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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 984 - 18 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Distribuidoras pedem aumento de tarifa à Aneel

A alta do dólar poderá provocar reajustes maiores na conta de energia elétrica neste ano. A Bandeirante Energia, distribuidora que atende a 1,12 milhão de consumidores no Estado de São Paulo, pediu à Aneel para aumentar em 23,49% a tarifa. A Piratininga, que atende a outro 1,02 milhão de consumidores no Estado, quer reajustar a tarifa em 21,93%. Se autorizados pela agência, serão os maiores aumentos de 2002. O maior reajuste concedido até agora, de 19,68%, beneficiou a Cooperativa Aliança, que atende a 23 mil consumidores de três municípios catarinenses. A Folha apurou que o dólar será responsável por aproximadamente 50% do índice a ser concedido pela Aneel às empresas. Os reajustes da Bandeirante e da Piratininga terão percentuais iguais, serão anunciados nos próximos dias pela Aneel e devem entrar em vigor na quarta-feira. No ano passado, a Bandeirante pediu aumento de 20,81% e a agência reguladora concedeu 19,43%. Até o final do ano, o dólar deve afetar o reajuste das distribuidoras Cerj (RJ) e Light (RJ), que têm aumento marcado para novembro e dezembro, respectivamente. (Folha de São Paulo - 18.10.2002)

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2- Novo governo enfrentará pesadas dívidas das elétricas

O próximo governo terá de ficar atento a um possível agravamento da situação financeira das companhias energéticas, ainda no primeiro ano de mandato. Um estudo realizado pelo professor Maurício Tolmasquim, coordenador do Centro de Economia Energética e Ambiental da COPPE/UFRJ, revela que das dívidas totalizadas em R$ 32,7 bi, entre 21 concessionárias de distribuição de energia nos balanços do primeiro semestre, 31% deverão vencer até 2003. Além disso, segundo o estudo, R$ 22,4 bi do montante são compromissos em dólar. "É um fato assustador, que causa grande preocupação", diz Tolmasquim, um dos principais críticos das iniciativas adotadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso no setor elétrico. "O mais alarmante é que esses números se referem ao primeiro semestre deste ano, antes, portanto, da crise cambial atual, que deve ter ampliado significativamente esses valores", acrescentou. O estudo, realizado em conjunto com dois doutorandos da COPPE, deverá ser transformado em livro sobre as estratégias adotadas pelas companhias de energia elétrica desde as privatizações. O professor considera que o endividamento em dólar é maior nas companhias cujo controle está em poder de grupos estrangeiros. "Trata-se de um mecanismo de transferência de recursos para o exterior, por meio de endividamentos junto à matriz e aos bancos que com ela têm negócios", explica Tolmasquim. (O Estado de São Paulo - 18.10.2002)

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3- Para COPPE, endividamento não deve ser considerado para efeito de novos reajustes

O professor Maurício Tolmasquim, coordenador do Centro de Economia Energética e Ambiental da COPPE/UFRJ, acrescenta que o quadro do endividamento não deve ser considerado para efeito de novos reajustes tarifários dentro dos processos de revisões ordinárias, que fazem parte dos contratos de concessão das distribuidoras privatizadas e deverão ser deflagrados no próximo ano. "Há uma pressão grande das companhias distribuidoras para elevar as tarifas, levando-se em consideração a situação econômico-financeira deste segmento", lembra ele. O professor acrescentou que as distribuidoras têm exibido índices negativos de retorno aos investimentos, com a persistência do consumo abaixo dos níveis normais aliada ao custo de duas dívidas. "Mas o endividamento faz parte da estratégia da própria companhia e não pode ser incluído entre os custos que serão repassados para o consumidor", acrescenta. "Seria insustentável repassar isso para as tarifas ou adotar um Proer para as companhias do setor, como sugeriram alguns." (O Estado de São Paulo - 18.10.2002)

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4- Governo terá que lidar com situação delicada no setor

