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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 978 - 10 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel submeterá minuta à consulta pública

A Aneel submeterá à consulta pública em sua página na Internet (www.aneel.gov.br) minuta de resolução que aperfeiçoa os critérios de apuração dos indicadores de qualidade no fornecimento de energia elétrica. O período para envio de sugestões começa hoje e termina no dia 8 de novembro próximo. A apuração dos indicadores é feita por unidade consumidora ou por conjunto de consumidores. A medição é realizada pelos indicadores DIC, FIC e Duração Máxima de Interrupção Contínua. Por conjunto de consumidores, os índices são DMIC e Freqüência Equivalente de Duração por Unidade Consumidora. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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2- Pequenas usinas terão novos critérios de enquadramento

A Aneel realiza, no dia 13 de novembro, audiência pública que estabelece novos critérios de enquadramento para PCHs. Recentemente, a agência divulgou as minutas que propõem o aprimoramento das normas para implantação de hidrelétricas. Segundo Fabiano da Rosa Carvalho, assistente de diretoria da Aneel, o objetivo é dar maior transparência aos critérios para aprovação de projetos de usinas hidrelétricas. Para identificar uma PCH, a minuta prevê fórmulas que envolvem potência (de 1 MW a 30 MW), queda d'água e área do reservatório. "A intenção é facilitar a identificação do aproveitamento pelo próprio investidor", explica. Segundo Carvalho, a proposta também prevê critérios que estimulem o pequeno investidor no mercado, item determinante do processo de desempate em casos que hajam mais de um interessado. Um outro critério prevê a racionalidade do projeto. As novas regras de aprimoramento incluem ainda a sinalização, por parte de órgãos ambientais, para a viabilidade do projeto em questão. O objetivo, é evitar que o projeto seja aprovado e se torne inviável por questões ambientais. A preocupação dos produtores com os impactos que as novas regras podem trazer para os projetos já iniciados é grande. Neste caso, Carvalho afirma que os projetos continuarão a ser avaliados pelos antigos critérios. "As novas regras somente serão válidas para novos projetos", completa. Após a audiência pública, a Aneel terá um prazo de 30 dias para emitir as novas resoluções. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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3- Aneel debate este mês descentralização

Do 29 a 31 deste mês, a Aneel debaterá o processo de descentralização de suas atividades com representantes das 13 agências reguladoras estaduais com as quais mantém convênio e também com técnicos das instituições não conveniadas. O encontro acontecerá em Brasília, no hotel Blue Tree Towers. Além de discutir a importância da descentralização das atividades da Aneel, o encontro promoverá o compartilhamento das experiências obtidas pelas agências estaduais na execução dessas atividades. O "Workshop de Descentralização" também nivelará o conhecimento sobre o modelo do setor elétrico brasileiro e debaterá a importância da autonomia e independência das agências reguladoras, entre outros temas. Os representantes das agências estaduais serão distribuídos em 14 grupos de trabalho para discutir os sete temas da agenda do seminário. Antes, contudo, ouvirão palestras sobre o processo de descentralização, sobre a revitalização do modelo do setor elétrico e sobre a visão e importância do regulador. Entre os palestrantes, além de autoridades da Aneel, estarão representantes da Abradee, da ABCE, e do FNECDC, assim como o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República e do Instituto Hélio Beltrão, João Geraldo Piquet Carneiro. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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4- Fórum de Mudanças Climáticas instala câmara para debater energia alternativa

Acontece nesta quinta-feira, dia 10 de outubro, a inauguração da Câmara sobre Comunicação, Educação e Informação do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). A câmara temática, presidida pelo IBGE, será um espaço de articulação das dez câmaras do FBMC, atuantes nas áreas de Impactos Econômicos e Sociais, Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, Energias Renováveis, Recursos Hídricos, Biodiversidade, Usos do Solo, Mudanças de Uso do Solo e Florestas e Assuntos Jurídicos. Na ocasião, o FBMC debaterá os resultados da Rio+10 e as perspectivas para a próxima reunião das Nações Unidas sobre o tema. (Canal Energia - 09.10.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia na região Sudeste/Centro-Oeste tem crescimento de 5,03%

Todos os subsistemas apresentaram aumento na demanda de energia, de acordo com dados do último boletim do ONS, relativo à terça-feira, dia 8 de outubro. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi o que registrou o maior aumento na demanda, com crescimento de 5,03%, chegando a 28.041 MW. Em comparação com a curva de aversão ao risco do operador nacional, a região ficou com a demanda 4,60% superior. Já no submercado Sul, houve um crescimento de 3,36% em comparação com o dia 7 de outubro. A demanda de energia na região chegou a 7.844 MW, índice 13,01% superior ao esperado pela curva de aversão ao risco do ONS. O consumo de energia no subsistema Nordeste registrou o terceiro maior aumento, de 2,66%, chegando a 6.130 MW. No Norte a demanda chegou a 2.685 MW, ficando 2,52% maior que o dia anterior. (Canal Energia - 09.10.2002)

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2- Região Norte apresenta maior queda nos níveis dos reservatórios

A região Norte apresentou a maior queda nos níveis dos reservatórios, de 1,68%, entre os subsistemas do país. Os reservatórios, de acordo com os dados do ONS, registram índice de 24,54%. A hidrelétrica de Tucuruí está com 29,43% da capacidade. (Canal Energia - 09.10.2002)

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3- Subsistema Nordeste apresenta redução de 0,66% nos índices de armazenamento

Os reservatórios da região Nordeste estão com 31,27% da capacidade, uma redução de 0,66% em relação ao dia anterior. Segundo o ONS, o subsistema está 22,38% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho está com índice de 19,68%. (Canal Energia - 09.10.2002)

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4- Sudeste/Centro-Oeste apresenta redução de 0,63% nos níveis

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou redução de 0,63% nos níveis em ralação ao dia anterior. Os reservatórios estão com 50,45% da sua capacidade, ficando 22,8% acima da curva de aversão ao risco prevista pelo operador do sistema. A usina de Emborcação está com índice de 48,55%, e Furnas, com 64,43%. (Canal Energia - 09.10.2002)

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5- Região Sul apresenta aumento de 0,55% nos níveis dos reservatórios

A região Sul foi a única região a apresentar aumento, de 0,55%, na capacidade dos reservatórios, chegando a marca de 88,73%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz está com 91,82% da capacidade. (Canal Energia - 09.10.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Distribuidoras de energia receberão R$ 123 mi

O presidente Fernando Henrique Cardoso liberou ontem, por Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União, R$ 123 mi para o Ministério de Minas e Energia. Os recursos serão utilizados para ressarcir as distribuidoras de energia pelo pagamento de bônus aos consumidores que economizaram além da meta durante o racionamento de energia. O repasse foi fruto de um acordo entre governo e empresas para compensar os valores pagos em bônus que superassem a arrecadação da sobretaxa de quem gastou mais do que o previsto. Com os valores de ontem, o governo já liberou cerca de R$ 400 mi para cobrir o pagamento desses bônus. Segundo o Ministério de Minas e Energia, ainda faltam cerca de R$ 10 mi. (Jornal do Brasil - 10.10.2002)

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2- Dívidas de distribuidoras superam a marca de R$ 32 bi

Um balanço desenvolvido pelo Centro de Economia Energética e Ambiental (Cinergia) da Coppe/UFRJ revela uma má administração dos negócios das empresas da área de energia elétrica. Segundo o levantamento, desde as privatizações, o setor acumula uma dívida de R$ 32,7 bi, sendo R$ 22,4 bi em moeda estrangeira e R$ 10,3 bi em moeda nacional. Desse total, R$ 10 bi vencem até 2003. Os dados levam em consideração o balanço semestral de 2002 dessas empresas. Segundo Maurício Tolmasquim, coordenador do Cinergia, a maior parte das empresas que registram a maior dívida é controlada por grupos estrangeiros. A distribuidora carioca Light, controlada pelo grupo EDF (Eletricité de France), é a mais endividada, com um déficit total de R$ 5,4 bi, segundo o levantamento. Desse total, 85% estão atrelados a moeda estrangeira e 15% em reais. Logo em seguida, vem outra empresa controlada por grupo estrangeiro: a paulista Eletropaulo. O coordenador revela que a companhia paulista, sob controle do grupo norte-americano AES, possui uma dívida de R$ 4,3 bilhões, sendo que 83% em moeda estrangeira e 17% em moeda nacional. (Canal Energia - 09.10.2002)

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3- Inepar propõe a debenturistas a troca da dívida por recebíveis

