1- Fundos do setor elétrico devem cobrir subsídios
de tarifa |
O subsídio para os
consumidores de energia elétrica de baixa renda não será coberto
com o aumento de tarifa para os demais consumidores e nem com
recursos da Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico
(Cide), como chegou a ser aventado. Segundo o ministro de Minas
e Energia, Francisco Gomide, o subsídio será financiado por um
dos fundos já existentes do setor elétrico. Estão em análise como
fontes o Fundo de Dividendos, que reunirá os ganhos das geradoras
federais com leilões de energia velha a partir de setembro, e
a Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE). Ele disse que também
está em análise o fundo com recursos da Reserva Global de Reversão
(RGR). Gomide garantiu que o governo não pretende alterar o redutor
de tarifas (fator X) em função do financiamento autorizado pelo
governo e que permitirá a recomposição das perdas de receita que
as distribuidoras de energia tiveram com a modificação no critério
de consumidor de baixa renda. (O Estado de São Paulo - 19.08.2002)
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2- Solução definitiva só em dezembro |
O governo federal vai definir até 16 de dezembro uma forma definitiva
para compensar as perdas de receita das distribuidoras de eletricidade,
estimadas em R$ 40 mi por mês, com a mudança nos critérios de
classificação dos consumidores de baixa renda. O ministro de Minas
e Energia, Francisco Gomide, afirmou que o ressarcimento será
feito por meio de um fundo setorial, ainda não definido. Com as
mudanças previstas na lei n10.438, de abril de 2002, o critério
passa a ser consumo máximo de 80 kWh. Com isso, 14 milhões de
consumidores passaram a ser enquadrados nessa categoria. Entre
as possibilidades para obtenção dos recursos para ressarcir as
distribuidoras está o fundo de dividendos constituído pelo resultado
de leilões da chamada "energia velha" pelas geradoras federais,
e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Gomide descarta
a possibilidade de usar recursos do Tesouro. Enquanto estuda a
solução definitiva, o governo usará recursos da Reserva Global
de Reversão (RGR) para financiar as distribuidoras. (Gazeta Mercantil
- 19.08.2002)
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3- Acordo de empresas com Governo deve apressar socorro
do BNDES |
Após a retirada da ação judicial das distribuidoras de energia
contra a lei que institui a mudança dos critérios de classificação
para consumidores de baixa renda, o acordo do setor elétrico poderá
ser, finalmente, homologado e as empresas deverão receber nas
próximas semanas a segunda parcela do empréstimo do BNDES. A liberação
do empréstimo não influenciará, diretamente, nos resultados contábeis
das empresas para o 3o trimestre, porque esta receita já foi contabilizada
nos balanços de 2001. Entretanto, o aporte do BNDES amenizará
a situação complicada do caixa das empresas, que poderão saldar
dívidas, reduzindo, assim, as despesas financeiras. O analista
do BBA lembra que os prejuízos contábeis com a desvalorização
cambial só não foram maiores por causa do sistema de diferimento
das perdas com os custos não gerenciáveis adotado no fim do ano
passado pelo Governo. Pelo novo sistema, as empresas podem contabilizar
os prejuízos com os custos não gerenciáveis (a chamada parcela
A) como ativos realizáveis a longo prazo, já que terão o ressarcimento
dessas perdas com os reajustes extraordinários de tarifas, concedidos
uma vez por ano. Dessa forma, o aumento das despesas das elétricas
com a compra compulsória da energia da hidrelétrica de Itaipu,
cotada em dólar, é repassado no aumento anual e contabilizado
como uma receita a receber a longo prazo. (Jornal do Commercio
- 19.8.2002)
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1- Consumo de energia elétrica caiu 9% no País |
O consumo de energia elétrica registrou queda de 9% no primeiro
semestre deste ano em relação a igual período do ano passado,
segundo dados da Eletrobrás. No País foram consumidos 142 milhões
de MWh no período, contra 156,1 milhões de janeiro a junho de
2001. O mês de junho, isoladamente, registrou aumento de 1,9%
em relação a junho do ano passado, o que ilustra o baixo nível
de consumo nos últimos meses, considerando que naquele mês o País
iniciou o processo de racionamento. No período de 12 meses encerrado
em junho, o consumo total foi 13,4% menor, com um total de 269,7
milhões de MWh, contra 311,4 milhões em igual período anterior.
