1- Distribuidoras terão que repassar ganhos |
As distribuidoras de
energia terão que repassar aos consumidores um eventual aumento
de receita decorrente da mudança nos critérios de definição do
consumidor de baixa renda. A Aneel definiu as regras de contabilização
desse aumento e os critérios de compensação. De acordo com a Aneel,
nos casos em que houver perda de receita pela aplicação dos novos
critérios, a redução será financiada com recursos da RGR. As distribuidoras
já previram que haveria perdas decorrentes do aumento do universo
de consumidores de baixa renda, que pagam tarifa mais barata e
estão isentos da cobrança do seguro apagão e da taxa extra para
cobrir as perdas que as empresas tiveram com o racionamento. A
agência pretende fazer uma fiscalização especial nas distribuidoras
que estão em processo de revisão tarifária. (Jornal do Commercio
- 20.09.2002)
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2- Aneel vai começar a fiscalização financeira de dez
distribuidoras |
A Aneel deve começar nas próximas semanas a fiscalização financeira
de 10 das 17 concessionárias de distribuição que passarão pela
revisão ordinária de tarifas em 2003. Ao mesmo tempo, as elétricas
preparam um estudo sobre o impacto que a metodologia de remuneração
dos ativos adotada pela agência terá nas contas delas. Baseado
nas contas financeiras de vinte empresas privatizadas, o estudo
final deve ser entregue ao governo. Análise preliminar feita em
nove distribuidoras aponta que a remuneração ao capital nos critérios
escolhidos pela agência chegaria, no máximo, a 4% ao ano, número
distante do ideal. Em alguns casos, a taxa de retorno é negativa.
Já, se a Aneel tivesse escolhido o critério do preço mínimo de
privatização (defendido pelas distribuidoras de energia), a taxa
de remuneração estaria próxima a 12% ao ano - valor considerado
atrativo pelos investidores. Os cálculos não levam em conta o
"Fator X" (que prevê o compartilhamento de ganhos de produtividade
com o consumidor). Com os números, a idéia das distribuidoras
é mostrar que a metodologia escolhida pela Aneel vai diminuir
o interesse dos investidores privados no setor elétrico. A baixa
remuneração afastaria novos investimentos e dificultaria a entrada
de novas empresas. (Valor - 20.09.2002)
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3- Distribuidoras contabilizam prejuízos |
Para as distribuidoras, a escolha do preço mínimo dos leilões
como base de remuneração já implica que as empresas abriram mão
de usar o ágio pago na privatização como metodologia da base de
remuneração. Com isso, elas já estariam admitindo uma perda. Se
o critério da Aneel permanecer, mais um prejuízo às elétricas
seria contabilizado. Em reunião nessa semana, em Brasília, o CNPE
decidiu criar um grupo de trabalho para avaliar os critérios de
avaliação da base de remuneração no equilíbrio econômico-financeiro
das concessionárias. O grupo terá até o dia 30 de novembro para
realizar seu estudo. No entanto, o ministro de Minas e Energia,
Francisco Gomide, disse que, se houvesse alguma alteração, ela
poderia ficar a cargo do próximo presidente. Essa incerteza também
preocupa os empresários do setor. Eles querem uma definição ainda
neste governo, que, na visão deles, demonstra estar mais comprometido
com as privatizações. Já a agência informa que os critérios da
base de remuneração dos ativos foram baseados em análises técnicas
que levaram em conta a saúde financeira das elétricas e que a
decisão foi tomada depois de audiência pública realizada com os
agentes. (Valor - 20.09.2002)
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4- Aneel se prepara para discutir "fator X" |
A Aneel se prepara para discutir o "fator X", componente que integra
a revisão ordinária de tarifas. O mecanismo é um redutor da tarifa
na parcela em que o IGP-M incide. "É preciso olhar para frente
nesse caso", diz um executivo. As distribuidoras alegam que sua
produtividade nos últimos anos foi eliminada pela demora no repasse
dos custos não-gerenciáveis às tarifas. Com isso, a remuneração
aos acionistas ficou muito baixa. Por isso, os ganhos de produtividade
têm de ser analisados nos próximos anos. Outro obstáculo a um
maior retorno aos acionistas é a atual estrutura tarifária. Do
total da fatura de energia, apenas 21% é destinado à cobertura
de custos e à remuneração do capital. Já tributos diretos, como
ICMS e PIS/Cofins, representam 22%. As distribuidoras de energia
terão que repassar aos consumidores um eventual aumento de receita
decorrente da mudança nos critérios de definição do consumidor
de baixa renda. A Aneel definiu as regras de contabilização desse
aumento e os critérios de compensação. De acordo com a Aneel,
nos casos em que houver perda de receita pela aplicação dos novos
critérios, a redução será financiada com recursos da RGR. (Valor
- 20.09.2002)
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5- Valor do seguro-apagão será mantido até dezembro
|
O valor do seguro apagão será mantido pelo menos até dezembro
deste ano. A decisão foi anunciada hoje pela Aneel. Atualmente,
os consumidores de energia elétrica estão pagando R$ 0,0057 por
cada kW/h gasto mensalmente. Ou seja, a uma conta de luz que apresenta
um gasto mensal de 100 kW/h é acrescido R$ 0,57, o que representa
aproximadamente 2% da fatura. O seguro apagão, denominado tecnicamente
de encargo de capacidade emergencial, serve para pagar o aluguel
das usinas emergenciais, contratadas para ser acionadas somente
em épocas de crise energética. Segundo a Aneel, o valor vigente
mantém o equilíbrio entre receitas e despesas da CBEE, que administra
as usinas. (O Estado de São Paulo - 20.09.2002)
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6- Novas regras para projetos hidrelétricos está em
consulta pública |
A partir do dia 19 de setembro até o dia 4 de novembro, estarão
disponíveis no site da Aneel cinco minutas de resoluções com propostas
de novas regras para a implantação de empreendimentos hidrelétricos.
Os documentos apresentam desde normas para estudos de viabilidade
e até critérios para projetos básicos de aproveitamento. Uma das
minutas trata de procedimentos para aprovação de inventários de
bacias hidrográficas, com o intuito de tornar mais claros os requisitos.
Outra sugere novos critérios para enquadramento de potenciais
hidráulicos em PCHs, além de parâmetros como a altura da queda
d'água para casos em que a área do reservatório for superior a
três quilômetros quadrados. Além disso, está sendo proposto o
desdobramento em três da resolução nº 395, de 1998, que trata
das regras para os estudos de viabilidade do projeto básico de
empreendimentos hidrelétricos. A intenção é estabelecer normas
específicas para usinas, PCHs e Centrais Geradoras com potência
abaixo de 1 MW. (Canal Energia - 19.09.2002)
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1- Distribuidoras têm novas metas de qualidade no atendimento
de emergências |
As distribuidoras de energia terão que cumprir, a partir do próximo
ano, novas metas de qualidade no atendimento de emergências. Segundo
a Aneel, o objetivo é medir a capacidade de mobilização diante
de situações de risco à segurança ou à qualidade do serviço prestado,
sejam elas problemas de abastecimento de energia ou deficiências
na rede elétrica. Também no próximo ano, as distribuidoras deverão
investir cerca de R$ 180 mi em programas de combate ao desperdício
de energia a serem desenvolvidos por seus clientes. Quando as
empresas eram estatais, a maior parte dos recursos ia para programas
de economia dentro das instalações das próprias distribuidoras.
Mas, nos últimos anos, elas têm sido obrigadas a financiar projetos
de clientes. (Jornal da Tarde - 20.09.2002)
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2- Relâmpagos cortam energia em Porto Alegre |
A forte chuva que atingiu a região Metropolitana de Porto Alegre
a partir do início da madrugada de ontem deixou, além de alagamentos,
outros problemas localizados de falta de energia, devido às descargas
elétricas. Cerca de 17 semáforos ficaram sem funcionar, parcial
e totalmente, em vários cruzamentos da Capital gaúcha. (Correio
do Povo - 20.09.2002)
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3- Pipa deixa 7 mil casas sem energia em Londrina |
Uma pipa com cerol provocou rompimento de um cabo condutor de
energia e deixou às escuras mais de 7 mil casas durante boa parte
da tarde de ontem, em Londrina, no norte do Paraná. A criança
que brincava com a pipa não sofreu nenhum ferimento, embora o
circuito próximo de onde ela estava tenha alta tensão em 13.800
volts. Por volta das 18h, meia hora depois do incidente, a Copel
conseguiu restabelecer os serviços para a quase totalidade dos
domicílios. O restante foi restabelecido às 18h30. (Jornal de
Brasília - 20.09.2002)
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4- Demanda de energia no submercado SE/CO chega a 26.322
MW |
Os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste apresentou aumento de demanda,
chegando a 26.322 MW de demanda, segundo dados do último boletim
do ONS, relativo à última quarta-feira, dia 18 de setembro. A
demanda representa um crescimento de 2,16% em relação ao registrado
no dia anterior, ficando mesmo assim 2,18% abaixo da curva de
aversão ao risco do ONS. Já a região Sul, apresentou demanda de
7.507 MW. Um valor 9,35% maior que o dia anterior e 5,49% acima
da expectativa do operador nacional. O subsistema Nordeste surpreendeu,
apresentando o mesmo valor de demanda que o dia anterior, 5.971
MW, com zero de crescimento. Na região Norte, a demanda caiu 0,71%.
Ontem, o consumo chegou a 2.622 MW. (Canal Energia - 19.09.2002)
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5- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobrás busca parcerias com a iniciativa privada |
A Eletrobrás pretende aumentar o número de parcerias formadas
com a iniciativa privada. Esta foi a maneira encontrada pelo governo
para atrair novos investidores para os segmentos de geração e
transmissão de energia elétrica, a exemplo do que fez a Petrobras,
na fase de abertura do mercado de petróleo, em 1998. No modelo
desenhado pela Eletrobrás, a empresa participará sempre como sócia
minoritária, como fez em sete projetos até hoje, cinco da área
de geração e dois de transmissão. Nesses casos, a empresa participou
em 18% dos investimentos. A formação de parcerias com o setor
privado está prevista na Lei 10.438/02, que atualiza o estatuto
da Eletrobrás às condições do mercado. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)
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2- Celesc tem a dívida federalizada pelo Ministério
da Fazenda |
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, assinou ontem a federalização
da dívida da Celesc, no valor de R$ 560 mi. A informação foi dada
ontem à noite pelo presidente da Celesc, José Fernando Xavier
Faraco. Ele explicou a assinatura é a formalização do processo
de federalização. Finalizada a etapa burocrática, o processo entra
numa segunda fase. "Vamos sentar com o BNDES, o Tesouro Nacional
e governo do Estado para firmar o contrato", disse Faraco. Ele
acredita que o ato deve ocorrer entre duas ou três semanas. Os
recursos - na ordem de R$ 560 mi - devem ser liberados em seguida.
O presidente da Celesc disse que a federalização da dívida marca
o retorno dos financiamentos do BNDES para empresas públicas.
Com os recursos em caixa, a estatal poderá quitar dívidas. " Faraco
informou ainda que o processso de remodelação da Celesc pode durar
mais um ano. A presidência da estatal solicitou este prazo à Aneel,
diante da necessidade de um período de transição. (Diário Catarinense
- 20.09.2002)
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3- Copel é uma das dez empresas mais transparentes
do país |
A Copel foi classificada como uma das dez empresas brasileiras
com melhores práticas de governança corporativa pela revista inglesa
Euromoney, especializada em economia e negócios. O levantamento,
realizado a partir de uma pesquisa junto a grandes companhias
dos países considerados "emergentes", classificou um total de
183 organizações. Entre as empresas estabelecidas no Brasil, a
Copel ficou em décimo lugar. Em meio aos diversos aspectos avaliados
relacionados à gestão corporativa e ao comprometimento com resultados,
a revista Euromoney destacou os fatores associados à transparência
das informações e das demonstrações contábeis, além da presteza
no atendimento ao mercado investidor. Além disso, a Copel teve
mais uma vez o seu balanço anual classificado entre os dez melhores
e mais completos publicados no país este ano. (Canal Energia -
19.09.2002)
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1- Leilão do MAE atinge R$ 2,4 bi |
O leilão da chamada "energia velha", realizado ontem pelo MAE,
movimentou R$ 2,427 bi. Em cinco horas de negociação, as geradoras
participantes conseguiram vender 33,3% do total ofertado. Dos
9.235 lotes de 0,5 MWh, 2.635 foram arrematados. O preço médio
foi de R$ 50,11 por MWh. "Não tínhamos expectativas de vender
100% do que foi ofertado considerando que estamos com um mercado
inibido. Mas imaginávamos vender 70%", disse, ontem, o presidente
do MAE, Lindolfo Paixão. Para ele, o leilão criou uma referência
de preço para energia elétrica. "Nem as concessionárias sabiam
até então quanto valia um contrato", disse. No pregão, foram ofertados
cerca de 4,5 mil MW médios (MWh distribuídos ao longo do tempo),
que integram 25% do total hoje contratado a longo prazo e que
serão liberados para a livre negociação a partir de janeiro de
2003. Oito empresas - entre elas as federais Eletronorte, Furnas,
Chesf e CGTEE - participaram como vendedoras. A ponta compradora
foi representada por 32 companhias. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)
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2- Leilão é marcado por participação tímida das distribuidoras |
Três fatores chamaram a atenção no leilão da chamada "energia
velha", realizado ontem pelo MAE: a rejeição aos preços altos;
a preferência por contratos de médio prazo e a participação tímida
das distribuidoras. A maior parte da energia foi vendida em contratos
de 4 anos. A grande vendedora foi a Chesf, que se destacou pelos
menores preços. Com isso, obteve o maior ágio, de 13,7% para os
contratos de 4 anos no Sudeste. O MWh saiu por R$ 58,08. A Eletronorte
também obteve ágio de 9,3% para os contratos por 4 anos no Norte.
Além delas, apenas Furnas conseguiu obter ágio, mas de apenas
1,73%, o que colocou o preço do MWh em R$ 58,95. Em contrapartida,
as empresas com preços altos não encontraram comprador. Foi o
caso das usinas de álcool e açúcar de São Paulo, Zillo Lorenzetti
e Barra Grande. Ambas pediram R$ 75,00 por MWh. O mesmo ocorreu
com a CGTEE, com R$ 70,05 por MWh. Furnas não vendeu 340 lotes
que ofertou por 2 anos no Sudeste, a R$ 62,39 por MWh. A Tractebel
Energia não conseguiu interessados no Sudeste para os 300 lotes
de quatro anos que ofertou a R$ 63,90 por MWh e para os 120 lotes
por 6 anos a R$ 69,89. A Copel Geração ofertou 200 lotes por 4
anos no Sul a R$ 65,00 por MWh, mas não foi bem-sucedida. (Gazeta
Mercantil - 20.09.2002)
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3- Nordeste é região q mais vendeu energia |
A região campeã de vendas no leilão da chamada "energia velha",
realizado ontem pelo MAE foi o Nordeste, com 1.156 lotes, a maior
parte (679) em contratos de 6 anos, fechados pela Chesf - única
vendedora para a região. O preço médio foi de R$ 46,20 por MWh.
No Norte, foram arrematados 354 lotes, dos quais 132 para 4 anos,
pelo preço médio de R$ 48,21 por MWh. Eletronorte e Chesf venderam
na região. Na região Sudeste/Centro-Oeste, a Chesf foi a maior
vendedora, com 418 lotes para 2 anos e 318 lotes para 4 anos.
Tractebel e Furnas venderam para a região, o que levou o total
a 939 lotes, com preço médio de R$ 54,82 por MWh. O Sul do País
arrematou 186 lotes, 100 da Copel Geração para 6 anos, e 86 da
Chesf para 4 anos. O preço médio ficou em R$ 62,17 o MWh. (Gazeta
Mercantil - 20.09.2002)
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4- Presidente do MAE analisa leilão |
O presidente do MAE, Lindolfo Paixão, disse que a expectativa
inicial era de se obter, no máximo, a venda de 75% da quantidade
de energia oferecida, em função do quadro atual de demanda enfraquecida
no setor elétrico. "Vendeu quem foi mais agressivo, oferecendo
a energia por um preço mais baixo", afirmou. Paixão acrescentou
que o MAE analisará agora se tomará providências em relação às
várias falhas técnicas apresentadas pelo sistema de leilão por
Internet do Banco do Brasil, contratado para essa empreitada.
Por conta de problemas no sistema do BB, o leilão teve uma duração
de apenas dois minutos na segunda-feira, obrigando o MAE a suspendê-lo.
Segundo Asclépios Soares, analista-sênior da diretoria comercial
do BB, os problemas ocorreram devido a uma sobrecarga de acessos
durante o leilão. "Esperávamos o acesso de 400 usuários e tivemos
mais de 2 mil", disse. Para Ildo Sauer, presidente do Fórum Nacional
de Consumidores de Energia Elétrica, "o leilão foi um fiasco".
O fórum entrou com 50 ações na Justiça para barrar a negociação
e, agora, pretende impedir a assinatura dos contratos decorrentes
do leilão, também pela via judicial. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)
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5- Oferta agradou às comercializadoras |
Oito empresas comercializadoras - que atuam exclusivamente no
mercado livre - responderam por quase um terço das compras do
leilão do MAE, ontem. Absorveram 852 lotes de 0,5 MWh, dos 2.635
arrematados, principalmente como representantes de consumidores
livres. A Vale do Rio Doce Energia foi a que mais comprou (220
lotes, nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste). Em segundo lugar
veio a União Energia (200 lotes no Sudeste). As demais foram Enertrade,
Comerc, Guaraniana, Votoner Votorantim, RHE e Tradener. A Enertrade
atuou em parceria com a consultoria Andrade & Canelas para adquirir
eletricidade para duas fábricas da General Motors e uma unidade
da Alcam. Foi responsável pela parte comercial, enquanto a consultoria
respondeu pela análise técnica. No total, comprou 61 MW médios
na região Sudeste para 2, 4 e 6 anos. "Nossos clientes conseguiram
tudo o que queriam", diz Ricardo Lima, vice-presidente da Enertrade.
O grupo Guaraniana - por meio das distribuidoras Coelba (BA),
Cosern (RN) e Celpe (PE) - adquiriu 327 MW médios que vão produzir
contratos de fornecimento no valor de R$ 725 mi. (Gazeta Mercantil
- 20.09.2002)
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6- Chesf arrecada R$ 1,18 bi em leilão |
A Chesf vendeu 2.052 lotes (cerca de 70% do total disponibilizado),
perfazendo R$ 1,181 bilhão no leilão de energia das geradoras
federais realizado pelo MAE. A Chesf fechou contratos para todos
os submercados, oferecendo preços mínimos variando de R$ 45,06
a R$ 51,98. Nos contratos de quatro anos com a região Sudeste/Centro-Oeste,
a empresa obteve um ágio de 13,7% na venda de 318 lotes. O preço
mínimo foi de R$ 51,08. Ao todo, esse submercado comprou 368 MW
médios. "Considerando que o Sudeste é um submercado maior, o resultado
foi compatível", diz o presidente da Chesf, Mozart Siqueira. Ele
argumenta que a Chesf vendeu bem porque apresentou preços competitivos.
