1- CNPE deve discutir revisão ordinária de tarifas |
O CNPE deve se reunir
hoje em Brasília. No encontro, que poderá contar com a presença
do presidente Fernando Henrique Cardoso, devem ser discutidas
a polêmica envolvendo os critérios de metodologia da revisão ordinária
de tarifas a partir do próximo ano e a retomada da construção
da usina nuclear de Angra 3. A discussão sobre a revisão ordinária
vem provocando uma forte queda-de-braço entre distribuidoras e
a Aneel. A agência definiu há duas semanas como critério na revisão
das tarifas o custo de reposição dos ativos a valor de mercado.
As elétricas reclamaram e tentam meios de reverter a decisão,
que segundo elas vai provocar um desequilíbrio econômico-financeiro
no setor. O problema é que, se o governo aceitar um meio-termo
de negociação, as tarifas poderão subir mais em 2003. Nos últimos
dias, representantes das distribuidoras vêm conversando com altos
funcionários do governo, mostrando insatisfação com a definição.
(Valor - 17.09.2002)
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2- Gomide julga "prematuro" falar em mudanças na resolução
da Aneel |
Entre os métodos que poderiam ser utilizados para a definição
da base de remuneração a Aneel avaliou os seguintes itens: custo
histórico dos investimentos (registrado na contabilidade da empresa);
custo corrente dos investimentos (que é o custo histórico atualizado
por algum tipo de indexador); custo de reposição dos investimentos;
e preço mínimo de venda e preço pago no leilão de privatização,
este último defendido pelas distribuidoras. Segundo o ministro
das Minas e Energia, Francisco Gomide, o objetivo de levar a discussão
ao CNPE é ter a certeza de que a política tarifária adotada é
correta para equilibrar as duas pontas: consumidor e investidor.
Ele informou que a preocupação do ministro Malan com a revisão
das tarifas é resultado de conversas com investidores estrangeiros.
"Teoricamente, é prematuro falar em mudança na resolução", disse
Gomide. (Jornal do Commercio - 17.09.2002)
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3- Malan quer mudar critérios para as distribuidoras |
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, quer avaliar a possibilidade
de fazer ajustes na resolução da Aneel que define a remuneração
das distribuidoras de energia. Em carta encaminhada ao ministro
das Minas e Energia, Francisco Gomide, Malan sugere que sejam
analisados os impactos que a decisão da Aneel poderá ter nos níveis
de investimento do setor elétrico. Segundo Gomide, que se reuniu
ontem com Malan, o CNPE, que se reúne hoje à tarde, deverá criar
um grupo de trabalho para discutir o assunto. A medida prevê que
o valor de mercado dos ativos físicos servirá como base de cálculo
para a remuneração das distribuidoras de energia durante a revisão
tarifária periódica que deverá ocorrer a partir do ano que vem.
As distribuidoras, por seu lado, defendiam que a revisão periódica
fosse baseada nos mesmos critérios utilizados para fixação do
preço mínimo na época da privatização. (Jornal do Commercio -
17.09.2002)
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4- Abradee anuncia possível quebradeira |
A Abradee já acenou com a possível quebradeira no setor caso a
Aneel adotasse o valor de mercado dos ativos como critério de
remuneração para a revisão tarifária. Em apresentação feita em
julho a um grupo de jornalistas, o diretor- executivo da associação,
Luiz Carlos Guimarães, explicou que a proposta da Aneel - mantida
na resolução que será publicada no Diário Oficial da União de
hoje - levaria as distribuidoras a perdas de US$ 8,5 bi na revisão
periódica. Segundo cálculos da Abradee (baseado em dados de 18
distribuidoras), as empresas estariam avaliadas em US$ 12,6 bi
pelo fluxo de caixa (valor econômico que norteou a privatização)
e US$ 4,1 bi pelos ativos (postes, subestações, fios, instalações,
entre outros utilizados pela Aneel). O problema para as distribuidoras
é que, quanto menor a sua valorização no momento da revisão periódica,
menor é o impacto na alta das tarifas cobradas dos consumidores.
