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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 947 - 28 de agosto de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Fontes de subsídios já estão definidas

O governo começou, ontem, a dar base legal às novas fontes de recursos para o setor elétrico. A MP n. 64, publicada no Diário Oficial da União, define a origem de subsídios para três áreas: compra e transporte de gás natural para termelétricas; mudança de critérios para classificação do consumidor na categoria baixa renda; e modicidade tarifária (ou redução do impacto do aumento de custos das distribuidoras nas tarifas). Esses subsídios foram previstos pelo Comitê de Revitalização - encarregado de estudar medidas para consolidação do mercado livre e retomada dos investimentos. A compra ou transporte do gás natural terá recursos da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) até o limite de R$ 500 mi por ano. A modicidade tarifária será garantida pelo chamado fundo de dividendos das geradoras federais, constituído pelo lucro dessas empresas nos leilões de energia. O subsídio à baixa renda virá da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), criada pela lei n 10.438, de abril de 2002, para subsidiar a geração a partir de fontes alternativas - eólica, biomassa, PCH e carvão. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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2- Mudança de critérios isentou 14 milhões de consumidores

Segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia, seriam necessários R$ 40 mi por mês para cobrir as perdas. A mudança no critério de baixa renda aumentou de 4 milhões para 14 milhões o universo dos consumidores caracterizados como de baixa renda, que pagam uma tarifa mais barata e estão isentos da cobrança do seguro-apagão e da tarifa extra para recompor as perdas com o racionamento de energia.Segundo a MP, a destinação dos recursos da CDE não está sujeita à limitação prevista na lei do setor elétrico, aprovada em abril, que determinava um percentual máximo de 30% para a utilização dos recursos em cada fonte de energia. A MP oficializa o uso do fundo de dividendos das estatais como medida para conter o aumento das tarifas de energia elétrica nos próximos anos. O fundo será formado pelo adicional de dividendos da Eletrobrás e pelos lucros obtidos pelas geradoras federais nos leilões de energia velha. O texto estabelece ainda a utilização de um mínimo de 60% e de um máximo de 80% do total de recursos do fundo de dividendos para a subvenção das tarifas. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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3- Pequeno produtor critica medidas

A Medida Provisória no 64, que regulamenta pontos do plano de revitalização do setor elétrico, não foi bem recebida pela Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE). Isto porque dois itens da MP deverão prejudicar o desenvolvimento das fontes alternativas no País.Um dos pontos ressaltados pela associação é o artigo que restringe a compra de energia elétrica por parte das distribuidoras através de leilões públicos. Segundo Ricardo Pigatto, presidente da entidade, a medida prejudica justamente aqueles produtores que não poderão participar do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas (Proinfa).Além disso, estes produtores ficam excluídos de negociar a energia produzida por meio de contratos bilaterais de longo prazo com as distribuidoras. O ideal, segundo a APMPE, é que as distribuidoras pudessem fechar contratos deste tipo com geradores de fontes alternativas de energia.Outro ponto que preocupa a associação é o que determina a utilização dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), instituída pela Lei no 10.438, de 26 de abril de ste ano. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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4- Distribuidoras de energia do Nordeste vão aumentar tarifas

A Aneel permitiu nesta terça-feira que quatro distribuidoras de energia do Nordeste aumentem suas tarifas. Em dois casos, a agência governamental permitiu reajuste maior do que o pedido. As distribuidoras que aumentaram suas tarifas na quarta-feira são: Eletricidade da Paraíba (14%), Companhia Energia do Piauí (14,09%), Companhia Energética do Maranhão (13,57%) e Companhia Energética de Alagoas (14,25). Os reajustes acima do pedido foram concedidos as empresas paraibana e a maranhense. (Diário do Grande ABC - 28.08.2002)

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5- Comissão aprova cobrança municipal

