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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 912 - 05 de julho de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Governo finaliza assinatura do acordo

O acordo geral do setor elétrico para reposição das perdas do racionamento está, finalmente, assinado - depois de um período de discussões mais longo que o próprio racionamento. A informação foi dada ontem, em tom de alívio, pelo diretor de infra-estrutura do BNDES, Octávio Castello Branco. Segundo um participante da operação, a adesão foi de 39 distribuidoras e 11 geradoras de eletricidade. "Tivemos uma adesão maciça, muito mais do que o suficiente", comemorou Castello Branco, sem informar números. A adesão integral contaria com 43 distribuidoras e 12 geradoras, diz ele. O prazo para assinatura do acordo terminou ontem, na sede da Aneel, em Brasília. As distribuidoras AES Sul, CEEE e a Cemar estão entre as ausentes. Mas, segundo Castello Branco, nenhuma empresa declarou formalmente ao governo a falta na assinatura. Segundo ele, "um ou outro agente pode assinar hoje. Quem não assinar, fica sem a recomposição tarifária extraordinária e sem o financiamento do BNDES". (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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2- BNDES deve liberar parcela dos R$ 7,5 bi para empresas

O acerto do Acordo Geral do Setor Elétrico abre espaço para que o BNDES libere mais um parcela do R$ 7,5 bi em empréstimo que fará às empresas para que antecipem receita que será coberta com o reajuste de 2,9% nas tarifas vigentes desde janeiro último.Octávio Castello Branco, diretor de infra-estrutura do BNDES, afirmou ontem que 55 agentes já assinaram os documentos, e que a assinatura do acordo geral normaliza as relações comerciais entre os agentes e abre caminho para o funcionamento do MAE. Segundo ele, a segunda parcela dos recursos do BNDES (em que incide Selic mais 1%) sairá na segunda quinzena de agosto. Assinado o acordo, a Aneel terá 15 dias para homologar os recursos que cabem à cada empresa e o período de vigência do reajuste de 2,9%. O acordo prevê empréstimo de até R$ 7,5 bi. Já foi desembolsado R$ 1,2 bi. A parcela de agosto deve fechar os valores relativos às perdas do ano passado. Uma 3a parcela será liberada quando os dados de janeiro e fevereiro deste ano forem fechados. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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3- Distribuidoras e geradoras começam a assinar o acordo

A formalização do Acordo Geral do Setor Elétrico prosseguirá hoje com o referendum dos documentos previstos na lei 10.438, de 26 de abril deste ano. A maioria das empresas já aderiu ao acordo. Todo o processo é resultado de um ano de trabalho criterioso envolvendo a AGU, a Aneel, o Ministério de Minas e Energia, o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento e o BNDES. O acordo normaliza as relações comerciais entre os agentes e abre o caminho para a efetiva revitalização do setor elétrico. A formalização do Acordo se dá a partir da assinatura de quatro tipos de documentos agentes do setor elétrico, resultando em um total de aproximadamente mil contratos. Os documentos assinados são: declaração de desistência e renúncia aos pleitos judiciais e extra-judiciais, futuros ou em curso, e ao pretenso direito em que se fundam esses pleitos; aditivo ao contrato inicial, que soluciona controvérsias nos contratos de compra de energia entre distribuidoras e geradoras; acordo de reembolso de energia livre, que estabelece o repasse de recursos pelas distribuidoras para as geradoras; e acordo de compra de sobras líquidas contratuais, que define as bases para compra de sobras líquidas de contrato até 31 de dezembro próximo. (Jornal do Commercio - 5.7.2002)

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4- Setor elétrico deve informar perda até dia 20

A Aneel estabeleceu prazo até dia 20 de julho para que as distribuidoras de energia elétrica que atuam nas regiões onde houve racionamento encaminharem o cálculo das perdas de faturamento contabilizadas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. A determinação consta de resolução da Aneel publicada hoje no Diário Oficial da União. A Aneel terá de homologar o cálculo das perdas das empresas registradas nesse dois meses até o dia 20 de agosto. Segundo a agência, as concessionárias já haviam encaminhado à Aneel o cálculo das perdas com o racionamento no período de junho a dezembro de 2001. O valor das perdas é necessário para que o BNDES libere parte do financiamento já autorizado pelo Governo e que totaliza R$ 7,5 bi. Deste total, já foram liberados R$ 1,2 bi. O financiamento será pago com a tarifa extra de 2,9% para as residências e 7,9% para a indústria, cobrada desde o início do ano. Após a homologação, será conhecida a perda global de cada distribuidora e será definido o período pelo qual cada empresa poderá cobrar a tarifa extra. (Agência Estado - 05.07.2002)

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5- Seguro-apagão é suspenso em Santa Catarina

O juiz da 4ª Vara Federal de Florianópolis, Paulo Henrique de Carvalho, concedeu liminar que suspende a cobrança do seguro-apagão em Santa Catarina. Carvalho considerou que a sobretarifa que está sendo cobrada desde março último nas contas de energia elétrica de cerca de 1,5 milhão de catarinenses, "não é contraprestação de serviço" e, por isso, "é ilegal e inconstitucional". "O que se pretende com a cobrança de encargos adicionais é angariar recursos para resolver problemas referentes a despesas públicas não relacionadas à prestação de serviços", disse o juiz. O não cumprimento da determinação judicial acarretará multa de R$ 25 mil por dia. (Agência JB - 05.07.2002)

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6- Eletrobrás e Eletrosul aceitam reajuste de 9,68%

A Eletrobrás informou ontem, por meio de sua assessoria, que a empresa e a Eletrosul aceitavam dar o reajuste de 9,68% que constava da pauta de reivindicações dos eletricitários em greve e que acreditava que o mesmo ocorreria nas demais empresas do grupo. Os trabalhadores informavam ontem à noite não ter recebido qualquer proposta neste sentido. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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7- Distribuidoras de luz querem novo reajuste extra

Apesar de já terem arcado com três reajustes extraordinários na tarifa de energia desde janeiro, os consumidores podem ter de bancar novo aumento extra. As distribuidoras já negociam com o governo possível reajuste para nova reposição de perdas. Agora, o motivo é a perda de receita que as empresas alegam que terão com o aumento do número de consumidores de baixa renda com a aprovação da lei 10.438. Pela lei, é considerado de baixa renda -e, portanto, sujeitos a tarifas mais baratas- quem consome menos de 80 kWh/mês. Antes, cada distribuidora definia o perfil do consumidor de baixa renda. As conversas entre as distribuidoras e o governo já começaram, e o Ministério de Minas e Energia criou um grupo de trabalho para analisar a questão. O reajuste de 2% teria de alimentar um fundo, do qual cada distribuidora teria de retirar a parcela referente a suas perdas. Se não for criado o fundo e o reajuste for concedido separadamente para cada distribuidora, poderia chegar a 10% em algumas empresas do Nordeste (que têm mais consumidores de baixa renda). (Folha de São Paulo - 05.07.2002)

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8- Rio Grande Energia S.A. adere ao acerto

A Rio Grande Energia S.A. foi a única das três distribuidoras gaúchas a assinar o acordo geral do setor elétrico. O pacto prevê a reposição da queda de receita em função do racionamento. A AES Sul e a CEEE entendem que terão mais perdas se assinarem o acordo. Apesar de o Sul não ter sido atingido pelo racionamento de energia, as empresas apontam que houve diminuição no faturamento com o menor consumo durante a vigência do plano. O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, considera o acordo positivo para a empresa. "Há renúncia a despesas ocorridos no passado e aceitação das variações de 2001, que foram as mais sensíveis, porque houve uma disparada do dólar que acabou afetando o pagamento à Itaipu, por exemplo". A distribuidora, que tem mais de 1 mi de clientes em 254 municípios, agora está habilitada a contratar um empréstimo no BNDES. "Precisamos desse recurso ainda neste ano para fazer caixa", acrescenta. O valor vai depender de auditoria da Aneel. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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9- Aneel aprova reestruturação societária da CPFL

A Aneel aprovou a reestruturação societária da CPFL, controlada pela VBC Energia. O órgão deu sinal verde à transferência do controle da CPFL e CPFL Geração para a Draft II Participações, controlada pela VBC, 521 Participações (Previ) e Bonaire Participações (Funcef, Petros, Sistel e Sabesprev). No processo, a ser concluído até dezembro, a VBC Energia deixará de ter parte direta na CPFL e a será acionista apenas da Draft I. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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10- FHC destaca integração na área de energia

O presidente FHC destacou ontem, durante a inauguração da usina termelétrica Nova Piratininga, em São Paulo, a importância de integração política, econômica e de infra-estrutura dos países latino-americanos, em especial na área de energia. Ele enfatizou o fato de o Brasil estar envolvido em projetos de interligação de infra-estrutura de países como Bolívia, na importação do gás natural; Argentina, com gás natural, petróleo e energia elétrica; Paraguai, com energia elétrica; Venezuela, com energia elétrica e petróleo. O presidente lembrou que, no Brasil, a geração de energia já vem sendo predominantemente obtida por fontes renováveis, com a concentração de mais de 90% por meio dos recursos hídricos. Advertiu, porém, que o País precisa buscar fontes alternativas para não ser surpreendido por eventualidades como a escassez de chuvas que obrigou o Governo a lançar o programa de racionamento. O presidente criticou aqueles que se opuseram a seu projeto de integrar a infra-estrutura do Brasil aos demais países latino-americanos. "Eu sei o que me custou trazer o gás natural da Bolívia. Chegaram a dizer que não tinha gás lá, pouco antes de assinarmos o acordo, por pessoas de alto coturno", afirmou. Segundo ele, é este gás boliviano que permitirá ao Brasil ter um sistema elétrico mais seguro por conta da menor dependência do País de chuva. "Se tudo desse certo o País não precisaria de político e nem de estadista", ressaltou. (Jornal do Commercio - 5.7.2002)

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risco e racionamento

1- Brasil corre risco de ter nova crise de energia em 2004

O país pode enfrentar um novo déficit de energia em 2004, caso não haja uma solução rápida para atrair novos investimentos ao setor elétrico e caso o consumo pós-racionamento se recupere. Essa é a análise do presidente da Abradee, Orlando González. Segundo ele, as condições atuais de remuneração do capital aplicado no setor elétrico são muito baixas. Enquanto na média internacional o retorno estaria próximo de 12%, no Brasil, a taxa estaria negativa. Além das indefinições regulatórias, mais uma questão preocupa o empresário: quando o consumo de energia vai voltar a crescer. Por conta do racionamento, estima-se que as perdas das distribuidoras ficaram entre R$ 5 e 7 bi. Se os novos hábitos de economia da população persistirem e o consumo ficar 10% abaixo do projetado, o setor pode deixar de arrecadar até R$ 4 bi em 2002. As distribuidoras estão, agora, preocupadas com a revisão ordinária de tarifas, que deve ocorrer com a maioria das empresas em 2003. A decisão será fundamental para a atração de novos investimentos, diz o empresário. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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2- Greve de eletricitários torna mais frágil o sistema elétrico

Os eletricitários do Paraná aderiram ao movimento nacional da categoria e paralisaram as atividades por tempo indeterminado em Foz do Iguaçu, Ivaiporã e Londrina. Eles reivindicam reajuste de 9,68% correspondente à inflação desde maio do ano passado até abril deste ano. A greve deixa o sistema de transmissão de energia mais vulnerável à ocorrência de blecautes pela falta do trabalho de manutenção preventiva. Em caso de falhas no Paraná, 25% do país pode ficar sem energia elétrica. Na subestação de Furnas de Foz do Iguaçu, 200 funcionários, entre efetivos e terceirizados, estão parados desde quarta-feira. Apenas quatro operadores controlam o sistema. As linhas de Furnas transportam a energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu para as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu (Sinefi), Assis Paulo Sepp, diz que a possibilidade de falhas no setor de energia elétrica é comum à atividade, mas em épocas de greve aumenta. "No caso de falha do sistema, a recomposição será mais demorada", sustenta. (Gazeta do Povo - 05.07.2002)

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3- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- BNDES libera crédito para terceiro linhão Norte-Nordeste

A Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A, consórcio formado pela Schahin, Alusa e Eletrobras, obteve financiamento de R$ 488,2 mi do BNDES. Os recursos são destinados à construção de uma linha de transmissão de 932 Km de extensão entre os Estados do Pará e do Maranhão. O investimento total é de cerca de R$ 650 mi. A linha Tucuruí (PA)-Presidente Dutra (MA) é o terceiro circuito da interligação Norte-Nordeste, que garante o abastecimento de energia para os Estados nordestinos em períodos de escassez. Durante o programa de racionamento, no ano passado, as duas linhas atuais, que transmitem energia da usina de Tucuruí, forneceram cerca de 1.300 MW médios por dia para a região Nordeste. O " linhão" Norte-Nordeste também poderá atender a região Sudeste em casos de déficit energético porque há uma conexão na subestação de Imperatriz (MA), com a interligação Norte-Sul. O diretor técnico da Eate, Teofrasto Barbeiro, disse que o novo circuito aumentará em cerca de 900 MW a disponibilidade de energia para as demais regiões do país, principalmente o Nordeste. As obras iniciam em janeiro e previsão da empresa é energizar a linha em abril de 2003. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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2- Adesão parcial na greve dos eletricitários

Os eletricitários de cinco empresas controladas pela Eletrobrás entraram em greve ontem, por tempo indeterminado. São 16 mil trabalhadores de Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletronuclear e Cepel, que paralisaram suas atividades. Mas o movimento está dividido: oito mil eletricitários da Eletrobrás e da Eletrosul não participam. O diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Energia do Rio, Urbano do Vale, diz não estar preocupado com a divisão do movimento - que, segundo ele, não impede a continuação das negociações. "Os trabalhadores entenderam que era possível continuar nas negociações mantendo o trabalho. É uma decisão que respeitamos", diz. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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3- Três Lagoas espera recursos da Cesp

O Governo federal está atrasando em quase um mês a liberação dos recursos de royalties que Três Lagoas deve receber da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias todo mês. Esse é um dos motivos apontados pela administração municipal - que conta com esse dinheiro em sua receita - para as dificuldades em quitar a folha de pagamento. A prefeitura pagou a maioria dos servidores - entre eles, quem ganha até R$ 500. Porém, estão faltando R$ 250 mil que são enviados, mensalmente, como royalties. Em maio, esse valor não foi repassado. Contudo, em junho, ele foi pago em dobro, compensando o mês em atraso. Porém, o problema voltou a acontecer agora. Além de Três Lagoas, todas as cidades da região que também foram alagadas em função da usina, dependem desses royalties. Alguns dos casos mais críticos são de municípios vizinhos, como Castilho e Ilha Solteira (SP), que fazem dos royalties a principal fonte de recursos dos municípios. Com estes recursos, as prefeituras podem implantar programas de infra-estrutura urbana. (Correio do Estado - 05.07.2002)

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4- Inadimplência afeta setor elétrico

As fraudes e a inadimplência figuram entre os principais problemas enfrentados na atualidade pelas distribuidoras de energia elétrica brasileiras. Os prejuízos têm colaborado para o desequilíbrio econômico das empresas. No momento, o principal objetivo é recuperar as perdas acumuladas pelo não-pagamento das dívidas das prefeituras. 'Temos R$ 62 mi em valor nominal para receber e, como não obtivemos êxito nas negociações, vamos apelar para a cobrança judicial', assinalou o diretor de Relação com Investidores da AES-Sul, Pedro Schmidt. Segundo ele, as medidas judiciais exigirão a responsabilização dos prefeitos, em função do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os temas foram debatidos ontem no III Seminário Jurídico promovido pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), no Centro de Eventos do Plaza São Rafael. (Correio do Povo - 05.07.2002)

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5- Light e Telemar fecham acordo sobre uso de postes

Light e Telemar chegaram ontem a um acordo para o pagamento do aluguel dos postes, interrompido pela companhia de telecomunicações no início do ano. O contrato, no valor de R$ 25 mi, foi dividido em 3 parcelas: a 1a foi paga ano passado, a 2a deveria ter sido paga em janeiro e a 3a, em janeiro 2003. Com a renegociação, a Telemar poderá pagar a parcela desse ano em cinco prestações mensais. O assistente executivo de operações da Light, José Márcio Ribeiro, disse que o acordo foi acertado no ano passado. Na ocasião, a Telemar pagou uma 1a parcela e se comprometeu a pagar mais duas parcelas anuais. No início desse ano, porém, a nova diretoria da Telemar interrompeu o pagamento, com a alegação de que não estava claro no contrato firmado se o pagamento era antecipado ou posterior ao vencimento. Ribeiro explica que o contrato foi fechado em julho de 2001, tem 5 anos de validade e termina em 2003. A parcela paga no ano passado se referia aos débitos que ficaram em aberto enquanto a cobrança era negociada. Segundo ele, em 2003, as duas empresas terão que fazer um novo acordo, já que o atual contrato vence em dezembro do próximo ano. Ribeiro acredita, porém, que não terá problemas na renegociação. Para ele, a estratégia de negociação da Light vem dando certo porque, ao contrário das regras sugeridas pela Anatel e pela Aneel, a empresa não fixa um valor unitário por poste, mas define os preços no atacado. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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6- Alstom não planeja demitir no Brasil

A Alstom do Brasil informou que não vai realizar demissões no Brasil. A empresa anglo-francesa de infra-estrutura de energia e transportes cortará cerca de 4 empregos na Europa, segundo informações do jornal La Tribune. A Alstom emprega 4 mil funcionários nos setores de energia e transporte no País. (Jornal do Commercio - 5.7.2002)

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7- ABB cria área para atender projetos de geração distribuída

A demora na regulamentação do Proinfa está frustrando fabricantes. Isto porque as empresas se programaram para atender a um volume maior de encomendas para os próximos anos por conta do programa, que anda a passos lentos para ser regulamentado. É o caso da ABB Brasil, que criou uma área específica para atender os projetos de geração distribuída. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, José Roberto Bossolani, o desastre só não foi maior por causa das encomendas feitas no ano passado ainda sob efeito do racionamento.Para PCHs, a meta prevista pelo centro para este ano é de R$ 100 mi. Até o momento, a empresa já registra uma retorno em torno de R$ 25 mi. "Acreditamos que é possível atingir a meta estabelecida, pois o segmento sofreu uma grande explosão em um ano", afirma. (Canal Energia - 04.07.2002)

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8- Cerj treina professores para o combate ao desperdício de energia

A Cerj e a Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis encerram nesta sexta-feira, dia 5 de julho, o II Treinamento de Professores para a Metodologia do Procel nas Escolas, em Petrópolis. Os 30 professores que participaram do treinamento tiveram a oportunidade de aprender métodos para eficientizar o uso da energia elétrica e noções de preservação ambiental e cidadania. Os professores passarão o que aprenderam para cerca de 500 alunos dos ensinos Médio e Fundamental de escolas municipais e estaduais da região. O Procel nas Escolas faz parte do Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica da Cerj. Graças aos programas de eficientização de energia, a companhia registrou, no biênio de 2000/2001, uma economia de cerca de 20 mil Mwh/ano, o suficiente para iluminar uma cidade de 12 mil habitantes. O evento será realizado às 17 horas no Senai de Petrópolis, localizado à Rua Bingen 200, no bairro Bingen. (Canal Energia - 04.07.2002)

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financiamento

1- Fipe revê previsão do ano e IPC deve chegar a 4,5%

O IPC apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) no município de São Paulo deverá fechar o ano em 4,5% e não mais em 4%, como estimado anteriormente. Segundo o coordenador do índice, Heron do Carmo, os reajustes da energia elétrica e da gasolina, muito além do previsto, obrigaram a revisão da taxa anual para cima. O peso dos preços públicos também foi verificado no IPC de junho, que registrou 0,31% - a maior variação mensal desde janeiro, quando a taxa ficou em 0,57%. O esperado era que junho fechasse em 0,20%, mas a alta do dólar foi computada não só no reajuste do gás de cozinha (a maior variação do mês, com 6,63%), mas também em alguns alimentos, como trigo, soja e derivados. Mas, apesar da alta no mês, observou Carmo, o importante é ver a tendência e, em 12 meses, o IPC caiu. "A trajetória no período é de queda desde fevereiro." No segundo mês do ano o acumulado foi de 7,49%; março, 7,02%; abril, 6,43%; maio, 6,32%; e, junho, 5,75%. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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2- Alta da energia faz a Fipe prever taxa maior no ano em São Paulo

A Fipe aumentou a previsão da taxa de inflação no município de São Paulo para este ano de 4% para 4,5%. Os principais motivos para a revisão foram os aumentos das tarifas públicas, principalmente o reajuste da energia elétrica autorizado na quarta-feira pelo governo. O aumento é de 14,2% para os 4,7 mi de consumidores da Eletropaulo. Segundo o economista e coordenador do IPC da Fipe, Heron do Carmo, a Aneel deveria explicar para o consumidor como é feito o cálculo de reajuste, pois "a impressão que se tem é que o aumento da energia está dolarizado". (Folha de São Paulo - 05.07.2002)

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3- Juros futuros sobem e risco-país cai

As taxas de juros subiram após a divulgação de que a inflação na cidade de São Paulo subiu de 0,06% em maio para 0,31% em junho. O contrato de outubro passou de 20,71% para 20,73% ao ano, na BM&F. Os juros para janeiro saíram de 23,86% para 24,15%. No mercado internacional, só a praça de Londres negociou títulos da dívida. O C-Bond subiu 1,06%, para US$ 0,597. O risco-país caiu 0,52%, para 1.718 pontos. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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4- Dólar comercial abre com alta de 0,77%, a R$ 2,8770 para venda

O dólar comercial abriu o último pregão da semana com alta de 0,77%, saindo a R$ 2,8670 para compra e R$ 2,8770 para venda. Ontem, o mercado viveu um dia tranqüilo e a moeda americana fechou com queda de 0,34%, cotada a R$ 2,8530 na compra e a R$ 2,8550 na venda. A baixa está ligada à intervenção do Banco Central, que colocou US$ 100 mi pelo Banco Central, em doses homeopáticas. (Valor Online - 05.07.2002)

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5- FMI descarta nova ajuda

A atual situação da dívida externa brasileira é administrável e o Fundo Monetário Internacional (FMI) não considera, no momento, a hipótese de um pacote de resgate ao País, disse ontem o diretor-gerente do organismo, Hörst Koehler. O dirigente assinalou em discurso ao comitê de finanças da Câmara dos Comuns do Reino Unido que, apesar do nervosismo causado pela liderança de Luís Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, o Brasil ainda pode sustentar seus pagamentos. "Claramente a situação é administrável, e faremos tudo o que for possível para que continue assim", disse Koehler aos membros do Parlamento. Segundo ele, o nervosismo nos mercados está fora da alçado do Fundo, já que é causado principalmente por acontecimentos políticos. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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gás e termoelétricas

1- Distribuidoras negociam para baixar preço do gás

As distribuidoras de gás natural tomaram a frente das negociações para reduzir o preço insumo e viabilizar sua utilização nas termoelétricas. As conversas estão sendo conduzidas pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado. O presidente da Comgás, Oscar Prieto, disse que uma das idéias, já discutida pelo governo, é utilizar recursos da Cide para subsidiar o transporte do gás, que representa 50% do preço do insumo. Segundo ele, a medida provocaria uma redução de US$ 0,20 a US$ 0,30 por mi de BTU no preço do gás trazido da Bolívia até as térmicas, hoje em US$ 3,10 por mi de BTU. Segundo Prieto, a Abegás e as empresas também estão negociando com os fornecedores bolivianos para rever os valores contratados, que hoje estão acima da realidade do mercado. Nos cálculos do presidente da Comgás, é possível baixar o preço em mais US$ 0,30 por mi de BTU. "Com isso, chegaríamos a US$ 2,50, que é o patamar compatível com a energia das térmicas", afirmou Prieto, após a inauguração da primeira etapa da ampliação da termoelétrica de Piratininga. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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2- Governo e Petrobrás apóiam iniciativa das distribuidoras de gás

O secretário de Energia do estado de São Paulo, Mauro Arce, que também integra a CGSE, afirmou que os subsídios que têm sido estudados para o gás poderiam reduzir o preço do insumo em até US$ 1. Ele disse que, assim, os valores ficariam em linha com a estrutura de custos de uma térmica, que é de US$ 40 por MWh. Segundo o presidente da Comgás, Oscar Prieto, o governo e a Petrobras apóiam as ações que estão sendo conduzidas pelas distribuidoras no sentido de reduzir o preço do insumo e viabilizar seu uso nas termelétricas. O executivo tem expectativa de que o assunto seja resolvido antes das eleições de outubro. No primeiro semestre, a Comgás vendeu 8 mi m³ de gás natural por dia. O volume representa um aumento de 40% sobre o mesmo período do ano passado, mas está abaixo do que a empresa esperava."O ritmo está um pouco mais lento porque não podemos incorporar alguns projetos grandes de co-geração de energia e gás para uso industrial", afirmou Prieto. Ele atribuiu a demora às indefinições sobre o preço do gás, que está perdendo competitividade para o óleo combustível. Segundo o executivo, a empresa deverá fechar o ano com vendas superiores a 10 mi m³ diários. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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3- Petrobras inaugura Termo Canoas, em Porto Alegre

A Petrobras, em parceria com a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), inaugura nesta sexta, às 10h30, a Usina Termelétrica de Canoas (Termo Canoas), na região metropolitana de Porto Alegre. A usina vai gerar mais 160 MW de energia para o Rio Grande do Sul. A sua primeira fase, cujos investimentos somam US$ 100 mi, atenderá cerca de 550 mil domicílios. A Termo Canoas faz parte do Programa Estratégico Emergencial de Termeletricidade do governo federal e foi projetada para gerar até 500 MW, cerca de 15% da demanda energética do estado, com investimentos totais de US$ 250 mi. (Agência Brasil - 05.07.2002)

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4- MSGás e a Petrobras ampliam fornecimento de gás para William Arjona

A MSGás e a Petrobras assinam hoje com a Tractebel, em Florianópolis, contrato ampliando o fornecimento de gás natural para a Termoelétrica William Arjona de Campo Grande. Pelo contrato a MSGás vai aumentar o fornecimento do produto de 870 mil metros cúbicos/dia para 1,4 milhão de metros cúbicos/dia. O objetivo é abastecer a usina termoelétrica que atualmente opera com 3 turbinas (40 MW/cada) gerando 120 MW de energia, e depende apenas do aumento do volume de gás para colocar a quarta turbina em operação. A ampliação no fornecimento de gás natural para a William Arjona servirá também para abastecer a quinta turbina da térmica, prevista para entrar em atividade no mês de outubro, gerando um total de 200 MW. (Correio do Estado - 05.07.2002)

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5- ANP prepara-se para estimular ação de pequenas empresas

A ANP pretende estimular o desenvolvimento de empresas independentes no setor de petróleo e gás tendo as grandes petrolíferas, sobretudo a Petrobras, como âncora. Para isso, desenvolve dois projetos. No primeiro, incentivará a estatal a vender campos maduros, cuja produção está em declínio, no Nordeste do País. "O sucesso desse plano depende da vontade do governo, maior acionista da companhia", destaca Newton Monteiro, que ontem tomou posse na diretoria da agência. O segundo projeto é leiloar áreas para exploração na bacia sedimentar brasileira de menor porte, de 32 quilômetros quadrados, em comparação com os blocos oferecidos nos últimos quatro anos. (Gazeta Mercantil - 05.07.2002)

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6- Refap inaugura hoje sua primeira fase

A usina da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobras, em Canoas (RS), inaugura hoje sua primeira fase, de 160 MW. Mas o projeto total, de 500 MW, está seriamente comprometido por falta de gás. Não existe quantidade suficiente do insumo boliviano para abastecê-la nas fases restantes e a outra alternativa de suprimento, o gasoduto vindo da Argentina, não teve suas obras retomadas pelo consórcio Transportadora Sul Brasileira, liderado pela Petrobras. A estatal desistiu de construir a Termogaúcha, usina que seria a âncora desse gasoduto. A Petrobras também é dona da usina de Canoas, com 80% do projeto. A fundação Petros possui 20%. A disponibilidade do gasoduto Bolívia-Brasil para o Rio Grande do Sul é de apenas 2,3 mi m³ diários. A térmica de Canoas, que começa a operar em ciclo aberto produzindo 160 MW hoje, consumirá, em um primeiro momento, 1,1 mi m³ diários. A distribuidora de gás canalizado do Estado, a Sulgás, possui contratados outros 1,1 mi m³ diários. Sobram apenas 100 mil m³ diários, que não são suficientes para abastecer novas turbinas. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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7- Mercado teme que benefícios de Termogaúcha não compensem custos

Para viabilizar a construção da Termogaúcha, os sócios da usina, a Petrobras (25% por meio da Gaspetro), Ipiranga (20%), RepsolYPF (15%), Techint (15%) e Totalfina Elf (25%), apostaram na construção de um gasoduto entre Uruguaiana e Porto Alegre para transportar gás procedente da Argentina. O consórcio Transportadora Sul Brasileira já aplicou US$ 94 mi na construção de dois pequenos trechos do gasoduto e na encomenda de turbinas à General Electric. Para completar o projeto, teriam que aplicar outros US$ 220 mi na construção dos 615 km restantes do ramal. O mercado estima que todo esse custo não compense a construção de uma usina que ficará parada grande parte do ano em uma região onde há abundância de energia hidrelétrica e faltam linhas de transmissão para levá-la ao principal mercado consumidor, a região Sudeste. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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8- Copel amplia geração no Paraná

A Aneel autorizou a Copel Geração a ampliar a capacidade da usina termelétrica Figueira dos atuais 20 MW para 160,25 MW. Além disso, a Usina Elétrica a Gás de Araucária deve entrar em operação em agosto, 2 meses antes do prazo previsto. O sinal verde foi dado há 15 dias, quando o Instituto Ambiental do Paraná concedeu a Licença de Operação para a UEG Araucária. A usina tem capacidade de 480 MW, o que representa cerca de 60% da demanda da Região Metropolitana de Curitiba. A unidade de Figueira, em atividade desde 1963, deve receber investimentos de R$ 168,3 mi, através de parceria da Copel Geração com Companhia Carbonífera do Cambuí, que atua na região com mineração. A ampliação prevê a instalação de um turbogerador a vapor de 140,25 MW. (Valor Econômico - 5.7.2002)

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9- UEG Araucária está em fase de testes

A UEG Araucária está em fase de testes. Construída em 22 meses, é resultado de parceria entre a El Paso, que detém 60% do capital, a Copel (20%) e Gaspetro, subsidiária da Petrobras (20%). A usina, que recebeu investimento superior a US$ 300 mi, será a 1a geradora de eletricidade no Paraná a usar o gás natural como combustível. A Copel é responsável pela operação da central geradora.Para os especialistas, a importância da UEG Araucária está na mudança no perfil gerador no Estado, que depende quase exclusivamente da hidroeletricidade. Além disso, a geração com gás natural é apontada como solução ambientalmente correta. O gás natural é considerado isento de componentes sulfurosos e suas características de queima o classificam como combustível ecológico.A usina usa o ciclo combinado de duas turbinas a gás e uma a vapor. O gás é suprido pelo gasoduto Brasil-Bolívia, que passa na Região Metropolitana de Curitiba, onde é distribuído pela Compagás. Em pleno funcionamento deverá usar 2,2 mi m³ diários. Durante este mês, a usina realizará a mais importante fase de teste de equipamentos. Isto implica no teste dos geradores e do setor recuperador de calor e produtor de vapor, que terá acoplada uma terceira unidade geradora.(Valor Econômico - 5.7.2002)

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10- Eletronuclear consegue crédito para 3ª usina nuclear

A Eletronuclear obteve uma garantia de financiamento de US$ 550 mi para a conclusão da 3a usina do complexo nuclear de Angra dos Reis. A empresa recebeu uma carta dos bancos alemães Dresdner Bank e KFW se comprometendo a emprestar este montante a juros de 6% ao ano e carência de seis anos. O custo da obra é estimado em US$ 1,7 bi pela estatal. A conclusão de Angra 3 ainda depende de aval do Conselho Nacional de Política Energética. A usina teria capacidade para gerar 1,3 mil MW, o suficiente para abastecer uma cidade de quase 1 mi de habitantes. Os defensores do projeto argumentam que parte dos equipamentos já foi comprada e o projeto de engenharia está pronto, pois seguirá os moldes de Angra 2, já em operação. Além disso, dizem, o custo da energia nuclear é menor que o da energia gerada por térmicas a gás natural. A usina levaria entre 5 e 7 anos para ser concluída. Caso o Governo decida pela conclusão da obra, o restante dos recursos pode sair do BNDES e do caixa da Eletronuclear. O aval do CNPE, porém, pode não sair este ano, deixando a conclusão da usina para decisão do próximo governo. O complexo nuclear de Angra conta com duas usinas com capacidade total de geração de 1,9 mil MW. Os bancos alemães têm interesse na usina porque os equipamentos são fornecidos pela KVU, subsidiária da alemã Siemens, comprada recentemente pela francesa Framatome. (Jornal do Commercio - 5.7.2002)

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11- Usina de Angra 2 tem nova potência

A Aneel regularizou a mudança de potência instalada da usina nuclear de Angra 2, localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A usina conta com uma unidade geradora de 1.350 MW, utilizando urânio como combustível. A Eletronuclear terá que comunicar à Aneel qualquer modificação da unidade geradora, no prazo de até 60 dias após a sua efetivação. (Jornal do Commercio - 5.7.2002)

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internacional

1- Transalta e Iberdrola disputam La Laguna II

A companhia energética espanhola Iberdrola e a norte- americana Transalta apresentaram as únicas propostas pela construção e operação do projeto termelétrico La Laguna II (450MW) no estado mexicano de Durango, disse uma fonte da companhia estatal de energia CFE. A CFE vai abrir as propostas econômicas em 18 de julho e adjudicar o contrato em 7 de agosto, de acordo com a fonte. É a terceira vez que a CFE abre licitação para o projeto; da primeira vez, ninguém apresentou proposta e, da segunda vez, a única proposta, da espanhola Union Fenosa, não atendeu aos critérios exigidos pela companhia. La Laguna II vai vender energia para a CFE segundo um contrato PPA de 25. Segundo a programação, o projeto começa a ser construído em 2003 e entra em operação em abril de 2005. (Business News Americas - 04.07.02)

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2- CFI concede empréstimo de US$ 18 mi à ISA Perú

A Corporação Financeira Internacional (CFI), organismo do Banco Mundial, outorgou um empréstimo de US$ 18 mi à transmissora elétrica ISA Perú, com a finalidade de financiar a construção de duas linhas de transmissão na serra e na selva peruana, as quais foram adjudicadas pela transmissora no ano passado, informou Natalia Córdoba, assessora financeira da ISA Perú. O empréstimo tem 12 anos de prazo e a totalidade dos recursos se destinará ao financiamento das obras civis de ambas as linhas de transmissão, "as quais estão bastante adiantadas e devem estar concluídas em setembro deste ano, ainda que o prazo seja em abril de 2003", disse Córdoba. A ISA adquiriu no ano passado a licitação para a construção e operação das linhas de transmissão Oroya- Carhumayo-Paragsha-Antamina de 220KV e de Aguaytía- Pucallpa de 138KV, com uma oferta de US$ 65,4 mi. Os recursos necessários para a construção de ambas as linhas somam US$ 28 mi, segundo Córdoba, e o financiamento dos US$ 10 mi restantes ainda está em curso, disse. A ISA Perú é controlada pela estatal colombiana ISA de maneira direta com 27,78% e indiretamente através de suas controladas Transelca (54,28%) e Etecen (17,94%). (Business News Americas - 03.07.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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