O setor residencial foi o que registrou maior queda, com redução
de 15,5% no semestre e 20% no acumulado em 12 meses. (Campo Grande
News - 17.08.2002)
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2- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Companhias elétricas perdem mais de R$ 1 bi no trimestre
|
As empresas de energia perderam R$ 1,05 bi no segundo trimestre
de 2002, pior resultado do setor nos últimos 3 anos. No mesmo
período do ano passado, quando o país já estava sob o racionamento,
as elétricas registraram lucro de R$ 424 mi.A receita líquida
de vendas das companhias de abril a junho deste ano, de R$ 6,5
bi, também foi menor que a do mesmo período do ano anterior, de
R$ 8,3 bi. A alta do dólar, de 22,4% no trimestre - contra 6,6%
de variação cambial no mesmo período de 2001- e o fraco consumo
de energia, que se manteve nos patamares verificados durante o
racionamento, foram os fatores determinantes para o fraco desempenho.
As margens líquidas de 20 empresas passaram de 5,10% no 2o trimestre
de 2001 para um índice negativo em 16,13%.Mas o fim da compensação
das perdas do racionamento também influenciou negativamente os
resultados. As companhias puderam registrar apenas no último trimestre
de 2001 e nos meses de janeiro e fevereiro de 2002 os valores
de compensação das perdas. Além disso, sem racionamento os preços
no MAE deixaram de ser atrativos, o que contribuiu para o fraco
desempenho na receita. (Valor Econômico - 16.08.2002)
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2- Eletrobrás tem impacto positivo na variação do câmbio |
A Eletrobrás, ao contrário do resto do setor, tem impacto positivo
da variação do câmbio, já que tem receita em moeda estrangeira
da revenda da energia de Itaipu. O dólar americano também é o
indexador de 58% dos empréstimos concedidos pela Eletrobrás a
outras empresas do setor de energia. Do total de recebíveis, 64%
são em dólar. Os créditos em moeda estrangeira chegaram a R$ 3,4
bi. Segundo a companhia, o impacto dos investimentos neutralizou
parte os ganhos dos créditos em moeda estrangeira e o resultado
do período foi reduzido em cerca de R$ 900 mi. A companhia considerou
como "perdas" os investimentos feitos em empresas nas quais ela
possui participação, como Ceal, Ceron, Eletroacre, Cepisa e Cean,
para futura privatização - o que não ocorreu. Ela provisionou
ainda R$ 517 mi para cobertura de patrimônios líquidos negativos
de suas coligadas e para contingências cíveis. (Valor Econômico
- 16.08.2002)
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3- Eletropaulo adia prazo para credor trocar papel |
A Eletropaulo adiou para amanhã o prazo para que seus credores
internacionais digam se aceitam ou não trocar seus "euro commercial
papers" - notas promissórias negociadas no mercado europeu -,
que vencem nesta semana e em setembro, por novos papéis com vencimento
em 2003. A empresa propõe ainda pagar 15% dos US$ 150 mi em títulos
agora e estabelece taxas diferenciadas nos novos papéis. A vice-presidente
da Eletropaulo, Andrea Ruschmann, prefere não revelar os novos
rendimentos. Ela diz apenas que a empresa quer que até 80% dos
credores aceitem a proposta e que o objetivo não foi alcançado
na última sexta-feira, prazo que haviam estabelecido para fechar
acordo. Desde o começo do ano, a Eletropaulo vem tentando acessar
o mercado de capitais para rolar seus papéis que vencem no exterior,
pois de antemão já sabia que não teria todos os recursos necessários
para honrar a dívida. (Gazeta Mercantil - 19.08.2002)
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4- Prejuízo da Escelsa tem aumento |
A Escelsa, controlada pelo grupo EDP, teve aumento de 89% no prejuízo
líquido no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período
do ano passado. As perdas chegaram a R$ 174,368 mi. A receita
líquida cresceu 2,34%, para R$ 566,826 mi. As despesas financeiras
somaram R$ 287,219 mi, com alta de 74,57%. Consequentemente, o
resultado operacional ficou negativo em R$ 258,925 mi, um aumento
de 94,96%. (Gazeta Mercantil - 19.08.2002)
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5- RS padroniza nova ligação de energia |
A partir de setembro, o RS terá um padrão técnico único para as
novas ligações de consumidores às redes de energia elétrica das
concessionárias CEEE, RGE e AES Sul, o Regulamento de Instalações
Consumidoras (RIC). As três empresas estão finalizando a padronização
de equipamentos e materiais - com exceção do medidor de energia,
os demais componentes são adquiridos pelo consumidor. Antes de
implantar a medida, as concessionárias querem submeter as novas
normas à avaliação dos públicos a qual ela se destina: consumidores
residenciais, comerciais, rurais, empresas, construtores e fabricantes
de equipamentos, entre outros. (Correio do Povo - 19.08.2002)
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6- Prejuízo líquido da Cataguazes-Leopoldina é de R$
46,318 mi |
A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, distribuidora
mineira de energia, encerrou o primeiro semestre deste ano com
prejuízo líquido de R$ 46,318 mi. As perdas foram decorrentes
de um resultado operacional negativo de R$ 32,311 mi, e das despesas
financeiras, que totalizaram R$ 95,802 mi. A receita líquida somou
R$ 345,55 mi, enquanto o resultado bruto ficou em R$ 73,415 mi.
No fim do semestre, o patrimônio líquido da companhia estava em
R$ 314,976 mi. (Gazeta Mercantil - 19.08.2002)
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7- Recuperação do consumo de energia ainda é lenta
no Sistema Cataguazes-Leopoldina |
Embora o racionamento tenha sido extinto em fevereiro, o mercado
consolidado de energia das empresas do Sistema Cataguazes-Leopoldina
ainda sofreu os seus impactos no trimestre abril a junho de 2002,
apresentando redução de 5,3% na quantidade física de energia vendida,
em relação ao mesmo trimestre de 2001. A empresa computou no primeiro
semestre vendas consolidadas de energia de 2.636 GWh aos seus
consumidores finais, 10,5% menores em relação ao mesmo período
de 2001. A Companhia e suas controladas CENF, Energipe, CELB e
Saelpa tinham efetuado levantamento do montante da recomposição
tarifária extraordinária, através do ressarcimento das perdas
de consumo observadas em decorrência do racionamento de energia,
durante o período compreendido entre os meses de junho de 2001
e fevereiro de 2002. (Cataguazes-Leopoldina - 16.08.2002)
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8- Investimentos consolidados da Cataguazes-Leopoldina
atingem R$ 78 mi |
Neste semestre, a Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina
e suas controladas Cat-Leo Energia, Usina Termelétrica de Juiz
de Fora, CENF, Energipe, CELB e Saelpa investiram R$78,41 mi.
Desse montante, cerca de 47% foram aplicados em geração, 41% em
transmissão e distribuição de energia elétrica e os 12% restantes
em serviços auxiliares. Dos investimentos realizados, vale destacar
o andamento das obras das PCHs - Pequenas Centrais Hidrelétricas
Ponte, Palestina, Triunfo, Granada e Cachoeira Encoberta, que
se encontram em diferentes estágios de construção. Essas usinas
entrarão em operação a partir de meados de 2003 e terão capacidade
instalada total de cerca de 100 MW (capacidade de produção anual
de 493 GWh), demandando investimentos da ordem de R$178 milhões.
A Cat-Leo Energia assinou, em julho de 2002, com o BNDES o contrato
de financiamento de R$128 milhões para a construção dessas usinas.
O financiamento terá prazo de amortização de 144 meses, com carência
de 27 meses. (Cataguazes-Leopoldina - 16.08.2002)
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9- CFLCL e Energipe recebem prêmio ABRADEE 2002 |
A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) e a Empresa
Energética de Sergipe S/A - Energipe receberam o Prêmio Abradee
2002 na categoria Melhor Distribuidora de Energia Elétrica da
Região Sudeste e Nordeste, respectivamente. Para chegar a esses
resultados, a Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores
de Energia Elétrica utilizou metodologia e apuração da Fipe -
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, observando-se aspectos
de gestão operacional, econômico-financeira, qualidade e produtividade,
responsabilidade social, em parceria com o Instituto Ethos e Associação
Qualidade RS, além de uma pesquisa de satisfação do cliente realizada
pelo Vox Populi. Essa não é a primeira vez que uma empresa do
Sistema Cataguazes-Leopoldina é premiada pela Abradee, principal
entidade do setor. Em 2000, a subsidiária CELB - Companhia Energética
da Borborema foi considerada a Melhor Distribuidora de Energia
Elétrica da Região Nordeste. (Cataguazes-Leopoldina - 16.08.2002)
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1- Tractebel inaugura leilões de energia |
O setor de energia elétrica passa hoje pela primeira experiência
prática de disputa pela produção das geradoras. A Tractebel (ex-Gerasul)
estréia a série de pregões para a venda da eletricidade que será
liberada dos contratos iniciais a partir de janeiro de 2003. Também
vai ofertar a chamada energia nova (ainda não contratada). A sessão
da Tractebel ocorre às 9 horas, na Bovespa, em sistema viva-voz.
A geradora informou que nove companhias estão habilitadas, sendo
seis distribuidoras e três comercializadoras. O número de interessados
superou a expectativa da Tractebel, tendo em vista as incertezas
regulatórias do setor. Além disso, as distribuidoras têm sofrido
com a recuperação lenta em seus mercados, o que dificulta a compra
de suprimento para os próximos anos. (Gazeta Mercantil - 19.08.2002)
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2- Tractebel colocará à venda seis lotes com três tipos
de contrato |
A Tractebel coloca à venda um total de seis lotes com três tipos
de contrato, segundo o presidente da companhia, Manoel Zaroni
Torres. Os prazos variam de 1 a 5 anos. Segundo Torres, um tipo
de lote foi elaborado especificamente para atender às distribuidoras:
blocos com prazo total de três anos mas volume de energia crescente
a cada ano. Ele diz que a Tractebel aguardava a junção dos submercados
Sul e Sudeste em apenas um, mas como a medida ainda não foi anunciada
pela Aneel, os 1.300 MW médios que serão oferecidos foram divididos
entre as duas regiões: 850 MW serão destinados ao Sul e 450 MW
ao Sudeste. O leilão da Tractebel será realizado às 9 horas na
Bovespa, em viva voz. Os interessados depositaram garantias na
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia na sexta, no valor
de R$ 30 mil por lote. Mas a CBLC não divulgou o nome das empresas
que depositaram as garantias. (Valor Econômico - 19.08.2002)
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3- Preço do MWh sobe em todo o país |
Os preços do MWh de energia determinados pelo MAE (Mercado Atacadista
de Energia) para o período de 17 a 23 de agosto sofreram aumento
em todas as regiões do país em comparação com os valores cobrados
na semana passada. A maior variação foi registrada nos submercados
Norte e Sudeste/Centro-Oeste, onde foram registrados aumentos
superiores a 7%. Nestas regiões, o valor da carga leve por MWh
subiu de R$ 9,39 para R$ 9,99, enquanto o preço da carga média
aumentou de R$ 9,44 para R$ 10,11. Já a quantia cobrada pelo MWh
durante o horário de carga pesada teve alta de 7,3%, ou R$ 0,60,
chegando a R$ 10,21. No submercado Nordeste, o valor para todas
as cargas de consumo é de R$ 12,41, contra R$ 11,72 cobrados na
última semana, o que equivale a uma variação positiva de 5,88%.
No Sul, o maior aumento, de 7,09%, atingiu o valor do MWh consumido
durante o horário de carga média, que nesta quarta semana de agosto
passou para R$ 10,11. Os preços para carga pesada e leve ficaram
estabelecidos em R$ 10,11 e R$ 9,85, acima dos R$ 9,47 e R$ 9,23
em vigor de 10 a 16 de agosto. (Canal Energia - 19.08.2002)
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1- BNDES reúne mais de R$ 8 bi para exportações |
A diretoria do BNDES se reúne hoje para definir as regras dos
financiamentos ao comércio exterior com recursos do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT), determinados por medida provisória. O dinheiro
do FAT, que poderá ser utilizado a curto prazo, permitirá um reforço
de R$ 2 bilhões ao conjunto de linhas de financiamento das exportações
brasileiras. O empréstimo do FAT terá prazo de seis meses e será
corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Após seis
meses, o BNDES devolverá os recursos ao Fundo, devidamente remunerados.
(Gazeta Mercantil - 19.08.2002)
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2- Selic deve permanecer em 18% |
O Comitê de Política Econômica do Banco Central deverá manter
a taxa básica de juros (Selic) em 18% ao ano, sem viés, na reunião
marcada para terça e quarta-feira desta semana. É o que espera
a maioria dos analistas, já que o mercado continuou volátil apesar
do anúncio do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)
na semana passada. As expectativas sobre a Selic só mudarão se
a calmaria ensaiada na sexta-feira permanecer nos próximos dias.Logo
após o anúncio de que o Brasil ia fazer novo acordo com o FMI,
há duas semanas, havia a percepção de que a pressão sobre o real
cairia e de que a flexibilização das metas de inflação favoreceria
a esperada queda da Selic nesta quarta-feira. Como o dólar continuou
subindo e as notícias sobre a inflação foram ruins, as projeções
convergiram para a manutenção da taxa. Sérgio Werlang, ex-diretor
do BC e hoje economista do Itaú, acredita que espaço para baixar
a taxa existe, mas ele é apertado e o Copom manterá sua característica
conservadora, visando ao cumprimento das metas de inflação. (Jornal
do Commercio - 19.08.2002)
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3- Dólar comercial abre em alta de 1,37%, a R$ 3,1680 |
O dólar comercial abriu o pregão em alta. A divisa começou as
negociações com elevação de 1,37% perante o fechamento de sexta-feira,
cotada a R$ 3,1580 na compra e a R$ 3,1680 na venda. No mercado
futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham avanço
de 1,12%, projetando a moeda a R$ 3,154. O mercado repercute hoje
as novas pesquisas eleitorais divulgadas no fim de semana, que
mostraram pequena queda do tucano José Serra. Na sexta, rumores
eleitorais favoráveis ao candidato governista ajudaram a cotação
do dólar a cair. Serra é o candidato preferido pelos investidores
pois representa, na teoria, a continuidade da política econômica
do atual governo. Na sexta-feira, a moeda encerrou 2,64% mais
barata, a R$ 3,1200 na compra e a R$ 3,1250 na venda. Os agentes
também estão de olho nas conversas que o presidente Fernando Henrique
Cardoso manterá hoje com os candidatos à sua sucessão. Também
operam com expectativa quanto à reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom), que definirá o patamar dos juros básicos na
próxima quarta-feira. (Valor Online - 19.08.2002)
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1- Eletronuclear propõe uma nova saída para Angra 3 |
O governo deve encaminhar uma solução intermediária para a polêmica
usina nuclear de Angra 3, e deixando a próximo presidente a opção
de suspender ou não a sua construção. A saída foi sugerida pela
Eletronuclear e será apresentada ao Conselho Nacional de Política
Energética na próxima reunião, que deve ocorrer no início de setembro.
A sugestão baseia-se no próprio cronograma estipulado pela estatal
para a construção da usina. Segundo ele, a licitação para a obra
efetiva de Angra 3 acontece somente em maio de 2003. Até lá seria
realizada apenas a obra de engenharia no terreno que, defende
a estatal, precisa ser feita de qualquer maneira, já que há hoje
no terreno um enorme buraco. Com isso, entre a posse e o mês de
maio, o novo presidente teria tempo de posicionar-se. O documento
está nas mãos do grupo de trabalho do CNPE que o apresentará ao
Conselho na próxima reunião. A opção desenhada pela Eletronuclear
prevê ainda que os gastos a serem feitos até maio totalizarão
R$ 18 mi, bem menores que os US$ 20 mi anuais que vêm sendo gastos
para manter os equipamentos que esperam a decisão governamental,
defende o documento. A usina de Angra 3 já custou aos cofres US$
750 mi e custará ainda US$ 1,8 bi, dos quais US$ 544 mi serão
financiados pelos bancos alemães KEW e Dresdner Bank. O restante
dos recursos viriam da Eletronuclear e de financiamentos da Eletrobrás,
através do reinvestimento do pagamento dos dividendos da própria
Eletronuclear. Na divisão, a estatal nuclear investirá US$ 180
mi, ficando o restante com a holding Eletrobrás. (Valor Econômico
- 19.8.2002)
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2- Gás será usado pelas indústrias da Grande Cuiabá |
O setor industrial de Mato Grosso é o principal interessado na
criação de uma empresa de capital misto para o gerenciamento do
sistema alternativo de energia. Para a Federação da Industrias
do Estado de Mato Grosso (Fiemt), a comercialização do gás, via
empresa de capital misto, vai dar vazão a metade da capacidade
ociosa do gás e será uma fonte econômica e limpa de geração de
energia. Segundo dados da Fiemt, para o início da distribuição
do gás canalizado, cerca de 24 indústrias estariam prontas para
consumir cerca de 250 mil metros cúbicos diários. (Diário de Cuiabá
- 19.08.2002)
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1- Companhias manipularam preços durante crise energética
nos EUA |
A Comissão Federal Reguladora de Energia dos Estados Unidos encontrou
provas de que as empresas do setor manipularam os preços do gás
e da eletricidade durante a crise de fornecimento que atingiu
a Califórnia há aproximadamente um ano. O relatório preliminar
da Comissão indica que foram realizadas manobras suspeitosas com
os preços da eletricidade por parte da Enron e das firmas Avista
e El Paso Electric, além de recomendar uma investigação formal
que determine se as empresas violaram leis federais. Desde o final
de 2000, e durante os primeiros cinco meses de 2001, os habitantes
da Califórnia foram afetados por cortes de luz e pagaram mais
pelo fornecimento de gás e eletricidade. O informe da Comissão
federal praticamente identifica e resume a opinião de muitos dos
funcionários do setor elétrico na Califórnia, segundo os quais
a crise energética estatal foi, em parte, resultado da manipulação
do mercado por parte de firmas como a Enron. Caso a Comissão venha
a ratificar as conclusões preliminares, há a real possibilidade
de um aumento da quantia dos reembolsos que as companhias de energia
deverão pagar aos consumidores na Califórnia. Isto se deve ao
fato de que se realmente existiram as manobras ilegais, muitas
firmas vendedoras de energia já não poderão usar o custo do gás
natural como desculpa para a cobrança de preços mais altos aos
clientes. (Estratégia - 16.08.02)
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2- Senador americano indaga sobre inércia das acusações
contra a Enron |
O senador americano Byron Dorgan , que presidiu a audiência da
companhia de energia Enron no Comitê de Comércio ainda esse ano,
envoiu nesta Sexta-feira, dia 16 de agosto, uma carta ao Procurador
Geral da Justiça John Ashcroft inquirindo a razão pela qual não
há maiores movimentações direcionadas ao esclarecimento dos danos
causados pela Enron. "Em diversas ocasiões durante as semanas
que passaram recentemente, nós pudemos ver o Departamento de Justiça
registrando acusações criminais contra executivos de corporações...Estou
escrevendo para perguntar a razão pela qual nenhuma ação está
sendo tomada contra aqueles que foram responsabilizados por práticas
ilegais na Enron Corporation" escreveu Dorgan. Baseado nestes
depoimentos e investigações, o Comitê achou que a Enron está engajada
com "sumiço de documentos, manipulação de registros financeiros,
trapaça com investidores, enriquecimento próprio de executivos
e mais" ele escreveu. (Platts - 16.08.02)
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3- Plantas nucleares da E.ON não foram afetadas pelas
enchentes na Alemanha |
As atividades nas estações
nucleares da companhia de energia alemã E.ON's não foram afetadas
pelas chuvas torrenciais e inundações observadas nesta última
semana na Alemanha e em outros países na Europa Central, garantiu
um porta-voz da companhia nesta Sexta-feira, dia 16. A E.ON opera
e tem participações em vinte reatores na Alemanha: 1,440 MW em
Brokdorf, 806 MW em Brunsbuttel, 1,400 MW em Emsland, 1,345 MW
em Grafenrheinfeld, 1,430 MW em Grohnde, em Grundremmingen B e
C (2 x 1,344 MW), em Isar-1 (907 MW) e -2 (1,455 MW), 1,316 MW
em Krummel, 672 MW em Stade, e 1,350 MW em Untweser. "Nenhuma
de nossas plantas nucleares foram afetadas ainda" disse o porta-voz.
"Nós não gostaríamos de espelular no que ainda pode acontecer,
mas caso ocorra algum dano às nossas instalações, faremos um enunciado
imediatamente". (Platts - 16.08.02)
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4- Venda de distribuidoras peruanas pode ser cancelada |
A privatização de quatro distribuidoras peruanas pode ser cancelada
definitivamente depois da reunião do conselho executivo da comissão
de investimentos da Proinversión, em 21 de agosto, afirmou uma
fonte da Proinversión. De acordo com o cronograma atual, as propostas
para a totalidade das ações da Electronoroeste, Electronorte,
Hidrandina e Electronoroeste, estimadas, em conjunto, de US$ 220
mi a US$ 260 mi, devem ser apresentadas em 28 de agosto. O ministro
da Economia e Finanças, Pedro Pablo Kuczynski, no entanto, sugeriu
em julho que a venda poderia ser adiada para setembro. "Nada foi
suspenso e nada foi confirmado", disse a fonte, acrescentando
no entanto que as declarações recentes do ministro das Minas e
Energia, Jaime Quijandría "implicam mudanças no processo e mudanças
na metodologia que poderiam conduzir a prorrogação indefinida".
Quijandría disse que a informação sobre quais ativos do setor
de energia seriam privatizados até o final do ano será anunciada
em duas semanas. (Business News Americas - 16.08.02)
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5- Enel ratifica venda da Hidrogesa à Coastal por US$
41,2 mi |
O Comitê de privatização da companhia de energia estatal nicaragüense
Enel confirmou a decisão de vender sua unidade Hidrogesa à Coastal
Power International IV - filial da energética americana El Paso
- por US$ 41,2 mi, informou a imprensa local. A Coastal fará um
pagamento inicial de US$ 11,2 mi, ao que sucederão mais cinco
pagamentos anuais de US$ 6 mi a partir de setembro de 2004. A
Coastal iniciará no dia 15 de setembro o controle operacional
da planta, confirmou Claudia Cruz, porta-voz da Coastal. Anteriormente,
a Enel havia adjudicado a Hidrogesa à Coastal, mas no dia 31 de
julho a companhia inclinou-se para a venda no ativo, argumentando
que, além de encontrar irregularidades em outra oferta de adjudicação
apresentada pela Enron da Nicarágua, o Comitê de privatização
declarou que o processo de licitação não apresentou resultado
algum quando a empresa adjudicou a Hidrogesa à Coastal. No mês
do janeiro, a Coastal comprou uma outra geradora nicaragüense,
a Geosa, por US$ 11,3 mi. (Business News Americas - 16.08.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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