1- Desconto na conta de luz começa em novembro |
A
população de baixa renda do país passará a receber, em 28 de novembro,
descontos nas contas de luz. De acordo com a resolução 246 da
Aneel, as concessionárias de distribuição de energia elétrica
deverão cadastrar consumidores de residências com sistemas monofásicos
(com dois fios), que consomem mensalmente até 79 KWh na denominada
tarifa social. Outro grupo que também será contemplado pela resolução
485 com descontos escalonados, que vão de 65% a 24%, são aqueles
que consomem, durante o mês, entre 80 e 220 KWh, e estão inscritos
no Cadastro Único dos Programas Sociais da União: Bolsas Escola
e/ou Alimentação. De acordo com a Aneel, a média de consumo residencial
no país é de 170 KWh por mês. O gerente de energia da Agência
Estadual de Regulação do Rio Grande do Sul (Agergs), Nilton Telichevesky,
lembra que os limites de consumo estabelecidos devem atender à
média dos últimos 12 meses, em dois casos. (Correio do Povo -
07.10.2002)
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2- Poder das agências reguladoras será reduzido |
As agências criadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso para
regulamentar e fiscalizar os serviços públicos em setores essenciais
privatizados, como energia elétrica, telecomunicações e de combustíveis,
devem passar por uma ampla reestruturação com a mudança de governo.
A tendência é que o poder das agências seja reduzido, com a volta
de uma presença maior do Executivo nestas áreas. O argumento a
favor de uma reavaliação do modelo criado na gestão de Fernando
Henrique ganhou força depois da crise de abastecimento de energia
no ano passado. A Aneel foi apontada como co-responsável pelo
problema e alvo de crítica durante a campanha eleitoral. Os dirigentes
das agências, no entanto, têm mandato fixo e, portanto, as mudanças
no modelo de atuação não devem incluir a substituição das diretorias
atuais. A legislação atual não permite que o presidente da República
destitua os dirigentes, exceto se comprovada alguma irregularidade.
Neste caso, a demissão é pedida ao Congresso que discute e vota
o desligamento ou não. (Correio do Povo - 07.10.2002)
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3- Programa de governo de Lula nada fala sobre privatização |
O programa de governo de Lula nada fala sobre privatização. Mas,
conforme Severine, o petista trata da questão da geração de energia
de forma preocupante. "A questão do modelo híbrido do setor preocupa
por causa da geração, um dos pilares da competição do setor e
é forte a presença das estatais na geração. Dependendo da política
a ser adotada pela futura administração o agente privado pode
saber se terá ou não retorno no negócio. Por exemplo, se a Eletrobrás
fornecer energia barata - ela domina 50% desse mercado -, a competição
vai ficar inviável". O modelo energético de Lula, segundo o analista,
prevê que os produtores independente de energia passem a ser concessões
públicas, o que vai lhes tirar a liberdade de fixar suas próprias
tarifas. (Valor - 07.10.2002)
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4- Programa de Serra defende pulverização de ações
das geradoras |
O programa do PSDB também não menciona política de privatização,
mas defende a pulverização de ações das grandes geradoras federais,
que seriam transformadas em public companies. Para Maurício Bähr,
diretor presidente da Tractebel do Brasil, multinacional que já
investiu US$ 2 bi na aquisição e construção de geradoras brasileiras,
o modelo que se previa no início do governo de Fernando Henrique,
de predominância privada, não chegou ao final. Bähr não vê nesta
situação um problema, mas acredita que para fazer o Brasil voltar
a crescer a energia será crucial e defende um modelo híbrido para
o setor elétrico, considerando que em infra-estrutura o que se
tem de fazer no país é de tal monta que não há recurso isoladamente
privado ou estatal que dê conta. (Valor - 07.10.2002)
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5- Reestruturação tarifária é preocupação para o próximo
governo |
A reestruturação tarifária é um dos grandes nós do futuro presidente.
