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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 980 - 14 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Lula e Serra têm planos diferentes para setor energético

Os planos para o setor elétrico dos dois candidatos que disputam a presidência da República relacionam incentivos para os investimentos privados tanto em hidrelétricas como em termelétricas. Mas as equipes do PT e PSDB apresentam soluções distintas para resolver o principal desafio do próximo governo: o aumento da geração sem onerar o consumidor final. Os petistas planejam oferecer concessões de usinas hidrelétricas para quem praticar a menor tarifa de energia. E o PSDB passa agora a questionar contratos indexados ao dólar. A equipe de energia do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, quer aproveitar ao máximo o potencial hidrelétrico do País e coloca em segundo plano a geração de eletricidade por meio de usinas térmicas, por causa do custo maior do gás natural. Para resolver a questão do gás natural e continuar estimulando o consumo de energia térmica, o PSDB propõe renegociação de contratos interruptíveis, chamados "take or pay". A prioridade é manter as térmicas como fornecedores de energia elétrica independentemente de haver excesso de eletricidade por parte das hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 14.10.2002)

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2- Candidatos propõem mudanças para tarifas de energia

A equipe do próximo presidente da República, seja ele qual for, precisará de agilidade para desarmar a armadilha tarifária do setor elétrico, que se transformou num dilema para a atual administração. Se inibe o repasse de custos das distribuidoras para as tarifas, causa um enorme problema de desequilíbrio nas contas das empresas. Por outro lado, se permite grandes altas nas tarifas, onera mais uma vez o consumidor, que vem pagando caro pela eletricidade que usa. Luiz Inácio Lula da Silva, já afirmou que "as tarifas serão revistas sem desrespeitar contratos, após um diagnóstico das empresas". José Serra também já manifestou interesse em rever algumas questões que impactam as tarifas. "Não podemos aceitar a tese de que os preços em reais de produtos ou insumos produzidos internamente acompanhem 100% os preços do mercado internacional", diz. Outra mudança que pode ocorrer no próximo governo refere-se ao índice de reajuste, hoje o IGP-M. Pinguelli Rosa afirma que esse indicador não pode ser usado para o consumidor. O índice também deverá ser renegociado com as concessionárias. (A Notícia - 14.10.2002)

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3- Decisão judicial beneficia consumidores da Light

Outra decisão judicial expedida pela 5ª Vara Empresarial do Rio vai beneficiar os consumidores da Light. A concessionária está proibida de cortar o fornecimento de energia do cliente que estiver movendo uma ação judicial ou administrativa contra a empresa, ainda sem decisão final. A sentença prevê que esses usuários não poderão ter seus nomes inscritos nos cadastros dos serviços de proteção ao crédito. A sentença foi dada pelo juiz José Carlos Maldonado de Carvalho. A decisão é válida para todo o estado e, no caso de descumprimento, a Light pagará multa de R$ 1 mil. A decisão foi baseada numa ação civil coletiva proposta pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, da Vida e dos Direitos Civis (Adcon). A associação reclama que os defeitos nos medidores da concessionária têm prejudicado a aferição correta do consumo de energia elétrica nas residências, fazendo com que os funcionários da empresa lancem previsão de consumo mensal abusiva. (O Dia - 14.10.2002)

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4- Conselho Brasileiro do CME reelege Norberto Medeiros

Em reunião realizada na última quinta-feira, dia 10 de outubro, no Rio de Janeiro, o engenheiro Norberto Medeiros foi reeleito presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia. A vice-presidência será ocupada por Flávio Decat, presidente da Eletronuclear. (Canal Energia - 11.10.2002)

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risco e racionamento

1- Coppe realiza projeto que transforma 30 toneladas de resíduos em 1 MW de energia

O Rio de Janeiro terá a primeira usina do Brasil capaz de transformar lixo em eletricidade. A unidade piloto ocupará 5 mil metros quadrados do campus da UFRJ e deverá entrar em fase de testes em seis meses. Um MW de energia poderá ser gerado a partir da queima das 30 toneladas de lixo produzidas diariamente pela universidade. É o suficiente para abastecer o prédio da Coppe, que está desenvolvendo o projeto em parceria com a empresa Usina Verde. O uso de detritos para produzir energia, se expandido em larga escala, só traz benefícios: diminui a dependência dos aterros sanitários, que são uma ameaça ambiental e à saúde pública; gera empregos, por necessitar da coleta seletiva de lixo, o que exige mão-de-obra para separar os resíduos; tem preço competitivo se comparada ao gás natural; e não polui como as termelétricas. "Um dos problemas do lixo é não ter onde colocar. Queimar é a melhor solução. Esse negócio é bom em qualquer lugar do mundo. Se não desse lucro, ninguém investiria", afirma Luciano Basto Oliveira, pesquisador da Coppe. (Jornal do Commercio - 14.10.2002)

