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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 958 - 12 de setembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Revisão de tarifas de energia traz preocupação à equipe econômica

O método de avaliação da base de remuneração dos ativos das distribuidoras de energia elétrica por conta da revisão ordinária de tarifas já é motivo de preocupação no governo. Um dos receios é o impacto que a metodologia terá na inflação em 2003. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, teria enviado ofício, na semana passada, ao MME expressando sua preocupação com o impacto do tema sobre as contas públicas e a inflação. A informação é de João Randolfo, consultor do MME. "Ele também pediu que seja verificado se, efetivamente, o modelo adotado é o mais completo disponível", disse ele, que esteve presente em seminário sobre o assunto em São Paulo. Randolfo afirmou que um especialista estrangeiro do Banco Mundial deverá vir ao Brasil ainda nesse mês para avaliar a metodologia de remuneração dos ativos das elétricas para a revisão tarifária. O consultor do Ministério disse que o processo é normal e já estava previsto e não criará interferências com a Aneel. Na visão de especialistas do setor, o estudo pode se configurar em uma brecha para que o método adotado na semana passada pela Aneel, baseado no valor de mercado das concessionárias, possa sofrer alterações. (Valor - 12.09.2002)

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2- Banco Mundial avalia revisão tarifária

O Banco Mundial vai enviar um consultor ao Brasil, no final deste mês, para avaliar a metodologia de revisão tarifária das distribuidoras de energia. Com isso, atende a um pedido do governo federal. A informação foi dada ontem, durante o 3 Encontro de Negócios da Fiesp, por João Randolfo Pontes, assessor do ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide. Pontes afirmou que o consultor, especializado em avaliação de ativos, é contratado pelo Banco Mundial por meio de convênio com o Ministério de Minas e Energia de serviços de assessoria à revitalização do modelo do setor elétrico. Seu objetivo será ouvir os participantes da CGSE, estudar as particularidades brasileiras e propor uma metodologia para a revisão das tarifas - hoje motivo de impasse entre as distribuidoras e a Aneel. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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3- Deputados querem alterar dispositivo da Medida Provisória 64/02

A Medida Provisória nº 64/02, que trata do setor elétrico, pode ser alterada pela Câmara dos Deputados. Pelo menos é o que defende o relator da proposta, o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), e os deputados petistas Luciano Zica (SP) e Jorge Bittar (RJ). Segundo Aleluia, a MP desvia recursos que seriam utilizados para incentivar as fontes alternativas de energia. De acordo com a MP, parte dos recursos provenientes da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) será usado para subsidiar o atendimento aos consumidores de baixa renda, que consome até 80 kWh por mês. Para o relator, a conta foi criada em abril deste ano pela MP 14/02 exclusivamente para financiar fontes alternativas de energia. Cada consumidor, explica ele, paga de 3% a 5% a mais na conta de luz para financiar o programa. Com isso, os recursos recolhidos devem ser usados para esse fim. Na nova proposta, o relator afirma que vai tentar encontrar outras fontes para compensar a isenção dos pequenos consumidores de energia. (Canal Energia - 11.09.2002)

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4- Ministério da Fazenda quer que revisão tarifária não afete política econômica

O Ministério da Fazenda está preocupado com os possíveis impactos do processo de revisão tarifária para o equilíbrio da política econômica do governo e na inflação. O ministro Pedro Malan, há 15 dias, manifestou esta posição em ofício encaminhado ao ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide. A preocupação de Malan foi reiterada na reunião da Câmara de Gestão do Setor Elétrica, que aconteceu na última terça-feira, dia 10 de setembro, em Brasília. Segundo João Randolfo Pontes, consultor e assessor do ministério de Minas e Energia, o ofício do Ministério da Fazenda servirá de base para a análise que um consultor inglês fará sobre o processo de revisão tarifária das distribuidoras de energia, no âmbito do ministério. O relatório do consultor será encaminhado para diversos órgãos do governo, como Aneel, CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e BNDES. (Canal Energia - 11.09.2002)

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5- Aneel autoriza reajuste de tarifas de energia em Goiás

A Aneel autorizou hoje reajustes nas tarifas de energia elétrica de duas distribuidoras de Goiás. O reajuste, que entra em vigor amanhã, é de 11,22% para a Chesp e de 13,24% para a Celg. Segundo a Aneel, para conceder o reajuste foi considerada a variação de custos que as empresas tiveram no decorrer de 12 meses. No cálculo são considerados, também, os custos não gerenciáveis, como a energia comprada de geradoras à Conta de Consumo de Combustível (CCC), a Reserva Global de Reversão (RGR), a taxa de fiscalização e os encargos de transmissão. Também são levados em conta os custos gerenciáveis sobre os quais incide o IGPM. A Chesp fornece energia para 24.429 unidades consumidoras em dez municípios de Goiás, enquanto a Celg atende a 1.682.099 unidades consumidoras em 237 municípios do mesmo Estado. (O Estado de São Paulo - 12.09.2002)

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6- Proibida taxa de iluminação pública

O Ministério Público Estadual obteve liminar, em ação civil pública proposta contra a prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e contra as concessionárias Light e Cerj. A liminar impede a cobrança de taxa de iluminação pública nas contas de luz dos moradores do município, a partir de 1o de outubro. A liminar foi concedida pelo juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 4a Vara Cível de Duque de Caxias, com base no Código de Defesa do Consumidor e na lei estadual 3.813. De acordo com essa lei, as empresas concessionárias de distribuição de energia no Estado do Rio de Janeiro ficam proibidas de incluir na conta de cada consumidor a cobrança da taxa de iluminação pública. (Jornal do Commercio - 12.09.2002)

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7- Audiência pública discute metodologia de cálculo de reajuste da tarifa-fio

Será realizada nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, às 13:30 horas, em Brasília, audiência pública para definir a metodologia de cálculo do reajuste da tarifa de uso dos sistemas de distribuição (TUSD), conhecida como tarifa-fio. Participarão da reunião consumidores livres e demais usuários dos sistemas de distribuição. De acordo com a Aneel, o reajuste deverá ser concatenado com o reajuste anual das tarifas de fornecimento dos concessionários e permissionários de distribuição. Com isso, segundo a agência, a medida evitaria que a defasagem entre os períodos de reajustes implique em distorções de sinais para os consumidores que optarem por outro fornecedor de energia. Além disso, a proposta prevê a reavaliação da estrutura da tarifa-fio na data de revisão tarifária ordinária das concessionárias de distribuição. Neste caso, a idéia é informar dados atualizados da receita referente às atividades de distribuição e comercialização e dos perfis de consumo, permitindo uma sinalização adequada para os usuários dos sistemas de distribuição. (Canal Energia - 12.09.2002)

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8- Aneel abre licitação para monitoramento de PCHs

A Aneel abriu licitação para a contratação de serviços de monitoramento intensivo das obras de PCHs que fazem parte do programa de expansão de geração hidrelétrica e estão em implantação nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Sul. O prazo para entrega de propostas encerra-se no dia 25 de setembro. (Canal Energia - 12.09.2002)

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9- Número de outorgas da Aneel chega a marca de 265 desde o início do ano

De janeiro até agora, a Aneel já outorgou 265 projetos de geração. Esse número equivale a 8.582 MW a serem instalados no sistema nacional, com investimentos de cerca de R$ 14,1 bi. Segundo a agência reguladora, mais de 77 mi de pessoas serão beneficiadas com as novas usinas. Do total de usinas outorgadas, 170 são representadas por termelétricas, 57 são PCHs, 28 são eólicas e apenas 10 são usinas hidrelétricas. Desde 1998, quando o órgão começou a funcionar, já foram expedidos 1.009 outorgas de geração (concessões, autorizações, registros e ampliações), que somam 53.475 MW e investimentos estimados em R$ 75,3 bi. (Canal Energia - 12.09.2002)

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10- Sindicato dos Engenheiros de SP questiona junção de submercados

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) ingressou ontem com representação junto ao Ministério Público Federal, questionando a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de juntar os submercados de energia Sul com Sudeste/Centro-Oeste e Norte com Nordeste, a partir de 1 de janeiro de 2003. Segundo o SEESP, a alteração seria inadequada tecnicamente, pois ignora as restrições físicas da transmissão. Segundo Carlos Augusto Kirchner, diretor do sindicato, a junção poderia significar novos prejuízos ao consumidor. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia sobe 5,2% na região Sul

Números do boletim diário de operação do ONS apontam um crescimento no consumo de energia em todas as regiões do país no último dia 10 de setembro. O maior aumento foi verificado no submercado Sul, que registrou crescimento de 5,2% em comparação com o dia anterior. Na última terça-feira, a demanda de energia nesta região chegou a 7.405 MW. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo cresceu 4,2% em um dia, chegando a 25.366 MW. Em comparação com a curva de aversão ao risco do operador do sistema, a demanda de energia acumulado no mês está 5,73% abaixo do previsto. No submercado Nordeste, o aumento no consumo foi menor, alcançando índice de 1,6% em comparação com o dia anterior. Ontem, a demanda de energia foi de 5.964 MW, ficando 2,69% abaixo da curva de aversão ao risco. E, finalmente, na região Norte, o consumo ontem foi de 2.689 MW, um crescimento de 0,9%. (Canal Energia - 11.09.2002)

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2- Transmissoras serão ressarcidas por sobrecarga em equipamentos

As empresas transmissoras de energia agora poderão ser ressarcidas pela sobrecarga de equipamentos. Isto é o que determina a resolução da Aneel aprovada esta semana, que define procedimentos para pagamento de adicional financeiro para empresas que são obrigadas a operar instalações em condições de sobrecarga, causando perda adicional de vida útil dos aparelhos. Pelas novas regras, o pagamento da compensação financeira será feita pelo agente responsável por ocorrência ou rateio entre todos os usuários da rede básica, quando da condição de operação em sobrecarga for decorrente de problemas no sistema elétrico. As transmissoras recebem mensalmente receita básica na remuneração financeira dos equipamentos em operação. (Canal Energia - 11.09.2002)

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3- Consumo de energia cresce apenas 1,9% em PE

O consumo de energia elétrica em Pernambuco no mês de agosto foi 1,9% mais alto do que em julho e 23,32% maior do que em agosto de 2001, auge do racionamento. Na comparação entre julho deste ano e julho de 2001, o incremento foi de apenas 17,8%. A Celpe avalia que está havendo uma discreta retomada do consumo, mas os números mostram que a energia vendida no mês passado ainda está 5,1% menor do que os níveis do mesmo mês do ano 2000, quando foram consumidos 599 GWh. Se o racionamento não tivesse existido, o consumo deveria estar, no mínimo, 10% maior. Seis meses após o fim do racionamento, o baixo faturamento da Celpe indica que os pernambucanos, de fato, incorporaram hábitos de utilização racional de energia elétrica. A temperatura amena também ajudou. Segundo o gestor da Unidade de Mercado da Celpe, Carlos Frederico Diniz, a classe que mais continua economizando energia é a residencial. (Diário de Pernambuco - 12.09.2002)

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4- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás tenta garantir viabilidade de projetos da região Norte

A Eletrobrás tenta garantir a viabilidade dos grandes projetos hidrelétricos da região Norte do país, como Belo Monte e Tucuruí. A estatal pretende entrar como sócia minoritária em Belo Monte e, para garantir a operação da segunda fase de Tucuruí, vai fazer uma captação no mercado de capitais nacional. Segundo o presidente da companhia, a Eletrobrás pretende lançar R$ 600 mi em debêntures para financiar os 4.100 MW de Tucuruí 2. A primeira das onze máquinas da segunda etapa da hidrelétrica deve entrar em operação em dezembro de 2002. "A cada ano colocaremos mais três ou quatro máquinas em operação até o funcionamento completo da hidrelétrica, programado para 2006." Ventura filho garante que o objetivo da Eletrobrás não é competir com a iniciativa privada, mas sim fazer parcerias ou mesmo assumir projetos que não tenham interessado aos investidores. Segundo o presidente da estatal, a Eletrobrás não consegue suprir as necessidades globais de investimentos do setor elétrico, de R$ 14 bi anuais, em média. (Valor - 12.09.2002)

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2- Emissão de R$ 600 mi da Eletrobrás é adiada

A emissão de R$ 600 mi em debêntures da Eletrobrás, prevista para ser levada ao mercado entre agosto e setembro, foi adiada. A operação foi desenhada para levantar recursos necessários às obras da segunda fase da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Mas a instabilidade do mercado financeiro levou a estatal a esperar mais um pouco, segundo justificou o presidente da empresa, Altino Ventura Filho. O objetivo é concluir a captação até o fim do ano. Enquanto isso, os desembolsos para a obra estão sendo feitos diretamente pela Eletrobrás. O modelo de construção de Tucuruí considera três vetores de financiamento: a Eletrobrás, o BNDES e capital de terceiros, por meio de lançamento de papéis. A taxa inicial de remuneração das debêntures seria de 11%, disse Ventura Filho. Mas esse percentual foi crescendo à medida em que as condições de mercado pioraram. A primeira máquina geradora da hidrelétrica entrará em operação no fim do ano. Segundo o presidente da Eletrobrás, o atraso na captação não compromete o cronograma das obras. A entrada em operação da última turbina deve ocorrer até 2006. Os aportes previstos para 2002 e 2003 são de R$ 700 mi para cada ano. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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3- Eletrobrás financia geração hídrica

A Eletrobrás pode entrar como sócia minoritária em usinas concedidas à iniciativa privada para garantir a expansão do sistema elétrico nacional. Segundo o presidente da estatal, Altino Ventura Filho, a empresa estuda a viabilidade de entrar com participações em quatro hidrelétricas licitadas pela Aneel e arrematadas por investidores privados. A estratégia, diz Ventura Filho, é entrar em até 49,9% do equity e resgatar o investimento feito posteriormente com correção, ou ainda financiar o projeto via empréstimo-ponte. "Não queremos ser sócios das usinas e vender essa energia no futuro. Nosso objetivo é ser apenas um veículo de financiamento", diz ele. Em Lajeado, onde a estatal é sócia dos grupos Rede e EDP, a empresa investiu com prazo de carência de quatro anos e está resgatando o investimento com correção pelo IGP-M mais 12%. "Queremos ser um importante agente financiador do setor, mas sem competir com o BNDES porque, ao contrário do banco, não oferecemos financiamento de longo prazo", afirma Ventura Filho. (Valor - 12.09.2002)

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4- Parcerias com investidores privados são analisadas pela Eletrobrás

O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, disse que a estatal analisa possibilidades de novas parcerias com investidores privados. Esta é considerada por ele uma opção interessante de participação em obras para a expansão da capacidade instalada do País. Segundo Ventura Filho, é pequeno o volume de pedidos de investidores para a entrada da Eletrobrás em projetos, mas alguns deles já estão em estudo. "A Eletrobrás está aberta ao sistema privado. Só não vai entrar em novas licitações porque não é seu objetivo substituir os investidores", afirmou. Atualmente, a estatal participa das usinas hidrelétricas de Itá (1.470 MW, com o consórcio Itá), Lajeado (902 MW, com o Grupo Rede e com a Eletricidade de Portugal), Itiquira I e II (156 MW, com o consórcio Itiquira) e Guaporé (120 MW, com o Grupo Rede). Nesses casos, a empresa passa a ser sócia do empreendimento depois que o investidor privado já arrematou a concessão em leilão. Desde sua entrada no negócio, a Eletrobrás já tem programada a saída, por meio de resgate de ações. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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5- Cesp divula edital no próximo dia 18

A partir do próximo dia 18, a Cesp divulga edital para a realização do leilão de venda de energia. Os interessados poderão obter o documento pelo site www.cesp.com.br. A empresa, que já havia divulgado interesse em fazer o negócio, vai ofertar a energia resultante da liberação dos 25% dos contratos iniciais a partir de 2003. Serão colocados à venda um lote de 900 MW médios, em blocos de 5 MW médios. Os contratos assinados terão prazo de dez anos e a entrega da energia será feita no submercado em que estiverem localizadas as usinas da geradora. O peço mínimo do MWh será divulgado até a realização do leilão. (Jornal do Commercio - 12.09.2002)

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6- Empresas de energia elétrica ajudam a recuperar o fôlego das fusões e aquisições

O Brasil começa a retomar a normalidade econômica, ao menos no que diz respeito aos negócios de fusões e aquisições de empresas. Levantamento da consultoria KPMG indica que a média de transações em julho e agosto deste ano foi de 27, um número muito próximo à média mensal de 28 negócios em 2001 e 29 no ano anterior. As empresas mais procuradas para negócios foram as de energia elétrica, alimentos e metalurgia/ siderurgia. A KPMG levou em conta as vendas de concessões que a Aneel fez de usinas hidrelétricas em construção. A canadense Alcan Alumínio, por exemplo, comprou a licença para usar a energia de Traíra 2 (MG). "O setor de energia sofre problemas financeiros. As indústrias estão dispostas a bancar uma usina e garantir o insumo", afirmou ontem André Castello Branco, sócio da KPMG. O levantamento é baseado nas aquisições e fusões públicas realizadas no Brasil (algumas são mantidas em sigilo). (Folha de São Paulo - 12.09.2002)

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financiamento

1- Liminares da AES e Copel atrasam liquidação no MAE

As liminares judiciais obtidas pela Copel e pela AES Sul contra a resolução 288 da Aneel podem ser o novo obstáculo ao funcionamento do MAE. O superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, disse que a decisão judicial implica em uma mudanças nas regras de contabilização que estão em vigor. "Quando uma empresa pede uma mudança nas regras, mexe com os valores destinados às 104 outras companhias registradas no mercado", diz Paixão. A AES Sul entrou na Justiça para ter o direito de contabilizar R$ 373 mi referentes a receitas com transações MAE em 2001 e a Copel conseguiu o direito de contabilizar R$ 256 mi no mercado atacadista. Ambas conseguiram ainda o direito de não republicar os balanços contábeis do ano passado. O pleito envolve a comercialização da energia da cota-parte de Itaipu no sub-mercado Sudeste/Centro-Oeste durante o racionamento, quando havia discrepância de preços entre as regiões. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, a agência já entrou com o pedido de cassação da liminar na segunda-feira e espera uma resposta da Justiça até o fim da semana. Segundo Lindolfo Paixão, se a a Justiça decidir manter as liminares, a contabilização das faturas do MAE em 2001 terá de ser refeita. No entanto, Paixão observou que o cronograma previsto para a liquidação dos negócios não será alterado, independentemente da resposta da Justiça. (Valor - 12.09.2002)

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financiamento

1- IPV registra inflação de 0,78%

O IPV, medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) na Região Metropolitana de São Paulo, registrou alta de 0,78% na primeira quadrissemana do mês de setembro - uma alta de 0,14 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior, quando o índice atingiu 0,78%. Se considerarmos apenas a última semana, o índice inflacionário atingiu 1,34%. No ano, a inflação é de 7,45%. Nos últimos 12 meses, chega a 10,55%. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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2- Projeções para taxas de juros caem

As projeções para as taxas de juros fecharam em baixa. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de outubro recuou de 18,02% para 18,01% ao ano. A taxa para janeiro de 2003 saiu de 20,43% para 20,34% ao ano. Os juros para abril passaram de 21,90% para 21,80% ao ano. Apesar da queda nas taxas, a aposta do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC não deve alterar a taxa básica de juros da economia, que está em 18% ao ano. O Copom se reúne na próxima semana para definir o rumo dos juros básicos. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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3- Dólar comercial abre em alta de 0,7% e atinge R$ 3,1280

O dólar comercial abriu as operações de hoje com elevação de 0,70% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,1180 na compra e a R$ 3,1280 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham avanço de 0,58%, projetando a moeda a R$ 3,119. Ontem, sem novos imprevistos relacionados ao terrorismo, o mercado melhorou. No final do dia, o dólar comercial apontou queda de 0,98%, a R$ 3,1030 na compra e a R$ 3,1060 na venda. (Valor Online - 12.09.2002)

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gás e termoelétricas

1- Legislativo volta a analisar concessão da BR no ES

A polêmica em torno da concessão de gás natural da BR Distribuidora no Espírito Santo volta à pauta da Assembléia Legislativa. Depois que o presidente da Agência em Rede do Espírito Santo (Aderes), Carlos Alberto Ferrari Ferreira, prestou depoimento, ontem, na Comissão Especial criada pelo legislativo para analisar o contrato de concessão, celebrado entre o governo estadual e a subsidiária da Petrobras até o ano de 2043, o deputado estadual Robson Neves (PFL) tirou duas conclusões. A primeira é a de que a fiscalização feita pelo estado é falha e, com isso, os interesses comerciais da BR sobrepõem-se aos do poder público. A outra foi de que o valor da concessão não deve ultrapassar os R$ 50 mi, cifra que poderá ser paga à estatal, caso o contrato venha a ser na prática rompido. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)

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internacional

1- Consolidated Edison e seguradores entram com ação de reparação de perdas pelo ataque terrorista do ano passado

A nova-iorquina Consolidated Edison e cinco companhias de seguro entraram com uma ação nesta terça-feira contra a Autoridade dos Portos de Nova York e New Jersey sobre danos que a Consolidated Edison sofreu durante os ataques no World Trade Center no ano passado. A Autoridade dos Portos detinha o WTC até o início de 2001, quando a mesma vendou o complexo a investidores, resolvendo depois alugá-lo para novamente controlá-lo. A Consolidated Edison e as companhias de seguro entraram com o processo no Tribunal Regional do Distrito meridional com um pedido de US$ 314,5mi. O Processo envolve danos observados sobre uma subestação da Edison além de equipamentos associados de distribuição no WTC. A Edison e os seguradores reclamam que a colocação de geradores à diesel no WCT agravaram a propagação do fogo ocasionando o desmoronamento do mesmo, destruindo a subestação e a infra-estrutura de distribuição, disse um porta-voz da Edison. De acordo com o processo, caso não houvesse o desmoronamento da estrutura do complexo, haveriam apenas pequenos ou nenhum dano à subestação da Edison. "As companhias de seguro já compensaram a Edison por parte dos danos e visam agora um reembolso do montante, disse o porta-voz". (Platts – 11.09.02)

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2- British Energy espera elevar seu ganho na venda das ações que possuí na AmerGen

A British Energy poderá receber mais por suas ações na AmerGen Energy, geradora americana de energia nuclear, após o anúncio feito ontem pelo seu sócio de que deverá, também, vender toda a parcela que lhe cabe na mesma. A conturbada geradora de energia nuclear British, que nesta semana recebeu US$ 638 mi de fundos emergenciais do Governo para evitar uma possível falência, deverá receber agora entre US$ 100 mi e US$ 500 mi pelos seus 50% na AmerGen, de acordo com estimativas de analistas. Com a venda do controle da Amergen, a British Energy e a Exelon, seu sócio, estão perto de conseguir um preço melhor do que se decidissem vender cada parte em separado. Estão sendo esperadas conversas informais entre a British Energy e possíveis compradores, mas acredita-se que o fechamento de um acordo levará algum tempo para ser concluído o que impediria que a companhia resolvesse qualquer uma de suas obrigações de curto prazo. (Financial Times – 11.09.02)

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3- Resultados da EDP em linha com as expectativas

A EDP registou, no primeiro semestre deste ano, um resultado líquido de US$ 224,82 mi, um valor que vai de encontro às estimativas da maioria dos analistas. Este resultado, superior em 2,8% ao atingido no primeiro semestre do ano anterior, corresponde a um lucro bruto por ação de US$ 0,08, refere a EDP em comunicado. Quanto às vendas, ascenderam aos US$ 18,05 bi, o que representa um acréscimo de 2,8% face ao período homólogo anterior. Com uma performance menos positiva esteve a dívida líquida que evoluiu, no período em análise, 18,2% para os US$ 6,3 bi. Deste montante, cerca de US$ 778 mi respeitam à inclusão, no primeiro semestre de 2002, de 40% da dívida da Adygesinval, explica a EDP no seu relatório. Para o EBITDA o recuo foi da ordem dos 3% para os US$ 727,3 mi. O Resultado Operacional do Grupo EDP no primeiro semestre de 2002 ascendeu a US$ 344,45 mi, ou seja, menos 16,9% do que no período homólogo do ano anterior. No primeiro semestre de 2002, o Investimento Operacional do Grupo EDP ascendeu a US$ 411,15 mi, o que representa uma variação positiva de cerca de US$ 182,8 mi em relação ao primeiro semestre de 2001. Esta evolução resulta de um aumento significativo do investimento no "core business" e na ONI, bem como da inclusão no Investimento do Grupo de 40% do investimento realizado pela Hidrocantábrico. (Diário Económico – 11.09.02)

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4- Duke negocia construção das termelétricas de Corumbá e San Marcos

A Duke Energy, com sede nos Estados Unidos, está em negociações com uma potencial construtora de EPC para execução dos projetos de suas termelétricas de Corumbá e San Marcos (na Bolívia) e planeja começar as obras este ano, segundo informou Marcelo Alves, gerente assistente de projetos em Corumbá. A Duke optou por iniciar negociações com a empreiteira por causa da experiência desta em instalação de turbinas da General Electric, disse Alves. Ambos os projetos são de 88 MW e vão utilizar turbinas GE LM 6000. Entretanto, as turbinas estão estocadas em Houston e só serão enviadas ao Brasil depois que os contratos de EPC forem assinados. A Duke está desenvolvendo estudos básicos de engenharia em outros projetos da Corumbá, depois de concluir as obras preliminares de engenharia e obter a licença de mobilização. O investimento em cada projeto é de cerca de US$ 60 milhões, com os equipamentos representando mais de 50% do total. A Duke Energy International detém 55% do projeto Corumbá, e a Petrobrás tem os 45% restantes. A empresa Monteiro Aranha e a cooperativa local CRE se retiraram do projeto de San Marcos, ficando a Duke com 49% de participação, deixando 40 % para a Corani, subsidiária boliviana de geração elétrica da qual a Duke detém 50%, e 27% para a Petrobras Bolívia. Segundo Alves, as negociações comerciais ainda estão em andamento com a Petrobras Bolivia, que vai fornecer aos dois projetos 500 mil metros cúbicos/dia do gás necessário. A Duke Trading do Brasil vai comprar a produção das duas usinas para venda a clientes brasileiros. (Business News Americas – 10.09.02)

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Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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