Desatado, é o caminho mais fácil para elevar a remuneração e retirar
pressão de alta dos preços do bolso dos consumidores. Dados da
Aneel apontam que as tarifas subiram mais de 160% nos últimos
sete anos, mas o problema, dizem os empresários, é que a estrutura
tarifária fez com que só pequena parte dessa alta chegasse ao
caixa das elétricas. As concessionárias também querem mudar os
critérios definidos pela Aneel para a revisão ordinária de tarifas.
A agência decidiu pela reposição dos ativos a valor de mercado.
As elétricas, contudo, não aceitam, e julgam que o governo deveria
ter usado o preço mínimo dos leilões de privatização - o que causaria
diferença imensa nas tarifas. Pelo critério da Aneel, os preços
subiriam na casa dos 20%. Pelo das distribuidoras, as contas ficariam
entre 30% a 40% mais caras. Estudo da Abradee feito com nove elétricas,
porém, aponta que, aplicadas as normas da Aneel, o retorno das
concessionárias ficaria muitas vezes no vermelho. No melhor caso,
ficaria em 4% - o que não seria atrativo aos investidores. A discussão
está no governo, que criou um grupo para apurar os impactos da
decisão. As distribuidoras querem uma definição ainda nesse governo,
mais comprometido com as privatizações. (Valor - 07.10.2002)
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6- Revitalização do setor caberá ao próximo presidente |
Um grande impasse que caberá ao próximo presidente da república
se refere à revitalização do setor. O governo já admitiu que alguns
pontos ficarão para 2003. O relatório de revitalização 4 só deve
ser discutido em novembro, o que poderia jogar sua implementação
para 2003. Sem as novas regras, referentes à formação de preços
e tarifas de transmissão, muitos investimentos continuarão à espera
de mais sinais. Com isso, o setor começa a articular a defesa
de um gabinete de transição, assim que a equipe do novo presidente
estiver definida. A pressa tem razão. A liberação do mercado,
prevista para janeiro de 2003, está aí. Muitos empresários já
trabalham com expectativa de que longas rodadas de negociação
estarão pela frente. (Valor - 07.10.2002)
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7- Minuta do decreto do Proinfa deve sair em meados
de outubro |
A minuta do decreto que regulamenta o Proinfa (Programa de Incentivo
a Fontes Alternativas) deverá ser divulgado pelo Ministério de
Minas e Energia (MME) em meados de outubro. A informação é do
diretor executivo da Apine (Associação Brasileira dos Produtores
Independentes de Energia), Régis Martins, que participou de reunião
com executivos do ministério na semana passada. Segundo ele, o
MME informou que, após a finalização da minuta, o documento será
encaminhado ao Comitê de Revitalização do Setor para a aprovação
e, em seguida, será enviado ao CNPE (Conselho Nacional de Política
Energética) também para aprovação. "Pelas informações do pessoal
do ministério, a nossa expectativa é que o programa seja regulamentado
no final do ano", avalia o executivo, que considera prejudicial
a demora no processo de regulamentação do programa. Isto porque
quanto maior o atraso na implementação do programa, menor será
o prazo para o investidor gerenciar as obras de construção das
usinas que participarão do Proinfa. "Para o empreendedor, essa
demora é muito ruim, pois significa menos tempo para tocar os
projetos", diz. (Canal Energia - 07.10.2002)
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1- Setor elétrico pode ter nova crise em 2005 |
O risco de o Brasil voltar a enfrentar uma crise no abastecimento
de energia tende a aumentar a partir de 2005, diante da expectativa
de retomada do crescimento econômico nos próximos anos. Essa é
a avaliação de técnicos, especialistas e representantes do setor
produtivo, que são unânimes em afirmar que em 2003 não deverá
haver problemas de suprimento, embora admitam que essa possibilidade
poderá ficar maior em 2004, se acentuando em 2005. Isto porque,
historicamente, o consumo de energia sempre cresce entre 1,5%
a 2% a mais do que a atividade econômica. O presidente do ONS,
Mário Santos, disse que nos próximos cinco anos - entre 2002 e
2006 - o risco de escassez de energia no país deve ficar abaixo
de 5%, índice que sempre foi admitido pelo setor. No entanto,
ele alertou que o abastecimento de energia só estará garantido
se forem construídas as usinas e linhas de transmissão planejadas.
(A Gazeta - 07.10.2002)
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2- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Crédito e consumo vão definir novos investimentos |
Os novos investimentos no setor elétrico vão depender principalmente
de recursos e de uma recuperação no consumo, avalia o analista
da corretora BBA, Marcos Severine. "Para tocar o programa de privatizações
precisa ter comprador externo, que tem acesso a funding lá fora,
e hoje eles estão raros". Ele reconhece que no momento está havendo
reversão de tendência dada a situação internacional difícil e
a falta de estabilidade nas regras do setor. A disposição mostrada
pelos candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) e José Serra (PSDB), para rever contratos de concessão,
com mudança do indexador de reajuste de tarifas, parece bastante
complicado e perigoso. "Isto teria de ser negociado entre as partes
para evitar perda de confiança dos investidores". O analista chama
atenção ainda para outro fator inibidor do investimento em energia:
a fraca recuperação do consumo depois do racionamento do ano passado.
Para este ano, projeta-se um consumo de 38.748 MW médio/ano, ainda
bem abaixo dos 41.003 MW médio /ano de 2000, antes do racionamento.
"Isto significa que as distribuidoras estão perdendo faturamento,
com baixa geração de caixa, pois o consumidor continua economizando,
principalmente o industrial acossado pelo baixo nível de atividade
econômico". No seu cálculo, além dos R$ 7,5 bi que o BNDES está
financiando às distribuidoras face às perdas potenciais de receita
com o racionamento, teria de financiar pelo menos mais R$ 5 bi
em função do que se está deixando de ganhar com o baixo consumo
previsto para este ano. A Eletrobrás estima que o consumo cresça
entre 3% a 4% ante 2001. (Valor - 07.10.2002)
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2- Crise paralisa o setor de energia |
Calcanhar-de-aquiles do governo FHC, o setor elétrico continua
em crise. Novos investimentos estão em compasso de espera. Fornecedores
de equipamentos para o segmento traçam queda nas vendas próximas
de 20% em 2003. A alta do dólar vai defasar os balanços das elétricas.
A retração no consumo, em níveis de 1999, vai fazer com que as
distribuidoras deixem de arrecadar R$ 4 bi em 2002. A regulação
do setor está pendente, e sobram dúvidas se a liberação do mercado
ocorrerá em janeiro de 2003. Há incertezas de como serão os reajustes
às tarifas do insumo comprado em leilões. O cenário é difícil,
e as eleições o tornaram ainda mais incerto. Todos os discursos
dos presidenciáveis apontavam para mudanças, do uso do IGP-M como
indicador dos preços à paralisação das privatizações. As indefinições
fizeram as empresas pisarem o pé no freio: de US$ 16 bi previstos
para serem aplicados na área entre esse ano e 2004, o volume não
deve ultrapassar US$ 10 bi. (Valor - 07.10.2002)
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3- Novos investimentos só devem voltar em 2003 |
Novos investimentos só devem voltar no segundo semestre de 2003,
diz um especialista, quando a política energética do novo governo
e o quadro de oferta e demanda estiverem mais claros. O problema
é que, como os projetos estão em ritmo lento, a dependência de
São Pedro continua alta. Uma nova crise de abastecimento permanece
no horizonte. "A sobra hoje é conjuntural. Se retomarmos crescimento
de 4%, podemos voltar a ter problemas", diz o presidente da Abdib,
José Augusto Marques. Enquanto o governo e o ONS afastam um novo
racionamento até 2005, as distribuidoras alegam que o país pode
vivê-lo de novo em 2004. Calcula-se que hoje exista um excedente
de 4 mil MW no mercado, folga muito pequena para os próximos anos.