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2- Transformação de lixo em energia tem muitas vantagens

Autor de tese de mestrado sobre o assunto, o pesquisador destaca que a transformação de lixo em energia tem muitas vantagens. "O que as prefeituras gastam com os depósitos para o lixo pode ser aplicado para dar um tratamento adequado aos resíduos. Além disso, trata-se de um combustível que está disponível junto dos grandes centros consumidores de energia e a um custo baixo." Os equipamentos que serão usados na usina, todos fabricados no País, já estão comprados. Para que a usina entre em funcionamento, os pesquisadores querem verificar primeiro se os mecanismos de lavagem dos gases emitidos com a incineração atendem às exigências ambientais. Em seguida, eles pretendem começar a produzir energia, a partir do vapor liberado. "O calor da queima esquenta a água de uma caldeira, e o vapor produzido faz mover as turbinas", explica Oliveira. O sistema já opera nos Estados Unidos, Áustria, Bélgica, Japão, Inglaterra e Canadá. A Comlurb do Rio espera expandir a coleta seletiva que já existe em seis bairros da Zona Sul para toda cidade num prazo de três anos. Até lá, serão realizadas palestras para conscientizar a população da necessidade de colocar em sacos diferentes os resíduos orgânicos dos recicláveis (metal, plástico, papelão e vidro), a fim de facilitar a separação dos na central de triagem. (Jornal do Commercio - 14.10.2002)

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3- Cresce demanda de energia nos subsistemas Sul e Norte

Os subsistemas Sul e Norte foram os únicos a apresentaram aumento na demanda de energia, de acordo com o último boletim do ONS, referente à última quinta-feira, dia 10 de outubro. A região Sul registrou 7.895 MW de demanda, número 0,65% maior que o verificado na quarta-feira, dia 9. Já a região Norte teve 2.698 MW de demanda, índice 0,48% superior. O subsistema Nordeste teve demanda de 6.070 MW, índice 0,97% menor que o dia anterior. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com 27.992 MW de demanda, ficou com índice 0,17% abaixo do apresentado na quinta-feira. De acordo com a curva de aversão ao risco do ONS, a demanda deste subsistema ficou 1,92% abaixo do esperado. (Canal Energia - 11.10.2002)

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4- Cemat prevê redução média de 1% no consumo de energia durante o horário de verão

A Cemat espera que a redução no consumo de energia gire em torno de 1% com a adoção do horário de verão no estado, a partir do próximo dia 3 de novembro. No horário de ponta calcula-se que a diminuição chegue a 1,86% e a 0,81% fora da ponta. A demanda também deverá ser menor. Os valores são referentes apenas ao sistema interligado. Segundo Eraldo Pereira, diretor-adjunto de Programas Especiais da Cemat, a empresa está realizando simulações para analisar o reflexo da implantação do horário especial. "O horário é altamente positivo no sentido de racionalização do consumo", explica. A demanda máxima no horário de ponta no Mato Grosso deslocou-se das 17 horas para as 15h, devido às mudanças de hábitos das classes residencial e comercial, segundo ele. A alteração tem influência na redução do consumo durante a adoção do horário especial. (Canal Energia - 11.10.2002)

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5- Acidente deixa Valença (RJ) sem luz

Pelo menos 20 mil pessoas, entre moradores e turistas de Conservatória e Santa Izabel, distritos de Valença (RJ), no Sul Fluminense, ficaram 10 horas sem energia elétrica, entre a madrugada de sexta-feira e a manhã de sábado, por causa de um acidente em Ipiabas, no Km 19 da RJ-137, que liga as localidades com a cidade de Barra do Piraí. André dos Santos Soares, 29 anos, perdeu o controle da Parati que dirigia e se chocou contra um poste da Light. Ele foi internado em estado regular na Santa Casa de Barra do Piraí. (O Dia - 14.10.2002)

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6- Níveis de armazenamento chegaram a 23,71% no Norte

O submercado Norte registrou queda de 1,77% nos níveis de armazenamento, que chegaram a 23,71% da capacidade. Segundo o boletim do ONS, a usina de Tucuruí apresenta índice de 28,2%. (Canal Energia - 11.10.2002)

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7- Reservatórios do Nordeste estão 22,08% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios da Região Nordeste estão com 30,8% da capacidade, um redução de 0,74% em relação aos dados do dia 9 de outubro. O submercado está 22,08% acima da curva de aversão ao risco. (Canal Energia - 11.10.2002)

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8- Reservatórios estão com 49,48% de capacidade na região Sudeste/Centro-Oeste

A variação nos níveis de armazenamento na região Sudeste/Centro-Oeste foi negativa, de 0,66%. Os reservatórios estão com 49,48% de capacidade, ficando 22,42% acima da curva de aversão ao risco prevista pelo ONS. Nas hidrelétricas de Emborcação e Furnas os índices são de 48,36% e 63,95%, respectivamente. (Canal Energia - 11.10.2002)

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9- Reservatórios do Sul registram pequeno aumento

A região Sul foi, novamente, o único a apresentar variação positiva nos níveis de armazenamento. Com um pequeno aumento de 0,04%, os reservatórios registram 88,95% de sua capacidade. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta índice de 91,38%. (Canal Energia - 11.10.2002)

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10- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Pré-qualificação para compra da Cemar vai até 1º de novembro

A Pensilvânia Power & Light (PPL) decidiu vender a Cemar pelo valor simbólico de US$ 1, e vai ceder ao comprador o crédito de US$ 24 mi que tem direito a receber da companhia. De acordo com calendário divulgado pela Aneel, o prazo máximo para pré-qualificação dos interessados em comprar as ações da Cemar é dia 1º de novembro. A escolha entre as empresas interessadas será feita pela própria agência reguladora, em 16 de dezembro. No dia seguinte, o resultado será publicado no Diário Oficial da União. Segundo o diretor da Aneel, Jaconias de Aguiar, foi dado um tratamento "um pouco diferenciado" no caso da Cemar em relação ao que a agência costuma empregar em casos de transferência de controle. A Cemar tem uma dívida estimada entre R$ 500 mi e R$ 600 mi. Em agosto pediu concordata e já estava sob intervenção da Aneel. "O atual controlador (PPL) não está interessado em continuar assumindo a responsabilidade sobre a empresa, e tem direito a pedir transferência (de controle)", disse Aguiar. (Gazeta Mercantil - 14.10.2002)

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2- Conselho de Administração da Escelsa elege novos diretores

O Conselho de Administração da Escelsa elegeu os novos membros da diretoria da empresa em reunião realizada na última quinta-feira, dia 11 de outubro, em Vitória. De acordo com fato relevante divulgado pela Escelsa, foram eleitos dois novos diretores que ficarão no cargo por três anos a partir da data de reunião. Os diretores eleitos são: Sergio Pereira Pires, para a Diretoria Financeira e de Relações com Investidores; e Armando Fernandes Bernardo, Diretoria de Distribuição. Bernardo continuará ocupando o cargo de diretor presidente da Escelsa e de Engenharia e Construção. Já Sergio Pires continuará no cargo de diretor Administrativo da companhia. (Canal Energia - 11.10.2002)

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3- Notas promissórias da CPFL Energia alcançam rating "br-2" pela S&P

A agência de classificação de risco Standard & Poor´s atribuiu rating "brA-2", na Escala Nacional Brasil, ao programa de emissão de notas promissórias no valor de R$ 900 milhões da CPFL Energia. Com os recursos obtidos na operação, a maior holding privada do setor elétrico brasileiro vai refinanciar por mais 180 dias as atuais notas promissórias, que vencem este mês. Os papéis têm valor aproximado de R$ 900 mi. De acordo com o relatório, divulgado nesta sexta-feira, dia 11 de outubro, pela filial paulista da agência, o risco de uma nova captação pelas notas em lançamento é mitigado pela forte capacidade de geração de caixa da concessionária de distribuição CPFL, hoje em 80% do total consolidado. A empresa servirá como principal fonte de recursos em última instância para o pagamento da dívida contratada da CPFL Energia. (Canal Energia - 11.10.2002)

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4- JP Engenharia estima receita de R$ 240 mi em 2003

Reinaldo Conrad, diretor-presidente da JP Engenharia, estima uma receita de R$ 240 mi para o próximo ano. Do total, os setores de petróleo, gás e petroquímico responderão pela maior parte, como nos últimos anos, com R$ 120 mi. A celulose e o papel ficarão com R$ 60 milhões. Energia deverá propiciar outros R$ 40 mi e o restante decorrerá de outros setores. Neste ano, Conrad espera faturar R$ 180 mi, sendo que o setor de petroquímica, petróleo e gás responderá por R$ 150 mi. O restante ficará por conta do setor de energia e manufatura em geral. "Esperávamos faturar R$ 240 mi já em 2002, quando fizemos as nossas projeções. Mas o setor de energia decepcionou, porque não houve avanço no segemento de termelétricas", diz o diretor-presidente da JP. (Valor - 14.10.2002)

