1- Aneel define critérios para enquadramento |
As famílias que gastam
mensalmente entre 80 kW/h e 220 kW/h de energia e que se enquadram
no critério de consumidor de baixa renda somente terão direito
a continuar pagando uma tarifa menor depois que fizerem o cadastro
na distribuidora. A Aneel definiu ontem as regras para o cadastramento,
que poderá ser feito diretamente nos postos de atendimento das
empresas, por telefone utilizando o serviço 0800 da distribuidora
ou pelos Correios com o formulário próprio da companhia de energia.
As instruções da Aneel foram encaminhadas ontem às 64 distribuidoras.
Quem tem consumo abaixo de 80 kW/h é automaticamente enquadrado
como consumidor de baixa renda. Para ter o direito de pagar uma
tarifa reduzida, a família tem que comprovar renda mensal per
capita de, no máximo, meio salário mínimo e estar cadastrada nos
programas sociais do Governo, como Bolsa Escola e Bolsa Alimentação.
As famílias que se enquadram nos critérios de baixa renda definidos
pelo Governo têm até o dia 28 de novembro deste ano para se cadastrarem
junto às distribuidoras de energia. Além de pagar uma tarifa mais
barata, os consumidores de baixa renda estão isentos da cobrança
do seguro apagão e da tarifa extra para cobrir as perdas com o
racionamento de energia. As distribuidoras terão que discriminar
em reais, nas contas de energia, o valor do desconto na tarifa
e indicar a isenção por uma mensagem na fatura. (Jornal do Commercio
- 19.09.2002)
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2- Ibama expede licença especial para a conclusão das
obras da Usina Peixe Angical |
O Ibama já expediu a licença especial para a conclusão das obras
da ensecadeira da Usina Peixe Angical, conforme previsto no acordo
feito na última sexta, homologado pela Justiça Federal, em Palmas.
O acordo envolveu o órgão federal do meio ambiente, o Naturatins
e a Enerpeixe, consórcio responsável pelo empreendimento e as
partes concordaram que, além de expedir a licença especial, o
Ibama ficará responsável pelo processo de licenciamento do empreendimento
e o Naturatins poderá fazer o acompanhamento da obra. (Jornal
do Tocantins - 19.09.2002)
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1- Subsistemas do país apresentam crescimento de demanda
de energia |
Todos os subsistemas do país apresentaram crescimento de demanda
de energia nesta terça-feira, dia 17 de setembro, de acordo com
o boletim diário de operação do ONS. O maior aumento foi verificado
no submercado Sul, que registrou crescimento de 3,55% em comparação
com o dia 16. Na última terça-feira, a demanda de energia nesta
região chegou a 7.116 MW, índice 3,63% superior ao esperado pela
curva de aversão ao risco do operador. No Sudeste/Centro-Oeste,
o consumo cresceu 3,34%, chegando a 25.764 MW. Em comparação com
a curva de aversão ao risco, a demanda está 4,26% abaixo do previsto.
Na região Nordeste, o aumento no consumo foi um pouco menor, alcançando
índice de 3,25%, em comparação com o dia anterior. Ontem, a demanda
de energia foi de 5.971 MW, ficando 2,58% abaixo da curva de aversão
ao risco. Já na região Norte, o consumo desta terça-feira foi
de 2.641 MW, um crescimento de 1,07%. (Canal Energia - 18.09.2002)
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2- Região Norte tem 34,32% de sua capacidade |
A região Norte está com 34,32% de sua capacidade de armazenamento.
A queda nos níveis dos reservatórios de 1,19% foi a maior dentre
todos os submercados. Na usina de Tucuruí o índice é de 44,35%.
(Canal Energia - 18.09.2002)
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3- Níveis estão 25,83% acima da acima da curva de aversão
ao risco no Nordeste |
Na região Nordeste os reservatórios estão com 36,77% de sua capacidade,
uma redução de 0,89% em um dia. Os níveis estão 25,83% acima da
acima da curva de aversão ao risco prevista pelo operador do sistema.
