1- Representantes da Abraceel discutem medidas do plano
de revitalização |
Representantes da Abraceel
se reúnem nesta quarta-feira, dia 16 de outubro, para discutir
itens do Plano de Revitalização do Setor. Entre eles está a medida
que trata da efetivação de consumidor livre, além de avaliar a
participação da associação nos grupos de trabalho organizados
pelo Ministério de Minas e Energia. O grupo também discutirá o
tema que fala sobre encargos de serviço de sistema (ESS). A reunião
acontece na sede da Tradener, em Curitiba. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
1- ONS nega risco de abastecimento nos reservatórios |
O diretor-presidente do ONS, Mário Santos, garantiu ontem, em
Belo Horizonte, que a seca que vem atingindo o País não oferece
risco para o abastecimento de energia. De acordo com ele, o nível
dos principais reservatórios ainda está 22% acima da curva de
risco e as chuvas, desde o início do ano, atingiram 85% da média
histórica dos últimos 70 anos. Além disso, conforme Santos, o
nível de consumo não voltou aos níveis anteriores ao programa
de racionamento de energia. De acordo com ele, além da conscientização
da população quanto à necessidade de combater o desperdício de
energia, a retração da economia também contribui para a queda
no consumo. Conforme o diretor-presidente do ONS, as estimativas
traçadas pelo órgão apontam que, caso o nível de água acumulada
nos reservatórios chegue a apenas 19% da capacidade, as chuvas
poderiam atingir 67% da média histórica e, mesmo assim, não colocariam
o abastecimento em risco. "Até o fim de novembro, as estimativas
são de que o nível de energia acumulada chegará a 40%, uma faixa
bastante confortável", avalia. Santos disse também que já foram
instaladas 50 das 57 usinas térmicas do PPT do Governo federal,
para garantia de suprimento em caso de crise de energia. Essas
usinas já têm uma potência instalada de 2.100 MW. (Jornal do Commercio
- 17.10.2002)
Índice
|
2- ONS prevê 2003 sem racionamento |
De acordo com o presidente do ONS, Mário Fernando de Melo Santos,
a reserva estimada de 19% seria suficiente para garantir fornecimento
normal em 2003 mesmo que este seja um ano de pouca chuva, com
índices pluviométricos até 36% abaixo da média histórica. A reserva
de 40% - nível que deve ser alcançado graças à queda no consumo
de energia elétrica depois do racionamento - significa, na prática,
que haverá abastecimento regular mesmo que 2003 seja um ano crítico
em termos de regime pluviométrico. Os cálculos da ONS levam em
consideração crescimento econômico de 5% em 2003. O que significa
que, em caso de expansão menor que 5%, o sistema elétrico trabalhará
com um margem de segurança ainda maior do que a prevista pela
ONS. A falta de chuvas atinge principalmente o Nordeste, onde
os reservatórios estão com apenas 29% de seu nível. Desde o fim
de setembro, o Sudeste vem aumentando a "exportação" de energia
para o Nordeste. O intercâmbio, acertado com a Aneel, pulou de
300 para 1000 MW. O cenário entre os especialistas é de tranqüilidade,
principalmente porque o período úmido ainda está para começar.
No Sudeste, as análises apontam para quadro sem problemas em 2003,
já que os reservatórios devem encerrar esse ano com 40%. (Valor
- 17.10.2002)
Índice
|
3- Eletropaulo estima redução da demanda de 4% no horário
de ponta durante o horário de verão |
A Eletropaulo estima uma redução de 4% na demanda máxima na ponta
com a adoção do horário de verão que começa no dia 3 de novembro.
Esse valor corresponde a uma diminuição de 185 MW na carga. Mesmo
com 22 dias a menos, a empresa espera que a demanda no horário
de ponta seja 0,5% menor do que no ano passado, quando a redução
chegou a 3,5%. Historicamente a queda no pico gira em torno de
4,5%. Segundo Antoninho Borge, vice-presidente da Eletropaulo,
não há alteração significativa em relação ao consumo nem em relação
á receita da empresa. "O cunho do horário de verão é social. Para
o setor a adoção do horário é importante quando a carga está no
limite da operação, o que não acontece esse ano em que a carga
está menor do que a máxima anteriores. Esta mudança se dá em função
do racionamento", afirma. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
4- Consumo de energia sobe em três subsistemas do país
|
Com exceção do subsistema Norte, as demais regiões registraram
aumento no consumo de energia no último dia 15 de outubro. Segundo
dados do ONS, o maior crescimento foi verificado no Sul do país,
que registrou índice de 5,2% em comparação com o dia anterior.
A demanda de energia nesse subsistema chegou a 8.007 MW. A região
Sudeste/Centro-Oeste também apresentou aumento no consumo de energia
(3,5%). Na última terça-feira, a demanda de energia verificada
no subsistema foi de 27.954 MW. Em relação à curva de aversão
ao risco, o volume acumulado no mês está 1,01% abaixo do previsto
pelo ONS. No Nordeste, o consumo chegou a 6.210 MW, um aumento
de 1,8% em um dia. Comparando com a curva de aversão ao risco,
o volume acumulado no mês de outubro está 3,66% abaixo do previsto
pelo operador do sistema. O subsistema Norte foi o único a registrar
pequena queda no consumo de energia. No último dia 15, a demanda
chegou a 2.661 MW, um volume 0,3% inferior ao verificado no dia
anterior. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
5- Temporal causa problemas na rede elétrica em Campo
Grande |
O temporal de ontem à noite provocou problemas na rede elétrica
em Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul. A ocorrência
mais grave foi no cruzamento das ruas Bahia e XV de Novembro,
por volta de 19h15. A queda de um galho na rede deixou a região
sem energia. O trabalho de reparo na rede demorou 1h30. Por volta
de 20h houve ainda queda de energia em bairros da Saída para São
Paulo, Três Lagoas e o Santa Fé. Quinze equipes trabalharam no
atendimento das solicitações. (Campo Grande News - 17.10.2002)
Índice
|
6- Região Norte está com 21,56% de sua capacidade |
Com uma queda de 0,45%, a região Norte está com 21,56% da capacidade.
A hidrelétrica de Tucuruí, a maior do subsistema, está com índice
de 25,04%. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
7- Reservatórios do Nordeste estão com 29,51% da capacidade |
Na região Nordeste, os reservatórios estão em 29,51%, uma retração
de 0,3% em comparação ao dia 14 de outubro. A região mantém a
capacidade 21,45% acima da curva de aversão ao risco prevista
pelo operador do sistema. O nível da usina de Sobradinho está
em 18,82%. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
8- Reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão
com 47,61% |
A região Sudeste/Centro-Oeste apresentou redução de 0,43% nos
índices. Os reservatórios da região estão com 47,61%, ficando
21,51% acima da curva de aversão ao risco determinada pelo ONS.
As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas estão com 50,18% e 64,86%.
(Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
9- Índice de armazenamento da região Sul não sofre
alteração |
Na região Sul o índice de armazenamento não sofreu alteração em
relação ao dia anterior, permanecendo em 90,72%. O nível da usina
de G. B. Munhoz está em 94,78%. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
10- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
Índice
|
1- Eletrobrás deve ser exceção em trimestre de balanços
comprometidos coma alta do dólar |
A safra de balanços do terceiro trimestre será econômica em boas
notícias. Projeções de analistas de mercado indicam que serão
poucos os exemplos de companhias que conseguirão escapar dos efeitos
nocivos da alta do dólar e exibir lucros crescentes em relação
ao segundo trimestre. Relatórios recentes divulgados aos investidores
indicam que a Eletrobrás, é uma exceção. A Eletrobrás é candidata
a um resultado recorde conforme as estimativas de Sergio Tamashiro,
do Unibanco. Recebíveis relativos à venda de energia de Itaipu,
cotada em dólar, serão os responsáveis pela melhora nos números.
Para o restante do setor elétrico, o analista resume seus prognósticos
a "fortes perdas". (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
2- Itaipu pede diferimento da dívida junto à Eletrobrás
para adotar câmbio fixo |
A proposta de fixação do dólar vinculado às tarifas da energia
gerada pela hidrelétrica de Itaipu está atrelada ao diferimento
de variações cambiais da dívida da administradora da usina junto
à Eletrobrás. Esta é a posição de Itaipu Binacional frente à possível
estagnação da cotação da moeda norte-americana, que serve como
índice para o valor da energia vendida às distribuidoras do setor
elétrico. A argumentação segue o modelo de reajuste da flutuação
do dólar para as empresas, que baseia-se na absorção das variações
ao longo do ano por uma conta gráfica, sendo essas repassadas
às tarifas finais no reajuste anual, já corrigidas pela taxa Selic.
Pela proposta, no caso de o dólar de Itaipu ser fixado a um valor
abaixo do praticado no mercado, o impacto no fluxo de caixa das
distribuidoras seria recuperado a cada ano nos reajustes. Da mesma
forma, a cobertura dos custos de Itaipu Binacional com a holding
estatal - que detém 50% do seu capital - terá que ser feita com
o dólar fixo, segundo a operadora da usina. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
3- Eletrobrás e Aneel fecham acordo para modernizar
banco de dados de transmissão |
A Eletrobrás fechou acordo de cooperação técnica com a Aneel.
O acordo permitirá a ampliação e a modernização de banco de dados
da estatal, com informações sobre custos de materiais e equipamentos
para linhas de transmissão e subestações. O objetivo é desenvolver
um sistema avançado, que permita a atualização constante das mudanças
de preços no mercado fornecedor. Esses dados poderão ser utilizados
na determinação dos valores da receita máxima permitida em processos
licitatórios de sistemas de transmissão, além de contribuir para
a análise de autorização para reforços e melhoria da rede básica.
Por enquanto, a agência utiliza o banco de dados estruturado pela
Eletrobrás na década de 80. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
4- Chesf investirá R$ 700 mi em 2003 |
A Chesf planeja investir aproximadamente R$ 700 mi em 2003, conforme
proposta orçamentária. Mozart Siqueira Campos, presidente da Chesf,
afirma que as obras de transmissão terão R$ 350 mi, enquanto a
geração ficará com outros R$ 300 mi. A pequena parcela restante,
completa o executivo, será destinada à infra-estrutura em geral.
O destaque entre os empreendimentos de 2003 é a linha Presidente
Dutra (MA)-Teresina II (PI), com conclusão prevista para março.
O trecho é considerado emergencial pelo Ministério de Minas e
Energia por aumentar a capacidade de transporte da eletricidade
gerada na usina de Tucuruí (PA), além de elevar a confiabilidade
do intercâmbio entre as regiões Norte e Nordeste. Ainda na transmissão,
Siqueira Campos lista a conversão da linha de transmissão Milagres-Fortaleza,
no Ceará, para 500 kV. "Outra obra de peso, no ano que vem, será
a conclusão da termelétrica de Camaçari (BA)", disse o executivo.
(Gazeta Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
5- Planejamento estratégico da Chesf termina no final
do mês |
Mozart Siqueira Campos, presidente da Chesf, disse que, até o
final deste mês, terminam os trabalhos do planejamento estratégico
da companhia. "Esse material será colocado à disposição do novo
governo, independentemente de quem vença as eleições presidenciais",
afirma. Segundo ele, as discussões já em fase final e deixam claro
que as companhias do setor elétrico caminham para a gestão separada
por unidades de negócio. "É preciso separar, por exemplo, as atividades
de geração, que é um segmento de livre competição, das ações de
transmissão, cuja natureza continua regulada." Também neste mês
a Chesf vai criar uma superintendência de comercialização de energia,
que ganhou força após o desempenho da estatal no leilão das geradoras
federais para venda da chamada energia "velha", ligada aos contratos
iniciais e que será liberada a partir de janeiro de 2003. Está
marcada para a próxima terça-feira uma reunião na sede da Eletrobrás,
com representantes da Chesf, Eletronorte e Furnas, para traçar
uma estratégia para as sobras de energia "velha" das federais.
Mas a decisão final é de cada empresa. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
6- Setor elétrico cobra dívidas em atraso do poder
público |
As distribuidoras de energia elétrica estão concentrando esforços
para cobrar contas com pagamento em atraso pelo poder público
- o maior devedor do setor. Com isso, as empresas esperam melhorar
seu fluxo de caixa, reduzido pelo racionamento de eletricidade.
O atraso médio desses clientes chega a três meses, mas há casos
de prefeituras que não pagam suas contas há cerca de cinco anos.
(A Gazeta - 17.10.2002)
Índice
|
7- Cemat cobra dívida de prefeituras |
Um exemplo de distribuidora que está cobrando dívidas do setor
público é a Cemat, que atende 138 municípios do Estado do Mato
Grosso. A empresa não recebe contas vencidas das prefeituras de
Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande desde antes da privatização,
em 1997. "Elas vinham pagando apenas as contas mensais, mas pararam
porque tiveram a cobrança da Taxa de Iluminação Pública, a Tip,
suspensa", diz o diretor do Grupo Rede, Nuremberg Borja. (A Gazeta
- 17.10.2002)
Índice
|
8- Eletropaulo consegue renegociar dívidas |
A Eletropaulo Metropolitana, que atende à Grande São Paulo, também
está investindo para receber o que tem direito. Nos últimos meses,
a distribuidora conseguiu renegociar dívidas com pelo menos cinco
clientes: Companhia do Metropolitano (Metrô), cujo débito é de
R$ 127 mi; Sabesp, R$ 2 mi; Anhembi Turismo, R$ 2 mi; CPTM, R$
10 mi; e Prefeitura de São Paulo, R$ 370 mi. Os pagamentos serão
feitos em parcelas. No caso da prefeitura, o valor será quitado
até 2011, corrigido pela inflação, explica o vice-presidente de
clientes corporativos da concessionária, Osvaldo Mundoca. Segundo
ele, boa parte do montante devido pelo município refere-se à iluminação
pública não paga entre os anos de 1993 e 2000. "As contas mensais
vêm sendo quitadas em dia", frisou. O também vice-presidente da
Eletropaulo, Eric Pendergraft, afirma que do total de R$ 1,2 bi
em contas atrasadas a receber, o setor público responde por dois
terços. "A renegociação dessas dívidas tem sido uma de nossas
maiores prioridades do momento", comentou. (A Gazeta - 17.10.2002)
Índice
|
9- CPFL cria grupo para gerenciar contas das prefeituras |
Na CPFL, que atende municípios do interior de São Paulo, como
Campinas e Ribeirão Preto, foi criado um grupo com 15 profissionais
para gerenciar as contas das prefeituras. O diretor comercial
de varejo da empresa, Airton Salton Rosek, afirma que hoje 50%
do índice de inadimplência vem das prefeituras. "Temos de encontrar
caminhos para solucionar isto", concluiu. (A Gazeta - 17.10.2002)
Índice
|
10- CEB ainda aguarda aprovação da Aneel para iniciar
processo de cisão |
Ainda está em avaliação pela diretoria da Aneel o pedido de reestruturação
societária da CEB. Segundo a agência, o assunto ainda precisa
de maiores informações e será deliberada em data futura a ser
definida pelo órgão regulador. O processo prevê a cisão das atividades
de geração e de distribuição de energia, com a transferência de
bens, instalações, direitos e obrigações para as duas subsidiárias
que serão criadas. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
11- Pagamento da AES Elpa ao BNDES será feito no
dia 28 |
A AES Elpa conseguiu postergar para o próximo dia 28 o pagamento
de uma dívida de US$ 85 mi junto ao BNDES. A dívida foi contraída
quando da aquisição de ações ordinárias da Eletropaulo. Segundo
fato relevante divulgado ontem, a empresa está em negociações
com o banco para conseguir remanejar os pagamentos devidos.
Como garantia da operação, a AES ofereceu as ações ordinárias
da Eletropaulo ao BNDES. No caso de não-pagamento, o banco deteria
o bloco de controle da concessionária paulistana, com cerca
de 51% das ações ordinárias da companhia. A última negociação
entre a AES e o BNDES foi realizada em abril, quando a dívida
havia sido rolada para a primeira quinzena de outubro. Uma nova
parcela do passivo financeiro vence em novembro. A dívida da
AES Elpa (antiga Lightgs) foi absorvida pelo grupo AES este
ano, quando a empresa concluiu o processo de descruzamento das
ações da Eletropaulo e da Light com o grupo francês EDF. Com
a operação, a AES assumiu não só o controle acionário da distribuidora,
mas também a dívida que a Light tomou junto ao BNDES, via Lightgs,
para a compra de ações na privatização da Eletropaulo. A EDF
ficou com o controle integral da Light. (Jornal do Commercio
- 17.10.2002)
Índice
|
12- Bandeirante delibera sobre incorporação da Enerpaulo |
A distribuidora de energia Bandeirante fará, dia 31, assembléia
geral para deliberar sobre a incorporação da controladora Enerpaulo.
A operação permitirá amortizar R$ 460,6 milhões relativos ao
ágio pago pela Enerpaulo na privatização da Bandeirante. (Valor
- 17.10.2002)
Índice
|
1- Celg faz chamada pública para compra de energia
|
A Celg está realizando mais uma chamada pública para compra de
energia elétrica. De acordo com fato relevante divulgado nesta
quarta-feira, dia 16 de outubro, pela companhia, os interessados
terão até o dia 6 de novembro para encaminhar as ofertas de energia
à empresa. A distribuidora goiana pretende adquirir 670 MW médios
para contratos de médio e longo prazos. Esse montante, esclarece
a nota, será sazonal, de acordo com o interesse da concessionária.
Além de geradores de energia, poderão participar da licitação
auto produtores, produtores independentes ou excedentes de centrais
cogeradoras. As propostas deverão ser encaminhadas à Superintendência
de Comercialização da Celg. (Canal Energia - 16.10.2002)
Índice
|
1- Juros cedem com leitura da ata da reunião extraordinária
do Copom |
Sob a leitura da ata da reunião extraordinária do Copom, as projeções
embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) recuaram
na BM&F, depois de dois pregões consecutivos em que travaram no
limite de oscilação de 10%. O documento do colegiado do BC serviu
para diluir especulações de que o aumento do juro primário, de
18% para 21%, na segunda-feira, poderia ter como alvo o câmbio
e de que novos ajustes seriam necessários no curtíssimo prazo.
Pelas mesas de renda fixa também há a interpretação de que como
o ajuste nos juros futuros foi superior à elevação da Selic em
três pontos percentuais, o mercado já teria feito o 'trabalho
sujo' do aperto monetário, pois são estas taxas que servem de
parâmetro para a precificação dos empréstimos no sistema bancário.
O contrato de janeiro de 2003, por exemplo, saltou de 21,60% para
24,62% de sexta-feira para cá. Na terça-feira, havia travado em
25,60% e em negociações informais superou os 26%. (Gazeta Mercantil
- 17.10.2002)
Índice
|
2- Para Taylor, Brasil é capaz de pagar dívida |
O subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para assuntos internacionais,
John Taylor, disse ontem, em discurso no comitê do Senado norte-americano
para assuntos do setor bancário, habitação e urbanismo, que o
Brasil é capaz de pagar sua dívida pública de US$ 260 bi, a menos
que sofra problemas econômicos sérios. "Com estimados níveis razoáveis
de crescimento, razoáveis taxas de juros, e com o desaparecimento
da incerteza eleitoral, o pagamento da dívida pública é sustentável",
indicou o subsecretário para assuntos internacionais ao discursar
sobre a perspectiva econômica da América Latina. A dívida pública
do Brasil atualmente equivale a 59% do PIB. Como a economia do
País vem desacelerando, investidores internacionais estão preocupados
se o Brasil pode continuar pagando a sua dívida. A moratória decretada
pela Argentina em dezembro, sobre a maior parte de sua dívida
pública, agrava temores de que o Brasil faça o mesmo. (Gazeta
Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
3- Dólar comercial abre em alta de 0,40% e atinge R$
3,9360 |
O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,40% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,9260 na compra e a R$ 3,9360
na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados
na BM & F tinham avanço de 0,28%, projetando a moeda a R$ 3,90.
Ontem, o dólar comercial fechou com alta de 1,95%, a R$ 3,9150
na compra e a R$ 3,9200 na venda, o segundo maior valor do Plano
Real. A briga pela formação da Ptax (média das cotações ponderada
pelo volume de negócios), que corrige os títulos cambiais a serem
resgatados hoje, foi o principal motivo. O BC conseguiu rolar
apenas cerca de 60% do vencimento de US$ 3,6 mi. Quem permaneceu
com títulos queria que a Ptax fosse elevada, para ter maior remuneração.
Hoje, esse fator de pressão não existe mais, o que pode dar certo
fôlego à moeda nacional. Por outro lado, com o resgate de 40%
da dívida, saem do mercado ativos vinculados ao dólar e entram
reais. Essa liquidez extra pode vir a ser alocada na compra de
dólares em espécie. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
1- Compagas amplia rede curitibana |
A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou, ontem, investimentos
de R$ 25 mi para ampliação da rede nos próximos dois anos. O valor
será dividido em quatro projetos: dois irão ampliar no próximo
ano a rede de distribuição em Curitiba e Ponta Grossa, somando
investimentos próprios de R$ 14,5 mi. A perspectiva da Companhia
- que é controlada pela Copel (com 51% das ações), e o restante
se dividindo entre Petrobras e Gaspert, subsidiária da Enron com
24,5% de cada uma - é de aumentar o consumo em 98,5 mil m³ com
os projetos. A empresa está dando prioridade ao segmento residencial
e comercial que representam atualmente menos de 1% do consumo
mensal. A rede será ampliada em 79 quilômetros que atenderão bairros
da região norte e oeste da cidade (Bacacheri, Cabral, Juvevê,
Hugo Lange, Alto da Glória, Alto da XV e Cristo Rei) e irá consumir
investimentos de R$ 10,5 mi com previsão de consumo diário de
50 mil m³. Os investimentos de R$ 9,8 mi previstos para 2004,
serão requeridos junto ao BNDES. (Gazeta Mercantil - 17.10.2002)
Índice
|
2- ANP leva setor a debater a abertura do mercado |
A abertura do setor de distribuição de combustíveis, que começou
no dia 1º de janeiro, será debatida hoje e amanhã em um seminário
em Teresópolis, promovido pela ANP. Empresários do setor que participarão
da reunião acham que não há muito para comemorar, já que a abertura
completou dez meses em um ambiente de controle de preços da Petrobras.
A gasolina não é reajustada desde 30 de junho, enquanto o GLP
para uso residencial teve seu preço reduzido por ordem do órgão.
No seminário, presidido pelo diretor-geral da ANP, Sebastião do
Rego Barros, terá representantes do governo federal e do Confaz.
Os produtores estarão representados por diretor de abastecimento,
marketing e comercialização da Petrobras, Rogério Manso e Paulo
Bishoff, da Braskem. Pelo mercado estarão diretores do Sindicom,
do SINDTRR, da Fecombustíveis e dos grandes consumidores de energia.
(Valor - 17.10.2002)
Índice
|
3- Cade autoriza criação de pólo gás-químico do Rio |
O Cade aprovou, ontem, a criação do pólo
gás-químico do Rio, iniciado há dois anos, através de associação
entre as companhias Suzano, Petrobras, Unipar e o BNDES. O pólo
Rio Polímeros, como é chamado, produzirá eteno a partir de gás
natural retirado da Bacia de Campos e enviado à Refinaria Duque
de Caxias. Cada uma das unidades de produção tem capacidade estimada
em 500 mil toneladas ao ano. A demanda de matérias-primas deverá
ser totalmente suprida pela Petrobrás. A previsão é de que o pólo
esteja em pleno funcionamento a partir de 2005. O negócio chegou
ao Cade depois de denúncia de uma das concorrentes dessas empresas
no setor petroquímico, a Copesul. O Cade entendeu que as empresas
demoraram a notificar o negócio, descumprindo a Lei de Defesa
da Concorrência e decidiu pela aplicação de multa de R$ 63,8 mil.
Os conselheiros divergiram quanto à graduação da multa, demonstrando
que ainda não têm um entendimento consolidado sobre como penalizar
as empresas que atrasam a notificação dos negócios. Essa divergência
entre os valores das multas deve-se às tratativas que as empresas
fizeram antes de assinar a criação do pólo Rio Polímeros. As negociações
começaram em 1994 e o acordo final entre os acionistas só foi
assinado em 1º de agosto de 2000. O Cade entende que as empresas
devem notificar seus negócios 15 dias depois do primeiro documento
vinculativo entre elas, mas há dúvidas se este documento seria
um protocolo de intenções, atas de reuniões ou o contrato final.
(Valor - 17.10.2002)
Índice
|
1- Racionamento derruba produção industrial de SC |
A expressiva queda na produção industrial de Santa Catarina (9,1%)
tem uma explicação bastante simples, na avaliação da Fiesc. A
base de comparação, agosto do ano passado, estava artificialmente
alta, em função da crise energética que atingiu outros Estados.
Em julho e agosto de 2001, lembra o diretor de desenvolvimento
da entidade, Henry Quaresma, os fabricantes de geradores elétricos
e outros equipamentos ligados à geração de energia produziram
acima do normal para atender necessidades circunstanciais. O mesmo
aconteceu com a indústria de plásticos, uma vez que empresas do
Rio, São Paulo e Minas levaram para Santa Catarina parte da produção
que não conseguiam realizar em função da necessidade de economizar
energia. Os dois setores estão entre os apontados pelo IBGE como
as principais influências negativas. Material elétrico e de comunicações
teve queda de 57,3%, e o setor de matérias plásticas respondeu
por queda de 23,5%. Já os produtos alimentares representaram a
principal contribuição positiva, com 8,8%. (Valor - 17.10.2002)
Índice
|
1- Dynegy deve deixar negócios nas áreas de comércio
de energia |
A Dynegy, companhia de energia com base em Houston, anunciou nesta
quarta-feira que planeja deixar os negócios de comércio de energia
nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Quanto à reestruturação dos
negócios da companhia, a Dynegy disse que seu presidente e diretor
de operações, Steve bergstrom, decidiu demitir-se e deve retirar
seu nome como candidato à posição de CEO (diretor executivo).
A saída dos negócios nas áreas de comércio deve se concretizar
dentro dos próximos meses, afirmou a Dynegy. "A companhia tomará
as medidas apropriadas com respeito às suas obrigações contratuais
de longo prazo, incluindo a manutenção da capacidade e habilidade
de seu corpo de funcionários, bem como da administração de risco
com o objetivo de sustentar e garantir nossos compromissos com
os clientes", disse a Dynegy em um comunicado. A companhia afirmou
ainda que a saída das áreas de comércio e distribuição de energia
resultará "em uma redução substancial de seu quadro de funcionários".
"O tempo exato, as áreas afetadas e o número de empregados impactados
serão anunciados em breve". Dando seqüência a estas ações, a Dynegy
afirmou que deve adotar "uma estrutura centralizada de seus negócios
que contará com uma abundante rede de centros corporativos e unidades
de operações em geração de energia, gás natural, distribuição
regulamentada de energia além da área de comunicação". (Platts
- 16.10.02)
Índice
|
2- Comissão Européia investiga leis observadas na Espanha
e na Itália que vêm atuando contra a EDF |
A Comissão Européia pediu à Espanha e à Itália informações sobre
leis que estariam limitando os direitos de voto para investimentos
por companhias estatais em seus setores de energia, disse a Comissão
nesta quarta-feira. Estas leis estariam agindo contra investimentos
feitos por companhias como a estatal francesa Electricite de France
(EDF). A EDF possui ações na geradora Italenergia da Itália e,
através de sua participação na alemã EnBW, possui também ações
na espanhola Hidrocantabrico. A Comissão Européia disse que está
preocupada com o fato de que estas leis possam restringir indevidamente
a livre movimentação de capitais, atualmente protegida por tratados
e leis acordados pela União Européia. A Comissão Européia está
para enviar alguns comunicados de advertências formais, que representariam
o primeiro estágio do procedimento contra tais violações. Se não
forem observados resultados satisfatórios em até dois messes,
a Comissão deve lançar pedidos para mudanças das respectivas leis.
(Platts - 16.10.02)
Índice
|
3- Iberdrola repensa investimentos na América Latina
|
A Iberdrola está repensando
a dimensão e os prazos dos investimentos previstos para o Brasil
e para o México, perante os problemas burocráticos com que se
deparou nestes países, afirmou ontem Ignacio Sánchez Galán, conselheiro
delegado da empresa. O mesmo adiantou que a Iberdrola poderá ver-se
obrigada a reduzir o nível de investimento previsto para os dois
países, ou seja US$ 3,63 bi. Galán afirmou que as reduções não
derivam das condições do mercado, mas sim dos problemas burocráticos
que existem nos dois países mais importantes da América Latina,
que formam um pilar importante no plano estratégico da Iberdrola.
O plano prevê um investimento de US$ 2,55 bi no México e US$ 1,08
bi no Brasil, numa série de planos de geração e distribuição de
eletricidade, os quais, por sua vez, integram uma previsão global
de investimento de US$ 11,78 bi no período de 2002 a 2006. "É
possível que alguns dos investimento, como é o caso do Brasil,
sofram um atraso. Em princípio, agora mesmo, creio que poderá
ocorrer uma redução nos investimentos", disse Sánchez Galán sem
adiantar números. Sánchez Galán garantiu que a Iberdrola manterá
as intenções de investimento no Brasil, independentemente do resultado
das suas eleições presidenciais, uma vez que considera que os
atrasos neste país são de natureza "administrativa e burocrática".
(Diário Económico - 15.10.02)
Índice
|
Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|