1- Resolução abre brecha para reajuste de energia |
Foi publicada ontem
no "Diário Oficial" resolução do CNPE que regulamenta a MP 64
e abre brecha legal para que as distribuidoras que participem
dos leilões de energia realizem reajustes extras das tarifas em
datas que não sejam as do aniversário da concessão. A resolução
visa a evitar que haja um descasamento entre a compra do insumo
nos leilões e a data do reajuste das tarifas. O aumento extraordinário
das tarifas seria necessário porque nos leilões o preço da energia
poderá ser pressionado, dependendo da demanda. Caso houvesse um
salto das cotações, as empresas poderiam ter seu equilíbrio econômico-financeiro
ameaçado. As mais prejudicadas seriam concessionárias que comprassem
o insumo no início do ano, mas só pudessem alterar tarifas em
novembro, no aniversário da concessão. Apesar da publicação, os
empresários temem que esses reajustes extras sejam brecados pela
futura equipe econômica, caso as pressões dos preços sejam muito
altas. O que seria uma repetição da alegada demora no repasse
dos custos não-gerenciáveis às tarifas a partir de 1999, com a
maxidesvalorização do real. (Valor - 09.10.2002)
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2- Conta de luz terá de ser detalhada |
A partir de 2003, as contas de luz de todos os consumidores terão
de detalhar os valores do custo de energia, especificando na cobrança
o custo do consumo, da distribuição, dos impostos e, entre outros,
dos encargos do setor. A mudança beneficiará os consumidores residenciais,
industriais e comerciais. Ontem, o governo autorizou, por meio
de decreto, a separação de contratos dos diversos serviços de
energia para os grandes consumidores de energia, classificados
como grupo "A", como shoppings. (Folha de São Paulo - 09.10.2002)
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3- Novas regras para aprovação de projetos hidrelétricos
devem sair em dezembro |
A Aneel realiza, no dia 13 de novembro, audiência pública que
estabelece novos critérios de enquadramento para pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs). Recentemente, a agência reguladora divulgou
as minutas de resolução que propõem o aprimoramento das normas
para implantação de hidrelétricas. Segundo Fabiano da Rosa Carvalho,
assistente de diretoria da Aneel, o objetivo é dar maior transparência
aos critérios para aprovação de inventário e implantação de projetos
de usinas hidrelétricas. Para identificar uma PCH, a minuta prevê
fórmulas que envolvem potência (de 1 MW a 30 MW), queda d'água
e área do reservatório. (Canal Energia - 09.10.2002)
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1- Nível de armazenamento da região Nordeste chega
a 31,48% |
A região Nordeste está com 31,48% da capacidade de armazenamento,
uma redução de 0,72%. Os reservatórios estão 22,38% acima da curva
de aversão ao risco estabelecida pelo operador do sistema. A hidrelétrica
de Tucuruí registra índice de 30,06%. (Canal Energia - 08.10.2002)
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2- Reservatórios estão com 24,96% da capacidade no
Norte |
A variação no subsistema Norte foi de 6,71%. Os reservatórios
estão com 24,96% da capacidade. Na usina de Sobradinho, o índice
é de 60,4%. (Canal Energia - 08.10.2002)
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3- Região Sudeste/Centro-Oeste está com 50,45% da capacidade |
Com uma redução de 0,49%, a região Sudeste/Centro-Oeste está com
50,45% da capacidade. Segundo o boletim do ONS do dia 7 de outubro,
os reservatórios do submercado estão 22,8% acima da curva de aversão
ao risco. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas registram armazenamento
de 48,69% e 64,63%, respectivamente. (Canal Energia - 08.10.2002)
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4- Região Sul apresenta variação positiva nos níveis
de armazenamento |
A região Sul foi a única a apresentar variação positiva nos níveis
de armazenamento, de 0,90%. Segundo o boletim do ONS referente
ao dia 7 de outubro, a capacidade de armazenamento está em 88,24%.
