Nuca Nuca
          www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 964 - 20 de setembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

regulação

1- Distribuidoras terão que repassar ganhos

As distribuidoras de energia terão que repassar aos consumidores um eventual aumento de receita decorrente da mudança nos critérios de definição do consumidor de baixa renda. A Aneel definiu as regras de contabilização desse aumento e os critérios de compensação. De acordo com a Aneel, nos casos em que houver perda de receita pela aplicação dos novos critérios, a redução será financiada com recursos da RGR. As distribuidoras já previram que haveria perdas decorrentes do aumento do universo de consumidores de baixa renda, que pagam tarifa mais barata e estão isentos da cobrança do seguro apagão e da taxa extra para cobrir as perdas que as empresas tiveram com o racionamento. A agência pretende fazer uma fiscalização especial nas distribuidoras que estão em processo de revisão tarifária. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)

Índice


2- Aneel vai começar a fiscalização financeira de dez distribuidoras

A Aneel deve começar nas próximas semanas a fiscalização financeira de 10 das 17 concessionárias de distribuição que passarão pela revisão ordinária de tarifas em 2003. Ao mesmo tempo, as elétricas preparam um estudo sobre o impacto que a metodologia de remuneração dos ativos adotada pela agência terá nas contas delas. Baseado nas contas financeiras de vinte empresas privatizadas, o estudo final deve ser entregue ao governo. Análise preliminar feita em nove distribuidoras aponta que a remuneração ao capital nos critérios escolhidos pela agência chegaria, no máximo, a 4% ao ano, número distante do ideal. Em alguns casos, a taxa de retorno é negativa. Já, se a Aneel tivesse escolhido o critério do preço mínimo de privatização (defendido pelas distribuidoras de energia), a taxa de remuneração estaria próxima a 12% ao ano - valor considerado atrativo pelos investidores. Os cálculos não levam em conta o "Fator X" (que prevê o compartilhamento de ganhos de produtividade com o consumidor). Com os números, a idéia das distribuidoras é mostrar que a metodologia escolhida pela Aneel vai diminuir o interesse dos investidores privados no setor elétrico. A baixa remuneração afastaria novos investimentos e dificultaria a entrada de novas empresas. (Valor - 20.09.2002)

Índice


3- Distribuidoras contabilizam prejuízos

Para as distribuidoras, a escolha do preço mínimo dos leilões como base de remuneração já implica que as empresas abriram mão de usar o ágio pago na privatização como metodologia da base de remuneração. Com isso, elas já estariam admitindo uma perda. Se o critério da Aneel permanecer, mais um prejuízo às elétricas seria contabilizado. Em reunião nessa semana, em Brasília, o CNPE decidiu criar um grupo de trabalho para avaliar os critérios de avaliação da base de remuneração no equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias. O grupo terá até o dia 30 de novembro para realizar seu estudo. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse que, se houvesse alguma alteração, ela poderia ficar a cargo do próximo presidente. Essa incerteza também preocupa os empresários do setor. Eles querem uma definição ainda neste governo, que, na visão deles, demonstra estar mais comprometido com as privatizações. Já a agência informa que os critérios da base de remuneração dos ativos foram baseados em análises técnicas que levaram em conta a saúde financeira das elétricas e que a decisão foi tomada depois de audiência pública realizada com os agentes. (Valor - 20.09.2002)

Índice


4- Aneel se prepara para discutir "fator X"

A Aneel se prepara para discutir o "fator X", componente que integra a revisão ordinária de tarifas. O mecanismo é um redutor da tarifa na parcela em que o IGP-M incide. "É preciso olhar para frente nesse caso", diz um executivo. As distribuidoras alegam que sua produtividade nos últimos anos foi eliminada pela demora no repasse dos custos não-gerenciáveis às tarifas. Com isso, a remuneração aos acionistas ficou muito baixa. Por isso, os ganhos de produtividade têm de ser analisados nos próximos anos. Outro obstáculo a um maior retorno aos acionistas é a atual estrutura tarifária. Do total da fatura de energia, apenas 21% é destinado à cobertura de custos e à remuneração do capital. Já tributos diretos, como ICMS e PIS/Cofins, representam 22%. As distribuidoras de energia terão que repassar aos consumidores um eventual aumento de receita decorrente da mudança nos critérios de definição do consumidor de baixa renda. A Aneel definiu as regras de contabilização desse aumento e os critérios de compensação. De acordo com a Aneel, nos casos em que houver perda de receita pela aplicação dos novos critérios, a redução será financiada com recursos da RGR. (Valor - 20.09.2002)

