção da venda decidiu encontrar-se nesta sexta-feira para rever as ofertas. Quatro companhias, ou grupos, vinham participando do processo de compra, entretanto, alguns dos participantes resolveram retirar-se do mesmo. A Interpower é a última e a menor das três companhias de geração que a ENEL teve que negociar, em razão do processo de liberalização do mercado. No ano passado, a espanhola Endesa adquiriu a Elettrogen, e neste ano um consórcio liderado pela italiana Edison adquiriu a Eurogen, unidade de 7,008 MW de capacidade. (Platts - 18.10.02)

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2- EDP deve concentrar-se no seu "core business"

A EDP deve concentrar-se mais no seu "core business", como forma de preparar-se melhor para a concorrência, referiu Carlos Tavares, ministro da Economia. "Até não é nada que o conselho de administração atual não tenha já referido como sendo o seu objetivo: a concentração no seu negócio principal, que é a produção de energia" disse aos jornalistas, Carlos Tavares, à margem de um seminário sobre a regulação do setor da Energia, promovido pela CIP. O mesmo adiantou ainda existir a necessidade de ganhar eficiência na produção de eletricidade aproximando os custos de produção aos de outros países, nomeadamente Espanha, lembrando que estes desafios são mais urgentes, designadamente com a criação do Mibel ( Mercado Ibérico de Eletricidade). (Diário Económico - 18.10.02)

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3- Powergen adjudica sócio no negócio de energias renováveis

A Powergen comprou os 50% de ações na Powergen Renewables que não possuía anteriormente, afirmou a companhia nesta sexta-feira. O grup controlado pela alemã E.ON comprou do Abbot Group as ações nas operações de moinhos de vento pelo montante de US$ 89,53 mi. A powergen Renewebles possui 165 MW de capacidade instalada. "Este acordo nos permitirá administrar nossos negócios em energias renováveis nos moldes que mais se adaptem aos nossos objetivos comerciais", disse o diretor executivo da Powergen UK, Paul Golby. "A Powergen Renewebles, dentro dos marcos de regulação do setor de energia, tem a possibilidade de melhor contribuir para o desenvolvimento da geração de energias renováveis no Reino Unido". "As leis britânicas que engendram a geração de energias renováveis bem como a utilização de fontes alternativas de energia, oferecem um significativo suporte legal para os investimentos neste setor, tornando as aquisições de companhias que atuam dentro do mesmo um excelente alvo para possíveis inversões", afirmou Golby. (Platts - 18.10.02)

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4- Dessau-Soprin pode iniciar projeto de eletrificação de US$ 150 mi no Peru

A empresa de engenharia canadense Dessau-Soprin pode assinar nos próximos dias um acordo de eletrificação rural de quatro anos com o Peru, no valor de US$ 150 mi, disse o diretor de marketing da Dessau-Soprin, Pierre Levesque. O projeto interligaria até 1.800 comunidades no oeste do Peru, beneficiando 500.000 habitantes, com quatro linhas de transmissão numa extensão total de 624 km, oito subestações e 33 linhas de distribuição percorrendo 4.409km. O primeiro-ministro da província de Quebec, Bernard Landry, firmou um memorando de entendimento com o governo do Peru em maio de 2002 para um projeto em joint-venture envolvendo Dessau-Soprin, Canadian Commercial Corporation (CCC), Export Development Canada (EDC) e Investment Quebec. "O governo do Peru tem questões importantes com a eletrificação rural e precisa da nossa ajuda porque eles não tem experiência e tecnologia para tocar o projeto sozinhos", disse Levesque, acrescentando que o projeto envolveria transferência de tecnologia e treinamento de campo para os empregados locais. A Dessau-Soprin vem construindo linhas de transmissão e subestações no Peru desde 1992. Em 2001, concluiu um projeto piloto de eletrificação rural de US$ 60 mi envolvendo 656 comunidades. "O projeto ficou mais barato do que o previsto, e o governo peruano ficou satisfeito com nosso trabalho", disse Levesque. (Business News Américas - 17.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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