Foi aprovada ontem, por unanimidade, em comissão especial, o parecer do deputado Custódio Mattos (PSDB-MG) que permite aos municípios do estado de Minas Gerais instituírem contribuição para o custeio de iluminação pública. A decisão foi aplaudida por grande número de prefeitos que lotaram o auditório da Câmara. O relator Custódio Mattos destacou que a Câmara não está criando uma nova contribuição, mas permitindo que os municípios votem suas próprias leis, dando competência legislativa para que decidam sobre o assunto. Até 1988 as prefeituras tinham essa atribuição, mas ela foi retirada pela Constituição. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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6- Aneel faz acordo com agência do amazonas

A Aneel realizou audiência pública em Manaus para apresentar o convênio de descentralização de atividades firmado no último dia 3 de julho com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas. O convênio, que terá vigência de cinco anos, é no valor de R$ 8,912 mi , dos quais R$ 7,821 mi serão desembolsados pela Aneel e R$ 1,090 mi pelo Amazonas, como contrapartida financeira. A Aneel já tem convênios com 13 agências nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Goiás e Paraíba. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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risco e racionamento

1- Nível dos reservatórios mantém queda

A capacidade de armazenamento de energia continua caindo em quase todo o País. Só a região Sul elevou em 6,88% o nível de seus reservatórios esta semana em relação ao início de agosto. Dados do ONS apontam que no Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade dos reservatórios caiu 4,64% no período. Mas ainda está 20,86% acima da curva de aversão ao risco para 2002 e 2003. Preços no Mae reagemOs preços do MWh comercializado no MAE reagiram esta semana. A maior alta foi verificada no Nordeste, onde está valendo R$ 14,07 até 30 de agosto, ante a R$ 12,41 na semana anterior. Mas em relação ao início do mês, a retração é de 8,8%. No Norte e Sudeste/Centro-Oeste, o MWh é negociado a R$ 11,80. Na região Sul, o MWh vale atualmente R$ 12. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Multinacionais colocam elétricas à venda

O setor elétrico nacional passa por um momento de grande oferta de venda de empresas. Multinacionais estão colocando à venda o controle ou fatia do capital de pelo menos oito companhias elétricas brasileiras. Ontem, as gigantes americanas AES e Enron anunciaram a intenção de vender o controle das distribuidoras AES Sul e Elektro, respectivamente. No caso da Enron, a venda faz parte do processo de concordata do grupo. Mas, para as outras companhias multinacionais com ativos de energia no país, o principal motivo da oferta é a tentativa de resgate da confiança dos acionistas e credores. O compromisso da AES de vender a AES Sul foi assumido para quitar uma dívida que a AES ELPA (antiga Lightgas) tem com o BNDES. A dívida foi contraída na privatização da Eletropaulo, em 1998 e os papéis da distribuidora foram oferecidos como garantia numa operação de refinanciamento desse débito com o BNDES, em abril. Além da AES Sul, estão na mesa de negociações praticamente todos os ativos da AES no país: a geradora AES Tietê, a termelétrica de Uruguaiana, e a empresa de telecomunicações Eletronet, além da própria Eletropaulo.(Valor Econômico - 28.08.2002)

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2- Enron leiloará Elektro e participação no Gasbol

A Enron anunciou ontem que leiloará a Elektro, a termoelétrica de Cuiabá e a participação no gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Os data-rooms foram abertos e as ofertas serão recebidas até outubro. Os nomes dos vencedores serão divulgados em novembro. A Pensylvania Power & Light (PPL) tenta vender o controle da a concordatária Cemar para a Franklin Park Energy, mas a operação não teve o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na segunda-feira, a imprensa noticiou que o governo francês estaria fazendo pressão sobre a estatal EDF para uma possível venda de sua participação na distribuidora elétrica Light. A EDF detém 94% do capital da concessionária. /A Inepar também negocia a venda de sua fatia nas distribuidoras Celpa e Cemat. Empresas como a GP Investimentos e as estrangeiras NRG e Enel chegaram a olhar a Celpa, mas desistiram do negócio por conta das dificuldades do setor elétrico. O mercado aposta na força de alguns grupos que já se mostraram dispostos a crescer no Brasil como o português EDP (dono das distribuidoras Escelsa, Enersul e Bandeirante) e o nacional CPFL Energia - controlado pela Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa. (Valor Econômico - 28.08.2002)