Na hidrelétrica de G. B. Munhoz o índice é de 91,86%. (Canal Energia
- 08.10.2002)
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5- Subsistema Sul registra crescimento de 3,46% na
demanda de energia |
De acordo com o último boletim emitido pelo ONS, relativo à segunda-feira,
dia 7 de outubro, o subsistema Sul apresentou o maior crescimento
na demanda, com aumento de 3,46%, alcançando demanda de 7.589
MW. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou demanda de 26.697
MW, índice 3,08% superior em comparação à segunda-feira anterior,
dia 30 de setembro. O índice ficou 0,42% abaixo do esperado pela
curva de aversão ao risco do ONS. Já o consumo da região Norte
ficou em 2.619 MW, índice 1,57% menor que o dia 30, e o Nordeste,
com 5.971 MW. (Canal Energia - 08.10.2002)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- EDF cobre perdas da Light |
O grupo francês de energia EDF, que no Brasil é dono da Light,
destinará US$ 735 mi neste ano para cobrir as perdas com a desvalorização
do real e do peso argentino em suas filiais nos dois países, segundo
o jornal francês Le Figaro. Deste total, US$ 245 mi vão para a
Light e US$ 490 mi para a argentina Edenor. Em 2001, a EDF amargou
prejuízo de US$ 534 mi, com a desvalorização do real e do peso.
"O problema é que a dívida foi fixada em dólar, quando a moeda
estava em paridade com o peso - diz uma fonte da EDF, acrescentando
que a empresa ''não injetará mais capital no país". O maior banco
da Itália em ativos, o IntesaBci, planeja abandonar a Argentina
até o final deste mês, afirmou o presidente-executivo da instituição,
Corrado Passera. Ele já havia comunicado intenção de deixar a
América Latina. O Intesa e o Itaú estão negociando um preço para
vender a unidade brasileira do banco italiano, o Sudameris. (Jornal
do Brasil - 09.10.2002)
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2- Aneel aceita pedido de reorganização da EDP |
O pedido de reorganização societária do Grupo EDP foi aceito pela
Aneel, de acordo com Resolução nº 543, publicada ontem no "Diário
Oficial" da União. Atualmente, o grupo tem participação nas empresas
EDP Brasil, Enerpeixe, Enerpaulo, Energest, Eletricidade de Portugal
Internacional e EDP. A resolução aprova a transferência da participação
das empresas Enerpaulo e da Rede Peixe para a Enerpeixe na concessão
compartilhada para a exploração do aproveitamento hidrelétrico
de Peixe Angical, localizado no Estado do Tocantins. Com a medida,
a participação da Enerpeixe passará para 100% da concessão. As
empresas envolvidas terão 45 dias a partir da publicação desta
resolução para envio à Aneel de cópia do termo de extinção do
respectivo consórcio. Além disso, a resolução aprova a operação
de cisão da Enerpaulo e a conseqüente transferência do controle
societário da Bandeirante para a EDP Brasil. (Jornal do Commercio
- 09.10.2002)
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3- Ação coletiva contra a Light é deferida |
O juiz José Carlos Maldonado de Carvalho, da 5ª Vara Empresarial
do Rio, deferiu ontem ação coletiva impetrada pela Adcon contra
a Light. Na ação, a ADCON alega que a distribuidora vem desrespeitando
a legislação e penalizando o consumidor em vários aspectos, entre
eles encaminhando o nome do cliente inadimplente ao cadastro do
SPC, obrigando assinatura de contrato de financiamento de débito
de consumo irregular - através do qual o cliente deve reconhecer
e confessar dívidas impostas unilateralmente, em período retroativo
de 24 meses, sob pena da retirada do relógio medidor - entre outras
ações. Em seu despacho, o juiz acolheu as argumentações da Adcon,
deferindo a antecipação dos efeitos da tutela, determinando que
a Light suspenda o corte de fornecimento de energia elétrica de
qualquer consumidor, enquanto esteja pendente a decisão judicial,
bem como o envio do nome do consumidor inadimplente ao SPC. No
despacho, foi fixado ainda o valor da multa de R$ 1 mil para cada
ato de desrespeito. (Jornal do Commercio - 09.10.2002)
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4- Braspérola quer energia religada |
Termina hoje o prazo dado à Escelsa para que aceite ou não fazer
o religamento da energia da empresa Braspérola, fechada desde
agosto do ano passado. A reativação da empresa foi acertada com
um grupo francês que já fechou contrato com os controladores da
Braspérola. A religação da energia, no entanto, está sendo solicitada
por um prazo inicial de 30 dias. Como a Braspérola tem um débito
de mais de R$ 700 mil com a Escelsa, a concessionária de energia
não aceita religar a luz, mesmo que seja por um prazo estipulado
e com pagamento antecipado. O grupo francês condiciona o religamento
da energia para definir o contrato com os controladores da Braspérola.
