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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 948 - 29 de agosto de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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índice

 

regulação

1- Dólar fará tarifa subir ainda mais

O Banco Central reviu para cima a previsão para o aumento das tarifas de luz. Em compensação, reduziu a projeção para o aumento do preço do gás. Os dados foram divulgados ontem na ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) realizada este mês. As projeções levam em conta o impacto da alta do dólar nos preços administrados pelo governo e na inflação. A previsão do Copom é de que o aumento na energia elétrica chegará a 20,1% este ano, e não 19,2%. (Jornal do Brasil - 29.08.2002)

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2- Câmara aprova projeto que busca recuperar equilíbrio financeiro de empresas

A Comissão de Minas e Energia aprovou nesta quarta-feira, dia 28 de agosto, o Projeto de Lei 6381/02, do deputado Aírton Dipp (PDT-RS), que busca recuperar o equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de energia elétrica sob controle direto ou indireto da União, estados e municípios que tiveram reduzidos seus saldos credores na Conta de Resultados a Compensar (CRC). O projeto estabelece que o redutor de 25% sobre o saldo das contas seja aplicado somente após efetivadas as quitações e compensações autorizadas em lei, e limitado ao montante do saldo credor, não sendo aplicado sobre saldos devedores. Essa medida visa a dar tratamento isonômico às concessionárias, pois, em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Alagoas, o valor da CRC não está sendo suficiente para compensar os débitos. (Canal Energia - 28.08.2002)

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3- Homologadas tarifas vinculadas entre Ceal e Celpe

As tarifas vinculadas aos montantes de energia e demanda de potência estabelecidos entre a Ceal e a Celpe foram homolagadas pela Aneel esta semana. De acordo com a resolução nº 468, publicada no Diário Oficial da última quarta-feira, dia 28 de agosto, os valores que passarão a vigorar a partir desta data até o dia 27 de agosto de 2003 foram fixados em R$ 7,92 por kW de demanda em 69 kV; R$ 8,73 por kW de demanda em 13,8 kV; e em R$ 26,68 por MWh. A partir de 28 de agosto do próximo ano, as tarifas serão de R$ 7,91 por kW de demanda em 69 kV; R$ 8,72 por kW de demanda em 13,8 kV; e R$ 26,63 por MWh. Estes valores deverão constituir a base dos cálculos tarifários subseqüentes. (Canal Energia - 29.08.2002)

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4- Aneel autoriza empresas a produzirem energia eólica

A Aneel autorizou algumas empresas a se instalarem como produtoras independentes de energia elétrica, mediante implantação de centrais de geração de energia eólica. A SIIF Énergies do Brasil Ltda, com sede no Rio de Janeiro, foi autorizada a se estabelecer com centrais geradoras eólicas, todas elas com unidades de 1.800 kW cada, em Icaraizinho, no município de Amontada, no Ceará; Água das Dunas, no município de Extremoz, no Rio Grande do Norte; Jericoacoara e Paracuru no Ceará. A Elebrás Projetos, com sede em Porto Alegre, foi autorizada a instalar a central de energia eólica Mostardas, nos municípios de Mostardas e Palmares do Sul, no Rio Grande do Sul, e uma unidade em Santa Vitória do Palmar, também no Rio Grande. A Eletrowind S/A, com sede em Salvador, foi autorizada a instalar uma central com unidades de 900 kW cada, no município de Jandaíra (BA), totalizando capacidade de 30.600 kW. (Diário do Grande ABC - 29.08.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia registra crescimento de até 3,07%

O consumo de energia na região sul subiu 3,07% em comparação com o dia anterior. Ontem, dia 27 de agosto, a demanda de energia foi 7.438 MW, no dia anterior a demanda chegou a 7.216 MW. No subsistema nordeste, a demanda de energia foi de 5.814 MW, um volume 2,48% maior que o verificado no dia anterior. Em comparação com a curva de aversão ao risco 2002/2003, o índice ficou 2,20% abaixo do esperado pelo ONS. Já o subsistema sudeste registrou um consumo de energia de 25.471 MW, que representa aumento de 1,38% em relação ao dia 26 de agosto. Ainda segundo o ONS, a variação verificada no dia foi 5,38% mais baixa que a curva de aversão ao risco. Na região norte, a demanda de energia foi de 2.717 MW, contra 2.715 MW consumidos no dia anterior. O resultado significa um aumento de 0,07%. (Canal Energia - 28.08.2002)

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2- Níveis dos reservatórios estão em 44,58% no Norte

O volume armazenado na região Norte caiu 1,48% em um dia. Atualmente, os níveis dos reservatórios estão em 44,58%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 59,50%. (Canal Energia - 28.08.2002)

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3- Níveis estão 27,45% acima do previsto na região Nordeste

A capacidade de armazenamento caiu 0,62% na região Nordeste, chegando a 42,87%. Em relação à curva de aversão 2002/2003, os níveis estão 27,45% acima do previsto. Na usina de Sobradinho, o índice é de 32,18%. (Canal Energia - 28.08.2002)

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4- Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 56,77%

Os níveis dos reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste atingem 56,77%, o que significa uma queda de 0,44% em um dia. Em comparação com a curva de aversão 2002/2003, o volume está 20,77% acima do estabelecido. Nas usinas de Marimbondo e Emborcação, o índice é de 48,44% e 53,22%, respectivamente. (Canal Energia - 28.08.2002)

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5- Região Sul registra menor índice de queda nos reservatórios

A região Sul foi o a que registrou o menor índice de queda nos reservatórios. Hoje, a capacidade de armazenamento na região atinge 60,52%, o que representa uma queda de 0,38% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Salto Santiago, o índice é de 43,59%. (Canal Energia - 28.08.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- AES pensa em deixar o Brasil

Grandes companhias de energia mundiais estão de olho numa possível saída do Brasil. Em meio a contínuas preocupações acerca da saúde econômica do País e da regulamentação do setor, a última a se juntar a essa lista é a AES Corp. A empresa norte-americana está aberta a ofertas para qualquer um de seus quatro ativos de energia brasileiros, disseram fontes ligadas ao assunto. Esses ativos incluem a Eletropaulo. O grupo afirmou ontem que está procurando vender a AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia SA. "Se os negócios puderem ser auto-sustentáveis, a AES vai ficar no Brasil, a menos que um comprador venha e faça uma oferta acima do valor contábil", disse uma pessoa próxima à AES. (Estado de São Paulo - 29.08.2002)

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2- Voith Siemens tem vendas recordes

A unidade brasileira da Voith Siemens Hydro fechou, no início do mês, o sétimo contrato para fornecimento a hidrelétricas dos últimos 12 meses. Com isso, deve encerrar o atual exercício, em setembro, com cerca de US$ 250 mi de pedidos em carteira - diante dos US$ 150 mi do exercício passado. 'O mercado não está aquecido como em 2001, mas as encomendas continuam sendo feitas", diz o diretor executivo Julio Ferner. A Voith Siemens lidera o consórcio formado com a Estacon Engenharia S.A. e a Spec Planejamento em Engenharia e Consultoria Ltda, que será responsável pela construção da usina Pedra do Cavalo (BA), do grupo Votorantim, com potência de 164 MW. O contrato, no valor de R$ 107 mi, prevê a prestação de serviços de engenharia, realização de obras civis e fornecimento completo de equipamentos - duas turbinas tipo Francis de 82 MW, linha de transmissão e todos os equipamentos da subestação. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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3- Duke Energy terá que refazer e republicar balanço de 2001 em 15 dias

A Duke Energy Paranapanema terá um prazo de 15 dias, a contar da última segunda-feira, dia 26 de agosto, para refazer e republicar o balanço anual do exercício de 2001. A determinação é da Comissão de Valores Mobiliários, que indeferiu o recurso apresentado pela companhia em abril, quando a reguladora já havia encaminhado pedido a reelaboração dos dados financeiros do ano passado. A motivação da reedição do balanço da geradora são os números referentes ao provisionamento dos valores contabilizados no MAE em 2001. A Duke Energy não reconheceu R$ 46,7 milhões, correspondentes à diferença de energia livre divulgada pelo MAE em 13 de março e a interpretação dos agentes de geração em torno da contabilização no período de racionamento de energia. (Canal Energia - 28.08.2002)

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4- CFLCL registra prejuízo consolidado de R$46,3 mi