A queixa entre os empresários é de que a remuneração é baixa.
Dados das distribuidoras apontam que do total da fatura de energia
apenas 21% vai para cobertura de custos e remuneração das atividades
de distribuição. Já 22% destina-se a tributos e 7% a encargos
setoriais. "O retorno é muito baixo", diz o presidente da entidade,
Orlando González. (Valor - 07.10.2002)
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4- Analista aponta três saídas para aumento da geração
de energia |
São três as saídas apontadas por Marcos Severine, analista da
corretora BBA, que poderiam ser adotadas pelo novo governo para
estimular aumento da geração de energia nova no país: aumento
de tarifa, subsídio as empresas com redução de carga tributária
e/ou fazer a economia voltar a crescer, o que elevaria o consumo.
Para Osiris Silva, que foi consultor do banco Rothschild para
privatizações, o problema do investidor estrangeiro no Brasil,
na área elétrica, é a falta do marco regulador. Silva critica
o modelo adotado. "Foi uma privatização muito mal feita. Começou
com as distribuidoras, sem regulação nenhuma. Parou no meio e
não desatou mais". Silva e Severine concordam que por todas estas
razões o setor elétrico hoje é motivo de grande preocupação. O
país vai precisar até 2005 de colocar pelo menos US$ 8 bi em novos
investimentos para acrescentar mais 11.500 MW à atual potência
instalada de 65 mil MW, se decidir crescer mais de 3% ao ano.
Isto vai significar quase 3 mil MW/ano, o que é um bom número.
Resta saber se haverá recursos do Estado ou se os investidores
privados retomarão seus negócios num possível governo de oposição.
(Valor - 07.10.2002)
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5- Setor exige prioridade, dizem analistas |
O setor de energia elétrica, atropelado por um racionamento no
ano passado, terá de ser uma das prioridades do novo governo,
avaliam interlocutores do BNDES, consultorias e empresários do
setor. O processo de privatização das distribuidoras e geradoras
estagnou e a venda das distribuidoras estaduais restantes de uma
longa lista oficial acabou em federalização de cinco companhias
que passaram ao controle da Eletrobrás por falta de compradores
e problemas de caixa. O processo de reestruturação societária
das grandes geradoras federais - Furnas, Chesf e Eletronorte -
também foi suspenso pelo governo federal sem notificação ao BNDES,
que costurava a operação. (Valor - 07.10.2002)
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6- Distribuidoras contaram com provisões da Eletrobrás |
Segundo o analista da corretora BBA Marcos Severine, a Eletrobrás
teve de provisionar R$ 1,2 bi em seu último balanço por conta
do patrimônio negativo das distribuidoras Cepisa, Celg, Ceron,
Ceal e EletroAcre. A única das estaduais inscritas no PND que
não deverá voltar ao controle da Eletrobrás é a Copel, distribuidora
do Paraná, que foi alvo de duas tentativas de leilão, que não
se consumaram devido a turbulências internacionais, racionamento
e a problemas regulatórios não resolvidos. A distribuidora de
energia de Santa Catarina, Celesc, nunca entrou no PND, bem como
a Cemig, de Minas Gerais, que acabou adotando o modelo do sócio
estratégico, que gerou polêmica no governo Itamar. O diretor de
privatização e conservação de energia da estatal, Saulo Cisneiros,
procurado por este jornal por telefone para confirmar a lista
de empresas federalizadas e o valor de seus débitos, não retornou.
(Valor - 07.10.2002)
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7- Começa Data Room para aquisição da Cemar |
A partir desta segunda-feira, dia 7 de outubro, estará aberto
aos interessados o Data Room que permitirá a aquisição do controle
societário da Cemar. O processo, que terminará no dia 21 de outubro,
apresentará aos possíveis interessados as datas e atividades da
empresa, como informações até a privatização da concessionária,
o período de intervenção e exigências da Aneel para pré-qulificação
de interessados. Os interessados terão até o dia 24 de outubro
para apresentar à Aneel a documentação exigida para pré-qualificação,
além de apresentar uma declaração de que tem conhecimento e aceitam
as condições requeridas pela acionista controladora para transferência.
De acordo com o cronograma, a decisão sobre a proposta selecionada
sairá no dia 16 de dezembro. Mais informações sobre o Data Room
da Cemar no endereço eletrônico www.cemar-ma.com.br ou no endereço
Av. Colares, 477 - Renascença II - São Luís, no estado do Maranhão.
(Canal Energia - 07.10.2002)
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8- Chesf embarca na área das telecomunicações |
A geradora estatal Chesf conclui até o final deste mês um dos
seus mais ousados empreendimentos nos últimos 10 anos: a instalação
de uma rede de cabos Optical Ground Wire (OPGW), que vai marcar
a entrada da empresa no ramo de telecomunicações, através da Eletronet
- sociedade entre a holding Eletrobrás e a norte-americana AES,
do setor elétrico. Porém, a conclusão do projeto acontece num
momento conturbado. A área de telecomunicações está em crise não
apenas no Brasil, como em todo o mundo, e a elétrica também, o
que leva a AES a pensar em abandonar a sociedade. O investimento
na rede foi de R$ 70 mi, bancados pela Chesf, com recursos da
Eletrobrás. "Foram instalados 2,7 mil quilômetros de cabos OPGW
implantados utilizando como suporte as torres das linhas de transmissão
da geradora", detalha o assessor da Superintendência de Projetos
e Construção de Transmissão, Maurício Bowman. (Gazeta Mercantil
- 07.10.2002)
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9- Parceria com AES foi saída para entrar no mercado
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A parceria com a AES através de uma outra empresa (a Lightpar)
foi a saída encontrada pela Eletrobrás e suas geradoras para entrar
no, então, atrativo mercado de telecomunicações. Através da união,
a Eletrobrás poderia driblar os obstáculos legais à entrada de
estatais e empresas de energia no segmento. Além disso, como a
Eletronet é privada, a Eletrobrás poderia garantir para a empresa
a agilidade necessária a um player de telecomunicações, ficando
livre da Lei Federal de Licitações e da obrigatoriedade de concurso
público para a contratação de pessoal. Quantos aos atrativos do
negócio, um dos principais era a receita estimada. Afinal, a Eletronet
foi projetada para trabalhar com a transmissão de voz, dados e
imagens em altíssima velocidade, concorrendo com empresas como
a Embratel e Telemar. Só o faturamento previsto para a Chesf estava
na casa dos R$ 40 milhões/ano, o equivalente a 10% de tudo o que
a empresa embolsa anualmente com a transmissão de energia através
da sua rede. O braço regional da Eletronet pode entrar em operação
em novembro. (Gazeta Mercantil - 07.10.2002)
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10- Parceiro norte-americano sai da Eletronet |
De acordo com uma fonte no setor elétrico, a AES, controladora
da distribuidora paulista de energia Eletropaulo, está praticamente
com um pé fora da Eletronet e a Eletrobrás já se articula com
outras empresas privadas em busca de um novo parceiro. O primeiro
sinal claro de que a norte-americana tinha intenções de abandonar
o negócio foi dado em setembro passado, quando a norte-americana
deixou a diretoria da Eletronet, assumida pela parceira. "Acreditamos
que nos próximos meses deverá entrar um novo parceiro, mas é melhor
não estipular um prazo", diz a fonte. Ele afirma ainda que as
metas de investimento e faturamento anteriormente projetadas para
serem atingidas em 2003 na Eletronet vão ficar para os próximos
dois ou três anos. Ressalta ainda que a diretoria da Eletronet
no Nordeste já vem trabalhando para a captação de clientes na
região, tendo como um dos principais trunfos a conclusão da rede
de cabos. O responsável regional pela Eletronet, Pedro Jatobá,
não foi localizado para detalhar o assunto. A Chesf, por sua vez,
maturou por um bom tempo o seu projeto de atuar no negócio de
telecomunicações. (Gazeta Mercantil - 07.10.2002)
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11- Dívidas do setor elétrico devem passar de R$
10 bi no ano que vem |
O cronograma de vencimentos de empréstimos e financiamentos
das empresas elétricas até o fim do próximo ano supera a casa
dos R$ 10 bi e corresponde a um quarto da dívida total do setor,
estimada em R$ 37,3 bi, segundo levantamento da Coordenação
de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) e da Consultoria
Austin Asis. O montante poderia ser considerado razoável, se
o cenário econômico não estivesse tão turbulento. Mas com a
escassez de crédito no mercado e a queda de receitas das companhias,
provocada pela redução do consumo de energia, o pagamento das
dívidas pode se transformar num grande problema, afirma a diretora
da Standard & Poor's, Milena Zaniboni. Além disso, com a desvalorização
do real frente ao dólar, a situação se agrava, pois 64% do endividamento
do setor estão em moeda estrangeira. (Tribuna da Imprensa -
07.10.2002)
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1- Valor do MWh permanece em R$ 4,00 na segunda semana
de outubro |
Os preços do MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) para
a segunda semana de outubro estão mantidos para todas as regiões
em todos os níveis de carga. Entre os dias 5 e 11 de outubro,
o valor do MWh em todos os submercados fica em R$ 4,00. (Canal
Energia - 07.10.2002)
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1- Copom pode manter juros |
Para o mercado financeiro, o evento mais importante das próximas
semanas é a reunião do Copom. Profissionais do mercado acham que
o BC deve manter os juros inalterados pelo terceiro mês consecutivo.
Além do período eleitoral, os últimos índices de inflação mostram
que a taxa está acima do previsto pelo BC. (Gazeta Mercantil -
07.10.2002)
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2- Saldo deve ultrapassar US$ 10 bi |
Osaldo comercial brasileiro deverá ultrapassar a última previsão
do Governo, de US$ 9,5 bi, e romper a barreira dos US$ 10 bilhões.
Esta é a perspectiva com que já trabalham instituições como o
Ipea, a Associação de Comércio Exterior do Brasil e bancos como
o Modal e o BBV Banco. Outros, como a Caixa Econômica Federal,
admitem rever suas projeções a partir da próxima semana. O Ipea
já revisou, esta semana, a projeção de superávit para o ano de
US$ 7,7 bi para US$ 10,4 bi, segundo o coordenador do Grupo de
Acompanhamento Conjuntural (GAC) do instituto, Paulo Mansur Levy.
"As exportações vêm tendo desempenho melhor do que o previsto,
em parte porque o câmbio se desvalorizou muito", afirma Levy,
ressaltando, contudo, que o saldo não reflete o câmbio atual,
mas a trajetória de mais longo prazo. (Gazeta Mercantil - 05.10.2002)
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3- Dólar comercial abre em queda de 0,41% e atinge
R$ 3,6050 |
O dólar comercial abriu as operações com baixa de 0,41% perante
o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,5950 na compra e a
R$ 3,6050 na venda. No mercado futuro, os contratos de novembro
negociados na BM & F tinham queda de 0,42%, projetando a moeda
a R$ 3,530. Hoje, o mercado reage à confirmação de segundo turno
nas eleições presidenciais, entre o petista Luiz Inácio Lula da
Silva e o tucano José Serra. Na sexta-feira, com a possibilidade
de haver segundo turno, o dólar comercial apontou queda de 2,16%,
a R$ 3,6100 na compra e a R$ 3,6200 na venda. (Valor Online -
07.10.2002)
Índice
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1- Mercado de energia ibérico começa no primeiro semestre
de 2003 |
Os ministros da Economia de Portugal e Espanha anunciaram hoje
que a entrada em funcionamento do mercado elétrico ibérico foi
adiada para mais três meses após o dia 1º de Janeiro de 2003,
depois de na quarta-feira estes mesmos responsáveis terem apontado
o primeiro trimestre do próximo ano como sendo o prazo limite
para a entrada em vigor do mesmo. Ao falarem em Valência no final
da XVIII Cimeira Ibérica, Carlos Tavares e Rodrigo Rato deram
a entender que existe a hipótese da entrada em funcionamento do
mercado elétrico ibérico ser adiada até ao final de 2003, de modo
a que este esteja completamente operacional em 2006. Segundo os
dois governantes, o adiamento hoje anunciado deveu-se às dificuldades
jurídicas e funcionais da liberalização do mercado a nível peninsular,
o que obrigou à fixação de um novo calendário para a sua implementação.
Atualmente, a Espanha mantém o seu compromisso de liberalizar
totalmente o seu mercado até 2003 e Portugal seguirá os mesmos
passos em 2004. (Diário Económico - 03.10.02)
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2- Seawest vende operações brasileiras |
A SeaWest Windpower, desenvolvedor de energia eólica de San Diego,
vendeu sua unidade brasileira para o Ecoinvest, grupo financeiro
e de investimentos de São Paulo, disse André Leal, da SeaWest
do Brasil. Leal não revelou o preço ou detalhes do negócio. O
porta-voz da SeaWest, Dave Roberts, disse que seria divulgado
um comunicado nas próximas três ou quatro semanas, "quando todos
os detalhes tiverem sido definidos". A SeaWest possui dois projetos
eólicos no Brasil, a usina de Pedra de Sal, de 100 MW, em Parnaíba,
estado do Piauí, e a Gaegaú, de 40 MW, em São Francisco de Itabapoana,
estado do Rio de Janeiro. O investimento total será de cerca de
US$ 650 mi, disse Leal. A Aneel deu a esses projetos autorização
para atuarem como produtores independentes de energia, segundo
anunciou a agência na quarta-feira, mas, como aponta Leal, a fase
de obtenção de autorizações ainda está longe de terminar: Cada
projeto precisa de um estudo de impacto ambiental e duas autorizações
ambientais, uma autorização municipal e uma autorização de interconexão
de rede. Além disso, os projetos também aguardam a ratificação
da norma reguladora do Proinfa, que estabelecem que a estatal
Eletrobras vai comprar energia eólica a preço fixo durante quinze
anos. Considerando que apenas da Eletrobrás pode pagar esse tipo
de tarifas que os desenvolvedores de energia eólica estão pedindo,
a preocupação principal é exatamente quais usinas vão obedecer
ao esquema. (Business News Americas - 03.10.02)
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3- TXU planeja cortes nos postos de trabalho em todas
as suas áreas de atuação |
A companhia com base
nos Estados Unidos TXU está para fazer cortes de empregados em
todas as áreas de seus negócios, disse um porta-voz da mesma.
Haverá reduções nos postos de trabalho na TXU", disse ele. Mesmo
apresentando os cortes como certos de serem feitos, ele disse
que a companhia ainda não decidiu quando e onde tais operações
devem ser feitas. nesta sexta-feira, a TXU reduziu a previsão
de seus ganhos para o segundo semestre de 2002 em razão dos efeitos
das pressões advindas das contínuas quedas dos preços por atacado,
assim como das agressivas políticas de retaliação oriundas do
Reino Unido", respaldou o porta-voz da TXU. "São os nossos negócios
no Reino Unido que estão sendo afetados", concluiu. (Platts -
04.10.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
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Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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