1- Revisão de tarifas de energia traz preocupação à
equipe econômica |
O
método de avaliação da base de remuneração dos ativos das distribuidoras
de energia elétrica por conta da revisão ordinária de tarifas
já é motivo de preocupação no governo. Um dos receios é o impacto
que a metodologia terá na inflação em 2003. O ministro da Fazenda,
Pedro Malan, teria enviado ofício, na semana passada, ao MME expressando
sua preocupação com o impacto do tema sobre as contas públicas
e a inflação. A informação é de João Randolfo, consultor do MME.
"Ele também pediu que seja verificado se, efetivamente, o modelo
adotado é o mais completo disponível", disse ele, que esteve presente
em seminário sobre o assunto em São Paulo. Randolfo afirmou que
um especialista estrangeiro do Banco Mundial deverá vir ao Brasil
ainda nesse mês para avaliar a metodologia de remuneração dos
ativos das elétricas para a revisão tarifária. O consultor do
Ministério disse que o processo é normal e já estava previsto
e não criará interferências com a Aneel. Na visão de especialistas
do setor, o estudo pode se configurar em uma brecha para que o
método adotado na semana passada pela Aneel, baseado no valor
de mercado das concessionárias, possa sofrer alterações. (Valor
- 12.09.2002)
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2- Banco Mundial avalia revisão tarifária |
O Banco Mundial vai enviar um consultor ao Brasil, no final deste
mês, para avaliar a metodologia de revisão tarifária das distribuidoras
de energia. Com isso, atende a um pedido do governo federal. A
informação foi dada ontem, durante o 3 Encontro de Negócios da
Fiesp, por João Randolfo Pontes, assessor do ministro de Minas
e Energia, Francisco Gomide. Pontes afirmou que o consultor, especializado
em avaliação de ativos, é contratado pelo Banco Mundial por meio
de convênio com o Ministério de Minas e Energia de serviços de
assessoria à revitalização do modelo do setor elétrico. Seu objetivo
será ouvir os participantes da CGSE, estudar as particularidades
brasileiras e propor uma metodologia para a revisão das tarifas
- hoje motivo de impasse entre as distribuidoras e a Aneel. (Gazeta
Mercantil - 12.09.2002)
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3- Deputados querem alterar dispositivo da Medida Provisória
64/02 |
A Medida Provisória nº 64/02, que trata do setor elétrico, pode
ser alterada pela Câmara dos Deputados. Pelo menos é o que defende
o relator da proposta, o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA),
e os deputados petistas Luciano Zica (SP) e Jorge Bittar (RJ).
Segundo Aleluia, a MP desvia recursos que seriam utilizados para
incentivar as fontes alternativas de energia. De acordo com a
MP, parte dos recursos provenientes da CDE (Conta de Desenvolvimento
Energético) será usado para subsidiar o atendimento aos consumidores
de baixa renda, que consome até 80 kWh por mês. Para o relator,
a conta foi criada em abril deste ano pela MP 14/02 exclusivamente
para financiar fontes alternativas de energia. Cada consumidor,
explica ele, paga de 3% a 5% a mais na conta de luz para financiar
o programa. Com isso, os recursos recolhidos devem ser usados
para esse fim. Na nova proposta, o relator afirma que vai tentar
encontrar outras fontes para compensar a isenção dos pequenos
consumidores de energia. (Canal Energia - 11.09.2002)
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4- Ministério da Fazenda quer que revisão tarifária
não afete política econômica |
O Ministério da Fazenda está preocupado com os possíveis impactos
do processo de revisão tarifária para o equilíbrio da política
econômica do governo e na inflação. O ministro Pedro Malan, há
15 dias, manifestou esta posição em ofício encaminhado ao ministro
de Minas e Energia, Francisco Gomide. A preocupação de Malan foi
reiterada na reunião da Câmara de Gestão do Setor Elétrica, que
aconteceu na última terça-feira, dia 10 de setembro, em Brasília.
Segundo João Randolfo Pontes, consultor e assessor do ministério
de Minas e Energia, o ofício do Ministério da Fazenda servirá
de base para a análise que um consultor inglês fará sobre o processo
de revisão tarifária das distribuidoras de energia, no âmbito
do ministério. O relatório do consultor será encaminhado para
diversos órgãos do governo, como Aneel, CNPE (Conselho Nacional
de Política Energética), Ministério da Fazenda, Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão e BNDES. (Canal Energia - 11.09.2002)
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5- Aneel autoriza reajuste de tarifas de energia em
Goiás |
A Aneel autorizou hoje reajustes nas tarifas de energia elétrica
de duas distribuidoras de Goiás. O reajuste, que entra em vigor
amanhã, é de 11,22% para a Chesp e de 13,24% para a Celg. Segundo
a Aneel, para conceder o reajuste foi considerada a variação de
custos que as empresas tiveram no decorrer de 12 meses. No cálculo
são considerados, também, os custos não gerenciáveis, como a energia
comprada de geradoras à Conta de Consumo de Combustível (CCC),
a Reserva Global de Reversão (RGR), a taxa de fiscalização e os
encargos de transmissão. Também são levados em conta os custos
gerenciáveis sobre os quais incide o IGPM. A Chesp fornece energia
para 24.429 unidades consumidoras em dez municípios de Goiás,
enquanto a Celg atende a 1.682.099 unidades consumidoras em 237
municípios do mesmo Estado. (O Estado de São Paulo - 12.09.2002)
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6- Proibida taxa de iluminação pública |
O Ministério Público Estadual obteve liminar, em ação civil pública
proposta contra a prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,
e contra as concessionárias Light e Cerj. A liminar impede a cobrança
de taxa de iluminação pública nas contas de luz dos moradores
do município, a partir de 1o de outubro. A liminar foi concedida
pelo juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 4a Vara Cível de Duque
de Caxias, com base no Código de Defesa do Consumidor e na lei
estadual 3.813. De acordo com essa lei, as empresas concessionárias
de distribuição de energia no Estado do Rio de Janeiro ficam proibidas
de incluir na conta de cada consumidor a cobrança da taxa de iluminação
pública. (Jornal do Commercio - 12.09.2002)
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7- Audiência pública discute metodologia de cálculo
de reajuste da tarifa-fio |
Será realizada nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, às 13:30
horas, em Brasília, audiência pública para definir a metodologia
de cálculo do reajuste da tarifa de uso dos sistemas de distribuição
(TUSD), conhecida como tarifa-fio. Participarão da reunião consumidores
livres e demais usuários dos sistemas de distribuição. De acordo
com a Aneel, o reajuste deverá ser concatenado com o reajuste
anual das tarifas de fornecimento dos concessionários e permissionários
de distribuição. Com isso, segundo a agência, a medida evitaria
que a defasagem entre os períodos de reajustes implique em distorções
de sinais para os consumidores que optarem por outro fornecedor
de energia. Além disso, a proposta prevê a reavaliação da estrutura
da tarifa-fio na data de revisão tarifária ordinária das concessionárias
de distribuição. Neste caso, a idéia é informar dados atualizados
da receita referente às atividades de distribuição e comercialização
e dos perfis de consumo, permitindo uma sinalização adequada para
os usuários dos sistemas de distribuição. (Canal Energia - 12.09.2002)
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8- Aneel abre licitação para monitoramento de PCHs
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A Aneel abriu licitação para a contratação de serviços de monitoramento
intensivo das obras de PCHs que fazem parte do programa de expansão
de geração hidrelétrica e estão em implantação nas regiões Sudeste,
Centro-Oeste, Norte e Sul. O prazo para entrega de propostas encerra-se
no dia 25 de setembro. (Canal Energia - 12.09.2002)
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9- Número de outorgas da Aneel chega a marca de 265
desde o início do ano |
De janeiro até agora, a Aneel já outorgou 265 projetos de geração.
Esse número equivale a 8.582 MW a serem instalados no sistema
nacional, com investimentos de cerca de R$ 14,1 bi. Segundo a
agência reguladora, mais de 77 mi de pessoas serão beneficiadas
com as novas usinas. Do total de usinas outorgadas, 170 são representadas
por termelétricas, 57 são PCHs, 28 são eólicas e apenas 10 são
usinas hidrelétricas. Desde 1998, quando o órgão começou a funcionar,
já foram expedidos 1.009 outorgas de geração (concessões, autorizações,
registros e ampliações), que somam 53.475 MW e investimentos estimados
em R$ 75,3 bi. (Canal Energia - 12.09.2002)
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10- Sindicato dos Engenheiros de SP questiona junção
de submercados |
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) ingressou
ontem com representação junto ao Ministério Público Federal, questionando
a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE),
de juntar os submercados de energia Sul com Sudeste/Centro-Oeste
e Norte com Nordeste, a partir de 1 de janeiro de 2003. Segundo
o SEESP, a alteração seria inadequada tecnicamente, pois ignora
as restrições físicas da transmissão. Segundo Carlos Augusto Kirchner,
diretor do sindicato, a junção poderia significar novos prejuízos
ao consumidor. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)
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1- Consumo de energia sobe 5,2% na região Sul |
Números do boletim diário de operação do ONS apontam um crescimento
no consumo de energia em todas as regiões do país no último dia
10 de setembro. O maior aumento foi verificado no submercado Sul,
que registrou crescimento de 5,2% em comparação com o dia anterior.
Na última terça-feira, a demanda de energia nesta região chegou
a 7.405 MW. No Sudeste/Centro-Oeste, o consumo cresceu 4,2% em
um dia, chegando a 25.366 MW. Em comparação com a curva de aversão
ao risco do operador do sistema, a demanda de energia acumulado
no mês está 5,73% abaixo do previsto. No submercado Nordeste,
o aumento no consumo foi menor, alcançando índice de 1,6% em comparação
com o dia anterior. Ontem, a demanda de energia foi de 5.964 MW,
ficando 2,69% abaixo da curva de aversão ao risco. E, finalmente,
na região Norte, o consumo ontem foi de 2.689 MW, um crescimento
de 0,9%. (Canal Energia - 11.09.2002)
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2- Transmissoras serão ressarcidas por sobrecarga em
equipamentos |
As empresas transmissoras de energia agora poderão ser ressarcidas
pela sobrecarga de equipamentos. Isto é o que determina a resolução
da Aneel aprovada esta semana, que define procedimentos para pagamento
de adicional financeiro para empresas que são obrigadas a operar
instalações em condições de sobrecarga, causando perda adicional
de vida útil dos aparelhos. Pelas novas regras, o pagamento da
compensação financeira será feita pelo agente responsável por
ocorrência ou rateio entre todos os usuários da rede básica, quando
da condição de operação em sobrecarga for decorrente de problemas
no sistema elétrico. As transmissoras recebem mensalmente receita
básica na remuneração financeira dos equipamentos em operação.
(Canal Energia - 11.09.2002)
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3- Consumo de energia cresce apenas 1,9% em PE |
O consumo de energia elétrica em Pernambuco no mês de agosto foi
1,9% mais alto do que em julho e 23,32% maior do que em agosto
de 2001, auge do racionamento. Na comparação entre julho deste
ano e julho de 2001, o incremento foi de apenas 17,8%. A Celpe
avalia que está havendo uma discreta retomada do consumo, mas
os números mostram que a energia vendida no mês passado ainda
está 5,1% menor do que os níveis do mesmo mês do ano 2000, quando
foram consumidos 599 GWh. Se o racionamento não tivesse existido,
o consumo deveria estar, no mínimo, 10% maior. Seis meses após
o fim do racionamento, o baixo faturamento da Celpe indica que
os pernambucanos, de fato, incorporaram hábitos de utilização
racional de energia elétrica. A temperatura amena também ajudou.
Segundo o gestor da Unidade de Mercado da Celpe, Carlos Frederico
Diniz, a classe que mais continua economizando energia é a residencial.
(Diário de Pernambuco - 12.09.2002)
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4- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobrás tenta garantir viabilidade de projetos
da região Norte |
A Eletrobrás tenta garantir a viabilidade dos grandes projetos
hidrelétricos da região Norte do país, como Belo Monte e Tucuruí.
A estatal pretende entrar como sócia minoritária em Belo Monte
e, para garantir a operação da segunda fase de Tucuruí, vai fazer
uma captação no mercado de capitais nacional. Segundo o presidente
da companhia, a Eletrobrás pretende lançar R$ 600 mi em debêntures
para financiar os 4.100 MW de Tucuruí 2. A primeira das onze máquinas
da segunda etapa da hidrelétrica deve entrar em operação em dezembro
de 2002. "A cada ano colocaremos mais três ou quatro máquinas
em operação até o funcionamento completo da hidrelétrica, programado
para 2006." Ventura filho garante que o objetivo da Eletrobrás
não é competir com a iniciativa privada, mas sim fazer parcerias
ou mesmo assumir projetos que não tenham interessado aos investidores.
Segundo o presidente da estatal, a Eletrobrás não consegue suprir
as necessidades globais de investimentos do setor elétrico, de
R$ 14 bi anuais, em média. (Valor - 12.09.2002)
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2- Emissão de R$ 600 mi da Eletrobrás é adiada |
A emissão de R$ 600 mi em debêntures da Eletrobrás, prevista para
ser levada ao mercado entre agosto e setembro, foi adiada. A operação
foi desenhada para levantar recursos necessários às obras da segunda
fase da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Mas a instabilidade do
mercado financeiro levou a estatal a esperar mais um pouco, segundo
justificou o presidente da empresa, Altino Ventura Filho. O objetivo
é concluir a captação até o fim do ano. Enquanto isso, os desembolsos
para a obra estão sendo feitos diretamente pela Eletrobrás. O
modelo de construção de Tucuruí considera três vetores de financiamento:
a Eletrobrás, o BNDES e capital de terceiros, por meio de lançamento
de papéis. A taxa inicial de remuneração das debêntures seria
de 11%, disse Ventura Filho. Mas esse percentual foi crescendo
à medida em que as condições de mercado pioraram. A primeira máquina
geradora da hidrelétrica entrará em operação no fim do ano. Segundo
o presidente da Eletrobrás, o atraso na captação não compromete
o cronograma das obras. A entrada em operação da última turbina
deve ocorrer até 2006. Os aportes previstos para 2002 e 2003 são
de R$ 700 mi para cada ano. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)
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3- Eletrobrás financia geração hídrica |
A Eletrobrás pode entrar como sócia minoritária em usinas concedidas
à iniciativa privada para garantir a expansão do sistema elétrico
nacional. Segundo o presidente da estatal, Altino Ventura Filho,
a empresa estuda a viabilidade de entrar com participações em
quatro hidrelétricas licitadas pela Aneel e arrematadas por investidores
privados. A estratégia, diz Ventura Filho, é entrar em até 49,9%
do equity e resgatar o investimento feito posteriormente com correção,
ou ainda financiar o projeto via empréstimo-ponte. "Não queremos
ser sócios das usinas e vender essa energia no futuro. Nosso objetivo
é ser apenas um veículo de financiamento", diz ele. Em Lajeado,
onde a estatal é sócia dos grupos Rede e EDP, a empresa investiu
com prazo de carência de quatro anos e está resgatando o investimento
com correção pelo IGP-M mais 12%. "Queremos ser um importante
agente financiador do setor, mas sem competir com o BNDES porque,
ao contrário do banco, não oferecemos financiamento de longo prazo",
afirma Ventura Filho. (Valor - 12.09.2002)
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4- Parcerias com investidores privados são analisadas
pela Eletrobrás |
O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, disse que a
estatal analisa possibilidades de novas parcerias com investidores
privados. Esta é considerada por ele uma opção interessante de
participação em obras para a expansão da capacidade instalada
do País. Segundo Ventura Filho, é pequeno o volume de pedidos
de investidores para a entrada da Eletrobrás em projetos, mas
alguns deles já estão em estudo. "A Eletrobrás está aberta ao
sistema privado. Só não vai entrar em novas licitações porque
não é seu objetivo substituir os investidores", afirmou. Atualmente,
a estatal participa das usinas hidrelétricas de Itá (1.470 MW,
com o consórcio Itá), Lajeado (902 MW, com o Grupo Rede e com
a Eletricidade de Portugal), Itiquira I e II (156 MW, com o consórcio
Itiquira) e Guaporé (120 MW, com o Grupo Rede). Nesses casos,
a empresa passa a ser sócia do empreendimento depois que o investidor
privado já arrematou a concessão em leilão. Desde sua entrada
no negócio, a Eletrobrás já tem programada a saída, por meio de
resgate de ações. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)
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5- Cesp divula edital no próximo dia 18 |
A partir do próximo dia 18, a Cesp divulga edital para a realização
do leilão de venda de energia. Os interessados poderão obter o
documento pelo site www.cesp.com.br. A empresa, que já havia divulgado
interesse em fazer o negócio, vai ofertar a energia resultante
da liberação dos 25% dos contratos iniciais a partir de 2003.
Serão colocados à venda um lote de 900 MW médios, em blocos de
5 MW médios. Os contratos assinados terão prazo de dez anos e
a entrega da energia será feita no submercado em que estiverem
localizadas as usinas da geradora. O peço mínimo do MWh será divulgado
até a realização do leilão. (Jornal do Commercio - 12.09.2002)
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6- Empresas de energia elétrica ajudam a recuperar
o fôlego das fusões e aquisições |
O Brasil começa a retomar a normalidade econômica, ao menos no
que diz respeito aos negócios de fusões e aquisições de empresas.
Levantamento da consultoria KPMG indica que a média de transações
em julho e agosto deste ano foi de 27, um número muito próximo
à média mensal de 28 negócios em 2001 e 29 no ano anterior. As
empresas mais procuradas para negócios foram as de energia elétrica,
alimentos e metalurgia/ siderurgia. A KPMG levou em conta as vendas
de concessões que a Aneel fez de usinas hidrelétricas em construção.
A canadense Alcan Alumínio, por exemplo, comprou a licença para
usar a energia de Traíra 2 (MG). "O setor de energia sofre problemas
financeiros. As indústrias estão dispostas a bancar uma usina
e garantir o insumo", afirmou ontem André Castello Branco, sócio
da KPMG. O levantamento é baseado nas aquisições e fusões públicas
realizadas no Brasil (algumas são mantidas em sigilo). (Folha
de São Paulo - 12.09.2002)
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1- Liminares da AES e Copel atrasam liquidação no MAE |
As liminares judiciais obtidas pela Copel e pela AES Sul contra
a resolução 288 da Aneel podem ser o novo obstáculo ao funcionamento
do MAE. O superintendente do MAE, Lindolfo Paixão, disse que a
decisão judicial implica em uma mudanças nas regras de contabilização
que estão em vigor. "Quando uma empresa pede uma mudança nas regras,
mexe com os valores destinados às 104 outras companhias registradas
no mercado", diz Paixão. A AES Sul entrou na Justiça para ter
o direito de contabilizar R$ 373 mi referentes a receitas com
transações MAE em 2001 e a Copel conseguiu o direito de contabilizar
R$ 256 mi no mercado atacadista. Ambas conseguiram ainda o direito
de não republicar os balanços contábeis do ano passado. O pleito
envolve a comercialização da energia da cota-parte de Itaipu no
sub-mercado Sudeste/Centro-Oeste durante o racionamento, quando
havia discrepância de preços entre as regiões. Segundo o diretor-geral
da Aneel, José Mario Abdo, a agência já entrou com o pedido de
cassação da liminar na segunda-feira e espera uma resposta da
Justiça até o fim da semana. Segundo Lindolfo Paixão, se a a Justiça
decidir manter as liminares, a contabilização das faturas do MAE
em 2001 terá de ser refeita. No entanto, Paixão observou que o
cronograma previsto para a liquidação dos negócios não será alterado,
independentemente da resposta da Justiça. (Valor - 12.09.2002)
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1- IPV registra inflação de 0,78% |
O IPV, medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo
(Fecomercio-SP) na Região Metropolitana de São Paulo, registrou
alta de 0,78% na primeira quadrissemana do mês de setembro - uma
alta de 0,14 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior,
quando o índice atingiu 0,78%. Se considerarmos apenas a última
semana, o índice inflacionário atingiu 1,34%. No ano, a inflação
é de 7,45%. Nos últimos 12 meses, chega a 10,55%. (Gazeta Mercantil
- 12.09.2002)
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2- Projeções para taxas de juros caem |
As projeções para as taxas de juros fecharam em baixa. Entre os
contratos mais negociados na BM&F, o de outubro recuou de 18,02%
para 18,01% ao ano. A taxa para janeiro de 2003 saiu de 20,43%
para 20,34% ao ano. Os juros para abril passaram de 21,90% para
21,80% ao ano. Apesar da queda nas taxas, a aposta do mercado
financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do
BC não deve alterar a taxa básica de juros da economia, que está
em 18% ao ano. O Copom se reúne na próxima semana para definir
o rumo dos juros básicos. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)
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3- Dólar comercial abre em alta de 0,7% e atinge R$
3,1280 |
O dólar comercial abriu as operações de hoje com elevação de 0,70%
perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,1180 na compra e
a R$ 3,1280 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro
negociados na BM & F tinham avanço de 0,58%, projetando a moeda
a R$ 3,119. Ontem, sem novos imprevistos relacionados ao terrorismo,
o mercado melhorou. No final do dia, o dólar comercial apontou
queda de 0,98%, a R$ 3,1030 na compra e a R$ 3,1060 na venda.
(Valor Online - 12.09.2002)
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1- Legislativo volta a analisar concessão da BR no
ES |
A polêmica em torno da concessão de gás natural da BR Distribuidora
no Espírito Santo volta à pauta da Assembléia Legislativa. Depois
que o presidente da Agência em Rede do Espírito Santo (Aderes),
Carlos Alberto Ferrari Ferreira, prestou depoimento, ontem, na
Comissão Especial criada pelo legislativo para analisar o contrato
de concessão, celebrado entre o governo estadual e a subsidiária
da Petrobras até o ano de 2043, o deputado estadual Robson Neves
(PFL) tirou duas conclusões. A primeira é a de que a fiscalização
feita pelo estado é falha e, com isso, os interesses comerciais
da BR sobrepõem-se aos do poder público. A outra foi de que o
valor da concessão não deve ultrapassar os R$ 50 mi, cifra que
poderá ser paga à estatal, caso o contrato venha a ser na prática
rompido. (Gazeta Mercantil - 12.09.2002)
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1- Consolidated Edison e seguradores entram com ação
de reparação de perdas pelo ataque terrorista do ano passado |
A nova-iorquina Consolidated Edison e cinco companhias de seguro
entraram com uma ação nesta terça-feira contra a Autoridade dos
Portos de Nova York e New Jersey sobre danos que a Consolidated
Edison sofreu durante os ataques no World Trade Center no ano
passado. A Autoridade dos Portos detinha o WTC até o início de
2001, quando a mesma vendou o complexo a investidores, resolvendo
depois alugá-lo para novamente controlá-lo. A Consolidated Edison
e as companhias de seguro entraram com o processo no Tribunal
Regional do Distrito meridional com um pedido de US$ 314,5mi.
O Processo envolve danos observados sobre uma subestação da Edison
além de equipamentos associados de distribuição no WTC. A Edison
e os seguradores reclamam que a colocação de geradores à diesel
no WCT agravaram a propagação do fogo ocasionando o desmoronamento
do mesmo, destruindo a subestação e a infra-estrutura de distribuição,
disse um porta-voz da Edison. De acordo com o processo, caso não
houvesse o desmoronamento da estrutura do complexo, haveriam apenas
pequenos ou nenhum dano à subestação da Edison. "As companhias
de seguro já compensaram a Edison por parte dos danos e visam
agora um reembolso do montante, disse o porta-voz". (Platts
11.09.02)
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2- British Energy espera elevar seu ganho na venda
das ações que possuí na AmerGen |
A British Energy poderá receber mais por suas ações na AmerGen
Energy, geradora americana de energia nuclear, após o anúncio
feito ontem pelo seu sócio de que deverá, também, vender toda
a parcela que lhe cabe na mesma. A conturbada geradora de energia
nuclear British, que nesta semana recebeu US$ 638 mi de fundos
emergenciais do Governo para evitar uma possível falência, deverá
receber agora entre US$ 100 mi e US$ 500 mi pelos seus 50% na
AmerGen, de acordo com estimativas de analistas. Com a venda do
controle da Amergen, a British Energy e a Exelon, seu sócio, estão
perto de conseguir um preço melhor do que se decidissem vender
cada parte em separado. Estão sendo esperadas conversas informais
entre a British Energy e possíveis compradores, mas acredita-se
que o fechamento de um acordo levará algum tempo para ser concluído
o que impediria que a companhia resolvesse qualquer uma de suas
obrigações de curto prazo. (Financial Times 11.09.02)
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3- Resultados da EDP em linha com as expectativas |
A EDP registou, no primeiro semestre deste
ano, um resultado líquido de US$ 224,82 mi, um valor que vai de
encontro às estimativas da maioria dos analistas. Este resultado,
superior em 2,8% ao atingido no primeiro semestre do ano anterior,
corresponde a um lucro bruto por ação de US$ 0,08, refere a EDP
em comunicado. Quanto às vendas, ascenderam aos US$ 18,05 bi,
o que representa um acréscimo de 2,8% face ao período homólogo
anterior. Com uma performance menos positiva esteve a dívida líquida
que evoluiu, no período em análise, 18,2% para os US$ 6,3 bi.
Deste montante, cerca de US$ 778 mi respeitam à inclusão, no primeiro
semestre de 2002, de 40% da dívida da Adygesinval, explica a EDP
no seu relatório. Para o EBITDA o recuo foi da ordem dos 3% para
os US$ 727,3 mi. O Resultado Operacional do Grupo EDP no primeiro
semestre de 2002 ascendeu a US$ 344,45 mi, ou seja, menos 16,9%
do que no período homólogo do ano anterior. No primeiro semestre
de 2002, o Investimento Operacional do Grupo EDP ascendeu a US$
411,15 mi, o que representa uma variação positiva de cerca de
US$ 182,8 mi em relação ao primeiro semestre de 2001. Esta evolução
resulta de um aumento significativo do investimento no "core business"
e na ONI, bem como da inclusão no Investimento do Grupo de 40%
do investimento realizado pela Hidrocantábrico. (Diário Económico
11.09.02)
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4- Duke negocia construção das termelétricas de Corumbá
e San Marcos |
A Duke Energy, com sede nos Estados Unidos, está em negociações
com uma potencial construtora de EPC para execução dos projetos
de suas termelétricas de Corumbá e San Marcos (na Bolívia) e planeja
começar as obras este ano, segundo informou Marcelo Alves, gerente
assistente de projetos em Corumbá. A Duke optou por iniciar negociações
com a empreiteira por causa da experiência desta em instalação
de turbinas da General Electric, disse Alves. Ambos os projetos
são de 88 MW e vão utilizar turbinas GE LM 6000. Entretanto, as
turbinas estão estocadas em Houston e só serão enviadas ao Brasil
depois que os contratos de EPC forem assinados. A Duke está desenvolvendo
estudos básicos de engenharia em outros projetos da Corumbá, depois
de concluir as obras preliminares de engenharia e obter a licença
de mobilização. O investimento em cada projeto é de cerca de US$
60 milhões, com os equipamentos representando mais de 50% do total.
A Duke Energy International detém 55% do projeto Corumbá, e a
Petrobrás tem os 45% restantes. A empresa Monteiro Aranha e a
cooperativa local CRE se retiraram do projeto de San Marcos, ficando
a Duke com 49% de participação, deixando 40 % para a Corani, subsidiária
boliviana de geração elétrica da qual a Duke detém 50%, e 27%
para a Petrobras Bolívia. Segundo Alves, as negociações comerciais
ainda estão em andamento com a Petrobras Bolivia, que vai fornecer
aos dois projetos 500 mil metros cúbicos/dia do gás necessário.
A Duke Trading do Brasil vai comprar a produção das duas usinas
para venda a clientes brasileiros. (Business News Americas 10.09.02)
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Equipe
de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ
Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas
Christ.
Webdesigner:
Andréia Castro
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notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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