Apesar do ágio obtido no submercado do Sudeste/Centro-Oeste, quem
comprou mais energia da Chesf foi o Nordeste, com 578 MW médios.
Somente a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) arrematou
212 MW médios. A Celpe optou por lotes de 4 e 6 anos, a preços
de R$ 45,99 e R$ 46,33, respectivamente. (Diário de Pernambuco
- 20.09.2002)
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7- CPFL já tem contratos assegurados para 2003 |
Já está atuando no mercado a empresa comercializadora do grupo
CPFL Energia. Inaugurada no início deste mês, a CPFL Comercializadora
Brasil já chega ao mercado energético com a missão de se tornar
a empresa líder de energia no País. Segundo Paulo Cézar Coelho
Tavares, vice-presidente da CPFL Energia, a carteira de contratos
da comercializadora já começa com a contratação de 400 MW médios
a partir de 2003, ou 3,6 milhões de MWh para o próximo ano. Em
termos financeiros, a empresa estima um faturamento na faixa de
R$ 300 mi no próximo ano. O executivo afirma ainda que a comercializadora
deverá fechar nos próximos dias novos contratos de longo prazo.
A companhia também pretende adquirir energia por meio do leilão
de energia das federais, ainda sem data para acontecer. (Jornal
do Commercio - 20.09.2002)
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8- Indústria garante economia de 20% |
O baixo preço verificado no leilão de energia das geradoras federais
beneficiou os consumidores livres que arremataram alguns lotes.
Entraram na disputa como agentes do MAE apenas a Companhia Vale
do Rio Doce e o grupo Votorantim. Mas outras indústrias participaram
via comercializadoras. Segundo Marcelo Parodi, um dos sócios da
Comerc, seus clientes terão uma economia de até 20% com os preços
praticados no leilão. A Comerc arrematou lotes para abastecer
seis indústrias do Nordeste e Sudeste, com atuação nas áreas de
papel e celulose e madeira. Além disso, a correção da energia
comprada no leilão tem correção do IGPM e, tradicionalmente, a
energia comprada via distribuidora tem ficado 10% em média acima
do índice. Parodi disse que a incerteza em relação aos preços
- o mercado projetava ofertas em torno de R$ 70 mas a Chesf vendeu
a R$ 46, em média - e ainda a dupla incidência de PIS e Cofins
sobre as operações assustaram os grandes consumidores no início.
"Mas depois que viram os preços ficaram aliviados". (Valor - 20.09.2002)
Índice
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9- Empresas avaliarão necessidade de novo edital |
Segundo o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, as empresas
vão avaliar a necessidade de publicação de um novo edital para
vender as sobras. As geradoras querem a nova oferta para evitar
a liquidação no MAE dessa energia. A projeção dos preços no atacado
é de baixa, já que a tendência é de sobra de energia em 2003.
Por trás da fraca demanda no leilão de energia das geradoras federais
pode estar um movimento das distribuidoras para forçar uma queda
ainda maior dos preços. A avaliação é do analista do BBA Creditanstalt,
Marcos Severine. Segundo ele, o volume comercializado no leilão
é insuficiente para cobrir as necessidades das distribuidoras.
A Aneel obriga que elas contratem 95% da energia que esperam vender.
Para o analista, as distribuidoras terão de contratar mais energia
este ano. Para isso, contam com algumas possibilidades: negociar
no MAE, alongar os contratos iniciais ou promover leilões de compra.
(Valor - 20.09.2002)
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1- IGP-10 de setembro, de 2,4%, foi o mais alto desde
agosto de 2000 |
A inflação medida pelo IGP-10 de setembro registrou uma variação
de 2,4%, a mais alta desde agosto de 2000. Com base nesse resultado
e na cotação do dólar dos últimos dias, o gerente de análise econômica
da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros, prevê que o IGP-M
fechado de setembro, cuja coleta de dados termina amanhã, alcance
um patamar ainda superior a este. "A média da cotação do dólar,
que até o dia 10 deste mês ficou em torno de R$ 3,10, já deve
estar em mais de R$ 3,20", comentou Quadros, justificando a previsão.
O dia 10 foi a data na qual terminou a coleta de preços para a
segunda prévia do IGP-M, divulgada ontem e que registrou variação
de 1,79%.O câmbio, que vem puxando a inflação para cima, tem influenciado
principalmente os preços no atacado e fez com que o Índice de
Preços do Atacado (IPA) do IGP-10 registrasse em setembro a marca
de 3,35%. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)
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2- Derrota da Receita compromete ajuste |
A Sistel, o fundo de pensão dos funcionários da ex-estatal Telebrás,
impôs uma derrota à Receita Federal e ficará livre da cobrança
de R$ 1,2 bilhão relativo ao pagamento da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido atrasada. Embora o Ministério do Planejamento
e a Receita Federal não confirmem, isso deverá afetar a arrecadação
do Governo neste ano e poderá comprometer parte do ajuste fiscal
de R$ 50,3 bi acertado com o FMI. Na semana passada, ao liberar
mais recursos para os ministérios, a equipe econômica anunciou
que o Governo federal aumentará sua arrecadação líquida em R$
4,1 bilhões em 2002. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)
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3- Dólar comercial abre em queda de 0,31%, a R$ 3,4390 |
O dólar comercial iniciou as negociações do dia com queda de 0,31%
perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,4290 na compra e
a R$ 3,4390 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro
negociados na BM & F tinham baixa de 0,49%, projetando a moeda
a R$ 3,410. Os investidores estão de olho na pesquisa eleitoral
do Ibope, que será divulgada no início da tarde pela CNI. A boataria
ontem dava conta de que o levantamento poderia trazer uma queda
da candidatura de José Serra e um avanço de Anthony Garotinho,
que estariam em empate técnico. Ontem, esses rumores eleitorais,
os limites para a rolagem da dívida cambial do governo e o aumento
da expectativa com o conflito na região do Iraque impulsionaram
as cotações. A moeda fechou com valorização de 2,83%, a R$ 3,4450
na compra e a R$ 3,4500 na venda. É a segunda maior cotação registrada
durante o Plano Real. O recorde continua com o último dia 31 de
julho quando a moeda, após atingir a máxima de R$ 3,61 durante
os negócios, encerrou a R$ 3,47. (Valor Online - 20.09.2002)
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1- Gasoduto Bolívia-Brasil amplia capacidade |
A Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) concluirá
em maio de 2003 a ampliação da capacidade de transporte da rede
dos atuais 17 milhões de metros cúbicos por dia para 30 mi de
metros cúbicos. A intenção é atender a necessidade de abastecimento
de gás natural da Petrobras, contratante dos 13 milhões de metros
cúbicos diários de capacidade instalada que serão somados à malha.
