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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 983 - 17 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Representantes da Abraceel discutem medidas do plano de revitalização

Representantes da Abraceel se reúnem nesta quarta-feira, dia 16 de outubro, para discutir itens do Plano de Revitalização do Setor. Entre eles está a medida que trata da efetivação de consumidor livre, além de avaliar a participação da associação nos grupos de trabalho organizados pelo Ministério de Minas e Energia. O grupo também discutirá o tema que fala sobre encargos de serviço de sistema (ESS). A reunião acontece na sede da Tradener, em Curitiba. (Canal Energia - 16.10.2002)

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risco e racionamento

1- ONS nega risco de abastecimento nos reservatórios

O diretor-presidente do ONS, Mário Santos, garantiu ontem, em Belo Horizonte, que a seca que vem atingindo o País não oferece risco para o abastecimento de energia. De acordo com ele, o nível dos principais reservatórios ainda está 22% acima da curva de risco e as chuvas, desde o início do ano, atingiram 85% da média histórica dos últimos 70 anos. Além disso, conforme Santos, o nível de consumo não voltou aos níveis anteriores ao programa de racionamento de energia. De acordo com ele, além da conscientização da população quanto à necessidade de combater o desperdício de energia, a retração da economia também contribui para a queda no consumo. Conforme o diretor-presidente do ONS, as estimativas traçadas pelo órgão apontam que, caso o nível de água acumulada nos reservatórios chegue a apenas 19% da capacidade, as chuvas poderiam atingir 67% da média histórica e, mesmo assim, não colocariam o abastecimento em risco. "Até o fim de novembro, as estimativas são de que o nível de energia acumulada chegará a 40%, uma faixa bastante confortável", avalia. Santos disse também que já foram instaladas 50 das 57 usinas térmicas do PPT do Governo federal, para garantia de suprimento em caso de crise de energia. Essas usinas já têm uma potência instalada de 2.100 MW. (Jornal do Commercio - 17.10.2002)

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2- ONS prevê 2003 sem racionamento

De acordo com o presidente do ONS, Mário Fernando de Melo Santos, a reserva estimada de 19% seria suficiente para garantir fornecimento normal em 2003 mesmo que este seja um ano de pouca chuva, com índices pluviométricos até 36% abaixo da média histórica. A reserva de 40% - nível que deve ser alcançado graças à queda no consumo de energia elétrica depois do racionamento - significa, na prática, que haverá abastecimento regular mesmo que 2003 seja um ano crítico em termos de regime pluviométrico. Os cálculos da ONS levam em consideração crescimento econômico de 5% em 2003. O que significa que, em caso de expansão menor que 5%, o sistema elétrico trabalhará com um margem de segurança ainda maior do que a prevista pela ONS. A falta de chuvas atinge principalmente o Nordeste, onde os reservatórios estão com apenas 29% de seu nível. Desde o fim de setembro, o Sudeste vem aumentando a "exportação" de energia para o Nordeste. O intercâmbio, acertado com a Aneel, pulou de 300 para 1000 MW. O cenário entre os especialistas é de tranqüilidade, principalmente porque o período úmido ainda está para começar. No Sudeste, as análises apontam para quadro sem problemas em 2003, já que os reservatórios devem encerrar esse ano com 40%. (Valor - 17.10.2002)

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3- Eletropaulo estima redução da demanda de 4% no horário de ponta durante o horário de verão

A Eletropaulo estima uma redução de 4% na demanda máxima na ponta com a adoção do horário de verão que começa no dia 3 de novembro. Esse valor corresponde a uma diminuição de 185 MW na carga. Mesmo com 22 dias a menos, a empresa espera que a demanda no horário de ponta seja 0,5% menor do que no ano passado, quando a redução chegou a 3,5%. Historicamente a queda no pico gira em torno de 4,5%. Segundo Antoninho Borge, vice-presidente da Eletropaulo, não há alteração significativa em relação ao consumo nem em relação á receita da empresa. "O cunho do horário de verão é social. Para o setor a adoção do horário é importante quando a carga está no limite da operação, o que não acontece esse ano em que a carga está menor do que a máxima anteriores. Esta mudança se dá em função do racionamento", afirma. (Canal Energia - 16.10.2002)