(Jornal do Commercio - 17.09.2002)
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5- Aneel e Agergs analisam queixas de consumidores |
A Aneel e a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos
Delegados (Agergs) realizaram ontem uma ampla reunião de trabalho
com técnicos das agências e funcionários das distribuidoras de
energia elétrica que atuam nos serviços de ouvidoria e atendimento
ao cliente. O superintendente de Mediação Administrativa e Setorial
da Aneel, Manoel Eduardo Negrisoli, afirmou que o objetivo do
encontro foi discutir as principais reclamações dos consumidores.
Os procedimentos relativos aos danos elétricos ocasionados por
descarga atmosférica ou por problemas operacionais das redes foi
um dos principais pontos debatidos. Negrisoli afirmou que o número
de ressarcimento por danos no país vem aumentando e as reclamações
de consumidores estão diminuindo. (Correio do Povo - 16.09.2002)
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1- Consumo de energia volta a subir no país |
Seis meses depois do fim racionamento de energia, o consumo volta
a crescer pela primeira vez. O gasto de energia aumentou 15,7%
em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2001,
quando já vigorava a redução obrigatória de consumo. Os dados
são do Departamento de Estudos Energéticos e de Mercado da Eletrobrás.
De acordo com o boletim da Eletrobrás, o consumo aumentou em todas
as regiões, com destaque para o Centro-Oeste (26%) e o Nordeste
(25%). Por classe de consumidores, o crescimento no gasto de energia
foi mais expressivo entre os setores comercial (17%) e industrial
(16,7%). Entre as residências, o consumo de luz aumentou 14,2%
em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2001.
O levantamento aponta, no entanto, que os consumidores residenciais
continuam economizando mais, já que, entre julho de 2001 e julho
de 2002, o gasto de energia foi 17,5% menor, contra 7,4% na indústria
e, 12%, no comércio. (Jornal do Brasil - 17.09.2002)
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2- Aumenta consumo de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste
e Nordeste |
De acordo com o ONS, o consumo de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste
e Nordeste apresentaram elevação neste último domingo, dia 15
de setembro, em comparação com o domingo anterior. O subsistema
Sudeste/Centro-Oeste registrou um consumo de 21.055 MW, cerca
de 4,43% maior que o apresentado no domingo, dia 8 de setembro.
Já o Nordeste apresentou demanda de 5.301 MW, 1,94% maior que
o domingo anterior. O consumo de energia do subsistema Sul atingiu
5.168 MW, representando queda de 0,25%, enquanto o subsistema
Norte obteve demanda de 2.455 MW,queda de 0,96%. (Canal Energia
- 16.09.2002)
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3- Reservatórios atingem 35,29% no Norte |
A queda nos reservatórios da região Norte foi de 0,32% em um dia,
a maior entre os subsistemas do país. Os reservatórios atingem
35,29% de sua capacidade. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice
é de 45,81%. (Canal Energia - 16.09.2002)
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4- Capacidade de armazenamento na região Nordeste está
em 37,42% |
Os níveis dos reservatórios caíram 0,29% em relação ao último
Sábado na região Nordeste, chegando a 37,42%. O volume está 24,92%
acima da curva de aversão ao risco prevista pelo operador do sistema.
