Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 933 - 08 de agosto de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- Mais um entrave à reposição das perdas

Mais um entrave surgiu no andamento do acordo para reposição das perdas do racionamento, fechado em dezembro de 2001 entre governo e o setor elétrico. A homologação dos valores envolvidos só será concluída quando houver uma definição para a questão da mudança de critérios para enquadramento dos clientes das distribuidoras na categoria baixa renda. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, enquanto não houver uma definição sobre a vinculação entre essa mudança de critérios e a reposição das perdas, a homologação não ocorrerá. A reposição das perdas está prevista na lei n10.438, que também abrange a mudança de critérios. Mas, contra este último, as distribuidoras conseguiram liminar na Justiça, alegando que a medida provocaria desequilíbrio econômico-financeiro às concessões. A Aneel, por sua vez, recorreu ao STF contra a liminar. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


2- Projeto proíbe cobrança de taxa de religação

A Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias aprovou substitutivo ao projeto de lei 345/99 do deputado Wilson Santos (PSDB-MT), que proíbe a cobrança de taxas de religação nos serviços de energia elétrica, água e saneamento para a população de baixa renda. A taxa só poderia ser cobrada se a interrupção fosse solicitada pelo próprio consumidor. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


3- Suspenso seguro-apagão da RGE

O juiz da Vara Federal de Bento Gonçalves, Marcelo Krás Borges, determinou à concessionária Rio Grande Energia (RGE) que deixe de cobrar os encargos de capacidade emergencial de aquisição de energia elétrica e de energia livre adquirida no MAE, o seguro-apagão. A decisão atende pedido do Ministério Público Federal e vale para todos os consumidores (residenciais, rurais, industriais, comerciais, de serviços) dos municípios de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Cotiporã, Dois Lajeados, Fagundes Varela, Guabiju, Garibaldi, Monte Belo, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Prata, Paraí, Santa Teresa, São Jorge, São Valentim do Sul, Serafina Corrêa, Veranópolis, Vista Alegre do Prata e Vila Flores. A RGE também não deverá repassar os encargos de capacidade emergencial e de aquisição de energia elétrica emergencial à CBEE. A determinação deverá constar em destaque nas contas, bem como o número do processo e a vara judicial em que tramita. (Correio do Povo - 08.08.2002)

Índice


4- Prefeitos pressionam aprovação de contribuição para iluminação pública

Membros da Frente Nacional de Prefeitos, que reúne cerca de 120 prefeitos das principais cidades metropolitanas do país, reuniram-se na manhã desta quarta-feira, dia 7 de agosto, para discutir uma estratégia de mobilização capaz de sensibilizar os deputados a aprovarem a Proposta de Emenda à Constituição 504/02, que cria a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). De acordo com a Confederção Nacional dos Municípios, a taxa de iluminação pública já é cobrada por duas mil cidades e o montante arrecadado representa de 3% a 5% dos orçamentos locais. Para os prefeitos, a PEC atende a uma antiga reivindicação. A Comissão Especial que aprecia a proposta para o custeio do serviço de iluminação pública se reuniu na tarde desta quarta-feira para definir o roteiro dos trabalhos. O presidente da Câmara, Aécio Neves, declarou ontem que poderá pautar a proposta dos municípios até o fim do ano. (Canal Energia - 08.08.2002)

Índice


5- Número de outorgas emitidas em agosto pela Aneel já chega a quatro

Ao longo do mês de agosto, a Aneel emitiu quatro outorgas para empreendimentos de geração com potência instalada de 89 MW e investimentos previstos de R$ 142,2 mi. Em julho, o órgão regulador concedeu um total de 14 outorgas para a construção de usinas. Segundo os dados da agência, os empreendimentos que receberam aval no mês passado totalizam cerca de 256 MW de capacidade instalada e demandam investimentos de aproximadamente R$ 309,9 mi. Desde o início do ano, já foram expedidas 215 concessões, autorizações, registros e ampliações - 48 para PCHs; 149, para termelétricas; e 18 eólicas. A capacidade instalada total autorizada pela Aneel este ano já chega a 6 mil MW, ao passo que os investimentos para a implantação de todos os projetos passam ultrapassam a soma de R$ 8 bi. (Canal Energia - 08.08.2002)

Índice

 

risco e racionamento

 

