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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 926 - 26 de julho de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Programa de revitalização do setor elétrico fica para o fim do ano

O Programa de Revitalização do Setor Elétrico será concluído somente no fim deste ano. Segundo o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, na próxima semana serão criados quatro grupos de trabalho, que cuidarão da elaboração das medidas ainda pendentes. Essas propostas fariam parte do relatório de progresso número 4 e seriam anunciadas na primeira semana de dezembro. Os grupos, organizados por temas, deverão elaborar medidas que sejam capazes de dar "sinais de alerta" em casos de risco de crise de abastecimento, que estabeleçam exigências de contratação futura de energia pelas concessionárias, que definam novos critérios para o estabelecimento das tarifas de transmissão de energia e que aperfeiçoem as regras de funcionamento do MAE. (Tribuna da Imprensa - 26.07.2002)

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2- Governo diverge sobre reajuste para baixa renda

Há divergências dentro do governo sobre a forma de ressarcimento para as distribuidoras de energia por causa do aumento do número de consumidores de baixa renda -que pagam tarifas menores. A Aneel e o Ministério de Minas e Energia defendem que sejam usados recursos de algum fundo ou do Tesouro. Já parte da equipe econômica seria favorável a um novo reajuste de tarifas. Para cobrir a perda de receita das distribuidoras, o Tesouro teria um custo extra de cerca de R$ 40 mi por mês. Caso a escolha do governo seja por reajuste de tarifas, o aumento médio deveria ficar entre 2% e 3%, sendo que no Nordeste, onde há mais consumidores de baixa renda, o percentual seria maior -entre 7% e 11%. (O Estado de São Paulo - 26.07.2002)

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3- Aneel realiza audiência pública para anunciar convênio com Agepan

Hoje, dia 26 de julho, será anunciado, por meio de audiência pública, o convênio de descentralização de atividades feito entre a Aneel e a Agência Estadual de Regulação de Serviços de Mato Grosso do Sul (Agepan). O objetivo é apresentar o convênio aos consumidores das regiões que serão atendidos. Depois Mato Grosso do Sul, a Aneel fechará convênio com a Agência Estadual de Energia da Paraíba (Ageel). A assinatura está prevista para acontecer na próxima quarta-feira, dia 31 de agosto. No ínicio do próximo mês, também está previsto a assinatura do convênio com a Agência Reguladora de serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam). A agência reguladora já fechou contrato deste tipo com dez estados do país - São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, rio Grande do Norte, Pará, Mato Grsso, Pernambuco, Alagoas e Goiás. A idéia dos acordos é delegar às agências estaduais as atividades de fiscalização dos serviços de energia e de atendimento aos consumidores. Além disso, os convênios prevêem a mediação de eventuais conflitos entre as concessionárias e seus clientes. (Canal Energia - 25.07.2002)

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4- Audiência pública discute critérios de recursos para programas de eficiência energética

A partir desta quinta-feira, dia 25 de julho, a Aneel realiza audiência pública para discutir os critérios de recursos das distribuidoras em programas de eficiência energética. De acordo com a atual legislação, todas das empresas de energia devem aplicar 0,5% de sua receita operacional líquida nestes programas. A proposta propõe a manutenção do percentiual mínimo previsto em lei para os investimentos em eficientização, porém prevê a obrigatoriedade de as distribuidoras realizarem audiência pública para apresentar o programa. As sugestões e contribuições poderão ser feitas até o dia 9 de agosto. Após esta data, a Aneel fará uma análise do material enviado pelos interessados e publicará resolução definitiva sobre o tema, que virá acompanhado do Manual do Programa de Eficiência Energética. Segundo a Aneel, o manual definirá o formato e a metodologia de avaliação técnica e econômica dos projetos. (Canal Energia - 25.07.2002)

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5- Abinee defende tarifa diferenciada para residências e comércio

A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) engajou-se na defesa da adoção, pelas distribuidoras de energia elétrica, de tarifas diferenciadas no horário de pico para os consumidores de baixa tensão (residenciais e comerciais), a exemplo do que já ocorre com as indústrias.A iniciativa, que proporcionaria ao País o benefício de uma desconcentração do consumo no horário de ponta - o período crítico do uso de energia que, em São Paulo, ocorre entre 17 e 20 horas -, reduzindo o risco de eventuais sobrecargas, tem, para os fabricantes de medidores de consumo abrigados sob a Abinee, a missão especial de reativar as vendas dos equipamentos, que estão em queda livre. Para o consumidor, o benefício seria a possibilidade de utilizar mais energia, agregando maior nível de conforto no consumo cotidiano, pagando menos por isso.(Jornal do Commercio - 26.07.2002)

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6- Pesquisa revela que consumidor é a favor da tarifa diferenciada em horário de pico

A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) anunciou nesta quinta-feira, dia 25 de julho, os resultados de uma pesquisa realizada pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais após o fim do racionamento, entre os meses de abril e maio. O principal resultado da enquete aponta para uma forte mudança cultural quanto ao uso de energia elétrica. De acordo com os dados recolhidos, 62% dos entrevistados se mostraram favoráveis à proposta da tarifa diferenciada para consumidores de baixa tensão, apesar da falta de divulgação sobre as características dessa modalidade tarifária. Utilizada nos países desenvolvidos, a tarifa diferenciada poderá ser implementada no Brasil após a revisão tarifária das distribuidoras prevista para 2003. O seu emprego possibilitaria a alteração do preço da energia elétrica nos horários de pico, em que o MWh ficaria mais caro, e nas horas de menor demanda por carga, quando o valor cobrado seria reduzido. (Canal Energia - 25.07.2002)

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7- Distribuidoras testam cobrança de energia diferenciada por horário

A cobrança de tarifas diferenciadas de energia elétrica dentro e fora do horário de maior consumo poderia reduzir as contas de luz em até 4%. O levantamento foi feito pela Abinee (associação das indústrias eletroeletrônicas), baseado em testes realizados pelas distribuidoras de energia com aproximadamente 100 mil consumidores no país. Algumas empresas, como a Copel (distribuidora do Paraná), optam por cobrar tarifas até 200% mais caras no horário de pico (das 18h às 21h) e 40% mais baratas no resto do dia. Apesar da diferença, 96% dos consumidores incluídos no teste conseguiram diminuir o valor da conta de luz. (Notícias Populares - 26.07.2002)

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risco e racionamento

1- Governo volta a negar risco de racionamento

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, descartou qualquer possibilidade de racionamento de energia em 2004, como foi previsto na semana passada por integrantes da Abradee. Segundo o ministro, o risco de racionamento é medido com base na previsão de mercado e nos dados da energia assegurada. Gomide disse que há dois erros no raciocínio de quem prevê crise para 2004. O primeiro é considerar que o Produto Interno Bruto (PIB) cresce 6%. O segundo erro, segundo o ministro, está na previsão de crescimento de 1,5 ponto percentual de consumo de energia para cada ponto percentual de crescimento do PIB. O programa de revitalização do setor elétrico será concluído somente no fim deste ano. Segundo o ministro, na próxima semana serão criados quatro grupos de trabalho que cuidarão da elaboração das medidas ainda pendentes. Essas propostas fariam parte do relatório de progresso número 4 e seriam anunciadas na primeira semana de dezembro. Os grupos, organizados por temas, deverão elaborar medidas que sejam capazes de dar sinais de alerta em casos de risco de crise de abastecimento, que estabeleçam exigências de contratação futura de energia pelas concessionárias, que definam novos critérios para o estabelecimento das tarifas de transmissão de energia e que aperfeiçoem as regras de funcionamento do MAE. O relatório de progresso número 4, segundo o ministro, será encaminhado ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) como recomendação de políticas e de instrumentos legais para o setor de energia. (Jornal do Commercio - 26.07.2002)

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2- Consumo recua 12% em São Paulo

O consumo de eletricidade no Estado de São Paulo - região que representa 31% do mercado nacional - recuou 12% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2001. Os dados constam do último boletim Conjuntura Energia, publicado mensalmente pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo e divulgado ontem. De acordo com o estudo, simultaneamente a capacidade instalada na região para produção de energia elétrica aumentou 1,5%, ou 210 MW. Esta é maior retração do mercado observada desde, pelo menos, a década de 70. No total, o volume absorvido por residências, comércio e indústria foi inferior ao verificado em 1998. No primeiro semestre de 2002 foi de 43.148 GWh. No primeiro semestre de 1998 foi de 45.274 GWh. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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3- Região Sul registrou o maior índice de queda

A região Sul foi a que registrou o maior índice de queda nos níveis dos reservatórios (1,21%). Atualmente, os níveis dos reservatórios atingem 54,46%. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o índice é de 43,91%. (Canal Energia - 26.07.2002)

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4- Níveis dos reservatórios chegam a 62,62% na região Sudeste/Cento-Oeste

Ao contrário da região Sul, a região Sudeste/Cento-Oeste teve a menor variação no volume armazenado, com índice de queda de 0,16% em comparação com o dia anterior. Os níveis dos reservatórios chegam a 62,62%, ficando 22,65% acima da curva-guia superior prevista. Nas usinas de Ilha Solteira e Itumbiara, o índice é de 63,47% e 82,57%, respectivamente. (Canal Energia - 26.07.2002)

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5- Capacidade de armazenamento caiu 0,55% no Nordeste

Na região Nordeste, a capacidade de armazenamento caiu 0,55%, chegando a 50,66%. Em relação a curva-guia superior, o volume está 19,31% acima do previsto. Na hidrelétrica de Sobradinho, o índice é de 40,77%. (Canal Energia - 26.07.2002)

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6- Região Norte tem queda de 0,75% no nível dos reservatórios

O nível dos reservatórios na região Norte caiu 0,75% em comparação com o dia anterior. Hoje, o volume armazenado atinge 80,1%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 82,57%. (Canal Energia - 26.07.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletropaulo renegocia dívida de US$ 700 mi

A Eletropaulo negocia com credores o alongamento do prazo das dívidas que vencem no 2 semestre de 2002. Os débitos totalizam US$ 700 mi, diz Andréa Ruschmann, vice-presidente financeira da distribuidora de eletricidade, que atende à região metropolitana de São Paulo. Deste volume, US$ 400 mi vencem em agosto. As negociações "são recentes", diz a vice-presidente sem, no entanto, dizer quando começaram. E sucedem a uma série de tentativas mal-sucedidas, realizadas no primeiro semestre do ano para refinanciamento dos débitos. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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2- AES Corporation anuncia que não pretende investir mais na Eletropaulo

O presidente da AES Corporation, Paul Hanrahan, anunciou nesta quinta-feira, dia 25 de julho, que a empresa que controla a Eletropaulo não pretende destinar mais recursos aos negócios da companhia no país, "dado o incerto ambiente regulatório no Brasil". Em um comunicado divulgando os resultados financeiros da multinacional americana no segundo trimestre de 2002, Hanrahan diz que o Brasil precisa de reformas no mercado e que enquanto essas mudanças não forem implementadas não investirá no setor elétrico brasileiro, mesmo que isso traga riscos para os atuais investimentos. "Nosso compromisso com os credores e parceiros da AES exige esta posição", declara no comunicado. Segundo Hanrahan, a AES não é obrigada a auxiliar financeiramente a Eletropaulo nem a fazer qualquer investimento no Brasil. Além da Eletropaulo, a empresa atua no país através da AES Tietê, AES Sul, Termelétrica de Uruguaiana, além de ter dois projetos de usinas termelétricas. (Canal Energia - 25.07.2002)

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3- Eletropaulo deve receber US$ 330 mi do BNDES

A vice-presidente da AES Eletropaulo, Andrea Ruschmann, disse que a empresa deve receber cerca de US$ 330 milhões do BNDES, referentes às perdas de receitas ocorridas no período do racionamento. Segundo ela, a liberação dos recursos ocorrerá em duas parcelas. A primeira, e maior, está prevista para meados de agosto, de acordo com a executiva. Todos os recursos vindos do BNDES serão utilizados pela companhia para pagar as dívidas que vencem neste ano. (O Estado de São Paulo - 26.07.2002)

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4- Standard & Poor's rebaixa notas de crédito da Eletropaulo

Ontem, as negociações com os credores foram comunicadas à Bovespa. Pouco depois, a agência de classificação de riscos Standard & Poor's rebaixou as notas de crédito corporativo da companhia de B - que significa nível razoável de risco - para CCC (ou grande risco de inadimplência). As debêntures emitidas pela empresa, de R$ 700 mi, também foram incluídas na categoria CCC. No final do dia, o lote de mil ações PN foi negociado na Bovespa a R$ 33,90, uma queda de 5,57% em relação ao dia anterior. "Já há algum tempo, a Eletropaulo tentava montar operações para refinanciamento das dívidas", explica Reginaldo Takara, diretor de "ratings" corporativos da Standard & Poors. "Mas, uma a uma, elas foram sendo abortadas", conclui. Segundo ele, se as atuais negociações não forem bem-sucedidas, "a única saída será a inadimplência". (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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5- El Paso mantém compromissos no Brasil

A norte-americana El Paso informou, por meio de nota à imprensa, que "continua comprometida com seus negócios no Brasil", apesar das investigações sobre supostas irregularidades contábeis que estão sendo conduzidas nos Estados Unidos. Os executivos da empresa evitaram comentar diretamente o assunto. A El Paso está sendo acusada por um acionista, Oscar S. Wyatt Jr., ex-presidente da Coastal, absorvida pela companhia, de utilizar parcerias para manter dívidas fora de seus balanços. Na nota, a empresa destacou que "está cooperando com as investigações de suas operações de comercialização de gás nos Estados Unidos e que não foi encontrada qualquer evidência de mau procedimento". (O Estado de São Paulo - 26.07.2002)

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6- Energipar quer adiar resgate

A Energipar, holding que detém fatia minoritária da AES Tietê (de 9,57%), vai propor o pagamento de prêmio de 7% em dinheiro sobre o valor de mercado de R$ 55,9 milhões em debêntures que vencem em 16 de agosto. O plano prevê que os debenturistas aceitem, em troca, o adiamento da liquidação dos títulos para o ano que vem. Se houver adesão, a empresa terá um desembolso imediato de quase R$ 4 milhões. A assembléia será realizada no dia 2. Segundo o diretor da Planner Corretora de Valores - instituição contratada como agente fiduciário da operação -, Arthur Figueiredo, os debenturistas também vão avaliar a proposta de a emissora pagar os títulos com ações da AES Tietê, caso a empresa não tenha caixa para quitar a obrigação no vencimento. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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7- RS vai receber 30% dos investimentos da Eletrosul

O Rio Grande do Sul receberá 30% do total de recursos que serão investidos pela Eletrosul neste ano. No Estado, a companhia vai colocar em operação, no dia 30 de novembro, o segundo banco de transformadores de potência da subestação de Santo Ângelo. A unidade opera com um banco de 672 Mva (Megavolt-ampère), que trabalha com utilização da capacidade entre 500 e 600 Mva, disse o gerente regional de transmissão da Eletrosul no Estado, Jorge Paglioli Jobim. Com a ampliação, além de atender com maior confiabilidade a demanda na região noroeste do Rio Grande do Sul, que surpreendeu ao utilizar a maior parte da disponibilidade existente, haverá maior flexibilidade operacional, explicou Jobim. (O Estado de São Paulo - 26.07.2002)

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8- APMPE elege nova diretoria

A Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) elegeu anteontem, durante assembléia geral em Brasília, sua nova diretoria para os próximos dois anos. O novo presidente da entidade é Ricardo Pigatto, da Hidrotérmica , um dos fundadores da associação e que ocupava a vice-presidência. Em seu lugar assumiram Paulo Celso Lage, da Eletroriver, e José Antunes Sobrinho, da Desenvix. Os novos diretores são Cícero Machado, do DME de Poços de Caldas, Carlos Basilio, da Brascan, Henri Bagüenier, da SIIF (EDF), e James Monteiro Mattos, da Guascor. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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9- Chesf conclui projeto que aumenta confiabilidade de linha de transmissão e subestação

A Chesf concluiu a energização e o seccionamento da linha de transmissão Angelim-Recife II, aumentando a confiabilidade e melhorando o índice de continuidade do suprimento de energia elétrica das regiões do Agreste, Litoral Sul e da Zona da Mata Sul de Pernambuco. A empresa também instalou um segundo transformador de 230/69 kV-100 MVA na subestação de Ribeirão, ampliando a capacidade para 200 MVA a sua capacidade. A modernização das unidades, que evitará cortes de carga em mais de dez municípios, demandou investimentos de aproximadamente R$ 8 mi. As obras viabilizam a transferência de parte das cargas da subestação de Pirapama para a de Ribeirão, de acordo com a Chesf. Segundo a empresa, a instalação do transformador e o seccionamento de Angelim-Recife II irão permitir que, no caso de alguma falha no sistema, o abastecimento de energia possa ser redirecionado através da LT Angelim-Ribeirão ou da LT Ribeirão-Recife II. (Canal Energia - 25.07.2002)

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financiamento

1- MAE finalmente consegue fechar as contas

O MAE liberou ontem, finalmente, sua primeira contabilização. Os dados oficiais do mercado de curto prazo de eletricidade referem-se ao intervalo entre setembro de 2000, quando o MAE foi criado, e março de 2001. Nesse período, diz o superintendente do mercado, Lindolfo Paixão, foram negociados R$ 908,9 mi, que já vinham sendo provisionados pelas empresas de eletricidade. Ele estima que o volume negociado alcance R$ 13 bilhões entre setembro de 2000 e junho de 2002. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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2- Liminar da Eletrobrás sobre Itaipu é cassada

Não há mais nenhum impeditivo para que o MAE contabilize os contratos. A Justiça cassou, anteontem, a liminar obtida pela Eletrobrás sobre a energia da usina de Itaipu Binacional. A estatal federal disputa com as distribuidoras a propriedade da suposta energia excedente de Itaipu, diferença entre a produção real da usina e o montante vinculado a contratos de longo prazo. A Eletrobrás conseguiu a liminar em novembro de 2001 e paralisou a contabilização do MAE. Ironicamente, essa disputa envolve meros R$ 560 mil, apurados em outubro de 2000. Comenta-se que as simulações da Eletrobrás chegaram a R$ 150 mi. Nos demais meses, não foi constatada a existência de produção acima dos contratos da usina. Segundo Paixão, toda a energia adicional de Itaipu será contabilizada em favor das distribuidoras, mesmo sem o julgamento do mérito da ação. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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3- Agentes do setor apostam na normalização operacional do mercado atacadista

Alívio. Esta é a sensação que transparece no setor após as ações divulgadas nesta quinta-feira, dia 25 de janeiro, pelo presidente do conselho do MAE, Lindolfo Paixão. Além da divulgação do cronograma e dos primeiros valores da contabilização dos negócios, ele anunciou a cassação da liminar concedida à Eletrobrás em novembro passado, e que desde então impedia o andamento do processo.A retomada dos levantamentos contábeis desde 2000 e a conseqüente ativação da liquidação das transações entre os agentes garante o início do funcionamento real do mercado atacadista de energia, símbolo da fundação de um novo modelo para o setor elétrico brasileiro, mas que sofria com a instabilidade do setor. "Agora é questão de tempo para que o MAE tenha o seu processo operacional normalizado", afirma José Antônio Sorje, gerente de comercialização da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). (Canal Energia - 25.07.2002)

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4- Liquidação das transações do MAE depende de modelo tributário

A retomada da contabilização anunciada nesta quinta-feira, dia 25 de julho, ainda não é suficiente para o início do processo de liquidação das operações efetuadas no MAE. Os pagamentos pelos agentes dependem da definição do modelo de tributação para as transações comerciais naquele âmbito. De acordo com Lindolfo Paixão, presidente do conselho do MAE, o governo deve encaminhar na semana que vem uma Medida Provisória (MP) para apreciação do presidente da República, que especificará o que será passivo de arrecadação. Após a aprovação da MP, a Receita Federal deve emitir instrução normativa, que detalhará o formato da tributação da energia elétrica. A arrecadação, relativa ao PIS/Cofins, deve reter 3,69% de todo o montante negociado desde setembro de 2000. (Canal Energia - 25.07.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial salta 1,16% na abertura e atinge R$ 3,030

O dólar comercial abriu as operações com forte alta de 1,16% perante o fechamento recorde de ontem, cotado a R$ 3,020 na compra e a R$ 3,030 na venda. O mercado repercute a confirmação de que o candidato do governo à Presidência, José Serra, perdeu 2 pontos na última pesquisa Ibope. Ciro Gomes (PPS) subiu 4 pontos e está com 26%, contra 33% do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Em simulação para o segundo turno, Ciro vence Lula por 47% a 40%. Além disso, a sexta-feira é, tradicionalmente, um dia de pressão sobre a moeda, por parte de investidores que querem montar posições para passar o fim de semana. (Valor Online - 26.07.2002)

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2- Dívida pública chega a 58,6% do PIB

A dívida líquida do setor público consolidado atingiu R$ 750,258 bi em junho, passando de 55,9% para 58,6% do PIB, o maior valor da série histórica. Além de recorde, o valor ultrapassou a meta indicativa fixada no acordo com o FMI para o período. Esse resultado, porém, já era esperado pelo governo por causa da desvalorização cambial de 12,79% no mês. Isso afetou a parcela da dívida atrelada ao câmbio, que está em 33%. Do aumento de R$ 41,8 bi em relação a maio, R$ 41,3 bi são decorrentes de variação cambial. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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3- Juros para agosto passaram para 18,02%

Na BM&F, os juros para agosto passaram de 17,99% para 18,02% ao ano. A taxa para outubro saiu de 18,93% para 18,99%. Os juros para janeiro de 2003 foram de 22,19% para 22,38%. No mercado internacional, o C-Bond caiu 2,74% para US$ 0,577. O Global 40 recuou 2,36% para US$ 0,517. Segundo operadores, o BC recomprou alguns títulos no mercado. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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4- Ipea prevê recuperação "anêmica"

A recuperação "anêmica" da economia está levando o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a projeções mais pessimistas de emprego para o segundo semestre deste ano. Os economistas do órgão governamental, que desenvolvem estudos de conjuntura econômica periodicamente, apostavam em retomada do mercado de trabalho a partir de julho. Mas voltaram atrás: a estimativa agora, para o ano, passa de 6,6% para cerca de 6,9%. A revisão ganha reforço depois dos números do emprego divulgados ontem pelo IBGE, que informou uma taxa de desemprego média de 7,3% no primeiro semestre, 15% maior que a do mesmo período de 2001. Também foi confirmado mais um mês de queda na renda do trabalhador. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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5- IPCA-15 dobra em julho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), calculado entre 14 de junho e 12 de julho, dobrou em julho. A inflação alcançou 0,77%, contra 0,33% de junho. O IBGE informou que os reajustes concentraram-se em preços administrados e alimentos. As principais variações foram do gás de cozinha (7,94%) e telefone fixo (5,39%). (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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6- BC já admite estouro em meta de inflação

O Banco Central (BC) já admite que a inflação de 2002 pode ultrapassar o teto da meta estabelecida em conjunto com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A ata do Conselho de Política Monetária (Copom) do BC, referente à reunião da semana passada que decidiu pela queda da taxa Selic de 18,5% para 18% ao ano, cita que "os exercícios de simulação apontam para uma inflação acima de 5,5% em 2002". A ata do Copom também mostra que a diretoria do BC recentemente tem se mostrado mais preocupada com a instabilidade econômica que no passado. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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7- Risco-país sobe 2,9%

O risco-país, medido pelo índice Embi+ do JP Morgan, subiu 2,9% e estava em 1.751 pontos básicos. Apesar de ter fechado em alta, o risco reagiu bem à melhora do mercado internacional. O risco chegou a subir 7% no dia. O C-Bond caiu 1,04% para US$ 0,593. "A liquidez é restrita é o mercado de títulos continua seguindo Nova York", disse o diretor de mercados emergentes da Corretora Lopez Leon Brokers, Felipe Brandão. O Global 40 caiu 3,42% e era negociado a US$ 0,53. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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gás e termoelétricas

1- Brasil e Bolívia mais próximos de acordo

As distribuidoras de gás natural canalizado no Sul do País esperam boas notícias para aumentar a competitividade no mercado. No próximo mês, um grupo liderado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Gás Natural (Abegás) discute a diminuição do preço do insumo com a Câmara Boliviana Hidrocarburo, que reúne os produtores de gás naquele país. Em vez dos atuais US$ 3,4 por milhão de BTU (medida de poder calorífico), as distribuidoras pretendem pagar US$ 2,6 por milhão de BTU. O encontro foi marcado em junho, quando representantes das distribuidoras brasileiras e das federação das indústrias do Sul do País estiveram na Bolívia. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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2- MME reduz projeções sobre termelétricas

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, considera adequado que as usinas previstas no Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT) adicionem de oito mil a nove mil MW ao sistema, e não mais os 13.995 MW previstos pelo ONS em março deste ano. Para Gomide, um PPT em tamanho menor do não significa fracasso. "O governo não tem compromisso com os números que aparecem como contorno máximo para o PPT", afirmou. A principal discussão em relação às térmicas é sobre o subsídio ao gás natural, de R$ 500 mi por ano, que será dado com recursos da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide). Segundo Gomide, a idéia é de que as diretrizes para o subsídio ao gás estejam definidas antes do leilão da chamada "energia velha". Com isso, se uma empresa desistisse de um projeto, teria "apetite" para participar do leilão. (Gazeta Mercantil - 26.07.2002)

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3- Petrobras pode acelerar integração energética

A compra do controle da Perez Companc pela Petrobras poderia reativar projetos firmes que estavam sendo tocados por várias das empresas vinculadas à PeCom Energia. Desde janeiro, logo após a desvalorização, a "pesificação" e o congelamento das tarifas de serviços públicos, essas iniciativas foram arquivadas. Agora, atividades como a geração e a transmissão de energia elétrica e o transporte de gás adquirem outra dimensão. "A Petrobras poderia impulsioná-las para acelerar a integração energéticas entre a Argentina e o Brasil", admite um alto executivo de uma das companhias em que a PeCom tem ações. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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4- Concessão de gás natural ainda provoca polêmicas

Depois que a BR Distribuidora conquistou uma liminar na Justiça, terça-feira última, dia 23, o risco de cancelamento do contrato de concessão do gás natural canalizado no Espírito Santo - pertencente hoje à subsidiária da Petrobras - foi, temporariamente, afastado. A polêmica em torno do assunto, porém, ainda não foi encerrada. A decisão do corregedor de Justiça, Maurílio Almeida de Abreu, que foi favorável ao recurso da BR Distribuidora, está programada para sair hoje publicada no Diário Oficial do Estado. Enquanto isso, o presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz (PFL), ainda não decidiu se publicará ou não do decreto legislativo n 341/2002, que determinou o retorno da concessão ao governo. (Gazeta Mercantil - 25.07.2002)

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internacional

1- Siemens realiza lucro de US$ 719 mi no terceiro trimestre fiscal

A Siemens ganhou US$ 719 mi no seu terceiro trimestre fiscal, contrariando o prejuízo de US$ 699,16 mi do período homólogo. As vendas caíram 4% para os 20,5 bi. O grupo alemão alertou, entretanto, que os números do corrente trimestre deverão ser inferiores aos apresentados hoje. O EBIT da Siemens fixou-se no terceiro trimestre fiscal em US$ 884,61 mi, uma ligeira queda em relação ao trimestre anterior mas quase o dobro do registado no período homólogo. Este desempenho operacional foi particularmente alimentado pelas unidades de energia, médica, e automóvel, tendo contudo as encomendas caído neste período 20% para os 19,03 bi. As previsões dos analistas apontavam para um EBIT de US$ 628,75 mi, com vendas de 20,65 bi. O cash-flow dos últimos nove meses situou-se, por sua vez, nos US$ 3,18 bi. O mercado reagiu mal a estes números, com as ações do grupo alemão a acentuarem as perdas (-4,8%) para o nível mais baixo desde Outubro de 2001. O índice germânico Dax Xetra inverteu imediatamente os ganhos da abertura e perde quase 4%. (Diário Económico - 24.07.02)

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2- Lucro da Endesa sobe 11% mesmo com redução de US$ 372 mi devido às desvalorizações na Argentina e no Brasil

A companhia espanhola Endesa obteve um lucro líquido de US$ 830,07 mi durante o primeiro semestre do ano, 10,6% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Estes resultados incluem um montante de US$ 1,057 mi obtido com a venda de 87,5% do capital da Viesgo ao grupo italiano Enel. As seguintes desvalorizações do peso argentino e do real brasileiro tiveram um impacto na conta de resultados e no balanço de US$ 372 mi. A companhia informou ontem, dia 23, que sobre o corte de 1.386 empregados no primeiro semestre do ano, sendo que destes, 876 correspondem à antiga filial Viesgo, vendida à italiana Enel. Os resultado se viram influenciados pelas desvalorizações do peso argentino e do real brasileiro, pela obtenção de receitas com a venda de sua parte na firma Iberagua, além da venda de grande parte das ações da Viesgo. Na América Latina, a desvalorização do peso reduziu em US$ 138,84 mi os fundos próprios e outros US$ 132,89 mi foram aplicados aos resultados. Além disso, a desvalorização do real, que sofreu uma depreciação de 18%, reduziu as contas do grupo em US$ 100,16 mi. Deste montante, US$ 69,42 mi foram deduzidos dos fundos próprios por diferenças de cambio e o resto foram abatidos nos resultados do semestre. O grupo presidido por Manuel Pizarro reduziu seu endividamento em US$ 1,559,97 mi, atingindo agora US$ 23.434 mi. (El Pais - 24.07.02)

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3- Tractebel planeja construção de complexo de GNL por US$ 1 bi

A companhia de energia belga Tractebel está planejando construir uma planta de regasificação de GNL no porto de Lázaro Cárdenas no estado mexicano de Michoacan, disse a porta-voz da Tractebel, Paula Rockstroh. Paula afirmou que as primeiras etapas de avaliação sobre a possibilidade de uma instalação portuária de GNL já estão sendo feitas por órgão reguladores, pela presidência e pela própria companhia. Segundo especulações da imprensa local, os investimentos alcançariam US$ 1 bi, o que Rockstroh não pôde confirmar, já que depende de uma série de variáveis que incluem terreno, construção, e mão de obra. Segundo o diretor da autoridade portuária de Lázaro Cárdenas, Juan Paratore García, a Tractebel pretende investir US$ 500 mi em um complexo de regasificação de GNL no porto. A Tractebel também planeja construir uma planta elétrica de US$ 500 mi, o que se poderia concretizar no médio prezo, adicionou García. (Business News Americas - 24.07.02)

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4- Transelec anuncia projetos de US$ 218 mi

O sistema de transmissão chileno necessita de investimentos de cerca de US$ 640 mi, segundo informações do jornal local "El Mercurio". Deste montante, US$ 218 mi estão sendo encaminhados pela HQI Transelec, empresa transmissora chilena que domina o Sistema Interconectado Central (SIC) do país. O restante está em projetos como por exemplo a interconexão do SIC com o Sistema Interconectado do Norte Grande (SING) e a interconexão entre o SIC e o sistema argentino, assegura o informe do jornal chileno. Entre os investimentos da HQI Transelec, o mais caro (US$ 125 mi) recai sobre a construção do sistema de 500kV entre as subestações Charrúa (VIII Região) e Alto Jahuel (VI Região), informou uma porta-voz da Transelec. O projeto tem como objetivo transportar a energia gerada pela hidroelétrica Ralco, da geradora Endesa, a partir de 2004. (Business News Americas - 24.07.02)

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Ontem, dia 25.07.2002, o IFE não pode ser produzido e enviado aos seus assinantes devido à reparo na rede elétrica do campus da UFRJ. Pedimos desculpas pelo transtorno e agradeçemos a compreensão dos senhores.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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