O prazo dado à Escelsa é para que a empresa aceite negociar o
religamento sem a negociação dos débitos anteriores. A não aceitação
levará o Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias Têxteis a ingressar
na Justiça, na quinta-feira, com pedido de medida cautelar para
assegurar o retorno das atividades da Braspérola. (A Gazeta -
09.10.2002)
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5- ALMG aprova pagamento de dívida à Cemig |
A Assembléia Legislativa aprovou nessa terça-feira em segundo
turno o projeto de lei que, na prática, estabelece o pagamento
à Cemig de R$ 550 mi pelo governo do Estado, o principal acionista
da empresa. A dívida, já vencida, é relativa à Conta de Resultados
a Compensar (CRC), um mecanismo criado pelo governo federal em
1995 para subsidiar tarifas de energia. O Estado deve ainda R$
1,1 bilhão à Cemig também a título de transações no âmbito da
CRC. Essa parte do passivo, entretanto, deverá ser federalizada
conforme entendimentos entre o governo estadual e a União. A aprovação
do projeto aconteceu um dia antes de estourar o prazo dado pela
CVM para que a Cemig explicasse os motivos que levaram a direção
da empresa a não computar os R$ 550 mi como prejuízo no balanço
divulgado ao final do primeiro semestre. (O Tempo - 09.10.2002)
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6- Estudo identifica potencial hidrelétrico de 43,5
MW no Centro-Oeste |
O estudo de revisão do inventário hidrelétrico do rio Correntes
identificaram um potencial total de 43,5 MW, distribuídos em três
aproveitamentos e foi apresentado pela empresa BSB Energética.
O estudo foi aprovado pela Aneel por meio do despacho nº 625/02,
publicado no Diário Oficial da União (D.O.U) do dia 8 de outubro.
O inventário está localizado no no trecho do reservatório da usina
Ponte de Pedra. Os três aproveitamentos elétricos são Água Enterrada,
com potência de 14,5 MW; Santa Gabriela, com 23,8 MW e Santa Paula,
com 5,2 MW. A área de drenagem é de 3.696 km2, localizada nos
estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. (Canal Energia -
08.10.2002)
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7- Pernambucanos investem em geração de energia na
Bahia |
Um grupo de empresários pernambucanos está interessado em investir
na geração de energia elétrica na Bahia. Para isso, constituiu
no ano passado a Ara Energia, que já teve seu primeiro projeto
baiano selecionado pela Aneel. Trata-se de uma PCH a ser construída
no município de São Desidério, região de Barreiras, oeste do estado.
O projeto está orçado em R$ 44 mi, sendo que parte do montante
será financiada por agentes financeiros, como informa Antônio
Pereira de Lucena, presidente da Ara. "Durante as obras, cujo
cronograma é de 18 meses, devemos gerar cerca de 300 empregos
diretos na região", adianta. A nova central hidrelétrica - que
ganhará o nome de Santa Luzia - será levantada sobre o Rio Grande,
com capacidade de produzir 24,5 MW. "Vamos utilizar 20% dessa
energia para consumo próprio, ou seja, na irrigação de agronegócios
que implantaremos na área. Os 80% restantes incorporaremos ao
sistema de distribuição da Eletrobrás/Chesf", revela o presidente.
Ele diz que o projeto vai contribuir para amenizar os problemas
de eletrificação da região, a qual carece de suficiente linhas
de transmissão. (Correio da Bahia - 09.10.2002)
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1- Permitido o repasse de preços de leilão |
As concessionárias de energia elétrica que firmarem contratos
de compra e venda de energia, resultantes dos leilões de energia
"velha" podem realizar novos reajustes nas tarifas para os consumidores
finais, de acordo com resolução publicada, ontem, pelo CNPE no
Diário Oficial da União. A Resolução nº 11 do CNPE estabeleceu
as diretrizes para a regulamentação do artigo 1° da Medida Provisória
64, que anula o impedimento à aplicação de reajustes por índice
de preços ou de correção monetária em contratos com periodicidade
inferior a um ano, firmados nos leilões de energia "velha" das
estatais federais e estaduais. De acordo com a resolução, somente
o Ministério da Fazenda pode solicitar a não-concessão de novos
aumentos, como estabelece a própria MP 64. As distribuidoras terão
que solicitar os novos reajustes extraordinários das tarifas à
Aneel, na data de início do suprimento. No cálculo do reajuste,
será considerado apenas o montante da energia contratada em leilão.
