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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 965 - 23 de setembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo cede e luz pode aumentar mais em 2003

Por temer a redução dos investimentos nacionais e estrangeiros no setor de energia, o governo cedeu às pressões das 17 distribuidoras de eletricidade e acena com a possibilidade de rever uma resolução da Aneel que, na prática, limita os reajustes da contas de luz em 2003. Se o critério for mudado, os aumentos do ano que vem poderão ser maiores que os estabelecidos nas regras atuais do setor. A possibilidade de ver a área de distribuição e transmissão de energia abandonada pelos grandes grupos europeus e americanos, que ingressaram no setor com as privatizações, fez com que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, tomasse a iniciativa de pedir que o critério de determinação do valor das empresas (um dos elementos a ser levado em conta na revisão das tarifas) fosse examinado com urgência pelo CNPE, no início da semana passada. O argumento de Malan é que uma radicalização do governo, num momento de turbulência econômica, poderia afugentar os investimentos. (O Globo - 23.09.2002)

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2- Inadimplência reforça pressão

Em meio à queda no consumo de energia depois de nove meses de racionamento e diante dos altos custos financeiros no período de tensão pré-eleitoral, as distribuidoras de energia elétrica estão pressionando o governo para um novo pacote de salvamento. Analistas do setor consideram que um novo acordo é necessário, a julgar pela dificuldade da Light de pagar R$ 88 mi à geradora estatal Furnas. Profissionais do setor afirmam ainda que esse caso de inamplência não é isolado. "As distribuidoras estão enfrentando problemas sérios de fluxo de caixa e logo não serão capazes de pagar os supridores", afirmou Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE) e professor da UFRJ. (Gazeta Mercantil - 23.09.2002)

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3- Valor do seguro antiapagão fixado até novembro

O valor do encargo de capacidade emergencial, repassado à CBEE e conhecido como seguro antiapagão, foi mantido pela Aneel em R$ 0,0057/kWh para o trimestre de setembro a novembro. Conforme as informações fornecidas pela CBEE e analisadas pelo órgão regulador, o valor vigente, que será novamente avaliado em dezembro, mantém o equilíbrio entre as receitas e despesas da comercializadora. Dados atualizados do início da semana e que foram passados pela CBEE indicam que 116 liminares pedindo a suspensão da cobrança do seguro já foram deferidas. (Jornal do Commercio - 23.09.2002)

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4- Idec defende metodologia da Aneel

O Idec entrou em campo para defender a fórmula definida pela Aneel para as revisões tarifárias de energia elétrica em 2003. Em carta enviada ao ministro Pedro Parente, a entidade contra-ataca as pressões das empresas distribuidoras de energia, que querem a utilização do preço pago na privatização como base de remuneração. Ou seja, transferem para o consumidor o risco do negócio. (Valor - 23.09.2002)

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5- Aneel terceiriza monitoramento

A Aneel contratará serviços terceirizados para fazer o monitoramento de obras de pequenas centrais nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Sul. De acordo com Lincon Braga, superintendente de Fiscalização do Serviço de Geração da Aneel, a medida visa a aumentar a freqüência na fiscalização dos empreendimentos. "Com a contratação destes serviços, não precisaremos deslocar nossos técnicos até o local das obras, e o acompanhamento será maior. Se as obras recebiam visitas bimestrais dos técnicos, com esta iniciativa poderão ser mensais", completa o superintendente, acrescentando que o número de visitas e a agilização das obras varia de acordo com cada projeto em construção. Na Região Sudeste, as PCHs Paracambi (30 MW de potência) e Santa Rosa II (30 MW), localizadas no Rio de Janeiro, deverão ter suas obras acompanhadas e avaliadas. Em Minas Gerais, as usinas cobertas são Cachoeira Encoberta (22 MW), Pai Joaquim (23 MW), Fumaça (10 MW), Furquim (6 MW), Granada (14 MW), Palestina (12,48 MW), Ponte (24 MW), Triunfo (22,08 MW) e Areia Branca (20 MW). (Jornal do Commercio - 23.09.2002)

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6- Produtores rurais confirmam calote do governo na Eletroacre

Com a garantia de que o Programa de eletrificação rural Luz no Campo só deve ser implantado após o repasse de recursos por parte do governo do Estado, os produtores rurais, insatisfeitos, alegam que vão esperar apenas até segunda-feira por uma iniciativa do governo. Vencido o prazo, uma manifestação será realizada na residência oficial com centenas de produtores em protesto pela implantação do programa. O Luz no Campo foi lançado pelo governo federal e no Acre deveria beneficiar cerca de seis mil produtores com energia elétrica nas comunidades do campo. A implantação deveria ser feita através de uma parceria entre a União e o Estado, tendo a Eletroacre o papel de instalar a rede de eletrificação, custeada pelo governo. "O serviço, no entanto, está emperrado, ainda que pessoas ligadas ao governo tenham ido até os ramais iludir os produtores dizendo que o dinheiro está liberado e que a ordem de serviço já está emitida", afirmou o vereador Gildésio Vilas Boas (PSDB). (A Gazeta do Acre - 23.09.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo retoma os níveis de 2000

Executivos e técnicos da área comercial das empresas de energia elétrica da região Centro-Oeste trabalham com projeções pouco otimistas para o consumo faturado neste ano. Na média, considera-se que, na melhor das hipóteses, será possível retomar os níveis observados em 2000. O consumidor, dizem eles, manteve muitos dos hábitos adquiridos durante junho de 2001 e fevereiro de 2002, quando vigorou o racionamento. A desaceleração da atividade econômica, neste ano, ajudou a manter as estatísticas em baixa. Um levantamento realizado pela Gazeta Mercantil mostra que o consumo acumulado entre janeiro e julho deste ano em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Tocantins ainda estava cerca de 5,1% abaixo de igual período do ano passado, embora os dados mais recentes apontem uma recuperação frente aos meses de racionamento. (Gazeta Mercantil - 23.09.2002)

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2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletropaulo deve finalizar renegociação de empréstimo

Acaba na segunda-feira o novo prazo acertado entre a Eletropaulo e os seus credores para a renegociação de um empréstimo sindicalizado de US$ 225 mi. O vencimento original desse empréstimo foi em 26 de agosto e já havia sido prorrogado para 9 de setembro. Na primeira prorrogação, a empresa efetuou o pagamento de 15% do valor do principal, acrescido dos juros. Durante essa segunda prorrogação, a companhia estimava concluir as negociações e a subseqüente documentação para a renovação do saldo equivalente a US$ 191 mi por um prazo de 24 meses. A maior parte dessas responsabilidades deve ser convertida para reais. O empréstimo foi feito com um sindicato de bancos liderados pelo JP Morgan. (O Estado de São Paulo - 23.09.2002)

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2- Tractebel aprova emissão de R$ 260 mi em novas debêntures

O Conselho de Administração da Tractebel Energia aprovou nesta semana a segunda emissão de R$ 260 milhões em debêntures. Segundo fato relevante divulgado pela empresa, o montante emitido destina-se ao pagamento da primeira emissão feita pela empresa no início deste ano. A operação acontecerá no dia 14 de outubro - mesmo dia em que vence a primeira emissão - e a empresa irá adquirir 520 notas promissórias, no valor de R$ 500 mil cada unidade. As debêntures serão subscritas pelo seu valor nominal unitário e integralizadas à vista e em moeda nacional, na data da emissão. (Jornal do Commercio - 23.09.2002)

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3- FHC inaugura linha de transmissão

O presidente Fernando Henrique Cardoso inaugurou ontem, no Pará, na subestação de Vila do Conde, a segunda linha de transmissão Tucuruí-Vila do Conde. A linha tem capacidade de transmissão de 1.200 MW, e contribuirá para atrair mais investimentos industriais ao Pará, que é servido até agora por apenas 1.200 MW produzidos em Tucuruí. Na construção dos 324 km da linha de transmissão foram investidos R$ 150 mi. A linha tem 706 torres e duas subestações. A obra foi realizada em tempo recorde de quatro meses. O consórcio Schahin/Alusa, constituído de empresas brasileiras com mais de 35 anos de experiência no ramo, está investindo R$ 1,25 bi na construção de linhas de transmissão na Região Norte. Ao discursar, Fernando Henrique disse que, no seu mandato, o Governo inaugurou 26 usinas hidrelétricas, "proeza" que, em sua avaliação, nenhum outro país foi capaz de fazer. Segundo o presidente, o País se aproxima hoje de uma capacidade elétrica instalada da ordem de 80 mil MW, salientando, também, que todas as medidas que estão sendo implementadas neste setor vão afastar de vez o risco de apagões futuros e garantir a expansão industrial do Brasil, através da utilização de outras fontes energéticas. Na avaliação de FHC, o racionamento de energia, no ano passado, "é um símbolo" no País, já que a população compreendeu, se conscientizou e contribuiu para poupar energia. (Jornal do Commercio - 23.09.2002)

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4- Acionistas afastam AES da gestão da Eletronet

Os direitos da companhia americana de energia AES na Eletronet, empresa de telecomunicações por fibra óptica, foram suspensos por decisão dos próprios acionistas, em AGE realizada sexta-feira. Segundo comunicado enviado no início da noite à Bovespa, a decisão foi tomada porque o grupo AES descumpriu a obrigação de aportar os recursos necessários à correção monetária da quarta parcela integralizada do capital social da Eletronet. De acordo com o comunicado, serão indicados novos representantes para o conselho de administração da empresa no lugar daqueles que haviam sido nomeados pela AES. A companhia americana - que no Brasil tem como principal atividade a operação de empresas como as distribuidoras de energia Eletropaulo e AES Sul, e da geradora paulista AES Tietê, além de termoelétricas - tem 51% das ações da Eletronet. (Valor - 23.09.2002)

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5- Eletrobrás não pretende assumir controle da Eletronet

Enquanto a AES já considera a operadora de telecomunicações por fibra óptica, Eletronet, um investimento perdido, a Eletrobrás, por sua vez, que é sócia no empreendimento com os 49% restantes do capital da Eletronet por meio da subsidiária Lightpar, já declarou que não pretende assumir o controle total da Eletronet. A operação, segundo o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, teria uma série de dificuldades porque isso significaria, na prática, a estatização da Eletronet. Para isso, seria necessário o aval da União. A Eletronet opera uma rede de 16 mil km de fibras ópticas por meio das linhas de transmissão de energia operadas por empresas do sistema Eletrobrás. O desenho inicial do projeto da empresa previa a construção de 22 mil km e um investimento total estimado de US$ 480 mi. Para entrar no negócio, fez aporte de R$ 290 mi entre 1999 e 2002. No entanto, a euforia com a internet passou, a demanda revelou-se muito menor do que o esperado e a empresa perdeu o charme. A Eletronet acumulou um prejuízo líquido de R$ 20,9 mi no primeiro semestre deste ano, embora tenha alcançado receita líquida de apenas R$ 8,5 mi. Em junho, o patrimônio líquido da empresa era de R$ 294,9 mi. Em agosto, a empresa buscava renegociação do prazo de pagamento da dívida de R$ 320 mi com seus fornecedores, principalmente com Lucent e Furukawa. (Valor - 23.09.2002)

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6- Fabricantes de equipamentos elétricos esperam crescimento das exportações

As incertezas atuais do setor elétrico devem reduzir a carteira de pedidos que a Voith Siemens Hydro trabalha. De US$ 250 mi no ano fiscal encerrado em setembro, as encomendas devem ficar abaixo de US$ 200 mi. "Há nuvens cinzentas no setor", afirma o diretor-executivo, Julio Fenner. Para reduzir a exposição interna, a fabricante de equipamentos para hidrelétricas vai centrar esforços nos mercados da América. Com isso, o faturamento da unidade, deve se manter próximo a US$ 180 mi. "Vamos manter investimentos de US$ 4 mi em modernização", diz Fenner. Uma das novas estrelas nas linhas de produção é um robô soldador. A ABB, cuja produção destinada ao exterior está em 15%, atua em duas frentes. A principal é na área de equipamentos elétricos, com atenção especial ao mercado americano, cujo tamanho é oito vezes superior ao brasileiro. Iniciados no início de 2001, os embarques de transformadores e equipamentos de potência aos Estados Unidos cresceram 40%. Para 2003, a tendência é crescer mais 20%, diz o diretor-superintendente da divisão, Ricardo Campodarve. No início desse ano, começaram as exportações de torres de transmissão. Os alvos são a Venezuela e os Estados Unidos. "De 2001 a 2003, os investimentos nas fábricas da divisão vão somar US$ 8 mi", afirma Campodarve. Na unidade de Guarulhos, focada nos transformadores, a ABB trabalha em dois turnos. Em Betim, a fábrica local, especializada em transmissão, opera em três turnos. (Valor - 23.09.2002)

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7- Celesc e Cemig querem mais prazo para concluir modelo de desverticalização

A Celesc pediu mais prazo à Aneel para finalizar o processo de desverticalização da companhia, que tem conclusão prevista para dezembro deste ano. A concessionária afirma que levaria mais cinco meses para implantar o modelo de gestão proposto pela agência reguladora. O projeto de reestruturação da empresa, aprovado pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina (ALSC), prevê apenas a mudança nas regras de gestão, mantendo a constituição de uma empresa com diversas atividades. A Cemig vive situação parecida. Nesta sábado, dia 21 de setembro, termina o prazo para a concessionária concluir o modelo de desverticalização, mas o projeto aguarda votação na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O governo estadual também já estuda a possibilidade de pedir mais prazo a agência reguladora. Porém, a Aneel está pouco disposta a aceitar o pedido das duas concessionárias. De acordo com Romeu Rufino, superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, o prazo de conclusão de reestruturação das duas empresas expirou em 2000. (Canal Energia - 20.09.2002)

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8- Distribuidoras começam a utilizar novos indicadores de qualidade

Várias distribuidoras de energia, entre elas a CPFL e a Celesc, já acompanham os novos indicadores de qualidade que, a partir do ano que vem, terão que ser aferidos e comunicados mensalmente à Aneel. Entre os quatro índices relativos ao atendimento de ocorrências emergenciais estão os de Tempo Médio de Preparação (TMP) e de Deslocamento (TMD) de equipes, já usados no cálculo de outro indicador, e o Tempo Médio de Atendimento (TMA), um dos principais medidores da qualidade dos serviços prestados pelas empresas. "Participamos da Audiência Pública sobre estes indicadores. Para atendermos esta exigência, precisaremos apenas efetuar alguns ajustes em nosso sistema de coleta de dados, o que já se encontra em andamento", explica Otávio Luiz Rennó Grilo, diretor de Operações da distribuidora paulista. Segundo ele, o objetivo da Aneel em avaliar o TMP e o TMD - partes que integram o cálculo do Tempo Médio de Atendimento -, é verificar se as empresas possuem equipes suficientes para o atendimento a situações de emergências e se as unidades instaladas para a prestação destes serviços encontram-se bem localizadas. (Canal Energia - 20.09.2002)

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9- Cteep deve entregar agenda corporativa à Bovespa em 30 dias

Com o objetivo de melhorar a imagem da empresa junto ao mercado, a Cteep ingressou esta semana no nível 1 de governança corporativa da Bovespa. Este ingresso significa, para a companhia, maior transparência de suas atividades corporativas no mercado financeiro. Segundo Sandra Piccardi, diretora Financeira e de Relações com Investidores da transmissora, o primeiro passo a ser dado pela empresa após o ingresso é informar à Bovespa a agenda corporativa da Cteep até o final deste ano, como datas de assembléias gerais e reuniões com investidores e Conselho de Administração. Também farão parte do compromisso da empresa a informação do fluxo de caixa trimestrais. O resultado, diz ela, será um aumento na credibilidade junto ao mercado, que poderá acompanhar e fiscalizar os atos da administração e dos controladores da empresa. Outro benefício deste ingresso é a possibilidade de aumentar o valor das ações da Cteep em circulação na Bovespa. (Canal Energia - 20.09.2002)

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10- Produtoras independentes de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul têm aprovados projetos básicos

A Cec e a Cesa, ambas produtora independentes, tiveram aprovados os projetos básicos de um aproveitamento hidrelétrico e da instalação de linha de transmissão, respectivamente. A Cec irá instalar o aproveitamento hidrelétrico Quebra Queixo, referente à linha de transmissão, que interligará a subestação da usina de Quebra Queixo à subestação Pinhalzinho. A SE está localizada nos municípios de Ipuaçu, São Domingos, Entre Rios, Quilombo, União do Oeste e Pinhalzinho, no Estado de Santa Catarina. A linha de transmissão tem tesão nominal de 138 kV entre fases, circuto duplo e extensão aproximada de 54 km. A Cesa, por sua vez, teve aprovado o projeto básico, para fins de obtenção de declaração de utilidade pública e estabelecimento da servidão administrativa, para passagem da linha de transmissão Paraíso - Chapadão do Sul. A linha ligará a subestação da pequena central hidrelétrica Paraíso à subestação de Chapadão do Sul. A linha de transmissão, em 138 kV, em circuito simples e com 54,425 km de extensão está localizada nos municípios de Costa Rica e Chapadão do Sul, no Estado de Mato Grosso do Sul. (Canal Energia - 20.09.2002)

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financiamento

1- MAE divulga relatório de faturas e mantém cálculos

O MAE divulgou os números referentes à contabilização das faturas negociadas entre abril e junho de 2001. O MAE aguardava a cassação de liminar obtida pela distribuidora gaúcha AES Sul para a divulgação. A liminar foi cassada na quarta-feira pela Aneel, o que permitiu ao MAE manter a forma de cálculo. O relatório completo sobre a contabilização estará disponível aos agentes nesta segunda-feira. Nos três meses de negociação, os agentes do mercado movimentaram R$ 1,811 bi na compra e venda de energia a curto prazo. As faturas de abril de 2001 somaram R$ 263 mi; em maio, subiram para R$ 384 mi, chegando a R$ 1,164 bi em junho, no início do racionamento de energia, quando o MWh alcançou R$ 684. De acordo com o cronograma estabelecido pelo presidente do MAE, Lindolfo Paixão, a contabilização das faturas estará atualizada até 15 de novembro. Já a fase de liquidação efetiva está prevista para se estender até 31 de dezembro. (Gazeta Mercantil - 23.09.2002)

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2- Plataforma operacional de leilões do Banco do Brasil está na mira de geradoras

O Banco do Brasil está na mira de grandes geradoras de energia do país. Após atuar no leilão de energia das estatais federais, a plataforma operacional de negociação do banco está sendo disputada para ser o espaço de compra e venda de outros leilões de venda de energia "velha". Um desses processos é o da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), ainda sem data confirmada. A geradora paulista está conversando com a área de energia do banco para a contratação da ferramenta utilizada para os leilões via Internet. O acordo pode ser fechado já na semana que vem. Além disso, outras duas companhias de grande porte na área de geração estão em contato com a diretoria do banco. Uma delas teria a intenção de realizar o processo ainda em 2002, e a outra no princípio do ano que vem. Segundo Pepe Soares, analista sênior de energia do BB, a demanda dos agentes pela solução de negócios reflete a primazia do banco no desenvolvimento interno de tecnologias de e-business. (Canal Energia - 20.09.2002)

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3- Valor do MWh na região Sul registra queda de 22,09% para a carga pesada

Na quarta semana de setembro, os preços do MAE caíram em todos os submercados. A maior queda foi verificada na região Sul, que registrou índices negativos de até 22,09% em comparação com a semana anterior. Para as cargas pesada e média, o valor do MWh nesta região está em R$ 4,83. Para a carga leve, o preço da energia no mercado atacadista fica em R$ 4,59, o que representa uma queda de 21,67%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os preços do MAE para a carga pesada teve a maior variação em comparação com a semana anterior. Entre os dias 21 e 27 de setembro, o valor do MWh para esta carga fica em R$ 4,99, uma queda de 18,33%.Nas cargas média e leve, o preço da energia para o Sudeste/Centro-Oeste está em R$ 4,87 e R$ 4,83, respectivamente. Nas regiões Norte e Nordeste, o valor do MWh registrou índice de queda de até 13,28% em comparação com a semana anterior. Nesta semana, os preços do MAE nestes submercados ficam em R$ 4,93, para a carga pesada; R$ 4,87, para a carga média; e R$ 4,83, para a carga leve. (Canal Energia - 23.09.2002)

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financiamento

1- Balanço de pagamentos volta a ter superávit

O Brasil está em vias de anunciar na próxima semana seu primeiro superávit de balanço de pagamentos desde setembro de 1994, em uma mostra simbólica de como a moeda enfraquecida está ajudando o País a reduzir suas necessidades de empréstimos externos em meio a um ambiente de aversão a altos riscos e a nervosismo políticos locais.O dado, a ser divulgado no próximo dia 26, mostrará um pequeno superávit de balanço de pagamentos para agosto, graças à expansão do superávit comercial, segundo fontes do Banco Central. O resultado diminuirá o déficit de balanço de pagamentos de 12 meses da maior economia sul-americano para acerca de US$ 15 bi, abaixo dos US$ 23,21 bi no fim de 2001 e do recorde histórico de US$ 33,42 bi em 1998. Em julho, o déficit mensal foi de US$ 550 mi. Contudo, não há nenhum motivo para otimismo excessivo. O superávit de balanço de pagamentos de agosto advém da redução das importações após a acentuada debilitação do real e o declínio da atividade econômica. (Gazeta Mercantil - 23.09.2002)

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2- Risco-país fica em 1.988 pontos e juros cedem

A melhora no preço do dólar fez o risco-país ficar abaixo dos 2.000 pontos básicos. Segundo o JP Morgan, houve queda de 3,68% e o risco Brasil ficou em 1.988 pontos básicos. Os títulos da dívida soberana negociados no mercado internacional também foram favorecidos e fecharam em alta. O C-Bond, o mais líquido, teve alta de 4,53% e valia US$ 0,547. As taxas de juros futuros cederam. Entre os contratos mais negociados na BM&F, os juros para outubro saíram de 18,09% para 18,10% ao ano, a única exceção. A taxa para janeiro de 2003 foi de 21,61% para 21,14% ao ano. No mercado aberto, o BC enxugou R$ 23,149 bilhões do sistema financeiro. A operação no "overnight" (por um único dia) teve juros anuais de 17,90% ao ano. (Gazeta Mercantil - 23.09.2002)

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3- Dólar comercial dispara 3,08% na abertura e atinge R$ 3,51

O dólar comercial abriu as operações com forte alta de 3,08% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,50 na compra e a R$ 3,51 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham elevação de 2,92%, projetando a moeda a R$ 3,488. Na sexta-feira, o dólar comercial fechou em queda após seis altas consecutivas. Foi uma reação à pesquisa Ibope, que mostrou queda de 2 pontos para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e estabilidade para José Serra. A moeda fechou com queda de 1,30%, a R$ 3,4000 na compra e a R$ 3,4050 na venda. Hoje, porém, fatores eleitorais e técnicos mantêm a divisa americana sob forte pressão. Nova pesquisa Datafolha volta a acender o receio do mercado de que a oposição vença as eleições ainda no primeiro turno. Pelo levantamento, Lula cresceu 4 pontos, para 44%, enquanto Serra caiu 2 pontos, para 19%. O tucano é o favorito dos mercados financeiros por representar a continuidade da política econômica. Outra fonte de pressão é o vencimento, na quarta-feira, de cerca de US$ 1,5 bilhão em dívidas cambiais. (Valor Online - 23.09.2002)

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gás e termoelétricas

1- Segunda térmica de Três Lagoas entra em teste

A Unidade Termoelétrica (UTE) de Três Lagoas (MS), que tem previsão de gerar inicialmente 200 MW de energia, deve começar a receber gás natural da MSGás nesta quarta-feira. A usina terá um prazo de ajustes técnicos de 30 a 45 dias, antes de ligar a primeira turbina geradora de energia. A previsão era que a usina começasse a operar experimentalmente na última sexta-feira. Porém, o gerente da obra, Sérgio Vinícius de Mattos Couto, informou que a efetiva entrada em operação só será possível depois que forem feitos os ajustes nos equipamentos, com a chegada do gás. Couto explicou que todos os problemas que afetavam o cronograma de inauguração da termoelétrica foram solucionados, como por exemplo o licenciamento ambiental, defeito na composição das turbinas e até mesmo pelo atraso na entrega deste equipamento, devido à dificuldade de transporte. (Correio do Estado - 23.09.2002)

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internacional

1- Duke reduz previsão de lucro devido ao fraco desempenho no comércio

A contínua fragilidade do mercado americano no comércio de energia levou a Duke Energy a cortar sua previsão de ganhos para 2002 de US$ 2,05 para US$ 1,95 por ação além de postergar a construção de três plantas de energia no Oeste dos Estados Unidos, disse a companhia nesta sexta-feira. A Duke, com base em Charlotte, Carolina do Norte, também espera uma redução de seus ganhos para 2003. Em julho, a companhia projetou os ganhos de 2002 de US$ 2,45 para US$ 2,55 por ação, além de elevar as expectativas de crescimento de 2003 em relação à 2002 de 5% para 10%. Mesmo com o pessimismo em relação aos ganhos de 2003, a companhia espera "uma modesta melhora nas atuais condições de extrema precariedade do mercado de energia na América do Norte". Se tais melhoras não se confirmarem, os lucros do próximo ano podem ser ainda menores que os de 2002. A Duke apontou para uma série de fatores - a prolongada depressão da economia, preços baixos e instáveis, reduzidos estímulos ao crescimento além de uma contínua queda da liquidez do mercado. A Duke disse ainda estar reduzindo "agressivamente" os gastos de capital neste ano, incluindo uma queda para US$ 6,2 bi, frente aos US$ 6,8 bi estimados em julho. A companhia, no entanto, enfatizou que suas outras áreas de atuação, incluindo a transmissão de gás além da venda de eletricidade, "continuam gerando resultados sólidos e sustentáveis." (Platts - 20.09.02)

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2- Analistas baixam recomendação para Iberdrola e Unión Fenosa

Os analistas do UBS Warburg operaram uma reestruturação no seu portfólio de elétricas espanholas, baixando as recomendações para a Iberdrola e Unión Fenosa e subindo a da Endesa, tendo ao mesmo tempo reduzido os preços-alvo para as três. De acordo com fontes do mercado, citadas pela Agência Reuters, a recomendação para a Iberdrola baixou de "forte compra" para "compra", ao passo que a da rival Unión Fenosa caiu de "manter" para "reduzir". A recomendação para os títulos da Endesa subiu, por sua vez, de "manter" para "comprar". No que diz respeito aos preços-alvo, o da Iberdrola desceu de US$ 17,16 para US$ 15,69, o da Unión Fenosa de US$ 18,93 para US$ 11,38 e o da Endesa passou de US$ 18,63 para US$ 14,02. (Diário Económico - 20.09.02)

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3- Southern Nevada Water reafirma oferta de US$ 3,2 bi para a compra da Nevada Power

A comissão de diretores da Southern Nevada Water Authority (SNWA) votaram e aprovaram unanimemente nesta quinta-feira a confirmação de sua oferta de US$ 3,2 bi feita no dia 22 de agosto para a compra da financeiramente problemática Nevada Power da Sierra Pacific Resources (SPR). A comissão disse ainda que a companhia tratou de todas as ressalvas feitas pela SPR quando a mesma rejeitou no início do mês a proposta inicialmente feita. O voto da comissão veio depois de uma carta escrita pela SPR no dia 12de setembro através da qual manifestou-se contra o oferta da Southern Nevada, dizendo que a mesma foi baseada em um "plano irreal de financiamento". Além disso, funcionários da SPR afirmaram que a Water Authority não tem experiência nem antecedentes em aquisições de corporações multi-bilionárias assim como no gerenciamento de uma companhia elétrica". Já Patricia Mulroy, gerente geral da SNWA, disse que a Southern Nevada "equacionou todos os pontos levantados e questionados na resposta feita pela SRP à nossa oferta de compra". (Platts - 20.09.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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