A usina de Sobradinho registra 25,92% de sua capacidade. (Canal
Energia - 16.09.2002)
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5- Capacidade de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste
está em 52,67% |
Hoje, a capacidade de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste
está em 52,67%, uma queda de 0,12% em um dia. Os reservatórios
da região estão 20,67% acima da curva de aversão ao risco. As
usinas de São Simão e Emborcação registram, repectivamente, 67,73%
e 50,15% de sua capacidade. (Canal Energia - 16.09.2002)
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6- Região Sul tem variação positiva na capacidade de
armazenamento |
A região Sul foi a única a ter variação positiva na sua capacidade
de armazenamento, de 1,27% em comparação com o dia anterior. A
capacidade de armazenamento chega a 60,60%. Na hidrelétrica de
G.B. Munhoz, o índice está em 50,61%. (Canal Energia - 16.09.2002)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Bracier organiza o IV CIERTEC entre 24 e 27 de setembro |
O Comitê Brasileiro da CIER - Bracier está organizando o Seminário
Internacional de Automação de Redes de Distribuição e Centros
de Controle - IV CIERTEC, a ser realizado em São Paulo de 24 a
27 de setembro próximo. Dentre as autoridades presentes na solenidade
de abertura, estão confirmadas as presenças do Secretário Nacional
de Energia - Antônio Carlos Taiti Holtz, do Secretário de Energia
de São Paulo - Mauro Arce, do Presidente da Eletrobrás - Altino
Ventura, entre outras. Entre as conferências do seminário estarão
quatro internacionais, duas dos Estados Unidos, uma da França
e outra do Uruguai. O evento também contará com um Painel sobre
Automação e Regulação do Serviço, com a presença da Aneel e de
entes reguladores de outros países. Além disso, trinta e dois
trabalhos técnicos oriundos de empresas elétricas de toda a América
Latina, Espanha, México e Estados Unidos serão apresentados. O
programa completo pode ser encontrado no site da Bracier, www.bracier.org.br.
(Bracier - 17.09.2002)
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2- Cisão emperra e Cemig pode ser multada pela Aneel |
Esta é uma semana decisiva para a Cemig. Se não conseguir concretizar
sua cisão em três empresas distintas - de geração, transmissão
e distribuição de energia - até sábado, poderá ser multada pela
Aneel em 2% do faturamento anual, ou cerca de R$ 100 mi. Além
de aplicar a multa, o órgão regulador poderá suspender concessões
que a companhia detém hoje ou proibir a empresa de vender energia
para outro Estado e participar de leilões. Controlada pelo governo
de Minas, a Cemig depende da aprovação da Assembléia Legislativa
para atender à exigência da Aneel. No entanto, é improvável que
o projeto de lei seja aprovado a tempo. A votação já foi adiada
na semana passada e os deputados não demonstram disposição em
apressar o trabalho, apesar de o projeto estar tramitando em regime
de urgência. (Valor - 17.09.2002)
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3- CTEEP estréia nova governança |
A CTEEP inicia amanhã a negociação de ações no Nível 1 de Governança
Corporativa da Bovespa. Com a adesão, além de integrar o Ibovespa,
a empresa passará também a compor o Índice de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada, que mede o desempenho das empresas listadas
no programa de Governança Corporativa da Bovespa. Os compromissos
assumidos pela empresa para ingressar no Nível 1 de Governança
Corporativa garantem maior credibilidade e transparência junto
ao mercado, investidores e acionistas e facilitam o acompanhamento
e a fiscalização dos atos da administração e dos controladores.
A CTEEP é a primeira empresa de energia elétrica no Estado a aderir
às práticas da Governança Corporativa. Com um ativo da ordem de
R$ 4 bi, é responsável pela transmissão de energia elétrica no
Estado, uma região que representa mais de 25% do PIB nacional.
A empresa conta com 99 subestações, 444 transformadores, 145 estações
de microondas, 18.096 quilômetros de circuitos de transmissão,
11 mil de linhas de transmissão, 891 de cabos de fibras ópticas
e uma capacidade instalada de transformação de 36 mil MVA. (Jornal
do Commercio - 17.09.2002)
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4- Programa de combate ao desperdício da Ceron é aprovado
pela Aneel |
A Ceron irá gastar R$ 840 mil no programa anual de combate ao
desperdício para o ciclo 2001/2002, por meio da entrega de lâmpadas
fluorescentes compactas. O valor corresponde a 0,5% da receita
anual da empresa. A distribuidora terá que apresentar os relatórios
parciais de acompanhamento do programa nos dias 28 de fevereiro
e 31 de maio de 2003. O relatório final do programa deverá ser
apresentado até 31 de outubro de 2003. O projeto tem que ser concluído
até 31 de agosto de 2003, de acordo com o despacho nº 566 da Aneel,
publicado em 13 de setembro de 2002. O despacho prevê ainda que
a distribuidora proceda os ajustes necesários durante a execução
do programa, caso os valores sejam inferiores aos mínimo estabelecidos
no Contrato de Concessão e na Resolução nº 394 da Aneel. (Canal
Energia - 16.09.2002)
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5- Seminário discute abastecimento de energia na região
Norte |
O CGEE promoverá, entre os dias 18 e 19 de setembro, o II Seminário
de Prospecção Regional em Energia, que pretende reunir pesquisadores,
representantes de concessionárias de energia e empresas do setor.
Nesta versão, a região Norte estará em foco e será discutida a
melhor forma de aumentar os investimentos em pesquisa no setor
de abastecimento de energia na região. Os participantes discutirão
os resultados dos levantamentos e diagnósticos preliminares, realizados
a pedido do CGEE, que indicam as oportunidades, gargalos e obstáculos
ao desenvolvimento da região no setor de energia. (Canal Energia
- 16.09.2002)
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1- Falha no sistema impede leilão das federais |
O MAE suspendeu no final da tarde de ontem, por tempo indeterminado,
o leilão da chamada "energia velha" das geradoras federais. O
motivo foram as falhas operacionais do sistema eletrônico do Banco
do Brasil que, durante a maior parte do dia, impediriam que os
compradores fizessem seus lances. O leilão foi suspenso sem que
qualquer negociação fosse concluída. Como coordenador do leilão,
o MAE informou que o aviso de reinício da venda será divulgado
entre 8h e 16h, mas não fixou o dia. O início do pregão estava
previsto para as 10h e desde cedo o sistema apresentou defeito.
"Não sabemos ainda se o problema foi no software ou nos equipamentos",
disse o presidente do MAE, Lindolfo Paixão. Ele explica que, pelo
edital do leilão, o MAE deveria informar com cinco minutos de
antecedência a retomada do sistema, em todas as vezes em que a
negociação sofresse interrupções. (Gazeta Mercantil - 17.09.2002)
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2- Leilão das federais enfrenta mais um obstáculo na
Justiça |
O leilão da chamada "energia velha" das geradoras federais enfrenta
mais um obstáculo na Justiça. Uma liminar foi concedida no Ceará,
ao Sindicato dos Eletricitários local. Na ação, são citadas a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Companhia Hidroelétrica
do São Francisco (Chesf), que deverão recorrer da decisão de primeira
instância da Justiça Federal. O MAE foi citado em duas ações em
São Paulo, que tiveram os pedidos de liminares rejeitados. (Gazeta
Mercantil - 17.09.2002)
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3- Suspensão do leilão gera indefinição |
Previsto para ser iniciado às 10 horas de ontem, o leilão começou
às 13 horas e 30 minutos por causa dos problemas no sistema, segundo
o MAE. O superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, explicou, no
entanto, que o sistema apresentou problemas muitas vezes após
a abertura do leilão e, às 17 horas, o MAE decidiu suspender o
leilão por tempo indeterminado, sem que nenhuma negociação fosse
fechada. Apesar dos problemas, as ofertas de venda de energia
das geradoras foram mostradas no sistema do banco do Brasil e
apresentaram preços mínimos muito baixos, especialmente a energia
a ser entregue na Região Norte. No leilão, será oferecida a chamada
energia livre. Entretanto, para a oferta marcada para ontem, a
geradora privada Tractebel e a estadual Companhia Paranaense de
Energia Elétrica, além da hidrelétrica Barra Grande, de Lençóis,
e a usina Açucareira Zillo Lorenzetti, que oferta a energia termelétrica
excedente, também resolveram participar. Este foi o quarto adiamento
da realização do leilão da energia das estatais, que estava previsto,
inicialmente, para julho. Na sexta-feira, uma liminar concedida
pela Justiça do Ceará contra a Chesf e a Aneel impedia a realização
do leilão, mas os advogados da entidade conseguiram cassá-la ontem,
antes da hora marcada para o início das negociações. Além deste,
existem mais processos contra a realização do leilão: três, em
São Paulo, um, no Rio, um, em Rondônia, e um, em Pernambuco. (Jornal
do Commercio - 17.09.2002)
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4- Cancelamento do leilão joga por terra estratégia
de preço das geradoras |
Embora as conseqüências diretas do adiamento do leilão de energia
ainda estejam sendo avaliadas pelos agentes envolvidos, uma preocupação
já ronda as empresas vendedoras: a concepção de novas estratégias
de atuação. O adiamento do processo por prazo indeterminado minou
as chances de realização dos negócios no ato da divulgação dos
preços, quando as compradoras teriam pouco tempo para analisar
a fundo os valores propostos. Ao abrirem para o mercado os preços
mínimos de venda, até então guardados a sete chaves, as ofertantes
se mantinham na expectativa de surpreender tanto os proponentes
compradores quanto os outros vendedores, com propostas mais atraentes.
Em algumas delas, como Eletronorte e Chesf, essa intenção era
evidente, ao valorarem seus lotes aquém da média de preços das
outras empresas. (Canal Energia - 16.09.2002)
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1- Balança acumula superávit de US$ 931 mi no mês |
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 530
mi na segunda semana de setembro, com exportações de US$ 1,574
bi e importações de US$ 1,044 bi. Com isso, a balança acumula
saldo positivo de US$ 931 mi no mês e de US$ 6,312 bi no ano.
Em 12 meses, a balança está superavitária em US$ 8,175 bi. Os
dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. O resultado da semana surpreendeu
o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB),
José Augusto de Castro. Segundo ele, as exportações cresceram
num momento em que o mundo ainda está em retração. Um dos motivos
para o aumento, no entanto, foi uma falha no registro das guias
de exportação de soja. (Gazeta Mercantil - 17.09.2002)
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2- Mercado vê balança melhor |
A média das expectativas de mercado para o superávit da balança
comercial permaneceu em US$ 7 bi para 2002 e aumentou de US$ 8,07
bi para US$ 8,80 bi para 2003, conforme pesquisa diária realizada
pelo Banco Central do Brasil. As projeções para o déficit em conta
corrente reduziram-se de US$18 bi para US$17,3 bi para 2002 e
de US$17 bi para US$15,90 bi para 2003. As previsões para o fluxo
líquido de investimento estrangeiro direto reduziram-se de US$16,50
bi para US$16,20 bi para 2002 e de US$17,00 bi para US$16,00 bi
para 2003. A média das projeções para o aumento do PIB reduziu-se
de 1,49% para 1,43% para 2002 e manteve-se em 3% para 2003. As
projeções para o IPCA elevaram-se de 6,51% para 6,60% para 2002
e de 5% para 5,20% para 2003. A média das expectativas para o
câmbio elevou-se de US$2,80 para US$2,86 para 2002 e manteve-se
em R$/US$3 para 2003. (Gazeta Mercantil - 17.09.2002)
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3- Dólar comercial abre praticamente estável, a R$
3,2180 |
O dólar comercial iniciou as negociações do dia praticamente estável,
com ligeira alta de 0,03% perante o fechamento de ontem, cotado
a R$ 3,2080 na compra e a R$ 3,2180 na venda. No mercado futuro,
os contratos de outubro negociados na BM & F tinham queda de 0,15%,
projetando a moeda a R$ 3,210. A semana começou com tensões no
Iraque e com novos rumores eleitorais favoráveis ao candidato
oposicionista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre as mesas de
negociação, os boatos de um possível avanço do petista nos próximos
levantamentos de intenção de voto afetaram os negócios. O dólar
comercial fechou com valorização de 1,80% frente ao fechamento
de sexta-feira, a R$ 3,2130 na compra e a R$ 3,2170 na venda.
(Valor Online - 17.09.2002)
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1- CNPE analisa a retomada de Angra III |
O presidente Fernando Henrique Cardoso participa hoje da reunião
do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para discutir
a retomada da construção da usina nuclear de Angra III, no estado
do Rio de Janeiro. Os gastos com os preparativos iniciais estão
orçados em R$ 18 mi, menos que os cerca de US$ 20 mi anuais gastos
hoje com a conservação dos equipamentos já adquiridos. Em caso
da decisão favorável do CNPE, os procedimentos para a continuidade
da obra já terão sido tomados, e com isso, se terá ganho um ano
de trabalho. Se a opção for pelo engavetamento do projeto, a usina
ainda estará num estágio em que não representará custo adicional
para a Eletronuclear. Angra III já custou aos cofres públicos
US$ 750 mi e custará mais US$ 1,8 bi, dos quais US$ 544 mi serão
financiados pelos bancos alemães KfW e Dresdner Bank. O restante
dos recursos viria da própria Eletronuclear e de financiamentos
da Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 17.09.2002)
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2- Siemens aguarda aprovação de Angra III |
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que
decide hoje se autoriza a Eletronuclear a completar a construção
da usina nuclear Angra III é aguardada com ansiedade na Alemanha.
A empresa alemã Siemens estima que poderá receber cerca de US$
1,5 bi com o fornecimento dos equipamentos que ainda faltam para
a entrada em operação da usina em Angra dos Reis (RJ). Segundo
o porta-voz da Siemens, Wolfang Breyer, a expectativa é que a
decisão do governo brasileiro seja positiva. Ele disse que os
executivos da "joint venture" Framatone ANP, formada com 34% de
participação da Siemens e o restante da empresa francesa Areva,
estão com o contrato nas mãos para dar continuidade às obras.
A Siemens deve obter o seguro de crédito para esta operação do
Dresdner Bank e do banco estatal alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau
(KfW). (Gazeta Mercantil - 17.09.2002)
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1- Reestruturação não ajudou consumidores nos EUA |
Um novo estudo que deve ser lançado na próxima semana abordando
tentativas de reestruturação de quatro estados americanos afirma
que consumidores residenciais, e famílias com baixo rendimento
em particular, não se beneficiaram com a possibilidade de escolher
seus próprios fornecedores. Ao examinar escolhas feitas para fornecedores
de gás na Georgia e de eletricidade em Massachusetts, Texas, Ohio
e Nova York, o Centro Nacional Americano de Tecnologia Aplicada
(NCAT) disse que a reestruturação das leis de regulação na maioria
dos casos não resultou em preços menores bem como em maiores escolhas,
como anteciparam erradamente planejadores do governo. Com exceção
de alguns programas realizados em Massachusetts e Ohio que permitiram
importantes economias além do acesso à energias renováveis a consumidores,
indicou o grupo. O estudo, disponível apenas depois desta quinta-feira,
detalha exatamente estes aspectos dos programas dos mencionados
estados que são prejudiciais aos consumidores, bem como aqueles
que servem satisfatoriamente os mesmos, disse o NCAT em um enunciado.
(Platts 13.09.02)
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2- Geradoras se opões a plano para salvar companhia
inglesa |
Proprietários de estações de força reforçaram as pressões contra
o plano do governo para salvar a British Energy, a conturbada
geradora, a menos que o mesmo ofereça condições similares à companhias
concorrentes da British. Tal "intervenção" aumenta as dificuldades
encaradas pelo governo, que tem até o dia 27 de setembro para
acertar um acordo de longo prazo após a concessão de um empréstimo
de curto prazo US$ 632 mi dado à British Energy no último dia
9. No entanto, a AES, detentora da estação de força Drex em Yorkshire,
juntou-se a outros grupos internacionais de energia para expressar
preocupação junto a situação, afirmando que possíveis auxílios
à companhia de geração nuclear podem evitar quedas não desejadas
no fornecimento de energia. Já a American Electric Power, detentora
de duas grandes estações de força no norte da Inglaterra, preveniu
nesta semana a secretária de indústria e comércio do governo,
Patricia Hewitt, que um auxílio unilateral à British Energy pode
trazer "sérias repercussões" aos investidores estrangeiros do
setor. O presidente da British encontra-se também pressionado
pela Autoridade de Serviços Financeiros, que vem estudando fitas
de uma conferência realizada com analistas no dia 14 de agosto
deste ano, durante a qual a British Energy insistiu que não apresentava
qualquer crise financeira. A Powergen, controlada pela E.ON e
pela TXU, disse que qualquer auxílio não deveria dar à companhia
uma vantagem desmerecida. "Os efeitos destes auxílios darão à
British uma enorme vantagem de custos no mercado industrial" disseram
funcionários da Powergen. (Financial Times - 14.09.02)
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3- Moody`s reduz rating da British Energy |
O serviço de investimento
da Moody`s reduziu a classificação de crédito da British Energy
de Ba3 para B2, disse a agência nesta segunda-feira. A Atual classificação
reflete a crescente preocupação da Moody`s de que possam haver
perdas materiais aos acionistas, ela disse, agregando que "o suporte
do Governo até agora vem se limitando a recursos de baixa maturidade
e nenhuma garantia foi dada assegurando que os acionistas não
terão qualquer perda... Algumas soluções potenciais aos problemas
enfrentados pela British Energy estão sendo consideradas pela
companhia e pelo Governo." No início deste mês, a British Energy
disse que para fortalecer seu balanço geral, a mesma deveria vender
os 50% que possui em ações na AmerGen Energy. A Moody`s reiterou
que os ratings B2 deverão continuar sendo observados podendo ocorrer
até uma nova redução em razão das atuais incertezas. A agência
havia reduzido a classificação da British Energy para Ba3 no dia
6 de setembro, e desde então, o Governo inglês adquiriu da esforçada
companhia bônus de US$ 632,11 mi de capital de giro e segurança
que vencerão no dia 27 de setembro. (Platts - 16.09.02)
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4- BPI mantém EDP em "acumular" |
O BPI manteve a sua anterior recomendação de "acumular" para os
títulos da EDP, bem como o preço alvo de US$ 2,23 por ação, refere
o mesmo numa nota de research datada de 13 de Setembro. Na mesma
nota pode ler-se que, apesar dos resultados do primeiro semestre
terem saído ligeiramente acima do esperado e de se ter feito sentir
um controle nos custos, não existem motivos para uma alteração
de recomendação ou preço alvo. "Apesar dos números favoráveis
do semestre, no que toca ao controle de custos, não vemos nenhuma
razão para mudar nem as nossas estimativas nem a nossa recomendação
para a EDP", refere. (Diário Económico - 16.09.02)
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5- Banco Popular faz empréstimo de US$ 57,6 mi para
usina de 101MW da Caterpillar |
O Banco Popular da República Dominicana concordou em fazer um
empréstimo por meio de consórcio bancário, por sete anos, no valor
de US$ 57,6 milhões, à Monte Río Power subsidiária da Caterpillar
americana, para concluir a construção de uma usina elétrica de
101 MW na província de Azua, disse uma fonte do banco popular.
O projeto tem custo total orçado de US$ 94,6 milhões; e os acionistas
da Monte Río se comprometeram a contribuir com US$ 37 milhões.
O empréstimo do consórcio bancário completaria o saldo. O Banco
Popular lidera um grupo de bancos nacionais e estrangeiros, entre
eles os bancos dominicanos Banco del Progreso e Banco Mercantil;
o Banco de Crédito, da Colômbia; o panamenho Banco del Istmo;
e o Banco Interfín, da Costa Rica. A construção da usina em Puerto
Viejo começou no início de 2001 e deve iniciar suas operações
comerciais até o final do ano, segundo a fonte. (Business News
Americas - 13.09.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
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- Jornalista
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de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
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da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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