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4- Consumo de energia sobe em três subsistemas do país

Com exceção do subsistema Norte, as demais regiões registraram aumento no consumo de energia no último dia 15 de outubro. Segundo dados do ONS, o maior crescimento foi verificado no Sul do país, que registrou índice de 5,2% em comparação com o dia anterior. A demanda de energia nesse subsistema chegou a 8.007 MW. A região Sudeste/Centro-Oeste também apresentou aumento no consumo de energia (3,5%). Na última terça-feira, a demanda de energia verificada no subsistema foi de 27.954 MW. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume acumulado no mês está 1,01% abaixo do previsto pelo ONS. No Nordeste, o consumo chegou a 6.210 MW, um aumento de 1,8% em um dia. Comparando com a curva de aversão ao risco, o volume acumulado no mês de outubro está 3,66% abaixo do previsto pelo operador do sistema. O subsistema Norte foi o único a registrar pequena queda no consumo de energia. No último dia 15, a demanda chegou a 2.661 MW, um volume 0,3% inferior ao verificado no dia anterior. (Canal Energia - 16.10.2002)

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5- Temporal causa problemas na rede elétrica em Campo Grande

O temporal de ontem à noite provocou problemas na rede elétrica em Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul. A ocorrência mais grave foi no cruzamento das ruas Bahia e XV de Novembro, por volta de 19h15. A queda de um galho na rede deixou a região sem energia. O trabalho de reparo na rede demorou 1h30. Por volta de 20h houve ainda queda de energia em bairros da Saída para São Paulo, Três Lagoas e o Santa Fé. Quinze equipes trabalharam no atendimento das solicitações. (Campo Grande News - 17.10.2002)

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6- Região Norte está com 21,56% de sua capacidade

Com uma queda de 0,45%, a região Norte está com 21,56% da capacidade. A hidrelétrica de Tucuruí, a maior do subsistema, está com índice de 25,04%. (Canal Energia - 16.10.2002)

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7- Reservatórios do Nordeste estão com 29,51% da capacidade

Na região Nordeste, os reservatórios estão em 29,51%, uma retração de 0,3% em comparação ao dia 14 de outubro. A região mantém a capacidade 21,45% acima da curva de aversão ao risco prevista pelo operador do sistema. O nível da usina de Sobradinho está em 18,82%. (Canal Energia - 16.10.2002)

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8- Reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão com 47,61%

A região Sudeste/Centro-Oeste apresentou redução de 0,43% nos índices. Os reservatórios da região estão com 47,61%, ficando 21,51% acima da curva de aversão ao risco determinada pelo ONS. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas estão com 50,18% e 64,86%. (Canal Energia - 16.10.2002)

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9- Índice de armazenamento da região Sul não sofre alteração

Na região Sul o índice de armazenamento não sofreu alteração em relação ao dia anterior, permanecendo em 90,72%. O nível da usina de G. B. Munhoz está em 94,78%. (Canal Energia - 16.10.2002)

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10- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás deve ser exceção em trimestre de balanços comprometidos coma alta do dólar

A safra de balanços do terceiro trimestre será econômica em boas notícias. Projeções de analistas de mercado indicam que serão poucos os exemplos de companhias que conseguirão escapar dos efeitos nocivos da alta do dólar e exibir lucros crescentes em relação ao segundo trimestre. Relatórios recentes divulgados aos investidores indicam que a Eletrobrás, é uma exceção. A Eletrobrás é candidata a um resultado recorde conforme as estimativas de Sergio Tamashiro, do Unibanco. Recebíveis relativos à venda de energia de Itaipu, cotada em dólar, serão os responsáveis pela melhora nos números. Para o restante do setor elétrico, o analista resume seus prognósticos a "fortes perdas". (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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2- Itaipu pede diferimento da dívida junto à Eletrobrás para adotar câmbio fixo