Índice


5- Valor do seguro-apagão será mantido até dezembro

O valor do seguro apagão será mantido pelo menos até dezembro deste ano. A decisão foi anunciada hoje pela Aneel. Atualmente, os consumidores de energia elétrica estão pagando R$ 0,0057 por cada kW/h gasto mensalmente. Ou seja, a uma conta de luz que apresenta um gasto mensal de 100 kW/h é acrescido R$ 0,57, o que representa aproximadamente 2% da fatura. O seguro apagão, denominado tecnicamente de encargo de capacidade emergencial, serve para pagar o aluguel das usinas emergenciais, contratadas para ser acionadas somente em épocas de crise energética. Segundo a Aneel, o valor vigente mantém o equilíbrio entre receitas e despesas da CBEE, que administra as usinas. (O Estado de São Paulo - 20.09.2002)

Índice


6- Novas regras para projetos hidrelétricos está em consulta pública

A partir do dia 19 de setembro até o dia 4 de novembro, estarão disponíveis no site da Aneel cinco minutas de resoluções com propostas de novas regras para a implantação de empreendimentos hidrelétricos. Os documentos apresentam desde normas para estudos de viabilidade e até critérios para projetos básicos de aproveitamento. Uma das minutas trata de procedimentos para aprovação de inventários de bacias hidrográficas, com o intuito de tornar mais claros os requisitos. Outra sugere novos critérios para enquadramento de potenciais hidráulicos em PCHs, além de parâmetros como a altura da queda d'água para casos em que a área do reservatório for superior a três quilômetros quadrados. Além disso, está sendo proposto o desdobramento em três da resolução nº 395, de 1998, que trata das regras para os estudos de viabilidade do projeto básico de empreendimentos hidrelétricos. A intenção é estabelecer normas específicas para usinas, PCHs e Centrais Geradoras com potência abaixo de 1 MW. (Canal Energia - 19.09.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Distribuidoras têm novas metas de qualidade no atendimento de emergências

As distribuidoras de energia terão que cumprir, a partir do próximo ano, novas metas de qualidade no atendimento de emergências. Segundo a Aneel, o objetivo é medir a capacidade de mobilização diante de situações de risco à segurança ou à qualidade do serviço prestado, sejam elas problemas de abastecimento de energia ou deficiências na rede elétrica. Também no próximo ano, as distribuidoras deverão investir cerca de R$ 180 mi em programas de combate ao desperdício de energia a serem desenvolvidos por seus clientes. Quando as empresas eram estatais, a maior parte dos recursos ia para programas de economia dentro das instalações das próprias distribuidoras. Mas, nos últimos anos, elas têm sido obrigadas a financiar projetos de clientes. (Jornal da Tarde - 20.09.2002)

Índice


2- Relâmpagos cortam energia em Porto Alegre

A forte chuva que atingiu a região Metropolitana de Porto Alegre a partir do início da madrugada de ontem deixou, além de alagamentos, outros problemas localizados de falta de energia, devido às descargas elétricas. Cerca de 17 semáforos ficaram sem funcionar, parcial e totalmente, em vários cruzamentos da Capital gaúcha. (Correio do Povo - 20.09.2002)

Índice


3- Pipa deixa 7 mil casas sem energia em Londrina

Uma pipa com cerol provocou rompimento de um cabo condutor de energia e deixou às escuras mais de 7 mil casas durante boa parte da tarde de ontem, em Londrina, no norte do Paraná. A criança que brincava com a pipa não sofreu nenhum ferimento, embora o circuito próximo de onde ela estava tenha alta tensão em 13.800 volts. Por volta das 18h, meia hora depois do incidente, a Copel conseguiu restabelecer os serviços para a quase totalidade dos domicílios. O restante foi restabelecido às 18h30. (Jornal de Brasília - 20.09.2002)