O coordenador do Centro de Economia Energética e Ambiental da COPPE/UFRJ, Maurício Tolmasquim, destaca ainda que o próximo governo, seja qual for o presidente eleito, deverá ter muito jogo de cintura para lidar com a situação deste setor. "As companhias energéticas têm feito ameaças veladas de sair do País", afirma. "Seria péssimo para o próximo governo iniciar seu mandato nessa situação, que pode trazer problemas para a imagem do País", lembra. Existe, porém, um atenuante, diz Tolmasquim: "Sinto que há grupos nacionais se preparando para assumir essas posições, se necessário." Segundo ele, "muitos têm falado sobre a possibilidade de associações de empresas com fundos de pensão para investimentos nessa área". O professor acrescentou que, com um câmbio flutuante e uma crise de desvalorização do real, tornou-se difícil para as companhias estrangeiras obterem a remuneração que desejam em dólar. "Setorialmente, seria uma boa alternativa a assunção das posições por empresas nacionais, que são menos atingidas pela alta do dólar. Mas, em termos macroeconômicos, poderia fornecer um sinal externo desfavorável". (O Estado de São Paulo - 18.10.2002)

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risco e racionamento

1- Três subsistemas apresentam aumento na demanda de energia nesta quarta-feira

Três subsistemas apresentaram aumento na demanda de energia nesta quarta-feira, dia 16 de outubro, de acordo com o último boletim divulgado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O subsistema Sudeste/Centro-oeste foi o que apresentou o maior aumento de demanda: 0,94%. O índice alcançado foi de 28.219 MW, 0,99% abaixo do recomendado pela curva de aversão ao risco do operador. A região Sul foi a única que apresentou queda na demanda, de 0,31%, chegando a 7.982 MW. Já a região Norte alcançou demanda de 2.677 MW, aumento de 0,60%. O subsistema Nordeste registrou demanda de 6.251 MW, índice 0,66% maior que o apresentado no dia anterior. (Canal Energia - 18.10.2002)

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2- Horário de verão: Cerj prevê que demanda máxima na ponta chegue a 1.600 MWh

A Cerj estima que a demanda máxima no horário de ponta seja bem menor do que a registrada no ano passado com a adoção do horário de verão, que este ano começa no dia 3 de novembro. A previsão mais otimista é que o teto do consumo chegue a 1.600 MWh, contra o patamar histórico de 1.648 MWh, registrado no sábado de carnaval do ano passado. A área de concessão da companhia abrange as principais regiões turísticas do estado do Rio de Janeiro, e é a sazonalidade de demanda desses locais é que determina a curva de consumo, em função de feriados e período de férias. A redução da carga já esteve em 3% em anos anteriores. Para 2002, a previsão é que esse valor fique em 1%, mesmo número de 2001. "A grande vantagem do horário de verão é retirar a simultaneidade do consumo, diminuindo o pico no horário de ponta. Com isso podemos alongar os investimentos, que podem ser distribuídos de uma forma mais eficiente", explica Carlos Ewandro Naegele, gerente de Manutenção e Obras da Cerj. Ele destaca ainda que, além da alteração de hábitos do consumidores após o racionamento, a mudança na matriz energética de energia elétrica para gás reduziu a expectativa de economia por parte da empresa. "Com a adoção do horário de verão, a curva de carga do sistema é alterada, passando de ponta a patamar. Isso evita uma sobrecarga no sistema, que opera em melhores condições", afirma Naegele. Com o racionamento a demanda máxima foi reduzida na área de concessão da Cerj, que registra valores próximos aos aferidos em 1999. (Canal Energia - 18.10.2002)

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3- Eletropaulo estima consumo 4% menor

A Eletropaulo estima uma redução de 4% na demanda máxima na ponta com a adoção do horário de verão, que começa no próximo dia 3. Esse valor corresponde a uma diminuição de 185 MW na carga. Mesmo com 22 dias a menos, a empresa espera que a demanda no horário de ponta seja 0,5% menor do que no ano passado, quando a redução chegou a 3,5%. Historicamente, a queda no pico gira em torno de 4,5%. Segundo Antoninho Borgue, vice-presidente da Eletropaulo, não há alteração significativa em relação ao consumo e à receita da empresa. "O cunho do horário de verão é social. Para o setor, a adoção do horário é importante quando a carga está no limite da operação, o que não acontece esse ano em que a carga está menor do que a máxima anterior. "Nesse ano, o horário de verão não vai trazer nenhuma grande melhora nem piora ao setor, mas será bom para diminuir a carga máxima no sistema, evitando uma sobrecarga", comenta Borgue. Ele explica ainda que a redução da demanda ocorre por que diminui a coincidência entre o uso de energia por parte da indústria, da iluminação pública e do consumidor residencial. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- CEB será dividida em três empresas e mudará gestão