1- Volume armazenado atinge 72,28% no Norte

A região Norte foi a que registrou a maior queda nos níveis dos reservatórios. Hoje, o volume armazenado atinge 72,28%, o que significa uma queda de 0,89% em comparação com o dia anterior. Na usina de Tucuruí, o índice é de 75,51%. (Canal Energia - 07.08.2002)

Índice


2- Nível de armazenamento de Sobradinho atinge 37,49%

Os níveis dos reservatórios na Região Nordeste caíram 0,58%, chegando a 47,97%. Em relação à curva-guia superior, o volume está 19,13% acima do previsto. Na hidrelétrica de Sobradinho, o índice é de 37,49%. (Canal Energia - 07.08.2002)

Índice


3- Região Sudeste/Centro-Oeste atinge 61,12% da capacidade de armazenamento

A capacidade de armazenamento na região Sudeste/Centro-Oeste atinge 61,12%, o que representa uma queda de 0,26% em um dia. Quanto à curva-guia superior, o volume está 23,67% acima do estabelecido. Nas usinas de Furnas e Marimbondo, o índice é de 75,26% e 59,43%. (Canal Energia - 07.08.2002)

Índice


4- Região Sul registra aumento nos níveis dos reservatórios

A região Sul foi a única a registrar aumento nos níveis dos reservatórios (1,66%). Atualmente, a capacidade de armazenamento atinge 59,43%. Nas hidrelétricas de G.B. Munhoz e Segredo, o índice é de 54,29% e 50,86%. (Canal Energia - 07.08.2002)

Índice


5- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice

 

empresas

1- Distribuidoras podem perder ajuda do BNDES

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, vai solicitar um parecer jurídico para saber se as 32 distribuidoras de energia elétrica que contestam na Justiça os critérios para a definição do consumidor de baixa renda têm direito aos benefícios do acordo geral do setor elétrico. O principal benefício deste acordo é o financiamento do BNDES para reduzir as perdas com o racionamento de energia. Esse financiamento vem sendo pago pelo consumidor por intermédio de um adicional na conta mensal, caracterizado de seguro-apagão. Segundo o ministro, o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), relator da MP do setor elétrico no Congresso, informou que pretende entrar com representação na Aneel para impedir que as distribuidoras que conseguiram a liminar contra os critérios para a definição do consumidor de baixa renda continuem tendo direito ao financiamento do BNDES. A lei aprovada no Congresso unificou em 80 KW por mês o limite de consumo para definir o consumidor de baixa renda. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, explicou que a homologação do acordo geral do setor elétrico será feita somente depois da decisão sobre a representação encaminhada por Aleluia. Sem a homologação, as empresas não podem receber a segunda parcela do financiamento do BNDES para cobrir as perdas com o racionamento de energia, uma vez que os valores da recomposição tarifária de cada empresa serão determinados pela Aneel. Segundo Abdo, a decisão sobre o assunto deve ser tomada antes do dia 31, data prevista na lei do setor elétrico como prazo limite para a homologação. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


2- Cemig obtém o 1º lugar no setor elétrico

O Prêmio Nacional de Conservação de Energia Elétrica foi entregue ontem, em Brasília, pelo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide; o presidente da Petrobras, Francisco Gros; o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho; e pelo presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira, entre outras autoridades. Na categoria empresas do setor energético, o primeiro lugar ficou com a Cemig. A premiação, segundo o gerente de Utilização de Energia da Cemig, Antônio Marcos Ferreira, é um reconhecimento pelos 15 projetos de eficientização energética que a companhia vem conduzindo. Os projetos, que exigiram investimentos de R$ 8 mi, também tiraram do horário de ponta - o período de maior consumo de energia, entre 18 e 20 horas - uma demanda de 474 MW.As ações adotadas pela Cemig incluíram a doação de 100 mil lâmpadas eficientes; investimentos em centros de pesquisas em universidades mineiras; a adoção de práticas de uso eficiente de eletricidade em 28 prédios públicos; a modulação da carga em panificadoras, por meio de incentivos à adoção de fornos com menor consumo; e o uso de energia solar em comunidades isoladas, entre outras.O presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho, afirmou que o dia era de festa no campo da eficiência energética, lembrando que o prêmio é uma iniciativa conjunta do Procel, Petrobras e CNI.Criado em 1985, o programa Procel, do Ministério de Minas e Energia, é executado pela Eletrobrás. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


3- Eletropaulo põe imóvel à venda

A AES Eletropaulo está acelerando a venda do imóvel na esquina da avenida das Nações Unidas com a Juscelino Kubistchek, um dos pontos mais caros da capital paulista. O preço mínimo do prédio, de R$ 175 mi, foi definido em reunião do conselho de administração na terça-feira. Com US$ 400 mi em dívidas vencendo neste mês, a Eletropaulo busca alternativas para se capitalizar. A distribuidora de energia negocia a venda do prédio, cuja área foi ampliada de 163 mil para 281 mil m² recentemente, com a Administração e Participações Walter Torre Jr. As obras do imóvel estão inacabadas e abandonadas desde 1994. Pelo projeto original seriam construídos uma torre de 23 andares e um anexo de três pavimentos. Na nova área cabem mais um shopping de 20 mil m² e um edifício do mesmo porte do já instalado. O prédio teve sua construção iniciada em 1991 e abrigaria a sede da Eletropaulo , então estatal no governo de Antônio Fleury Filho. Com a privatização da companhia, em 1997, a obra foi incluída como ativo no patrimônio da empresa. Desde então, a empresa não pôde negociar o terreno até que o enquadrasse nas normas da Operação Urbana Faria Lima. Mas a Eletropaulo fechou acordo com a prefeitura, onde desembolsou R$ 30 mi para receber a autorização para finalizar as obras. Além da alienação do imóvel, a empresa também negocia com os credores a reestruturação de sua dívida no curto prazo. O plano inclui a troca de empréstimo em dólar por reais e o pagamento à vista de 15% de uma dívida de US$ 150 mi e a rolagem do restante. (Valor Econômico - 08.08.2002)

Índice


4- Energia Paulista adia pagamento de debêntures

Os debenturistas da Energia Paulista Participações concordaram ontem com a proposta de adiamento, para agosto de 2003, de um pagamento de R$ 55,9 mi devidos pela empresa. A informação é do agente fiduciário da 1ª emissão de debêntures da Energia Paulista, a Planner. Segundo Arthur Figueiredo, diretor da Planner, com a decisão de ontem, as debêntures da 1ª emissão vão vencer junto com a 2ª emissão, num total de R$ 120 mi. (Valor Econômico - 08.08.2002)

Índice


5- Eletrobrás volta a contratar

Desde 1989 sem realizar concursos públicos para a contratação de funcionários, a Eletrobrás, holding estatal de energia elétrica, está incorporando 50 profissionais ao seu quadro a partir desta semana. O concurso foi realizado no primeiro semestre e concluído no fim de junho, prazo limite fixado pela legislação eleitoral para a contratação pelo setor público.A previsão inicial era de criar 100 vagas, abrangendo diversas áreas, inclusive no segmento comercial. Segundo dados que constam no seu balanço, a empresa tinha 663 funcionários no fim do ano passado e a contratação coincide com a recuperação parcial da influência da holding estatal de energia elétrica.Nos anos 90, a estatal viu suas funções se retraírem continuamente, após várias décadas de amplo predomínio no setor elétrico brasileiro. Cabia à Eletrobrás, por exemplo, as funções que hoje são exercidas pelo ONS, além de algumas atividades que foram extintas e não foram absorvidas por nenhuma outra instituição, como o planejamento de longo prazo do setor. O ONS é responsável pela coordenação do funcionamento de todo o sistema brasileiro.A aprovação da Lei 10.438, que regulamentou a Medida Provisória 14, ampliou o papel da Eletrobrás, atribuindo-lhe, por exemplo, a coordenação dos programas de energia alternativa, o Proinfa. A lei transferiu de Furnas para a própria Eletrobrás a atribuição de comercializar a energia de Itaipu. Essa usina binacional gera cerca de um quinto da energia elétrica consumida no Brasil e garantia à Furnas faturamento de R$ 5 bi por ano. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


 

financiamento

1- Energia velha pode ser indexada pelo IGP-M

O governo poderá fixar o IGP-M para corrigir os preços da energia elétrica das geradoras federais que será vendida em leilões a partir de setembro, a denominada "energia velha". A minuta de contrato colocada em discussão pública, em julho, previa o uso do IPC-A, preferido pela área econômica. Mas os contratos atuais, assinados entre distribuidoras e geradoras, prevêem a correção pelo IGP-M. Esse índice foi escolhido ainda em 1995 pelo Conselho Nacional de Desestatização, mas dois anos atrás passou a ser rejeitado pela área econômica do governo por estar pressionando a inflação. É que o IGP-M captava elevações de preços que nem sempre eram refletidos no IPC-A e refletia com mais ênfase os próprios aumentos de energia que são incluídos no cálculo do índice. A oportunidade de mudar a indexação apresentou-se agora, quando os volumes de energia dos contratos serão reduzidos em um quarto a cada ano e a energia liberada será vendida em leilões. (Estado de São Paulo - 08.08.2002)

Índice


2- BB vai operar leilões de energia da Cemig e Copel

O BB vai realizar os leilões de venda de energia da Cemig e da Copel, marcados para o próximo dia 20. O serviço foi oferecido às elétricas sem custos, já que a Copel e a Cemig são clientes do BB. O objetivo do banco é ser pioneiro no mercado de leilões de energia via internet, segundo Sérgio Augusto Kurovski, responsável pelo projeto. O leilão poderá ser acessado pelos internautas no dia 20 de agosto, nos sites das duas companhias elétricas. O horário ainda não foi definido. Segundo Kurovski, as empresas apresentarão seus lotes com preço fixo e os compradores poderão determinar a quantidade de blocos que têm interesse, a partir dos valores fixados. O BB deu o primeiro passo para garantir espaço no novo nicho quando fechou um acordo com o MAE para realizar os leilões de energia das geradoras federais, marcado para setembro. Disputavam o contrato a Bovespa, a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e a Central de Custódia e de Liqüidação Financeira de Títulos (Cetip). Kurovski afirma que o BB espera apenas a publicação do edital, prevista para amanhã, para finalizar as adaptações do equipamento e operar os leilões federais. (Valor Econômico - 08.08.2002)

Índice


3- Leilão de energia velha passa para 9 de setembro

Mudanças à vista no cronograma dos leilões de energia velha das geradoras estatais. Antes marcado para o próximo dia 30, o negócio tem uma nova data estabelecida pelo Governo: 9 de setembro. Amanhã, o Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE) publicará o edital de chamada dos leilões. O leilão das estatais Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


4- Leilões das estaduais serão base para a negociação das federais em setembro

As geradoras federais vão esperar pelos leilões de energia da Cemig e da Copel Geração para definir quanto, e a que preço, cada uma vai disponibilizar de montante para negociação. Os leilões das duas estatais estaduais está marcado para o próximo dia 20, e será o primeiro envolvendo a liberação de 25% dos contratos iniciais, a partir de 2003. Quanto ao volume, as empresas só deverão se posicionar oficialmente à Aneel no dia 21, prazo final para o envio das informações - coincidentemente, um dia após os leilões das geradoras estaduais. Entretanto, a fixação do preço mínimo de venda dos lotes e o encaminhamento aos órgãos gestores do setor podem acontecer somente no dia 9 de setembro, data do leilão das federais. (Canal Energia - 08.08.2002)

Índice


5- Furnas só vai posicionar preço em data próxima ao leilão

Furnas só deverá posicionar o preço de venda da sua energia na data mais próxima possível do dia leilão, confirma Celso Ferreira, diretor de Produção e Comercialização da empresa. Ele antecipa, no entanto, que a estatal não colocará toda a energia liberada no processo, deixando uma abertura para a garantia de um hedge de volume. Essa proteção, segundo ele, reduzirá o risco de a empresa ter que recorrer ao MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) para cobrir acordos. Temos que ter esse espaço para continuar atendendo nossos contratos, em casos como de paralisação de alguma usina ou por problemas de abastecimento", situa Ferreira. (Canal Energia - 08.08.2002)

Índice


6- Eletronorte também vai esperar para divulgar números

Assim como em Furnas, a Eletronorte também vai esperar pelo último momento para anunciar seus números, já balizados pelos resultados obtidos pela Cemig e Copel Geração. Um grupo técnico interno trabalha na formulação da estratégia de negócio da empresa. A empresa prevê uma forte interferência do primeiro leilão no que acontecerá dia 9 de setembro. "Ninguém sabe quem e quantos serão os compradores, e o apetite deles. Será um negócio (das estaduais) que servirá de parâmetro para o nosso", admite Jorge Palmeira, diretor de Produção e Comercialização da Eletronorte. Segundo ele, o redesenho de quatro para dois submercados será um dos fatores preponderantes para o acesso dos agentes às transações. (Canal Energia - 08.08.2002)

Índice


7- PT quer suspender leilões de energia e prorrogar contratos iniciais

O PT prorrogará os contratos iniciais da energia das geradoras por pelo menos 1 ano, no caso de um eventual governo Luis Inácio Lula da Silva. A proposta foi defendida na última terça-feira, dia 6 de agosto, pelo professor da USP Ildo Sauer, que trabalhou na concepção do programa de governo do partido para a área de energia, durante do Enercon, em São Paulo. Para ele, será um equívoco a realização de leilões de energia velha, destinados a conduzir o processo de liberação do mercado. "É uma estratégia errada de um modelo fracassado. Tentar leiloar 12,5% da energia firme em um ambiente altamente instável, quando o preço tanto pode ser muito alto ou muito baixo, é inviável", afirmou Sauer. Ele não informou, entretanto se manterá os negócios realizados nos primeiros negócios. (Canal Energia - 07.08.2002)

Índice


 

financiamento

1- FMI concede o maior crédito ao país

O Fundo Monetário Internacional fechou ontem o maior acordo já feito pela instituição com o Brasil. São US$ 30 bi de recursos adicionais para financiar as contas externas, dos quais US$ 6 bi serão liberados ainda este ano, em um programa "stand-by" de 15 meses. Em 1998, quando o Brasil recebeu um socorro de US$ 41,5 bi, apenas US$ 18 bi saíram do Fundo. Opiso das reservas cambiais líquidas foi novamente reduzido, desta vez de US$ 15 bi para US$ 5 bi, o que libera, em setembro, mais US$ 10 bi ara o Banco Central irrigar o mercado de câmbio no período de eleições. Onovo programa só será submetido à aprovação da direção executiva do FMI em setembro. Mas a diretoria do Fundo costuma referendar acordos que passaram pelo crivo de sua equipe técnica. Os termos do acordo foram comunicados por nota oficial do FMI e do Ministério da Fazenda e só hoje serão detalhados pelo governo brasileiro. (Valor - 08.08.2002)

Índice


2- Taxas de juros futuros fecham em baixa

As taxas de juros futuros fecharam em baixa na BM&F. Entre os contratos mais negociados, os juros para setembro passaram de 18,75% para 18,40% ao ano. A taxa projetada para outubro foi de 20,14% para 19,63% ao ano. Os juros janeiro de 2003 passaram de 24,69% para 23,81% ao ano. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


3- AEB revê previsão para a balança

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), reviu para cima suas projeções sobre o desempenho da balança comercial deste ano, com o superávit pulando dos US$ 4,1 bi, previstos anteriormente (em dezembro de 2001), para US$ 6,2 bi. A nova previsão, contudo, não chega a entusiasmar, pois resulta, essencialmente, da maior retração das importações. "A elevação projetada no saldo comercial é ótima para o balanço de pagamentos, mas péssima para o desenvolvimento econômico", observa José Augusto de Castro, diretor da AEB, referindo-se aos efeitos da recessão doméstica, que explicam os baixos níveis das compras externas brasileiras este ano. Pelas novas estimativas da AEB, as importações do País terão uma queda de 12,7% este ano, situando-se em US$ 48,5 bi, diante dos US$ 55,5 bi do ano anterior. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


4- Dólar comercial abre em queda de 3,84%, a R$ 2,8990

O dólar comercial abriu as operações em queda expressiva após o anúncio do acordo de US$ 30 bi fechado com o FMI. Logo nas primeiras negociações, a moeda caiu abaixo do patamar dos três reais. A divisa abriu com queda de 3,84% perante o fechamento de ontem, cotada a R$ 2,8890 na compra e a R$ 2,8990 na venda. No mercado futuro, os contratos de setembro negociados na BM & F tinham baixa de 4,07%, projetando a moeda a R$ 2,848. Ontem, a expectativa dos investidores brasileiros com o acordo envolvendo o governo brasileiro e o FMI fez o mercado cambial acelerar a trajetória de queda nas cotações da moeda. O dólar comercial encerrou com recuo de 3,05% frente ao fechamento de terça-feira na mínima do dia. Nos últimos negócios, a moeda era comprada a R$ 3,0100 e vendida a R$ 3,0150. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


 

gás e termoelétricas

1- Petrobras abre primeiro poço na Argentina

A Petrobras fez seu primeiro descobrimento de gás na Argentina e abriu as portas para tornar-se uma empresa integrada de petróleo no país, com atuação nas áreas de exploração, refino, distribuição e comercialização de combustíveis. A companhia brasileira anunciou ontem a perfuração de um dos quatro poços que possui na bacia de Neuquém, no sul da Argentina. A capacidade de produção do poço ainda está sendo avaliada, mas no primeiro dia de operação foram extraídos 82 m³ de petróleo condensado e 240 mil m³ de gás. A Petrobras adquiriu os 4 poços em entre 1998 e 2001, mas só obteve autorização do governo argentino para perfurar um. Agora, espera o sinal verde para iniciar a exploração dos outros três, com um investimento total de US$ 15 mi. O pedido de autorização foi apresentado há 19 meses. A empresa ampliou de forma considerável sua presença na Argentina desde a aquisição do direito de exploração dos quatro poços. Em dezembro do ano passado, conclui a troca de ativos com a espanhola Repsol-YPF, no valor de US$ 1 bi (US$ 500 mi de cada uma das empresas). A companhia brasileira saiu da operação com 700 postos de gasolina e a refinaria de Baía Blanca, que tem capacidade de produção de 30 mil barris de petróleo por dia. (Valor Econômico - 08.08.2002)

Índice


2- Venda da Perez Companc causa reação na Argentina

A compra da Perez Companc pela Petrobras provocou reação de parte do setor privado argentino, que receia a completa desnacionalização das empresas locais. Com o fim dos dez anos de regime de conversibilidade, nos quais um peso valia um dólar, as companhias nacionais passaram a ter de administrar pesadas dívidas em dólares. A venda da Perez Companc foi provocada principalmente pela dificuldade da empresa em pagar seu débito de US$ 1,95 bi, dos quais US$ 997 mi em títulos e US$ 950 mi com bancos. No primeiro semestre, a empresa havia anunciado a reestruturação de sua dívida, para evitar o default. A mesma situação é enfrentada por dezenas de empresas, que têm a maior parte de sua receita em pesos, moeda que se desvalorizou em 70% desde o mês de janeiro. Os empresários nacionais pressionam o governo para que tenha uma atuação mais decisiva na renegociação das dívidas em dólares do setor privado. A operação de compra do grupo argentino ainda tem de ser aprovada pelos organismos de defesa da concorrência da Argentina. O governo do país diz que vê com "dor " o fato de um dos principais grupos nacionais passar a mãos estrangeiras, mas afirma que atuará com imparcialidade na avaliação da transferência. A Petrobras espera que o processo esteja concluído até o mês de outubro. No momento, as duas empresas realizam um processo de auditoria, que definirá quais os ativos passarão a ser propriedade da Petrobras. (Valor Econômico - 08.08.2002)

Índice


3- Comgás registra aumento de vendas

Enquanto o consumo paulista de eletricidade caiu 12% no primeiro semestre do ano, o de gás natural cresceu 34% na comparação com o mesmo período de 2001. É o que mostram os dados da Comgás, responsável pela quase totalidade do produto distribuído no Estado. Entre janeiro e junho, a empresa, controlada pela BG do Brasil (ex-British Gas), vendeu cerca de 1,3 bilhão de metros cúbicos. O diretor de suprimentos e projetos de energia da Comgás, afirma que o incremento será maior a partir do segundo semestre. Em julho, a Comgás passou a computar venda diária adicional de 1,4 milhão de metros cúbicos para alimentar as duas turbinas que entraram em operação na usina de Nova Piratininga (SP). Antes disso, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), controlada pelo governo paulista, já possuía um contrato de 1 milhão de metros cúbicos diários com a Comgás. O crescimento natural do mercado e usina termelétrica sustentam chance de recorde em 2002. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


grandes consumidores

1- Pesquisa detecta uso eficiente de eletricidade

Cerca de 40% das grandes empresas brasileiras e 36% das pequenas e médias consomem menos energia elétrica hoje do que antes do racionamento de 2001. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pela CNI com 1.397 empresas de todo o País no segundo trimestre de 2002. Os resultados devem ser divulgados na próxima semana. Ainda de acordo com a sondagem, cerca de 37% das companhias de grande porte investiram em medidas permanentes de eficiência energética na produção, por meio da aquisição de aparelhos e equipamentos específicos. O setor industrial é responsável por quase 38% do consumo de energia no Brasil. (Gazeta Mercantil - 08.08.2002)

Índice


2- Light orienta panificadores

A eficientização energética das padarias é o tema principal do encontro "Panificador - Você é um parceiro de classe", patrocinado ontem pela Light, no auditório do Senai, na Tijuca. O evento, que se encerra hoje, reuniu cerca de 500 proprietários de panificadoras e profissionais do ramo. Recentemente as associações de panificadores procuraram a Light em busca de alternativas e soluções para os principais problemas enfrentados pelo segmento de panificação, relativos a aumento de custos e desperdício de energia. O encontro debate soluções para o setor, considerando que a energia elétrica representa entre 30% a 40% nos custos diretos de uma padaria. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice


3- Pesquisa da CNI mostra que empresas estão consumindo menos energia

Pesquisa feita no segundo trimestre pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com 1.397 estabelecimentos, revelou que 37% das grandes empresas investiram em medidas permanentes para economizar energia, principalmente com aquisição de aparelhos e equipamentos com maior eficiência energética. Quarenta por cento das grandes empresas e 36% das pequenas e médias estão consumindo menos energia por unidade produzida, em comparação com o período anterior ao racionamento de energia. A indústria consome 38% de toda a energia gasta no País, sendo 15% dos derivados de combustíveis e 43% da eletricidade. Na energia elétrica, metade do consumo industrial é para acionamento de motores. (Jornal do Commercio - 08.08.2002)

Índice

 

internacional

1- Autoridades federais investigam alegada corrupção por parte da Enron

A imprensa norte-americana revelou hoje que a unidade especial do Departamento da Justiça dos Estados Unidos está investigando subornos que a companhia teria efetuado a autoridades estrangeiras de modo a obter empresas que se encontravam para serem privatizadas sem ter que se submeter a uma competição justa. Segundo um relatório publicado pelo "Wall Street Journal", a Enron teria pago subornos a funcionários de governos estrangeiros de modo a conseguir contratos relativos a projetos de privatização de várias geradoras no estrangeiro, de modo a poder adquirir estas empresas a preços inferiores ao seu valor real de mercado. Caso as acusações venham a ser comprovadas, a Enron teria violado as leis relativas à Prática de Corrupção no Estrangeiro dos Estados Unidos, o que poderia auxiliar as autoridades federais a acusarem formalmente os antigos e atuais executivos da energética de crimes passíveis de pena de prisão. A Enron nega categoricamente ter alguma vez praticado subornos no exterior, afirmando que estas alegações são obra de "competidores ciumentos ou de oponentes políticos locais". (Diário Económico - 05.08.02)

Índice


2- Edison assina acordo para utilização de energia não renovável

A companhia italiana Edison assinou um acordo com a associação italiana de produtores de energia renovável, ou APER, para oferecer energia pura de pequenos produtores para clientes do mercado livre, disse a Edison nesta Quarta-feira. Sobre as regras do acordo firmado em três anos, a Edison venderá energia adquirida de pequenas plantas de energia de mais de 200 membros de associações para ajudar a cobrir a demanda por eletricidade de seus clientes do mercado livre de energia. O acordo exige uma venda inicial por parte da Edison de cerca de 500 mil kWh por ano. Espera-se um aumento deste número a medida que associados da APER produzam mais do que 2,5 bi KWh por ano, diz o relato, adicionando que o acordo é o primeiro passo em direção à situação almejada dentro de algum tempo tanto pela Edison quanto pela APER. A Edison é a Segunda maior companhia italiana nos setores de energia e gás natural. (Platts - 07.08.02)

Índice


3- Operador do Sistema da Califórnia diz que vai ignorar decisão da FERC

O operador do Sistema Independente da Califórnia disse nesta Quarta-feira que vai lutar contra uma ordem emitida no dia 17 de julho deste ano pela Comissão Federal de Regulação de Energia (FERC) direcionando o operador da rede elétrica à troca de cinco de seus atuais membros da comissão de diretores por diretores independentes. Reunida em Sacramento, a comissão aprovou por unanimidade a resolução que diz efetivamente que a empresa deve ignorar a ordem da FERC direcionada à nomeação de uma nova comissão de diretores no dia primeiro de janeiro próximo, com o objetivo, segundo a FERC, de representar de um modo mais geral seus acionistas. O voto dos diretores veio logo depois do ataque do governador da Califórnia, Gray Davis, direcionado à decisão tomada pela FERC considerando tal medida como "uma tomada de poder das redes elétricas do Estado", além de "beneficiar somente os fornecedores e comerciantes de energia" (Platts - 07.08.02)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor