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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 971 - 01 de outubro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Grupos de trabalho devem concluir relatórios de revitalização até o final de outubro

Até o dia 30 de outubro, os grupos de trabalho responsáveis pela regulamentação das medidas do Plano de Revitalização do Setor Elétrico deverão concluir os relatórios das medidas consideradas prioritárias pelo governo. Segundo uma fonte que está acompanhando o trabalho de reestruturação do setor, após a conclusão dos relatórios, os documentos serão encaminhados ao CNPE para aprovação. A previsão é que tais medidas sejam regulamentadas ainda este ano. Recentemente, o governo reestruturou os grupos de trabalho, classificando as medidas mais urgentes para regulamentação. O objetivo é dar maior agilidade ao processo de detalhamento e regulamentação dos temas. Segundo a fonte, o CNPE se reunirá este ano mais três vezes para avaliar as medidas propostas. Os temas considerados prioritários pelo governo são: despacho e formação do preço de energia; aperfeiçoamento dos modelos utilizados pelo ONS; regulamentação das regras do MAE; sinais de alerta quanto às dificuldades de suprimento de curto prazo; expansão da geração de energia; e expansão da transmissão de energia. (Canal Energia - 30.09.2002)

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2- Suspensas liminares contra seguro-apagão

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Teori Albino Zawascki, suspendeu as liminares que impediam a cobrança do adicional tarifário específico, mais conhecido como seguro-apagão, em cinco municípios do Rio Grande do Sul. As liminares foram concedidas na primeira instância em ações civis públicas movidas pelo Ministério Público contra a Aneel, a CBEE e companhias de energia elétrica do Rio Grande do Sul. O desembargador acatou os argumentos da Advocacia da União em Porto Alegre de que a manutenção das liminares geraria risco de lesão à ordem econômica. Os prejuízos estimados pela CBEE são da ordem de R$ 3 mi, por mês, ao deixar de recolher a tarifa os moradores de Novo Hamburgo, Bento Gonçalves, Rio Grande, Caxias do Sul e Uruguaiana. Os cinco municípios formam a base territorial de outras 94 cidades de forte estrutura econômica, que reúne a metade dos moradores do Rio Grande do Sul. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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3- Diferença no reajuste de tarifa pode chegar a 14 pontos

O aumento da tarifa de energia elétrica será até 14 pontos percentuais inferior, se a metodologia utilizada para atualização dos ativos na revisão tarifária das distribuidoras em 2003 acompanhar o valor de mercado, como foi determinado pela resolução n 493/2002, da Aneel e não os valores pagos em leilão, como pretendem os investidores. O cálculo é do advogado Guilherme Guerra, sócio do Machado Meyer Sendacv e Ópice Advogados. De acordo com o advogado, se for utilizado o atual valor de mercado das concessionárias, haveria um aumento de 20% a 23% nas tarifas. Com os valores pagos em leilão, as tarifas teriam acréscimo de 34%. Mas Guerra questiona a legalidade da resolução da Aneel, já que avaliar ativos de acordo com o atual valor de mercado significaria a repactuação da situação existente na época do contrato, diz ele. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia cai em todos os subsistemas do país

Números do último boletim divulgado pelo ONS mostram uma grande queda na demanda de energia neste domingo, dia 29 de setembro, em todos os subsistemas. O subsistema Norte foi o que apresentou menor queda: 4,38% , em comparação com o consumo do domingo anterior. No último dia 29, a demanda alcançou 2.621 MW. A região Sul apresentou a maior queda no consumo, com 25,71%, apresentando demanda de 5.595 MW. Já a região Sudeste/Centro-Oeste ficou com a demanda de 21.490, 20,13% menor que a apresentada no domingo anterior. O consumo de energia do subsistema Nordeste atingiu 5.292 MW, representando queda de 12,87%. (Canal Energia - 30.09.2002)

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2- Região Norte tem 28,31% de sua capacidade

A região Norte está com apenas 28,31% de sua capacidade, uma variação negativa de 4,96% em relação ao dia 26 de setembro. A usina de Tucuruí está com 35,07% de sua capacidade. (Canal Energia - 30.09.2002)

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3- Reservatórios do Nordeste registram queda de 2,23% em três dias

A região Nordeste registrou uma variação negativa de 2,23% em três dias. Os reservatórios alcançaram a marca de 33,28%, ficando 23,5% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra índice de 21,53%. (Canal Energia - 30.09.2002)

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4- Sudeste/Centro-Oeste não apresenta variação nos índices dos últimos três dias

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste não apresentou variação nos índices nos últimos três dias, os reservatórios estão com 51,67% de sua capacidade. A região está 21,69% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Emborcação e Furnas estão, respectivamente, com 49,31% e 66,20% de sua capacidade. (Canal Energia - 30.09.2002)

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5- Região sul registra aumento nos níveis dos reservatórios

A região Sul foi a única a apresentar aumento, de 2,69%, nos níveis dos reservatórios, que alcançaram índice de 78,63%. A hidrelétrica de G. B. Munhos está com 79,98% de sua capacidade. (Canal Energia - 30.09.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Sistema Cataguazes-Leopoldina obtém receita bruta de R$ 635 mi

A receita operacional bruta do Sistema Cataguazes Leopoldina entre janeiro e agosto deste ano ficou em R$ 635 mi. O total consolidado reflete um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a receita ficou em R$ 626,1 mi. Somente em agosto de 2002, a receita operacional do Sistema ficou em R$ 85,3 mi. A controlada do grupo com melhor resultado entre janeiro e agosto deste ano foi a Cenf, com 27,8% de crescimento em relação ao passado, totalizando uma receita bruta de R$ 39,5 mi. O maior decréscimo foi registrado pela CFLCL, com R$ 112 mi de receita, equivalente a 23,2% de redução. A outra concessionária com queda na receita bruta foi a Celb, com apenas 0,6% de redução e R$ 48,1 mi consolidados. A Energipe fechou o período janeiro-agosto com R$ 191,9 mi de receita - um crescimento de 4,7% - enquanto a Saelpa apurou uma receita de R$ 242,7 mi, equivalente a um salto de 3,2%. (Canal Energia - 30.09.2002)

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2- Investimento do Grupo Cataguazes em PCHs será de R$ 180 mi

O orçamento de investimento das cinco distribuidoras do Sistema Cataguazes Leopoldina para 2002 sofreu uma redução de R$ 23 mi. O montante reflete 32% a menos em relação aos R$ 95 milhões anteriormente previstos. A única empresa do grupo com a manutenção do orçamento projetado é a Cat-Leo Energia. A geradora vai aplicar este ano R$ 180 mi na construção de cinco PCHs: Ponte, Palestina, Triunfo, Cachoeira Encoberta e Granada. As usinas terão capacidade instalada total de 100 MW, com produção anual de 493 GWh, e entrarão em operação em meados de 2003. (Canal Energia - 30.09.2002)

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3- Venda de energia da Cataguazes Leopoldina cai 3,4% até agosto

Apesar da boa performance financeira, os números referentes às vendas físicas de energia divulgados nesta segunda-feira, dia 30 de setembro, pelo Sistema Cataguazes Leopoldina indicam que a retração do mercado consumidor no pós-racionamento ainda é significativa para as empresas do setor. No caso das cinco pertencentes ao Sistema Cataguazes Leopoldina, as vendas foram de 3.551 GWh, 3,4% abaixo em relação aos mesmos oito meses de 2001, quando ficaram em 3.671,7 GWh. Somente em agosto deste ano, o volume consolidado vendido de energia foi de 463 GWh, representando um crescimento na comparação com julho, quando as vendas foram 2,7% menores. Todas as empresas apresentam queda de venda, com a Cenf obtendo a maior redução, com menos 7%, e um total de 175 GWh demandados. Na outra ponta, a menor variação negativa foi da CFLCL, com -2,6% em relação aos meses do ano anterior, e 621 GWh vendidos. (Canal Energia - 30.09.2002)

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4- Eletrosul apresenta hoje campanha de qualidade

A Regional de Transmissão da Eletrosul em Mato Grosso do Sul (RTMS) lança hoje, no Hotel Jandaia, a campanha Qualidade 2002. No evento, será apresentado ainda o processo de certificação de operadores. Ainda hoje será apresentado o Processo de Certificação de Operadores, sendo entregues os certificados aos operadores da RTMS. Eles passaram por seis meses de treinamento e, ao final desse período, foram submetidos a provas teóricas e práticas, bem como avaliação psicológica, segundo determinação da Aneel. (Campo Grande News - 01.10.2002)