A Companhia Energética de Brasília (CEB) está prestes a ser oficialmente dividida em três empresas. Por orientação da Aneel, a separação das empresas do setor de energia elétrica em várias partes, de acordo com a área de atuação de cada uma, deveria ter sido concluída até o final de 2000. Entretanto, devido a uma má interpretação da lei, a CEB teve o prazo prorrogado e está esperando só que a Aneel analise o processo. De acordo com o coordenador de Planejamento da CEB, Wilson Santos, a empresa havia entendido que seria necessária, apenas, a criação da CEB Geração, empresa que administrará a geração de energia das usinas Térmica e do Paranoá. Depois que o mal entendido foi esclarecido, a CEB foi dividida ainda em CEB Distribuição e CEB Participação. Para o consumidor, entretanto, nenhuma alteração está sendo prevista. "É uma medida burocrática apenas", conta Wilson. (Jornal de Brasília - 18.10.2002)

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2- CEB Holding administrará empresas do grupo

O coordenador de Planejamento da CEB, Wilson Santos explica, ainda, que o processo que trata das mudanças na empresa foi encaminhado a Aneel em junho de 2001, mas devido ao racionamento de energia no ano passado, o apagão, a agência teve que retardar a análise do processo. A CEB Distribuição, como já explica o próprio nome, administrará a distribuição de toda a energia elétrica adquirida para o Distrito Federal. "Tanto a energia gerada aqui quanto a adquirida pelas subsidiárias será gerenciada em um só lugar", afirma Wilson. A CEB Participação trabalha, atualmente, apenas com a Capital Telecom, que tem o propósito de buscar parceiros para a criação de uma empresa de transmissão de dados no DF. Como ainda está em fase de legalização, a Capital Telecom está só fazendo a transmissão de dados de empresas de telecomunicações da região. A CEB Holding, empresa que gerenciará todas as outras, contará ainda com a participação das concessionárias de Lajeado, em Tocantins, Corumbá III e Corumbá IV , no rio Corumbá em Goiás, Bsb Energética e a parceria CEB-Cemig, com a concessionária Queimado. Todas essas usinas venderão energia para ela. (Jornal de Brasília - 18.10.2002)

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3- Enersul pedirá empréstimo de R$ 100 mi ao BNDES

A Enersul irá solicitar financiamento de R$ 100 mi do BNDES para suprir insuficiência de recursos em função da redução da receita provocada pelo racionamento da energia elétrica no início do ano. O valor foi aditado pela segunda vez, durante reunião realizada por membros do conselho de administração no dia 9 deste mês. A proposta inicial era de pedir R$ 85 mi. Os sete membros do conselho presentes à reunião aprovaram por unanimidade o aumento do apoio financeiro. (Campo Grande News - 18.10.2002)

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4- Banco italiano aciona Enron para impedir venda de ativos no Brasil

O banco italiano IntesaBCI quer impedir na Justiça a venda de ativos da Enron no Brasil. A empresa de energia americana tem uma dívida de US$ 213 mi com o banco, referente a notas promissórias emitidas pela ETB, uma subsidiária da Enron Corp. A ETB e outras duas subsidiárias, Empresa Parananense Comercializadora e Enron Investimentos Energéticos, controlam a Elektro. No fim de agosto, a companhia texana abriu processo de leilão para 12 de suas empresas, entre as quais está a Elektro. O IntesaBCI entrou com um protesto contra alienação de bens da Enron na 36ª vara cível de São Paulo. "Queremos deixar claro ao possível comprador que existe um débito a ser pago", afirmou Thomas Felsberg, sócio da Felsberg, Pedretti, Mannrich e Aidar Advogados e Consultores Legais, contratado para representar a IntesaBCI neste caso. Segundo Felsberg, a empresa deixou de pagar duas parcelas de US$ 12,9 mi referentes aos juros das notas. (Valor - 18.10.2002)