A Inepar, empresa paranaense que fornece equipamentos e serviços de energia, pretende pagar a dívida com debenturistas em recebíveis de contratos com a CPTM. Depois de uma longa negociação com os investidores, que resultou no parcelamento da dívida, a Inepar ficou novamente inadimplente com a prestação que venceu dia 1º de outubro. Ontem a companhia informou à Bovespa que vai propor aos debenturistas, em assembléia geral marcada para 21 de outubro, o pagamento da parcela vencida no dia 1º, mais a que vence em 1º de novembro, com recebíveis de seus clientes, "sem multas ou quaisquer encargos adicionais". Segundo o comunicado, a empresa está colocando à disposição dos investidores dois lotes de recebíveis, no valor de R$ 767 mil cada, sendo um da CPTM e outro da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. A empresa informa que os recebíveis estão "integralmente performados" e representam 130% do valor devido de cada parcela. A dívida da Inepar com as debêntures da 3ª emissão é de R$ 9 mi aproximadamente. Os títulos foram emitidos em novembro de 1996, quando a companhia captou R$ 25 mi junto a investidores. Além dessa, a empresa tem outras duas emissões: a 2ª, realizada em fevereiro de 1996, com a qual a empresa captou R$ 35 mi; e a 4ª emissão, feita em fevereiro de 2001, no valor de R$ 270 mi. A empresa apresentou aos debenturistas da 2ª emissão a mesma proposta de pagamento que agora está fazendo para a 3ª emissão. Mas os investidores não aceitaram e agora aguardam a assembléia marcada para 18/10 para decidir o que fazer. (Valor - 10.10.2002)

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4- Legislativo sustenta recurso da Cemig contra CVM

A Cemig entrega hoje à CVM o recurso contra a determinação de republicação do balanço referente ao primeiro semestre, conforme informou ontem o superintendente jurídico da empresa, Manoel Bernardino Soares. A defesa da estatal será protocolada dois dias depois de a Assembléia Legislativa de Minas ter aprovado projeto de lei que autoriza o pagamento de uma dívida de mais de R$ 500 mi que o governo do Estado tem com a empresa energética. As dúvidas sobre o recebimento desta dívida - e de outra parcela a vencer, no valor de R$ 1,1 bi - levou a CVM a determinar a republicação do balanço com inclusão de provisionamento do valor como créditos de liquidação duvidosa. A dívida total de R$ 1,6 bi é relativa à CRC. Com a lei aprovada na terça-feira pela Assembléia de Minas, o Estado poderá quitar a dívida já vencida, de cerca de R$ 500 mi, com a cessão dos dividendos a que tem direito como acionista controlador da Cemig. A dívida a vencer, também referente à CRC, está sendo negociada entre o Estado e a União. De acordo com informações do governo mineiro, a federalização desta dívida já está aprovada. Restam agora, segundo a assessoria do governo, apenas algumas pendências burocráticas para que a União libere o dinheiro para a Cemig. (Valor - 10.10.2002)

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5- Guaraniana investe em novo sistema

A holding Guaraniana, controladora das distribuidoras de energia Coelba, Cosern e Celpe está investindo em e-business. O grupo está oferecendo nos sites das três empresas um moderno sistema eletrônico de compras pela Internet. A Coelba foi a primeira concessionária de energia do País a implantar o software e hoje o sistema eletrônico responde por 40% das compras da distribuidora. A meta é atingir 100% das compras nas três empresas do grupo, até 2003. A tecnologia, e- Procurement, possibilita a busca e a comparação de preços, o conhecimento das condições de pagamento, prazos de entrega, descrições técnicas e codificação de produtos . O produto permite a criação de uma requisição de compra padrão que é enviada diretamente ao fornecedor, com a possibilidade do acompanhamento on line do faturamento e envio das mercadorias. Segundo Geraldo Rebouças, gerente do departamento de suprimentos da diretoria de serviços compartilhados, a operação agiliza o processo de compra e venda de produtos e serviços. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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6- Bandeirantes reconstrói ramal

A Bandeirante Energia concluiu a reconstrução da linha de transmissão RAE Gopouva, em Guarulhos, que alimenta a estação Gopouva. O ramal aéreo da estação foi reestruturado para ampliar a capacidade de condução dos fios, melhorando a distribuição de energia e eliminando os riscos de interrupção no fornecimento, segundo a empresa. O RAE Iporanga, localizado no mesmo município, também foi construído recentemente pela empresa, a fim de aliviar a carga transmitida pelo ramal, mas ainda não entrou em operação. Os dois projetos tiveram investimentos de R$ 1,5 mi. Cerca de 150 mil moradores serão beneficiados com a conclusão dos dois empreendimentos, de acordo com comunicado da empresa. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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financiamento

1- MAE decide liquidar todos os contratos em novembro

As companhias elétricas terão que liquidar os débitos acumulados nos 25 meses de existência no MAE de uma só vez, no dia 22 de novembro. A movimentação total de contas a pagar e receber está estimada em aproximadamente R$ 13 bi pelo MAE. A contabilização, com os números oficiais, está programada para sair no dia 15 de novembro. O novo cronograma foi aprovado pelo conselho de administração do mercado atacadista, formado pelas companhias do setor. Há o interesse de parte das empresas de energia e do próprio MAE em agilizar o funcionamento do mercado, que corre risco de ser extinto pelo por um eventual próximo governo petista. "É evidente que há o risco político. Mas o objetivo é mostrar ao próximo governo, independente de qual seja, que o mercado atacadista está funcionamento", diz o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão. Os agentes do mercado aguardam a publicação de resolução da Aneel definindo as regras da liquidação para contratarem os bancos que farão as transações financeiras. (Valor - 10.10.2002)

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2- Chesf e Light são maiores devedores do MAE

Segundo dados ainda não oficiais, a geradora Chesf e a distribuidora Light seriam as maiores devedores do MAE, com uma dívida entre R$ 800 mi e R$ 1 bi cada uma. Os maiores credores seriam Furnas e Tractebel, com cerca de R$ 1 bi a receber cada. A maioria das empresas, no entanto, é tanto devedora como credora, o que equilibra o saldo final. A decisão de pagar tudo em um dia só teria sido aprovada por estes agentes. O que impulsionou o saldo positivo de Furnas e Tractebel no MAE foi o fato de as duas geradoras terem excedente de energia descontratada. No caso de Furnas, graças à geração extra da usina nuclear de Angra 2, que já foi motivo de uma grande dívida da estatal no MAE. A Tractebel também conseguiu crédito porque havia investido no aumento da sua geração. No caso da Chesf, também geradora, não havia energia excedente ao que tinha sido contratado pelas distribuidoras. Ao contrário: com o racionamento, a empresa não pôde entregar tudo que havia sido prometido. A companhia admite ser uma das maiores devedoras, mas questiona os valores. O diretor financeiro da Chesf, Luiz Godoy, diz que acredita em um possível parcelamento dessa dívida. Parte dos recursos que a Chesf utilizará para saldar o débito virão de financiamento do BNDES e do repasse, pelas distribuidoras, do que foi arrecadado com os aumentos extraordinários de tarifa. A Light diz que os créditos que tem a receber são praticamente iguais ao que terá de pagar, o que diminui consideravelmente o seu débito. (Valor - 10.10.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 1,34% e atinge R$ 3,9270

O dólar comercial abriu as operações com alta de 1,34% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,9170 na compra e a R$ 3,9270 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F tinham avanço de 1,09%, projetando a moeda a R$ 3,885. Ontem, o nervosismo eleitoral e a expectativa para a rolagem da dívida cambial tornaram a pressionar as cotações. O dólar fechou com alta de 3,88%, a R$ 3,8700 na compra e a R$ 3,8750 na venda. Hoje, o cenário deve se manter, pois os fatores de pressão continuam. Além da conjuntura eleitoral e da rolagem da dívida cambial, o comportamento dos títulos da dívida externa também influenciam a trajetória da moeda. Ontem, a forte queda dos C-Bonds também contribuiu para a alta do dólar. (Valor Online - 10.10.2002)

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2- Dólar puxa IPCA para alta de 0,72%

Influenciado pela alta do dólar, o IPCA passou de 0,65% em agosto para 0,72% em setembro. O resultado, acima do registrado no mês anterior, é preocupante, visto que agosto, mais do que setembro, é, historicamente, um mês de inflação alta - por ser a época de reajustes de tarifas e preços administrados. "O repasse cambial para a inflação está se intensificando e se generalizando", alertou a economista do Departamento de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Ontem, o IBGE divulgou o IPCA de setembro, índice que se refere à famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos e é utilizado pelo governo para cálculo de meta de inflação. O IPCA acumula alta de 5,6% de janeiro a setembro deste ano, desempenho acima dos 5,35% registrados em mesmo período do ano passado. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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3- IGP-DI sobe pelo sexto mês consecutivo

A alta persistente do dólar já se espalha por toda a cadeia produtiva, como revela a composição dos preços no atacado coletados pela FGV. Sem trégua do câmbio nos últimos três meses, a inflação começou nas matérias-primas, continuou nos alimentos vendidos ao consumidor final e agora chega aos produtos mais elaborados. "A disseminação por toda a cadeia produtiva, novidade na nossa economia, é conseqüência de uma taxa elevada de câmbio mantida por muitos meses" afirma o Coordenador de Estudos Econômicos da FGV, Salomão Quadros. O aumento do IGP-DI divulgado ontem, de 2,36% em agosto para 2,64% em setembro, foi o sexto consecutivo. Composto pelos preços no atacado e no varejo, além dos da construção civil, o índice só não subiu mais porque os preços ao consumidor subiram em menor ritmo, de 0,76%, em agosto, para 0,66%, em setembro. O IGP-DI acumula alta de 11,60% no ano e 14,28% nos últimos 12 meses. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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4- Taxas de juros têm alta e risco Brasil sobe 9,01%

As taxas de juros tiveram alta ontem, 09/10. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de novembro passou de 18,47% para 18,59% ao ano. Os juros para abril de 2003 foram de 22,77% para 23,45% ao ano. No mercado aberto, o BC recolheu R$ 34,249 bilhões que estavam em excesso no sistema financeiro por um dia ("overnight"). O dinheiro será remunerado com juros anuais de 17,9% e volta ao caixa dos bancos hoje. A falta de disposição para investir em títulos públicos têm gerado liquidez nos bancos. O BC também enxugou R$ 5,2 bilhões em uma operação com lastro em Letras do Tesouro Nacional (LTN) até 13 de novembro. No mercado internacional, as declarações do megainvestidor George Soros de que o Brasil poderia decretar moratória amedrontou os investidores. O C-Bond caiu 6,01% e valia US$ 0,488. O risco Brasil, medido pelo JP Morgan, subiu 9,01% a 2.261 pontos. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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gás e termoelétricas

1- Apenas CS tem proposta para Cigás

A CS Participações, com matriz em Salvador, foi a única empresa a se habilitar a uma provável participação acionária na Cigás para distribuir gás natural em Manaus. A Gaspetro, do grupo Petrobras, e a Interoil, ambas com sede no Rio de Janeiro, também adquiriram o edital de chamamento empresarial público, que determina as regras e prazos para a realização da sociedade. Este é o segundo chamamento realizado pela Cigás para selecionar sócios. No ano passado, a empresa escolhida foi a ACBLI, que, no entanto, não depositou a primeira cota de US$ 17 mi prometida para janeiro deste ano. A proposta e os documentos da CS foram entregues às 15h de ontem, no limite do prazo estipulado no edital. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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2- CS fará investimento de R$ 50 mi na construção de dutos

Hermano Matos, diretor da CS Participações, única empresa a se habilitar a uma provável participação acionária na Cigás, disse que a empresa está preparada para realizar um investimento de R$ 50 mi na construção de dutos para distribuir cerca de 4 milhões de metros cúbicos/dia. O gás da província de Urucu, no município de Coari, chegará a Manaus por meio de um gasoduto de 460 quilômetros, que será construído pela Petrobras. Mattos informou que se habilitou ao negócio porque tem a garantia de que a Petrobras já encaminhou o processo de Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que resultará Rima, primeira etapa para a realização da obra. Nesse período, a Cigás já terá construído a canalização para entregar gás natural nas termelétricas, postos de abastecimento de GNV e indústrias, conforme o planejamento da provável parceira. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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3- BR investe em expansão no Espírito Santo

Mesmo diante da polêmica aberta pela Assembléia Legislativa do Espírito Santo sobre a concessão de gás natural, a BR Distribuidora decidiu iniciar as obras de expansão de seu gasoduto para Vila Velha, o município mais populoso do estado, com 344.935 habitantes. Com o investimento de quase R$ 5 mi, construirá um ramal com 13 quilômetros de extensão, interligando a rede que hoje se estende até a usina da Belgo Mineira, em Cariacica, também na área metropolitana de Vitória. O projeto deverá ficar pronto em 10 meses e faz parte da estratégia de diversificação do mercado da estatal no território capixaba. O alvo prioritário da BR é abastecer três postos de gás veicular em Vila Velha, os primeiros do município, que deverão receber cerca de 25 mil metros cúbicos do combustível por dia, segundo a gerência de vendas da BR Distribuidora no estado. (Gazeta Mercantil - 10.10.2002)

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4- Eletronuclear abrirá concurso público para cadastro de reservas em 2003

A Eletronuclear abrirá concurso público para cadastro de reservas em 2003. Poderão se inscrever pessoas de nível médio e superior, interessadas em vagas nas cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis. O concurso cobrirá um total de 34 cargos, com salários que variam de R$ 651,67 a R$ 1.660,95. O edital ainda não foi divulgado, mas a expectativa é de que esteja disponível no site da companhia no fim de novembro. As provas de conhecimentos específicos serão realizadas em 5 de janeiro e conduzidas pela Cesgranrio. De acordo com Ronaldo Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Eletronuclear, para os interessados nas vagas em Angra dos Reis as regras serão um pouco diferentes. "Como realizamos um concurso de reservas de vagas no ano de 2000 para Angra, precisaremos preencher as vagas primeiramente com este pessoal de 2000 que ainda não foi chamado, depois começamos a convocação dos que prestarem o concurso 2003", explica. (Canal Energia - 09.10.2002)

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5- Usinas da Ceron são revogadas

A Aneel revogou as autorizações concedidas à empresa Ceron, relativas às centrais geradoras termelétricas Rolim de Moura, Santa Luzia e Cacoal, nos municípios de Rolim de Moura e Cacoal, no Estado de Rondônia. O motivo foi a desativação das usinas entre julho de 1995 e março de 2000 em virtude de interligações com sistemas elétricos. A UTE Santa Luzia, com 264 kW, situada no município de Rolim de Moura, foi desativada em 1998 porque foi ligada ao sistema elétrico da UTE Rolim de Moura. Por sua vez, a UTE Rolim de Moura, no município de mesmo nome, com potência de 4.455,6 kW, teve suas atividades encerradas em março de 2000. Tanto essa usina quanto a UTE Cacoal, em Cacoal, pararam de produzir energia porque os municípios em que se situam foram integrados ao sistema da Usina Hidrelétrica Samuel, em Porto Velho. A termelétrica de Cacoal, por exemplo, obteve autorização da agência reguladora em 1994 para ampliar a potência final da usina para 14.300 kW, mas foi desativada um ano depois. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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6- Nova termelétrica autorizada em São Paulo

A Aneel concedeu autorização para a Serveng Civilsan S/A - Empresas Associadas de Engenharia, que construirá a PCH Camburu, de 30 MW de capacidade instalada. A usina se localizará em Caraguatatuba, beneficiando 220 mil habitantes. O empreendimento está previsto para entrar em operação em três etapas: a primeira em julho, a segunda em agosto e a terceira, em setembro de 2005. São classificados como PIEs empresas ou grupo de empresas reunidas em consórcio, que recebam autorização ou concessão da agência para produzir energia destinada ao comércio de toda ou parte da produção, por sua conta e risco. Os produtores independentes podem ampliar e melhorar as condições de oferta e prestação de serviços, tendo como garantia o livre acesso aos sistemas elétricos. Além disso, têm autonomia para fechar contratos bilaterais de compra e venda de energia elétrica. (Jornal do Commercio - 10.10.2002)

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grandes consumidores

1- Efficientia define estratégia para chegar aos grandes consumidores

A Efficientia, subsidiária da Cemig centrada na prestação de serviços de eficiência e soluções energéticas, já fez uma radiografia do mercado que pretende atingir. Segundo o gerente Jaime Antônio Burgoa, a empresa terá como foco 630 grandes consumidores do país, dos quais 64 localizados em Minas Gerais. "A empresa não tem uma área de concessão específica, por isso pode atuar em qualquer lugar. Fizemos um levantamento e este é o número esperado de clientes de grande porte a serem atendidos", observa o gerente da Efficientia, que entrou em operação comercial há duas semanas. A empresa já fechou R$ 15 mi em contratos. De acordo com o gerente da empresa, Jaime Antônio Burgoa, isso prova que a eficiência energética também é um ótimo negócio. (Canal Energia - 09.10.2002)

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2- Petrom investe para aumentar exportação

Conseguir contratos de longo prazo no exterior e deixar de ser um fornecedor no mercado 'spot' é o objetivo da Petrom. Tanto que a empresa vai implantar um sistema de co-geração de energia na sua única fábrica, instalada em Mogi das Cruzes. R$ 8 mi serão gastos no projeto, que responderá por 70% da necessidade de energia em 2005. "A co-geração reduzirá o custo da energia, que hoje é de 5%. Em 2005, cairá para 2% e em 2010, quando teremos auto-suficiência, será de 0%", afirma Milton Sobrosa Cordeiro, diretor industrial da empresa. (Valor - 10.10.2002)

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internacional

1- Consumo de baixa tensão será liberalizado para empresas portuguesas em 2004

Portugal pretende desregular o mercado energético de baixa tensão para as empresas em Janeiro de 2004 e para os consumidores domésticos em Junho do mesmo ano, revelou hoje o ministro da Economia, Carlos Tavares. O mesmo frisou que um número significativo de contratos de aquisição de energia serão extintos até final do primeiro semestre de 2003. Quanto à "pool" ibérica de eletricidade, que terá um mercado "spot" gerido pela Espanha e um a prazo da responsabilidade de Portugal, deve ser estabelecida até ao fim do primeiro semestre de 2003, não havendo nenhum adiamento do Mibel - Mercado Ibérico de Eletricidade, adiantou ainda o ministro da Economia. Segundo Carlos Tavares, o Mibel acelerará a necessidade de maior eficiência por parte da EDP, que aliás se encontra implícita na prevista criação do mercado interno europeu, bem como pelo fato de ter que criar valor aos seus acionistas. O ministro da Economia admitiu ainda que, dependendo das condições do mercado, a REN - Rede Eléctrica Nacional (detida a 30% pela EDP e em 70% pelo Estado), poderá ser privatizada em 2003, eventualmente através de uma dispersão em Bolsa. "Portugal encara como possível um cruzamento de participações entre a REN e a Rede Eléctrica Espanhola (REE)", explicou o mesmo. (Diário Económico - 08.10.02)

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2- Itália deverá gastar US$ 13,74 bi para atingir os termos previstos no protocolo de Kyoto

O governo italiano e companhias privadas terão que investir entre US$ 2,94 bi e US$ 13,74 bi para remodelar estações de geração de energia e produzir energia com fontes renováveis com o objetivo de seguir os termos previstos no protocolo de Kyoto, como afirma um estudo publicado nesta semana pela Comissão Italiana de Energia e Meio-ambiente (ENEA). A ENEA estudou quatro opções de reestruturação de investimentos e tecnologia com diferentes resultados de redução do excesso de liberação do dióxido de carbono. Com a escolha da opção mais barata, US$ 2,94 bi, a Itália substituiria um total de 4,748 MW através da substituição das plantas a gás, óleo e carvão por plantas de cogeração, ciclo combinado de energias renováveis. Já com a opção mais cara, de US$ 13,74 bi, um total de 23,573 MW seriam substituídos com a implementação de novas plantas. A Itália deverá reduzir a emissão de dióxido de carbono em cerca de 6,5% até 2012, voltando aos níveis atingidos em 1990. (Platts - 08.10.02)

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3- Ande abrirá licitação para compra de energia

A Ande, companhia energética do Paraguai, vai lançar, dentro de 15-20 dias, licitação para compra de 60-100MW de capacidade e energia associada de geradoras argentinas, disse o diretor de planejamento da Ande, Ernesto Samaniego. O contrato terá duração de um ano, com possível extensão por igual período. O objetivo é substituir parte da energia que a Ande compra hoje da usina hidrelétrica binacional Yacyretá, que, de acordo com os contratos firmados, vende a US$ 31,6/MWh. Samaniego antecipa ser possível conseguir energia argentina por cerca de US$ 10/MWh. A Ande já tentou contratar energia argentina uma vez este ano, mas no final de junho anulou uma licitação depois de receber apenas uma proposta, que não satisfez as exigências legais. A Ande, no entanto, ouviu sugestões de possíveis fornecedores que expressaram interesse na licitação anterior e está alterando alguns aspectos administrativos da próxima licitação, disse Samaniego. (Business News Americas - 07.10.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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