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5- Distribuidoras descobrem importância da Internet como canal de comunicação

De olho no crescimento da Internet, as empresas de energia estão utilizando cada vez mais essa tecnologia como canal de relacionamento com os clientes. Prova disso é que o assunto pela primeira vez será tema do XV Sendi (Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica), evento realizado a cada dois anos, com o intuito discutir os interesses das distribuidoras de energia e do setor elétrico. O painel "Portais Corporativos - Tecnologias e Tendências" apresentará cases de sucesso de duas empresas do setor. Um deles é o da Escelsa, que criou uma empresa - a Escelsanet - para gerenciar o site da empresa, além de abrigar sites de outras empresas. O outro case será da Copel, que abordará a importância da nova tecnologia na gestão corporativa da empresa. "A Internet é um forte canal de relacionamento com o consumidor. (Canal Energia - 11.10.2002)

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financiamento

1- Preços MAE registram pequeno crescimento em três submercados do país

Na terceira semana de outubro, os preços MAE tiveram pequeno crescimento nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. Apenas no submercado Sul é que o valor do MWh permanece em R$ 4,00. Os valores são válidos para os dias 12 a 18 de outubro. O submercado Sudeste/Centro-Oeste registrou o maior aumento no preço da energia nesta semana. Para a carga pesada, o valor do MWh fica em R$ 4,35, um aumento de 8,75% em comparação com a semana anterior. O preço MAE para a carga média subiu R$ 0,13, ficando em R$ 4,13 esta semana. Para a carga leve, o valor continua em R$ 4,00. Nas regiões Norte e Nordeste, o valor do MWh para a carga pesada subiu 1,5% em comparação com a semana anterior. Na terceira semana do mês, o preço da energia para essa carga fica em R$ 4,06. Para as cargas média e leve, o preço MAE nestas regiões permanecem em R$ 4,00. (Canal Energia - 14.10.2002)

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financiamento

1- Superávit será de US$ 10 bi, diz Amaral

A balança comercial brasileira deverá fechar o ano com um superávit de US$ 10 bi, segundo estimativa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. A previsão anterior era de US$ 9,5 bi. Amaral atribuiu o novo valor aos aumentos consecutivos dos saldos comerciais e, nas palavras do ministro, não se deve à alta do dólar, que na quinta-feira chegou a R$ 4. "Essas pequenas oscilações não influenciam a previsão, mas é claro que a desvalorização do real ao longo do ano beneficiou as exportações", disse, sinalizando que o superávit pode ser ainda maior no próximo ano. Graças ao resultado da balança, ressaltou o ministro, o déficit em conta corrente deve baixar para cerca de 3% do PIB. O déficit, continuou, já chegou a atingir os 5% do PIB. "Isso significa redução da dependência do capital estrangeiro e de nossa vulnerabilidade." (Gazeta Mercantil - 14.10.2002)

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2- Taxas de juros sobem com medida do BC

As taxas de juros futuros subiram na última sexta-feira, com o anúncio de aumento de compulsório. A medida do BC pode deixar o crédito mais caro e os juros futuros indicam o custo deste crédito. Entre os contratos mais negociados, o de novembro passou de 18,55% para 18,93% ao ano. A taxa de janeiro de 2003 foi de 21,05% para 21,16% ao ano. Os juros para abril de 2003 foram de 23,80% para 24,33% ao ano. O aumento do compulsório também irá retirar cerca de R$ 15 bilhões do sistema financeiro. (Gazeta Mercantil - 14.10.2002)

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3- Dólar comercial abre em alta de 0,13% e atinge R$ 3,8250

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,13% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,8150 na compra e a R$ 3,8250 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F tinham ligeiro avanço de 0,10%, projetando a moeda a R$ 3,774. O mercado opera hoje sob influência das primeiras pesquisas sobre o segundo turno das eleições presidenciais. Os agentes ainda digerem também as medidas anunciadas pelo Banco Central na sexta-feira com a finalidade de conter a alta da moeda americana. Na sexta, o BC cortou para 30% o limite de exposição dos bancos a riscos de perda associados à oscilação da taxa de câmbio. Exigiu 100% de capital próprio para fazer frente aos riscos associados ao câmbio. E elevou em cinco pontos percentuais as alíquotas de todos os tipos de depósitos compulsórios. Após os anúncios, o dólar comercial fechou com queda de 4,26%, a R$ 3,8100 na compra e a R$ 3,8200 na venda. (Valor Online - 14.10.2002)

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grandes consumidores

1- Grandes consumidores buscam saídas para reduzir custos com energia

Os grandes consumidores estão cada vez mais preocupados com o aumento do custo da energia no país. Tanto que alguns deles já estudam medidas para reduzir os gastos com este item e aguardam com ansiedade os desdobramentos da regulamentação que permitirá o ingresso de grandes consumidores no mercado livre de energia. Enquanto a regulamentação não chega, o Grupo Pão de Açúcar tenta reduzir os custos com energia. Recentemente, o grupo assinou contrato de soluções energéticas com a distribuidora carioca Light. Segundo Leonardo Vieira Fioratti, gerente Nacional de Manutenção da empresa, o contrato prevê a troca do sistema de iluminação de 150 lojas distribuídas entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A idéia, diz o gerente, é reduzir o consumo de energia, sem baixar o nível de iluminação das lojas beneficiadas. A estimativa do grupo é reduzir em 25% o consumo de energia, percentual que representa 29 mil kWh por ano, o que significa o consumo médio anual de 15 mil residências. (Canal Energia - 11.10.2002)

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internacional

1- American Electric Power reduz previsão de ganhos

A American Electric Power (AEP) reduziu a previsão dos rendimentos para 2002 e 2003 de US$ 3,20 a US$ 3,35 por ação, valores estes estimados no início deste ano, para US$ 2,85 a US$ 3,15 por ação, afirmou a companhia. Em um enunciado, o presidente da AEP, Linn Draper, também fez comentários sobre a informação dada pela companhia nesta quarta-feira de que a mesma demitiu cinco de seus empregados pela publicação de dados falsos sobre os preços do gás. "Nós não sabemos como eles fizeram isto, entretanto, não podemos tolerar tal comportamento", disse Draper. Ele garantiu ainda que a AEP não utilizou estes dados falsos para valorar nenhuma de suas transações, concluindo que tal fato "não alterou os rendimentos da companhia". A AEP também afirmou nesta quinta-feira que vai reduzir significativamente suas operações de comercialização de energia dentro de um futuro bem próximo, em razão das dificuldades apresentadas atualmente pelo mercado. (Platts - 11.10.02)

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2- Corte Americana aprova venda da recém construída torre da Enron por US$ 102 mi

A Corte Americana de Falências aprovou nesta quinta-feira em Nova York a venda da recém construída torre de 40 andares de escritórios da Enron em Houston por US$ 102 mi, afirmou a companhia. Esta, em um enunciado, disse que o licitante vencedor da construção foi a Intell Management, uma companhia de ativos privados com sede em Nova York. O leilão da torre, que também inclui uma área de estacionamento de capacidade para até 1.100 veículos, ocorreu na semana passada. "Estamos satisfeitos com o resultado do leilão. Acreditamos que este representa o maior valor para nossos credores", disse Stephen Cooper, diretor geral interino da Enron. Quatro andares do edifício, agora conhecido como Enron Center South, estão ocupados pela UBS Warburg Energy. O restante da torre, espaço que ainda precisa ser terminado, está inocupado. (Platts - 11.10.02)

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3- Fenosa busca sócio estratégico para 3 usinas

A companhia energética espanhola Union Fenosa busca um sócio estratégico para suas usinas de geração de energia Hermosillo (250 MW), Naco-Nogales (300 MW) e Tuxpan III e IV (1.000 MW), no México, disse o porta-voz Mauricio de la Rosa. "Vamos continuar no México, mercado ainda muito atrativo para nós", disse De la Rosa, acrescentando que "a idéia é buscar um sócio para ajudar a Fenosa a reduzir sua dívida e ajudar-nos a cobrir custos incorridos na construção das usinas." A Fenosa planeja reduzir sua dívida em cerca de US$ 2,6 bi no período 2002-2007, disse De la Rosa. A usina Hermosillo, no estado de Sonora, entrou em operação em outubro de 2001, e Naco-Nogales (também em Sonora) e Tuxpan III e IV (Veracruz) devem começar a operar em abril ou maio de 2003. A Fenosa "quer focar somente em geração de energia no México", disse De la Rosa, acrescentando que está procurando comprador para sua participação na holding Aeroportuario del Pacifico, dona de 12 aeroportos regionais. Como parte de seus planos globais de reestruturação de dívida, a Union Fenosa vai reduzir novos investimentos no mercado de geração espanhol e vender 50% do seu setor de gás, liberando cerca de US$ 800 mi de vendas de ativos. (Business News Americas - 10.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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