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5- Histórico da dívida da Enron com IntesaBCI é complexo

O histórico da dívida não é dos mais simples e envolve, segundo o edital publicado ontem, uma "engenhosa trama corporativa desenhada pela Enron Corp." A ETB, subsidiária da Enron Corp., contraiu uma dívida junto ao Enron Development Funding, em dezembro de 1999, e usou o dinheiro para pagar uma dívida da de R$ 400 mi da Elektro com a Eletrobrás. Em junho de 2000, a Enron Development vendeu a nota promissória à Enron Corp. Em julho, o IntesaBCI, então chamada Banca Commerciale Italiana, adquiriu da Enron o crédito junto à ETB. "Já havíamos reestruturado o débito com a aprovação do comitê de credores da Enron e da Aneel", diz Felsberg. Em julho, estava prevista a assinatura das minutas finais, o que não aconteceu. "A única notícia que tivemos foi de que a Elektro seria colocada à venda." (Valor - 18.10.2002)

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6- ETB é maior credor da Elektro

Apenas dois dias após ter pedido concordata, em 2 de dezembro do ano passado, a Enron renegociou dívidas da sua controlada Elektro. A distribuidora vivia um aperto no caixa por causa do racionamento de energia. A Elektro conseguiu postergar o pagamento, em valores da época, de R$ 613,6 mi referente ao principal e juros de dívidas com empresas do grupo que venceriam entre 2001 e 2003. As obrigações foram jogadas principalmente para 2007 e 2008, o que aliviou a situação da empresa. A ETB é o maior credor da Elektro. A dívida da distribuidora com essa empresa somava R$ 809 mi no fim de junho. A maior parte é indexada ao dólar. Analistas disseram na ocasião que a "folga" poderia ser uma forma de melhorar o fluxo de caixa da Elektro e, assim, torná-la atrativa para possíveis compradores. A distribuidora foi colocada oficialmente à venda pela Enron em agosto deste ano. Em comunicado enviado na noite de ontem à CVM, a Elektro negou que seja devedora do banco italiano. Quem tem dívida com a IntesaBCI, ressaltou, é a ETB. No entanto, a distribuidora afirmou que está ajudando a ETB a renegociar essa obrigação. "A Elektro não se furtará a colaborar no processo de renegociação", ressaltou. Na nota, que é assinada também ETB, EPC e EIE, a Elektro destacou que não é parte da ação judicial movida pela IntesaBCI. De acordo com o texto, o ofício tem informações "inteiramente equivocadas e inverídicas, e medidas cabíveis poderão ser tomadas para proteger os interesses das referidas empresas". (Valor - 18.10.2002)

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7- Federalização da Celg sairá até 10 de novembro

Com um patrimônio líquido avaliado em R$ 350 mi - patrimônio menos passivo da empresa -, dívida total de R$ 1,2 bi, arrecadação mensal de R$ 120 mi e déficit de R$ 17 mi por mês, a Celg deve ser federalizada até o dia 10 de novembro. É o que calcula José Walter Vazquez, presidente da estatal. O Unibanco, instituição contratada para prestar serviços de consultoria e avaliação do patrimônio da empresa, entregará, no próximo dia 25 de outubro, o relatório final à Eletrobrás, avisa. Mais: o Conselho de Administração da Eletrobrás reúne-se, dia 22, e tem oito dias para convocar a assembléia-geral para aprovar os termos da federalização, adianta. O repasse dos recursos financeiros - R$ 170 mi, no mínimo - será efetuado em novembro, avisa. (Diário da Manhã - 18.10.2002)

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8- Indicação de nova diretoria depende de acordo entre acionistas

A indicação da nova diretoria da Celg depende de acordo a ser celebrado entre os acionistas, explica. "A proposta ainda não está formatada". A Celg possui 2.196 funcionários; 400 estagiários; 100 integrantes do Pró-Jovem, conta Samuel Albernaz, diretor administrativo. José Walter Vazquez, presidente da estatal, afirma que, quando ocorrer o saneamento financeiro e administrativo da Celg, o órgão for privatizado ou ter as suas ações vendidas em Bolsa de Valores, o Estado de Goiás receberá 80% do lucro que a Eletrobrás obtiver na transação. (Diário da Manhã - 18.10.2002)

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9- Celg necessita de investimentos anuais

O presidente da Celg, José Walter Vazquez, destaca que a estatal necessita de investimentos anuais de R$ 150 mi nas estruturas de transmissão e de sub-transmissão. "Para constuir novas subestações e poder escoar mais energia. O tesouro estadual não tem capacidade de investimento", avalia. O problema não reside na equação financeira, mas na falta de capacidade de investimentos para gerar o desenvolvimento econômico, diz. "O nível de qualidade do fornecimento de energia é fundamental para manter o crescimento dos setores industrial e comercial", insiste. (Diário da Manhã - 18.10.2002)

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10- Valor da Celg depende de dois fatores

O valor da Celg depende de dois fatores, adianta o presidente da estatal, José Walter Vazquez. "Primeiro, do patrimônio líquido. Segundo, da perspectiva da empresa para os próximos 20 anos. É a avaliação pelo caixa futuro", arremata. O edital de privatização da empresa, em 2001, estabeleceu o lance mínimo em R$ 1,4 bi. A 30 dias de entregar o cargo, o ex-presidente da Aganp e ex-secretário da Reforma do Estado - era ligado ao ministro Luiz Carlos Bresser Pereira - faz uma avaliação positiva da gestão do tempo novo na estatal. "Ao criarmos a Bolsa de Energia, Goiás não sentiu o apagão; houve expansão do número de clientes; desenvolvimento de programas de RH; construção do Centro de Memória Oto Nascimento e o estabelecimento de relacionamento harmonioso com o Stiueg". O governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), Giuseppe Vecci (PSDB), secretário de Planejamento, além de José Walter Vazquez, negociam a saída com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), e Pedro Malan, ministro da Fazenda. (Diário da Manhã - 18.10.2002)

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11- Cosern beneficia 350 mil usuários com desconto na conta de energia

A Cosern iniciou hoje o cadastramento para os clientes reenquadrados como usuários de baixa renda possam se beneficiar da "tarifa social" com descontos de até 66% da tarifa normal de energia elétrica. A mudança regulamentada pelo Governo Federal amplia de 140 mil para 350 mil o número de clientes beneficiados com a tarifa mais barata no Estado. E resulta numa queda de receita de R$ 1 milhão/mês para a companhia. Ontem, a direção da Cosern reuniu à imprensa para informar sobre o reenquadramento. E explicou que os novos critérios beneficiam dois grupos de clientes: o de usuários com consumo médio anual de até 80 kWh por mês; e o de usuários com média de consumo nos últimos dozes meses situada entre 80 kWh/mês e 220 kWh/mês. "Pensamos que essa é uma boa notícia para os nossos clientes, pois os novos critérios ampliam a base das pessoas com direito a tarifa social", comentou o diretor comercial da Cosern, Javier Bon. Ele informou que o cliente do primeiro grupo não precisa fazer qualquer cadastramento e já vem recebendo o benefício desde o início do mês de setembro. Mas, a inscrição é necessária para o cliente com consumo entre 80 kWh/mês e 220 kWh/mês. (Cosern - 18.10.2002)

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12- El Paso implanta projeto de energia solar em Paraty

O Natal deste ano será iluminado para as colônias de pescadores da região de Paraty (RJ). Isto porque, pela primeira vez, cerca de 100 famílias das localidades de Pouso do Cajaíba, Ponta da Joatinga e Praia de Calhaus contarão com eletricidade, através de um sistema de energia solar. Atualmente, a única fonte de iluminação nos vilarejos são lamparinas e velas, mas o maior problema é a falta de um sistema de resfriamento, que obriga os pescadores a vender seus produtos a preços muito baixos. O projeto será implementado pela Atech - Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas, com apoio da Prefeitura de Paraty e da Secretaria de Estado de Energia da Indústria Naval e do Petróleo do Rio de Janeiro. Os recursos, estimados em R$ 1 mi, serão viabilizados pela empresa El Paso Energy do Brasil. Cada casa receberá dois painéis fotovoltaicos. O programa prevê ainda a instalação de 30 postes de iluminação pública, além de três centrais de resfriamento, providas de geladeiras, de 460 litros, e freezers, de 550 litros. Estimativas da prefeitura indicam que os moradores da comunidade poderão economizar entre R$ 50 e R$ 70 por mês, do gasto com querosene, óleo diesel e velas. Esses valores implicam em uma economia de quase 30% na renda mensal de cada família. Além disso, o pescado, principal atividade econômica da região, passará a ser congelado e comercializado a preços melhores. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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financiamento

1- Celg recebe duas propostas

No primeiro dia de consulta pública para compra de energia, a Celg registrou duas ofertas de venda, segundo informou o diretor de comercialização da distribuidora, José Carlos Zoccoli. Sem revelar o conteúdo das propostas, o diretor diz que a chamada pública iniciada no último dia 16 pela empresa pretende observar o mercado de energia atual. "Queremos ver quem são os possíveis interessados em negociar com a empresa." A chamada pública da Celg está recebendo ofertas de geradores de energia, autoprodutores, produtores independentes e excedentes de co-geração. Para isso, as propostas devem complementar o volume a ser descontratado a partir de 2003, um percentual de 25%. A companhia participou no primeiro leilão de energia das federais e comprou 80 MW médios. Para a chamada pública, as ofertas devem chegar até 70 MW médios. Para os anos de 2004 e 2005, a chamada prevê a contratação de até 200 MW médios e 400 MW médios, respectivamente. Os contratos deverão ser válidos por um período de seis anos. De acordo com Zoccoli, as ofertas devem preencher os termos de montante, preço e sazonalidade. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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financiamento

1- Dólar é cotado a R$ 3,914, com alta de 0,23%

O dólar comercial opera com leve alta nesta primeira hora de negociação no mercado interbancário, mantendo a tendência da abertura. Às 10h13m, a moeda americana era negociada por R$ 3,894 na compra e R$ 3,914 na venda, com alta de 0,23%. Na máxima até agora, a cotação de venda alcançou R$ 3,945 (+1,02%), mas não sustentou o patamar. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu estável nesta sexta-feira (alta de 0,01%), com o Índice Bovespa em 8.902 pontos e volume financeiro de R$ 71 mil. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Ibovespa com vencimento em dezembro está em 9.220 pontos, com baixa de 0,41%. O volume de negócios no mercado de câmbio ainda é reduzido e a tendência ainda não está definida, segundo operadores. Um dos motivos da resistência à queda é a alta do risco-país brasileiro, que sobe 1,74%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em novembro está em R$ 3,848, com alta de 0,07%. (GloboNews - 18.10.2002)

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2- IPC da Fipe verifica aumento de 0,89% na segunda quadrissemana do mês

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo apresentou aumento de 0,89% na segunda quadrissemana deste mês. Na prévia anterior, a inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi de 0,81%. Alimentação exerceu a principal pressão sobre o indicador ao registrar avanço de 1,29%. Logo em seguida aparecem Transportes e Despesas Pessoais, que tiveram incrementos de 1,12% e 1,03%, nesta ordem. Essas elevações foram precedidas das altas apuradas por Habitação (0,72%), Vestuário (0,45%), Saúde (0,44%) e Educação (0,10%). Este último ramo reverteu, assim, a baixa da medição passada, quando verificou queda de 0,08%. (Valor - 18.10.2002)

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3- Com Lula ou Serra, inflação de 2003 deve ser menor, avalia Heron

Sem mencionar números, o coordenador do IPC da Fipe, Heron do Carmo, avaliou que a inflação em 2003 será inferior à deste ano independentemente do vencedor das eleições presidenciais. Isto deve ocorrer porque, segundo ele, os programas econômicos dos dois principais candidatos - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB) - são muito parecidos. " A política econômica será ajustada, mas não mudará radicalmente " , sustentou. Para este ano, Heron elevou sua previsão para uma inflação de 5,5% medida pelo IPC. Apesar de ser maior do que os 4,5% estimados anteriormente, o índice ainda seria inferior aos 7,13% registrados em 2001 pelo indicador. No mês de setembro, a inflação de 0,76% foi influenciada, principalmente, pela alta dos preços dos alimentos, em decorrência do repasse dos custos da alta do dólar. (Valor - 18.10.2002)

