1- Nova MP irá ao Congresso |
Ainda esta semana,
o governo deve encaminhar ao Congresso uma nova Medida Provisória
(MP) sobre o setor elétrico. Além de dar a base legal a várias
decisões tomadas ontem pelo Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE), o documento formalizará propostas do comitê de revitalização
- cujo objetivo é consolidar o mercado livre e permitir a retomada
dos investimentos. Também constarão da MP a criação do fundo de
dividendos constituído com o lucro obtido pelas geradoras federais
nos leilões de energia e que será destinado a subsidiar tarifas;
destinação de R$ 500 mi anuais da Contribuição de Intervenção
sobre Domínio Econômico (Cide) para subsidiar o gás natural das
termelétricas e definição de consumidores cativos e livres. A
cisão das geradoras federais - Chesf, Furnas e Eletronorte - em
empresas de geração e transmissão também será incluída. (Gazeta
Mercantil - 22.08.2002)
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2- País será dividido em apenas dois submercados em
janeiro |
A partir de 1 de janeiro de 2003, o País será dividido em apenas
dois submercados: Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. Atualmente,
são quatro as regiões: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
O sistema interligado nacional é dividido em submercados, de acordo
com as restrições de transmissão. "Há anos o setor elétrico vem
se preparando para esta integração", disse Gomide. Há preços calculados
para cada subdivisão, dentro da qual não há, conceitualmente,
limitação na transmissão. O ministro explicou que os consumidores
ganharão com a medida pela transparência que se dará à formação
do preço da energia elétrica. A mudança constará de resolução
do CNPE. Em primeira leitura, serão beneficiadas as empresas com
usinas instaladas no Sul do País, como a Tractebel Energia (ex-Gerasul),
que produz no Sul para vender no Sudeste. O presidente da companhia,
Manoel Arlindo Zaroni, disse, entretanto, que a medida não trará
resultado no curto prazo, já que a demanda no Sudeste está retraída.
(Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
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3- Redução dos submercados pode aumentar encargo nas
tarifas do consumidores |
Uma das conseqüências da unificação dos submercados de energia
pode parar diretamente no bolso dos consumidores. Após a decisão
desta quarta-feira, dia 21 de agosto, do CNPE (Conselho Nacional
de Política Energética), que reduziu as sub-regiões de quatro
para duas, executivos do setor já alertam para um possível incremento
nos encargos de serviços do sistema, item das tarifas que represam
os custos de transmissão no sistema interligado. A elevação do
componente tarifário ocorreria em função basicamente das restrições
na malha de transmissão. Este fator é considerado a justificativa
técnica preponderante para a implementação de submercados de energia
no país, além de responder pela cobrança dos encargos de serviços
dos consumidores. A principal crítica feita é que a redução no
número de submercados não levou em conta cenários futuros de menores
restrições na transmissão. (Canal Energia - 21.08.2002)
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4- Concessionárias não poderão mais firmar contratos
bilaterais |
Outra resolução do Conselho Nacional de Política Energética define
que as concessionárias estão proibidas de firmar contratos bilaterais
independentes para aquisição de energia. As distribuidoras terão
que anunciar a intenção de compra, receber a ofertas de preços
dos vendedores para posterior contratação. "Essa aquisição poderá
ser feita apenas em ambiente de leilão de outras empresas, sejam
elas estatais ou privadas. Está proibido a contratação de acordos
bilaterais", disse o ministro. A decisão constará de uma medida
provisória que o governo vai editar ainda esta semana. (Gazeta
Mercantil - 22.08.2002)
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5- Aneel vai criar Valor Normativo único |
A Aneel vai criar um VN único para todos os tipos de energia,
independente dos custos de geração. Hoje esse VN é definido de
acordo com a fonte de geração, variando de R$ 75,96/MWh para a
energia competitiva (hidrelétrica e térmica subsidiada) até R$
277,33/MWh (energia solar). O VN é o valor máximo que as distribuidoras
podem repassar para as tarifas do custo da energia que compram
das usinas. Mas as usinas que estão com obras em andamento, hidrelétricas
ou térmicas, poderão manter os VNs diferenciados caso comprovem
que estão cumprindo os prazos e condições de implantação negociados
com o governo. (Valor Econômico - 22.08.2002)
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6- Governo dará prazo de 75 dias para utilizar VN diferenciados |
O governo decidiu ainda dar um prazo de 75 dias para os investidores
que quiserem utilizar Valores Normativos (VN) diferenciados, e
não apenas um único valor. Os interessados poderão se beneficiar
de preços mais altos, pois o VN muda de acordo com a fonte de
energia. A eólica, por exemplo, tem um VN muito maior do que a
hidrelétrica. Para ter o benefício, as companhias terão de seguir
sete pontos nos 75 dias, a contar de resolução da Aneel, a ser
publicada na próxima semana. As obras, em especial do Programa
Prioritário de Termeletricidade (PPT), deverão ter, por exemplo:
autorização da Aneel, licença de instalação, cumprimento de cronograma,
contrato de aquisição de combustível (termelétricas) e de turbinas.
(Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
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7- MP definirá consumidores livres e cativos |
A MP a ser editada amanhã pelo governo deverá definir o que sejam
consumidores livres e consumidores cativos, pois esta definição
não estava clara. A MP deverá definir as distribuidoras privadas
como monopólios naturais que, nesta condição, não poderão comprar
energia por meio de contratos bilaterais independentes, sem submeter
a compra à concorrência. Por fim, deverá estabelecer que as concessionárias
devem concatenar a data de reajuste de tarifas com os contratos
celebrados no leilão público de venda de energia. (Jornal do Commercio
- 22.08.2002)
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8- Levantamento da Aneel vai definir enquadramento
de projetos na nova Lei de Energia |
Apesar das mudanças instituídas com a Lei 10.438/02, os investidores
em novos projetos no setor poderão ter como parâmetro as antigas
regras de mercado. Segundo determinação do CNPE (Conselho Nacional
de Política Energética), a Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) terá 75 dias para verificar todas as obras de geração
do setor elétrico em andamento no país, e definir quais estarão
sob as novas diretrizes legais. Segundo o ministro de Minas e
Energia Francisco Gomide, que participou da reunião do grupo nesta
quarta-feira, dia 21 de agosto, em Brasília, a fiscalização do
órgão regulador terá como parâmetro sete requisitos principais.
Uma das regras anteriores à validação da Lei, e que deve ser estendida
nos projetos verificados, é a possibilidade de adoção do Valor
Normativo anterior à unificação, que instituiu o VN único em R$
72,35 por MWh para todas as fontes. Muitos investidores, principalmente
em projetos térmicos, questionaram esse patamar para o VN. (Canal
Energia - 21.08.2002)
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9- Investidores ainda observam setor com incerteza |
As medidas anunciadas ontem pelo governo indicam que o setor elétrico
está rumando para um sistema de preços de mercado. A determinação
de que as distribuidoras sejam proibidas de firmar contratos bilaterais
de compra de energia diretamente com as geradoras e passem a comprar
o insumo em leilões tende a sinalizar que os preços devem ser
feitos pelo mercado. A idéia de fazer a Aneel controlar o preço
mínimo dos lotes a serem ofertados também visa a impedir práticas
de dumping pelas geradoras. Mas deixa um ponto de interrogação
entre os executivos, que temem que o tabelamento de preços feito
no GLP seja copiado para o setor elétrico. O anúncio da unificação
dos submercados em 2 e o de que o governo vai anunciar nos próximos
dias decisões para os leilões de energia também eram esperados.
A corrida eleitoral é uma das maiores incógnitas na cabeça dos
investidores. O temor de que o modelo atual, baseado em preços
de mercado, será mudado no próximo governo é grande entres empresários.
Muitas elétricas investiram no país esperando obter lucro com
a liberação do setor em 2003. Mudar isso implicaria perdas. Outra
incerteza é o Valor Normativo, que hoje, em R$ 72 o MWh, é visto
como muito baixo pelos investidores. O mercado ainda espera que
o VN suba ou que fiquem mais claros os subsídios para tornar competitivas
outras fontes de energia, mais caras, como a térmica. Outra discussão
fundamental para a retomada do fluxo de investimentos na área
é a metodologia da revisão ordinária de tarifas. As distribuidoras
alegam que pode haver uma diferença de US$ 8,5 bi entre a proposta
delas e a da Aneel. (Valor Econômico - 22.08.2002)
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10- Indústrias de MG terão reajuste extraordinário
de 2,9% |
Aneel aprovou a cobrança de recomposição tarifária de 2,9% para
as empresas Inoculantes Ferro-Ligas Nipo-Brasileiros e Fertilizantes
Mitsui, clientes da Cemig (Companhia Energétiga de Minas Gerais).
O índice de reajuste foi o mesmo dos consumidores residenciais.
Segundo as regras do reajuste tarifário extraordinário, ao aumento
para as indústrias seria de 7,9%. Mas a resolução n° 130/02, da
Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, definiu o reajuste
para as eletrointensivas em 2,9%. (Canal Energia - 21.08.2002)
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1- Região Sudeste/Centro-Oeste registra crescimento
no consumo de 3,02% |
O consumo de energia nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste
ainda está abaixo da curva de aversão ao risco estebelecida pelo
ONS. Na última terça-feira, dia 20 de agosto, a demanda de energia
no Sudeste/Centro-Oeste era 4,54% inferior ao previsto. O consumo
nesta região foi de 25.696 MW, o que representa um aumento de
3,02% em comparação com o dia anterior. No subsistema Nordeste,
a demanda de energia chegou a 5.814 MW, um aumento de 2,85%. Em
relação à curva de aversão ao risco, o volume estava 2,20% abaixo
do previsto. Nas regiões Sul e Norte, o consumo subiu 2,68% e
0,97%, respectivamente. No subsistema Sul, a demanda de energia
chegou a 7.423 MW enquanto que, no Norte do país, o consumo foi
de 2.711 MW. (Canal Energia - 21.08.2002)
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2- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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A Cemar entraram ontem com pedido de concordata na Justiça. A
empresa justifica o pedido pela recusa da Aneel em conceder um
reajuste extraordinário, mas, no último relatório de fiscalização
financeira da Aneel sobre a Cemar, foram diagnosticados descumprimentos
na legislação, a má administração financeira e não cobrança de
débitos com órgãos públicos. A distribuidora, com dívidas estimadas
em cerca de R$ 500 mi, foi colocada à venda no último mês. A única
interessada no negócio, a americana Franklin Park, ainda não teve
sua proposta autorizada pela agência. ''Infelizmente, a proposta
de venda ainda não foi aprovada pela Aneel nem obteve o apoio
necessário dos credores . Diante disso, a concordata foi a solução
que encontramos para proteger os ativos da Cemar e reestruturar
as dívidas com os credores'' afirmou em nota oficial, Paul Farr,
vice-presidente de operações da PPL Global. Caso a venda não seja
aprovada, a única alternativa é a intervenção. A medida encontra
resistência entre parte da diretoria da Aneel. (Jornal do Brasil
- 22.08.2002)
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2- Aneel determina intervenção na Cemar por 180 dias
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A Aneel determinou ontem a intervenção administrativa na Cemar
por 180 dias, prazo que pode ser prorrogado. Segundo a agência,
o interventor é o engenheiro Sinval Zaidan Gama. Ele deverá apresentar
ao órgão regulador, dentro de 60 dias, um plano de saneamento
das finanças da Cemar, assegurando a normalidade do funcionamento
da empresa. A agência reguladora explica que a medida busca evitar
que os problemas financeiros da companhia afetem a prestação do
serviço de fornecimento de energia elétrica aos consumidores do
Maranhão. "A decisão da Agência se deve à necessidade de defesa
do interesse público, na preservação do serviço adequado e o cumprimento
de obrigações do contrato de concessão", diz nota da Aneel. Além
disso, a Aneel informa que não aprovou, também, a transferência
do controle acionário da Cemar, em poder da PPL Corporation, para
a empresa Franklin Park Energy, ambas norte-americanas. (Notícias
Populares - 22.08.2002)
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3- Eletropaulo pagará bônus de US$ 120 mi |
A AES Eletropaulo divulgou ontem em nota oficial o cancelamento
de sua proposta de rolagem dos US$ 150 mi em euro commercial papers
- notas promissórias negociadas no mercado europeu. Diz a nota
que serão pagos integralmente os US$ 120 mi que venceram ontem,
mas não há qualquer menção sobre os outros US$ 30 mi que vencem
no dia cinco de setembro. A empresa diz que a decisão foi tomada
em função da liberação dos recursos do BNDES, referentes a perdas
com o racionamento de energia. Ninguém na empresa quis dar entrevista
sobre o assunto. Mas apesar de ter anunciado que vai honrar os
títulos e de suas ações terem disparado na bolsa de valores, a
Eletropaulo ainda tem que concluir uma renegociação de uma dívida
de US$ 225 mi referente a um empréstimo feito com um consórcio
de bancos. Essa dívida vence na segunda-feira e os recursos do
BNDES não serão suficientes para honrá-la. (Gazeta Mercantil -
22.08.2002)
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4- BNDES libera financiamento de cinco distribuidoras |
Além da Eletropaulo, cinco distribuidoras de energia já tiveram
seus pedidos de financiamento aprovados pelo BNDES. São a Elektro,
a Piratininga, a CPFL, a Empresa Energética de Sergipe (Energipe)
e a Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (Saelpa). Ao
todo, 42 distribuidoras poderão receber financiamento para recomposição
de 90% da receita perdida no racionamento. A liberação do banco
só se tornou possível com a homologação pela Aneel dos valores
das perdas de cada uma das empresas. No total, elas vão receber
R$ 4,9 bi. Os recursos que foram antecipados pelo banco em fevereiro,
no total de R$ 1,278 bi, serão descontados da conta de cada uma
das empresas. A liberação do financiamento para essas seis empresas
foi mais rápida porque elas se anteciparam e já tinham entregue
ao BNDES toda a documentação necessária. Com a pré-aprovação,
faltava apenas a homologação da Aneel, o que ocorreu nessa segunda-feira.
(Valor Econômico - 22.08.2002)
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5- Eletrobrás lançará ADRs de nível 2 este ano |
O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, anunciou ontem
a analistas de mercado na sede da Associação Brasileira de Analistas
de Mercado (Abamec), que a estatal deverá lançar ADRs nível dois
no mercado internacional até o fim do ano. Além disso, Ventura
Filho, disse que o objetivo da empresa é também estar listada
no nível um de governança corporativa do novo mercado da Bolsa
de Valores de São Paulo (Bovespa) ainda em 2002.De acordo com
Ventura Filho, a meta de internacionalização, que considerou "ousada"
da companhia é fundamental para o acesso a financiamentos de longo
prazo. "Isso vai abrir um horizonte enorme. Tomos consciência
de que o mercado nacional é muito limitado", disse o executivo.
O projeto de lançamento das ADRs nível dois será realizado pelo
Banco JP Morgan, que ganhou a licitação da estatal. (Jornal do
Commercio - 22.08.2002)
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6- País tem "sobra conjuntural" de energia, diz Eletrobrás
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Há uma "sobra conjuntural" de energia elétrica no País. A avaliação
é de Altino Ventura Filho, presidente da Eletrobrás, "holding"
estatal responsável por 43% de toda energia gerada no Brasil.
Em apresentação na Associação Brasileira dos Analistas do Mercado
de Capitais (Abamec), Altino disse que a empresa quer alterar
alguns pontos do leilão de "energia velha" programado para o dia
9 de setembro e que foi adiado para o dia 16. Pelas normas atuais,
a Eletrobrás terá de ofertar pelo menos 2.126 MW médios no leilão,
equivalente à metade dos 25% do total que será liberado para livre
comercialização a partir de 2003. Outros 2.126 MW médios seriam
vendidos no MAE, conforme as normas da Aneel, mas a Eletrobrás
considera que teria prejuízos com essa solução. As empresas do
grupo Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte) têm contratos no
montante de 17.214 MW com as distribuidoras, além de comercializar
a energia de Itaipu e da Eletronuclear. (O Estado de São Paulo
- 22.08.2002)
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7- Eletronet renegocia R$ 320 mi em dívidas com Lucent
e Furukawa |
A Eletronet está renegociando o prazo de pagamento de R$ 320 mi
em dívidas com seus fornecedores, dos quais R$ 170 mi foram registrados
como vencidos no balanço do 2o trimestre da companhia. A participação
do governo na empresa, por meio da Lightpar, estaria sendo usada
como argumento na negociação. Os fornecedores solicitam que a
Eletrobrás, seja a garantidora dos empréstimos. A Eletronet afirma,
no balanço trimestral, que a AES Bandeirante, que possui 51% da
empresa, pode penhorar suas ações como garantia adicional aos
credores, inclusive fornecedores. A empresa, porém, vai demorar
para alcançar a rentabilidade e, portanto, para valorizar suas
ações. Com uma receita de R$ 5,6 mi e prejuízo operacional de
R$ 11,17 mi no segundo trimestre, a Eletronet depende do crescimento
do mercado de telecomunicações para vender seu serviço de transporte
de sinais para as operadoras. E enfrenta a concorrência de outras
redes de longa distância.A AES afirma em seu balanço do 2o trimestre
que vai vender a participação na Eletronet, depois de ter avaliado
várias hipóteses estratégicas. Registrou também que o potencial
ganho com a venda será usado para pagar parte de um empréstimo
de US$ 1,1 bi dado pelo BNDES a outras subsidiárias do grupo americano
no país. Os principais fornecedores da Eletronet, a Lucent e a
Furukawa, confirmam a existência de negociações para reestruturar
a dívida. E afirmam que, para eles, a Eletronet não se encontra
inadimplente, porque o processo de negociação ainda está em curso.
Preferem, no entanto, não dizer mais nada sobre o assunto até
que seja feito um acordo. A Eletronet explica que só registrou
os pagamentos em atraso no balanço porque o acordo com os fornecedores
não foi formalizado. Mas também não se considera em default. (Valor
Econômico - 22.08.2002)
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8- AES tem planos de vender subsidiária |
A Eletronet não faz mais parte dos investimentos da AES Corp.
no Brasil. Nas informações contábeis apresentadas a seus acionistas
nos EUA, a AES já considera a subsidiária brasileira uma "operação
descontinuada". No balancete do 2o trimestre a companhia americana
calcula que a perda estimada com o negócio foi de US$ 163 mi.A
AES teve um prejuízo líquido de US$ 115 mi no segundo trimestre,
em grande parte resultado das perdas da companhia no Brasil e
na Venezuela. Além da baixa contábil de ativos, como foi caso
da Eletronet, a AES também reconheceu os efeitos da desvalorização
do real nos balanços das subsidiárias, principalmente da Eletropaulo.Nas
notas que acompanham o balancete, a AES informa que depois de
analisar, durante o segundo trimestre de 2002, "diversas opções
opções estratégicas relacionadas à Eletronet", resolveu colocar
em marcha um plano para a vender a participação de 51% no negócio.
Na avaliação feita pela companhia americana, o valor estimado
de venda da Eletronet, nas atuais condições de mercado, é menor
que o valor contábil do investimento feito quando ela foi comprada
e, como conseqüência, foi feita uma baixa contábil pelo valor
estimado, que são os US$ 163 mi registrados na demonstração de
resultados da companhia.O balanço também informa que, nas negociações
que a empresa americana vem tendo com o BNDES para reestruturar
suas dívidas, a AES comprometeu-se a repassar ao banco os recursos
apurados com as vendas dos negócios no Brasil, incluindo a AES
Sul, Uruguaiana, Eletronet, Eletropaulo Telecom e Light Telecom.
Além disso, as ações da Uruguaiana e Eletronet foram colocadas
como garantia. (Valor Econômico - 22.08.2002)
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9- Alemães tentam negócios no RS |
Uma comitiva de empresários alemães ligados à indústria de equipamentos
para a geração de energia eólica virá ao Rio Grande do Sul em
outubro para conhecer o potencial de negócios nesta área e fazer
contatos com empresas gaúchas. A visita foi acertada ontem durante
reunião da comitiva liderada pelo governador Olívio Dutra com
a diretoria da Federação Alemã de Indústrias de Máquinas e Instalações,
em Frankfurt. Também o presidente do Instituto Alemão de Energia
Eólica, Jens Peter Molly, virá ao Estado em setembro para o lançamento
do Atlas Eólico do RS, no dia 4. (Correio do Povo - 22.08.2002)
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1- Eletrobrás evita vendas no MAE |
A Eletrobrás pedirá à Aneel autorização para não vender no MAE
as eventuais sobras dos leilões em que suas controladas (Chesf,
Furnas e Eletronorte) pretendem vender a chamada energia velha
- ou 25% dos contratos de longo prazo que serão liberados a partir
de 2003. Altino Ventura Filho, presidente da estatal, justificou
a decisão explicando que os preços praticados no MAE estão muito
baixos devido ao excesso de oferta atualmente existente no mercado.
O executivo não quis fazer previsões para o primeiro leilão da
chamada energia velha, quando as geradoras do sistema Eletrobrás
venderão, no mínimo, 2.126 MW médios, que correspondem a metade
dos 4.252 MW médios que serão liberados em 2003. "Há uma incerteza
muito grande no mercado", disse ele, lembrando os leilões já realizados
(pela Tractbel e Cemig e a decisão da Copel de adiar a operação.
(Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
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2- Leilão de energia das estatais federais é adiado |
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE),
decidiu adiar, de 9 para 16 de setembro, o leilão para venda da
"energia velha" das estatais federais (Chesf, Furnas e Eletronorte),
outra medida da revitalização. Ficou adiada ainda, de 21 para
28 de agosto, a data limite para entrega de documentos de pré-qualificação
das concorrentes. O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide,
atribuiu o adiamento ao atraso na definição de alguns instrumentos
legais necessários ao leilão. A Aneel fará a "vigilância" do preço
mínimo do leilão. Ou seja, as federais serão obrigadas a enviar
à agência, previamente, o preço mínimo. "Parece prudente adotar
salvaguardas para evitar práticas abusivas, defender a concorrência
e, por fim, o consumidor", disse. As práticas abusivas estão relacionadas
diretamente ao "dumping" em um momento que os preços da energia
estão baixos devido à menor demanda. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
Índice
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3- Aneel ganha poder para intervir nos preços dos leilões
de energia |
A Aneel ganhará poderes para intervir no processo de formação
de preços da energia que será leiloada, podendo fixar os preços
mínimos dos lotes ofertados por cada geradora se considerar que
está havendo abuso do poder de mercado das empresas estatais.
Nos próximos dias, FHC assina uma MP que cria as condições de
implantação do novo modelo. O objetivo do governo é dar transparência
para todas as operações de compra e venda de energia das geradoras
públicas e concessionárias privadas de distribuição. As distribuidoras
serão obrigadas a abrir processos de licitação, via leilão, sempre
que precisarem contratar a compra de energia. A MP também vai
regulamentar a criação de um fundo de dividendos, sob a forma
de subvenção, formado pelo lucro que o governo terá com venda
da energia velha. Esse fundo será usado para minimizar aumentos
de tarifas para o consumidor. As distribuidoras que contratarem
a compra de energia velha no leilão do dia 16 poderão reajustar
esses contratos na mesma época dos reajustes anuais de tarifas.
(Valor Econômico - 22.08.2002)
Índice
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1- Renda média do trabalhador cai 4,3% no 1º semestre |
A renda média do trabalhador caiu 4,3% no primeiro semestre de
2002, ante igual período no ano passado. Em junho deste ano, o
rendimento recuou 0,5% em relação a maio, e registrou retração
de 3,1% em comparação com junho de 2001. O IBGE também divulgou
ontem os números relativos ao emprego de julho, com a taxa de
desemprego aberto em 7,5%, mesmo percentual de junho. Apesar de
não sofrer modificações entre junho e julho, a taxa de desemprego
no mês passado foi superior à de julho de 2001, que foi de 6,2%.
(Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
Índice
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2- IGP-10 sobe 2,26% em agosto |
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de agosto subiu para 2,26%
segundo a FGV. O IGP-10 de julho foi de 1,86%. O Índice de Preços
por Atacado (IPA) aumentou para 3,13%, ante os 2,57% observados
no mesmo indicador no IGP-10 de julho. O Índice de Preços ao Consumidor
(IPC) teve alta de 1%, resultado superior aos 0,73% registrados
em igual período no mês passado. O Índice Nacional do Custo da
Construção (INCC) teve alta de 0,36%. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
Índice
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3- Copom mantém juro, mas sinaliza corte |
O Copom reiterou as projeções mais coincidentes do mercado e decidiu
manter o juro básico em 18% ao ano na reunião concluída ontem
à tarde. O colegiado do Banco Central (BC) optou, entretanto,
pela adoção do viés de baixa, prerrogativa que dá ao presidente
da instituição, Armínio Fraga, poder para determinar a redução
da Selic antes do próximo encontro, em 17 e 18 de setembro, sem
a necessidade de uma convocação extraordinária. A percepção é
de que uso do mecanismo estará condicionado à melhora do risco
brasileiro e eventual apreciação da taxa de câmbio doméstica.
(Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
Índice
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4- Juros futuros permanecem estáveis |
A decisão do Copom pautou a melhora de humor na Bovespa e no segmento
de títulos da dívida. Teve repercussão limitada, porém, no mercado
futuro de juros, onde as taxas fecharam praticamente estáveis.
O vencimento de janeiro de 2003, o mais líquido, projetou 21,74%
na virada do ano, ante os 21,75% ajustados no pregão anterior,
com giro de R$ 10,6 bi. Outubro caiu de 18,42% para 18,39%, com
R$ 1,9 bi. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)
Índice
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5- Dólar comercial abre em alta de 0,84%, a R$ 3,1060 |
O dólar comercial abriu o pregão em elevação. A divisa começou
as negociações com alta de 0,84% perante o fechamento de ontem,
cotada a R$ 3,0960 na compra e a R$ 3,1060 na venda. No mercado
futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham avanço
de 0,84%, projetando a moeda a R$ 3,090. Ontem, as novas linhas
de financiamento para o comércio exterior pautaram positivamente
o mercado cambial. O dólar comercial apontou desvalorização de
0,64% em relação ao fechamento de terça-feira, a R$ 3,0700 na
compra e a R$ 3,0800 na venda no término do pregão. (Valor Online
- 22.08.2002)
Índice
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1- MP definirá regras de subsídio do gás natural |
A MP que será assinada pelo presidente FHC e que regulamentará
o novo ambiente de comercialização da energia velha já anunciou
que definirá as regras sobre a concessão do subsídio ao preço
do gás natural, com o objetivo de tornar a energia termelétrica
competitiva em relação às usinas hidrelétricas. O subsídio virá
da Cide, que incide sobre os combustíveis. O subsídio deve durar
de cinco a dez anos, com um custo anual de R$ 500 mi. (Valor Econômico
- 22.08.2002)
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2- Termelétrica de Lages (SC) vai sair do papel |
O sonho de tornar os rejeitos das madeireiras do Planalto Serrana
vai se tornar realidade. Na tarde de hoje, representantes da Tractebel
Energia, da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil),
da Geraserra, e da prefeitura de Lages, em Santa Catarina, vão
definir a data para a assinatura do contrato para a construção
da usina termelétrica de Biomassa. A termelétrica será construída
na área industrial da Cidade Alta em Lages, num terreno já desapropriado
pela prefeitura. Ela está prevista para gerar 25 MW, o que representa
entre 40 e 50% da demanda diária do município.Para sua construção
será criada a empresa Lages Bioenergética. Ela está orçada em
R$ 55 mi, dos quais R$ 38 mi serão financiados pelo Banco Regional
de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e o restante com capital
próprio. (A Notícia - 22.08.2002)
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3- Centrais termelétricas recebem da Aneel registro
de operação |
Sete centrais geradoras termelétricas foram
registradas pela Aneel através de despachos publicados nesta quarta-feira,
dia 21 de agosto, no Diário Oficial da União. A única que vai
comercializar a energia produzida é a Central Olho D'água, que
possui duas unidades geradoras com capacidade total instalada
de 4200 kW. Localizada no município de Camutanga, em Pernambuco,
a central já opera desde agosto de 1987, utilizando como combustível
bagaço de cana-de-açúcar. Integrando o grupo das termelétricas
que pretendem gerar para uso próprio, destaca-se a Byk, com dois
grupos de geradores que totalizam 2 mil kW de potência instalada,
ambos em operação desde maio de 2002. A Byk utiliza como combustível
óleo diesel e localiza-se no município de Jaguariúna, São Paulo.
(Canal Energia - 22.08.2002)
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1- Antigo executivo da Enron declara-se culpado |
Um antigo executivo superior da divisão de finanças da Enron Corp.
confessou-se culpado nesta Quarta-feira, dia 21, por lavagem de
dinheiro e fraudes, tornando-se o primeiro a ser condenado após
o desastroso processo de falência da antiga gigante de energia
no ano passado. Michael Kopper, 37 anos, era diretor gerente da
Enron Global Finance abaixo hierarquicamente dentro do setor apenas
do chefe financeiro Andrew Fastow. Ele deixou a companhia meses
antes da falência da mesma e entrou rapidamente para uma das várias
sociedades criadas por Fastow, posteriormente culpadas pela falência
da companhia. Como parte de seu acordo mantido com o Governo,
ele concordou em resgatar US$ 12 mi arrecadados com ativos ilegalmente
obtidos. Em sua defesa escrita, Kopper afirmou que suas atividades
foram conduzidas sob instrução de Fastow e em alguns casos juntamente
com Fastow. Ele garantiu que em pelo menos dois meses de transações,
enviou dinheiro arrecadado com as mesmas para Fastow. A cooperação
de Kopper representa um importante divisor de águas na investigação,
ao ceder informações e conhecimentos sobre as atividades mais
secretas da Enron. Vai representar também uma importante mudança
para fevereiro, quando ele requisitou o quinto adiamento como
forma de não testemunhar perante o congresso. Kopper se mantém
em liberdade após pagar uma fiança de US$ 5 mi dada pelo juiz
regional Ewing Werlein Jr. (New York Times - 21.08.02)
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2- Duke Energy suspende atividade em quatro plantas
no oeste dos EUA |
A Duke Energy North America suspendeu a construção de três plantas
de energia e interrompeu o funcionamento de uma planta que ainda
está em processo de construção devido às precárias condições do
mercado, disse um porta-voz da companhia na Terça-feira, dia 20.
A Duke está suspendendo temporariamente as atividades na Grays
Harbor Energy de 600 MW, localizada em Sastop, Washington, além
da Deming Energy Facility em Deming, New Mexico, com capacidade
de 600 MW. Ambos os projetos estão cerca de 40% terminadas e devem
estar prontas para iniciar as transações comerciais em meados
de 2003. A companhia suspendeu também as horas extras de trabalho
na planta de 1.200 MW Moapa Energy Facility em Clark County, Nevada,
prorrogando o data estimada para o início das atividades na planta.
A Duke espera liberar um projeto de atualização já nas próximas
semanas, disse o porta-voz. A Duke também colocou na espera um
projeto de 600 MW em Clovis, New Mexico, ainda em andamento. A
política de corte dos projetos está basicamente fundada no "dramático
e persistente declínio dos mercados atacadistas da companhia",
disse o porta-voz. (Platts - 21.08.02)
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3- Tractebel e Codelco tomam o controle da Edelnor
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A companhia belga de
energia Tractebel e a produtora chilena de cobre Codelco tomaram
o controle da combalida geradora chilena Edelnor, como parte do
plano de reestruturação de dívida desta última, informou a Edelnor
ao regulador chileno, a SVS. A Tractebel e a Codelco, mediante
a empresa de risco de investimentos Mejillones - que também controla
a geradora Electroandina -, farão uso de seu direito de comprar
82% do capital da Elelnor até então pertencente à FS Inversiones.
A FS Inversiones está relacionada com a Tractebel e no começo
do ano comprou sua participação na Edelnor da americana Mirant.
Os problemas financeiros da Edelnor aparecem com dois empréstimos
não garantidos tomados pela companhia, um de US$ 250 mi com o
UBS Warburg e o outro de US$ 90 mi com o Bank of America. Dado
que no pode equacionar suas obrigações, a Edelnor realizou uma
emissão de bônus para cobrir a dívida. Agora planeja reestruturar
o pagamento do bônus, já que a Mejillones se encarregará desta
dívida. A Inversiones Mejillones pertence à Tocopilla Limitada
(65,2%) e à Codelco (34,8%); a Codelco é a maior produtora de
cobre do mundo. Por sua vez, a Tocopilla é controlada pela Tractebel
(51%) e pela Codelco (49%); a Edelnor fornece energia elétrica
ao Sistema Interconectado do Norte Grande do Chile (SING). Com
a compra, a Tractebel - que também possui uma participação na
geradora Colbún - será o principal provedor do SING, aportando
1.700 MW equivalentes a quase metade da capacidade da rede de
distribuição. (Business News Americas - 21.08.02)
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4- CFE investe US$ 133,6 mi em melhoras para a rede
elétrica no nordeste do México |
A energética estatal mexicana CFE está investindo US$ 133,6 mi
para aumentar em 33% a capacidade de transmissão e distribuição
de energia no nordeste do país, informou o diário local El Norte.
A CFE iniciou seu programa de trabalho em maio de 2001 e tem como
objetivo concluí-lo em dezembro deste ano, disse Everardo González,
gerente da Divisão Golfo Norte da CFE, citado no jornal. A Divisão
Golfo Norte da CFE compreende os estados de Nuevo León e Coahuila
no norte do estado de Tamaulipas. As obras têm por objetivo solucionar
a congestão na transmissão de energia na região, que chegou à
um ponto crítico durante o verão boreal de 2001. A margem de reserva
da capacidade nas subestações de muitas cidades do nordeste registrou
um mínimo histórico de 1,6% durante o verão boreal de 2001, vale
lembrar que uma margem de reserva de 8% indica uma situação de
emergência. (Business News Americas - 21.08.02)
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5- Saesa aumenta vendas em 7,9% no primeiro semestre
de 2002 |
As vendas consolidadas da distribuidora chilena Saesa aumentaram
7,9% durante o primeiro semestre de 2002, devido ao desenvolvimento
sustentável observado na indústria florestal e e nos mercados
residenciais no sul do país. A Saesa espera que a demanda por
energia no sul se mantenha em torno de 8% nos próximos meses,
disse o gerente geral da empresa, Jorge Brahm. O crescimento contrasta
com a realidade enfrentada pelo sistema interconectado central
(SIC), onde as ventas de energia cresceram a uma taxa média inferior
a 3% no mesmo período do ano passado. A Saesa cresceu 8,5% durante
o semestre e a sua filial de distribuição Frontel registrou um
crescimento de 6,3%. A companhia americana PSEG controla a Saesa
através da PSEG Investimentos. (Business News Americas - 21.08.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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