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5- Chesf conclui energização de LT Teresina I/Teresina II

A Chesf, energizou, no último final de semana, a linha de transmissão Teresina I e Teresina II, melhorando o atendimento da região metropolitana da capital do Piauí. A obra de interligação dos sistemas elétricos Norte/Nordeste demandou investimentos de R$ 18,2 mi. Com 25 quilômetros de extensão, a linha vai beneficiar as cargas atendidas pelas subestações de Timon e Caxias, da distribuidora Cemar, no Maranhão, assegurando maior confiabilidade e controle de tensão nas regiões. Atualmente a Chesf está implantando a linha de transmissão em 500 kV Presidente Dutra/Teresina II, que em conjunto com outras obras vai ampliar em 400 MW a capacidade de transferência de energia elétrica entre as regiões, a partir de fevereiro do próximo ano. (Canal Energia - 01.10.2002)

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financiamento

1- Eletrobrás reúne representantes em Recife

A Eletrobrás promoveu na sexta-feira, em Recife, uma reunião com os principais representantes das empresas do grupo estatal. A intenção era discutir a possibilidade um novo leilão de energia ainda este ano. "Antes de qualquer coisa, é preciso saber se há ou não mercado disponível para outros leilões. Em princípio, acho pouco provável que haja um outro leilão de energia este ano", afirma uma das fontes de uma das empresas, presente na reunião, que não quis se identificar. Além do leilão de energia já realizado e de outros que ainda poderão acontecer, os executivos discutiram também questões financeiras das empresas, com a execução orçamentária da holding em 2002. Outro tema abordado foi o projeto de Angra 3, cuja decisão de construção foi postergada pelo CoCNPE para maio de 2003. A Eletronuclear - outra subsidiária da Eletrobrás - apresentou o cronograma de retomada da usina. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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2- Grupo avaliará venda de sobras de energia

Mesmo sem ter muitas opções para tentar vender as sobras dos lotes do leilão de energia das estatais em 19 de setembro, as geradoras federais de energia elétrica criaram um grupo de trabalho que vai avaliar a alocação do montantes que não foram comercializados. Dos 2.665 lotes postos à venda no processo, que totalizaram 3.989,5 MW médios, apenas 33,3% (ou 1.332,5 MW médios) foram negociados. O grupo será coordenado pelo diretor de Engenharia da Eletrobrás, Márcio Zimmermann, e terá representantes das quatro geradoras integradas à holding: Furnas, Chesf, Eletronorte e CGTEE. Não foi definido prazo para conclusão dos trabalhos, que levarão em conta o resultado de cada uma das empresas no leilão e seus respectivos mercados. O estudo servirá de embasamento para a possibilidade de realização de outro leilão, direcionado somente à sobra do leilão do dia 19. Algumas das estatais federais, como Furnas e Chesf, já se posicionaram abertamente para a colocação desse montante em outro leilão, embora a MP 64 determine que a parcela não-comercializada seja negociada em curto prazo no MAE. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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3- Petrobras negocia contratos bilaterais com distribuidoras

Os executivos da Petrobras estão percorrendo todo o País para visitar as distribuidoras de energia elétrica. O objetivo é negociar, com essas empresas, contratos de fornecimento de eletricidade para os próximos anos. "Como nessa área ainda somos pouco experientes, precisamos conhecer nossos potenciais clientes e avaliar suas necessidades para fazer propostas adequadas", diz o gerente geral de comercialização da estatal, Luís Carlos Moreira da Silva. Na última sexta-feira, Silva esteve na Celesc, em Florianópolis, para discutir novos contratos de venda de eletricidade para a distribuidora estadual. No início do mês, as duas companhias haviam anunciado o fechamento de um contrato pelo qual a Petrobras fornecerá 130 MW médios por ano - o equivalente a 5,69 milhões de MWh - entre 1 de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2007. Foi o primeiro contrato bilateral fechado pela Petrobras. Antes de ir a Santa Catarina, conta Silva, os técnicos da estatal visitaram distribuidoras no Sudeste, no Rio Grande do Sul e no Paraná. Até o início do próximo ano, observa o executivo, a Petrobras pretende estar com dez contratos de fornecimento assinados. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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4- Distribuidoras do Nordeste são o próximo alvo da Petrobras

Para conquistar mais clientes, a equipe da Petrobras seguirá o roteiro de viagens por outras regiões do País. "Nosso próximo alvo será o Nordeste, onde já temos reuniões marcadas", diz o gerente geral de comercialização da estatal, Luís Carlos Moreira da Silva. "Estamos correndo para aproveitar o espaço aberto pela liberação da produção dos contratos iniciais". O executivo se refere à fatia de 25% da energia elétrica atualmente contratada a longo prazo, mas que será liberada para a livre negociação em janeiro do próximo ano. Em consequência, as distribuidoras terão que obter no mercado a energia necessária para cobrir o volume descontratado, que aumentará em 25% por ano e que, em 2007, abrangerá o total da eletricidade hoje constante dos contratos iniciais, regulamentados pela Aneel. Além de avaliar as necessidades das distribuidoras, os técnicos da Petrobras também poderão discutir investimentos. Em Santa Catarina, por exemplo, a empresa criou uma agenda de parcerias com a Celesc. "Vamos conversar sobre empreendimentos de co-geração e sobre a retomada do projeto da Termocatarinense Norte (TCN)", diz Silva. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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5- Preços do atacado caem em todas as regiões

Para a primeira semana deste mês, os preços do MAE caíram em todos os submercados do País. Entre os dias 28 de setembro a 4 de outubro, o valor do MWh para todas as regiões fica em R$ 4 em todas as cargas. A maior variação de queda foi verificada no Sudeste/Centro-Oeste (-19,8%) em comparação com a semana anterior. Já o submercado Sul registrou o menor índice de queda (-12,8%). O último boletim do ONS mostra uma grande queda na demanda de energia no domingo. O subsistema Norte foi o que apresentou menor queda: 4,38% , em comparação com o consumo do domingo anterior. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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financiamento

1- BC eleva projeções para a inflação e prevê PIB menor

O Banco Central tornou oficiais as previsões de inflação mais elevada tanto em 2002 como em 2003 e crescimento da economia em ritmo mais lento este ano. Ontem, o diretor de Assuntos de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, apresentou o "Relatório de Inflação" do terceiro trimestre, indicando que o Banco Central já calcula crescimento do PIB em 1,4% para 2002, frente a estimativa de crescimento de 2% registrada no relatório divulgado em junho. Quanto à expectativa de variação do IPCA, o BC admite aumento de 6,7% em 2002 (contra previsão de 5,5% no relatório de junho) e de 4,5% no próximo ano (frente a uma projeção anterior de 2,6%). "A volatilidade no mercado de câmbio e em outros continuam a ser o principal foco de incerteza para as previsões de inflação, principalmente para 2003", cita o Relatório de Inflação. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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2- Previsão exige que economia cresça 2,5% no semestre

A economia brasileira terá de crescer pelo menos 2,5% no segundo semestre para que o PIB, em 2002, alcance a expansão de 1,4% agora estimados pelo Banco Central. No primeiro semestre, o PIB ficou praticamente estagnado - o IBGE divulgou ontem a variação da produção nacional em valores de mercado e confirmou a taxa de crescimento de 0,14%, já anunciada há um mês - e terá de avançar um pouco mais rápido no segundo semestre para evitar um novo retrocesso na renda per capita. Embora pareça ser uma tarefa difícil nesses tempos de incertezas econômicas, crescer ao ritmo requerido para garantir a expansão prevista nas novas estimativas do BC não é um desafio impossível. Um importante efeito estatístico permitirá à economia saltar dos pífios 0,14% de incremento para uma taxa superior a 2% entre um semestre e outro. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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3- Setembro é o melhor mês do Real

A um dia do fechamento do mês, a balança comercial brasileira já registrava superávit de US$ 2,349 bi em setembro. Mesmo sem contabilizar as operações realizadas ontem, o resultado de setembro já é o maior para um mês no Plano Real. O bom desempenho no resultado parcial de setembro deve-se aos US$ 6,178 bi em exportações e US$ 3,829 bi em importações até o dia 29. Dependendo das operações registradas ontem - e ainda não divulgadas -, é possível que setembro alcance também o melhor resultado de exportações em um mês. Até o momento esse recorde foi alcançado em julho: US$ 6,223 bi em vendas ao exterior. Na quarta semana de setembro, o superávit comercial foi de US$ 489 mi, resultado de US$ 1,460 bi em exportações e de US$ 971 mi em importações. Entre os dias 23 e 29 de setembro, a média diária de vendas ao exterior foi de US$ 292 mi. No mesmo período, a média de importações foi de US$ 194,2 mi por dia. (Gazeta Mercantil - 01.10.2002)

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4- Dólar comercial abre em queda de 0,79% e sai a R$ 3,73

O dólar comercial abriu as operações com queda de 0,79% perante o fechamento de ontem, saindo a R$ 3,72 na compra e a R$ 3,73 na venda. Ontem, o Banco Central atuou fortemente no mercado à vista, determinado em impedir a disparada da moeda. Com a oferta, estimada pelo mercado em cerca de US$ 300 mi, as cotações mudaram de rumo e o dólar comercial fechou com baixa de 3,09%, a R$ 3,75 na compra e a R$ 3,76 na venda. Hoje, o fator técnico de pressão que havia ontem - a briga pela formação da Ptax - não existe mais. O BC resgata nesta terça cerca de US$ 987 mi em títulos cambiais que serão remunerados com base na Ptax de ontem. A mesma Ptax de ontem corrige hoje o vencimento dos contratos de dólar futuro de outubro. As atenções ficarão voltadas, portanto, ao cenário eleitoral e ao desempenho dos mercados internacionais. Nesta noite sai mais uma pesquisa Ibope, que pode indicar se haverá ou não segundo turno nas eleições presidenciais. (Valor Online - 01.10.2002)

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gás e termoelétricas

1- Celesc negocia projeto para uma nova térmica

A Petrobras Energia e a Celesc reiniciaram negociações para construção da termelétrica Norte Catarinense. O projeto prevê a instalação de 450 MW, utilizando como combustível gás natural proveniente da Argentina. Segundo Luiz Carlos Moreira da Silva, gerente de comercialização da Petrobras Energia, a reunião teve como base observar o interesse da distribuidora em tocar o projeto. Na primeira fase, a usina teria uma capacidade instalada de 240 MW, sendo necessária a utilização de 1 mi de metros cúbicos de gás por dia. "É uma usina importante, pois permitirá a utilização do gasoduto Brasil-Argentina", comenta o executivo. Ao todo, os investimentos somam US$ 350 mi, sendo que US$ 250 mi seriam destinados à primeira etapa de implantação da usina. Além disso, a Petrobras Energia também está negociando novos contratos de longo prazo com a distribuidora. De acordo com Moreira, os contratos prevêem a comercialização de aproximadamente 400 MW médios. A empresa também negocia contratos de venda de energia com a CPFL Energia, Elektro e Endesa. "Nossa meta é chegar, ao final de 2003, com a comercialização de 2 mil MW no portfólio da empresa", diz Moreira da Silva. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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2- Norte Fluminense mantém obras e aguarda subsídios

Enquanto a regulamentação do subsídio ao gás natural não sai, continuam as obras de construção das termelétricas Norte Fluminense e Paracambi. Na semana passada, a empresa obteve da Aneel registro do contrato de venda da energia das duas usinas, assinado com a Light no final do ano passado. Segundo Antônio Gama Rocha, presidente da UTE Norte Fluminense, o pedido de registro foi necessário devido a uma resolução, publicada pela agência reguladora em maio deste ano, que altera mecanismos de repasse de venda de energia. Os contratos de venda de energia prevêem o fornecimento de toda a energia produzida pelas térmicas à distribuidora carioca. "Agora, estamos aguardando a regulamentação mais detalhada do subsídio ao gás natural para dar continuidade aos projetos", diz. Por enquanto, a empresa negocia financiamento-ponte de R$ 215 mi com o BNDES para a térmica Norte Fluminense, que terá capacidade instalada de 780 MW. Este montante servirá para a implantação de mais três unidades geradoras até fevereiro de 2004. Neste momento, o projeto está em fase de montagem eletromecânica das turbinas 1 e 2 da usina, que entra em operação comercial no final de abril do ano que vem. No total, o projeto prevê investimentos da ordem de US$ 450 mi. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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3- Obras em Paracambi devem começar logo

Segundo Antônio Gama Rocha, presidente da UTE Norte Fluminense, "a térmica Norte Fluminense está numa etapa mais avançada que a de Paracambi, que está iniciando as obras de terraplanagem". Ele conta ainda que as obras civis da termelétrica de Paracambi devem ser iniciadas no primeiro trimestre de 2003. De acordo com Rocha, este projeto está sendo tocado com recursos do próprio grupo EDF, que já investiu US$ 45 mi na usina. A térmica, com controle acionário total do grupo EDF, terá capacidade de geração de 523 MW e deve entrar em operação comercial em dezembro do ano que vem. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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4- El Paso coloca em operação térmica a gás de 469 MW

A primeira usina a usar gás natural como combustível no Paraná foi inaugurada ontem na região metropolitana de Curitiba. Com 469 MW de potência, a Usina Termelétrica a Gás de Araucária é resultado de investimento de US$ 340 mi feito pela El Paso Energy, que detém 60% do empreendimento, e dois parceiros nacionais, a Copel Participações e a Petrobras, ambas com 20% cada. Segundo o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, a usina está enquadrada no PPT do governo federal. A termelétrica vai reforçar o sistema interligado de energia, uma vez que toda a eletricidade que produzirá será adicionada à rede que atende às regiões Sul e Sudeste do país. A energia será despachada por duas linhas de 230 kV que conectam a subestação da usina à rede de transmissão da Copel. Para o sistema Copel, a nova usina significa aumento de cerca de 12% na capacidade instalada de geração de energia. Com isso, o sistema interligado fica menos vulnerável às incertezas do regime de chuvas, tornando mais flexíveis o gerenciamento e a programação da produção. (Valor - 01.10.2002)

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5- Termelétrica de Araucária será operada pela Copel

A Usina Termelétrica a Gás de Araucária será operada pela Copel Geração, subsidiária da Copel. Segundo técnicos da estatal, a usina de Araucária tem papel estratégico na ampliação da confiabilidade do suprimento a toda região metropolitana de Curitiba, o principal pólo consumidor do Paraná, por estar bem próxima dos centros de demanda. Quando estiver funcionando plenamente, a usina vai demandar cerca de 2,2 mi de metros cúbicos diários de gás natural. No Paraná, o insumo é fornecido pela Compagás, outra subsidiária da Copel. No Brasil desde 1997, a americana El Paso é uma das maiores companhias de gás natural do mundo. Em Manaus, onde começou sua atuação brasileira, é responsável por 76% da demanda de energia da cidade, o que representa 400 MW. No Rio, construiu a usina Macaé Merchant, a primeira a usar gás natural nacional. Inaugurada em novembro de 2001, gera inicialmente 88 MW. Segundo a empresa, a El Paso Brasil é o principal foco de seus novos investimentos no mundo, depois dos EUA. Desde 1997, investiu cerca de US$ 200 mi em termelétricas no Cone Sul. Entre elas estão as usinas Termonorte I e II, de Porto Velho (RO), em associação com a CS Participações. A empresa detém também 9,67% da parte brasileira do gasoduto Brasil-Bolívia, além de 2% da parte boliviana. (Valor - 01.10.2002)

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6- Aneel abre licitação para monitoramento de termelétricas

A Aneel abriu concorrência para a contratação de serviços de monitoramento intensivo das obras de termelétricas que fazem parte do programa de expansão de geração termelétrica de 2002 e 2003 das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-oeste. A agência não divulgou o prazo para a entrega de propostas. A agência também abriu licitação para interessados na prestação de serviços de monitoramento intensivo das obras das PCHs em implantação que fazem parte do mesmo programa para as regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Sul. O prazo também não foi determinado pela agência. (Jornal do Commercio - 01.10.2002)

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7- Pecom renegocia dívida e Petrobras estica auditoria

A Pecom Energia, que está em processo de aquisição pela Petrobras, anunciou ontem que vai concluir nesta semana a renegociação de sua dívida com bancos estrangeiros. Com isso, a conclusão do processo de auditoria ("due dilligence") feito na empresa argentina pela estatal brasileira, que deveria ter terminado ontem, só deve ser concluído "nas próximas duas semanas", segundo informou ontem o diretor-executivo geral do grupo Perez Companc, Mario Lagrosa. A possibilidade de atraso já havia sido admitida na semana passada pelo vice-presidente da Pecom, Oscar Vicente, que, apesar disso, afirmou não esperar que o adiamento cause problemas para a concretização da operação. Embora não haja uma data limite formal para a concretização do negócio, o dia 30 de setembro havia sido colocado como meta por executivos da empresa argentina. Lagrosa disse ontem que espera "celebrar um acordo com os bancos estrangeiros com o objetivo de refinanciar os passivos antes do final desta semana". Depois de concluída a renegociação da dívida e a auditoria na empresa, as duas companhias devem assinar um acordo definitivo formalizando a operação. O processo passará, então, a ser analisado pela Secretaria de Defesa da Competição do governo argentino, órgão equivalente ao Cade brasileiro. A Pecom Energia é a segunda maior petroleira do país, e tem participação em empresas de energia elétrica e de transporte de gás, além de ser acionista de duas empresas argentinas do setor nuclear, a Conuar e a FAE. Porém, é provável que as ações destas companhias não sejam repassadas à Petrobras, pois os estatutos das empresas proíbem que elas tenham estrangeiros entre seus acionistas. (Valor - 01.10.2002)

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8- Pecom reestrutura seus débitos através de troca de títulos

A venda de 58,6% da Pecom Energia para a Petrobras foi anunciada em 22 de julho, por US$ 1,125 bi, com a estatal brasileira assumindo também a dívida da empresa, de US$ 1,95 bi. Pelo acordo com a Petrobras, a Pecom se comprometeu a concluir a reestruturação da dívida antes da transferência do controle para a empresa brasileira. No início de agosto, a Pecom iniciou a reestruturação de seus débitos, realizando uma troca de títulos de cerca de metade de sua dívida, que teve aceitação de 91,8% por parte dos credores. Agora, a empresa argentina renegocia US$ 950 mi devidos a bancos estrangeiros. Segundo o vice-presidente financeiro da Perez Companc, Carlos Alvarez, o capital da dívida com os bancos "está sendo reestruturado por até 30% a um ano, e 70% a cinco anos". Ele não quis informar a taxa de juros que está sendo acordada para os novos empréstimos. (Valor - 01.10.2002)

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9- Petrobras reajusta produto que alimenta indústrias e termelétricas

Apesar de o ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, e do presidente da Petrobras, Francisco Gros, terem assegurado que não iria haver reajuste nos preços da gasolina e derivados até que fosse restabelecida a normalidade no câmbio, a empresa aumentou ontem em 9,7% o preço do óleo combustível. Neste ano, a Petrobras já reajustou o óleo combustível em 76%. O óleo combustível é um componente importante nos custos de indústrias de vários setores. Entre elas, as de secagem de grãos (milho, soja), as de cimento, as de pneus, as de cerâmica, as mineradoras e as termelétricas, principalmente as da Região Norte. (Folha de São Paulo - 01.10.2002)

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10- Usina de co-geração é inaugurada no AM

A primeira usina de co-geração de energia a partir de resíduos de madeira da Amazônia começou a funcionar, ontem, em Itacoatiara (AM), a 240 km de Manaus. Com 9MW, a usina gera energia suficiente para abastecer a serraria da Mil Madeireira, fornecedora do resíduo, e mais 410 mil residências populares, por interligação com o sistema da Ceam. Como a população de Itacoatiara está em torno de 80 mil habitantes, a energia será "exportada" para a região, substituindo térmicas a diesel, com a vantagem de poluir menos, contribuir menos para o efeito estufa, eliminar os resíduos de madeira e custar muito menos. Cada MW gerado com diesel custa R$ 400,00, enquanto o mesmo MW gerado a partir de resíduo de madeira custa R$ 100,00. (A Gazeta - 01.10.2002)

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internacional

1- Pesquisa mostra diferenças no processo de abertura do mercado de energia entre membros da União Européia

Uma notícia liberada pela Eurostat na quinta-feira passada confirmou que ainda existiam numerosas diferenças no processo de abertura do mercado de energia entre os Estados membros da União Européia em 2000. Na Grécia e na Irlanda em 2000 a participação no mercado da maior geradora de energia de cada país era de 97%, enquanto que na Alemanha e na Dinamarca as participações eram de 34% e 36%, respectivamente, disse a notícia. Na Bélgica e na França a maior geradora de energia possuía uma parcela de mais de 90% do mercado. A Finlândia apresentava o menor grau de concentração de mercado, onde verificava-se que a maior geradora possuía 23% do mercado. Já na área de transmissão, a participação de mercado da maior companhia era variava de 100% na Grécia e em Portugal até 11% na Finlândia e 17% na Dinamarca, garantiu a Eurostat. A Itália era quem mais importava energia entre os membros da União Européia, enquanto que a França era a principal exportadora. A geração total de energia elétrica dentro da União Européia em 2000 foi de 2,47 mi GWh, disse a Eurostat. (Platts - 27.09.02)

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2- AEP tem plano de separação de companhias em reguladas e não reguladas aprovado

A American Electric Power (AEP) disse na sexta-feira passada que a Comissão Federal Americana de Regulação de Energia aprovou seu plano de separação para a formação grupos distintos entre companhias reguladas e não reguladas. A AEP entregou a documentação necessária ao processo em julho de 2001. Dentro do plano, uma corporação tomará o controle das subsidiária da AEP cujos rendimentos sejam derivados de atividades de mercado, e uma outra corporação fiscalizará total as subsidiárias da AEP, encontrando-se estas, a partir de então, sujeitas à regulação por pelo menos uma comissão estatal de serviços públicos. "Nosso plano estimulará a responsabilidade na prestação de contas das unidades de negócio da AEP, permitindo que investidores avaliem com clareza nossos negócios, possibilitando uma maior eficiência financeira, além de preparar o cenário para possíveis futuras opções. O mesmo nos permite ainda que cumpramos com a reestruturação legislativa industrial nos Estados de Ohio e Texas", disse Linn Draper, presidente e diretor executivo da companhia. O plano precisará ainda ser aprovado pela Comissão Americana de Títulos e Câmbio. (Platts - 27.09.02)

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3- EDP conclui aumento da participação no capital da Turbogás

A elétrica nacional anunciou hoje ter efetuado a aquisição à Siemens Project Ventures GmbH de uma participação de 10% no capital da Turbogás Produtora Energética, S.A. pelo montante de US$ 20,9 mi. Segundo um comunicado hoje emitido pela EDP - Electricidade de Portugal, dos US$ 20,9 mi, US$ 13,41 mi correspondem à aquisição propriamente dita e US$ 7,49 ao saldo de suprimentos detidos pela SPVG sobre a Turbogás no dia 27 de Setembro de 2002. Esta operação dá execução ao contrato de promessa de compra e venda assinado em Julho e divulgado ao público no dia 31 desse mesmo mês. Com esta compra, a EDP aumenta a sua participação no capital da Turbogás para 20%. A EDP encerrou a sessão de hoje no Euronext Lisbon perdendo 1,92% , atingindo os US$ 1,51. (Diário Económico - 27.09.02)

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4- ICE expande em 50% usina eólica de Tejona

A ICE, empresa estatal de eletricidade da Costa Rica, vai expandir sua usina eólica de Tejona, de 20 MW, e espera estar gerando a 30 MW até dezembro de 2003, disse o diretor de projetos da Tejona, Enrique Morales. A Tejona tem atualmente 30 turbinas Vestas de 660 kW, 18 delas ativadas em dezembro de 2001 e as 12 restantes em 1º de junho de 2002. A ICE, entretanto, só é proprietária de oito das turbinas e aluga as outras através de um contrato de cinco anos, com opção de compra, assinado com a empresa holandesa NV Edon Groep. Ao alugar as turbinas, a ICE conseguiu manter baixos os custos, em US$ 11 milhões, para a primeira fase de 20 MW, disse Morales. A ICE já se decidiu em favor da expansão e está agora em processo de tramitação do projeto pelos canais competentes e processos de autorização, disse Morales. O investimento na expansão de 10 MW seria de cerca de US$ 3 mi em compra de equipamentos e US$ 4 mi em instalação. A Tejona é uma de três usinas eólicas na região de Tejona e tem fator de capacidade de 54%. O início oficial das operações estava marcado para 20 de setembro, quando o presidente Abel Pacheco disse que a usina iria evitar a emissão de 800.000 toneladas de dióxido de carbono durante os próximos vinte anos. (Business News Americas - 27.09.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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