A usina de Sobradinho registra 25,36% de sua capacidade. (Canal
Energia - 18.09.2002)
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4- Queda nos níveis foram de 0,42% na região Sudeste/Centro-Oeste |
A queda nos níveis foram de 0,42% em relação ao dia anterior na
região Sudeste/Centro-Oeste. O submercado está com 52,23% da sua
capacidade de armazenamento. Os reservatórios da região estão
20,58% acima da curva de aversão ao risco, mesmo valor do dia
anterior. As usinas de Emborcação e Nova Ponte registram, respectivamente,
49,84% e 52,28% de sua capacidade. (Canal Energia - 18.09.2002)
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5- Região Sul apresenta variação positiva nos índices |
A região Sul a única a apresentar variação positiva nos índices,
de 2,65% em relação ao dia anterior. A capacidade de armazenamento
no subsistema está em 63,39%. Na hidrelétrica de G. B. Munhoz
a capacidade de armazenamento está em 54,48%. (Canal Energia -
18.09.2002)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Light não paga conta de energia de Furnas |
A maior empresa de distribuição de energia do Rio de Janeiro,
a Light, corre o risco de ser cobrada na Justiça por uma dívida
de R$ 88 mi. A distribuidora não paga a energia comprada de Furnas
desde o dia 30 de agosto. Os pagamentos deveriam ser feitos à
estatal a cada cinco dias. "Entendemos que a empresa está em um
momento difícil, mas se a dívida não for paga até o fim do mês
vamos tomar as medidas administrativas cabíveis, o que inclui
a cobrança judicial da fatura", afirmou o diretor financeiro de
Furnas, Márcio Nunes. A execução judicial é uma das poucas alternativas
de Furnas para reaver o débito, já que não pode cortar o fornecimento
de energia à distribuidora. Além da Light, Furnas ainda acumula
créditos a receber da Celg e da CEB, que devem à estatal R$ 600
mi e R$ 250 mi, respectivamente. Como estas empresas ainda são
estatais, Furnas é impedida de fazer a execução judicial destes
débitos. A Light diz que o débito é resultado de uma dificuldade
financeira momentânea, mas não explicita o motivo do não pagamento.
(Jornal do Brasil - 19.09.2002)
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2- Inadimplência ameaça distribuidoras de luz |
As distribuidoras de energia elétrica estão caminhando para a
inadimplência, pressionadas pela redução de receitas com a queda
do consumo após o racionamento e o aumento de custos com a desvalorização
do real. O alerta é de Adriano Pires, professor da UFRJ e diretor
do Centro Brasileiro de Infra-estrutura. Os atrasos de pagamento
de distribuidoras à Furnas não é um caso isolado. Depois do fim
do racionamento, a Eletronorte e a Chesf também registram atrasos.
Desde o fim do racionamento a Eletronorte acumula um total de
R$ 296 mi a receber das distribuidoras de energia da região. Um
dos seus clientes, a Cemar, está em concordata e deixou de pagar
R$ 116 mi à empresa. "Do jeito que as coisas estão caminhando,
o governo vai acabar forçando as distribuidoras privatizadas a
agir como no tempo em que eram estatais e não pagavam as geradoras",
diz Pires. Em 1993, segundo ele, o Tesouro gastou US$ 20 bi para
sanear o setor e dar início às privatizações. Para ele, "como
as receitas das distribuidoras estão comprimidas, elas não vão
poder pagar as geradoras. Os custos não gerenciáveis" das distribuidoras
consumiam 58% das receitas com tarifas e hoje levam 67%. "As geradoras
representam a maior parte desses custos." (Folha de São Paulo
- 19.09.2002)
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3- Cesp adere ao Nível 1 de governança corporativa |
A Cesp será a próxima estatal paulista a aderir ao Nível 1 de
governança corporativa da Bovespa. A empresa deve assinar o termo
de compromisso no próximo mês. Outra geradora estadual, a Emae,
seguirá o mesmo caminho, mas apenas em 2003. A informação foi
revelada ontem pelo secretário estadual de Energia, Mauro Arce,
durante a adesão da Cteep ao Nível 1. A Sabesp, estatal de saneamento,
entrou para o Novo Mercado em abril. Segundo Arce, os níveis de
governança corporativa diferenciada e o Novo Mercado servem como
"salvaguardas" para as estatais. Embora a dívida com vencimento
no ano que vem ainda não tenha sido equacionada, o que em parte
depende dos preços e volumes da "energia velha" que a empresa
conseguir vender em leilão, o secretário disse que a Cesp é, "a
médio prazo, viável". No início do mês a estatal também trocou
dívidas em moeda estrangeira por obrigações em real junto ao BNDES.
Na ocasião, o Tesouro Nacional liberou US$ 174 mi que a geradora
havia depositado em 1996 como garantia de dívidas externas repactuadas
no Plano Brady. O diretor financeiro da Cesp, Vicente Okazaki,
explicou que, paralelamente, a União fez uma cessão de direitos
de crédito ao BNDES. Com isso, a estatal passou a dever ao banco
e não ao Tesouro. (Valor - 19.09.2002)
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4- Distribuidoras defendem redução da carga de impostos
sobre tarifas |
Até julho, a redução no consumo de energia elétrica pelas residências
chegou a 12,1%. Mas não são apenas os novos hábitos da população
pós-racionamento que estão por trás da queda. A forte elevação
das tarifas, que nos últimos sete anos foi de 160%, é outro ingrediente
que está fazendo as famílias reduzirem o uso da energia, especialmente
nos últimos meses com a queda da renda real dos trabalhadores.
Como os preços devem continuar elevados, o cenário tende a persistir.
Empresários do setor começam a perceber que o bolso do consumidor
não aguenta mais altas e que a atual estrutura tarifária precisa
de urgentes mudanças. A principal queixa é que, no sistema atual,
os tributos representam 40% das tarifas, enquanto apenas 27% são
destinados à remuneração dos acionistas. Dois outros pontos mobilizam
as distribuidoras: a eliminação dos subsídios cruzados e um realinhamento
das tarifas, tornando os preços para os grandes consumidores mais
elevados. Esses entraves, na visão delas, reduziriam a competição
no setor. Com esses objetivos em mãos, os empresários começam
a defender uma reestruturação tarifária. Tarefa, no entanto, que
eles acham que dificilmente será resolvida ainda nesse governo.
O presidente da Abradee, Orlando González, concorda. (Valor -
19.09.2002)
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5- Cteep pretende investir quase R$ 1 bi até 2005 |
A Cteep deve manter um patamar de investimentos na casa dos R$
250 mi nos próximos três anos. O valor é semelhante ao deste ano,
quando estão sendo desembolsados R$ 186 mi na expansão e modernização
das linhas e outros R$ 57,5 mi em obras de manutenção. Com isso,
os aportes totalizariam quase R$ 1 bi de 2002 a 2005. A estimativa
foi revelada ontem, quando o presidente da estatal, Sidnei Martini,
assinou o contrato de adesão da empresa ao Nível 1 de governança
corporativa da Bovespa. "A medida é o reconhecimento do nosso
primeiro estágio de maturidade", afirmou o executivo. Segundo
a diretora financeira da Cteep, Sandra Piccardi, o valor dos investimentos
dos próximos exercícios ainda não está fechado. De acordo com
ela, se o nível atual for mantido, a empresa tem recursos para
bancar os projetos com seu próprio caixa. A estatal também vai
investir R$ 80 mi para construir, nos próximos seis meses, 300
km de cabos de fibra óptica ao longo das suas linhas. A iniciativa
faz parte do projeto de modernização da estrutura própria de telecomunicações,
que deve ser concluído até 2005. (Valor - 19.09.2002)
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A Copel Geração recebe hoje o Prêmio Finep (Financiadora de Estudos
e Projetos) de Inovação Tecnológica, da Região Sul. A companhia
concorre com o projeto desenvolvido pelo Centro de Operação de
Geração, instalado em Curitiba, de onde são comandadas e supervisionadas
as principais usinas produtoras de energia da geradora. Com o
centro, a Copel foi capaz de interligar as unidades produtoras
por meio de fibras ópticas da Infovia do Paraná, com comandos
integralmente digitalizados. (Jornal do Commercio - 19.09.2002)
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7- Cemig negocia auto-suprimento enquanto desverticalização
não ocorre |
Ao mesmo tempo em que tenta aumentar o prazo para conseguir efetuar
o conturbado processo de desveticalização, a Cemig vê perspectivas
comerciais amarradas à continuidade da integração operacional
da empresa. O alvo da manutenção temporária da unificação dos
segmentos seria a venda da energia presa aos contratos inicias,
em processo de liberação. A concessionária está negociando com
a Aneel a possibilidade de comercialização dessa produção entre
as áreas de geração e distribuição, a preço médio de mercado,
fixado a partir das transações efetivadas nos leilões de energia
velha. A empresa tem 3.631 MW médios presos aos contratos iniciais,
sendo 300 MW médios em contratos de fornecimento com Furnas e
o restante em geração própria. Com isso, cerca de 907 MW médios
seriam descontratados em 2003. (Canal Energia - 18.09.2002)
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8- Compra de eletrodoméstico com selo Procel terá bônus
da Celpe |
A Celpe e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) lançam, hoje,
o programa Celpe Bônus no Ar, através do qual, a distribuidora
dará um bônus de R$ 80 para os consumidores que adquirirem aparelhos
de ar-condicionado certificados com o selo Procel de eficiência
energética. A previsão da CDL e da Celpe é de que sejam comercializados
2,5 mil aparelhos com o selo e cada unidade consumidora, seja
residência ou comércio, poderão adquirir somente um ar-condicionado
com o bônus. Além disso, estarão participando da campanha apenas
as lojas Ferreira Costa, Engefrio, Lojas Mil, Credimóveis Novolar
e Hiper Bompreço. A concessão do bônus para a compra dos aparelhos
faz parte do programa de eficiência energética que a Celpe apresentou,
este ano, à Aneel. De acordo com a legislação do setor, parte
do faturamento anual das empresas precisa ser aplicado em programas
desse tipo. Cabe à Aneel aprovar ou não os programas sugeridos.
A assinatura do convênio entre a CDL e a Celpe acontecerá na sede
da Fundação CDL, no Curado. (Jornal do Commercio de Pernambuco
- 19.09.2002)
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1- Aneel consegue cassar liminar que impedia realização
do leilão de energia |
A Aneel conseguiu cassar nesta quarta-feira, dia 18 de setembro,
a liminar que impedia a realização do leilão de energia velha
das geradoras federais. O recursos impetrado pelo órgão regulador
foi acatado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado
em Recife. A liminar foi ajuizada na 6ª Vara Federal do Ceará,
que pertence ao mesmo foro do TRF de Pernambuco. Ação civil pública
resultante na liminar cassada foi promovida pelos diretores do
Sindicato dos Eletricitários do Ceará, que contestavam o impedimento
dos consumidores livres em participar diretamente do leilão -
o acesso só é permitido via comercializadoras. Além da Aneel,
a liminar também citava a Chesf. É a segunda liminar contra o
leilão cassada pela agência em menos de uma semana. Com isso,
não há mais o impedimento legal para a realização do leilão. O
processo, porém, continua suspenso e sem data para acontecer.
(Canal Energia - 18.09.2002)
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2- MAE espera retomar leilão ainda hoje |
O leilão de energia das geradoras federais deverá ser retomado
hoje a partir das 10 horas, segundo informações do superintendente
do MAE, Lindolfo Paixão. Segundo ele, os empecilhos que impediam
a realização da disputa foram solucionados. O problema, que continua
pondo em risco a realização do leilão, são as 50 ações impetradas
na Justiça em todo território nacional, solicitando a suspensão
do evento. Mesmo que a disputa seja iniciada, a qualquer momento
ela pode ser adiada se o réu for citado, afirma Paixão. O leilão
de energia das geradoras federais foi determinado pelo Comitê
de Revitalização do Setor Elétrico por causa da liberação de 25%
da energia comprometida nos contratos iniciais a partir do ano
que vem. Até 2006, toda eletricidade produzida estará livre para
ser vendida nos leilões. Uma das principais preocupações do mercado
era uma explosão de preços, já que a energia seria vendida para
o comprador que oferecesse o maior valor. Por isso, haverá um
fundo que subsidiará o aumento no custo da energia comprada pelas
concessionárias e que teria de ser repassada para o consumidor.
Esse fundo será formado pela diferença entre o preço atual e o
que for registrado no leilão. (Jornal do Commercio - 19.09.2002)
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1- Copom mantém Selic e retira viés |
O Copom do Banco Central manteve ontem, por unanimidade, a taxa
básica de juros da economia (Selic) em 18% ao ano e retirou o
chamado viés de baixa, indicando que a taxa só poderá ser alterada
na próxima reunião do Comitê, marcada para o dia 23 de outubro.
O viés de baixa, que permite alteração na Selic, sem a necessidade
de reunião do Copom, foi adotado no mês passado. Desde julho a
taxa de juros está em 18% ao ano. O Copom justificou a decisão
divulgando a seguinte nota: "Diante de um quadro de volatilidade
e incertezas, o Copom decidiu por unanimidade manter a taxa Selic
em 18% ao ano". A decisão já era esperada pelo mercado financeiro
que avaliava não haver motivos que justificassem a queda dos juros,
a não ser motivações políticas. Uma redução da taxa poderia contribuir
positivamente para a candidatura de José Serra (PSDB). Na próxima
semana, o Banco Central divulga a ata da última reunião com os
motivos da decisão de ontem. (Jornal do Commercio - 19.09.2002)
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2- IGP-M subiu 1,79% na 2a prévia |
A alta nos preços dos itens de alimentação, provocada pelo dólar
e pela entressafra de alguns produtos, foi o principal fator responsável
pela elevação de 1,79% do Índice Geral de Preços Médio (IGP-M)
na segunda prévia de setembro, ante 1,73% igual período de agosto.
A pesquisa de coleta de preços foi realizada pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV) de 21 de agosto ao dia 10 deste mês. O índice foi
o maior para uma segunda prévia desde agosto de 2000 (2,05%).
O gerente de análise econômica da FGV, Salomão Quadros, ressaltou
que os repasses que vêm ocorrendo do atacado para o varejo estão
concentrados exatamente nos produtos alimentícios. "O repasse
está acontecendo de forma bastante intensa, mas localizada, nos
alimentos. Não há um repasse generalizado", disse. (Jornal do
Commercio - 19.09.2002)
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3- IPA tem variação total de 2,55% |
No Índice de Preços do Atacado (IPA, com variação total de 2,55%
na segunda prévia) a alta da alimentação foi de 2,78%, com destaque
para produtos como bovinos (7,55%), óleo de soja refinado (12,17%),
aves (6,98%), soja (5,90%), arroz em casca (13,10%), trigo (9,67%).
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC, variação de 0,49%), os
preços dos alimentos aumentaram 1,19%. Os principais aumentos
ocorreram no pão francês (7,56%), óleo de soja (9,63%) e chã-de-dentro
(4,2%), no caso dos alimentícios. Houve destaque de elevação de
preços também nos itens plano e seguro de saúde (1,45%) e avião
(6,07%). Quadros lembrou que o IPC apresentou variação menor do
que no segundo decêndio de agosto (0,71%), quando ainda estava
sob forte influência dos preços administrados. Mas segundo ele,
por causa da alta dos alimentícios, a queda nesse indicador foi
menor do que se esperava. No caso do IPA, a alta havia sido de
2,42% na segunda prévia do mês passado. (Jornal do Commercio -
19.09.2002)
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4- AEB considera viável saldo de US$ 10 bi este ano |
O diretor-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil
(AEB), José Augusto de Castro, considera viável que o saldo comercial
brasileiro avance para um patamar perto de US$ 10 bi este ano,
mas não se arrisca a fazer qualquer previsão neste momento. Segundo
o especialista, a barreira seria alcançada caso as importações
mantivessem a queda de 18% até dezembro e as exportações apenas
repetissem os valores do ano passado. "Possível, é. Mas as importações
devem se recuperar um pouco até o fim do ano, porque a base de
comparação foi pequena nos últimos meses do ano. O número viável
é, mas não sei se será alcançado", ponderou Castro, que, por conta
das oscilações recentes dos números de comércio exterior, recusa-se
a fazer novas projeções neste momento. "O quadro está difícil
para fazer previsões", disse. O último saldo estimado pela AEB
para o ano todo era de US$ 6,2 bi. Apenas até a segunda semana
de setembro, contudo, a balança comercial já acumula superávit
de US$ 6,312 bi, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior.
(Jornal do Commercio - 19.09.2002)
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5- Dólar comercial abre praticamente estável, a R$
3,3530 |
O dólar comercial iniciou as negociações do dia praticamente estável,
com ligeira queda de 0,05% perante o fechamento de ontem, cotado
a R$ 3,3430 na compra e a R$ 3,3530 na venda. No mercado futuro,
os contratos de outubro negociados na BM & F tinham pequeno recuo
de 0,2%, projetando a moeda a R$ 3,328. Ontem, a tensão eleitoral
persistiu nesta terça-feira com a confirmação da subida do candidato
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais. Além
disso, a manutenção dos juros primários da economia pesou sobre
os negócios. O dólar comercial fechou em alta de 3,38%, a R$ 3,3500
para a compra e a R$ 3,3550 para a venda. (Valor Online - 19.09.2002)
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1- Governo acompanhará PPT mensalmente |
A partir de agora, o Ministério de Minas e Energia vai atualizar
mensalmente o estágio de cada projeto do Programa Prioritário
de Termelétricas. Um levantamento do ministério aponta que 19
usinas estão com o cronograma em dia. Outras cinco já estão em
operação, somando mais 1.504 MW de capacidade instalada para o
sistema. Das 40 usinas previstas pelo programa para entrar em
funcionamento até dezembro de 2004, segundo o levantamento do
ministério, seis unidades ainda não começaram as obras e outros
10 sofrem algum tipo de atraso no cronograma. (Jornal do Commercio
- 19.09.2002)
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2- Termelétrica de Três Lagoas emperra |
A Petrobras anunciou ontem que a usina termelétrica que instalou
em Três Lagoas, a 345 quilômetros de Campo Grande na divisa com
o Estado de São Paulo, não vai gerar um único MW de energia elétrica
até o fim do ano. Com o retardamento do início das operações da
usina, a MSGás perde de imediato um cliente em potencial de grande
porte, já que ela teria uma demanda diária de 1 milhão de metros
cúbicos. Hoje, a distribuidora estadual só consegue vender 600
mil metros cúbicos da sua cota de 8 milhões de metros cúbicos
de gás. As quatro turbinas da térmica de Três Lagoas, com capacidade
para gerar 240 MW, serão ativadas agora apenas para teste e só
vão operar de fato quando a estatal tiver assinado contrato de
fornecimento de energia. A informação é do diretor de Gás e Energia
da Petrobras, Antônio Luiz de Menezes. (Folha do Povo - 19.09.2002)
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3- Térmica emergencial da JB está pronta para operar |
A Destilaria JB, localizada em Vitória de
Santo Antão (PE), já está pronta para colocar em operação, caso
seja necessário, a sua usina termelétrica com capacidade para
gerar 25 MW e que faz parte do programa brasileiro de Energia
Emergencial. A implantação da usina foi concluída há dois meses
e o projeto foi executado pela Koblitz em parceria com a própria
Destilaria. A implantação da térmica foi, na verdade, a ampliação
da planta já existente e que tinha capacidade de geração de 3,2
MW e que funcionava a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A nova
usina foi projetada para utilizar tanto o bagaço quanto o óleo
combustível. Depois, a previsão é que seu combustível seja apenas
o bagaço da cana-de-açúcar. Dos 25 MW que a térmica poderá gerar,
18 MW já estão contratados pela CBEE. A Companhia Energética de
Pernambuco (Celpe) comprará mais 1 MW e o restante será utilizado
pela própria JB para garantir a sua auto-suficiência energética.
Somente pela capacidade instalada, a Destilaria irá receber R$
38,9 mi até o fim de 2004. (Jornal do Commercio de Pernambuco
- 19.09.2002)
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4- Decisão de adiar construção de Angra III não terá
efeitos negativos, diz Aben |
A medida do CNPE de adiar a decisão sobre a construção de Angra
III não trará efeitos negativos para o setor no curto prazo, segundo
a Aben (Associação Brasileira de Energia Nuclear). Para Alfredo
Tranjan, presidente da entidade, a decisão não pode ser vista
como um adiamento definitivo e, sim, uma forma de acompanhar o
desenvolvimento do projeto. "Não vejo a medida como definitiva
senão o conselho não teria pedido a elaboração de estudos que
viabilizem a construção do projeto", observa. Porém, este adiamento
não vai impactar a expansão da oferta de energia no curto prazo.
De acordo com Tranjan, é fundamental que o governo estabeleça
diretrizes de diversificação da matriz energética para o médio
e longo prazos. Para isso, diz ele, o governo deve abrir o leque
de opções de fontes energéticas, tentando, ao máximo, utilizar
as fontes de combustíveis existentes no país. (Canal Energia -
18.09.2002)
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5- Futuro da termelétrica de Cubatão sai ainda este
mês |
O futuro da termelétrica de Cubatão deverá ser definido até o
final deste mês. A Marubeni e Petrobras continuam as negociações
que decidirão a continuidade ou não do projeto de construção da
usina, localizada no estado de São Paulo. A termelétrica faz parte
da lista de projetos em fase de revisão pela estatal. "Estamos
trabalhando juntamente com a Petrobras com o intuito de dar continuidade
ao projeto", diz Eric Westberg, vice-presidente sênior da Marubeni.
Com investimentos estimados em US$ 650 mi, a usina vai gerar na
primeira fase 400 MW e 400 toneladas de vapor. (Canal Energia
- 18.09.2002)
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1- Governo alemão liberalizará mercado de energia em
1º de outubro de 2003 |
O mercado alemão de gás e eletricidade será totalmente liberalizado
em 1º de outubro de 2003, anunciou o governo alemão nesta terça-feira
como parte do orçamento do próximo ano. Um sistema de monitoração
do mercado a ser instalado em meados de 2003 será projetado para
auxiliar na avaliação do governo quando medidas de regulamentação
adicionais forem necessárias com o objetivo de garantir um fornecimento
adequado de eletricidade, uma rede de distribuição de qualidade
e uma capacidade de geração satisfatória. O governo prometeu que
o custo adicional para a garantia do fornecimento de energia será
transparente, mas o mesmo não explicará até o ano que vem no que
tal medida implicará. O governo prometeu ainda que a liberalização
do mercado será acompanhada por uma extensiva campanha pública
assim como foi feita no processo de desregulamentação do mercado
de energias renováveis. (Platts - 18.09.02)
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2- Possibilidade de falência assombra British Energy |
O preço das ações da British Energy tiveram ontem queda de cerca
de um terço em meio a receios de que a maior produtora de energia
da Inglaterra possa estar se encaminhando para a falência. A paciência
do Governo com o combalido grupo de energia nuclear parece estar
acabando. Funcionários do Governo dizem que uma solução vinda
do próprio setor privado continua sendo a melhor opção, mas a
possibilidade de uma declaração de falência vem crescendo com
a contínua deterioração das finanças da companhia. O preço da
ação da companhia teve ontem uma queda recorde de US$ 18,46, sendo
o grupo hoje avaliado em US$ 114,59 mi contra os mais de US$ 3,08
bi há apenas um ano. O preço dos bônus também apresentaram significativa
queda desde que os investidores vêm apresentando crescente pessimismo
sobre as chances de recuperação dos US$ 1,54 bi emprestados à
companhia. Todos estes sinais vêm gerando sérios problemas ao
Governo inglês, que concordou apenas em conceder um empréstimo
emergencial de US$ 630,62 mi com vencimento para o dia 27 de setembro,
com o objetivo de obter mais tempo para um possível acordo de
longo prazo. Sem este dinheiro a companhia será incapaz de obter
garantias financeiras que possibilitem a mesma a continuar comercializando
no reino Unido e nos Estados Unidos. (Financial Times - 18.09.02)
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3- Iraque convida Repsol e Cepsa a retomarem atividade
petrolífera |
O governo de Bagdad
convidou as petrolíferas espanholas Repsol YPF e Cepsa a regressar
à exploração petrolífera nos territórios iraquianos, suspendidos
em 2000 depois da imposição de uma taxa ilegal adicional, recentemente
levantada pelo regime de Saddam Hussein. De acordo com o jornal
espanhol "Expansion", "outras fontes se juntam a esta lista a
francesa TotalFinaElf e a austríaca OMV", assim como a italiana
Agip. As empresas espanholas em causa ainda não tomaram qualquer
decisão sobre este assunto, de acordo com os respectivos porta-vozes.
(Diário Económico - 18.09.02)
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4- Enelven garante financiamento de US$ 123 mi para
Termozulia |
A Enelven, concessionária venezuelana de energia elétrica do estado
de Zulia garantiu um financiamento de US$ 123 mi para seu projeto
termelétrico de 300 MW, disse a Enelven em comunicado. O governo
teve de aumentar a energia termelétrica para compensar a escassez
de energia hidrelétrica devido a uma seca que atingiu a usina
de Guri, que normalmente atende 60% da demanda nacional. O banco
americano Export Import Bank garantiu um empréstimo de US$ 87,5
mi ao governo para o projeto, tendo o governo já efetuado o pagamento
de US$ 52 mi relativos ao mesmo, segundo o comunicado. A Enelven
tem capacidade instalada de 1.100 MW, 750 MW dos quais estão disponíveis.
Mesmo com o início da expansão de Termozulia, marcado para abril-maio
de 2003, a capacidade de geração da empresa está longe de sua
demanda por energia de 1.850 MW, disse o comunicado. A General
Electric vai fornecer ao projeto duas turbinas 7FA a gás, com
capacidade nominal de 171 MW, e uma fonte do setor energético
disse que elas serão transportadas para o local do projeto, em
at La Cañada de Urdaneta, em outubro. A Enelven vai fazer licitação
para a instalação das máquinas disse Carlos Canelones, porta-voz
da empresa, sem comentar quando isso aconteceria. Segundo o comunicado,
a preparação do local do projeto vai começar em outubro. (Business
news Americas - 17.09.02)
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5- Filipinas agendam plena implementação do mercado
de energia para outubro de 2003 |
As Filipinas agendaram a plena implementação do primeiro mercado
atacadista de energia do país para a Segunda metade de 2003, disse
uma funcionária do Departamento de Energia (DOE) nesta quarta-feira.
"Nós asseguramos um novo empréstimo com o Banco Asiático de Desenvolvimento
e procederemos inicialmente com uma licitação para o software
necessário ao desenvolvimento do projeto. As decisões e considerações
finais serão fechadas no segundo semestre de 2003", ela disse.
O DOE decidiu cancelar a implementação de um mercado temporário
de energia após o Banco Mundial, patrocinador original do projeto,
ter se deparado com problemas de aquisição. "Se tivéssemos esperado
pelo empréstimo do Banco Mundial, isto teria atrasado nossas metas
em pelo menos seis meses", ela adicionou. "Apesar da não implementação
de um mercado provisório, haverá ainda um período de testes de
cerca de três meses". Espera-se que a formação do mercado atacadista
nas Filipinas reduza os preços de energia no país. (Platts - 18.09.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
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de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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