Para isso, a TBG investe com recursos próprios US$ 200 mi na instalação
de oito estações de compressão de gás ao longo do gasoduto. A
Petrobras é a principal acionista da TBG, com 51% das ações. Os
demais sócios são a BG, El Paso e TotalFinaElf (detentoras em
conjuntos de 29% das ações), Shell e Enron ( 4% cada uma) e o
Consórcio Transrede (12%). Além de controladora, a estatal é também
a principal usuária do gasoduto Bolívia-Brasil. (Gazeta Mercantil
- 20.09.2002)
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2- Concessão à BR provoca impasse no Espírito Santo |
A tentativa de a Assembléia Legislativa suspender o contrato de
concessão de gás natural canalizado no Espírito Santo, hoje pertencente
à BR Distribuidora, pode levar o consumidor capixaba a pagar mais
caro pelo produto, além de atrasar investimentos na malha de gás
do estado. Esse alerta foi feito pelo diretor de Mercado Consumidor
da subsidiária da Petrobras, Marco Antônio Vaz Capute, na Comissão
Estadual, criada pelo legislativo, com o objetivo de analisar
o contrato celebrado entre o governo do Estado e a concessionária,
há nove anos e cuja vigência expira em 2043. Diante desse cenário,
os deputados decidiram criar um grupo de trabalho para avaliar
a questão. Capute defendeu, na quarta-feira última, dia 18, a
legalidade do contrato. E anunciou a decisão da estatal de não
interromper os investimentos projetados até 2003 na malha de dutos,
na capital e no município de Vila Velha. A BR prevê a ampliação
dos postos de gás veicular dos 10 atuais para 17. (Gazeta Mercantil
- 20.09.2002)
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1- EdF insinua venda de ações em países fora dos centros
estratégicos |
O presidente da EdF, Francois Roussely, insinuou que a companhia
está planejando vender ações que possui em companhias de países
não centrais, de acordo com um relatório do parlamento francês
lançado em uma audiência da Comissão da Assembléia Nacional de
Finanças nesta quinta-feira. " A Eletricite de France colocou
diversas em pauta vezes a questão de vender ou não suas ações",
disse Roussely a um membro do parlamento. "No que tange este assuntos,
entretanto, a companhia deve guardar algum cuidado, já que qualquer
anúncio prematuro pode resultar numa acentuada queda das ações".
A companhia planeja vendas em países que não a França, a Inglaterra,
a Espanha, a Alemanha e a Itália, afirmou nesta quinta-feira o
jornal diário francês Les Echos. A companhia deve então vender
ações em países como a Suécia, Áustria e Hungria assim como em
negócios firmados na América do Sul. (Platts - 19.09.02)
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2- Governo alemão explicita intenção de comprar a Ruhrgas
da E.ON |
O governo alemão novamente deixou clara sua intenção de adquirir
a maior importadora alemã de gás Ruhrgas da E.ON, disseram investigadores
de mercado nesta quinta-feira. O ministro da economia nomeou uma
conferência de imprensa onde o secretário do Estado Alfred Tacke
anunciará formalmente a decisão. A E.ON também falou com a imprensa
nesta manhã. De acordo com fontes que pesquisam o mercado, o governo
está agora pedindo à E.ON que desista dos contratos de gás de
longo prazo de cerca de 200 bi KWh, que devem ser leiloados em
breve em competição aberta. (Platts - 19.09.02)
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3- Enee espera decisão do fornecimento até o início
de outubro |
As comissões técnica
e de transparência devem escolher até o início de outubro uma
empresa para fornecer à Enee, companhia estatal de energia elétrica
de Honduras, 212 MW de eletricidade durante doze anos, disse uma
fonte da Enee com conhecimento do projeto. A fonte disse que seis
empresas hondurenhas apresentaram propostas: Luz y Fuerza de San
Lorenzo, AES Honduras, Nacional de Ingeniero, Enersa, Generadora
El Triunfo e Comercial Laeisz. No mês passado, Angelo Bottazzi
CEO da Enee, chamou as propostas de "maravilhosas" e disse que
as comissões tomariam uma decisão com base no melhor interesse
do país. O novo fornecimento de energia elétrica irá substituir
os 175 MW que a Enee atualmente adquire via aluguel de usinas
e vai ajudar a acomodar o crescimento futuro da demanda. A atual
capacidade instalada em Honduras é de 840 MW, o que significa
uma pequena capacidade de reserva, quando o pico da demanda fica
em torno de 745 MW. (Business News Americas - 18.09.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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