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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 934 - 09 de agosto de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Aneel deve mudar divisão do mercado

A Aneel deve publicar na próxima semana resolução que muda a divisão do mercado elétrico nacional. Hoje, existem 4 submercados de energia, cada um com um preço diferente no MAE: Norte, Nordeste, Sudeste /Centro-Oeste e Sul.A nova resolução vai passar a considerar apenas 2 submercados - um com as regiões Norte e Nordeste e o outro com o Sul, Sudeste e o Centro-Oeste. O motivo da nova divisão seria o fim de algumas restrições de transmissão de energia, principalmente entre o Sul e o Sudeste, e também entre o Norte e o Nordeste. O novo modelo tem sido aguardado com expectativa pelas geradoras estatais, que esperam a definição dos novos submercados para traçar as estratégias para os leilões marcados para 20/08 (onde as estaduais Copel e Cemig venderão energia) e 9/11(data do leilão das federais Furnas, Chesf e Eletronorte). Além do novo modelo, as geradoras federais dizem estar aguardando o leilão das estatais para avaliar o apetite dos compradores. Mesmo diante de incertezas, a maioria dos executivos aposta que o MWh deverá ficar situado entre US$ 20 e US$ 30. Outra indefinição que retarda as estratégias para os leilões se refere à definição dos consumidores livres, que devem ser os grandes interessados nos leilões. Empresários esperam que uma MP sobre o tema seja divulgada na próxima semana. Os contratos dos leilões deverão ser reajustados pelo IGP-M. A decisão deve ser anunciada pela Aneel hoje. As distribuidoras querem que a compra dos lotes seja contabilizada na parcela A (custos não-gerenciáveis) das tarifas. (Valor Econômico - 09.08.2002)

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2- Congresso pode barrar votações do setor elétrico

O Congresso pode barrar a votação de todas as pautas relativas a decisões no setor elétrico, caso as distribuidoras de energia e o Governo não cheguem a um acordo sobre o subsídio aos consumidores de baixa renda. A afirmação é do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), relator da medida provisória convertida na Lei 10.438/02, que englobou na categoria todos os clientes de concessionárias com consumo até 80 kWh por mês. Segundo Aleluia, as empresas do setor que recorreram a liminares judiciais para descumprirem a determinação legal estão jogando sobre o consumidor um novo ônus. De acordo com o plano de revitalização da CGSE, o Governo deverá emitir nas próximas semanas um conjunto de cinco instrumentos legais para a implementação das medidas prioritárias do relatório de progresso 3.Algumas, como o modelo tributário para o MAE, a criação do Fundo de Dividendos dos leilões de energia e o subsídio ao gás natural, devem sair em MPs, assinadas pelo ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. Dessa forma, as decisões passariam direto para análise do presidente FHC, diferentemente dos projetos de lei, que serão encaminhados à pauta do Congresso. Das medidas em fase de implementação, a que trata da desverticalização e do limite para autocontratação e participação cruzada deve ganhar corpo em projeto de lei, ficando de molho, caso o boicote sugerido por Aleluia se concretize. (Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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3- Rejeitado fundo para iluminação pública

A Comissão de Minas e Energia rejeitou o projeto de lei do deputado Wilson Santos (PSDB-MT), que institui o Fundo de Apoio aos Serviços de Iluminação Pública, para complementar custos do setor a cargo dos municípios. As informações são da Agência Câmara. Pela proposta, o fundo teria cinco fontes de receitas: 1% do faturamento das concessionárias de distribuição de energia elétrica, excluído o serviço rural; dotações orçamentárias da União; transferências de Estados, Distrito Federal e municípios; rendimentos de suas aplicações financeiras, inclusive de financiamento de instalações e equipamentos de iluminação pública; além de outras receitas não especificadas. Nas contas dos consumidores de energia viria expresso em separado o valor da contribuição ao Fasip referente aos serviços faturados. O projeto previa, ainda, que caberia à Aneel, ouvido o Ministério das Minas e Energia, definir as diretrizes gerais e as prioridades que orientam as aplicações do fundo, bem como a forma e as prioridades na aplicação dos recursos entre os municípios.O parecer contrário ao projeto foi apresentado pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). O relator argumenta que a proposição busca transferir, de forma indireta, ao consumidor de energia elétrica e ao contribuinte federal, estadual e municipal, o ônus das despesas de iluminação pública local. A proposição tramita em caráter conclusivo e será apreciada ainda por outras comissões. (Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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4- Audiência para tarifas

A Aneel realizará audiência pública em setembro para definir a metodologia de cálculo do reajuste da Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD), a chamada tarifa-fio, para os consumidores livres e demais usuários dos sistemas de distribuição.O reajuste das tarifas de uso deverá ser concatenado com o reajuste anual das tarifas de fornecimento dos concessionários e permissionários de distribuição. A medida busca evitar que a defasagem entre os períodos de reajustes implique em distorções de sinais para os consumidores que desejarem optar por outro fornecedor de energia elétrica. A estrutura da TUSD será reavaliada também na data da revisão tarifária ordinária das concessionárias de distribuição. O objetivo é incorporar, entre outras informações, dados atualizados da receita referente às atividades de distribuição e comercialização e dos perfis de consumo, de forma a dar uma sinalização adequada para os usuários dos sistemas de distribuição. No intuito de preservar a sistemática consolidada no setor, o reajuste da TUSD deverá ser estabelecido observando, na medida do possível, as regras dos reajustes das tarifas de fornecimento de energia elétrica. A audiência pública está prevista para o dia 12 de setembro, na sede da Aneel, em Brasília, às 13h30. (Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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5- Aneel aprova três produtores

Três empresas foram autorizadas a se estabelecer como produtores independentes de energia elétrica mediante a implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas localizadas no Pará e em Minas. A Eletrotécnica Tangará Ltda construirá as PCHs Salto Curuá e Salto Buriti, de 30 e 10 MW de capacidade instalada, respectivamente. Ambas estarão no município de Novo Progresso (PA) e, juntas, beneficiarão 293,6 mil habitantes. A usina de Salto Curuá deverá entrar em operação comercial até maio de 2004 e a Salto Buriti, até setembro do mesmo ano.A segunda foi dada à Pinus Empreendimentos S/C Ltda, responsável pela implantação da PCH Unaí Baixo, de 21 MW de potência. A usina vai beneficiar 154,1 mil habitantes em Unaí (MG) e deverá operar até outubro de 2004. A Consita Ltda vai construir a usina Paiol, de 28 MW de capacidade instalada, em Frei Inocêncio e Mathias Lobato (MG). A PCH deverá entrar em operação até novembro de 2005 e beneficiará 205,5 mil habitantes. Os investimentos previstos somam R$ 142,4 mi.(Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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6- Aneel aprova projeto de linha da Coelce

O projeto básico apresentado pela Companhia de Eletricidade do Ceará (Coelce) para a implantação da linha de transmissão Banabuiú-Juatama foi aprovado pela Aneel. A linha possui tensão de 72,5 kV e 31,16 quilômetros de extensão. A empresa terá até 30 de setembro para terminar as obras de implantação. (Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia sobe 2,5% na região Nordeste

Apenas a região Norte registrou queda no consumo de energia na última quarta-feira, dia 7 de agosto. Números do ONS indicam que a demanda neste submercado caiu 1,33% em comparação com o dia anterior, chegando a 2.601 MW. Nas demais regiões houve aumento no volume demandado, com índices que variam de 0,55% a 2,5%. O maior aumento foi verificado foi no subsistema Nordeste. Ontem, o consumo nesta região chegou a 5.855 MW, o que representa um crescimento de 2,% em comparação com o dia anterior. Quanto à curva de referência mensal, o volume está 1,51% abaixo do estabelecido pelo operador do sistema. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a demanda subiu 0,55% em um dia. Segundo o ONS, o consumo atingiu 25.374 MW, ficando 5,74% abaixo da curva mensal de referência. No Sul, o consumo chegou a 7.386 MW, o que significa um aumento de 0,9% em comparação com o dia anterior. (Canal Energia - 08.08.2002)

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2- Capacidade de armazenamento atinge 60,35% no Sul

A região Sul foi a única que registrou crescimento nos níveis dos reservatórios. Ontem, a capacidade de armazenamento atingia 60,35%, o que significa um aumento de 1,56% em comparação com o dia anterior. Na usina de G.B. Munhoz, o índice é de 56,49%. (Canal Energia - 08.08.2002)

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3- Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 60,96%

Os níveis dos reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste caíram 0,26% em um dia, chegando a 60,96%. Em relação à curva-guia superior, o volume está 23,77% acima do previsto pelo ONS. Na hidrelétrica de Itumbiara, o índice é de 71,58%. (Canal Energia - 08.08.2002)

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4- Região Norte registra maior índice de queda na capacidade de armazenamento

A região Norte foi a que registrou o maior índice de queda na capacidade de armazenamento. Os níveis dos reservatórios atingem 71,54%, o que significa uma queda de 1,02% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 74,84%. (Canal Energia - 08.08.2002)

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5- Volume armazenado caiu 0,67% na região Nordeste

O volume armazenado na região Nordeste caiu 0,67%, chegando a 47,65%. Quanto à curva-guia superior, o volume está 19% acima do previsto. Na usina de Sobradinho, o índice é de 37,17%. (Canal Energia - 08.08.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás vai assumir o controle da Celg

O Diário Oficial da União publicou ontem a Medida Provisória n 57 que autoriza a Eletrobrás a comprar 49% das ações da Celg, assumindo o controle da estatal. O conselho de administração da Eletrobrás reúne-se quinta-feira para analisar o acordo de acionistas, que fixará as condições para a concretização do negócio, e o contrato de compra e venda de ações, cujos detalhes finais estão sendo concluídos por equipes das duas empresas. A medida provisória autoriza a Eletrobrás a adquirir ações preferenciais e ordinárias em poder do governo estadual. Para isso, a estatal poderá utilizar recursos do Fundo de Reserva Global de Reversão (RGR) ou recorrer a compensações financeiras envolvendo dívidas da Celg junto ao sistema elétrico e créditos que a distribuidora tem a receber. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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2- Tractebel suspende investimentos

Dona de 7% da capacidade de geração brasileira, a Tractebel Energia (ex-Gerasul) não iniciará nenhum novo investimento enquanto as regras para o setor elétrico não estiverem definidas e as operações realizadas no MAE não forem liquidadas. A decisão significa que, por enquanto, o grupo belga não vai tirar do papel projetos de usinas que acrescentariam ao seu parque gerador cerca de 1 mil MW durante os próximos anos. A companhia vive um paradoxo. O balanço relativo ao exercício de 2001 registra lucro líquido de R$ 582,3 milhões. Mas, em 2002 foi obrigada a emitir notas promissórias para honrar compromissos de curto prazo. Isso porque ainda não recebeu mais de R$ 700 milhões do MAE, referentes a operações de venda de energia elétrica que não foram liquidadas financeiramente, por causa do atraso na implementação do novo mercado. Manoel Zaroni Torres, presidente da companhia, informa que até agora a Tractebel Energia já deveria ter investido R$ 300 mi dos R$ 646 mi que programava para 2002. Contudo, ainda não desembolsou nem R$ 100 mi porque deixou de iniciar uma série de projetos. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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3- Prejuízo da CPFL dobra e atinge R$ 100 mi

A instabilidade na economia brasileira, a mudança nos valores do acordo geral do setor e a queda na demanda por eletricidade prejudicaram os balanços das distribuidoras Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e da Companhia Piratininga de Força e Luz, no segundo trimestre. Os ganhos também diminuíram na subsidiária de geração do grupo - CPFL Geração. As empresas são controladas pelo grupo VBC (Votorantim, Brasdespar e Camargo Corrêa). O prejuízo líquido da distribuidora CPFL praticamente dobrou no acumulado de janeiro a junho, comparado a 2001, saltando de R$ 51,3 mi para R$ 100,9 mi. A alta de 294,2% nas despesas financeiras líquidas foi a vilã no primeiro semestre. Estas perdas chegaram a R$ 253,5 mi no período, refletindo, explica a concessionária, o impacto de indicadores macroeconômicos sobre os passivos da companhia. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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4- CPFL investe cerca de R$ 13 mi em projetos de combate ao desperdício

A CPFL investirá mais de R$ 13 mi no programa de combate ao desperdício de energia para o ciclo 2001/2002. O montante corresponde a 0,511% da receita anual da empresa, estimada em R$ 2,7 bi. O programa prevê a implantação de 10 projetos ligados à eficientização de energia elétrica. Um dos principais projetos da empresa está o que trata da eficientização energética em iluminação pública, que receberá investimentos de R$ 6 mi. Outro projeto prevê o incentivo à venda de eletrodomésticos eficientes, com recursos de R$ 5,4 mi. Segundo o despacho nº 466, da Aneel, a empresa deverá apresentar relatórios parciais em setembro e novembro deste ano. A conclusão do programa está prevista para o dia 31 de dezembro deste ano. (Canal Energia - 08.08.2002)

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5- Programa de combate ao desperdício da Cepisa prioriza eficientização pública

Foram aprovados pela Aneel os programas de Combate ao Desperdício de Energia apresentados pela Cepisa e pela Hidrelétrica Xanxerê. Conforme determinação do órgão regulador, os projetos para o ciclo 2001-2002 deverão ser concluídos até 30 de junho de 2003. De acordo com os despachos nº 467 e nº 468, de 8 de agosto, as empresas investirão R$ 866,1 mil e R$ 94,3 mil, respectivamente, na eficientização pública e na substituição de sistemas elétricos de aquecimento por sistemas solares. (Canal Energia - 08.08.2002)

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6- ABB conclui projeto na região Norte

A Asea Brown Boveri (ABB) concluiu a linha de transmissão que liga as subestações de Tucuruí e Vila do Conde, na região Norte do País. A obra foi construída em 14 meses, prazo recorde para projetos de porte equivalente, segundo a companhia. A linha tem capacidade para transmitir 1.200 MW em tensão de 500 kV e faz parte da concessão arrematada pela Empresa Paraense de Transmissão de Energia (ETEP), formada pelas empresas Schahin e Alusa, em leilão realizado 2000 pela Aneel. O novo sistema vai reforçar a transmissão de energia produzida pela hidrelétrica de Tucuruí à cidade de Belém, no Pará, e à região Norte do País. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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7- EDP quer transferir parte do capital da Enerpaulo para Bandeirante

A EDP informou hoje ter pedido à Aneel permissão para reestruturar parte de seus títulos no Brasil, após ter adquirido o controle da distribuidora Bandeirante em 2001. De acordo com um comunicado divulgado hoje pela empresa, em Lisboa, a EDP planeja transferir parte do capital de sua distribuidora Enerpaulo para a Bandeirante, da qual possui uma parte de 96,48%. O total de capital da Enerpaulo em maio era de R$ 934 mi, dos quais R$ 911 mi serão incorporados pela Bandeirante, após a dedução de R$ 306 mi para a garantia de dividendos futuros para acionistas minoritários, uma quantia determinada pela legislação brasileira. Os R$ 24 mi restantes do capital da Enerpaulo serão transferidos para a EDP Brasil, que então deterá todos os ativos do grupo EDP no Brasil. A EDP disse que a transferência de capital não impõe a transferência da dívida da Bandeirante e não terá impacto sobre os lucros. (Notícias Populares - 09.08.2002)

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8- Decisão de adiar construção de Belo Monte não trará riscos ao setor

A decisão de adiar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, não trará reflexos ao mercado energético no curto prazo. Na visão de especialistas do setor, ainda é preciso discutir os estudos de viabilidade técnico, financeiro e ambiental antes de aprovar um projeto deste porte. "A princípio, adiar a implantação da usina não traria grandes impactos ao setor elétrico nacional, pois o governo possui um cronograma de obras que garantem a demanda para os próximos quatro anos", avalia Peter Greiner, ex-secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia no período de 1994-1999. Segundo ele, existem aproximadamente 50 mil MW entre hidrelétricas e térmicas autorizados pela Aneel para entrar em operação neste período (quatro anos). O quadro energético só irá se agravar caso os empreendimentos não saiam do papel durante este prazo. (Canal Energia - 08.08.2002)

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9- Abradee diz que só espera por recursos para adotar critério de baixa renda

A Abradee espera apenas a definição da fonte de recursos do subsídio aos consumidores de baixa renda para cumprir as determinações da Lei 10.438/02, que instituiu o benefício. Em nota oficial, a associação se defendeu das acusações de que as empresas afiliadas estariam se furtando da aplicação da nova regra. No comunicado, o órgão usa como argumento de defesa outra lei, a 9.074/95, que determina a identificação da origem de recursos para qualquer benefício tarifário, como forma de preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A Abradee e 32 distribuidoras conseguiram obter na Justiça liminares que impedem a aplicação imediata do dispositivo antes da indicação da fonte de cobertura. (Canal Energia - 08.08.2002)

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financiamento

1- Edital de leilão já é público

O ministério de Minas e Energia publica hoje no Diário Oficial da União o aviso para o edital do primeiro leilão de energia das empresas federais, marcado para o dia 9 de setembro. A energia velha dos contratos iniciais que expiram em 31 de dezembro será ofertada em lotes de 0,5 MW médios. Na ponta da oferta, o leilão contará com a participação obrigatória das geradoras federais e a com participação opcional de outras geradoras, inclusive as privadas. O leilão, que será realizado numa sala virtual pela internet, será coordenado pelo MAE. As geradoras federais têm até o dia 21 deste mês para definir suas estratégias de venda. No mesmo dia, acontece a adesão de vendedores opcionais. O aviso de venda está marcado para o dia 23, seguido da entrega dos documentos três dias depois. O depósito de garantias acontece no dia 5 de setembro e a assinatura dos contratos está prevista para o dia 12 do mesmo mês. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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2- IGP-M pode corrigir energia de leilão

Apesar da oposição da equipe econômica, o Governo poderá fixar o IGP-M para corrigir os valores da energia elétrica das geradoras federais, a chamada energia velha, que será vendida em leilões a partir de setembro. A minuta de contrato, colocada em discussão pública em julho, previa o uso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, indexador preferido pela área econômica. O IGP-M, que consta como indexador dos contratos atuais, assinados entre distribuidoras e geradoras, passou a ser rejeitado a partir de 1998 pelo Ministério da Fazenda e Banco Central por pressionar a inflação.Na avaliação dos técnicos, o IGP-M capta elevações de preços que nem sempre são refletidas no IPCA, que é o indexador utilizado no sistema de metas de inflação do BC. Além disso, ele reflete com mais ênfase os próprios aumentos de energia que são incluídos no cálculo do índice, alimentando o aumento do ano seguinte. Esse seria o momento ideal para mudar a indexação desses contratos, já que os volumes de energia dos contratos serão reduzidos em um quarto a cada ano e a energia liberada será vendido em leilões. Parte dos técnicos, porém, acredita que é melhor manter a indexação ao IGP-M, para manter coerência com os demais contratos do setor. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que a escolha entre um dos dois índices será uma decisão de Governo, e que a Aneel apenas cumprirá. (Jornal do Commercio - 09.08.2002)

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3- Tractebel Energia realiza leilão de energia agora em agosto

Mais uma concessionária opta por realizar leilão de venda de energia. A Tractebel Energia anunciou nesta sexta-feira, dia 9 de agosto, que também realizará leilão de energia. O processo está previsto para acontecer no próximo dia 19 de agosto, na Bovespa. De acordo com comunicado divulgado pela empresa, a energia a ser ofertada é proveniente do parque gerador e será disponibilizado a partir de janeiro do ano que vem. Outra característica do leilão da Tractebel é que somente poderão participar do processo empresas de distribuição de energia e comercializadoras. A participação, no entanto, dependerá da avaliação dos documentos de habilitação. O cronograma do leilão prevê o lançamento do edital de habilitação na próxima segunda-feira, dia 12 de agosto, no próprio site da Tractebel. (Canal Energia - 09.08.2002)

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financiamento

1- Acordo com FMI alivia os índices de inflação

O fechamento do acordo do Brasil com o FMI, na quarta-feira, também deve aliviar os principais índices de inflação do País. Com a esperada queda nas cotações do dólar, a pressão sobre os preços será menor. Os coordenadores dos índices de preços, por isso, não estão revendo suas atuais projeções para a inflação em 2002. O IPCA, por exemplo, não promete sair dos trilhos e tende a fechar o ano com alta de 6,5%, como projetado anteriormente, segundo Eustáquio Reis, diretor de estudos macroeconômicos do Ipea. "A taxa poderá ficar nesse nível com a menor pressão sobre os preços da gasolina e das mercadorias mais afetadas pela taxa de câmbio", afirma Reis. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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2- Crédito à exportação começa a voltar

Aos poucos, as linhas de crédito comercial começam a voltar aos bancos. Ontem, o Banco do Brasil (BB) obteve US$ 10 mi de empréstimo para o comércio exterior, por 180 dias, de um banco espanhol. As taxas de juros ainda não cederam, segundo o diretor da área internacional do BB, Osanan Lima Barros. "As taxas só vão ceder quando os volumes de crédito aumentarem no mercado", disse Airton Villafranca, diretor da área internacional do Banco Santander. Mesmo assim, a retomada total das linhas de financiamento só deve ocorrer a partir da próxima semana. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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3- Projeções das taxas de juros futuros caem

As projeções das taxas de juros futuros também cederam. Entre os contratos mais negociados na BM&F, os juros para setembro passaram de 18,40% para 18,30% ao ano. A taxa para outubro saiu de 19,63% para 18,91%. Os juros para janeiro de 2003 passaram de 23,81% para 21,93% ao ano. (Gazeta Mercantil - 09.08.2002)

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4- Dólar comercial abre em alta de 2,3%, a R$ 2,9770

Depois de registrar baixa ontem, por conta do anúncio do acordo de US$ 30 bi fechado com o FMI, o dólar comercial voltou a abrir em alta. A divisa começou as negociações com forte avanço de 2,3% perante o fechamento de ontem, cotada a R$ 2,9670 na compra e a R$ 2,9770 na venda. No mercado futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham alta de 2,13%, projetando a moeda a R$ 2,970. Ontem, o dia foi de muito alívio. As cotações do dólar comercial operaram para baixo durante todo o dia. A moeda perdeu 3,48%, a R$ 2,9050 na compra e R$ 2,9100 na venda. Na mínima do dia, o comercial atingiu R$ 2,8520. (Valor Online - 09.08.2002)

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internacional

1- Califórnia pode ter novos acordos de energia

A Califórnia está em processo de acordo com cinco companhias de energia que vêm requisitando a renegociação de bilhões de dólares acordados em contratos assinados durante o período de maior crise e conturbações no Estado, disse um juiz da Comissão Federal de Regulação de Energia (FERC). Estes acordos propostos anseiam rescrever alguns dos contratos de abastecimento de energia de longo prazo com duração de até 20 anos. Depois de sofrer com seguidos blackouts e com a falência de sua maior "utility", a Califórnia assinou contratos de abastecimento de energia de longo prazo de até US$ 43 bi no ano passado. O Estado reclama que os mesmos foram supervalorizados em até US$ 21 bi já que alguns desses contratos foram acordados com preços de até US$ 249 por Megawatt/hora, valor incrivelmente maior do que os US$ 30 observados em média no mercado. Além daWilliams Companies, que anunciou publicamente seus planos de rearrumação, outras companhias estão em negociação com a Califórnia tais como a Dynegy, a El paso e a Morgan Stanley. (New York Times - 08.08.02)

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2- Com venda de ativos florestais, a Shell fortalecerá negócio energético no Chile

Depois de um exaustivo e profundo processo de análise, o Grupo Royal Dutch Shell considerou que a atividade florestal não se enquadra entre seus principais negócios estratégicos e que, por isso, focalizará seus investimentos e desenvolvimento em energias renováveis nos setores de energias solar e eólica, tanto no Chile como no restante da América Latina, "onde recentemente concretizou empreendimentos e aquisições de grande porte". Em sua decisão, o grupo Shell estimou que suas operações florestais na América Latina representariam uma plataforma de crescimento e desenvolvimento mais sólida nas companhias para as quais o negócio florestal realmente seja estratégico, e onde se "aproveite o grande potencial humano, operativo e técnico que dispõe". Dada esta situação, a companhia, através de sua divisão de Energias Renováveis (Shell International Renewables), iniciou o processo de busca de interessados para repassar a totalidade das ações que possui no negócio florestal na América Latina. (Estratégia - 08.08.02)

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3- Enersis pretende colocar bônus de até US$ 800 mi

Dentro do programa de reestruturação de passivos da Enersis, controlada pela Endesa España, durante este ano, a companhia poderia colocar bônus de até US$ 800 mi, com a finalidade de saldar parte dos passivos da holding. Deste montante, US$ 200 mi seriam emitidos primeiro. Não há ainda uma data definida para a transação. Juan Ignacio Domínguez, gerente geral adjunto da Enersis, assegurou que a totalidade das dívidas da companhia e de suas filiais estão em dia. Disse ainda que hoje em dia as empresas não quebram por insolvência, mas por liquidez, e garantiu que a Enersis pode negociar com sua casa matriz um seguro de liquidez de até US$ 150 mi. Desta maneira, a companhia pretende que a estrutura da dívida final fique entre 20% e 25% da dívida no curto prazo e entre 75% e 80% da dívida no longo prazo. Rebatendo algumas especulações que vêm questionando a qualidade de operação da Enersis bem como a legalidade e situação de seus demonstrativos contábeis, Domínguez colocou que "uma empresa elétrica que possui ativos físicos, sólidos e concretos, como são as centrais hidrelétricas, termelétricas, entre outras, não pode estar em condição de precariedade". (Estratégia - 08.08.02)

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4- Companhia dinamarquesa está para construir parque eólico em um antigo sítio nuclear na Estônia

Um parque eólico está para ser construído no lugar de um reator militar de pesquisa já desativado e de uma base submarina situados em Paldiski na Estônia, perto de Tallin. A companhia dinamarquesa World Wide Wind fechou um contrato de US$ 65,6 mil com o governo estoniano pela instalação de 24 turbinas de vento no local, que já está sendo descontaminado e colocado em ordem. Um porta-voz da companhia disse que a existência de conexões de rede em Paldiski facilitará a colocação e o funcionamento dos moinhos de vento. O parque está sendo financiado pelo governo da Dinamarca sobre um acordo comercial de dióxido de carbono com a Estônia. O acordo tem o objetivo de ajudar a Holanda a contrabalançar sua emissão de CO2. (Platts - 08.08.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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