A proposta de fixação do dólar vinculado às tarifas da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu está atrelada ao diferimento de variações cambiais da dívida da administradora da usina junto à Eletrobrás. Esta é a posição de Itaipu Binacional frente à possível estagnação da cotação da moeda norte-americana, que serve como índice para o valor da energia vendida às distribuidoras do setor elétrico. A argumentação segue o modelo de reajuste da flutuação do dólar para as empresas, que baseia-se na absorção das variações ao longo do ano por uma conta gráfica, sendo essas repassadas às tarifas finais no reajuste anual, já corrigidas pela taxa Selic. Pela proposta, no caso de o dólar de Itaipu ser fixado a um valor abaixo do praticado no mercado, o impacto no fluxo de caixa das distribuidoras seria recuperado a cada ano nos reajustes. Da mesma forma, a cobertura dos custos de Itaipu Binacional com a holding estatal - que detém 50% do seu capital - terá que ser feita com o dólar fixo, segundo a operadora da usina. (Canal Energia - 16.10.2002)

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3- Eletrobrás e Aneel fecham acordo para modernizar banco de dados de transmissão

A Eletrobrás fechou acordo de cooperação técnica com a Aneel. O acordo permitirá a ampliação e a modernização de banco de dados da estatal, com informações sobre custos de materiais e equipamentos para linhas de transmissão e subestações. O objetivo é desenvolver um sistema avançado, que permita a atualização constante das mudanças de preços no mercado fornecedor. Esses dados poderão ser utilizados na determinação dos valores da receita máxima permitida em processos licitatórios de sistemas de transmissão, além de contribuir para a análise de autorização para reforços e melhoria da rede básica. Por enquanto, a agência utiliza o banco de dados estruturado pela Eletrobrás na década de 80. (Canal Energia - 16.10.2002)

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4- Chesf investirá R$ 700 mi em 2003

A Chesf planeja investir aproximadamente R$ 700 mi em 2003, conforme proposta orçamentária. Mozart Siqueira Campos, presidente da Chesf, afirma que as obras de transmissão terão R$ 350 mi, enquanto a geração ficará com outros R$ 300 mi. A pequena parcela restante, completa o executivo, será destinada à infra-estrutura em geral. O destaque entre os empreendimentos de 2003 é a linha Presidente Dutra (MA)-Teresina II (PI), com conclusão prevista para março. O trecho é considerado emergencial pelo Ministério de Minas e Energia por aumentar a capacidade de transporte da eletricidade gerada na usina de Tucuruí (PA), além de elevar a confiabilidade do intercâmbio entre as regiões Norte e Nordeste. Ainda na transmissão, Siqueira Campos lista a conversão da linha de transmissão Milagres-Fortaleza, no Ceará, para 500 kV. "Outra obra de peso, no ano que vem, será a conclusão da termelétrica de Camaçari (BA)", disse o executivo. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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5- Planejamento estratégico da Chesf termina no final do mês

Mozart Siqueira Campos, presidente da Chesf, disse que, até o final deste mês, terminam os trabalhos do planejamento estratégico da companhia. "Esse material será colocado à disposição do novo governo, independentemente de quem vença as eleições presidenciais", afirma. Segundo ele, as discussões já em fase final e deixam claro que as companhias do setor elétrico caminham para a gestão separada por unidades de negócio. "É preciso separar, por exemplo, as atividades de geração, que é um segmento de livre competição, das ações de transmissão, cuja natureza continua regulada." Também neste mês a Chesf vai criar uma superintendência de comercialização de energia, que ganhou força após o desempenho da estatal no leilão das geradoras federais para venda da chamada energia "velha", ligada aos contratos iniciais e que será liberada a partir de janeiro de 2003. Está marcada para a próxima terça-feira uma reunião na sede da Eletrobrás, com representantes da Chesf, Eletronorte e Furnas, para traçar uma estratégia para as sobras de energia "velha" das federais. Mas a decisão final é de cada empresa. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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6- Setor elétrico cobra dívidas em atraso do poder público

As distribuidoras de energia elétrica estão concentrando esforços para cobrar contas com pagamento em atraso pelo poder público - o maior devedor do setor. Com isso, as empresas esperam melhorar seu fluxo de caixa, reduzido pelo racionamento de eletricidade. O atraso médio desses clientes chega a três meses, mas há casos de prefeituras que não pagam suas contas há cerca de cinco anos. (A Gazeta - 17.10.2002)

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7- Cemat cobra dívida de prefeituras

Um exemplo de distribuidora que está cobrando dívidas do setor público é a Cemat, que atende 138 municípios do Estado do Mato Grosso. A empresa não recebe contas vencidas das prefeituras de Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande desde antes da privatização, em 1997. "Elas vinham pagando apenas as contas mensais, mas pararam porque tiveram a cobrança da Taxa de Iluminação Pública, a Tip, suspensa", diz o diretor do Grupo Rede, Nuremberg Borja. (A Gazeta - 17.10.2002)

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8- Eletropaulo consegue renegociar dívidas

A Eletropaulo Metropolitana, que atende à Grande São Paulo, também está investindo para receber o que tem direito. Nos últimos meses, a distribuidora conseguiu renegociar dívidas com pelo menos cinco clientes: Companhia do Metropolitano (Metrô), cujo débito é de R$ 127 mi; Sabesp, R$ 2 mi; Anhembi Turismo, R$ 2 mi; CPTM, R$ 10 mi; e Prefeitura de São Paulo, R$ 370 mi. Os pagamentos serão feitos em parcelas. No caso da prefeitura, o valor será quitado até 2011, corrigido pela inflação, explica o vice-presidente de clientes corporativos da concessionária, Osvaldo Mundoca. Segundo ele, boa parte do montante devido pelo município refere-se à iluminação pública não paga entre os anos de 1993 e 2000. "As contas mensais vêm sendo quitadas em dia", frisou. O também vice-presidente da Eletropaulo, Eric Pendergraft, afirma que do total de R$ 1,2 bi em contas atrasadas a receber, o setor público responde por dois terços. "A renegociação dessas dívidas tem sido uma de nossas maiores prioridades do momento", comentou. (A Gazeta - 17.10.2002)

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9- CPFL cria grupo para gerenciar contas das prefeituras

Na CPFL, que atende municípios do interior de São Paulo, como Campinas e Ribeirão Preto, foi criado um grupo com 15 profissionais para gerenciar as contas das prefeituras. O diretor comercial de varejo da empresa, Airton Salton Rosek, afirma que hoje 50% do índice de inadimplência vem das prefeituras. "Temos de encontrar caminhos para solucionar isto", concluiu. (A Gazeta - 17.10.2002)

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10- CEB ainda aguarda aprovação da Aneel para iniciar processo de cisão

Ainda está em avaliação pela diretoria da Aneel o pedido de reestruturação societária da CEB. Segundo a agência, o assunto ainda precisa de maiores informações e será deliberada em data futura a ser definida pelo órgão regulador. O processo prevê a cisão das atividades de geração e de distribuição de energia, com a transferência de bens, instalações, direitos e obrigações para as duas subsidiárias que serão criadas. (Canal Energia - 16.10.2002)

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11- Pagamento da AES Elpa ao BNDES será feito no dia 28

A AES Elpa conseguiu postergar para o próximo dia 28 o pagamento de uma dívida de US$ 85 mi junto ao BNDES. A dívida foi contraída quando da aquisição de ações ordinárias da Eletropaulo. Segundo fato relevante divulgado ontem, a empresa está em negociações com o banco para conseguir remanejar os pagamentos devidos. Como garantia da operação, a AES ofereceu as ações ordinárias da Eletropaulo ao BNDES. No caso de não-pagamento, o banco deteria o bloco de controle da concessionária paulistana, com cerca de 51% das ações ordinárias da companhia. A última negociação entre a AES e o BNDES foi realizada em abril, quando a dívida havia sido rolada para a primeira quinzena de outubro. Uma nova parcela do passivo financeiro vence em novembro. A dívida da AES Elpa (antiga Lightgs) foi absorvida pelo grupo AES este ano, quando a empresa concluiu o processo de descruzamento das ações da Eletropaulo e da Light com o grupo francês EDF. Com a operação, a AES assumiu não só o controle acionário da distribuidora, mas também a dívida que a Light tomou junto ao BNDES, via Lightgs, para a compra de ações na privatização da Eletropaulo. A EDF ficou com o controle integral da Light. (Jornal do Commercio - 17.10.2002)

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12- Bandeirante delibera sobre incorporação da Enerpaulo

A distribuidora de energia Bandeirante fará, dia 31, assembléia geral para deliberar sobre a incorporação da controladora Enerpaulo. A operação permitirá amortizar R$ 460,6 milhões relativos ao ágio pago pela Enerpaulo na privatização da Bandeirante. (Valor - 17.10.2002)

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financiamento

1- Celg faz chamada pública para compra de energia

A Celg está realizando mais uma chamada pública para compra de energia elétrica. De acordo com fato relevante divulgado nesta quarta-feira, dia 16 de outubro, pela companhia, os interessados terão até o dia 6 de novembro para encaminhar as ofertas de energia à empresa. A distribuidora goiana pretende adquirir 670 MW médios para contratos de médio e longo prazos. Esse montante, esclarece a nota, será sazonal, de acordo com o interesse da concessionária. Além de geradores de energia, poderão participar da licitação auto produtores, produtores independentes ou excedentes de centrais cogeradoras. As propostas deverão ser encaminhadas à Superintendência de Comercialização da Celg. (Canal Energia - 16.10.2002)

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financiamento

1- Juros cedem com leitura da ata da reunião extraordinária do Copom

Sob a leitura da ata da reunião extraordinária do Copom, as projeções embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) recuaram na BM&F, depois de dois pregões consecutivos em que travaram no limite de oscilação de 10%. O documento do colegiado do BC serviu para diluir especulações de que o aumento do juro primário, de 18% para 21%, na segunda-feira, poderia ter como alvo o câmbio e de que novos ajustes seriam necessários no curtíssimo prazo. Pelas mesas de renda fixa também há a interpretação de que como o ajuste nos juros futuros foi superior à elevação da Selic em três pontos percentuais, o mercado já teria feito o 'trabalho sujo' do aperto monetário, pois são estas taxas que servem de parâmetro para a precificação dos empréstimos no sistema bancário. O contrato de janeiro de 2003, por exemplo, saltou de 21,60% para 24,62% de sexta-feira para cá. Na terça-feira, havia travado em 25,60% e em negociações informais superou os 26%. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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2- Para Taylor, Brasil é capaz de pagar dívida

O subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para assuntos internacionais, John Taylor, disse ontem, em discurso no comitê do Senado norte-americano para assuntos do setor bancário, habitação e urbanismo, que o Brasil é capaz de pagar sua dívida pública de US$ 260 bi, a menos que sofra problemas econômicos sérios. "Com estimados níveis razoáveis de crescimento, razoáveis taxas de juros, e com o desaparecimento da incerteza eleitoral, o pagamento da dívida pública é sustentável", indicou o subsecretário para assuntos internacionais ao discursar sobre a perspectiva econômica da América Latina. A dívida pública do Brasil atualmente equivale a 59% do PIB. Como a economia do País vem desacelerando, investidores internacionais estão preocupados se o Brasil pode continuar pagando a sua dívida. A moratória decretada pela Argentina em dezembro, sobre a maior parte de sua dívida pública, agrava temores de que o Brasil faça o mesmo. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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3- Dólar comercial abre em alta de 0,40% e atinge R$ 3,9360

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,40% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,9260 na compra e a R$ 3,9360 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F tinham avanço de 0,28%, projetando a moeda a R$ 3,90. Ontem, o dólar comercial fechou com alta de 1,95%, a R$ 3,9150 na compra e a R$ 3,9200 na venda, o segundo maior valor do Plano Real. A briga pela formação da Ptax (média das cotações ponderada pelo volume de negócios), que corrige os títulos cambiais a serem resgatados hoje, foi o principal motivo. O BC conseguiu rolar apenas cerca de 60% do vencimento de US$ 3,6 mi. Quem permaneceu com títulos queria que a Ptax fosse elevada, para ter maior remuneração. Hoje, esse fator de pressão não existe mais, o que pode dar certo fôlego à moeda nacional. Por outro lado, com o resgate de 40% da dívida, saem do mercado ativos vinculados ao dólar e entram reais. Essa liquidez extra pode vir a ser alocada na compra de dólares em espécie. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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gás e termoelétricas

1- Compagas amplia rede curitibana

A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou, ontem, investimentos de R$ 25 mi para ampliação da rede nos próximos dois anos. O valor será dividido em quatro projetos: dois irão ampliar no próximo ano a rede de distribuição em Curitiba e Ponta Grossa, somando investimentos próprios de R$ 14,5 mi. A perspectiva da Companhia - que é controlada pela Copel (com 51% das ações), e o restante se dividindo entre Petrobras e Gaspert, subsidiária da Enron com 24,5% de cada uma - é de aumentar o consumo em 98,5 mil m³ com os projetos. A empresa está dando prioridade ao segmento residencial e comercial que representam atualmente menos de 1% do consumo mensal. A rede será ampliada em 79 quilômetros que atenderão bairros da região norte e oeste da cidade (Bacacheri, Cabral, Juvevê, Hugo Lange, Alto da Glória, Alto da XV e Cristo Rei) e irá consumir investimentos de R$ 10,5 mi com previsão de consumo diário de 50 mil m³. Os investimentos de R$ 9,8 mi previstos para 2004, serão requeridos junto ao BNDES. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)

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2- ANP leva setor a debater a abertura do mercado

A abertura do setor de distribuição de combustíveis, que começou no dia 1º de janeiro, será debatida hoje e amanhã em um seminário em Teresópolis, promovido pela ANP. Empresários do setor que participarão da reunião acham que não há muito para comemorar, já que a abertura completou dez meses em um ambiente de controle de preços da Petrobras. A gasolina não é reajustada desde 30 de junho, enquanto o GLP para uso residencial teve seu preço reduzido por ordem do órgão. No seminário, presidido pelo diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, terá representantes do governo federal e do Confaz. Os produtores estarão representados por diretor de abastecimento, marketing e comercialização da Petrobras, Rogério Manso e Paulo Bishoff, da Braskem. Pelo mercado estarão diretores do Sindicom, do SINDTRR, da Fecombustíveis e dos grandes consumidores de energia. (Valor - 17.10.2002)

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3- Cade autoriza criação de pólo gás-químico do Rio

O Cade aprovou, ontem, a criação do pólo gás-químico do Rio, iniciado há dois anos, através de associação entre as companhias Suzano, Petrobras, Unipar e o BNDES. O pólo Rio Polímeros, como é chamado, produzirá eteno a partir de gás natural retirado da Bacia de Campos e enviado à Refinaria Duque de Caxias. Cada uma das unidades de produção tem capacidade estimada em 500 mil toneladas ao ano. A demanda de matérias-primas deverá ser totalmente suprida pela Petrobrás. A previsão é de que o pólo esteja em pleno funcionamento a partir de 2005. O negócio chegou ao Cade depois de denúncia de uma das concorrentes dessas empresas no setor petroquímico, a Copesul. O Cade entendeu que as empresas demoraram a notificar o negócio, descumprindo a Lei de Defesa da Concorrência e decidiu pela aplicação de multa de R$ 63,8 mil. Os conselheiros divergiram quanto à graduação da multa, demonstrando que ainda não têm um entendimento consolidado sobre como penalizar as empresas que atrasam a notificação dos negócios. Essa divergência entre os valores das multas deve-se às tratativas que as empresas fizeram antes de assinar a criação do pólo Rio Polímeros. As negociações começaram em 1994 e o acordo final entre os acionistas só foi assinado em 1º de agosto de 2000. O Cade entende que as empresas devem notificar seus negócios 15 dias depois do primeiro documento vinculativo entre elas, mas há dúvidas se este documento seria um protocolo de intenções, atas de reuniões ou o contrato final. (Valor - 17.10.2002)

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grandes consumidores

1- Racionamento derruba produção industrial de SC

A expressiva queda na produção industrial de Santa Catarina (9,1%) tem uma explicação bastante simples, na avaliação da Fiesc. A base de comparação, agosto do ano passado, estava artificialmente alta, em função da crise energética que atingiu outros Estados. Em julho e agosto de 2001, lembra o diretor de desenvolvimento da entidade, Henry Quaresma, os fabricantes de geradores elétricos e outros equipamentos ligados à geração de energia produziram acima do normal para atender necessidades circunstanciais. O mesmo aconteceu com a indústria de plásticos, uma vez que empresas do Rio, São Paulo e Minas levaram para Santa Catarina parte da produção que não conseguiam realizar em função da necessidade de economizar energia. Os dois setores estão entre os apontados pelo IBGE como as principais influências negativas. Material elétrico e de comunicações teve queda de 57,3%, e o setor de matérias plásticas respondeu por queda de 23,5%. Já os produtos alimentares representaram a principal contribuição positiva, com 8,8%. (Valor - 17.10.2002)

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internacional

1- Dynegy deve deixar negócios nas áreas de comércio de energia

A Dynegy, companhia de energia com base em Houston, anunciou nesta quarta-feira que planeja deixar os negócios de comércio de energia nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Quanto à reestruturação dos negócios da companhia, a Dynegy disse que seu presidente e diretor de operações, Steve bergstrom, decidiu demitir-se e deve retirar seu nome como candidato à posição de CEO (diretor executivo). A saída dos negócios nas áreas de comércio deve se concretizar dentro dos próximos meses, afirmou a Dynegy. "A companhia tomará as medidas apropriadas com respeito às suas obrigações contratuais de longo prazo, incluindo a manutenção da capacidade e habilidade de seu corpo de funcionários, bem como da administração de risco com o objetivo de sustentar e garantir nossos compromissos com os clientes", disse a Dynegy em um comunicado. A companhia afirmou ainda que a saída das áreas de comércio e distribuição de energia resultará "em uma redução substancial de seu quadro de funcionários". "O tempo exato, as áreas afetadas e o número de empregados impactados serão anunciados em breve". Dando seqüência a estas ações, a Dynegy afirmou que deve adotar "uma estrutura centralizada de seus negócios que contará com uma abundante rede de centros corporativos e unidades de operações em geração de energia, gás natural, distribuição regulamentada de energia além da área de comunicação". (Platts - 16.10.02)

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2- Comissão Européia investiga leis observadas na Espanha e na Itália que vêm atuando contra a EDF

A Comissão Européia pediu à Espanha e à Itália informações sobre leis que estariam limitando os direitos de voto para investimentos por companhias estatais em seus setores de energia, disse a Comissão nesta quarta-feira. Estas leis estariam agindo contra investimentos feitos por companhias como a estatal francesa Electricite de France (EDF). A EDF possui ações na geradora Italenergia da Itália e, através de sua participação na alemã EnBW, possui também ações na espanhola Hidrocantabrico. A Comissão Européia disse que está preocupada com o fato de que estas leis possam restringir indevidamente a livre movimentação de capitais, atualmente protegida por tratados e leis acordados pela União Européia. A Comissão Européia está para enviar alguns comunicados de advertências formais, que representariam o primeiro estágio do procedimento contra tais violações. Se não forem observados resultados satisfatórios em até dois messes, a Comissão deve lançar pedidos para mudanças das respectivas leis. (Platts - 16.10.02)

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3- Iberdrola repensa investimentos na América Latina

A Iberdrola está repensando a dimensão e os prazos dos investimentos previstos para o Brasil e para o México, perante os problemas burocráticos com que se deparou nestes países, afirmou ontem Ignacio Sánchez Galán, conselheiro delegado da empresa. O mesmo adiantou que a Iberdrola poderá ver-se obrigada a reduzir o nível de investimento previsto para os dois países, ou seja US$ 3,63 bi. Galán afirmou que as reduções não derivam das condições do mercado, mas sim dos problemas burocráticos que existem nos dois países mais importantes da América Latina, que formam um pilar importante no plano estratégico da Iberdrola. O plano prevê um investimento de US$ 2,55 bi no México e US$ 1,08 bi no Brasil, numa série de planos de geração e distribuição de eletricidade, os quais, por sua vez, integram uma previsão global de investimento de US$ 11,78 bi no período de 2002 a 2006. "É possível que alguns dos investimento, como é o caso do Brasil, sofram um atraso. Em princípio, agora mesmo, creio que poderá ocorrer uma redução nos investimentos", disse Sánchez Galán sem adiantar números. Sánchez Galán garantiu que a Iberdrola manterá as intenções de investimento no Brasil, independentemente do resultado das suas eleições presidenciais, uma vez que considera que os atrasos neste país são de natureza "administrativa e burocrática". (Diário Económico - 15.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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