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gás e termoelétricas

1- País já tem prontas 50 termelétricas

De acordo com estudo realizado pela CBEE, das 58 usinas termelétricas emergenciais contratadas em 13 estados, 50 estão disponíveis para operação, uma está em fase de testes e sete estão sendo implantadas. Em implantação, encontram-se as usinas Aureliano Chaves (em Minas Gerais, 192 MW), Breitener e PB II (ambas no Ceará, somando 193,75 MW), João Pessoa I e II (na Paraíba, totalizando 61,67 MW), Itaenga (Pernambuco, com 20 MW) e Daia (Goiás, 44,3 MW). Três usinas ainda não obtiveram autorização da Aneel, enquanto 51 térmicas já assinaram os acordos operativos com o ONS e 50 outras com distribuidoras de energia. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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2- Petrobras paga cerca de US$ 1 bi e também leva petroleira

A Petrobras concluiu ontem em Buenos Aires a compra de 58,62% das ações da companhia de energia argentina Pérez Companc S/A, com a assinatura do contrato definitivo pelo presidente da estatal brasileira, Francisco Gros. O valor da transação é de cerca de US$ 1 bi. A operação de compra havia sido anunciada em comunicado da Petrobras em 22 de julho deste ano, mas existiam alguns entraves para o fechamento. No início de outubro, a Pérez Companc renegociou uma dívida de aproximadamente US$ 2 bi, uma das exigências da estatal, aumentando o prazo médio de vencimento de 3,1 anos para 4,4 anos. Parte do pagamento (US$ 738,93 mi) será feito à vista, e o restante (US$ 338,41 mi), em notas emitidas pela Petrobras International Finance Company, subsidiária integral da Petrobras, com juros anuais de 4,75%, até 4 de outubro de 2007. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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3- Reestruturação da dívida foi aceitável para Petrobrás

A Petrobras divulgou fato relevante informando a assinatura do contrato e que o processo de "due diligence" (levantamento de números da empresa) confirmou a visão da estatal sobre a posição estratégica da companhia de energia argentina Pérez Companc S/A. No fato relevante, a Petrobras comunicou também a compra à vista de 39,67% das ações em circulação da Petrolera Pérez Companc S/A (PPC), pertencente ao mesmo grupo, no valor de US$ 49,75 mi. Os documentos exigidos pela legislação argentina serão encaminhados para o órgão de controle de concorrência do país (CNDC). Segundo a Petrobras, a reestruturação da dívida da empresa argentina foi concluída em 4 de outubro, "com um resultado aceitável para a Petrobras e condizente com suas expectativas preliminares". O programa total de refinanciamento envolveu o valor de aproximadamente US$ 2 bi, sendo que 92% dos detentores de títulos da Pecon aceitaram a oferta de troca e todos os bancos credores concordaram com o refinanciamento. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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4- Petrobrás não controlará empresas do setor nuclear da Pérez Companc

Outro obstáculo foi vencido com o anúncio de que a família Pérez Companc manteria o controle sobre duas empresas do setor nuclear em que são acionistas, já que as leis argentinas impedem que grupos estrangeiros tenham participação em companhias ligadas ao setor de energia nuclear. A Pérez Companc é o principal grupo empresarial argentino de capital nacional e tem atividades nos setores de produção, transporte, refino de petróleo e petroquímica, além de participação nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A compra da companhia argentina faz parte da expansão da Petrobras na Argentina. A estatal já adquiriu a Petroleira Santa Fé e inaugurou a primeira estação de serviços em Buenos Aires. Já são mais de 700 postos de gasolina da Petrobras em todo a Argentina. A compra do controle acionário do grupo energético argentino Pérez Companc pela Petrobras não fará com que as duas companhias se integrem, afirmou, ontem, em Buenos Aires, o presidente da Petrobras, Francisco Gros. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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grandes consumidores

1- Medição para grandes clientes

A Coelce está modernizando, desde fevereiro, o sistema para medição de consumo de energia elétrica para os grandes clientes. A leitura por telemedição atende a clientes como Vicunha, Coca-Cola e Moinho Dias Branco. Nesse sistema, a transmissão dos dados de consumo de energia é feita por um modem conectado aos computadores de faturamento da empresa. O processo de telemedição é mais vantajoso que o modelo tradicional e facilita a atualização de dados. Um outro tipo de leitura, realizada com palm tops, já está sendo utilizada por cerca de mil clientes da companhia. Este método tem como grande vantagem a otimização do tempo gasto no processo de medição. Até 2003, a Coelce planeja realizar a telemedição via Internet, agilizando o processo. A telemedição já atende a 29 clientes, que representam 19% do consumo da Coelce e 9% da arrecadação líquida, e até o final do próximo ano pretende beneficiar mais 150 grandes clientes. (Jornal do Commercio - 18.10.2002)

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internacional

1- Alquila perto de concretizar venda de US$ 1 bi em ativos

A Aquila afirmou nesta quarta-feira que seu objetivo de venda de US$ 1 bi em ativos, operação fundamental em seu plano de reestruturação financeira, está bem próximo de ser alcançado. A companhia espera obter em breve uma notificação mais detalhada sobre a operação. Um porta-voz da companhia disse ainda que a venda da unidade Midlands Electricity no Reino Unido está dependendo apenas do recebimento de uma oferta atraente e adequada. O montante até agora negociado atinge o valor de US$ 911 mi, não incluindo a transação de US$ 26,2 mi anunciada nesta manhã pela Quanta Services, sobre a qual a Alquila venderá a maior parte de suas ações na companhia à uma unidade da First Reserve. Sobre a Midlands, a Alquila disse ter recebido oito das doze ofertas de companhias de energia elétrica britânicas e de fundos acionários privados. O processo será ainda completado e uma decisão de quando a Midlands será vendida deverá ser tomada somente no final deste ano. (Platts - 17.10.02)

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2- E.ON tenta negociar ativos da TXU Europe

Negociadores da gigante alemã E.ON visitaram nesta quinta-feira o centro de operações da TXU Europe para tratar sobre possíveis aquisições de alguns dos ativos da combalida companhia de energia, afirmou uma fonte da companhia alemã. A TXU colocou seus ativos à venda nesta segunda-feira e a E.ON, que controla a distribuidora UK eletricity além da geradora Powergen, é uma das três favoritas a comprá-los rapidamente. As outras duas companhias que estariam na disputa são as duas últimas companhias britânicas de energia elétrica independentes, a Scottish & Southern Energy e a ScottishPower. A TXU colocou seus bens à venda depois que sua controladora, a americana TXU Corp, cancelou uma linha de crédito de US$ 700 mi anteriormente acertada. A TXU está tentando agora renegociar contratos de longo prazo de fornecimento de energia. (Platts - 17.10.02)

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3- Saesa adia emissão de US$ 175 mi em títulos por 60 dias

A companhia chilena de distribuição de energia Saesa vai adiar a emissão de cerca de US$ 175 mi em títulos por mais de 60 dias devido à "incerteza dos investidores" depois da queda nas ações de empresas de serviços em Wall Street na semana passada, disse um porta-voz. "Este não é o melhor momento para emitir títulos porque os investidores estão tensos no Chile, como em qualquer em outra parte", disse o porta-voz, acrescentando que "isto não quer dizer que a Saesa ou sua controladora, a PSEG, estejam com problemas no Chile." A emissão de títulos estava planejada para 11 de outubro, e os recursos obtidos seriam destinados ao pagamento de um empréstimo de US$ 150 mi que vence em 18 de outubro. Para evitar possível default, a Saesa está discutindo com seus credores a reestruturação do empréstimo, disse o porta-voz. A Saesa planeja alterar os termos da emissão para oferecer aos investidores condições mais atraentes, incluindo maiores garantias. A PSEG está vendendo seus ativos de distribuição e transmissão na Argentina e não tem intenção de iniciar novos projetos na América Latina no curto prazo. Mas a PSEG não está dando as costas para a região ainda: "A Saesa tem fluxo de caixa positivo, e a PSEG não tem planos de sair do Chile", disse o porta-voz, acrescentando: "A PSEG tem uma história consistente da crescimento e não está vendendo seus ativos chilenos." (Business News Americas - 16.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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