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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 960 - 16 de setembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Critério de revisão tarifária gera polêmica

Depois de muitas negociações que definiram os valores dos aumentos extraordinários das tarifas de energia, o setor elétrico continua discutindo mais reajustes na conta do consumidor. Desta vez, as distribuidoras e o Governo debatem sobre os critérios para a definição da base de cálculo para as revisões tarifárias periódicas, que ocorrem a cada quatro anos. A Abrace, que não está envolvida diretamente na disputa, mas que sofrerá os impactos de qualquer reajuste, também já se manifestou e enviou algumas observações sobre os critérios das revisões tarifárias à Aneel. A entidade enviou um documento, assinado pelo seu presidente, Adjarma Azevedo, que questiona os critérios definidos pela agência sobre o percentual de perdas técnicas que as distribuidoras podem considerar na revisão de tarifas. Segundo o documento da Abrace, a Aneel definiu um percentual geral sobre essas perdas, que precisa ser especificado, para que as perdas por desvios, falta de medição não sejam incluídas nas revisões, uma vez que são gerenciáveis pelas distribuidoras. (Jornal do Commercio - 16.09.2002)

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2- Energia residencial subiu 167% em sete anos

Em sete anos, a tarifa de energia elétrica subiu 167% para o consumidor residencial, enquanto o índice de preços medido pela Fipe aumentou 103,19%, e o IGPM, 108,12%. Para os próximos anos, a tendência não é diferente. Além de toda reestruturação do setor elétrico, que tende a elevar o preço da energia num primeiro momento, a partir do próximo ano todas as distribuidoras do País terão direito de revisar o nível de suas tarifas. Uma medida legal, prevista nos contratos de concessão, mas que tem provocado uma verdadeira batalha entre Aneel e representantes das concessionárias. A briga já chamou a atenção até do Ministério da Fazenda, que deverá acompanhar o processo. (O Estado de São Paulo - 16.09.2002)

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3- Revisão de tarifas da Cachoeira Dourada será realizada em duas etapas

A revisão das tarifas de energia comercializada pela CDSA (Centrais Elétricas Cachoeira Dourada) será realizada em duas etapas. De acordo com a resolução nº 508 da Aneel, o Índice do "Fator X" incluído no cálculo foi provisoriamente estabelecido em -1,5%. Durante a primeira etapa da revisão, válida de 12 de setembro deste ano até 11 de setembro de 2003, valerão os seguintes valores para as tarifas cobradas pela CDSA à Celg (Companhia Energética de Goiás): R$ 4,12 por KW para a tarifa de demanda e R$ 53,45 por MWh para a tarifa de energia. Para a segunda etapa, correspondente ao valor definitivo da revisão tarifária a ser implantada em 12 de setembro de 2003, serão consideradas como variantes do cáculo as análises sobre os valores de custos operacionais eficientes, o custo de capital, a estrutura ótima de capital e a base de remuneração. (Canal Energia - 16.09.2002)

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4- Hidrelétrica Peixe Angical tem licença para retomar as obras

O consórcio Enerpeixe, construtor da usina hidrelétrica Peixe Angical poderá retomar as obras do empreendimento. O pedido de reconsideração de parte da decisão do desembargador federal e presidente do Tribunal Regional Federal (TRF), Catão Alves, que suspendeu o processo de licenciamento da usina Peixe Angical junto ao Naturatins e transferiu sua competência ao Ibama, já foi apreciado pela juíza da 1ª Vara Federal, Denise Drumond, na última sexta-feira, dia 13 de setembro. A juíza decidiu que as obras da ensecadeira, que já duravam cinco meses, deveriam ser concluídas para que se evitasse danos ambientais. O grupo EDP é o principal acionista do empreendimento, com 95% das ações. (Canal Energia - 16.09.2002)

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5- Furnas e Celg têm novas tarifas para montantes de energia e demanda de potência

A Aneel, por meio da Resolução n° 505, publicada nesta sexta-feira, dia 13 de setembro, no Diário Oficial da União, homologou as tarifas vinculadas aos montantes de energia e demanda de potência entre Furnas Centrais Elétricas e a Celg. Da última quinta-feira, dia 12 de setembro, até o dia 11 de setembro de 2003, a tarifa de demanda fica em R$ 3,11/KW e a tarifa de energia em R$ 40,27 MWh. Já a partir da data de 12 de setembro de 2003, o valor da tarifa de demanda passa a ser de R$ 3,08/KW e o de energia será corrigido para R$ 39,86 MWh. (Canal Energia - 13.09.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia registra aumento em todos os submercados

Todos os subsistemas apresentaram aumento na demanda de energia nesta última quinta-feira, dia 12 de setembro. O subsistema Nordeste registrou aumento no consumo de 0,60%, em relação ao dia anterior, chegando a 6.003 MW, valor 2,06% menor que o indicado pela curva de aversão ao risco do NOS. O consumo de energia na região Sul aumentou 0,57% em comparação com a quarta-feira, dia 11 de setembro. A demanda de energia foi de 7.526 MW, contra 7.438 MW do dia anterior. No subsistema Sudeste/Centro-oeste, a demanda de energia foi de 25.706 MW, um volume 0,13% maior que o verificado no dia anterior. Em comparação com a curva de aversão ao risco 2002/2003, o índice ficou 4,47% abaixo do esperado pelo ONS. Na região Norte, a demanda de energia foi de 2.672 MW, contra 2.664 MW consumidos no dia anterior. O resultado significa um aumento de 1,62%. (Canal Energia - 13.09.2002)

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2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletropaulo fecha acordo para rolar R$ 175 mi

A Eletropaulo Metropolitana fechou um acordo de rolagem da dívida em debêntures, na sexta-feira. Os investidores nos papéis da distribuidora paulista de energia elétrica aceitaram receber parte do pagamento devido e rolar o restante em 23 parcelas mensais. Atualizado, o valor da dívida da Eletropaulo com seus debenturistas, que vence em 1º de outubro, é de R$ 175 mi, informou Luiz Ildefonso Lopes, vice-presidente do Banco Brascan, que coordenou a reestruturação da dívida da companhia. A dívida refere-se à sétima emissão de debêntures, realizada em abril de 2000, no valor total de R$ 350 mi. Outros R$ 175 mi são devidos em 4 de abril de 2003, data do vencimento da emissão. Segundo Ildefonso, cerca de 85% do grupo de quase 50 investidores aderiram ao acordo que prevê o pagamento, em 1º de outubro, dos juros, equivalentes a R$ 30 mi, correspondentes à variação do IGP-M mais 12,2% acertados na escritura da emissão. (Valor - 16.09.2002)

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2- Banco Brascan afirma que acordo com Eletropaulo foi bem sucedido

A partir de novembro, a dívida passa a pagar juros de 14,5% mais IGP-M, mas o valor restante será pago em 23 parcelas mensais e iguais (vencendo em outubro de 2004). Na mesma reunião a empresa propôs um escalonamento semelhante para a parcela de R$ 175 mi que vence em abril de 2003. Foi agendada uma nova Assembléia Geral de Debenturistas em 12 de novembro para discutir a proposta. Para Luiz Ildefonso Lopes, vice-presidente do Banco Brascan, o acordo foi "um sucesso" porque demonstrou que os investidores acreditam na capacidade de pagamento da empresa. "O credor sempre tem a alternativa de execução (da dívida) mas são processos judiciais sempre longos e há um reconhecimento no mercado de que o país enfrenta um momento de enorme estreitamento de crédito", ponderou o vice-presidente do Banco Brascan ao ser questionado sobre as alternativas que os investidores tinham. A Eletropaulo vinha preocupando o mercado por causa dos pesados vencimentos de sua dívida de R$ 4,3 bi, concentrados neste segundo semestre. A empresa estava abalada financeiramente desde o ano passado por conta dos efeitos do racionamento de energia, somados às dificuldades de sua controladora, a americana AES. (Valor - 16.09.2002)

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3- Light chega à Bahia

Depois de entrar no mercado paulista, a distribuidora de eletricidade Light (RJ) chega à Bahia. A companhia fechou contrato para prestação de serviços de eficiência energética com a Cefrinor, um conglomerado de conservação frigorífica de produtos perecíveis, com sede em Salvador e que também atua nos ramos de logística e distribuição. Há cerca de 10 dias, a Light, controlada pelo grupo francês EDF, havia assinado contrato com o Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo. Segundo comunicado oficial da distribuidora, a gradual abertura do mercado leva o grupo EDF a atuar em escala nacional na busca de novos clientes para comercialização de energia e serviços. (Gazeta Mercantil - 16.09.2002)

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4- Transmissão Paulista no Nível 1 de Governança

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista inicia na próxima quarta-feira, dia 18 de setembro, a negociação de ações no Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Com a adesão, a companhia que tem suas ações preferenciais listadas no Ibovespa passará também a compor o IGC, que mede o desempenho das empresas listadas no programa de Governança Corporativa da Bovespa. Os compromissos assumidos pela empresa para ingressar no Nível 1 garantem maior credibilidade e transparência junto ao mercado, investidores e acionistas, além de facilitarem o acompanhamento e a fiscalização dos atos da administração e dos controladores. Sob o controle estatal e com um ativo da ordem de R$ 4 bilhões, a empresa é responsável pela transmissão de energia elétrica no Estado de São Paulo, em uma região que representa mais de 25% do PIB nacional. A empresa conta com 99 subestações, 444 transformadores, 145 estações de microondas, 18.096 km de circuitos de transmissão, 11.548 km de linhas de transmissão, 891 km de cabos de fibras ópticas e uma capacidade instalada de transformação de energia elétrica de 36 mil MVA. (Valor - 16.09.2002)

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5- Nova hidrelétrica no Sul terá investimentos de R$ 1,2 bi

A Usina Hidrelétrica de Foz do Chapecó, entre Águas de Chapecó e Alpestre (RS), terá uma potência instalada de 855 MW, suficiente para abastecer 28% do consumo de Santa Catarina. O investimento será de R$ 1,2 bi. O início dos trabalhos, no entanto, ainda não está definido. O diretor-superintendente do consórcio energético Foz do Chapecó, Enio Schneider, espera que até outubro seja liberada a Licença Ambiental Prévia pelo Ibama. Schneider disse que a partir da licença poderá iniciar a negociação sobre desapropriações. Ele afirmou que, desde novembro, o consórcio aguarda a licença e que isto está atrasando o projeto, além das ameaças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que estão impedindo levantamentos na região. Schneider disse que não pode negociar sem os levantamentos. O consórcio pretende iniciar as obras em janeiro. Caso contrário, só em janeiro de 2004, em virtude do regime de chuvas. Pelo contrato com a Aneel, a geração de energia deve começar em 2008. (Diário Catarinense - 16.09.2002)

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6- Usina Foz do Chapecó já atrai investimentos

Muitos empresários já estão investindo nos municípios que serão atingidos pelo futuro reservatório da usina Foz do Chapecó. O prefeito de Águas de Chapecó, Moacir Dalla Rosa, disse que o comércio, os restaurantes e o setor imobiliário estão realizando melhorias e se preparando para o empreendimento. Ele estima que do investimento total, R$ 300 mi vão circular pela região. Na arrecadação mensal da prefeitura, de R$ 250 mil, ele espera um acréscimo de 30%. O empreendimento vai trazer recursos em aluguéis, compras e serviços. Ele acredita que a população urbana, estimada em 2,5 mil pessoas, pode dobrar em um mês a partir do início da obra, o que traria um impacto muito grande. (Diário Catarinense - 16.09.2002)

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7- Atingidos impõem acordo para início das obras da Usina Foz do Chapecó

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) não está disposto a permitir que a obra da Usina Foz do Chapecó inicie antes de definir a questão dos reassentamentos das famílias atingidas. Segundo um dos coordenadores do movimento, Mauro Bremm, em outras barragens, como Barra Grande, há o problema de que a obra está em fase de conclusão, sem resolver pendências com a população atingida. O MAB quer garantia e prazos de reassentamento para os proprietários, filhos maiores de 18 anos, meeiros e parceiros da área alagada. O MAB discorda da proposta de criar categorias de valores para as terras com base em preços de mercado. Bremm disse que os valores precisam compensar a mudança das famílias para outro local. Outra reivindicação é de um crédito de R$ 3 mil por família atingida a fundo perdido, pelos prejuízos já causados. (Diário Catarinense - 16.09.2002)

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8- Gamesa inicia estudos para explorar parque eólico do Rio de Janeiro

Após ter assinado protocolos de intenção com a Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro (Seinpe) para a exploração da força dos ventos no estado, a Gamesa Serviços dá os primeiros passos para a realização dos estudos de viabilidade de quatro usinas eólicas que serão implantadas em diferentes municípios fluminenses. Segundo Pedro Cavalcanti, diretor da divisão de Energia da Gamesa, os projetos da empresa prevêem a exploração de um potencial total de 200 MW a 250 MW nas cidades de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Quissamã e Campos. A estimativa é de que a Empresa invista de US$ 180 a US$ 325 mi em quatro parques geradores. (Canal Energia - 13.09.2002)

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financiamento

1- Aneel e Chesf derrubam liminar e garantem realização do leilão de energia das federais

A Aneel e a Chesf conseguiram derrubar no último domingo, dia 15 de setembro, a liminar que suspendia leilão de energia das federais, que acontece nesta segunda-feira, dia 16, via Internet. A liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará impedia o leilão. Segundo a Aneel, a suspensão da liminar garante a realização do leilão de energia das federais nesta segunda-feira. Participam do leilão como vendedores de energia, as empresas CGTEE, Chesf, Copel Geração, Eletornorte, Furnas, Tractebel, Usina Barra Grande de Lençóis e Açúcar Zillo Lorenzetti. (Canal Energia - 16.09.2002)

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2- Geradoras divulgam preços iniciais para leilão de energia

O MAE divulgou há pouco os preços iniciais ofertados pelas oito geradoras que participarão do leilão de energia nesta segunda-feira, dia 16 de setembro. Este era um dos fatores que atrasaram o início do leilão, marcado inicialmente para às 10 horas. Entre as empresas ofertantes, a Chesf e a Eletronorte oferecem o menor preço. O valor ofertado pela Eletornorte é de R$ 41,00 para contratos de dois anos no submercado Norte. A Chesf oferece um preço de R$ 45,06 para contratos de dois anos no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Já a Copel Geração aparece entre as empresas que oferecem o maior preço inicial, no valor de R$ 70,00 para contratos de seis anos no submercado Sul. Para o analista de Energia do BBA Creditanstalt, não há explicação para as geradoras ofertarem valores tão baixos, com diferenças mínimas de um contrato a outro. "Os preços apresentados ficaram muito abaixo do esperado do mercado, que previa valores em torno de R$ 70,00 por MWh", observa. (Canal Energia - 16.09.2002)

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3- Preços no MAE caem em todas as regiões

Os preços do MAE para a semana de 14 a 20 de setembro registraram quedas em todos os submercados. Na região Sul, a maior variação (17,8%) foi referente aos valores das cargas pesada e média. Ambos caíram de R$ 7,55 para R$ 6,20. Já o preço para a carga leve nesse submercado caiu R$ 0,64, chegando a R$ 5,86; enquanto nos submercados Norte e Nordeste, o valor do MWh para as cargas pesada, média e leve foram igualmente fixados em R$ 5,54. A maior queda nestas duas regiões (5,6%) atingiu o preço para a carga pesada, que na semana passada estava em estabelecido em R$ 5,87. No Sudeste/Centro-Oeste, o preço para as cargas pesada e média foram fixados em R$ 6,11 e R$ 5,88, respectivamente. Nesse submercado, o valor para a carga leve foi o que mais caiu (9,8%), de R$ 6,50 para R$ 5,86. (Canal Energia - 16.09.2002)

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4- Lances serão feitos pela internet

Os leilões serão informatizados e as empresas compradoras deverão realizar seus lances pela Internet. As geradoras que oferecem a energia deverão entregar os envelopes na sede do MAE, em São Paulo, com os preços mínimos para cada bloco, que terá 0,5 MW médio, até três horas antes do início do leilão. De acordo com a estimativa de Marcos Severine, analista do Banco BBA, a média do preço do MWh deverá ficar em R$ 61 para os contratos de dois anos de duração, R$ 75 para os de quatro anos, e R$ 83 para os de seis anos. Severine explica que os contratos de mais longo prazo deverão ser mais valorizados porque a previsão de equilíbrio entre oferta e demanda está prevista para 2004. Para os contratos de dois anos, na visão de Severine, deverá haver menos procura porque há uma perspectiva de sobra de energia para curto prazo. Segundo o analista, um fato que comprova a sua tese é que Furnas, a geradora que oferece o maior volume de energia, oferecerá 1.360 MW médios para os contratos de seis anos e apenas 170 MW médios para os de quatro e dois anos (cada). Entretanto, o analista acredita que toda a energia ofertada nos três tipos de contrato deverá ser vendida, ao contrário do que ocorreu nos leilões anteriores. (Jornal do Commercio - 16.09.2002)

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5- Fraco consumo derruba preços para leilão

Quanto aos preços que a energia deverá ser negociada no leilão do MAE, Marcos Severine, analista do Banco BBA, avalia que serão baixos por causa do fraco consumo atual. De acordo com o analista, logo após a definição de que haveria leilões, as empresas acreditavam que iriam conseguir vender a energia pelo preço do Valor Normativo - VN, o valor máximo do MWh que a distribuidora pode repassar ao consumidor - que está em quase R$ 90 por MWh, em valores atualizados. "O problema não será vender toda a energia. O problema é que as empresas vão conseguir um preço muito baixo, cerca de 85% do VN em média" avalia Severine. O analista lembra ainda que grande parte dos chamados consumidores livres - grandes consumidores industriais que podem negociar os contratos de fornecimento de energia diretamente com as geradoras - também estarão ausentes do leilão. Os únicos consumidores livres que estavam entre as 44 empresas qualificadas como compradoras foram a CSN, Vale do Rio Doce e o Grupo Votorantim. (Jornal do Commercio - 16.09.2002)

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6- Cotações para o leilão ainda podem subir

Se a possibilidade de escassez de energia aumentar, as cotações para o leilão vão ficar mais altas, podendo ultrapassar R$ 80 o MWh. Divulgada em agosto, a MP 64 abre brecha legal para que as empresas reajustem tarifas por conta desses leilões em datas que não sejam do aniversário da concessão. "O preço é alto e a dependência das chuvas, elevada. Esse é um cenário muito ruim para a indústria", diz o diretor da Fiesp, Pio Gavazzi. O cronograma de desregulação prevê que os contratos das elétricas sejam desfeitos à razão de 25% a cada ano, até serem totalmente livres em 2006. Como o cenário de escassez pode permanecer nos próximos anos, os preços deverão ficar pressionados. Outro grande problema que reduz o impacto da liberação nos preços da energia é o dólar. Cerca de 20% do insumo das distribuidoras é comprado de Itaipu, pago na moeda americana. Como o câmbio passou do início do ano de R$ 2,20 para mais de R$ 3,00 agora, essa alta será repassada às tarifas na parcela dos custos não-gerenciáveis. (Valor - 16.09.2002)

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7- Ainda falta definição de alguns detalhes para leilão

O analista do Banco BBA, Marcos Severine, lembra que há falta de definição dos detalhes sobre as exigências das empresas que terão direito a ser um consumidor livre e como poderá ocorrer a desistência do processo se a companhia não conseguir contratos satisfatórios. O diretor da Abrace, Paulo Ludmer, afirma, no entanto, que o principal motivo da ausência dessas empresas é que não houve tempo para as empresas se registrarem no MAE como consumidor livre. "Esse leilão não foi elaborado para os consumidores livres. Os milhares de consumidores livres em potencial que existem no País deverão participar, em massa, no próximo leilão, previsto para 2003", disse Ludmer. O analista Sérgio Tamashiro, do Unibanco, não é tão otimista quanto Severine em relação ao sucesso do leilão. Na visão de Tamashiro, se for vendida toda a energia ofertada, o preço será muito baixo. O analista explica que a volatilidade do nível de consumo ainda é muito grande e é difícil para as distribuidoras preverem qual será a demanda no futuro. (Jornal do Commercio - 16.09.2002)

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financiamento

1- Copom pode manter os juros em 18% ao ano

O Copom do Banco Central define nesta semana a trajetória da taxa básica de juros, que está em 18% ao ano. A reunião começa amanhã e termina na quarta-feira, mas quase ninguém do mercado financeiro espera que a taxa seja alterada. O principal fator que pode segurar os juros por mais um mês é o preço do dólar. Parte da alta de 26,7% acumulada no ano foi repassada para a inflação e os ajustes podem prosseguir. As projeções para 2003 já indicam que a inflação pode superar os 5%. A meta é de 3,25% e pode registrar variação entre 1,75% e 5,75%. (Gazeta Mercantil - 16.09.2002)

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2- Juros básicos permanecem estáveis

As projeções dos contratos futuros de juros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) indicam a estabilidade dos juros básicos. A taxa de outubro passou de 18,01% para 18% ao ano. Os juros para janeiro de 2003 saíram de 20,32% para 20,45%. A taxa de abril foram de 21,92% a 22,31%.O C-Bond ficou estável em US$ 0,598. O risco Brasil, medido pelo índice Embi+ do JP Morgan, teve alta de 1,32% para 1.735 pontos básicos. "Até as eleições, o mercado vai continuar com poucos negócios e preferir o curto prazo", disse o diretor de mercados emergentes da López León Brokers, Felipe Brandão. (Gazeta Mercantil - 16.09.2002)

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3- Dólar comercial abre em alta de 0,72% e sai a R$ 3,1830

O dólar comercial iniciou as negociações do dia com alta de 0,72% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,1730 na compra e a R$ 3,1830 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham elevação de 0,47%, projetando a moeda a R$ 3,175. Na sexta-feira, os investidores mantiveram a cautela durante o pregão e a liquidez caiu novamente. As preocupações dos agentes continuam centralizadas na possível guerra no Iraque e as conseqüências desse conflito no desempenho da economia mundial. O dólar comercial fechou com valorização de 1,08%, a R$ 3,1580 na compra e a R$ 3,1600 na venda. (Gazeta Mercantil - 16.09.2002)

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gás e termoelétricas

1- Alagoas exportará gás para termoelétrica de Pernambuco

A usina termoelétrica pernambucana de Ipojuca, a 50 km de Recife, terá capacidade para produzir 400 MW e irá receber gás de Alagoas e do Rio Grande do Norte. Alagoas fornecerá a metade do gás necessário; a outra metade virá do Rio Grande do Norte, também através de gasoduto, já concluído. (Gazeta de Alagoas - 16.09.2002)

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internacional

1- Presidente da EDP analisa situação no Brasil e diz ainda que prosseguem as negociações com a Sonae

Francisco Sanchez, presidente da EDP, voltou hoje a referir, durante a conferência de imprensa para apresentação dos resultados semestrais, que existe espaço para a consolidação, a curto/médio prazo, no setor das telecomunicações em Portugal. Admitiu que prosseguem, nesse sentido, as negociações com a Sonae. Quanto à possibilidade de recompra da participação que detinha na Optimus, Sanchez considera-a pouco provável. A EDP mantém assim a sua posição para o setor das telecomunicações, continuando a afirmar que as decisões serão tomadas em função da evolução dos acontecimentos. Para o mercado brasileiro, Francisco Sanchez disse que não estão previstos mais investimentos, apenas a consolidação dos já efetuados e o desenvolvimento de projetos que possam trazer mais valia para o grupo. O mesmo referiu-se à Bandeirante como sendo um caso de sucesso e adiantou que o investimento realizado naquele país se faz com o "cash flow" aí gerado. "A Bandeirante contribui de forma positiva para o EBITDA da EDP, não existe, portanto, motivo para preocupação", afirmou António Castro, representante das relações com o investidor, fazendo referência à instabilidade por que passa a economia brasileira. Quanto aos resultados da EDP, refletem, de uma forma geral, o esforço de eficiência levado a cabo pela empresa, continuando a EDP Distribuição a contribuir com a maior fatia, embora em menor escala neste semestre devido à redução de tarifas imposta pelo regulador. Assim, a EDP dará continuidade ao programa de redução de custos, com o horizonte anteriormente previsto, devendo a poupança incidir sobretudo na aquisição de combustíveis, uma vez que a mesma será feita em conjunto com a Hidrocantábrico. A EDP prevê, até 2005, uma poupança de ordem dos 9%. (Diário Económico - 13.09.02)

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2- Baixo nível dos preços ingleses de energia reduzem crescimento da Alkane Energy

A produtora inglesa de gás Alkane Energy disse que os atuais baixos níveis nos quais se encontram os preços de eletricidade forçarão a companhia a desistir de uma série de projetos de geração anteriormente planejados. A Alkane disse no anúncio de seus resultados do primeiro semestre deste ano que desde que começou a vender ações na bolsa de valores, a mesma conseguiu completar um trabalho de pré-desenvolvimento em diversas áreas de atuação. Entretanto, completou, "com os atuais níveis de preços muitas dessas áreas não vêm mostrando um retorno suficiente dos investimentos feitos para justificar o desenvolvimento das mesmas". Os baixos preços no mercado atacadista de energia estão causando grandes problemas ao governo inglês. A geradora nuclear British Energy, que não possui uma base de consumidores suficiente para repassar os custos aos preços, vem enfrentando uma difícil crise financeira, encarada pelo governo como uma ameaça à normalidade do fornecimento de energia. A Alkaine disse nesta quinta-feira que no início deste ano ela esperava abrir seis novas plantas no fim deste ano. Ela espera agora abri-las apenas durante o ano de 2003. (Financial Times - 13.09.02)

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3- TS&P corta acentuadamente risco de crédito da Reliant

A agência de qualificação de risco de crédito Standard & Poors`s cortou nesta sexta-feira o "rating" maior comerciante independente de energia de Houston Reliant Resources ao reduzir sua qualificação de crédito de "BBB-" para "BB+". A mudança afeta cerca de US$ 8 bi da dívida da Reliante e de sua subsidiária Orion Power Holdings. A S&P também retirou seus papéis comerciais de "ratings A2", efetivamente cortando o acesso da Reliant ao mercado corporativo decapitais de baixos custos e curto prazo. As ações da reliant caíram mais de 10% para menos de US$ 3,90 por ação, abaixo dos US$ 10 em maio e acentuadamente abaixo dos US$ 37 no começo de 2001. (Platts - 13.09.02)

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4- Preços da energia na Áustria caíram 15% em relação à 1991

Os preços da eletricidade na Áustria caíram cerca de 15% no ano de 2002 em comparação com 1991, de acordo com a agência de energia da Áustria Energieverwertungsagentur (E.V.A.). O mercado de energia do país foi totalmente liberalizado em 1º de outubro de 2002, e desde então os preços vêm sofrendo quedas significativas. No entanto, esta tendência de queda vêm sendo observada desde 1996. Nominalmente, os custos com eletricidade subiram cerca de 11% em 2002 quando comparados com 1991, mas os preços pagos pelos consumidores cresceram cerca de 28% no mesmo período, disse a agência. A agência disse ainda que os preços da eletricidade cresceram menos do que os demais "produtos" dos consumidores. Especialistas, no entanto, afirmam que o fundamento do nível dos preços de eletricidade foram novamente atingidos. Esta diferença acima observada afetará, em sua maioria, apenas consumidores industriais, enquanto que consumidores familiares devem se beneficiar dos baixos custos de rede, que devem ser ajustados apenas em 2004. (Platts - 13.09.02)

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5- Saesa emite US$ 200 mi em títulos em Outubro

O Grupo Saesa, holding chileno de distribuição, vai emitir US$ 200 mi em títulos no mercado local na segunda quinzena de outubro, segundo declaração dada à imprensa por Jorge Brahm, CEO da Saesa. Os títulos estão vinculados ao UF, unidade financeira de indexação chilena, e serão emitidos em duas séries: uma de 6,5 milhões de UF, com 5 anos, destinada principalmente a fundos de pensão privados (AFPs); e uma de 4,5 milhões de UF, com 21 anos, destinadas principalmente à companhias de seguro, disse Brahm. As taxas de juros vão ser fixadas no momento da emissão. O Banco de Chile vai administrar a emissão, e a Salomon Smith Barney vai ser o agente de colocação no mercado. Embora a emissão total seja de 11 milhões de UF, o grupo só vai colocar no mercado até 8 milhões de UF (atualmente cerca de US$ 182 mi), ele disse, acrescentando que a agência reguladora de títulos deve registrar a emissão nas próximas duas semanas. Os rendimentos da emissão vão ser usados para financiar a empresa de energia elétrica americana PSEG da Saesa, bem como projetos de investimento financeiro, disse Brahm. Será feita uma outra expansão relativa ao aumento de vendas para clientes do setor de florestamento e criação de salmão, bem como o aumento do consumo residencial através da implementação de aquecimento central. O investimento em geração se destina ao projeto hidrelétrico de 11MW de Lago Atrevesado, com início das operações marcado para o primeiro trimestre de 2003. (Business News Americas - 12.09.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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