1- Gomide continua negando revisão da metodologia |
O ministro das Minas
e Energia, Francisco Gomide, foi explícito ontem, ao comentar
a recente decisão do CNPE, de formar um grupo de estudo para analisar
a metodologia fixada pela Aneel para revisão das tarifas das distribuidoras.
As companhias alegam que a metodologia desestimulará investimentos,
e a decisão do CNPE foi vista no mercado como sinal de que será
revista a metodologia da Aneel. Integrantes da equipe econômica
negam essa interpretação, e Gomide é categórico: "vamos mostrar
com fatos e dados que a metodologia não desestimula investimentos,
e não traz ameaça de novo racionamento". (Valor - 24.09.2002)
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2- Aneel pode prorrogar prazo para Cemig |
Ao mesmo tempo em que a Aneel acenava nessa segunda-feira com
a possibilidade de prorrogar o prazo - vencido no último sábado
- para a Cemig ser dividida em três empresas distintas, a direção
da companhia prevê ainda para esta semana a aprovação pela Assembléia
Legislativa do projeto de lei que estabelece a operação. Apesar
da possibilidade da prorrogação do prazo para a cisão, a assessoria
de imprensa da Aneel confirmou que a agência irá notificar a qualquer
momento a empresa pelo fato de a divisão, que vem sendo chamada
de desverticalização, não ter sido realizada no tempo previsto.
Ainda de acordo com a assessoria da Aneel, a prorrogação do prazo
para separação da empresa só será julgada após a Cemig dar explicações
sobre a não realização da operação - depois de receber a notificação,
a estatal tem 15 dias para se justificar. (O Tempo - 24.09.2002)
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3- Desconto para consumidores de baixa renda beneficiará
mais de 120 mil no Rio |
A Light já enviando contas com informações sobre as novas regras
para a classificação dos consumidores de baixa renda. No Estado
do Rio, a mudança vai beneficiar mais 120 mil clientes, que têm
consumo entre 80kWh e 220 kWh. No entanto, eles devem estar cadastrados
em algum dos programas sociais do Governo federal: Bolsa-Escola,
Bolsa-Alimentação, Agente Jovem, Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil, Auxílio-Gás ou Cartão-Cidadão). As pessoas que têm esse
consumo devem procurar, até 28 de novembro, a prefeitura da cidade
para se inscreverem nos programas sociais. Quem, no último ano,
consumiu menos de 80 kWv/mês terá direito a devolução do dinheiro
referente aos descontos que não foram aplicados desde maio, quando
a Aneel definiu as novas regras. (O Dia - 24.09.2002)
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4- Audiência apresenta obra de usina em SC |
A comunidade do Alto Vale do Itajaí (SC) está descontente com
a data da audiência pública sobre a construção da Usina Hidrelétrica
Salto Pilão. O encontro está marcado para amanhã em Ibirama. Conforme
os moradores, a Fatma divulgou a data apenas no domingo e não
deu prazo para que o projeto fosse analisado com antecedência.
O prazo serviria para que ambientalistas, empresários e técnicos
da comunidade do Alto Vale avaliassem o projeto da usina, conta
a assessora de imprensa da Fundação Estrada de Ferro - Ferrovia
das Bromélias (Tremtur), Nídia Maria de Leon Nóbrega Reses. A
Tremtur foi uma das instituições que lideraram uma campanha em
busca de esclarecimentos sobre a obra que será executada em três
municípios da região: Ibirama, Lontras e Apiúna. Ela lembra que
o ideal para analisar o projeto seria um prazo de no mínimo 15
dias. (Diário Catarinense - 24.09.2002)
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5- Aproveitamentos da Copel são aprovados |
A Copel teve regularizado, pela Aneel, a alteração da capacidade
instalada dos aproveitamentos hidrelétricos de Governador Pedro
Viriato Parigot de Souza, Mourão, Rio dos Patos, Apucaraninha,
Cavernoso e Chopim I. O aproveitamento hidrelétrico Capivari-Cachoeira
foi regularizado com quatro unidades geradoras de 65 mil kW, totalizando
260 mil kW de capacidade instalada. O AHE Mourão terá três unidades
geradoras, sendo uma de 1.900 kW, outra de 2.100 kW e a última
de 4.200 kW, totalizando 8.200 kW. O AHE Rio dos Patos foi regularizado
com duas unidades geradoras, sendo uma de 1.080 kW e outra de
620 kW, totalizando 1.700 kW. O aproveitamento de Apucaraninha
teve regularizadas, três unidades geradoras, duas de 2.500 kW
e uma de 5 mil, totalizando 10 mil kW. O AHE Cavernoso foi regularizado
com duas unidades geradoras, de 450 kW e 850 kW, totalizando 1.300
kW. O aproveitamento hidrelétrico Chopim I passa a ter, de forma
regularizada, duas unidades geradoras, uma com 940 kW e outra
de 1.040 kW, totalizando 1.980 kW de capacidade instalada. (Jornal
do Commercio - 24.09.2002)
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6- Seminário debate energia e pesquisa |
O II Seminário de Eficiência Energética começa hoje, na Fiergs.
Promovido pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos
Delegados do RS (Agergs), em parceria com a Aneel, o evento busca
o aperfeiçoamento dos programas de eficiência energética e de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico do setor elétrico brasileiro.
Segundo a presidente do Conselho Superior da Agergs, Maria Augusta
Feldman, a realização do seminário, que trará especialistas nacionais
sobre o assunto, proporcionará às concessionárias de energia do
RS a troca de experiências. O encontro termina amanhã, dia 25.
(Correio do Povo - 24.09.2002)
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1- Demanda de energia no subsistema Nordeste chega
a 6.074 MW |
Números do ONS mostram um grande crescimento na demanda de energia
neste domingo, dia 22 de setembro, na maioria dos subsistemas.
O subsistema Sul foi o que apresentou maior crescimento: 45,74%,
em comparação com o consumo do domingo anterior. No último dia
22, a demanda alcançou 7.532 MW. A região Sudeste/Centro-oeste
teve o segundo maior aumento do consumo, com 27,80%, apresentando
demanda de 26.909 MW. O consumo de energia do subsistema Nordeste
atingiu 6.074 MW, representando aumento de 14,58%, enquanto o
subsistema Norte obteve demanda de 2.621 MW, o significou elevação
do índice em 6,76%. (Canal Energia - 23.09.2002)
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2- Níveis atuais estão em 31,94% no Norte |
A região Norte continua apresentando as maiores reduções dentre
todos os subsistemas. A variação dos níveis de domingo, dia 23
de setembro, em relação à última quinta, dia 19 de setembro, chega
a 4,14%. Os níveis atuais estão em 31,94%. A usina de Tucuruí
registra índice de 40,72%. (Canal Energia - 23.09.2002)
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3- Nível de armazenamento do subsistema Nordeste está
em 35,21% |
Os níveis dos reservatórios estão em 35,21% na região Nordeste,
uma variação negativa de 2,51% nos últimos três dias. O subsistema
está 24,44% acima da curva de aversão ao risco. Na hidrelétrica
de Sobradinho o índice é de 24,32%. (Canal Energia - 23.09.2002)
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4- Sudeste/Centro-Oeste está com 51,65% de sua capacidade |
A redução nos níveis de armazenamento na região Sudeste/Centro-Oeste
foi de 0,38% em três dias. O submercado está com 51,65% de sua
capacidade, estando 20,63% acima da curva de aversão ao risco.
As usinas de Emborcação e Nova Ponte estão, respectivamente, com
49,27% e 52,07%. (Canal Energia - 23.09.2002)
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5- Hidrelétrica de Passo Real está com 90,77% de sua
capacidade |
A região Sul, que vinha apresentando aumento nos níveis dos reservatórios,
apresentou uma variação positiva de 9,81% em três dias, alcançando
a marca de 72,92%. A hidrelétrica de Passo Real está com 90,77%
de sua capacidade. (Canal Energia - 23.09.2002)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Celesc assina contrato de federalização |
O contrato para a federalização da dívida do governo do Estado
com a Celesc foi assinado ontem, em Brasília, depois de sete meses
de negociações. A partir deste documento, a empresa passa a contar
com um crédito no valor de R$ 507 mi junto ao BNDES. Os recursos
serão utilizados para o pagamento de dívidas e, num segundo momento,
para a aplicação em novos investimentos. "Terminou a fase burocrática",
comemorou, enfaticamente, o presidente da Celesc, José Fernando
Xavier Faraco. Nesse processo de federalização, a União adquire
a dívida que o Estado tem com a Celesc e, como conseqüência, a
empresa fica com crédito junto ao BNDES. No lugar de dever um
total de R$ 719 mi para a Celesc, o Estado passa a dever para
o governo federal. Com o deságio da operação, a empresa fica com
R$ 507 mi. Conforme o diretor econômico-financeiro da Celesc,
Ênio Andrade Branco, assim que o acordo for registrado no cartório
de títulos e documentos - o que normalmente acontece três dias
após as assinaturas - inicia-se o processo de liberação dos recursos,
que ocorre conforme o cumprimento dos compromissos. (Diário Catarinense
- 24.09.2002)
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2- Chesf nega inadimplência |
A Chesf nega que tenha R$ 100 mi a receber de distribuidoras do
Nordeste. De acordo com notícias veiculadas na semana passada
por agências internacionais, essa seria a quantia que concessionárias
inadimplentes teriam a pagar para a geradora federal. Mas o diretor
financeiro da companhia, Luiz Godoy, afirmou que esse débito refere-se
a vencimentos de algumas companhias na época do racionamento que
já foram quitados. "O mais difícil foi sair do racionamento. Agora
os problemas são mais isolados", disse Godoy. Para o executivo,
não existe um quadro endêmico de inadimplência entre as elétricas,
como apregoam alguns profissionais do setor. Ele reconheceu que
a retração no consumo, após o racionamento, interfere nas projeções
das concessionárias. Mas lembrou que o empréstimo do BNDES ajudou
na recomposição dos caixas. Os problemas financeiros mais graves,
em sua opinião, referem-se às posições de algumas companhias e
não chegam a ser um problema conjuntural do setor. (Gazeta Mercantil
- 24.09.2002)
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3- Chesf investiu R$ 270 mi em 4 anos |
Nos últimos quatro anos, a Chesf investiu R$ 270 mi em Pernambuco.
O dinheiro foi aplicado em obras de transmissão, para melhorar
a confiabilidade do sistema em todas as regiões do Estado. Somente
na linha expressa Xingó-Messias-Recife II, com 400 km de extensão,
a Chesf investiu R$ 150 mi. Na RMR, foram aplicados R$ 10 mi para
ampliar as subestações da Mirueira, em Paulista, e do Bongi. Outros
R$ 21 mi foram investidos na energização da subestação de Pau
Ferro, em Igarassu. Para garantir o atendimento na região da Mata
Norte do Estado, foi implantada a linha Mirueira/Goianinha, no
município de Condado, a um custo de R$ 28 mi. A Chesf também investiu
R$ 8 mi na ampliação da subestação de Ribeirão. No Sertão, o executivo
citou a subestação de Bom Nome, que atende principalmente o Pólo
Gesseiro do Araripe e recebeu investimentos de R$ 18 mi. Ele acrescentou
que, até 2003, a Chesf pretende aplicar R$ 770 mi no Nordeste,
em geração e transmissão de energia elétrica. Desse dinheiro,
entre R$ 150 mi e R$ 170 mi estão destinados à térmica de Pau
Ferro. Fora isso há os investimentos privados, como o que está
sendo feito na linha Xingó-Angelim, com 200 km de extensão. (Diário
de Pernambuco - 24.09.2002)
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4- AES Eletropaulo rola dívida de US$ 191 mi |
A AES Eletropaulo finalizou ontem a rolagem da dívida de US$ 225
mi, cujo vencimento original se deu em 26 de agosto e já havia
sido postergado duas vezes. Em agosto a empresa fez o pagamento
de apenas 15% do valor. Ontem, a empresa concluiu a negociação
junto ao sindicato de bancos liderado pelo JP Morgan da rolagem
dos US$ 191 mi restantes por dois anos e a conversão da maior
parte da dívida para reais. Menos de 15% do valor devem permanecer
em dólar. A empresa espera finalizar a documentação nas próximas
duas semanas. Os bancos pedem que o crédito possa ser convertido
em debêntures, se as condições de mercado permitirem. A principal
pendência para estender o prazo de pagamento era um pedido dos
bancos credores para que a empresa não pague dividendos neste
ano, em 2003 e em 2004. Mas a AES americana tem interesse nos
dividendos, por causa de sua situação financeira nos EUA. Outra
subsidiária brasileira do grupo, a AES Tietê, já remeteu à matriz
R$ 201 mi em dividendos este ano. Além disso, os dividendos da
Eletropaulo já estão comprometidos com o pagamento do empréstimo
feito pelo BNDES para reposição das perdas com o racionamento.
Com enormes dívidas e abalada pelas crises do racionamento e de
sua controlada, a Eletropaulo está renegociando todos os pagamentos
que vencem neste e no próximo ano. Em agosto, estendeu o prazo
de pagamento de empréstimos e conseguiu pagar na última hora US$
120 mi em "commercial papers". A empresa fechou também acordo
com seus debênturistas para pagar em 23 parcelas mensais os R$
350 mi que vencem em outubro. (Valor - 24.09.2002)
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5- Investidores querem que implementação do Proinfa
seja rápida |
Definição de regras claras que permitam a rápida implementação
do Proinfa. Esta é a expectativa dos investidores em pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs) em relação à regulamentação do programa,
prevista para sair até o final do mês. Para os investidores, é
fundamental que o programa deixe claro itens como os critérios
de inscrição e seleção dos projetos e a definição do valor econômico
para cada fonte alternativa para garantir o sucesso do Proinfa.
"Acredito que a definição do valor econômico é fundamental para
que o programa saia efetivamente do papel", observa Paulo Celso
Guerra Lage, vice-presidente da APMPE. Segundo ele, a demora no
processo de regulamentação do Proinfa está preocupando o mercado.
O resultado, diz ele, é que muitos empreendedores estão revendo
seus planos de investimentos enquanto não existe uma definição
clara do governo quanto à regulamentação. "O governo havia sinalizado
ao mercado o início da chamada pública do programa para outubro.
Até agora, não vimos nada que confirme este prazo", afirma. (Canal
Energia - 23.09.2002)
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6- CEEE direciona investimentos para melhorar infra-estrutura
da região de Campanha no RS |
A CEEE investiu, entre 1999 e julho deste ano, R$ 1,8 mi em projetos
de melhorias na infra-estrutura energética da região de campanha.
As obras, segundo a empresa, beneficiou aproximadamente 200 mil
pessoas. Até o final de 2002, a empresa vai aplicar mais R$ 1
mi em obras que estão sendo feitas nos municípios de Bagé, Hulha
Negra, Dom Pedrito, Pinheiro Machado, Lavras do Sul e Candiota.
Em Hulha Negra foi inaugurado, na última sexta-feira, 20 de setembro,
a obra "Abrindo Fronteiras", que proporcioná melhorias nos assentamentos
rurais. (Canal Energia - 23.09.2002)
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1- Distribuidoras serão forçadas a comprar energia
em leilão |
O governo vai apressar a regulamentação para obrigar as empresas
distribuidoras a comprarem, em leilão, até 95% de suas necessidades
de suprimento, informou ao Valor, o ministro das Minas e Energia,
Francisco Gomide. Essa é a conseqüência prática do resultado do
leilão de energia das estatais federais, na semana passada, em
que foi vendido apenas um terço dos lotes ofertados pelas geradoras
. "Se o mercado não está disposto a comprar (os contratos de energia),
não temos alternativa a não ser obrigá-lo", disse Gomide. Para
o ministro, a existência de grandes sobras no leilão de energia
das geradoras e a fraca procura por contratos de prazo mais longo,
acima de quatro anos, mostram que a situação do mercado é de sobra
de energia e de preços baixos. As distribuidoras estariam preferindo
fugir dos contratos de longo prazo na expectativa de comprar barato
no mercado spot (à vista). Esse comportamento, diz o ministro,
é indesejável por sujeitar os consumidores e distribuidoras às
oscilações bruscas do mercado e por não encorajar novos investimentos
em geração. "As distribuidoras não estão com visão de médio e
longo prazo que o consumidor e o cliente merecem", comentou Francisco
Gomide. "A visão imediatista de comprar barato no spot implica
em risco incompatível com a distribuição de um serviço público".
(Valor - 24.09.2002)
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2- Governo intervém nos leilões de compra |
Ao contrário dos leilões de venda, em que as geradoras determinam
um preço mínimo para os lotes de energia, conforme o prazo dos
contratos, e, em caso de concorrência, as distribuidoras oferecem
ágio sobre esse valor, no caso dos leilões de compra, as companhias
anunciam um preço máximo, e aceitam os fornecedores que oferecerem
energia pelo menor valor. Segundo o ministro das Minas e Energia,
Francisco Gomide, para evitar que distribuidoras fixem tetos muito
baixos, desencorajando ofertas das geradoras, a tendência do governo
é pré-determinar esse preço máximo, fixando-o de acordo com o
Valor Normativo (valor fixado pelo governo equivalente ao máximo
que as distribuidoras podem repassar a suas tarifas; hoje em R$
72,35 o megawatt/hora, para energia hidrelétrica). Os lotes vendidos
nos leilões das geradoras, na maioria para contratos entre dois
e quatro anos, tiveram preço médio de R$ 50,11 o megawatt/hora.
O governo também deverá fixar um prazo mínimo, superior a seis
anos, para os contratos a serem negociados nos leilões, segundo
Gomide. Pelas regras atuais, só pode ser ofertada a energia proveniente
de usinas já em operação; a adoção de contratos de prazo longo
obrigará o governo a mudar essa regra, acredita o ministro. "Quem
sabe, o mercado será satisfeito com contratos de cinco anos e
opção firme de compra para oito a dez anos." (Valor - 24.09.2002)
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3- Abrage não quer que sobras dos leilões sejam negociadas
no MAE |
A Abrage vai avaliar o que fazer com a sobra de quase 70% dos
lotes colocados à disposição no leilão de energia elétrica no
último dia 19. Em reunião marcada para o dia 2 de outubro, as
empresas filiadas - entre elas as cinco que conseguiram vender
no processo - vão analisar as possibilidades e definir uma proposta
de comercialização desse montante. A idéia é formalizar um documento
pleiteando a proposição de uma nova forma de negociação, que não
a alocação da sobra no MAE. Embora a intenção das empresas seja
outra, a Medida Provisória 64 restringe ao mercado de curto prazo
o total da energia sem contratação. A MP dá nova redação ao artigo
28 da Lei 10.438/02, que dispôs os procedimentos sobre os leilões
das geradoras estatais. Segundo Flavio Neiva, presidente da Abrage,
o pensamento dos membros da associação será encaminhado a órgãos
do governo como Ministério de Minas e Energia, CNPE e Aneel. (Canal
Energia - 23.09.2002)
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4- Preços recuam em todos os submercados |
Na quarta semana de setembro, os preços do MAE caíram em todos
os submercados do País. A maior queda foi verificada na Região
Sul, que registrou índices negativos de até 22,09% em comparação
com a semana anterior. Para as cargas pesada e média, o valor
do MWh nesta região está em R$ 4,83. Para a carga leve, o preço
da energia no mercado atacadista fica em R$ 4,59, o que representa
uma queda de 21,67%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os preços
do MAE para a carga pesada tiveram a maior variação em comparação
com a semana anterior. Entre os dias 21 e 27 de setembro, o valor
do MWh para esta carga fica em R$ 4,99, uma queda de 18,33%. Nas
cargas média e leve, o preço da energia para o Sudeste/Centro-Oeste
está em R$ 4,87 e R$ 4,83, respectivamente. Nas regiões Norte
e Nordeste, o valor do MWh registrou índice de queda de até 13,28%
em comparação com a semana anterior. Nesta semana, os preços do
MAE nestes submercados ficam em R$ 4,93, para a carga pesada;
R$ 4,87, para a carga média; e R$ 4,83, para a carga leve. (Jornal
do Commercio - 24.09.2002)
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1- Saldo em setembro já se aproxima de US$ 2 bi |
Exportações de soja de meses anteriores continuaram influenciando
o resultado da balança comercial brasileira na semana passada,
quando foi registrado superávit de US$ 929 mi, com exportações
de US$ 1,883 bi e importações de US$ 954 mi. Com isso, o superávit
no mês sobe para US$ 1,860 bi, o maior resultado mensal do ano.
De janeiro até a terceira semana de setembro, a balança apresenta
superávit de US$ 7,241 bi. Os números foram divulgados ontem pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
As exportações subiram 25,7% em relação à igual mês de 2001, influenciadas
por exportações passadas do complexo soja, que não foram contabilizadas
na ocasião do embarque. Parte da discrepância entre o que foi
registrado e o que foi efetivamente embarcado foi solucionada
na segunda semana, e outra parte na semana passada. Calcula-se
que cerca de US$ 600 mi em exportações de soja deixaram de ser
registradas pelo governo. (Gazeta Mercantil - 24.09.2002)
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2- Projeções para as taxas de juros fecham em alta |
As projeções para as taxas de juros futuros tiveram alta ontem.
Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de outubro subiu
de 18,10% para 18,11% ao ano. A taxa para janeiro de 2003 foi
de 21,14% para 21,83% ao ano. O cupom cambial para janeiro de
2003 ficou em 31,95% ao ano. Pela manhã, o BC enxugou R$ 26,142
bilhões do sistema financeiro. Os recursos serão remunerados no
"overnight" (em um único dia) com juros de 17,90% ao ano e voltam
ao caixa dos bancos hoje. (Gazeta Mercantil - 24.09.2002)
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3- Superávit em agosto é o menor do ano |
O governo central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco
Central - registrou superávit primário de R$ 1,39 bi em agosto.
É o menor valor do ano mas, segundo o secretário do Tesouro Nacional,
Eduardo Guardia, esse fato não é preocupante. No acumulado de
janeiro até agosto, quando registrou superávit de R$ 23,528 bi
(2,82% do PIB), o governo central conseguiu superar em R$ 1,5
bi a trajetória traçada pelo decreto de programação financeira
para o período. "O resultado de agosto está em linha com o projetado",
disse o secretário. Para dezembro, a meta do governo central é
alcançar um superávit primário de R$ 30,7 bi, considerando o esforço
adicional de 0,13% do PIB do setor público consolidado, correspondente
a R$ 1,5 bi. Guardia explicou que a alteração no superávit primário
fez parte da revisão realizada a cada bimestre, o que resultou
em projeção de receitas maiores que o esperado. (Gazeta Mercantil
- 24.09.2002)
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4- Dólar abre com alta de 1,12%, atinge R$ 3,61 e se
iguala a peso |
O dólar comercial abriu as operações com alta de 1,12% perante
o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,60 na compra e a R$ 3,61
na venda. Atinge, assim, o valor recorde histórico e se iguala
ao peso argentino. Ontem, a moeda do país vizinho, que está em
default, fechou com a paridade de 3,61 pesos por dólar. No mercado
futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham elevação
de 0,98%, projetando a moeda a R$ 3,595. Ontem, a pressão eleitoral
interferiu diretamente nos negócios e a moeda terminou com valorização
de 4,84%, a R$ 3,5650 na compra e a R$ 3,5700 na venda. A cotação
é recorde nos oito anos do Plano Real. Hoje, a tensão deve continuar.
Como o governo pagará integralmente na quarta-feira dívida estimada
em US$ 1,516 bi, o mercado cambial poderá ser palco de uma forte
"briga" pela formação da taxa Ptax (média calculada pelo BC).
(Valor Online - 24.09.2002)
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1- Distribuidoras de gás tentam evitar aumento de preço |
As distribuidoras de gás natural estão tentando barrar os planos
da Petrobras de reajustar o preço do combustível nacional em até
21%. Por isso, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras
de Gás Canalizado (Abegás) se reúne, amanhã, às 14h, com o gerente-executivo
da área de gás da estatal, Rodolfo Landim. O possível aumento
está previsto para 1 de outubro. Mas, segundo o presidente da
Abegás e da Companhia Paraibana de Gás (PBGás), Cícero Ernesto
Leite, o setor não suporta qualquer reajuste nesse momento. Em
julho, o aumento foi de 10,6%. Apesar de o gás ser produzido no
Brasil, o critério de precificação relaciona-se à variação cambial
no País e do petróleo no mercado externo. A assessoria de imprensa
da Petrobras disse que a empresa ainda não se posiciona sobre
um eventual reajuste. Mas, em entrevista na semana passada, Landim
afirmou que o aumento poderá chegar a 21%. (Gazeta Mercantil -
24.09.2002)
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2- Sadia terá usina de 5 mil kW |
A termelétrica Concórdia, de propriedade da Sadia, foi registrada
pela a Aneel juntamente com o respectivo sistema de transmissão
de interesse restrito. A unidade geradora de 5 mil kW, localizada
no município de Concórdia, em Santa Catarina, está prevista para
entrar em operação comercial em abril de 2003. A empresa utilizará
energia para consumo próprio. (Jornal do Commercio - 24.09.2002)
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1- White Martins cresce mesmo sem regulamentação |
Mesmo sem a regulamentação sobre o tema definida, a White Martins
já conta com algumas unidades como consumidores livres. Prova
disso é que das 22 unidades da indústria espalhadas pelo País,
oito já possuem contratos bilaterais assinados. Segundo Ricardo
Pinho, diretor industrial da companhia, a tendência é que novos
contratos sejam firmados por outras unidades. Para isso, diz ele,
a empresa aguarda a regulamentação da medida que trata da efetivação
do consumidor livre, que está a cargo da Câmara de Gestão do Setor
Elétrico. Pinho defende a flexibilidade do contrato, permitindo
condições reais para a opção pela contratação bilateral. "Nossa
expectativa é grande, mas, para isso, o Governo precisa nos dar
condições que permitam a opção pela assinatura de contratos bilaterais",
diz. Além disso, a empresa tem investido, ao longo de 30 anos,
em ações de eficiência energética em suas unidades operacionais,
com o objetivo de otimizar o trabalho e reduzir gastos com energia.
(Jornal do Commercio - 24.09.2002)
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2- White Martins apresenta programa-modelo de eficiência
energética |
Recentemente, o programa de eficiência energética da White Martins
foi considerado modelo de referência no País. Como toda indústria
eletrointensiva, a energia representa de 70% a 85% do custo de
produção da empresa. Com o programa de eficiência energética,
a companhia tem como objetivo reduzir em 2,5% por ano os gastos
com energia. Para conseguir este índice de redução, a solução
adotada pela indústria integrou-se ao programa Global Production
Excellence da Praxair, tendo como foco a redução do consumo de
energia e aumento da confiabilidade operacional das unidades industriais.
O diretor explica que o programa permite a substituição de plantas
antigas por unidades modernas, com ciclos mais econômicos. Em
cada unidade, o programa de eficiência energética da empresa é
controlado por índices chamados de KPI, monitorados por bancos
de dados exclusivos. As informações obtidas são condensadas e
analisadas em reuniões envolvendo todas as unidades industriais
da América do Sul. Porém, implantar um programa considerado como
modelo de referência requer investimentos pesados. Nos últimos
três anos, o diretor conta que a empresa investiu, em média, US$
7 mi por ano. Em termos de eficiência energética, os ganhos se
aproximam do montante investido nos últimos anos, chegando a uma
média de US$ 5 mi por ano. (Jornal do Commercio - 24.09.2002)
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1- Suíça realiza plebiscito sobre a abertura do mercado
de energia |
A Suíça realizou neste domingo um plebiscito popular, o qual questionava
aos suíços se estes aceitariam a adoção de uma nova regulação
sobre o mercado de eletricidade que conduziria o mesmo à uma gradual
liberalização. A nova regulamentação permitiria que consumidores
com uma demanda de 20 GWh ou mais por ano, incluindo produções
próprias de energia, pudessem escolher seus próprios fornecedores
a partir de meados de 2003. No mesmo período, fornecedores locais
de energia estariam livres para adquirir até 20% de sua demanda
por energia no mercado aberto. Três anos depois, em 2006, consumidores
com demanda de 10 GWh ou mais por ano estariam livres, e fornecedores
locais poderiam adquirir até 40% de seu suprimento livremente.
Em 2009, o mercado de eletricidade estaria totalmente livre à
competição. (Platts - 23.09.02)
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2- Representante da FERC diz que acusações sobre manipulação
são exageradas |
Uma representante da Comissão Federal Americana de regulação de
Energia, Nora Brownell, disse na quinta-feira passada que as reclamações
feitas por funcionários da Califórnia e de outros Estados do oeste
afirmando que manipulações intencionais dentro do mercado de energia
contribuíram para a crise de preços na região, foram bastante
exageradas. Num discurso feito na Conferência Global de Lideranças
nos setores de energia e Gás em Nova York, Brownell disse não
estar convencida de que manipulações feitas por participantes
do mercado foram tão grandiosas ou tiveram tamanho efeito nos
preços. (Platts - 20.09.02)
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3- Cahora Bassa fecha 2001 com lucro operacional a
crescer 603% |
A Hidroelétrica de
Cahora Bassa (HCB) de Moçambique registou pela terceira vez consecutiva
resultados operacionais positivos. Em 2001, aumentaram 603% para
US$ 27,94 mi, anunciou a empresa. A HCB realizou hoje em Maputo
uma assembléia geral, na qual foram aprovados o relatório e contas
de 2001, tendo o ponto relativo à eleição de novos corpos gerentes
da empresa ficado em aberto por falta de propostas dos acionistas.
O assunto deverá ser objeto de posterior assembléia extraordinária.
O presidente da HCB, Carlos Veiga Anjos, disse à agência Lusa,
em Maputo, que a produção de energia aumentou 23% para 10.550
Gwh e as vendas subiram 217% para US$ 73,19 mi. O principal cliente
da HCB em 2001 continuou a ser a companhia de eletricidade sul-africana
com 60%, seguido da companhia zimbabueana com 30%, enquanto que
os restantes 10% foram vendido à Electricidade de Moçambique.
O presidente da HCB sublinhou que se a empresa aplicasse preços
de venda a valores de mercado poderia aumentar substancial os
resultados para conseguir uma plataforma para pagar o serviço
da dívida e haver dinheiro para futuros projetos de desenvolvimentos
do empreendimento. A HCB, o maior investimento português no exterior,
possuiu uma dívida de cerca de US$ 2,5 bi resultante sobretudo
dos custos de manutenção do empreendimento durante a guerra civil
de 16 anos terminada em 1992 e do investimento para a posterior
reabilitação das linhas. São acionistas da HCB o Estado português
com 82%, cabendo a restante parte ao governo moçambicano. (Diário
Económico - 23.09.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
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Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
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