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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 982 - 16 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Empresas querem dólar "fixo" para energia

A disparada da moeda americana está fazendo com que as distribuidoras que compram energia de Itaipu, dolarizada, estejam reforçando sua negociação para a fixação de uma taxa de câmbio mais baixa para as operações de compra do insumo. A idéia que fundamenta as conversações com o governo é de que a cotação do real é irracional e fora da realidade do setor. Se as operações forem feitas com o dólar próximo de R$ 4,00, o caixa das elétricas ficaria ainda mais fragilizado e isso tornaria o cenário do setor ainda mais delicado. Isso porque a inadimplência ficaria mais elevada. Com a disparada da moeda americana, algumas distribuidoras estão atrasando o pagamento das faturas para efetuá-los quando o câmbio estiver mais favorável. Nesse caso, a multa estipulada nos contratos é inferior a 1%. Outro problema é que a forte alta do dólar pode gerar defasagens para as concessionárias cujas datas de reajuste ainda estiverem distantes. Cálculos de uma grande distribuidora apontam para gastos superiores a US$ 30 mi em um mês para a compra de energia de Itaipu. (Valor - 16.10.2002)

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2- Fixação de valor para o câmbio é principal problema

Uma das dificuldades que se tem nas conversas sobre a fixação do dólar para energia é arbitrar um valor para o câmbio, em razão da extrema volatilidade atual da economia. As negociações são semelhantes às ocorridas no início de 1999, quando o país sofreu sua primeira maxidesvalorização. Naquela ocasião, foi definido um patamar para o dólar, utilizado como referência para a compra da energia. Se a cotação superasse aquele valor, a diferença seria paga à Eletrobrás, controladora de Itaipu, no reajuste anual de tarifas da distribuidora. A redução de 15,4% dos preços da energia da usina de Itaipu anunciada na segunda-feira poderá reduzir em 1,2 ponto percentual as pressões sobre as tarifas de energia elétrica em 2003 para o consumidor final, segundo cálculos do analista do Unibanco para o segmento, Sergio Tamashiro. A queda não será maior porque a valorização do dólar já supera 60% nesse ano. (Valor - 16.10.2002)

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3- Conta de luz pode baixar apenas 1%

A redução de 15,4% no preço da energia vendida por Itaipu deverá ter um impacto sobre a tarifa final para o consumidor bem menor que os 4% previstos pelo governo. Levantamento feito pelo departamento de pesquisas do Unibanco indica que a queda será de apenas 1,1%, em média. Segundo o analista da instituição, Sérgio Tamashiro, a diferença está na participação da energia de Itaipu sobre a capacidade nacional, que não representa mais 25% da energia produzida no País, mas 18%. Ele explica que hoje a capacidade instalada está em cerca de 70 mil MW enquanto a de Itaipu, permanece em 12 mil MW. O diretor da hidrelétrica, Rubens Guillard, diz que a conta foi baseada na participação da energia no mercado atendido pela usina no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. De toda energia consumida nessa área, Itaipu corresponde a 34%. Tamashiro, no entanto, afirma que o governo apenas está levando em conta a participação de Itaipu na energia comprada pelas distribuidoras. (Jornal da Tarde - 16.10.2002)

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4- Tribunal do Rio cassa liminar contra Light

A Light está autorizada judicialmente a cortar o fornecimento de energia a órgãos públicos que deixem de pagar a conta de luz - exceto aqueles que prestem serviços essenciais como fornecimento de água, assistência médica, transporte coletivo e telecomunicações. A decisão foi tomada ontem pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no julgamento de recurso movido pela Light para cassar uma liminar que impedia o corte. A liminar impedia a Light de suspender o fornecimento de energia a prestadores de serviços públicos, inclusive escolas de ensino fundamental e médio, além das universidades. A base da liminar é o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, que impede a descontinuidade do serviço público. A ação do Ministério Público decorreu do corte no fornecimento de energia à UFRJ, em agosto, pelo não pagamento de uma dívida de mais de R$ 5 mi. Segundo o advogado Fábio Amorim da Rocha, do Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que defende a Light, a decisão é de grande repercussão para o setor elétrico, pois os órgãos públicos são seus principais devedores. De acordo com ele, a inadimplência dos consumidores é de 20% - o que obrigaria a Light a mover cerca de 600 mil ações de cobrança caso não possa recorrer ao corte de luz. "A liminar era uma carta branca que dava direito aos órgãos públicos de não pagar a conta", diz. O advogado alega que o artigo 17 da Lei 9.427/96 e o artigo 94 da Resolução 456 da Aneel autorizam a suspensão do fornecimento. (Valor - 16.10.2002)

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risco e racionamento

1- Cemig prevê queda de 0,8% na demanda

A Cemig prevê uma economia entre 0,4% e 0,8% durante o horário de verão que começa no dia 3 de novembro. O cálculo, que aponta um valor menor em relação ao ano anterior, considera a redução do período de vigência e a mudança de hábitos dos consumidores após o racionamento. A economia dever chegar a 65 mil MW. A diminuição da demanda na ponta dever ser de 230 MWh, energia equivalente a geração, na capacidade máxima, da usina térmica de Iguaporé e da hidrelétrica de Salto Grande, somadas, segundo Hélder Godinho, gerente de Operações da Cemig. Em 2001 a redução de consumo foi de 1%. No horário de ponta o cálculo aponta uma economia que varia de 3% a 4%, contra o patamar de 5% dos anos anteriores. Já a Celesc estima uma redução maior, de 1%, no consumo, por conta do horário de verão. Para a demanda de ponta, a empresa estima que o percentual chegue a 2,5%, o que corresponde a 35 mil MW. Em 2001 a economia foi de 0,9%, um total de 42 mil MW, na região de concessão da empresa. No horário de ponta a redução real foi de 3,2%, contra os 4% da estimativa feita para o ano. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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2- Demanda de energia no subsistema Nordeste registra aumento de 2,11%

De acordo com o último boletim emitido pelo ONS, relativo à segunda-feira, dia 14 de outubro, todos os subsistemas tiveram aumento de demanda de energia. O subsistema Nordeste apresentou o maior crescimento, com aumento de 2,11%, alcançando demanda de 6.097 MW. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou demanda de 27.012 MW, índice 1,17% superior em comparação à segunda-feira anterior, dia 7 de outubro. O índice ficou 1,01% abaixo do esperado pela curva de aversão ao risco do ONS. Já o consumo da região Norte ficou em 2.668 MW, índice 1,87% menor que o dia 7, e o Sul, com 7.610 MW, índice 0,27% maior. (Canal Energia - 15.10.2002)

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3- Região Norte está com 22,01% da capacidade

Com uma queda de 0,45%, a região Norte está com 22,01% da capacidade. A usina de Tucuruí apresenta índice de 25,69%. (Canal Energia - 15.10.2002)

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4- Nível de armazenamento dos reservatórios do Nordeste chega a 48,04%

Os níveis dos reservatórios estão em 29,21% na região Nordeste, uma redução de 3,08% em um dia. A região está 21,79% acima da curva de aversão ao risco prevista pelo ONS. A usina de Sobradinho está com 18,88% da capacidade. (Canal Energia - 15.10.2002)

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5- Região Sudeste/Centro-Oeste está 22,42% acima da curva de aversão

A queda de 0,84% nos índices deixaram o subsistema Sudeste/Centro-Oeste com 48,04% da capacidade. A região está 22,42% acima da curva de aversão ao risco determinada pelo ONS. Nas hidrelétricas de Emborcação e Furnas, os índices são de 47,98% e 63,13%, respectivamente. (Canal Energia - 15.10.2002)

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6- Região apresenta variação positiva nos níveis dos reservatórios

A região Sul foi a única a apresentar variação positiva no índices de armazenamento, de 0,22%. Os reservatórios, segundo o boletim do ONS, estão com 90,72% da capacidade. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta índice de 94,54%. (Canal Energia - 15.10.2002)

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empresas

1- Bandeirante e EDP confirmaram incorporação da Enerpaulo

A Bandeirante Energia S.A. e a EDP Brasil confirmaram que irão incorporar a Energia Paulista Ltda. (Enerpaulo), em nota enviada à Bovespa . O objetivo é melhorar o fluxo de caixa da Bandeirante, que incorporará a parcela cindida do patrimônio da sua controladora Enerpaulo, sem aumentar o capital. Essa parcela é representada pelo ágio pago pela Enerpaulo quando comprou ações da Bandeirante e pela provisão feita para preservação de dividendos. O montante do ágio que irá para a Bandeirante, estimado em R$ 460,5 mi, será amortizado com base na expectativa de resultados futuros e no prazo de concessão da companhia. (Gazeta Mercantil - 16.10.2002)

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2- Financiamentos do BNDES crescem 49%

Os desembolsos efetuados pelo BNDES para projetos de investimento, com destaque para a indústria, somaram R$ 25,1 bi até setembro, com crescimento de 49% em relação a igual período do ano passado, tangenciando o volume de R$ 26 bi liberados durante todo o ano passado. Paulo Sérgio Moreira da Fonseca, superintendente da área de planejamento do banco, comemora o fato que vai na contramão das turbulências vividas atualmente pela economia brasileira e admite que este ano o BNDES poderá desembolsar quase R$ 30 bi, um recorde na história da instituição. "Isso mostra que vivemos uma crise de cunho financeiro e não econômica", analisa. Os demais números mensais de desempenho do banco refletem o mesmo clima de "confiança na economia", como realça Fonseca. As aprovações de projetos somaram R$ 27 bi crescendo 38% e as consultas, sinalizadoras da intenção de investir do setor privado, totalizaram R$ 33 bi, indicando que o potencial de investimento de longo prazo na economia é grande, com impacto positivo no novo governo que começa em 1º de janeiro. Naturalmente, o pano de fundo desta corrida ao banco de fomento, único financiador de longo prazo para a indústria brasileira, tem a ver com o comportamento dos juros na economia brasileira, os mais elevados do mundo e cuja taxa básica subiu na terça-feira para 21% ao ano, e com a falta de crédito privado. (Valor - 16.10.2002)

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3- Setor recebe R$ 5,6 bi do BNDES

O setor de infra-estrutura recebeu R$ 8,5 bi e manteve como seu "carro-chefe" a área de energia, que levou R$ 5,6 bi de recursos para financiamento de projetos ligados a energia elétrica, gás e água quente. Chama atenção a queda dos desembolsos para o setor de "outros", que Fonseca identificou como a área de telecomunicações. "É o fim de um ciclo", declarou. O setor exportador, via BNDES-Exim recebeu US$ 2, 9 bi ou R$ 11 bi (dólar a R$ 3,80). Os aviões da Embraer receberam crédito para o importador de US$ 2 bi ou R$ 7,6 bi. O setor industrial foi o campeão dos desembolsos do BNDES de janeiro a setembro, recebendo R$ 11,9 bi (48% do total). Alguns setores industriais tiveram queda nos desembolsos, como papel e celulose e veículos automotores, sinalizando que este ciclo de investimento está encerrado. Para as pequenas e médias empresas foram desembolsados 5,3 bi ou 34% a mais que no ano passado. A área social levou R$ 927 mil ou 10% acima de 2001. (Valor - 16.10.2002)

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4- Celpe pede a cliente para comprovar renda

A Celpe vai começar a enviar, na próxima semana, cerca de 70 mil cartas para clientes cadastrados como baixa renda e que consomem acima de 80 kWh. Esses consumidores terão até o final de novembro para comparecer a uma das lojas da empresa e comprovar que são beneficiários de um dos programas sociais do Governo, como Bolsa-Escola ou Bolsa-Alimentação. Quem não comparecer vai ter o subsídio suspenso. A medida está prevista na resolução da Aneel que redefiniu os critérios para a concessão de tarifas de energia subsidiadas. O vice-presidente da Celpe, Roberto Alcoforado, avisa que não é necessário esperar o recebimento da carta para procurar as agências. Além das 70 mil cartas, a Celpe vai imprimir, no verso de todas as faturas, explicações sobre como o benefício era concedido e como será a partir de agora, de acordo com as novas regras definidas pela agência reguladora. (Diário de Pernambuco - 16.10.2002)

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5- Tractebel terá que monitorar qualidade do ar e da água

A Tractebel, responsável pela Usina Willian Arjona, terá que realizar durante um mês três amostragens diárias da liberação de gases poluentes liberados pelas turbinas da termelétrica que funciona em Campo Grande. Esta é apenas uma das muitas obrigações previstas no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) a ser assinado às 11h na Promotoria do Meio Ambiente. Os resultados do estudo deverão ser encaminhados à promotoria e para o Imap (Instituto de Meio Ambiente- Pantanal). Após este estudo, a emissão dos poluentes deve ser acompanhada durante dois anos com amostragens semanais. Em relação a resíduos líquidos e efluentes, a empresa terá de fazer tratamento e monitoramento da liberação. O TAC exige ainda estudo sobre a qualidade da água antes e depois da utilização. Os relatórios desses serviços deverão ser semestrais. A Tractebel terá de prestar contas ainda da retirada de água de aqüíferos e se há poluição deles. Outro aspecto é a avaliação da qualidade do ar em estação em local fixo. A água das chuvas também terá de ser monitorada, uma vez que estudos indicam a possibilidade de chuva ácida em função da liberação de gases no ar. (Campo Grande News - 16.10.2002)

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6- Duas empresas têm interesse na Cemar

Duas empresas já estão analisando os documentos financeiros e administrativos da Cemar, disponíveis desde a semana passada no data room promovido pela Aneel. Segundo a Cemar, o Grupo Brascan e a GP Investimentos seriam as empresas interessadas em adquirir o controle acionrio da empresa, hoje, em poder do grupo americano PPL Corp. Entretanto, de acordo com Romeu Rufino, superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, as duas empresas ainda não entraram com pedido de pré-qualificação na agência reguladora. O envio da documentação para pré-qualificação deve ser feito até o próximo dia 24. A lista de empresas pré-qualificadas será divulgada no dia 1o de novembro. Segundo o executivo, a empresa será vendida a um preço simbólico de US$ 1. "O importante será o critério de julgamento, que levará em consideração a proposta que equilibrar melhor as finanças da empresa", afirma Rufino, contando que as empresas pré-qualificadas terão até 29 de novembro para apresentar proposta. No caso da empresa americana Franklin Park Energy, que estava em negociação com a controladora da Cemar, ela deverá fazer nova proposta de aquisição à agência reguladora. A decisão sobre a proposta selecionada pela Aneel sairá no dia 16 de dezembro. Os interessados podem obter maiores informações sobre o data room da Cemar no endereço eletrônico www.cemar-ma.com.br. ou diretamente na sede da empresa, em São Luís. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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7- Empresas unem-se para mudar regra da SEC

As 36 empresas brasileiras listadas na Bolsa de Nova York articulam um movimento para pedir, em conjunto, o abrandamento dos efeitos da nova lei corporativa americana, a Sarbanes-Oxley, para companhias estrangeiras. A idéia é levar uma proposta formal à SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, quando o texto for colocado em audiência pública. "Estamos discutindo para ver se há possibilidade de levar uma proposta comum", ressalta Luiz Fernando Rolla, superintendente de relações com investidores da Cemig. O executivo da estatal mineira de energia já conversou sobre o assunto com seus colegas da energética paranaense Copel e do produtor de celulose Aracruz. A reivindicação das empresas é de elas sejam isentas de pontos da lei que sejam conflitantes com as leis brasileiras. O item mais relevante é o que estabelece a criação de um comitê de auditoria para acompanhar a atuação dos auditores e os números da companhia. O argumento é de que no Brasil já existe a figura do conselho fiscal, que exerce esse papel. (Valor - 16.10.2002)

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8- Abrate realiza reunião na sede das Furnas

A Abrate realiza, hoje, reunião para avaliar a situação dos sistemas de transmissão de energia para o setor de telecomunicações. O objetivo é levantar a operação desses sistemas para os setores de energia elétrica e telecomunicações. A reunião acontece na sede de Furnas Centrais Elétricas, no Rio de Janeiro, às 9 horas. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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9- Financiamento do BNDES é aprovado pela Coelce

O Conselho de Administração da Coelce aprovou financiamento de R$ 38,6 mi do BNDES que serão utilizados para a contratação de energia oriunda da Cien. O objetivo é atender às necessidades do mercado consumidor da distribuidora. O conselho aprovou também a contratação do financiamento com a Eletrobrás. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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10- Eletrobrás abre licitação para solução de rede corporativa

A Eletrobrás abriu licitação para contratação de empresa que forneça solução completa para infra-estrutura de sua rede interna corporativa composta de dois switchs lan central (SW1 e SW2) e 28 pilhas de switch desktop, incluindo serviços técnicos e treinamento. O prazo para a entrega de propostas é 27 de novembro. O edital pode ser adquirido por R$ 7. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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11- Itaipu paga US$ 11,8 mi em royalties

Um total de US$ 11,8 mi em royalties serão destinados aos municípios atingidos pela formação do reservatório de Itaipu, aos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul e a outros órgãos federais. A administradora da maior geradora do país já repassou o montante na última quinta-feira, dia 10 de outubro, ao Tesouro Nacional, para a distribuição dos recursos. O Paraná ficará com US$ 8,9 mi, enquanto o governo do Mato Grosso do Sul receberá US$ 101 mil. Desde 1985, quando a usina iniciou a produção de energia, a Itaipu já pagou um total de US$ 2,15 bi. Também têm direito aos royalties a Aneel, o Ministério do Meio Ambiente e Amazônia Legal, o Ministério de Ciência e Tecnologia, o MME e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Juntos, os órgãos receberão US$ 1,18 mi. (Canal Energia - 15.10.2002)

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financiamento

1- Aneel divulga regras para oferta no MAE

A Aneel publicou ontem no "Diário Oficial" da União as regras para a liquidação da eletricidade comprada no MAE entre setembro de 2000 e setembro de 2002, prevista para ocorrer em novembro. Segundo o advogado da Levy & Salomão, especialista em energia, Marcos Vinícius Paulino, a Resolução no 552 é um importante avanço, mas ainda faltam outras regulamentações antes do início da liquidação do MAE. O documento define garantias financeiras e penalidades para os agentes do mercado. Segundo Paulino, quem deixar quitar os débitos apresentados na contabilização do MAE terá de pagar multa de 5% sobre o valor a pagar e juros de mora 1% ao mês. O MAE tem 60 dias para submeter à aprovação da Aneel o regulamento da liquidação financeira. A resolução determina também que as empresas filiadas ao MAE contratem bancos ou corretoras para atuar como agentes de compensação, que por sua vez vão intermediar os pagamentos juntos à CBLC que fará a liquidação. Os procedimentos operacionais para o relacionamento entre os agentes do mercado e os financeiros deverão ser aprovados pelo Banco Central. (Jornal do Commercio - 16.10.2002)

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2- Agentes de mercado acreditam no sucesso da liquidação do MAE

Os agentes do MAE estão otimistas quanto ao sucesso do processo de liquidação das transações pendentes. As regras operacionais divulgadas nesta terça-feira, dia 15 de outubro, pela resolução n° 552/02 pela Aneel, foram absorvidas por executivos do setor como o ponto de partida para o início da normalização comercial no mercado atacadista, hoje atrasada em mais de dois anos. A minuta da resolução foi disponibilizada até há pouco tempo para audiência pública, e a versão final não chegou a causar grandes surpresas para as empresas em termos de conteúdo. Os principais pontos destacados como avanços para a ativação real do mercado foram o estabelecimento de multas no caso de não-pagamento por parte de alguma empresa, e o rateio de valores proporcionais aos não-pagos entre os agentes credores. A resolução não especifica, entretanto, a forma e o período de vigência desse rateio. (Canal Energia - 15.10.2002)

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3- CPFL quer ampliar compra de energia produzida por cogeração

A CPFL está negociando com usinas cogeradoras o aumento no fornecimento de energia produzida por estas unidades. Segundo Clinger Ferreira, gerente de Compras de Ribeirão Preto da empresa, o objetivo é que esses produtores atinjam o patamar de 7% no mercado da distribuidora até o final de 2003. Hoje, a cogeração representa 3% do mercado da concessionária paulista. Recentemente, a CPFL inaugurou a subestação Santo Antônio, unidade que fará a conexão entre a produção extra de energia da usina de cogeração Santo Antônio e o sistema da distribuidora. Com investimentos de R$ 1,8 mi, a usina permitirá um acréscimo de 17 MW médios ao sistema da companhia, quantidade suficiente para abastecer cerca de 50 mil clientes residenciais. (Canal Energia - 15.10.2002)

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financiamento

1- Ipea revê projeção e PIB deve crescer 1,3% em 2002

O Ipea reviu, para baixo, a previsão de crescimento do PIB para o ano, que deverá ficar em 1,3%. No seu último boletim de conjuntura, divulgado em agosto, a projeção do PIB para este ano era de 1,7%. Em janeiro, a estimativa era de um crescimento anual de 2,5%. Entre julho e dezembro, o PIB terá que crescer 0,5% em relação ao trimestre anterior para que o Ipea acerte a atual projeção para o ano. Esse indicador representará uma taxa de 2,5% sobre o segundo semestre de 2001, período de base enfraquecida em decorrência do racionamento de energia elétrica, dos atentados terroristas aos Estados Unidos e da queda na renda dos trabalhadores. No início do ano, a expectativa era de uma expansão de 3,7% para o terceiro trimestre de 2002 e de 5,1% para os últimos três meses do ano. (Gazeta Mercantil - 16.10.2002)

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2- FHC apóia decisão do BC

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros "foi necessária para evitar a escalada inflacionária". A informação foi transmitida pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rubens Approbato, que esteve ontem no Palácio do Alvorada. "FHC considerou também a reação do mercado positiva, mas disse que é preciso aguardar um pouco mais para saber qual será a percepção definitiva do mercado à decisão de segunda-feira", disse Approbato aos jornalistas ao deixar o Alvorada. (Gazeta Mercantil - 16.10.2002)

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3- Juros travam na BM&F

O aumento imposto à Selic, de 18% para 21%, na segunda-feira, gerou especulações no segmento futuro de juros, um dos setores de boa liquidez do mercado financeiro e reconhecido como o mais racional. Como a justificativa da reunião extraordinária do Copom para elevação da taxa primária foi a calibragem da inflação, por pressões decorrentes do câmbio, há a percepção de que o remédio pode se tornar ainda mais amargo. A uma semana do encontro regulamentar do colegiado do BC, pelas mesas de operações corriam comentários de que o choque de juros que não veio agora poderia ser a última cartada da autoridade monetária. A escalada dos juros futuros mostra que o mercado não descarta esta interpretação. As projeções embutidas nos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) mais negociados na BM&F atingiram o limite máximo de oscilação tão logo o pregão viva-voz abriu. Novembro travou em 23,01% ante os 20,92% anteriores. Dezembro ficou em 24,32%, depois de se ajustar em 22,11% na véspera. Janeiro, o mais líquido, fechou em 25,60%, ante 23,28%, com giro limitado a R$ 3,2 bi, um terço do movimento de segunda-feira. (Gazeta Mercantil - 16.10.2002)

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4- Dólar comercial abre em queda de 0,33% e atinge R$ 3,8320

O dólar comercial abriu as operações com baixa de 0,33% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,8220 na compra e a R$ 3,8320 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F tinham recuo de 0,34%, projetando a moeda a R$ 3,790. Ontem, a moeda norte-americana fechou com leve queda de 0,12%, a R$ 3,8400 na compra e a R$ 3,8450 na venda. O dia foi de muita volatilidade, por causa da expectativa com o vencimento de amanhã da dívida de US$ 3,6 bi. Hoje, dois fatores principais vão reger as cotações e a volatilidade deve dar o tom dos negócios novamente. De um lado, será definida a taxa (a Ptax, média ponderada das cotações) que vai remunerar os papéis a serem resgatados amanhã. (Valor Online - 16.10.2002)

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grandes consumidores

1- Cummins fecha contrato de construção de usina para WTC de São Paulo

A Cummins, fabricante norte-americana de motores e geradores, instalará uma termelétrica em São Paulo especialmente para atender à demanda do World Trade Center (WTC) da cidade. O projeto será construído em um anexo do complexo imobiliário e terá uma capacidade instalada de 5,25 MW. O contrato, que inclui a parceria da Benco e da Enatec, foi firmado em US$ 3 mi e prevê a formação de uma SPE (Sociedade para Fins Específicos). A construção, operação e manutenção da usina ficarão a cargo da Cummins. De acordo com Gustavo Nielsen, gerente de power generation da Cummins, a entrada em operação da usina está prevista para março de 2003, mas o cronograma deve ser adiantado. "Como utilizaremos o gás, uma energia limpa, acredito que não teremos nenhum problema com licenças ambientais", afirma o gerente, acrescentando que a usina deverá suprir toda a demanda do WTC, constituído de uma torre de escritórios, um shopping e um hotel. (Canal Energia - 15.10.2002)

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internacional

1- Duke power planeja demitir centenas de trabalhadores

A Duke Power, companhia com base em Charlotte, Carolina do Norte, disse nesta terça-feira que planeja reduzir seu quadro de 10.300 empregados nos próximos meses em um número que "pode chegar a quinhentos", como parte de um avançado esforço e iniciativa tomados pela sua controladora Duke Energy. Um porta-voz da Duke Power disse que muitos dos empregados que deixarem a companhia como resultado da planejada redução do quadro de funcionários, receberão um bom pacote de indenizações previstas nos contratos além de seus salários. A maior parte destes cortes será feita no final deste ano, o restante será concluído no início de 2003. O porta-voz disse que ainda é muito cedo para estimar a economia a ser observada pela companhia com a redução dos postos de trabalho. (Platts - 15.10.02)

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2- PSEG nega interesse em Canutillar

A companhia energética norte-americana PSEG não pensa em comprar a usina hidrelétrica Canutillar (172MW), da Endesa Chile, disse o porta-voz Paul Rosengren. "Não temos nenhum plano de investimento adicional nos próximos 18-24 meses além do que já está comprometido", disse Rosengren. A imprensa local tem citado a PSEG como a mais provável compradora da Canutillar, que fica na X Região do Chile. A PSEG controla o grupo de distribuição Saesa no Chile, e executivos locais disseram, há algum tempo, que a empresa estaria interessada em entrar no setor de geração. Nas outras regiões da América Latina, a PSEG tem ativos de distribuição em Peru, Brasil e Argentina, onde está vendendo a Edeersa, empresa de serviços públicos da província de Entre Rios. A Endesa Chile está vendendo a Canutillar como parte de um plano que envolve a geração de US$ 600 mi a US$ 700 mi para equilibrar seu balanço patrimonial. (Business News Americas - 14.10.02)

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3- SCH não pretende vender participação na Unión Fenosa

O Santander Central Hispano (SCH) anunciou hoje que não planeja vender a sua participação de 20,4% na terceira maior elétrica espanhola, contrariando assim as notícias de que a EDP, a Enel e a RWE o teriam sondado para saber se esta estaria à venda. Segundo afirmou hoje em Madri um porta-voz do SCH, "o Santander Central Hispano não tem intenção de vender a sua participação na Unión Fenosa", adiantando não "ter idéia" de eventuais contatos com outras empresas. Os rumores de uma eventual compra da participação do SCH na Unión Fenosa são estimulados pelo fato dos títulos desta empresa terem já caído 45% só neste ano. (Diário Económico - 14.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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