(Gazeta Mercantil - 09.10.2002)
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2- CEEE planeja comprar energia de PCT |
A CEEE se comprometeu a adquirir a energia gerada pela termelétrica
de Piratini, localizada no estado do Rio Grande do Sul, que entrou
em operação comercial na última terça-feira, dia 1° de outubro.
Com capacidade instalada de 10 MW, energia suficiente para abastecer
10 mil residências, a pequena central termelétrica de Piratini
está em funcionamento desde dezembro do ano passado. A usina utiliza
resíduos de madeira, provenientes das madereiras da região, como
combustível. A estimativa é de que sejam consumidas, por ano,
cerca de 160 mil toneladas de resíduos. Os investimentos no empreendimento
somam R$ 10,5 mi. Piratini é a primeira usina a ser concluída,
dentro de um projeto que prevê a instalação de outras dez pequenas
centrais termelétricas no Rio Grande do Sul, utilizando a biomassa
como combustível. (Canal Energia - 08.10.2002)
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1- Dólar comercial abre em alta de 2,19% e atinge R$
3,8120 |
O dólar comercial abriu as operações com forte alta de 2,19% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,8020 na compra e a R$ 3,8120
na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro negociados
na BM & F tinham avanço de 2,21%, projetando a moeda a R$ 3,780.
Ontem, o dólar comercial fechou com ligeira queda de 0,13%, a
R$ 3,7200 na compra e a R$ 3,7300 na venda. Mesmo com a alteração
das regras para os bancos que operam com o dólar e o início da
rolagem da dívida cambial que vence no dia 17, a cautela persistiu
nas mesas de negociação. Entre os agentes, o cenário eleitoral
é apontado como a principal causa do nervosismo. A expectativa
quanto à rolagem da dívida cambial também puxou as cotações para
cima. O BC conseguiu rolar 16,4% da dívida de US$ 3,6 bi que vence
no dia 17 de outubro. (Valor Online - 09.10.2002)
Índice
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O IGP-M subiu 1,57% na primeira prévia de outubro, segundo informou
ontem a FGV. É o maior resultado desde agosto de 2000 no âmbito
das primeiras prévias. No mês passado, o índice registrou alta
de 1,13% em sua primeira prévia. O IPA teve alta de 2,17%, a maior
desde março de 1999 no âmbito das primeiras prévias. Em mesmo
período em setembro, o IPA teve alta de 1,54%. O índice de Preços
ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,49%. Já o Índice Nacional do
Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,66% na primeira prévia
de outubro. No ano, a inflação acumula alta de 12,27%. (Gazeta
Mercantil - 09.10.2002)
Índice
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3- Taxas de juros ficam estáveis e risco Brasil sobe |
As taxas de juros ficaram praticamente estáveis ontem, dia 08/10.
Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de novembro saiu
de 18,52% para 18,47% ao ano. A taxa de janeiro de 2003 foi de
20,41% para 20,37% ao ano. No mercado internacional, os títulos
da dívida soberana caíram. O C-Bond, o mais negociado, cedeu 2,80%,
para US$ 0,52. O risco Brasil subiu 1,26% e estava em 2.074 pontos
básicos. (Gazeta Mercantil - 09.10.2002)
Índice
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1- Medo de apagão ressuscita térmicas |
Em meio às indefinições sobre o futuro do setor elétrico, as distribuidoras
de energia estão aos poucos ressuscitando o PPT do governo federal,
na tentativa de garantir o suprimento futuro do insumo. Apesar
do cenário atual ser de excesso de oferta de energia, as concessionárias
trabalham com uma provável escassez dentro de quatro anos, já
que os investimentos em nova geração estão paralisados. Dentro
dessa estratégia de assegurar o abastecimento no médio prazo,
companhias como Light, Celesc e Copel assinaram recentemente contratos
de compra de energia de usinas termelétricas. O presidente da
distribuidora paulista CPFL, Wilson Ferreira Jr., diz que as concessionárias
de distribuição estão buscando contratos de fornecimento mais
longos. Ele acredita que a necessidade de garantir o abastecimento
daqui a três anos começa a viabilizar a construção de térmicas
que ficarão prontas neste prazo. "É mais barato assinar o PPA
(power purchase agreement, que é o contrato de compra da energia
por 20 anos) de uma usina a gás do que pagar o seguro-apagão de
usinas a diesel", afirmou. A CPFL já havia fechado o primeiro
PPA de uma térmica no país, da usina de Carioba 2, em São Paulo,
que ainda não conseguiu sair do papel por problemas ambientais.
Com o projeto Carioba emperrado, fontes do mercado afirmam que
a CPFL pretende fechar a aquisição da energia de outra usina no
Estado, a térmica de Santa Branca, de propriedade da americana
AES. As obras desta usina estão paradas, já que a AES passa por
dificuldades financeiras e não tem como honrar com os US$ 500
mi necessários para a sua construção. (Valor - 09.10.2002)
Índice
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2- Mudança do Valor Normativo é incentivo para projetos
termelétricos |
Para o diretor-presidente da TermoRio, Antônio Gama Rocha, um
incentivo para a retomada dos projetos termelétricos é a resolução
que muda o VN, publicada pela Aneel no mês passado. "A medida
aumenta em US$ 2 o MWh, retomando o valor do teto anterior, que
havia sido modificado", explica Rocha. A Termorio, de propriedade
do grupo EDF, já tem o seu PPA fechado com a Light, também controlada
pela EDF, desde maio de 2001. Recentemente, a distribuidora fluminense
fechou novo contrato de compra de energia por 20 anos, com a térmica
de Paracambi, também de propriedade do grupo francês, no Rio.
A TermoRio, com 780 MW, tem previsão para entrar em operação em
fevereiro de 2004. Dos US$ 500 mi necessários para a sua construção,
cerca de R$ 215 mi estão em negociação para financiamento via
BNDES. Este montante servirá para a implantação de mais três unidades
geradoras. A usina de Paracambi, com 523 MW, entra em operação
comercial em dezembro de 2004, prazo que também a enquadra no
PPT, o que dá direito ao gás subsidiado. As obras civis devem
ser iniciadas no primeiro trimestre de 2003. A Celesc, de Santa
Catarina, também fechou contrato de compra da energia da termelétrica
Norte Catarinense, de 450 MW, que será construída em parceria
com a Petrobras. Ao todo, os investimentos somam US$ 350 mi, sendo
que US$ 250 mi seriam destinados à primeira etapa de implantação
da usina, que teria capacidade instalada de 240 MW e utilizaria
um milhão de metros cúbicos de gás por dia. (Valor - 09.10.2002)
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3- Petrobras já negociou 1,2 mil MW |
A Petrobras já negociou cerca de 1,2 mil
MW com distribuidoras e geradoras dos 2,6 mil MW previstos para
entrarem em operação neste ano. A empresa teria outros 1,4 mil
MW para vender, proveniente da entrada em funcionamento de outras
usinas: TermoBahia, TermoRio, Araucária, Três Lagoas, Fafen, além
de Canoas e Nova Piratininga, que entraram em funcionamento. Deste
montante, a empresa está prestes a fechar um contrato de 300 MW
com a Delta, uma comercializadora formada por ex-funcionários
da Enron. Com isso, a empresa teria ainda 1,1 mil MW para negociar
com as empresas de energia. Segundo a Petrobras, a Celesc foi
a única distribuidora a assinar formalmente contrato de compra
da energia de suas usinas a gás. Mas a empresa está em negociação
com outras distribuidoras e prefere não divulgar nomes para não
atrapalhar os entendimentos. Fontes do mercado asseguram que a
CPFL e a Elektro estariam entre elas. O presidente da Elektro
e da Enron no Brasil, Orlando González, acredita que o momento
atual, de incertezas políticas e sobre a continuidade do modelo
elétrico brasileiro, não favorece a assinatura de contratos muito
longos. "Algumas empresas podem até estar pensando em assinar
PPAs no futuro, mas ninguém está fazendo nada no momento", disse.
A distribuidora paranaense Copel é outra que vem se garantindo
com usina termelétrica. Há poucos dias entrou em operação no Paraná
a usina de Araucária, onde a Copel detém 20% do empreendimento
e é responsável pela sua operação. O projeto é resultado de investimentos
de US$ 340 mi feitos pela Copel, El Paso, com 60% do projeto,
e Petrobras, que possui os 20% restantes. (Valor - 09.10.2002)
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4- Sinal verde para a construção de Angra 3 |
O CNPE determinou à Eletronuclear que inicie os trabalhos preparatórios
para a construção da usina nuclear de Angra 3. Em resolução publicada,
ontem, no Diário Oficial da União, o CNPE libera a estatal para
negociar contratos de financiamento e venda de energia e começar
os trabalhos de construção civil no complexo nuclear de Angra
dos Reis. Em maio de 2003, o governo eleito em 27 de outubro vai
definir pela continuidade ou não do projeto. A resolução detalha
a decisão tomada pelo CNPE em sua última reunião, de 17 de setembro,
e, na prática, deixa a decisão para o próximo Governo. Mas dentro
da Eletronuclear os termos colocados pelo conselho foram interpretados
como um passo importante na discussão sobre Angra 3 - um investimento
de US$ 1,7 bi. O documento estipula data de referência para entrada
em operação da usina, que vai ter potência de 1,35 mil MW: novembro
de 2008. O CNPE determina que a Eletronuclear dedique parte dos
ganhos com a venda de Angra 1 e 2 para um fundo, a ser administrado
pela Eletrobrás, que financiará parte de Angra 3. (Jornal do Commercio
- 09.10.2002)
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5- TermoRio reduzirá potência em 63,5% |
O excesso de oferta de energia e o desaquecimento da economia
nacional transformaram em 380 MW os mil MW previstos para serem
gerados pela TermoRio, a partir de setembro de 2003. Segundo Geraldo
Baltar, gerente executivo de energia da Petrobras, empresa que
detêm 100% do capital acionário da TermoRio, a princípio a termelétrica
vai gerar energia suficiente para abastecer apenas a Rio Polímeros,
companhia âncora do futuro Pólo Gás Químico. ´Daí para frente
só aumentaremos a potência em função da demanda´, adianta Baltar.
Há cerca de um ano, quando foi anunciada a construção da TermoRio,
a previsão era de que a termelétrica entrasse em 2004 com um potência
de 1040 MW. Uma revisão nos programas de termelétricas da Petrobras,
realizada este ano, determinou uma redução de 63,5% na geração
de energia da unidade fluminense. (Gazeta Mercantil - 09.10.2002)
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6- Empreendimentos da Petrobras são reavaliados em
todo o Brasil |
A reavaliação dos projetos de termelétricas da Petrobras abrange
empreendimentos em vários estados. De acordo com Geraldo Baltar,
gerente executivo de energia da Petrobras, estão incluídas as
unidades termelétricas de Ibirité (MG), Corumbá (MS), Três Lagoas
(MS), Canoas (RS) e Piratininga (SP). Em Cubatão (SP), as obras
foram interrompidas. "Houve uma economia muito grande do consumo,
e uma quantidade maior ainda de chuvas. A demanda energética brasileira
reduziu em 13%, no último ano, enquanto o normal é um incremento
anual de 3%. Isto equivale dizer que estamos no mesmo patamar
de consumo de 1999", destaca Baltar. Dos 4.200 MW previstos para
serem gerados, apenas 1.700MW devem, com certeza, 'sair do papel'.
Destes, 1.300 MW estão sendo gerados nas chamadas plantas merchandt,
onde a energia gerada é voltada para o MAE. Em valores reais,
esta reavaliação implica em redução de, aproximadamente, 40% do
total de US$ 2,5 bi previstos para serem investidos inicialmente.
(Gazeta Mercantil - 09.10.2002)
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7- Turbina da Termoaçu chega até o final do mês |
Depois de interromper suas obras por conta de indefinições do
Governo Federal sobre o preço máximo de compra para a energia
futura a ser gerada, a Termoaçu vem acelerando o ritmo das construções.
A direção da Construções e Comércio Camargo Corrêa, braço construtor
do grupo paulista, confirmou o novo ritmo do serviço. A usina
termelétrica a ser instalada no município de Alto do Rodrigues
tem potência para gerar 320 MW de energia, e a primeira turbina
da térmica está com chegada prevista em Natal para o próximo dia
22 deste mês. A turbina pesa 250 toneladas e segundo informações
da Camargo Corrêa será transportada, em carretas, do Porto de
Natal até o local da obra, num esquema de trânsito especial. Um
gerador vem acompanhando essa primeira turbina da Termoaçu. (Tribuna
do Norte - 09.10.2002)
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8- Testes em Três Lagoas começam amanhã |
Os testes com gás na usina termoelétrica de Três Lagoas começam
amanhã. A previsão é que esta etapa dure 45 dias, com a térmica
estando apta para operar no fim de novembro, segundo afirmou ontem
o gerente de Operações da Petrobras, Sérgio Vinicius Couto. Ele
esclareceu que os testes deveriam ter começado desde o último
dia 25. Contudo, houve novo atraso, porque a MSGás precisava fazer
a odorização do produto boliviano (uma medida de segurança em
caso de eventual vazamento). Segundo Couto, a chegada do gás permitirá
que se alcance a fase final de testes. O equipamento já foi testado
a seco e agora será operado com o gás. Os experimentos se estenderão
pelas quatro turbinas. Após esta fase, a usina estará em plenas
condições de operação. (Correio do Estado - 09.10.2002)
Índice
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9- Usina de Três Lagoas vai gerar 260 MW |
A usina termoelétrica vem sendo construída há dois anos pela Petrobras,
a um custo de US$ 140 mi. Inicialmente vai funcionar com aproximadamente
30 técnicos, gerando cerca de 260 MW. Numa segunda etapa, pretende-se
investir mais US$ 100 mi para que a usina passe a reaproveitar
o vapor gerado pelas turbinas, o que aumentará sua capacidade
em cerca de 100 MW. A usina vem sendo totalmente construída com
recursos da Petrobras. O projeto ganhou impulso com a crise de
energia no ano passado. Atualmente, entre seis e dez usinas termoelétricas
estão sendo inauguradas ou se encontram em fase final de construção
no Brasil. (Correio do Estado - 09.10.2002)
Índice
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10- Termelétrica em Manaus ganha registro da Aneel
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A Aneel registrou a central geradora termelétrica geradora de
27 kW por meio do despacho nº 626/02, publicado nesta terça-feira,
dia 8 de outubro, pelo Diário Oficial da União. A usina, que
usa carvão de madeira como combustível, deverá entrar em operação
comercial em abril de 2003. A termelétrica está localizada em
Manaus, no estado do Amazonas, e pertence à Biomass Users Network
do Brasil. A energia gerada é de uso exclusivo da empresa. (Canal
Energia - 08.10.2002)
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1- Grande consumidor vai escolher fornecedor de energia
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Os grandes consumidores de energia que são abastecidos em alta-tensão
terão, a partir do próximo ano, de celebrar contratos distintos:
um com a empresa responsável pela rede de distribuição e outro
com a empresa que fornece energia. A determinação está em decreto
presidencial publicado ontem no Diário Oficial e a Aneel deverá
regulamentar a substituição dos atuais contratos de fornecimento.
A separação dos contratos começará pelos consumidores que gastam
mensalmente mais de 3 MWh de energia. Esse consumidor terá prazo
até 1º de julho do próximo ano. As empresas que consomem acima
de 1 MWh terão de se adequar até 1º de julho de 2004 e em julho
de 2005 a exigência se estenderá aos demais consumidores, atendidos
em qualquer tensão, alta ou baixa. (Diário da Manhã - 09.10.2002)
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2- Mineradora poderá vender excedente |
A empresa Mineração Santa Elina Indústria e Comércio recebeu autorização
da Aneel para comercializar, por dez anos, o excedente de energia
elétrica produzido no aproveitamento hidrelétrico Guaporé, localizado
no município de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso. Já o despacho
623, emitido na mesma data pela agência reguladora, aprovou os
estudos de inventário hidrelétrico simplificado de um trecho do
rio Turvo, localizado no Paraná, que apresenta área de drenagem
total de 428 quilômetros quadrados. Os estudos foram apresentados
pela empresa RDR Consultores Associados e identificaram potencial
total de 7,23 MW distribuídos em dois aproveitamentos: um com
6,10 MW de potência e o outro com 1,13 MW de potência. Os estudos
de revisão do inventário hidrelétrico do rio Correntes identificaram
um potencial total de 43,5 MW, distribuídos em três aproveitamentos
e foi apresentado pela empresa BSB Energética. O estudo foi aprovado
ontem pela Aneel. O inventário está localizado no no trecho do
reservatório da usina Ponte de Pedra. Os três aproveitamentos
elétricos são Água Enterrada, com potência de 14,5 MW; Santa Gabriela,
com 23,8 MW e Santa Paula, com 5,2 MW. (Jornal do Commercio -
09.10.2002)
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3- Alcoa conectada à rede de Furnas |
Entra em operação comercial
amanhã a linha de transmissão (LT) que conectará a unidade da
Alcoa Alumínio em Poços de Caldas, Minas Gerais, à rede básica
de Furnas Centrais Elétricas. A entrada em operação permitirá
o início da auto-suficiência da unidade. De acordo com Antônio
Carlos Vieira da Silva, gerente de Energia da Alcoa Alumínio,
a LT permitirá uma redução de 15% no custo que a energia representa
para indústria. (Jornal do Commercio - 09.10.2002)
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1- Unión Fenosa vende ativos para reduzir endividamento
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A terceira maior elétrica espanhola irá reduzir a sua dívida de
US$ 8,03 para US$ 5,88 bi até ao final de 2002, através da venda
de ativos não estratégicos no México e no Reino Unido. "Iremos
ceder ativos não estratégicos, como a gestão de aeroportos no
México e uma empresa de distribuição de água no Reino Unido",
anunciou o diretor executivo da Unión Fenosa, Honorato Lopez Isla,
numa entrevista ao jornal espanhol "Expansión". Estes desinvestimentos
abrangem ainda "uma parte da rede de transporte de eletricidade
na Espanha e ativos imobiliários", e poderão, segundo Lopez Isla,
representar um encaixe de US$ 783,81 mi. Para além da venda de
ativos, a Fenosa revelou que irá "reduzir em US$ 980 mi o investimento
na construção de novas centrais de ciclo combinado". (Diário Económico
- 07.10.02)
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2- Madrid nega bloqueio da venda dos ativos da Iberdrola
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A imprensa espanhola avança esta manhã com a notícia de que o
governo de Madri estaria se preparando para bloquear a venda por
parte da Iberdrola dos seus ativos de transmissão de eletricidade
de alta tensão à CVC Partners, preferindo a Red Electrica de Espanha
como comprador. No entanto, um porta-voz do ministro da Economia
já esclareceu que "ainda não foi tomada qualquer decisão" sobre
este assunto. O jornal espanhol "Expansión" noticia que o Executivo
espanhol considera perigoso espalhar os ativos de rede elétrica
na Espanha por diferentes proprietários, defendendo uma concentração
na Red Electrica de Espanha (REE). Recorde-se que a Iberdrola
já chegou a um acordo com o grupo de capitais privados CVC Capital
Partners para a venda da sua rede de transmissão elétrica por
US$ 565,32 mi. Um responsável da Iberdrola afirmou que não tinha
conhecimento "de qualquer bloqueio do acordo (com a CVC)", acrescentando
que "se a REE quer ter estes ativos, então terá que igualar a
oferta da CVC". Esta situação surge numa altura em que as três
maiores elétricas espanholas estão considerando a venda de parte
das suas participações na REE, na qual detém, juntamente com a
Hidrocantábrico, 10% cada. (Diário Económico - 08.10.02)
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3- Reforma ministerial na Alemanha traz novas esperanças
à política energética do país |
A
reforma ministerial na Alemanha deve permitir uma utilização mais
coerente da política de energia do país, disse o diretor geral
do ministério da economia, Christel Muller, nesta terça-feira.
Falando em uma conferência de energia em Berlim, Muller afirmou
que a Alemanha precisava de métodos coordenados para sua política
de energia. "Atualmente, nós tendemos a nos concentrar apenas
um aspecto ou objetivo. Falamos sobre preços altos, mas não sobre
preços competitivos", ele disse. " Falamos sobre redução de preços,
mas nos esquecemos que tal postura não se encaixa com nossa estratégia
de eficiência energética, onde necessitamos de preços altos".
Muller disse ainda que o país apresenta em sua política de energia
um "comportamento de supermercado", ao escolher itens individuais
na prateleira ao invés de olhar mais atentamente ao todo. Mas
a nova estrutura do governo alemão pode mudar este quadro, afirmou
Muller. O mesmo disse ainda que se a Alemanha deseja atingir seus
objetivos, os preços da energia para os consumidores finais devem
sofrer algum aumento. Miller concordou com Ulf Boge, presidente
do Serviço Federal de Defesa da Concorrência, no sentido de que
a criação de um regulador independente para o mercado de energia
não levará necessariamente a um melhor comportamento do mesmo.
(Platts - 08.10.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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