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3- Oferta da Enron testa apetite do mercado

A lista de 12 ativos que a Enron colocou ontem oficialmente à venda é composta pelo que a empresa tem de melhor. A intenção da companhia texana, junto com o comitê de credores, é testar o apetite do mercado e só então decidir se a oferta será levada adiante. "Enquanto não se tiver uma avaliação sobre o interesse do mercado, nenhuma decisão será tomada", afirmou o presidente da Enron no Brasil, Orlando González. A Enron quer saber se, em meio à concordata, tem poder de fogo para negociar as empresas por um valor que considere justo. Se a estratégia falhar, restarão duas opções: juntar os ativos à massa da concordata ou levar adiante o processo de criação da OpCo, que será gerida pelos credores e reunirá os investimentos mais rentáveis ou de maior potencial nos segmentos de gás natural e eletricidade.As térmicas Eletrobolt e Riogen e o gasoduto Bolívia-Cuiabá, que também fazem parte dos ativos potenciais da OpCo, ficaram de fora. A negociação para vender à Petrobras as ações na CEG e CEG-Rio está sendo conduzida diretamente pela matriz, disse González. (Valor Econômico - 28.08.2002)

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4- Empresas prevêem perdas de R$ 4 bi

A queda de faturamento das distribuidoras este ano com a retração no consumo pós-racionamento pode ultrapassar R$ 4 bi . A informação é da Abradee, que baseia a estimativa numa retração média de 13% na demanda das 44 distribuidoras associadas, cujo faturamento total chegou a R$ 33 bi em 2001, segundo informações do site Canal Energia. O quadro econômico-financeiro das concessionárias só não chegou ao limite devido ao empréstimo emergencial do BNDES, que começou a ser aprovado pela estatal na semana passada. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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5- Investimentos em geração são adiados

Boa parte dos projetos na área de geração de energia está sendo adiada ou engavetada pelos investidores por falta de recursos, pendências regulatórias ou problemas judiciais. Pelo menos 22% do volume energético, ou 1.965 MW, previstos pelo Governo, não deverão\ entrar em operação este ano, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib). Se a expectativa se concretizar, o setor vai perder, apenas este ano, cerca de US$ 1,5 bi , o que põe em dúvida a capacidade de fornecimento de energia nos próximos anos. Até 2004, a previsão é de US$ 4 bi , ou 5.846 MW, a menos no setor. De acordo com o presidente da entidade, José Augusto Marques, o cenário é preocupante, pois pela primeira vez os números indicam queda nos investimentos. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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6- Cemar inicia renegociação com credores

O interventor nomeado pela Aneel para a Cemar, Sinval Gama, afirmou ontem em São Luís que vai convocar a partir de hoje todos os credores da empresa para renegociação. A dívida da Cemar, segundo ele, beira os R$ 850 mi. Por outro lado, a companhia vai receber um aporte de R$ 70 mi, fruto do acordo geral do setor elétrico assinado com a Aneel. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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7- Distribuidoras controladas pela EDP receberão R$ 740 mi do BNDES

As quatro distribuidoras controladas pela Eletricidade de Portugal no Brasil receberão financiamento de R$ 740 mi pelo BNDES como indenização pelas perdas registradas durante o período de racionamento de energia, em 2001. Segundo o Diário Econômico, de Portugal, a maior fatia caberá à Bandeirante Energia, terceira distribuidora de São Paulo, que embolsará R$ 246 mi. Em segundo lugar, aparece a Cerj, na qual o grupo português detém 19,2%, que receberá R$ 238 mi. Por último, surgem as distribuidoras do Espírito Santo, Escelsa, e do Mato Grosso do Sul, a Enersul. Cada uma irá embolsar, respectivamente, R$ 164 mi e R$ 95 mi. Os montantes incluem duas fatias: a recomposição das receitas das distribuidoras durante o segundo semestre de 2002 e uma parcela referente à compra de energia de Itaipu (cotada em dólar), realizada entre janeiro e outubro do ano passado. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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financiamento

1- Liminar garante contabilização da energia de Itaipu pela Copel durante racionamento

A Copel e a Copel Distribuição S.A. obtiveram ontem uma liminar que lhes garante contabilizar a energia adquirida de Itaipu e vendida a consumidores livres durante o período de racionamento de energia sem seguir as determinações da Aneel. Na prática, a decisão traz reflexos significativos para o débito da companhia com o MAE. Se tiver de seguir a determinação da Aneel, a Copel passará a dever R$ 256 mi a mais ao MAE. A liminar foi concedida pela desembargadora Maria Isabel Galotti Rodrigues, do Tribunal Regional Federal em Brasília. A discussão entre Copel e Aneel refere-se à energia que a companhia paranaense vendeu a consumidores livres da região Sudeste do Brasil. Parte dessa energia, alega a Copel, foi adquirida de Itaipu. Como a companhia tinha contratos a saldar e a energia vinda de Itaipu não era suficiente, conta a Copel, ela foi obrigada a comprar o restante no MAE. Essa energia adquirida no MAE foi repassada aos consumidores livres do Sudeste. A Aneel alegou que a Copel não pode vender a energia vinda de Itaipu para consumidores fora de seu submercado. Segundo a agência, o submercado da Copel restringe-se ao Paraná e a um município catarinense. O que a Aneel defende é que a Copel deve considerar que toda a energia vendida a consumidores livres do Sudeste durante o racionamento deve ser contabilizada como adquirida no MAE. Representada pelo escritório Wald e Associados, a Copel alegou que a contabilização prejudicaria a empresa porque, em razão da alta demanda, o preço da energia no MAE durante o racionamento era muito alto, o que elevaria sua dívida. (Valor Econômico - 28.08.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre com queda de 0,15%, a R$ 3,1280

O dólar comercial abriu as operações com queda de 0,15% perante o fechamento de ontem, cotado a R$ 3,1180 na compra e a R$ 3,1280 na venda. No mercado futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham baixa de 0,63%, projetando a moeda a R$ 3,112. Ontem, o fracasso do Banco Central de rolar contratos cambiais mudou o humor do mercado. A moeda fechou com alta de 1,22%, saindo a R$ 3,1280 na compra e a R$ 3,1330 na venda. (Valor Online - 28.08.2002)

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2- Previsão de déficit cai para US$ 17 bi

As instabilidades, tanto na economia doméstica quanto na internacional, levaram o Banco Central a revisar previsões quanto ao comportamento das contas externas em 2002. Do lado positivo, as projeções para o superávit da balança comercial neste ano avançaram, depois dos resultados de julho e dos números parciais de agosto, segundo o chefe do Depec do BC, Altamir Lopes, de US$ 5 bi para US$ 7 bi. No lado negativo, as estimativas para o ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IDE), no acumulado de 2002, recuaram de anteriores US$ 18 bi para US$ 16,5 bi. No acumulado de 12 meses, encerrados em julho, o déficit em transações correntes chegou a US$ 16,660 bi, o melhor resultado nominal registrado desde julho de 1996, quando o déficit foi de US$ 15,101 bi. Segundo o chefe do Depec, há perspectiva de esse ajuste, gerado pela flutuação do câmbio, provoque um déficit em transações correntes em torno de apenas US$ 150 mi em agosto. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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3- BNDES recebe R$ 1 bi do FAT para programa de geração de emprego

O BNDES recebeu, na semana passada, R$ 1 bi de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinado ao financiamento de projetos incluídos no Pró-Emprego III. O programa, aprovado pelo conselho do FAT, o Codefat, no mês passado, está orçado em R$ 15 bi, um volume 65% superior aos dois programas anteriores. Do total, R$ 4,5 bi virão do FAT, outros R$ 4,5 bi do BNDES e R$ 6 bi das empresas com projetos aprovados dentro do programa. Os recursos do FAT serão aplicados em energia, transporte, saneamento e turismo nos próximos três anos. O Banco já desembolsou R$ 730 mi para as áreas de energia e saneamento. Até o fim do ano receberá mais R$ 500 mi, uma vez que o programa prevê liberações anuais de R$ 1,5 bi. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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gás e termoelétricas

1- CNPE estuda alterar o preço do gás

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse ontem que o governo analisa "desdolarizar" as tarifas de transporte do gás natural para as usinas termelétricas, praticadas pela Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), controlada pela Petrobras. Segundo Gomide, o assunto será discutido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deve levar em conta se o passivo da TBG também é em dólar. "Há uma impossibilidade de comprar o gás da Bolívia em real. Mas não é impossível desdolarizar a tarifa de transporte", disse. Segundo Gomide, a possível alteração é necessária porque, no texto da MP n 64, o governo estima subsidiar a compra e o transporte do gás natural com, no máximo, R$ 500 mi por ano da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Como o valor foi fixado em moeda brasileira e o gás é negociado em dólar, o montante está defasado frente à cotação atual do dólar, de R$ 3,135. (Gazeta Mercantil - 28.08.2002)

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2- Obras de Angra III serão reiniciadas em 2003

A usina nuclear Angra III está saindo do papel e terá as obras reiniciadas em 2003. A decisão já foi tomada pelo governo federal que alocou verba de R$ 123 mi na proposta da Lei Orçamentária de 2003 que será encaminha ao Congresso até o final do mês. A retomada está condicionada ao equacionamento de pendências apontadas pelo TCU, mas o presidente da estatal Eletronuclear, responsável pela obra, Flávio Decat, informou que esse "detalhe" já está equacionado. Além disso, a solução proposta permite que o próximo governo dê ou não continuidade à obra a partir de maio. Segundo o executivo, se o projeto seguir o cronograma proposto pela Eletronuclear a terceira unidade nuclear brasileira iniciará a operação comercial em novembro de 2008, injetando 1.350 MW no sistema elétrico. (Estado de São Paulo - 28.08.2002)

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3- Ministro atende pleito do governador em favor da Termoaçu

O ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, cumpriu compromisso assumido com o governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, no sentido de criar condições para que a Termoaçu volte a ser viável economicamente. Ele expediu a Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Política Energética determinando que a Aneel aplique os valores normativos para os projetos de termelétrica em vigor anterior a Resolução nº 248 (de 6 de maio de 2002), da Aneel. No terreno onde irá se instalar a termelétrica já foi realizada toda a terraplenagem e agora a etapa seguinte é a construção das fundações das turbinas. O investimento total é de US$ 300 mi. (O Mossoroense - 28.08.2002)

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4- Incentivo a projetos de co-geração a partir da queima do bagaço de cana

Três companhias sucroalcooleiras - Usina Alta Mogiana, Cia. Energética Santa Elisa e Usina Moema - obtiveram a certificação de seus projetos de co-geração de energia a partir da queima do bagaço de cana. Trata-se do primeiro passo para que essas empresas operem no mercado de créditos de carbono, que ainda não está regulamentado mas já atrai o interesse de alguns países e organizações, diz Marcelo Junqueira, da Econergy, que mensurou os créditos e agora se encarrega de sua comercialização.Por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, do Protocolo de Kyoto, países e empresas que não atingirem sua meta de redução na emissão de carbono poderão comprar créditos de outros. A cana é potencial geradora de créditos, já que polui menos que outras fontes como os combustíveis fósseis.Os projetos foram auditados e validados pela Ingwass, representante no Brasil da alemã TÜV. Juntos, eles prevêem uma expansão da capacidade instalada - disponível a concessionárias - dos atuais 90 megawatts (MW) nas três usinas para 120 MW em sete anos. Os créditos gerados no período equivalem a 1,2 mi de ton de gás carbônico. Embora o mercado não tenha regras definidas ainda, Junqueira afirma que são vários os governos e instituições atentos ao negócio. O governo da Suécia, por exemplo, já demonstrou interesse em comprar os créditos das usinas, por US$ 5 por ton. Maurílio Biagi Filho, presidente da Santa Elisa, reconhece que o valor é baixo, mas ressalta que ele deve ser interpretado como uma renda extra e dentro de uma iniciativa pioneira. Em maio, a Vale do Rosário foi a primeira usina a receber o certificado, por uma capacidade instalada de 30 MW, equivalente a 645 mil ton de gás carbônico até 2007. (Valor Econômico - 28.08.2002)

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5- AES Eletropaulo compra bagaço

A AES Eletropaulo está ampliando a compra de energia alternativa para distribuir na Grande São Paulo. A empresa fechou contrato com a usina Cerradinho, de Catanduva (SP), para a fornecimento, até 2013, de energia co-gerada a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Este é o segundo negócio com o setor sucroalcooleiro, que foi precedido pelo acordo com a paulista Equipav, de Promissão. A Cerradinho vai fornecer 100 mil MWh por ano à Eletropaulo, o suficiente para iluminar uma cidade de 110 mil habitantes.O volume é pequeno comparado aos 16 mi de habitantes atendidos pela companhia na capital e 23 municípios, mas representa um avanço na busca de alternativas energéticas. A Eletropaulo informa que vai diversificar ainda mais suas fontes de suprimento para reduzir o risco do fornecimento concentrado em energia gerada por hidrelétricas.A unidade de co-geração da Cerradinho será inaugurada na sexta-feira. Ela tem potência nominal de 25 MW, o suficiente para abastecer a usina e vender o excedente para a Eletropaulo. A usina deve moer nesta safra 2,1 mi de toneladas de cana e produzir um total de 200 mil toneladas de açúcar. (Jornal do Commercio - 28.08.2002)

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internacional

1- Preços da eletricidade na Alemanha devem subir 10% até 2010

Um estudo realizado pela German Akademie Technikfolgenabschatzung no sul do Estado de Baden-Wurttemberg disse que até 2010 os preços da eletricidade na Alemanha devem subir pelo menos 10%. Durante este período, espera-se que as emissões de dióxido de carbono caiam pelo menos 10% quando comparados aos valores de 2000. " São necessárias maiores regulações feitas pelo Estado para que os objetivos na política e no ambiente sejam atendidos", disse o estudo, no qual trabalharam dez cientistas do setor de energia. O autor do estudo, Georg Foster disse "os preços vão aumentar mais adiante, e não importa se a proteção ambiental é feita em níveis nacionais, ou apenas em níveis europeus." O mercado de eletricidade é o atual responsável por cerca de um terço da emissão de dióxido de carbono na Alemanha. (Platts - 27.08.02)

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2- Andersen Worldwide pagará pendências da Enron

A Andersen Worldwide, organização superior da rede global de firmas de contabilidade da Andersen, pagará US$ 60 mi na primeira operação de pagamentos acordados na auditoria com a Enron. A rede global pagará cerca US$ 40 mi reivindicados por investidores e familiares da combalida companhia e os US$ 20 mi adicionais serão destinados aos credores. O Império global da Andersen, que conta com cerca de 85.000 empregados e mais de US$ 9 bi em rendimentos no ano passado, está sucumbindo aos poucos. Empregados, credores e investidores da Enron estão processando a Andersen e requerendo uma enorme quantia de dinheiro pelo papel que a companhia teve no colapso da comerciante de energia. Mesmo tendo feito uma auditoria para a Enron, a Andersen Worldwide também está sendo processada por uma ação de classe apresentada em Houston, no Texas. Aldo Cardoso, chefe executivo da Andersen, recusou-se a confirmar qualquer acordo entre as partes, entretanto, um funcionário da comanhia que está acompanhando o caso disse que o anúncio sobre o acordo dos US$ 60 mi está sendo planejado para o fim desta semana. O caminho da Andersen para as ruínas começou a ser construído em janeiro quando seu sócio David Duncan, que conduzia as contas da até então lucrativa Enron, destruiu documentos relacionados à mesma. Em junho a Andersen foi considerada culpada por dificultar as investigações da justiça, selando efetivamente sua "morte". (New York Times - 27.08.02)

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3- SCPP coloca emissão de bônus de US$ 50 mi

A Southern Cone Power Perú (SCPP), a unidade peruana do consórcio de energia elétrica Southern Cone Power, colocou com êxito no mercado local uma emissão de bônus de US$ 50 mi por um prazo de 10 anos nesta, em apenas um pacote com interesse de 8,74%, confirmou o gerente geral da SPCPP, Javier García. Administradoras de fundos de pensão (AFP) e de fundos mútuos foram os compradores principais, respectivamente com 46% e 15,9% do total da emissão. Companhias de seguros também compraram parte da emissão, agregou García. A Citicorp Perú colocou os bônos, que receberam qualificação AAA da agência local Apoyo & Asociados assim como da Pacific Credit Rating. A SCPP possui 24% da geradora local Edegel. (Business News Americas - 26.08.02)

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4- Setor elétrico peruano necessita de US$ 5 bi em investimentos

O setor elétrico do Peru necessita de investimentos de US$ 5 bi caso pretenda alcançar a mesma capacidade de geração do Chile, foi o que garantiu um estudo do Instituto Peruano de Energia (IPE). O estudo assinala que deve-se investir US$ 3,32 bi em geração; US$ 1,1 bi em custos de serviço público; e US$ 303 mi em transmissão. O estudo apresenta resultados comparativos com o Chile. "Esta analise se baseia na comparação com o setor chileno, já que este apresenta certas similaridades com o nosso, sobre tudo na parte de infra-estrutura e tamanho do mercado", explicou o analista do IPE, Jorge Chávez, quem mais participou do estudo. A capacidade de geração no Chile registrou 10.045 MW em 2000, enquanto que neste mesmo ano o Peru produziu somente 6.070 MW. O estudo foi encarregado pela Associação de Empresas Privadas de Serviços Públicos do Peru (Adepsep). O ministro peruano de energia e minas Jaime Quijandría disse recentemente que o setor elétrico do país necessita de cerca de US$ 2 bi em investimentos. (Business News Americas - 26.08.02)

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5- Easa reestruturará dívida de US$ 91,2 mi

A holding energética argentino Easa renegociará sua dívida de US$ 91,2 mi, notificou a empresa em comunicado dirigido à Bolsa de Valores de Buenos Aires. A Easa controla uma participação majoritária na distribuidora Edenor, que possui mais de 2,2 mi de clientes na parte norte de Buenos Aires. A maioria das dívidas da Easa estão denominadas em dólares, assinalou o porta-voz da companhia Yves Desrousseaux. "Devido à desvalorização do peso argentino, que apresentou inúmeros efeitos negativos em muitas empresas do setor elétrico, a Edenor não pôde cumprir com seus pagamentos de interesse correspondentes a este ano", explicou Desrousseaux. "Não podemos fazer nada até que o Governo tome a decisão de aumentar as tarifas", disse Desrousseaux, agregando que a Edenor reuniu-se recentemente com seus credores e que estão em negociação. O Governo argentino está avaliando as propostas de elevação das tarifas; na Quinta feira passada solicitou às empresas de serviços públicos a entrega de maiores antecedentes para que justifiquem suas propostas. A Edenor espera que o Governo anuncie rapidamente as altas, o que permitiria a reestruturação da dívida distribuidora com novo fluxo de caixa. 80% da Edenor pertence à empresa estatal francesa de energia EDF. (Business News Americas - 26.08.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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