Índice


4- Demanda de energia no submercado SE/CO chega a 26.322 MW

Os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste apresentou aumento de demanda, chegando a 26.322 MW de demanda, segundo dados do último boletim do ONS, relativo à última quarta-feira, dia 18 de setembro. A demanda representa um crescimento de 2,16% em relação ao registrado no dia anterior, ficando mesmo assim 2,18% abaixo da curva de aversão ao risco do ONS. Já a região Sul, apresentou demanda de 7.507 MW. Um valor 9,35% maior que o dia anterior e 5,49% acima da expectativa do operador nacional. O subsistema Nordeste surpreendeu, apresentando o mesmo valor de demanda que o dia anterior, 5.971 MW, com zero de crescimento. Na região Norte, a demanda caiu 0,71%. Ontem, o consumo chegou a 2.622 MW. (Canal Energia - 19.09.2002)

Índice


5- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Eletrobrás busca parcerias com a iniciativa privada

A Eletrobrás pretende aumentar o número de parcerias formadas com a iniciativa privada. Esta foi a maneira encontrada pelo governo para atrair novos investidores para os segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, a exemplo do que fez a Petrobras, na fase de abertura do mercado de petróleo, em 1998. No modelo desenhado pela Eletrobrás, a empresa participará sempre como sócia minoritária, como fez em sete projetos até hoje, cinco da área de geração e dois de transmissão. Nesses casos, a empresa participou em 18% dos investimentos. A formação de parcerias com o setor privado está prevista na Lei 10.438/02, que atualiza o estatuto da Eletrobrás às condições do mercado. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


2- Celesc tem a dívida federalizada pelo Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, assinou ontem a federalização da dívida da Celesc, no valor de R$ 560 mi. A informação foi dada ontem à noite pelo presidente da Celesc, José Fernando Xavier Faraco. Ele explicou a assinatura é a formalização do processo de federalização. Finalizada a etapa burocrática, o processo entra numa segunda fase. "Vamos sentar com o BNDES, o Tesouro Nacional e governo do Estado para firmar o contrato", disse Faraco. Ele acredita que o ato deve ocorrer entre duas ou três semanas. Os recursos - na ordem de R$ 560 mi - devem ser liberados em seguida. O presidente da Celesc disse que a federalização da dívida marca o retorno dos financiamentos do BNDES para empresas públicas. Com os recursos em caixa, a estatal poderá quitar dívidas. " Faraco informou ainda que o processso de remodelação da Celesc pode durar mais um ano. A presidência da estatal solicitou este prazo à Aneel, diante da necessidade de um período de transição. (Diário Catarinense - 20.09.2002)

Índice


3- Copel é uma das dez empresas mais transparentes do país

A Copel foi classificada como uma das dez empresas brasileiras com melhores práticas de governança corporativa pela revista inglesa Euromoney, especializada em economia e negócios. O levantamento, realizado a partir de uma pesquisa junto a grandes companhias dos países considerados "emergentes", classificou um total de 183 organizações. Entre as empresas estabelecidas no Brasil, a Copel ficou em décimo lugar. Em meio aos diversos aspectos avaliados relacionados à gestão corporativa e ao comprometimento com resultados, a revista Euromoney destacou os fatores associados à transparência das informações e das demonstrações contábeis, além da presteza no atendimento ao mercado investidor. Além disso, a Copel teve mais uma vez o seu balanço anual classificado entre os dez melhores e mais completos publicados no país este ano. (Canal Energia - 19.09.2002)

Índice


 

financiamento

1- Leilão do MAE atinge R$ 2,4 bi

O leilão da chamada "energia velha", realizado ontem pelo MAE, movimentou R$ 2,427 bi. Em cinco horas de negociação, as geradoras participantes conseguiram vender 33,3% do total ofertado. Dos 9.235 lotes de 0,5 MWh, 2.635 foram arrematados. O preço médio foi de R$ 50,11 por MWh. "Não tínhamos expectativas de vender 100% do que foi ofertado considerando que estamos com um mercado inibido. Mas imaginávamos vender 70%", disse, ontem, o presidente do MAE, Lindolfo Paixão. Para ele, o leilão criou uma referência de preço para energia elétrica. "Nem as concessionárias sabiam até então quanto valia um contrato", disse. No pregão, foram ofertados cerca de 4,5 mil MW médios (MWh distribuídos ao longo do tempo), que integram 25% do total hoje contratado a longo prazo e que serão liberados para a livre negociação a partir de janeiro de 2003. Oito empresas - entre elas as federais Eletronorte, Furnas, Chesf e CGTEE - participaram como vendedoras. A ponta compradora foi representada por 32 companhias. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