A CFLCL registrou no semestre um prejuízo consolidado de R$46,3 mi (R$46,9 mi na controladora CFLCL). A empresa e suas controladas CENF, Energipe, CELB e Saelpa tinham efetuado levantamento do montante da recomposição tarifária extraordinária, através do ressarcimento das perdas de consumo observadas durante o período do racionamento de energia. Os valores a serem ressarcidos foram apurados inicialmente com base no fator de redução do Programa de Recomposição Tarifária divulgado anteriormente pela Aneel e foram registrados como receita em dezembro de 2001 e ao longo do 1º trimestre de 2002. Posteriormente, esse fator de redução foi alterado, gerando no 2º trimestre de 2002 ajustes contábeis na referida receita e nos custos de energia comprada. Adicionalmente, a Aneel divulgou novas instruções que também resultaram em ajustes nas transações de compra e venda de energia no MAE. Esses ajustes acima mencionados, os impactos do racionamento e do aumento das despesas financeiras líquidas são os principais responsáveis pelo prejuízo da companhia. (Boletim do Sistema Cataguazes-Leopoldina - 29.08.2002)

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5- Sistema Cataguazes-Leopoldina está recebendo segunda parcela do Ativo Regulatório

As distribuidoras do Sistema Cataguazes-Leopoldina estão recebendo do BNDES o montante de R$ 60,7 mi, referente a segunda parcela do Ativo Regulatório, que foi constituído para compensar as perdas de receitas provenientes do racionamento de energia elétrica observadas entre junho e dezembro de 2001. Os valores referentes às perdas registradas em janeiro e fevereiro de 2002 ainda estão em fase de homologação pela Aneel. (Boletim do Sistema Cataguazes-Leopoldina - 29.08.2002)

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6- Cataguazes-Leopoldina contrata seguro-garantia

Uma das maiores apólices de seguros-garantia de obras de infraestrutura do país acaba de ser contratada pelo grupo Cataguazes-Leopoldina com a corretora do BIC Banco e a seguradora de origem suíça UBF Garantias & Seguros. Só em prêmios, o contrato gerou R$ 4,326 mi para um valor segurado de R$ 128,196 mi. Os números são expressivos para o mercado de seguro-garantia, um produto relativamente novo no Brasil, que só começou a deslanchar a partir de meados da década de 90 e representa apenas 0,7% do mercado segurador.Para se ter uma idéia, o valor do prêmio do seguro da Cataguazes, contratado através de uma subsidiária, a Cat-Leo Energia, representa 6,21% de todos os prêmios emitidos em seguro-garantia no primeiro semestre de 2002, que somaram R$ 69,56 mi. Também é maior que todo o faturamento que algumas seguradoras de porte registraram no semestre nesse segmento (veja tabela). A contratação do seguro foi exigência do BNDES, para fechar o contrato de estruturação financeira do projeto ("project finance") da Cat-Leo, na construção de cinco PCHs: Granada, Ponte, Triunfo, Palestina e Cachoeira Encoberta, todas em Minas Gerais. A apólice é válida por 27 meses e garante que a obra - que já está em andamento - será concluída e entregue, funcionando, ao final desse prazo. Os recebíveis que serão gerados pela venda da energia das usinas, quando concluída, são a garantia do empréstimo do BNDES, daí a demanda do banco estatal por um complemento da garantia financeira, explicou Douglas Rocha, diretor da BIC Corretora. (Valor Econômico - 29.08.2002)

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7- Cemig e Ceb recebem autorização para a transferência de participação na hidrelétrica de Queimado

A Cemig e a Ceb obtiveram autorização para a transferência de participação na concessão compartilhada para a construção da usina de Queimado. A Cemig aumentou a participação na concessão compartilhada de 65% para os 85,2% atuais, enquanto a Ceb reduziu de 35% para 17,5%. As obras da usina, que terá 105 MW de potência instalada, já estão em andamento. A usina de Queimado está localizada no rio Preto, entre os municípios de Cristalina, em Goiás, e Unaí, em minas Gerais. A autorização foi concedida pela Aneel. (Canal Energia - 29.08.2002)

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financiamento

1- Armínio reduz projeção para o PIB

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, de acordo com sua assessoria de imprensa, disse a analistas e economistas de bancos internacionais, com os quais se reuniu em Nova York, na segunda-feira, que a economia brasileira crescerá este ano entre 1% e 1,5%. Segundo noticiário das agências Bloomberg News e Dow Jones Newswires, citando relatório do banco de investimentos americano Goldman Sachs, divulgado ontem, Fraga, na reunião em Nova York, teria projetado para o PIB, este ano, uma expansão de 1%, com margem de 0,25% para mais ou para menos. O BC havia revisado, recentemente, sua previsão de crescimento do PIB de 2% para 1,5% em 2002, percentual por enquanto aceito pelo mercado, com pequenas variações. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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2- Ajuste fiscal tira 0,9 ponto do PIB, diz Ipea

A economia poderia crescer de 2,4% a 2,6% neste ano se o governo não tivesse elevado para 3,75% do PIB a meta de superávit primário, segundo simulações do Ipea. Em vez disso, o PIB deverá aumentar o 1,7%, como projeta o "Boletim de Conjuntura" referente a julho, divulgado ontem pelo órgão do governo. "O País cresceria de 0,7 a 0,9 ponto percentual a mais se não tivesse sido forçado a um aumento de 0,5 ponto percentual de ajuste fiscal", afirma o diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, Eustáquio Reis. Segundo ele, uma meta maior de superávit primário em 2002 vai aliviar o esforço fiscal nos anos seguintes, tornando viável um superávit de 3% do PIB até 2005. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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3- IPC registra inflação de 1,08%

O IPC de São Paulo, medido pela Fipe da USP, registrou inflação de 1,08% na terceira quadrissemana do mês de agosto. Essa variação significa uma elevação de 0,13 ponto percentual em relação à segunda medição do mesmo mês, quando o índice ficou em 0,95%. Na atual quadrissemana, a maior oscilação foi do grupo Habitação, com alta de 1,81%; na medição anterior o grupo havia apresentado o segundo maior crescimento com 1,36%. Agora, o grupo com a segunda maior alta foi o de Alimentação, com ganho de 1,49%. Na semana passada, o grupo havia atingido a maior alta do período, com 1,39%. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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4- Desemprego permanece estável no ABC

O desemprego total na região do ABC permaneceu praticamente estável em julho, atingindo 18,8% da População Economicamente Ativa (PEA) ante junho, quando a taxa chegou a 18,7%. O contingente de desempregados foi estimado em 233 mil pessoas, segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com o Consórcio Intermunicipal das Bacias do Tamanduateí e Billings. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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5- Dólar comercial abre com alta de 0,92%, a R$ 3,1490

O dólar comercial abriu as operações com alta de 0,92% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,1390 na compra e a R$ 3,1490 na venda. No mercado futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham elevação de 0,76%, projetando a moeda a R$ 3,145. Ontem, o início da rolagem da dívida atrelada ao câmbio que vence no começo de setembro trouxe certo alívio ao mercado cambial. O BCconseguiu rolar aproximadamente US$ 596 mi. A divisa fechou com queda de 0,41%, a R$ 3,1150 na compra e a R$ 3,1200 na venda. (Valor Online - 29.08.2002)

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gás e termoelétricas

1- Petrobras pode ficar com parte dos ativos da Enron

A decisão da Enron de colocar à venda seus ativos na América Latina pode ter a Petrobras como interessada, embora ela tenha hoje menos apetite do que dois anos atrás pela compra de operações como Gaspart (que tem participação em diversas distribuidoras estaduais de gás), Transredes (que controla toda a rede de dutos da Bolívia) e mesmo a GTB, que controla o lado boliviano do Gasbol. A estatal deve habilitar-se ao data-room para avaliar os negócios.A Petrobras já é sócia da Enron nas sete distribuidoras com participação da Gaspart: SCGás (Santa Catarina), PBGás (Paraíba) , Emsergás (Sergipe), Copergás (Pernambuco), Compagás (Paraná), Bahiagás (BA) e Algás (Alagoas).Esse não é o caso da CEG e da CEG Rio, distribuidoras que operam na capital e interior do Estado do Rio de Janeiro, onde está concentrada grande parte da produção de gás da Petrobras. As duas distribuidoras são operadas pelo grupo espanhol Gas Natural e a Petrobras ainda negocia a compra das participações diretamente com a Enron nos Estados Unidos. Inicialmente o valor desses ativos foi avaliado em US$ 240 mi. Na Bolívia, a Enron pode ter perdido a grande chance de vender a Transredes para a Petrobras quando as duas empresas discutiam, naquele país, a ampliação da rede de dutos ligando Yacuíba, onde estão os campos de gás da Petrobras, e a estação de Rio Grande, onde começa o Gasbol. Na época, seria mais rápido e econômico para os brasileiros negociar uma ampliação da rede interna de dutos já existente, ao invés de abrir uma nova frente para construção de uma rede própria. Mas a Enron cobrou caro pela tarifa e a Petrobras decidiu construir, por US$ 400 milhões, seu próprio gasoduto controlado pela Transierra, da qual também são sócios a TotalFinaElf e a Andina (controlada pela Repsol YPF). (Valor Econômico - 29.08.2002)

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2- BR investirá em co-geração

A Petrobras Distribuidora (BR) quer ser parceira das usinas de açúcar e álcool para produzir e comercializar energia elétrica a partir do bagaço da cana de açúcar. Segundo o gerente da BR Distribuidora, Renato de Andrade Costa, a estatal reservou recursos no orçamento do próximo ano (não revelados) para investir em projetos de co-geração de energia com potência total de 100 MW. A BR irá constituir, em conjunto com usinas selecionadas, empresas no regime BOT- Build on Transfer, pelo qual a estatal constrói a planta, que será operada pela usina. Após 15 anos, a usina torna-se dona do empreendimento. Do total de investimentos, 70% será financiado pelo BNDES. A BR prevê partcipação média de 30% em cada projeto de co-geração. (Estado de São Paulo - 29.08.2002)

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3- Governo quer reduzir custos do transporte de gás natural

O presidente da ANP, Sebastião do Rêgo Barros, informou nesta quarta-feira que os Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia irão definir de que forma será feita a desdolarização do preço do transporte do gás natural. Segundo ele, a ANP é favorável à medida porque pode possibilitar uma participação maior do gás na matriz energética brasileira. Ele disse que atualmente o gás representa 3% da matriz energética. No entanto, ele afirmou que a ANP é contra a redução dos preços apenas para as termoelétricas. "Nós achamos que tem que haver uma redução do preço do gás de um modo geral, porque senão não criamos o mercado de gás em outros setores como o industrial, o transporte e o domiciliar", disse o presidente da ANP. (Estado de São Paulo - 29.08.2002)

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4- Gás atrai empresas canadenses para o país

Grandes empresas canadenses deverão anunciar até o fim do ano projetos na área de gás para o Brasil. ''Há projetos importantes sendo desenvolvidos, mas não posso dar mais detalhes agora'', informa o cônsul do Canadá, Robert Langlois, que adianta também o interesse das companhias de serviços desse ramo. A notícia é apenas uma sombra dos bastidores do Congresso Mundial de Petróleo, que será realizado de 1º a 5 de setembro, no Riocentro. O Canadá aparece entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo e gás, num ranking que inclui os exportadores da Opep. São 2 mil empresas de exploração e produção canadenses dos mais diversos portes. A presença canadense desse ramo no Brasil ainda é tímida, o cônsul reconhece. (Jornal do Brasil - 29.08.2002)

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5- Projeto de construção da termelétrica de Paracambi tem novo cronograma

A central geradora termelétrica Cabiúnas passa a se chamar, a partir desta quarta-feira, dia 28 de agosto, Usina Termelétrica Paracambi. Além disso, a concessionária Light Serviços de Eletricidade, controladora da usina, obteve prazo maior para sua instalação e operação. A Light havia conseguido autorização para implantar a termelétrica Cabiúnas, de 511,2 MW de potência instalada, em 27 de agosto de 2001, em Paracambi, município do Rio de Janeiro. Em março de 2002, no entanto, a mesma foi transferida para a empresa Usina Termelétrica Paracambi. Como o cronograma inicial tinha como base a obtenção da licença de instalação em novembro de 2001 e só foi obtido em junho de 2002, fez-se necessária a revisão do cronograma até a operação da usina. Com isso, o início da montagem eletromêcanica fica estabelecido para até 28 de fevereiro de 2003. A empresa terá prazo até o dia 15 de dezembro de 2003 para o início da operação comercial em ciclo aberto. Em ciclo fechado, novo cronograma estabelece um prazo até o dia 15 de maio de 2004. (Canal Energia - 28.08.2002)

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6- Venda não muda rotina em Cuiabá

A usina termelétrica de Cuiabá e o gasoduto entre Mato Grosso e Bolívia continuam funcionando normalmente e nada muda em sua operação com o anúncio de que a Enron colocou a venda sua parte nos negócios no estado. A afirmação faz parte de um comunicado divulgado ontem por Frank Sugranes, presidente do Projeto Integrado Cuiabá, que inclui as empresas EPE-Empresa Produtora de Energia - que opera a termelétrica - e a GasOcidente de Mato Grosso - responsável pelo gasoduto. Segundo Sugranes, a estrutura operacional da Usina Termelétrica de Cuiabá, com capacidade instalada para produzir 480 MW, permite que ela opere independentemente. O processo de venda de 12 ativos da Enron, anunciado na última terça-feira nos Estados Unidos, faz parte do plano divulgado pela empresa em maio, com o objetivo de obter maior valor para os ativos da empresa. (Diário de Cuiabá - 29.08.2002)

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grandes consumidores

1- Retração das elétricas afeta indústria de base

Pela primeira vez desde 1996, a indústria fornecedora de bens e serviços para empresas de energia elétrica deve interromper, este ano, o aumento nos investimentos. A previsão é da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), que divulgou ontem pesquisa sobre o faturamento do setor no primeiro semestre de 2002. Entre janeiro e junho, o ramo de energia na indústria de base faturou R$ 14,5 bilhões, com alta de 11% em relação ao mesmo período de 2001. As razões para as estimativas negativas estão ancoradas na macroeconomia, com destaque para as dificuldades em países como Argentina e Venezuela. Para Marques, os recursos que as elétricas estão recebendo do BNDES para recompor perdas do racionamento não serão suficientes para a retomada dos investimentos. (Gazeta Mercantil - 29.08.2002)

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internacional

1- Enron inicia processo de venda de doze de seus maiores ativos

A falida companhia americana de energia Enron começou o processo formal sob o qual pretende vender interesses de seus doze maiores ativos, desde companhias de distribuição de energia no Brasil até companhias de exploração e produção de óleo e gás natural. A companhia disse em um enunciado que compradores potenciais já podem acessar salas de dados para colher maiores informações sobre os ativos. A companhia espera receber propostas iniciais para os ativos em outubro, finalizando o processo já em novembro. "Este processo reitera nossos esforços em maximizar os ganhos e aumentar o retorno de nossos credores" disse Stephen Cooper, diretor geral interino da Enron. (Platts - 28.08.02)

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2- Dynegy cria liderança triangular para tocar funções do diretor financeiro

A Dynegy adotou um novo modelo de organização para a função de diretor financeiro, ao nomear três de seus executivos sênior para supervisionar os setores de contabilidade, finanças e logística da companhia. "Nós acreditamos que essa decisão será o caminho mais efetivo, prático e eficiente para o planejamento e execução de nossa estratégia empresarial, cumprindo com os requerimentos de regulação hoje exigidos, encontrando novas práticas de investigação financeira além de gerenciar de forma mais eficaz o ajuste financeiro realizado pela empresa de três em três anos", disse Dan Dienstbier, atual diretor geral da Dynegy. Louis Dorey, diretor financeiro da companhia nos últimos dois meses, foi nomeado vice-presidente executivo e financeiro, responsabilizando-se pelas transações financeiras além do contato de tesouraria e condições de investimento com credores e agências de classificação de crédito. Hugh Tarpley, o até então vice-presidente executivo e de estratégica de investimento, foi nomeado para comandar o recentemente criado departamento de desenvolvimento, onde suas responsabilidades incluirão a unidade comercial, o planejamento estratégico e financeiro além do contato com investidores. Michael Mott foi nomeado vice-presidente sênior, diretor contábil, além do título de inspetor. (Platts - 28.08.02)

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3- Fox busca consenso para reforma energética

O Presidente do México, Vicente Fox, reuniu-se com líderes do partido da situação PAN assim como do opositor PRI num esforço para conseguir o apoio do Congresso acerca da lei de reforma do setor de energia, informaram jornais locais na Sexta-feira passada. Anteriormente, o PRI havia se recusado a discutir a reforma caso esta incluísse alguma reforma constitucional. A proposta apresentada por Fox ao Congresso no dia16 de agosto, propõe a eliminação dos artigos 27 e 28 da Constituição nacional, para então criar um marco legal que atraia investidores privados ao setor energético. O PRD, terceiro principal partido político do México, não foi convidado para as negociações. O secretário geral do PRD, Carlos Navarrete Ruiz, declarou ao jornal El Economista que uma emenda na Constituição necessitará de pelo menos 87 votos, constatando que o PAN somente conta com 46. O PRD posiciona-se totalmente contra a privatização do setor elétrico e a reforma constitucional, já que ambos implicariam no ingresso ao setor de capitais privados, principalmente estrangeiros. Durante sua campanha presidencial de maio de 2000, Vicente Fox comprometeu-se a não modificar a Constituição e a não privatizar nem o setor elétrico, nem o petroleiro, agregou Robles Berlanga, membro do PRD. (Business news Americas - 26.08.02)

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4- Enee e UE investirão US$ 5,71 mi no Guarre II

A estatal hondurenha de energia Enee e a União Européia (UE) investirão US$ 5,71 mi no programa de abastecimento energético Guarre II, garantiram fontes na Enee citadas pelo jornal local El Tiempo. Está também se desenvolvendo um programa de eletrificação rural usando uma pequena planta hidroelétrica com a qual se observará o uso múltiplo da água, a redução de perdas de energia e uma campanha de economia de energia, disse o jornal. "Uma vez aprovados os planos operativos pela Enee e pela UE, chegarão a Honduras 25 engenheiros oriundos da Espanha, Alemanha e Itália para a formação de um consórcio multinacional, que executará as consultorias e os estudos factíveis e posteriormente empreenderá os projetos específicos dentro dos próximos anos", assinalou o diretor do Guarre II, José Luis Rebolledo. O Guarre II consiste em dois módulos de geração elétrica e dois módulos de eficiência elétrica. No setor de geração, a partir da mini-planta hidroelétrica, o Guarre II planeja construir uma planta que funcione com biomassa ou mesmo com energia eólica. (Business news Americas - 26.08.02)

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5- Governo argentino impõe limite de um dígito para alta tarifária

As empresas argentinas de serviços públicos têm até esta Sexta-feira para justificar suas propostas de alta tarifária, mesmo com o anúncio do Governo nesta Segunda-feira, dia 26, que somente aprovaria uma alta "de emergência" de um dígito, informou o jornal local La Nueva Provincia. As companhias de energia haviam solicitado aumentos tarifários de 30% a 50%, de acordo com as altas registradas nos outros setores. A distribuidora com sede em Buenos Aires Edenor solicitou um alta de 36% para compensar a perda de ganhos desde janeiro. O gerente de relações públicas da Edenor, Arturo Lippi, disse que uma alta de um dígito somente seria aceitável caso fosse seguida de aumentos progressivos, já que seria absolutamente inaceitável uma alta única. Uma elevação de apenas um dígito seria uma tentativa do Governo de apaziguar as empresas energéticas além de conter a crescente oposição da opinião pública frente às altas propostas. O Governo de Duhalde está sendo pressionado pelas energéticas para aumentar as tarifas que estão congeladas desde janeiro. A desvalorização da moeda e o congelamento das tarifas levaram varias companhias energéticas argentinas a beira do colapso. Lippi, da Edenor, disse que na Argentina a tarifa residencial se mantém em US$ 0,025/MWh, quatro vezes menor do que no Chile e cinco vezes menor do que no Brasil. O Governo solicitou às empresas de energia, incluindo a Edenor, que expliquem como suas propostas de alta tarifária seriam implementadas sem afetar as famílias de baixa renda. Lippi agregou que a empresa propôs uma tarifa social que ofereceria um alívio tributário para as famílias de baixa renda, de maneira que ainda possam pagar suas contas. (Business news Americas - 26.08.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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