Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 943 - 22 de agosto de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Nova MP irá ao Congresso

Ainda esta semana, o governo deve encaminhar ao Congresso uma nova Medida Provisória (MP) sobre o setor elétrico. Além de dar a base legal a várias decisões tomadas ontem pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o documento formalizará propostas do comitê de revitalização - cujo objetivo é consolidar o mercado livre e permitir a retomada dos investimentos. Também constarão da MP a criação do fundo de dividendos constituído com o lucro obtido pelas geradoras federais nos leilões de energia e que será destinado a subsidiar tarifas; destinação de R$ 500 mi anuais da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) para subsidiar o gás natural das termelétricas e definição de consumidores cativos e livres. A cisão das geradoras federais - Chesf, Furnas e Eletronorte - em empresas de geração e transmissão também será incluída. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


2- País será dividido em apenas dois submercados em janeiro

A partir de 1 de janeiro de 2003, o País será dividido em apenas dois submercados: Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. Atualmente, são quatro as regiões: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O sistema interligado nacional é dividido em submercados, de acordo com as restrições de transmissão. "Há anos o setor elétrico vem se preparando para esta integração", disse Gomide. Há preços calculados para cada subdivisão, dentro da qual não há, conceitualmente, limitação na transmissão. O ministro explicou que os consumidores ganharão com a medida pela transparência que se dará à formação do preço da energia elétrica. A mudança constará de resolução do CNPE. Em primeira leitura, serão beneficiadas as empresas com usinas instaladas no Sul do País, como a Tractebel Energia (ex-Gerasul), que produz no Sul para vender no Sudeste. O presidente da companhia, Manoel Arlindo Zaroni, disse, entretanto, que a medida não trará resultado no curto prazo, já que a demanda no Sudeste está retraída. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


3- Redução dos submercados pode aumentar encargo nas tarifas do consumidores

Uma das conseqüências da unificação dos submercados de energia pode parar diretamente no bolso dos consumidores. Após a decisão desta quarta-feira, dia 21 de agosto, do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que reduziu as sub-regiões de quatro para duas, executivos do setor já alertam para um possível incremento nos encargos de serviços do sistema, item das tarifas que represam os custos de transmissão no sistema interligado. A elevação do componente tarifário ocorreria em função basicamente das restrições na malha de transmissão. Este fator é considerado a justificativa técnica preponderante para a implementação de submercados de energia no país, além de responder pela cobrança dos encargos de serviços dos consumidores. A principal crítica feita é que a redução no número de submercados não levou em conta cenários futuros de menores restrições na transmissão. (Canal Energia - 21.08.2002)

Índice


4- Concessionárias não poderão mais firmar contratos bilaterais

Outra resolução do Conselho Nacional de Política Energética define que as concessionárias estão proibidas de firmar contratos bilaterais independentes para aquisição de energia. As distribuidoras terão que anunciar a intenção de compra, receber a ofertas de preços dos vendedores para posterior contratação. "Essa aquisição poderá ser feita apenas em ambiente de leilão de outras empresas, sejam elas estatais ou privadas. Está proibido a contratação de acordos bilaterais", disse o ministro. A decisão constará de uma medida provisória que o governo vai editar ainda esta semana. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


5- Aneel vai criar Valor Normativo único

A Aneel vai criar um VN único para todos os tipos de energia, independente dos custos de geração. Hoje esse VN é definido de acordo com a fonte de geração, variando de R$ 75,96/MWh para a energia competitiva (hidrelétrica e térmica subsidiada) até R$ 277,33/MWh (energia solar). O VN é o valor máximo que as distribuidoras podem repassar para as tarifas do custo da energia que compram das usinas. Mas as usinas que estão com obras em andamento, hidrelétricas ou térmicas, poderão manter os VNs diferenciados caso comprovem que estão cumprindo os prazos e condições de implantação negociados com o governo. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


6- Governo dará prazo de 75 dias para utilizar VN diferenciados

O governo decidiu ainda dar um prazo de 75 dias para os investidores que quiserem utilizar Valores Normativos (VN) diferenciados, e não apenas um único valor. Os interessados poderão se beneficiar de preços mais altos, pois o VN muda de acordo com a fonte de energia. A eólica, por exemplo, tem um VN muito maior do que a hidrelétrica. Para ter o benefício, as companhias terão de seguir sete pontos nos 75 dias, a contar de resolução da Aneel, a ser publicada na próxima semana. As obras, em especial do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), deverão ter, por exemplo: autorização da Aneel, licença de instalação, cumprimento de cronograma, contrato de aquisição de combustível (termelétricas) e de turbinas. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


7- MP definirá consumidores livres e cativos

A MP a ser editada amanhã pelo governo deverá definir o que sejam consumidores livres e consumidores cativos, pois esta definição não estava clara. A MP deverá definir as distribuidoras privadas como monopólios naturais que, nesta condição, não poderão comprar energia por meio de contratos bilaterais independentes, sem submeter a compra à concorrência. Por fim, deverá estabelecer que as concessionárias devem concatenar a data de reajuste de tarifas com os contratos celebrados no leilão público de venda de energia. (Jornal do Commercio - 22.08.2002)

Índice


8- Levantamento da Aneel vai definir enquadramento de projetos na nova Lei de Energia

Apesar das mudanças instituídas com a Lei 10.438/02, os investidores em novos projetos no setor poderão ter como parâmetro as antigas regras de mercado. Segundo determinação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) terá 75 dias para verificar todas as obras de geração do setor elétrico em andamento no país, e definir quais estarão sob as novas diretrizes legais. Segundo o ministro de Minas e Energia Francisco Gomide, que participou da reunião do grupo nesta quarta-feira, dia 21 de agosto, em Brasília, a fiscalização do órgão regulador terá como parâmetro sete requisitos principais. Uma das regras anteriores à validação da Lei, e que deve ser estendida nos projetos verificados, é a possibilidade de adoção do Valor Normativo anterior à unificação, que instituiu o VN único em R$ 72,35 por MWh para todas as fontes. Muitos investidores, principalmente em projetos térmicos, questionaram esse patamar para o VN. (Canal Energia - 21.08.2002)

Índice


9- Investidores ainda observam setor com incerteza

As medidas anunciadas ontem pelo governo indicam que o setor elétrico está rumando para um sistema de preços de mercado. A determinação de que as distribuidoras sejam proibidas de firmar contratos bilaterais de compra de energia diretamente com as geradoras e passem a comprar o insumo em leilões tende a sinalizar que os preços devem ser feitos pelo mercado. A idéia de fazer a Aneel controlar o preço mínimo dos lotes a serem ofertados também visa a impedir práticas de dumping pelas geradoras. Mas deixa um ponto de interrogação entre os executivos, que temem que o tabelamento de preços feito no GLP seja copiado para o setor elétrico. O anúncio da unificação dos submercados em 2 e o de que o governo vai anunciar nos próximos dias decisões para os leilões de energia também eram esperados. A corrida eleitoral é uma das maiores incógnitas na cabeça dos investidores. O temor de que o modelo atual, baseado em preços de mercado, será mudado no próximo governo é grande entres empresários. Muitas elétricas investiram no país esperando obter lucro com a liberação do setor em 2003. Mudar isso implicaria perdas. Outra incerteza é o Valor Normativo, que hoje, em R$ 72 o MWh, é visto como muito baixo pelos investidores. O mercado ainda espera que o VN suba ou que fiquem mais claros os subsídios para tornar competitivas outras fontes de energia, mais caras, como a térmica. Outra discussão fundamental para a retomada do fluxo de investimentos na área é a metodologia da revisão ordinária de tarifas. As distribuidoras alegam que pode haver uma diferença de US$ 8,5 bi entre a proposta delas e a da Aneel. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


10- Indústrias de MG terão reajuste extraordinário de 2,9%

Aneel aprovou a cobrança de recomposição tarifária de 2,9% para as empresas Inoculantes Ferro-Ligas Nipo-Brasileiros e Fertilizantes Mitsui, clientes da Cemig (Companhia Energétiga de Minas Gerais). O índice de reajuste foi o mesmo dos consumidores residenciais. Segundo as regras do reajuste tarifário extraordinário, ao aumento para as indústrias seria de 7,9%. Mas a resolução n° 130/02, da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, definiu o reajuste para as eletrointensivas em 2,9%. (Canal Energia - 21.08.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Região Sudeste/Centro-Oeste registra crescimento no consumo de 3,02%

O consumo de energia nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste ainda está abaixo da curva de aversão ao risco estebelecida pelo ONS. Na última terça-feira, dia 20 de agosto, a demanda de energia no Sudeste/Centro-Oeste era 4,54% inferior ao previsto. O consumo nesta região foi de 25.696 MW, o que representa um aumento de 3,02% em comparação com o dia anterior. No subsistema Nordeste, a demanda de energia chegou a 5.814 MW, um aumento de 2,85%. Em relação à curva de aversão ao risco, o volume estava 2,20% abaixo do previsto. Nas regiões Sul e Norte, o consumo subiu 2,68% e 0,97%, respectivamente. No subsistema Sul, a demanda de energia chegou a 7.423 MW enquanto que, no Norte do país, o consumo foi de 2.711 MW. (Canal Energia - 21.08.2002)

Índice


2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Cemar pede concordata

A Cemar entraram ontem com pedido de concordata na Justiça. A empresa justifica o pedido pela recusa da Aneel em conceder um reajuste extraordinário, mas, no último relatório de fiscalização financeira da Aneel sobre a Cemar, foram diagnosticados descumprimentos na legislação, a má administração financeira e não cobrança de débitos com órgãos públicos. A distribuidora, com dívidas estimadas em cerca de R$ 500 mi, foi colocada à venda no último mês. A única interessada no negócio, a americana Franklin Park, ainda não teve sua proposta autorizada pela agência. ''Infelizmente, a proposta de venda ainda não foi aprovada pela Aneel nem obteve o apoio necessário dos credores . Diante disso, a concordata foi a solução que encontramos para proteger os ativos da Cemar e reestruturar as dívidas com os credores'' afirmou em nota oficial, Paul Farr, vice-presidente de operações da PPL Global. Caso a venda não seja aprovada, a única alternativa é a intervenção. A medida encontra resistência entre parte da diretoria da Aneel. (Jornal do Brasil - 22.08.2002)

Índice


2- Aneel determina intervenção na Cemar por 180 dias

A Aneel determinou ontem a intervenção administrativa na Cemar por 180 dias, prazo que pode ser prorrogado. Segundo a agência, o interventor é o engenheiro Sinval Zaidan Gama. Ele deverá apresentar ao órgão regulador, dentro de 60 dias, um plano de saneamento das finanças da Cemar, assegurando a normalidade do funcionamento da empresa. A agência reguladora explica que a medida busca evitar que os problemas financeiros da companhia afetem a prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica aos consumidores do Maranhão. "A decisão da Agência se deve à necessidade de defesa do interesse público, na preservação do serviço adequado e o cumprimento de obrigações do contrato de concessão", diz nota da Aneel. Além disso, a Aneel informa que não aprovou, também, a transferência do controle acionário da Cemar, em poder da PPL Corporation, para a empresa Franklin Park Energy, ambas norte-americanas. (Notícias Populares - 22.08.2002)

Índice


3- Eletropaulo pagará bônus de US$ 120 mi

A AES Eletropaulo divulgou ontem em nota oficial o cancelamento de sua proposta de rolagem dos US$ 150 mi em euro commercial papers - notas promissórias negociadas no mercado europeu. Diz a nota que serão pagos integralmente os US$ 120 mi que venceram ontem, mas não há qualquer menção sobre os outros US$ 30 mi que vencem no dia cinco de setembro. A empresa diz que a decisão foi tomada em função da liberação dos recursos do BNDES, referentes a perdas com o racionamento de energia. Ninguém na empresa quis dar entrevista sobre o assunto. Mas apesar de ter anunciado que vai honrar os títulos e de suas ações terem disparado na bolsa de valores, a Eletropaulo ainda tem que concluir uma renegociação de uma dívida de US$ 225 mi referente a um empréstimo feito com um consórcio de bancos. Essa dívida vence na segunda-feira e os recursos do BNDES não serão suficientes para honrá-la. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


4- BNDES libera financiamento de cinco distribuidoras

Além da Eletropaulo, cinco distribuidoras de energia já tiveram seus pedidos de financiamento aprovados pelo BNDES. São a Elektro, a Piratininga, a CPFL, a Empresa Energética de Sergipe (Energipe) e a Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (Saelpa). Ao todo, 42 distribuidoras poderão receber financiamento para recomposição de 90% da receita perdida no racionamento. A liberação do banco só se tornou possível com a homologação pela Aneel dos valores das perdas de cada uma das empresas. No total, elas vão receber R$ 4,9 bi. Os recursos que foram antecipados pelo banco em fevereiro, no total de R$ 1,278 bi, serão descontados da conta de cada uma das empresas. A liberação do financiamento para essas seis empresas foi mais rápida porque elas se anteciparam e já tinham entregue ao BNDES toda a documentação necessária. Com a pré-aprovação, faltava apenas a homologação da Aneel, o que ocorreu nessa segunda-feira. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


5- Eletrobrás lançará ADRs de nível 2 este ano

O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, anunciou ontem a analistas de mercado na sede da Associação Brasileira de Analistas de Mercado (Abamec), que a estatal deverá lançar ADRs nível dois no mercado internacional até o fim do ano. Além disso, Ventura Filho, disse que o objetivo da empresa é também estar listada no nível um de governança corporativa do novo mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ainda em 2002.De acordo com Ventura Filho, a meta de internacionalização, que considerou "ousada" da companhia é fundamental para o acesso a financiamentos de longo prazo. "Isso vai abrir um horizonte enorme. Tomos consciência de que o mercado nacional é muito limitado", disse o executivo. O projeto de lançamento das ADRs nível dois será realizado pelo Banco JP Morgan, que ganhou a licitação da estatal. (Jornal do Commercio - 22.08.2002)

Índice


6- País tem "sobra conjuntural" de energia, diz Eletrobrás

Há uma "sobra conjuntural" de energia elétrica no País. A avaliação é de Altino Ventura Filho, presidente da Eletrobrás, "holding" estatal responsável por 43% de toda energia gerada no Brasil. Em apresentação na Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec), Altino disse que a empresa quer alterar alguns pontos do leilão de "energia velha" programado para o dia 9 de setembro e que foi adiado para o dia 16. Pelas normas atuais, a Eletrobrás terá de ofertar pelo menos 2.126 MW médios no leilão, equivalente à metade dos 25% do total que será liberado para livre comercialização a partir de 2003. Outros 2.126 MW médios seriam vendidos no MAE, conforme as normas da Aneel, mas a Eletrobrás considera que teria prejuízos com essa solução. As empresas do grupo Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte) têm contratos no montante de 17.214 MW com as distribuidoras, além de comercializar a energia de Itaipu e da Eletronuclear. (O Estado de São Paulo - 22.08.2002)

Índice


7- Eletronet renegocia R$ 320 mi em dívidas com Lucent e Furukawa

A Eletronet está renegociando o prazo de pagamento de R$ 320 mi em dívidas com seus fornecedores, dos quais R$ 170 mi foram registrados como vencidos no balanço do 2o trimestre da companhia. A participação do governo na empresa, por meio da Lightpar, estaria sendo usada como argumento na negociação. Os fornecedores solicitam que a Eletrobrás, seja a garantidora dos empréstimos. A Eletronet afirma, no balanço trimestral, que a AES Bandeirante, que possui 51% da empresa, pode penhorar suas ações como garantia adicional aos credores, inclusive fornecedores. A empresa, porém, vai demorar para alcançar a rentabilidade e, portanto, para valorizar suas ações. Com uma receita de R$ 5,6 mi e prejuízo operacional de R$ 11,17 mi no segundo trimestre, a Eletronet depende do crescimento do mercado de telecomunicações para vender seu serviço de transporte de sinais para as operadoras. E enfrenta a concorrência de outras redes de longa distância.A AES afirma em seu balanço do 2o trimestre que vai vender a participação na Eletronet, depois de ter avaliado várias hipóteses estratégicas. Registrou também que o potencial ganho com a venda será usado para pagar parte de um empréstimo de US$ 1,1 bi dado pelo BNDES a outras subsidiárias do grupo americano no país. Os principais fornecedores da Eletronet, a Lucent e a Furukawa, confirmam a existência de negociações para reestruturar a dívida. E afirmam que, para eles, a Eletronet não se encontra inadimplente, porque o processo de negociação ainda está em curso. Preferem, no entanto, não dizer mais nada sobre o assunto até que seja feito um acordo. A Eletronet explica que só registrou os pagamentos em atraso no balanço porque o acordo com os fornecedores não foi formalizado. Mas também não se considera em default. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


8- AES tem planos de vender subsidiária

A Eletronet não faz mais parte dos investimentos da AES Corp. no Brasil. Nas informações contábeis apresentadas a seus acionistas nos EUA, a AES já considera a subsidiária brasileira uma "operação descontinuada". No balancete do 2o trimestre a companhia americana calcula que a perda estimada com o negócio foi de US$ 163 mi.A AES teve um prejuízo líquido de US$ 115 mi no segundo trimestre, em grande parte resultado das perdas da companhia no Brasil e na Venezuela. Além da baixa contábil de ativos, como foi caso da Eletronet, a AES também reconheceu os efeitos da desvalorização do real nos balanços das subsidiárias, principalmente da Eletropaulo.Nas notas que acompanham o balancete, a AES informa que depois de analisar, durante o segundo trimestre de 2002, "diversas opções opções estratégicas relacionadas à Eletronet", resolveu colocar em marcha um plano para a vender a participação de 51% no negócio. Na avaliação feita pela companhia americana, o valor estimado de venda da Eletronet, nas atuais condições de mercado, é menor que o valor contábil do investimento feito quando ela foi comprada e, como conseqüência, foi feita uma baixa contábil pelo valor estimado, que são os US$ 163 mi registrados na demonstração de resultados da companhia.O balanço também informa que, nas negociações que a empresa americana vem tendo com o BNDES para reestruturar suas dívidas, a AES comprometeu-se a repassar ao banco os recursos apurados com as vendas dos negócios no Brasil, incluindo a AES Sul, Uruguaiana, Eletronet, Eletropaulo Telecom e Light Telecom. Além disso, as ações da Uruguaiana e Eletronet foram colocadas como garantia. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


9- Alemães tentam negócios no RS

Uma comitiva de empresários alemães ligados à indústria de equipamentos para a geração de energia eólica virá ao Rio Grande do Sul em outubro para conhecer o potencial de negócios nesta área e fazer contatos com empresas gaúchas. A visita foi acertada ontem durante reunião da comitiva liderada pelo governador Olívio Dutra com a diretoria da Federação Alemã de Indústrias de Máquinas e Instalações, em Frankfurt. Também o presidente do Instituto Alemão de Energia Eólica, Jens Peter Molly, virá ao Estado em setembro para o lançamento do Atlas Eólico do RS, no dia 4. (Correio do Povo - 22.08.2002)

Índice


 

financiamento

1- Eletrobrás evita vendas no MAE

A Eletrobrás pedirá à Aneel autorização para não vender no MAE as eventuais sobras dos leilões em que suas controladas (Chesf, Furnas e Eletronorte) pretendem vender a chamada energia velha - ou 25% dos contratos de longo prazo que serão liberados a partir de 2003. Altino Ventura Filho, presidente da estatal, justificou a decisão explicando que os preços praticados no MAE estão muito baixos devido ao excesso de oferta atualmente existente no mercado. O executivo não quis fazer previsões para o primeiro leilão da chamada energia velha, quando as geradoras do sistema Eletrobrás venderão, no mínimo, 2.126 MW médios, que correspondem a metade dos 4.252 MW médios que serão liberados em 2003. "Há uma incerteza muito grande no mercado", disse ele, lembrando os leilões já realizados (pela Tractbel e Cemig e a decisão da Copel de adiar a operação. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


2- Leilão de energia das estatais federais é adiado

A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), decidiu adiar, de 9 para 16 de setembro, o leilão para venda da "energia velha" das estatais federais (Chesf, Furnas e Eletronorte), outra medida da revitalização. Ficou adiada ainda, de 21 para 28 de agosto, a data limite para entrega de documentos de pré-qualificação das concorrentes. O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, atribuiu o adiamento ao atraso na definição de alguns instrumentos legais necessários ao leilão. A Aneel fará a "vigilância" do preço mínimo do leilão. Ou seja, as federais serão obrigadas a enviar à agência, previamente, o preço mínimo. "Parece prudente adotar salvaguardas para evitar práticas abusivas, defender a concorrência e, por fim, o consumidor", disse. As práticas abusivas estão relacionadas diretamente ao "dumping" em um momento que os preços da energia estão baixos devido à menor demanda. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


3- Aneel ganha poder para intervir nos preços dos leilões de energia

A Aneel ganhará poderes para intervir no processo de formação de preços da energia que será leiloada, podendo fixar os preços mínimos dos lotes ofertados por cada geradora se considerar que está havendo abuso do poder de mercado das empresas estatais. Nos próximos dias, FHC assina uma MP que cria as condições de implantação do novo modelo. O objetivo do governo é dar transparência para todas as operações de compra e venda de energia das geradoras públicas e concessionárias privadas de distribuição. As distribuidoras serão obrigadas a abrir processos de licitação, via leilão, sempre que precisarem contratar a compra de energia. A MP também vai regulamentar a criação de um fundo de dividendos, sob a forma de subvenção, formado pelo lucro que o governo terá com venda da energia velha. Esse fundo será usado para minimizar aumentos de tarifas para o consumidor. As distribuidoras que contratarem a compra de energia velha no leilão do dia 16 poderão reajustar esses contratos na mesma época dos reajustes anuais de tarifas. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


 

financiamento

1- Renda média do trabalhador cai 4,3% no 1º semestre

A renda média do trabalhador caiu 4,3% no primeiro semestre de 2002, ante igual período no ano passado. Em junho deste ano, o rendimento recuou 0,5% em relação a maio, e registrou retração de 3,1% em comparação com junho de 2001. O IBGE também divulgou ontem os números relativos ao emprego de julho, com a taxa de desemprego aberto em 7,5%, mesmo percentual de junho. Apesar de não sofrer modificações entre junho e julho, a taxa de desemprego no mês passado foi superior à de julho de 2001, que foi de 6,2%. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


2- IGP-10 sobe 2,26% em agosto

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de agosto subiu para 2,26% segundo a FGV. O IGP-10 de julho foi de 1,86%. O Índice de Preços por Atacado (IPA) aumentou para 3,13%, ante os 2,57% observados no mesmo indicador no IGP-10 de julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 1%, resultado superior aos 0,73% registrados em igual período no mês passado. O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,36%. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


3- Copom mantém juro, mas sinaliza corte

O Copom reiterou as projeções mais coincidentes do mercado e decidiu manter o juro básico em 18% ao ano na reunião concluída ontem à tarde. O colegiado do Banco Central (BC) optou, entretanto, pela adoção do viés de baixa, prerrogativa que dá ao presidente da instituição, Armínio Fraga, poder para determinar a redução da Selic antes do próximo encontro, em 17 e 18 de setembro, sem a necessidade de uma convocação extraordinária. A percepção é de que uso do mecanismo estará condicionado à melhora do risco brasileiro e eventual apreciação da taxa de câmbio doméstica. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


4- Juros futuros permanecem estáveis

A decisão do Copom pautou a melhora de humor na Bovespa e no segmento de títulos da dívida. Teve repercussão limitada, porém, no mercado futuro de juros, onde as taxas fecharam praticamente estáveis. O vencimento de janeiro de 2003, o mais líquido, projetou 21,74% na virada do ano, ante os 21,75% ajustados no pregão anterior, com giro de R$ 10,6 bi. Outubro caiu de 18,42% para 18,39%, com R$ 1,9 bi. (Gazeta Mercantil - 22.08.2002)

Índice


5- Dólar comercial abre em alta de 0,84%, a R$ 3,1060

O dólar comercial abriu o pregão em elevação. A divisa começou as negociações com alta de 0,84% perante o fechamento de ontem, cotada a R$ 3,0960 na compra e a R$ 3,1060 na venda. No mercado futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham avanço de 0,84%, projetando a moeda a R$ 3,090. Ontem, as novas linhas de financiamento para o comércio exterior pautaram positivamente o mercado cambial. O dólar comercial apontou desvalorização de 0,64% em relação ao fechamento de terça-feira, a R$ 3,0700 na compra e a R$ 3,0800 na venda no término do pregão. (Valor Online - 22.08.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- MP definirá regras de subsídio do gás natural

A MP que será assinada pelo presidente FHC e que regulamentará o novo ambiente de comercialização da energia velha já anunciou que definirá as regras sobre a concessão do subsídio ao preço do gás natural, com o objetivo de tornar a energia termelétrica competitiva em relação às usinas hidrelétricas. O subsídio virá da Cide, que incide sobre os combustíveis. O subsídio deve durar de cinco a dez anos, com um custo anual de R$ 500 mi. (Valor Econômico - 22.08.2002)

Índice


2- Termelétrica de Lages (SC) vai sair do papel

O sonho de tornar os rejeitos das madeireiras do Planalto Serrana vai se tornar realidade. Na tarde de hoje, representantes da Tractebel Energia, da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil), da Geraserra, e da prefeitura de Lages, em Santa Catarina, vão definir a data para a assinatura do contrato para a construção da usina termelétrica de Biomassa. A termelétrica será construída na área industrial da Cidade Alta em Lages, num terreno já desapropriado pela prefeitura. Ela está prevista para gerar 25 MW, o que representa entre 40 e 50% da demanda diária do município.Para sua construção será criada a empresa Lages Bioenergética. Ela está orçada em R$ 55 mi, dos quais R$ 38 mi serão financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e o restante com capital próprio. (A Notícia - 22.08.2002)

Índice


3- Centrais termelétricas recebem da Aneel registro de operação

Sete centrais geradoras termelétricas foram registradas pela Aneel através de despachos publicados nesta quarta-feira, dia 21 de agosto, no Diário Oficial da União. A única que vai comercializar a energia produzida é a Central Olho D'água, que possui duas unidades geradoras com capacidade total instalada de 4200 kW. Localizada no município de Camutanga, em Pernambuco, a central já opera desde agosto de 1987, utilizando como combustível bagaço de cana-de-açúcar. Integrando o grupo das termelétricas que pretendem gerar para uso próprio, destaca-se a Byk, com dois grupos de geradores que totalizam 2 mil kW de potência instalada, ambos em operação desde maio de 2002. A Byk utiliza como combustível óleo diesel e localiza-se no município de Jaguariúna, São Paulo. (Canal Energia - 22.08.2002)

Índice


 

internacional

1- Antigo executivo da Enron declara-se culpado

Um antigo executivo superior da divisão de finanças da Enron Corp. confessou-se culpado nesta Quarta-feira, dia 21, por lavagem de dinheiro e fraudes, tornando-se o primeiro a ser condenado após o desastroso processo de falência da antiga gigante de energia no ano passado. Michael Kopper, 37 anos, era diretor gerente da Enron Global Finance abaixo hierarquicamente dentro do setor apenas do chefe financeiro Andrew Fastow. Ele deixou a companhia meses antes da falência da mesma e entrou rapidamente para uma das várias sociedades criadas por Fastow, posteriormente culpadas pela falência da companhia. Como parte de seu acordo mantido com o Governo, ele concordou em resgatar US$ 12 mi arrecadados com ativos ilegalmente obtidos. Em sua defesa escrita, Kopper afirmou que suas atividades foram conduzidas sob instrução de Fastow e em alguns casos juntamente com Fastow. Ele garantiu que em pelo menos dois meses de transações, enviou dinheiro arrecadado com as mesmas para Fastow. A cooperação de Kopper representa um importante divisor de águas na investigação, ao ceder informações e conhecimentos sobre as atividades mais secretas da Enron. Vai representar também uma importante mudança para fevereiro, quando ele requisitou o quinto adiamento como forma de não testemunhar perante o congresso. Kopper se mantém em liberdade após pagar uma fiança de US$ 5 mi dada pelo juiz regional Ewing Werlein Jr. (New York Times - 21.08.02)

Índice


2- Duke Energy suspende atividade em quatro plantas no oeste dos EUA

A Duke Energy North America suspendeu a construção de três plantas de energia e interrompeu o funcionamento de uma planta que ainda está em processo de construção devido às precárias condições do mercado, disse um porta-voz da companhia na Terça-feira, dia 20. A Duke está suspendendo temporariamente as atividades na Grays Harbor Energy de 600 MW, localizada em Sastop, Washington, além da Deming Energy Facility em Deming, New Mexico, com capacidade de 600 MW. Ambos os projetos estão cerca de 40% terminadas e devem estar prontas para iniciar as transações comerciais em meados de 2003. A companhia suspendeu também as horas extras de trabalho na planta de 1.200 MW Moapa Energy Facility em Clark County, Nevada, prorrogando o data estimada para o início das atividades na planta. A Duke espera liberar um projeto de atualização já nas próximas semanas, disse o porta-voz. A Duke também colocou na espera um projeto de 600 MW em Clovis, New Mexico, ainda em andamento. A política de corte dos projetos está basicamente fundada no "dramático e persistente declínio dos mercados atacadistas da companhia", disse o porta-voz. (Platts - 21.08.02)

Índice


3- Tractebel e Codelco tomam o controle da Edelnor

A companhia belga de energia Tractebel e a produtora chilena de cobre Codelco tomaram o controle da combalida geradora chilena Edelnor, como parte do plano de reestruturação de dívida desta última, informou a Edelnor ao regulador chileno, a SVS. A Tractebel e a Codelco, mediante a empresa de risco de investimentos Mejillones - que também controla a geradora Electroandina -, farão uso de seu direito de comprar 82% do capital da Elelnor até então pertencente à FS Inversiones. A FS Inversiones está relacionada com a Tractebel e no começo do ano comprou sua participação na Edelnor da americana Mirant. Os problemas financeiros da Edelnor aparecem com dois empréstimos não garantidos tomados pela companhia, um de US$ 250 mi com o UBS Warburg e o outro de US$ 90 mi com o Bank of America. Dado que no pode equacionar suas obrigações, a Edelnor realizou uma emissão de bônus para cobrir a dívida. Agora planeja reestruturar o pagamento do bônus, já que a Mejillones se encarregará desta dívida. A Inversiones Mejillones pertence à Tocopilla Limitada (65,2%) e à Codelco (34,8%); a Codelco é a maior produtora de cobre do mundo. Por sua vez, a Tocopilla é controlada pela Tractebel (51%) e pela Codelco (49%); a Edelnor fornece energia elétrica ao Sistema Interconectado do Norte Grande do Chile (SING). Com a compra, a Tractebel - que também possui uma participação na geradora Colbún - será o principal provedor do SING, aportando 1.700 MW equivalentes a quase metade da capacidade da rede de distribuição. (Business News Americas - 21.08.02)

Índice


4- CFE investe US$ 133,6 mi em melhoras para a rede elétrica no nordeste do México

A energética estatal mexicana CFE está investindo US$ 133,6 mi para aumentar em 33% a capacidade de transmissão e distribuição de energia no nordeste do país, informou o diário local El Norte. A CFE iniciou seu programa de trabalho em maio de 2001 e tem como objetivo concluí-lo em dezembro deste ano, disse Everardo González, gerente da Divisão Golfo Norte da CFE, citado no jornal. A Divisão Golfo Norte da CFE compreende os estados de Nuevo León e Coahuila no norte do estado de Tamaulipas. As obras têm por objetivo solucionar a congestão na transmissão de energia na região, que chegou à um ponto crítico durante o verão boreal de 2001. A margem de reserva da capacidade nas subestações de muitas cidades do nordeste registrou um mínimo histórico de 1,6% durante o verão boreal de 2001, vale lembrar que uma margem de reserva de 8% indica uma situação de emergência. (Business News Americas - 21.08.02)

Índice


5- Saesa aumenta vendas em 7,9% no primeiro semestre de 2002

As vendas consolidadas da distribuidora chilena Saesa aumentaram 7,9% durante o primeiro semestre de 2002, devido ao desenvolvimento sustentável observado na indústria florestal e e nos mercados residenciais no sul do país. A Saesa espera que a demanda por energia no sul se mantenha em torno de 8% nos próximos meses, disse o gerente geral da empresa, Jorge Brahm. O crescimento contrasta com a realidade enfrentada pelo sistema interconectado central (SIC), onde as ventas de energia cresceram a uma taxa média inferior a 3% no mesmo período do ano passado. A Saesa cresceu 8,5% durante o semestre e a sua filial de distribuição Frontel registrou um crescimento de 6,3%. A companhia americana PSEG controla a Saesa através da PSEG Investimentos. (Business News Americas - 21.08.02)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor