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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 955 - 09 de setembro de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- MP muda regra e revisão de tarifa pode ser antecipada para 2002

Na surdina, o governo está abrindo as portas para uma operação de salvamento das distribuidoras de energia elétrica mergulhadas em dívidas e prejuízos. A conta, mais uma vez, será rateada com o consumidor. O primeiro passo nessa direção, segundo especialistas do setor ouvidos pela Folha, foi dado pela medida provisória nº 64, assinada no dia 26 de agosto pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa MP tira poder da agência reguladora do setor e, no extremo, transfere para o Ministério de Minas e Energia a revisão tarifária da energia elétrica", diz o deputado José Carlos Aleluia (PFL/BA). Segundo James Correia, professor da Universidade Federal da Bahia e autor do plano de racionamento, essa transferência de poderes, que são da Aneel, para o ministério, tem por objetivo viabilizar a antecipação da revisão tarifária do setor para este ano. O consultor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura, diz não acreditar que o governo adote qualquer "medida radical" antes da conclusão do processo eleitoral. "Mas, após as eleições, ele [governo] terá de fazer alguma coisa, pois as empresas estão afundando", diz. (Folha de São Paulo - 09.09.2002)

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2- Tarifa social tem norma de exclusão

Os critérios definidos no final de agosto pelo governo para a tarifa social de energia poderão reduzir o universo de consumidores de baixa renda beneficiados com descontos na conta de luz. "A regulamentação da tarifa social limita o benefício às residências com ligação monofásica o que, em São Paulo, por exemplo, exclui 98% dos consumidores que têm ligação para 110 e 220 volts", diz Maria Lumena Sampaio, diretora de atendimento do Procon/SP. Além disso, critérios de seleção socioeconômica semelhantes aos estabelecidos agora para todo o país foram aplicados no passado recente por algumas distribuidoras, resultando no brutal enxugamento do total de clientes beneficiados e em aumento da conta de luz para quem foi desenquadrado da tarifa social. (Folha de São Paulo - 09.09.2002)

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risco e racionamento

1- Milhares de famílias dos estados do Sudeste ficaram sem energia elétrica

O temporal que chegou sábado ao Sudeste causou sérios prejuízos ao sistema de fornecimento de energia elétrica da região sudeste. De acordo com a empresa Light, responsável pelo abastecimento no Rio de Janeiro, 140 circuitos foram danificados. Cerca de 17 mil famílias ficaram no escuro desde a madrugada de sábado. Em São Paulo, a Eletropaulo estima em 15 mil consumidores o número de atingidos pelo corte. Cerca de dez mil unidades consumidoras, entre residências e estabelecimentos comerciais, continuavam sem energia elétrica na Grande São Paulo, ontem à tarde, de acordo com a Eletropaulo e a previsão é que a situação fosse normalizada somente durante a noite. Para restabelecer a rede, mil eletricistas trabalharam desde a madrugada de sexta-feira, quando a região foi atingida por um forte temporal. As cidades mais atingidas pelo "apagão" são Cotia, Vargem Grande Paulista, Embu, Taboão da Serra e o bairro de Interlagos, na zona Sul da capital. (Diário Popular - 09.09.2002)

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2- Título

O presidente do TSE, Nelson Jobim, pretende pedir ao ministro da Energia, Pedro Parente, o adiamento do início do horário de verão. Jobim quer que o governo espere até novembro, depois do segundo turno da eleição presidencial. O jurista teme que a mudança, em conjunto com as diferenças de fusos existentes no país, atrapalhe a votação ou a apuração. (Valor - 09.09.2002)

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3- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Novos hábitos após o racionamento refletem-se na economia

O racionamento de energia elétrica terminou oficialmente em fevereiro, mas as práticas de redução de consumo prosseguem nas residências brasileiras. A mudança de hábito dos consumidores e a alta nas tarifas estão provocando variações de consumo muito abaixo das projetadas antes da crise. O fenômeno está puxando para baixo os resultados do PIB brasileiro e afetando os balanços das empresas do setor. O total consumido no País neste ano não deverá ultrapassar 38.500 MW/dia, o mesmo patamar de 1998. No primeiro semestre, a queda no consumo em relação ao ano passado chegou a 9%, segundo dados da Eletrobrás. O percentual surpreende para um setor que, antes do racionamento, apresentava expansões crescentes e consecutivas. No PIB, o setor de energia, apresentou queda de 7,3% no primeiro semestre, representando um dos principais impactos para que o indicador registrasse crescimento de apenas 0,14% no período, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. O gerente do departamento de contas nacionais do IBGE, Roberto Olinto, disse que a queda do consumo e a redução da atividade econômica derrubaram os resultados do setor e contribuíram para a pequena expansão do PIB. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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2- Queda no consumo residencial é mais nociva para o setor

O setor industrial responde por cerca de 40% do consumo, enquanto as residências participam com 27%, mas as tarifas cobradas no segundo caso são maiores e, portanto, o impacto da queda residencial acaba sendo maior para as empresas e o PIB. Essa redução em âmbito familiar é atribuída não apenas à mudança de hábito, considerada o principal fator, mas também aos reajustes tarifários. Segundo dados do IBGE, as tarifas de energia elétrica aumentaram 10,23% no primeiro semestre, ante inflação de 2,94% acumulada no período. As quedas no consumo em relação ao ano passado, superiores ao esperado, não esgotam as frustrações nas previsões do mercado. Estudo do ONS em conjunto com a Eletrobrás mostra que a energia consumida no País neste ano já está 12% abaixo da projetada para o período no final de 2000. No início do ano, a previsão era que a queda em relação às projeções anteriores ao racionamento seria de 7%. Na próxima semana, o ONS deverá divulgar novos estudos que revisa as projeções e acentua a estimativa de queda. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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3- Diminuição de renda contribui para queda no consumo

A redução do consumo vem sendo provocada em parte pelo desaquecimento da economia e a queda da renda, mas está diretamente relacionada às mudanças de hábito impostas pelo plano de racionalização do consumo e mantidas pelos brasileiros. Um dos mentores do racionamento energético, o professor baiano James Correia é também um exemplo dos resultados da redução compulsória do consumo nos hábitos dos consumidores. O gerente do IBGE acredita que apesar da queda no momento imediatamente posterior ao racionamento, a tendência é de retorno do crescimento habitual do consumo, em conseqüência de expansões da economia e do aumento da própria população. O analista do BBA também avalia que um crescimento maior da economia irá aos poucos restabelecendo o consumo, apesar de acreditar que os investimentos de geração própria já realizado nas indústrias levará a uma economia permanente no setor. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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4- Analista espera perda de R$ 3 bi para o setor

A estimativa do analista do banco BBA Marcos Severine é que o consumo de energia elétrica abaixo dos patamares esperados neste ano deverá resultar em perda total de R$ 3 bilhões em receita para as empresas do setor no período. Segundo ele, essa perda ocorrerá porque o consumo no ano deverá atingir 38.500 MW médios/dia, ante 41.000 MW médios de 2000. Essa diferença de 1.500 MW médios resultará na perda estimada, levando-se em conta a tarifa média atual de R$ 138/MWh. Suas contas apontam também que a perda no ano será ainda maior (R$ 7 bi) levando-se em consideração a projeção de consumo para 2002 feita antes o racionamento energético (44.300 MW/dia). A retração do consumo está ocorrendo com maior força nas residências do que nas indústrias. Segundo os dados da Eletrobrás, a queda do consumo residencial no primeiro semestre foi de 15,5% e na indústria, de 4,9%, em ambos os casos na comparação com o mesmo período do ano passado. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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5- Mudanças de regras e problemas de caixas nas matrizes estimulam êxodo de controladores

O setor brasileiro de energia elétrica pode iniciar um processo de renacionalização. Entre os possíveis compradores das várias companhias à venda no setor que são controladas por grupos estrangeiros estão empresas nacionais como a VBC e a Companhia Vale do Rio Doce. Enquanto estrangeiros estão dispostos a vender seus ativos no Brasil porque precisam de recursos para pagar dívidas em seus países de origem, grupos nacionais se fortalecem. A VBC Energia, controlada pelo Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa, está para concluir um processo de incorporação dos seus ativos na distribuidora CPFL, na CPFL Geração e na RGE. Já a Vale, fortalecida após o descruzamento acionário com a CSN, teria planos de ampliar sua participação na geração. Como é uma grande consumidora, a companhia vê nessa estratégia uma maneira de a Vale pagar até 10 vezes menos pela energia que consome. Esse movimento de nacionalização previsto por alguns analistas não é certo, nem deve ocorrer de uma hora para outra, ponderam analistas, mas é um caminho viável para o setor elétrico, principalmente se os controladores das companhias que estão à venda estiverem dispostos a fechar negócio por pouco. "Os grupos nacionais não são tão capitalizados", diz a analista Luciana Puccetti, da Itaú Corretora. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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6- Receio é principal causador do êxodo

Segundo Rodrigo Fonseca, sócio da Arx Capital Management, "os estrangeiros querem sair porque precisam de recursos ou porque estão insatisfeitos com o investimento feito no Brasil. Não houve repasse de custos da compra de energia de Itaipu, as empresas se endividaram em dólar e muitas sofreram com o racionamento e hoje sofrem com a queda nos volumes de consumo". Há ainda, na opinião de Fonseca, o temor de novas mudanças de regulamentação do setor depois das eleições e de que o novo governo possa intervir na Aneel, no que chama de Risco Aneel. Como exemplo, ele cita a recente Resolução 493 da Agência que estabelece que a base para a remuneração das distribuidoras que, a partir de 2003 terão revisão periódica, será o valor dos ativos. Pelas estimativas da Abradee, as perdas seguindo essa metodologia podem chegar a R$ 13,1 bi. A projeção usa como base o valor mínimo pago na privatização que foi de R$ 22,7 bi contra a base de remuneração de R$ 9,6 bi da Aneel. Se for pelo valor total pago nos leilões, de R$ 31,2 bi, esta perda chega a R$ 21,6 bi, contra a mesma base da Aneel. (Jornal do Commercio - 09.09.2002)

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7- Light é impedida de cortar energia

Uma recente onda de liminares ameaça as contas das empresas concessionárias de serviço público. Baseados em uma interpretação do artigo nº 22 do CDC, consumidores inadimplentes conseguem a manutenção do fornecimento do serviço. Este movimento jurídico é sentido principalmente no Rio de Janeiro e a maior vítima destas decisões até o momento é a Light, empresa distribuidora de energia em 31 cidades do Estado, incluindo a capital. Atualmente, mais de 2.000 decisões provisórias em vigor impedem a suspensão do fornecimento de energia a alguns clientes inadimplentes, de todas as classes de consumidor - até mesmo empresas e indústrias. Somente com os cem mais volumosos casos que obtiveram liminares na Justiça, a Light amarga uma perda de mais de R$ 8 mi. Segundo a companhia, há um complicador nessa situação: o movimento de pedidos judiciais é crescente e das cerca de 900 ações mensais contra a companhia, de 70% a 80% pedem a suspensão do corte no fornecimento, das quais cerca de 210 são atendidas pela Justiça. (Valor - 09.09.2002)

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8- Linha Tucuruí/Vila do Conde vai ser inaugurada dia 20

A partir do dia 20 deste mês, o problema da falta de energia em Belém (PA) - que ainda ocorre eventualmente - deverá estar resolvido. É que foi programada para a data a inauguração de mais uma linha de transmissão Tucuruí-Vila do Conde (PA). O trecho tem 324 quilômetros de extensão, duas subestações, capacidade de 1,2 mil MW e tensão de 525 kV. A nova linha opera em caráter experimental desde a semana passada. A nova linha Tucuruí-Vila do Conde foi construída e será operada pela Empresa Paraense de Transmissão de Energia (Etep), uma SPE (sociedade de propósito específico), criada especialmente para essa finalidade pelo consórcio Schahin/Alusa , que venceu o leilão de concessões para construção e operação de linhas de transmissão na região, realizado pela Aneel, no ano passado. O investimento do grupo nesse trecho foi de R$ 150 mi. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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9- Bandeirante faz parceria para atender clientes

A distribuidora de eletricidade Bandeirante de Energia está importando de Portugal práticas de atendimento ao cliente. O país sedia a controladora da empresa, o grupo EDP, que chegou ao Brasil nos anos 90. A distribuidora, que atende às regiões do Vale do Paraíba e Alto Tietê, no Estado de São Paulo, acaba de contratar os Correios para prestação de serviços ao consumidor. Em Portugal, a EDP (que produz e distribui eletricidade) "há cerca de dois anos tem acordo similar com os Correios", conta Joaquim Silva Filipe, presidente da Bandeirante. A primeira cidade atendida é Guararema, no Vale do Ribeira, com 6,7 mil clientes. As seguintes serão Mogi das Cruzes (96,9 mil clientes) e Suzano (30 mil clientes). A idéia, segundo Silva Filipe, é utilizar as agências de correio "em todas as cidades em que não temos postos de atendimento ou cujos postos apresentem movimento excessivo". (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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10- Distribuidoras do Rio e de São Paulo realizam mutirão para recuperar instalações

As distribuidoras de energia elétrica de São Paulo e do Rio de Janeiro realizaram um verdadeiro mutirão para recuperar as instalações e retomar o fornecimento de energia interrompido na madrugada de sábado em razão da chegada de uma frente fria ao Sudeste que causou muitos estragos. Cerca de 20% ou 900 mil clientes da Eletropaulo, em São Paulo, e 350 mil da Light, no Rio, e 100 mil pessoas em Niterói, São Gonçalo e Região dos Lagos, atendidas pela Cerj, ficaram no escuro. Na concessionária carioca, cerca de140 circuitos de média tensão e três subestações danificadas foram afetados pelo vendaval. A expectativa das concessionárias era de que todos os clientes teriam o fornecimento restabelecido até o final do domingo, sendo que até as 15 horas, cerca de 10 mil clientes da Eletropaulo e 15 mil da Light ainda estavam sem luz. Praticamente todas as concessionárias contam com apólices de seguro que cobrem danos causados ao patrimônio próprio, como também para indenizar danos causados a terceiros pela interrupção no fornecimento de energia. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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11- Eletrosul tem novo gerente

O engenheiro eletricista Airton Argemiro Silveira é o novo gerente da regional de transmissão da Eletrosul, em Mato Grosso do Sul, substituindo o engenheiro Francisco Romário Wojcicki, que foi indicado pela Eletrobrás para assumir a diretoria técnica da Companhia Energética do Amazonas. Argemiro Silveira afirmou que uma das metas da gerência é ampliar o grau de satisfação da sociedade sul-matogrossense quanto aos serviços prestados pela empresa. (Correio do Estado - 09.09.2002)

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12- Enersul iniciará cadastramento de consumidores para tarifa social

Os 145.477 consumidores de energia elétrica de MS que gastam até 220 kWh serão informados, já na próxima conta de luz, que terão de se cadastrar para ter direito a tarifa social com desconto de até 49% no preço quilowatt. Eles não pagarão o seguro apagão, o encargo de capacidade emergencial e a recomposição tarifária extraordinária. Em uma semana a Enersul deve estar com estrutura pronta para iniciar o cadastramento . Quem já recebe o subsídio também terá de se cadastrar. Eles continuarão pagando as próximas três contas de luz mais baratas, mas, se em 90 dias não se recadastrarem, perdem o desconto. Com as novas regras baixadas pela Aneel, haverá um crescimento de 181,5% no número de beneficiados, passando de 51.622 clientes para os mais de 145 mil e a previsão é que os subsídios custem R$ 503 mil/mês à Enersul. (A Crítica - 09.09.2002)

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13- Coelba amplia rede de serviços para melhorar atendimento aos consumidores

A partir de 1º de outubro, as casas lotéricas deixarão de receber as contas da Coelba, que deverão ser pagas somente na rede de serviços da companhia. A companhia está investindo na ampliação da rede Coelba Serviços, com a inclusão de 300 novos estabelecimentos comerciais. Neles, os consumidores baianos podem pagar contas, obter segunda via de fatura, solicitar informações de débito e demais serviços comerciais. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a mudança trará outros benefícios para os consumidores. Além das lojas da concessionária farmácias, armarinhos, papelarias e demais tipos de estabelecimentos comerciais poderão ser cadastrados para atendimento. As unidades da rede são protegidas por uma apólice de seguros. A Coelba é responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos de informática, divulgação do serviço e treinamento de empregados. (Canal Energia - 09.09.2002)

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financiamento

1- Leilão das geradoras federais já tem empresas pré-qualificadas

O MAE divulgou, na sexta-feira, a relação das empresas pré-qualificadas para o leilão das geradoras federais, marcado para dia 16 de setembro. A lista com 44 empresas pré-qualificadas está disponível no site www.energiabrasil.gov.br. No dia 13, serão divulgadas as empresas habilitadas ao leilão. Apenas aquelas que depositarem a garantia de R$ 21,9 mil por lote pretendido estarão confirmadas para o pregão. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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2- Grandes distribuidoras estão pré-qualificadas

Todas as grandes distribuidoras do país, inclusive aquelas controladas por grupos que também têm investimentos em geração, estão pré-qualificadas para o leilão. Na ponta vendedora, além das geradoras federais há outras cinco empresas inscritas para vender sua energia no leilão. Entre elas estão a Tractebel - que só conseguiu compradores para 32% da energia que ofertou em leilão próprio - e a Copel, que havia adiado o seu leilão marcado para agosto. As usinas Barra Grande e Lorenzetti têm a participação condicionada à adesão ao MAE em até 48 horas antes do leilão. Mas ficaram de fora importantes geradoras. Nenhuma das quatro companhias produtoras de energia de São Paulo se pré-qualificou: as estatais Cesp e Emae e as privadas AES Tietê e Geração Paranapanema, da Duke Energy. A Cemig, que ofertou energia em um leilão sem interessados há duas semanas, também ficou de fora. Para confirmar a participação no leilão, os pré- qualificados terão de efetuar o pagamento das garantias previstas no edital. (Valor - 09.09.2002)

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3- Aneel aprova proposta do MAE para leilão da energia das geradoras federais

A sistemática do leilão da energia das geradoras federais também já está definida. A Aneel aprovou a proposta do MAE. O próprio MAE designará um operador para cuidar do desenvolvimento e manutenção do sistema, além de toda a infra-estrutura de comunicações e tecnologia necessária. O mercado também deverá designar um auditor para assegurar que o processo seja conduzido de acordo com as regras aprovadas. A Aneel indicará um representante como supervisor do leilão. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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4- Custo afasta indústrias do leilão

Os grandes consumidores de energia ainda não demonstraram interesse em participar do leilão das geradoras federais, marcado para o dia 16. A lista com os 44 compradores pré- qualificados foi divulgada na sexta-feira pelo MAE, mas na categoria grandes consumidores apenas a Companhia Vale do Rio Doce, a CSN e o grupo Votorantim estão no páreo. Se pré- qualificaram como vendedores a Copel Geração, a Tractebel, e as usinas Barra Grande e Lorenzetti, além das geradoras federais Furnas, Chesf, Eletronorte e CGTEE, que são obrigadas por lei a oferecer seus lotes em leilão. Os grandes consumidores podiam se pré-qualificar diretamente no MAE, mas podem também comprar nos leilões, por meio das comercializadoras, a energia livre a partir de 1º de janeiro. Mas as empresas ainda não demonstraram apetite, o que começou a preocupar as comercializadoras. Elas vêem nos grandes consumidores seus principais clientes. (Valor - 09.09.2002)

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5-Analistas e empresários permanecem receosos sobre o leilão

Para Walfrido Ávila, presidente da Abraceel e da comercializadora Tradener, da Copel, não há clima de otimismo. Ele culpa as regras do leilão, que não permitem que as empresas de comercialização representem diretamente os grandes consumidores. Elas têm que comprar a energia e depois revendê-la, trazendo uma nova incidência de tributos sobre a operação e encarecendo a energia. Além disso, há o risco de se comprar a energia e depois não conseguir revendê-la. Para André Segadilha, analista do Banco Brascan, a indústria eletrointensiva se sente confortável com oferta de energia acima da demanda que hoje existe no mercado. "No curto prazo não há necessidade de compra. E ainda é cedo para estimativas de preços no longo prazo, o que faz com que as empresas tenham cautela", disse Segadilha. A outra forma de participar dos leilões, se credenciando diretamente como agente do MAE, não atraiu a indústria porque os custos para isso inviabilizam a filiação de outras empresas além das elétricas. Apenas gigantes como a Vale do Rio Doce, a CSN e o grupo Votorantim se arriscaram a virar agentes do MAE porque são empresas que investem em projetos de energia e possuem comercializadoras próprias. (Valor - 09.09.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 0,34% e atinge R$ 3,1710

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,34% perante o fechamento de sexta-feira, cotado a R$ 3,1610 na compra e a R$ 3,1710 na venda. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F tinham elevação de 0,19%, projetando a moeda a R$ 3,159. Na sexta-feira, a manutenção do cenário externo repleto de incertezas e a chance de uma nova guerra no Iraque levaram o dólar comercial a subir 0,25%, saindo a a R$ 3,1550 na ponta compradora e a R$ 3,1600 na ponta vendedora. (Valor Online - 09.09.2002)

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2- IPC da FGV tem alta de 0,53%

O IPC medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação em agosto no Rio de Janeiro alcançou 0,53%. Em julho, o índice de preços apresentou elevação de 0,86%, uma queda de 0,33 ponto percentual. Já no acumulado do ano até agosto, o crescimento foi de 3,41%. As maiores pressões sobre o índice vieram dos grupos Saúde e Despesas Pessoais, com alta de 1,27%; Alimentação, com ganho de 1,09% e Educação, Leitura e Recreação, com elevação de 0,99%. Abaixo da variação média ficaram Habitação, com ligeiro avanço de 0,38% e os grupos que apresentaram deflação: Despesas Diversas, 0,12%; Transportes, 0,43%; e Vestuário, 0,91%. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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3- Alta do dólar afasta possibilidade de redução da Selic

Em nenhuma das sessões de setembro, houve apreciação do real frente ao dólar. Este movimento praticamente enterra uma das principais premissas para que o BC reduza a Selic, mantida em 18% na reunião do Copom de 21 de agosto, com viés de baixa. Os últimos números de inflação e a alta do preço do petróleo no mercado internacional impõem mais dificuldades. No mercado futuro de juros, a projeção para a taxa na virada do mês, voltou a se alinhar à Selic e estimava 18,03% na sexta. O vencimento de janeiro de 2003 subiu de 20,74% para 20,86%. (Gazeta Mercantil - 09.09.2002)

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gás e termoelétricas

1- Usina de Corumbá ainda não saiu do papel

O tão sonhado projeto da usina termoelétrica de Corumbá pode não sair mais do papel. Mesmo após dois anos de lançamento feito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 8 de dezembro de 2000, que classificou a usina como sendo "uma das obras prioritárias do Programa Emergencial de Termoelétricas", a térmica de Corumbá está longe de se tornar realidade. A obra, que pelo projeto tem previsão de gerar 88 MW, já deveria estar pronta e produzindo energia. Uma das causas do abandono da usina de Corumbá pode estar ligada ao fato de o racionamento de energia ter chegado ao fim em todo o País. Os lagos voltaram aos seus níveis normais e os apagões não são mais ameaças, pelo menos por enquanto. Algumas lideranças locais, preocupadas com o desenrolar do assunto, temem que o projeto caia no esquecimento justamente depois de toda a documentação exigida por lei já ter sido liberada pelos órgãos ambientais. Empresários locais e líderes comunitários se dizem preocupados também com o fato de o Ministério das Minas e Energia ter novo ministro. Além de não se saber quem será o próximo presidente do Brasil, menos ainda se sabe sobre o futuro do programa das termoelétricas. A Bolívia, que elegeu recentemente seu presidente, também não retomou a construção da usina de Puerto Suarez. Também no país vizinho não se sabe o que vai acontecer com a térmica local. (Correio do Estado - 09.09.2002)

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internacional

1- S&P prevê novos riscos de financiamento para setor de comercialização

O já combalido setor de comercialização de energia vê pela frente a possibilidade de não conseguir refinanciar os cerca de US$ 50 bi que o mesmo possui em dívidas de curto prazo, como garante uma pesquisa liberada na Sexta- feira passada pelo serviço de avaliação da Standard & Poor's. A pesquisa, " Risco de Refinanciamento no Setor Americano de Energia - A Preponderância dos Débitos de Curto Prazo", descobriu que a maioria das companhias de comércio energético que recentemente construíram plantas de energia estâo correndo risco de não conseguirem refinanciar cerca de US$ 30 bi a US$ 50 bi em obrigações de curto prazo que vencem de 2003 até 2006. Financiamentos de curta maturidade são tipicamente utilizados como ferramenta para projetos de geração de rendimentos, que necessitam de um período de operação antes da obtenção de um possível financiamento de longo prazo, disse a pesquisa. A S&P disse que vê "o refinanciamento dos débitos de curto prazo como um dos grandes riscos assumidos pelos mercados de comercialização de energia. Se as condições precárias dos mercados assim continuarem, a capacidade de refinanciar estes débitos pode ser bastante dificultada". (Platts - 06.09.02)

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2- Mirant vende 49% de ações que possuía em companhias inglesas à PPL por US$ 235 mi

A Mirant disse nesta Sexta-feira ter vendido os 49% em ações que possuía em duas holdings inglesas de investimento e distribuição à PPL Corp, que já possuía 51%, por US$ 235 mi e ainda que a venda elevou o montante de ativos vendidos para mais de US$ 1,7 bi até então, como busca de alcançar até US$ 2,6 bi em venda de ativos, devido à necessidade de elevar sua liquidez. A companhia de Atlanta, Georgia, disse que precisará de cerca de US$ 228 mi para a venda das holdings, identificadas em conjunto como WPD, que inclui as redes de distribuição de eletricidade para o sudoeste da Inglaterra e sul de Gales. (Platts - 06.09.02)

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3- Cantábrico compra Gas Figueres e entra no mercado da Catalunha

A Hicrocantábrico, eléctrica participada pela EDP, adquiriu a empresa de gás natural Gas Figueres, introduzindo-se desta forma no mercado catalão de gás. Este negócio, noticiado na edição de hoje do jornal espanhol "Expansión", terá ainda de ser autorizado pelo Ministério da Economia espanhol, uma vez que a Gas Figueres atua num setor de tarifas regulamentadas. Segundo o "Expansión", a Hidrocantábrico não quis comentar esta operação, não tendo igualmente sido divulgados os valores envolvidos. Com este investimento, a Hidrocantábrico penetra no mercado catalão, dominado pela Endesa (eletricidade) e Gas Natural (gás). A Gas Figueres opera com cerca de mil clientes, ao passo que a Hidrocantábrico fornece gás a aproximadamente 110 000 pessoas nas Astúrias. A Gas Natural conta, por seu turno, com 4 milhões de subscritores em Espanha. (Diário Económico - 06.08.02)

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4- AES consegue empréstimo de US$275mi para 2 hidrelétricas

A AES Panamá, subsidiária da companhia energética norte- americana AES, firmou na quarta-feira um contrato de empréstimo, por sete anos, de US$ 275 mi, para financiar a conclusão de duas usinas hidrelétricas que ela está construindo no Panamá, disse o presidente e gerente geral da AES Panamá, David Sundstrom. A usina hidrelétrica Esti (122 MW), na região de Gualaca, "registra avanço de 60% e sua conclusão está prevista para novembro de 2003", disse Sundstrom. O segundo projeto corresponde ao término da expansão da hidrelétrica Bayano (150 MW), na região de Los Algarrobos, na província de Chiriqui. "O projeto Bayano consiste da incorporação de uma terceira turbina, de 86 MW. A terceira unidade vai entrar em operação no final deste mês", disse Sundstrom. O empréstimo foi reunido entre 17 bancos panamenhos e internacionais, liderados pelo local Banco Continental, disse Sundstrom. Outros participantes de peso foram o Societe Generale e o Banco Nacional de Panamá, ele acrescentou. Os outros foram principalmente bancos panamenhos ou bancos internacionais que operam no Panamá, continuou Sundstrom. A agência de classificação de crédito Fitch deu nota AA em moeda local e BBB em moeda internacional para o empréstimo, de acordo com o jornal El Panama America. (Business News Americas - 05.09.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Fernando Fernandes, Frederico Leal Netto, Nícolas Christ.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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