2- Leilão é marcado por participação tímida das distribuidoras

Três fatores chamaram a atenção no leilão da chamada "energia velha", realizado ontem pelo MAE: a rejeição aos preços altos; a preferência por contratos de médio prazo e a participação tímida das distribuidoras. A maior parte da energia foi vendida em contratos de 4 anos. A grande vendedora foi a Chesf, que se destacou pelos menores preços. Com isso, obteve o maior ágio, de 13,7% para os contratos de 4 anos no Sudeste. O MWh saiu por R$ 58,08. A Eletronorte também obteve ágio de 9,3% para os contratos por 4 anos no Norte. Além delas, apenas Furnas conseguiu obter ágio, mas de apenas 1,73%, o que colocou o preço do MWh em R$ 58,95. Em contrapartida, as empresas com preços altos não encontraram comprador. Foi o caso das usinas de álcool e açúcar de São Paulo, Zillo Lorenzetti e Barra Grande. Ambas pediram R$ 75,00 por MWh. O mesmo ocorreu com a CGTEE, com R$ 70,05 por MWh. Furnas não vendeu 340 lotes que ofertou por 2 anos no Sudeste, a R$ 62,39 por MWh. A Tractebel Energia não conseguiu interessados no Sudeste para os 300 lotes de quatro anos que ofertou a R$ 63,90 por MWh e para os 120 lotes por 6 anos a R$ 69,89. A Copel Geração ofertou 200 lotes por 4 anos no Sul a R$ 65,00 por MWh, mas não foi bem-sucedida. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


3- Nordeste é região q mais vendeu energia

A região campeã de vendas no leilão da chamada "energia velha", realizado ontem pelo MAE foi o Nordeste, com 1.156 lotes, a maior parte (679) em contratos de 6 anos, fechados pela Chesf - única vendedora para a região. O preço médio foi de R$ 46,20 por MWh. No Norte, foram arrematados 354 lotes, dos quais 132 para 4 anos, pelo preço médio de R$ 48,21 por MWh. Eletronorte e Chesf venderam na região. Na região Sudeste/Centro-Oeste, a Chesf foi a maior vendedora, com 418 lotes para 2 anos e 318 lotes para 4 anos. Tractebel e Furnas venderam para a região, o que levou o total a 939 lotes, com preço médio de R$ 54,82 por MWh. O Sul do País arrematou 186 lotes, 100 da Copel Geração para 6 anos, e 86 da Chesf para 4 anos. O preço médio ficou em R$ 62,17 o MWh. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


4- Presidente do MAE analisa leilão

O presidente do MAE, Lindolfo Paixão, disse que a expectativa inicial era de se obter, no máximo, a venda de 75% da quantidade de energia oferecida, em função do quadro atual de demanda enfraquecida no setor elétrico. "Vendeu quem foi mais agressivo, oferecendo a energia por um preço mais baixo", afirmou. Paixão acrescentou que o MAE analisará agora se tomará providências em relação às várias falhas técnicas apresentadas pelo sistema de leilão por Internet do Banco do Brasil, contratado para essa empreitada. Por conta de problemas no sistema do BB, o leilão teve uma duração de apenas dois minutos na segunda-feira, obrigando o MAE a suspendê-lo. Segundo Asclépios Soares, analista-sênior da diretoria comercial do BB, os problemas ocorreram devido a uma sobrecarga de acessos durante o leilão. "Esperávamos o acesso de 400 usuários e tivemos mais de 2 mil", disse. Para Ildo Sauer, presidente do Fórum Nacional de Consumidores de Energia Elétrica, "o leilão foi um fiasco". O fórum entrou com 50 ações na Justiça para barrar a negociação e, agora, pretende impedir a assinatura dos contratos decorrentes do leilão, também pela via judicial. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)

Índice


5- Oferta agradou às comercializadoras

Oito empresas comercializadoras - que atuam exclusivamente no mercado livre - responderam por quase um terço das compras do leilão do MAE, ontem. Absorveram 852 lotes de 0,5 MWh, dos 2.635 arrematados, principalmente como representantes de consumidores livres. A Vale do Rio Doce Energia foi a que mais comprou (220 lotes, nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste). Em segundo lugar veio a União Energia (200 lotes no Sudeste). As demais foram Enertrade, Comerc, Guaraniana, Votoner Votorantim, RHE e Tradener. A Enertrade atuou em parceria com a consultoria Andrade & Canelas para adquirir eletricidade para duas fábricas da General Motors e uma unidade da Alcam. Foi responsável pela parte comercial, enquanto a consultoria respondeu pela análise técnica. No total, comprou 61 MW médios na região Sudeste para 2, 4 e 6 anos. "Nossos clientes conseguiram tudo o que queriam", diz Ricardo Lima, vice-presidente da Enertrade. O grupo Guaraniana - por meio das distribuidoras Coelba (BA), Cosern (RN) e Celpe (PE) - adquiriu 327 MW médios que vão produzir contratos de fornecimento no valor de R$ 725 mi. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


6- Chesf arrecada R$ 1,18 bi em leilão

A Chesf vendeu 2.052 lotes (cerca de 70% do total disponibilizado), perfazendo R$ 1,181 bilhão no leilão de energia das geradoras federais realizado pelo MAE. A Chesf fechou contratos para todos os submercados, oferecendo preços mínimos variando de R$ 45,06 a R$ 51,98. Nos contratos de quatro anos com a região Sudeste/Centro-Oeste, a empresa obteve um ágio de 13,7% na venda de 318 lotes. O preço mínimo foi de R$ 51,08. Ao todo, esse submercado comprou 368 MW médios. "Considerando que o Sudeste é um submercado maior, o resultado foi compatível", diz o presidente da Chesf, Mozart Siqueira. Ele argumenta que a Chesf vendeu bem porque apresentou preços competitivos. Apesar do ágio obtido no submercado do Sudeste/Centro-Oeste, quem comprou mais energia da Chesf foi o Nordeste, com 578 MW médios. Somente a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) arrematou 212 MW médios. A Celpe optou por lotes de 4 e 6 anos, a preços de R$ 45,99 e R$ 46,33, respectivamente. (Diário de Pernambuco - 20.09.2002)

Índice


7- CPFL já tem contratos assegurados para 2003

Já está atuando no mercado a empresa comercializadora do grupo CPFL Energia. Inaugurada no início deste mês, a CPFL Comercializadora Brasil já chega ao mercado energético com a missão de se tornar a empresa líder de energia no País. Segundo Paulo Cézar Coelho Tavares, vice-presidente da CPFL Energia, a carteira de contratos da comercializadora já começa com a contratação de 400 MW médios a partir de 2003, ou 3,6 milhões de MWh para o próximo ano. Em termos financeiros, a empresa estima um faturamento na faixa de R$ 300 mi no próximo ano. O executivo afirma ainda que a comercializadora deverá fechar nos próximos dias novos contratos de longo prazo. A companhia também pretende adquirir energia por meio do leilão de energia das federais, ainda sem data para acontecer. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)

Índice


8- Indústria garante economia de 20%

O baixo preço verificado no leilão de energia das geradoras federais beneficiou os consumidores livres que arremataram alguns lotes. Entraram na disputa como agentes do MAE apenas a Companhia Vale do Rio Doce e o grupo Votorantim. Mas outras indústrias participaram via comercializadoras. Segundo Marcelo Parodi, um dos sócios da Comerc, seus clientes terão uma economia de até 20% com os preços praticados no leilão. A Comerc arrematou lotes para abastecer seis indústrias do Nordeste e Sudeste, com atuação nas áreas de papel e celulose e madeira. Além disso, a correção da energia comprada no leilão tem correção do IGPM e, tradicionalmente, a energia comprada via distribuidora tem ficado 10% em média acima do índice. Parodi disse que a incerteza em relação aos preços - o mercado projetava ofertas em torno de R$ 70 mas a Chesf vendeu a R$ 46, em média - e ainda a dupla incidência de PIS e Cofins sobre as operações assustaram os grandes consumidores no início. "Mas depois que viram os preços ficaram aliviados". (Valor - 20.09.2002)

Índice


9- Empresas avaliarão necessidade de novo edital

Segundo o superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, as empresas vão avaliar a necessidade de publicação de um novo edital para vender as sobras. As geradoras querem a nova oferta para evitar a liquidação no MAE dessa energia. A projeção dos preços no atacado é de baixa, já que a tendência é de sobra de energia em 2003. Por trás da fraca demanda no leilão de energia das geradoras federais pode estar um movimento das distribuidoras para forçar uma queda ainda maior dos preços. A avaliação é do analista do BBA Creditanstalt, Marcos Severine. Segundo ele, o volume comercializado no leilão é insuficiente para cobrir as necessidades das distribuidoras. A Aneel obriga que elas contratem 95% da energia que esperam vender. Para o analista, as distribuidoras terão de contratar mais energia este ano. Para isso, contam com algumas possibilidades: negociar no MAE, alongar os contratos iniciais ou promover leilões de compra. (Valor - 20.09.2002)

Índice


 

financiamento

1- IGP-10 de setembro, de 2,4%, foi o mais alto desde agosto de 2000

A inflação medida pelo IGP-10 de setembro registrou uma variação de 2,4%, a mais alta desde agosto de 2000. Com base nesse resultado e na cotação do dólar dos últimos dias, o gerente de análise econômica da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros, prevê que o IGP-M fechado de setembro, cuja coleta de dados termina amanhã, alcance um patamar ainda superior a este. "A média da cotação do dólar, que até o dia 10 deste mês ficou em torno de R$ 3,10, já deve estar em mais de R$ 3,20", comentou Quadros, justificando a previsão. O dia 10 foi a data na qual terminou a coleta de preços para a segunda prévia do IGP-M, divulgada ontem e que registrou variação de 1,79%.O câmbio, que vem puxando a inflação para cima, tem influenciado principalmente os preços no atacado e fez com que o Índice de Preços do Atacado (IPA) do IGP-10 registrasse em setembro a marca de 3,35%. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)

Índice


2- Derrota da Receita compromete ajuste

A Sistel, o fundo de pensão dos funcionários da ex-estatal Telebrás, impôs uma derrota à Receita Federal e ficará livre da cobrança de R$ 1,2 bilhão relativo ao pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido atrasada. Embora o Ministério do Planejamento e a Receita Federal não confirmem, isso deverá afetar a arrecadação do Governo neste ano e poderá comprometer parte do ajuste fiscal de R$ 50,3 bi acertado com o FMI. Na semana passada, ao liberar mais recursos para os ministérios, a equipe econômica anunciou que o Governo federal aumentará sua arrecadação líquida em R$ 4,1 bilhões em 2002. (Jornal do Commercio - 20.09.2002)

Índice


3- Dólar comercial abre em queda de 0,31%, a R$ 3,4390

O dólar comercial iniciou as negociações do dia com queda de 0,31% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,4290 na compra e a R$ 3,4390 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham baixa de 0,49%, projetando a moeda a R$ 3,410. Os investidores estão de olho na pesquisa eleitoral do Ibope, que será divulgada no início da tarde pela CNI. A boataria ontem dava conta de que o levantamento poderia trazer uma queda da candidatura de José Serra e um avanço de Anthony Garotinho, que estariam em empate técnico. Ontem, esses rumores eleitorais, os limites para a rolagem da dívida cambial do governo e o aumento da expectativa com o conflito na região do Iraque impulsionaram as cotações. A moeda fechou com valorização de 2,83%, a R$ 3,4450 na compra e a R$ 3,4500 na venda. É a segunda maior cotação registrada durante o Plano Real. O recorde continua com o último dia 31 de julho quando a moeda, após atingir a máxima de R$ 3,61 durante os negócios, encerrou a R$ 3,47. (Valor Online - 20.09.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- Gasoduto Bolívia-Brasil amplia capacidade

A Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) concluirá em maio de 2003 a ampliação da capacidade de transporte da rede dos atuais 17 milhões de metros cúbicos por dia para 30 mi de metros cúbicos. A intenção é atender a necessidade de abastecimento de gás natural da Petrobras, contratante dos 13 milhões de metros cúbicos diários de capacidade instalada que serão somados à malha. Para isso, a TBG investe com recursos próprios US$ 200 mi na instalação de oito estações de compressão de gás ao longo do gasoduto. A Petrobras é a principal acionista da TBG, com 51% das ações. Os demais sócios são a BG, El Paso e TotalFinaElf (detentoras em conjuntos de 29% das ações), Shell e Enron ( 4% cada uma) e o Consórcio Transrede (12%). Além de controladora, a estatal é também a principal usuária do gasoduto Bolívia-Brasil. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice


2- Concessão à BR provoca impasse no Espírito Santo

A tentativa de a Assembléia Legislativa suspender o contrato de concessão de gás natural canalizado no Espírito Santo, hoje pertencente à BR Distribuidora, pode levar o consumidor capixaba a pagar mais caro pelo produto, além de atrasar investimentos na malha de gás do estado. Esse alerta foi feito pelo diretor de Mercado Consumidor da subsidiária da Petrobras, Marco Antônio Vaz Capute, na Comissão Estadual, criada pelo legislativo, com o objetivo de analisar o contrato celebrado entre o governo do Estado e a concessionária, há nove anos e cuja vigência expira em 2043. Diante desse cenário, os deputados decidiram criar um grupo de trabalho para avaliar a questão. Capute defendeu, na quarta-feira última, dia 18, a legalidade do contrato. E anunciou a decisão da estatal de não interromper os investimentos projetados até 2003 na malha de dutos, na capital e no município de Vila Velha. A BR prevê a ampliação dos postos de gás veicular dos 10 atuais para 17. (Gazeta Mercantil - 20.09.2002)

Índice

 

internacional

1- EdF insinua venda de ações em países fora dos centros estratégicos

O presidente da EdF, Francois Roussely, insinuou que a companhia está planejando vender ações que possui em companhias de países não centrais, de acordo com um relatório do parlamento francês lançado em uma audiência da Comissão da Assembléia Nacional de Finanças nesta quinta-feira. " A Eletricite de France colocou diversas em pauta vezes a questão de vender ou não suas ações", disse Roussely a um membro do parlamento. "No que tange este assuntos, entretanto, a companhia deve guardar algum cuidado, já que qualquer anúncio prematuro pode resultar numa acentuada queda das ações". A companhia planeja vendas em países que não a França, a Inglaterra, a Espanha, a Alemanha e a Itália, afirmou nesta quinta-feira o jornal diário francês Les Echos. A companhia deve então vender ações em países como a Suécia, Áustria e Hungria assim como em negócios firmados na América do Sul. (Platts - 19.09.02)

Índice


2- Governo alemão explicita intenção de comprar a Ruhrgas da E.ON

O governo alemão novamente deixou clara sua intenção de adquirir a maior importadora alemã de gás Ruhrgas da E.ON, disseram investigadores de mercado nesta quinta-feira. O ministro da economia nomeou uma conferência de imprensa onde o secretário do Estado Alfred Tacke anunciará formalmente a decisão. A E.ON também falou com a imprensa nesta manhã. De acordo com fontes que pesquisam o mercado, o governo está agora pedindo à E.ON que desista dos contratos de gás de longo prazo de cerca de 200 bi KWh, que devem ser leiloados em breve em competição aberta. (Platts - 19.09.02)

Índice


3- Enee espera decisão do fornecimento até o início de outubro

As comissões técnica e de transparência devem escolher até o início de outubro uma empresa para fornecer à Enee, companhia estatal de energia elétrica de Honduras, 212 MW de eletricidade durante doze anos, disse uma fonte da Enee com conhecimento do projeto. A fonte disse que seis empresas hondurenhas apresentaram propostas: Luz y Fuerza de San Lorenzo, AES Honduras, Nacional de Ingeniero, Enersa, Generadora El Triunfo e Comercial Laeisz. No mês passado, Angelo Bottazzi CEO da Enee, chamou as propostas de "maravilhosas" e disse que as comissões tomariam uma decisão com base no melhor interesse do país. O novo fornecimento de energia elétrica irá substituir os 175 MW que a Enee atualmente adquire via aluguel de usinas e vai ajudar a acomodar o crescimento futuro da demanda. A atual capacidade instalada em Honduras é de 840 MW, o que significa uma pequena capacidade de reserva, quando o pico da demanda fica em torno de 745 MW. (Business News Americas - 18.09.02)

Índice

 

 

 
Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
 www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras