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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 894 - 11 de junho de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Players do setor elétrico definem compensação para o racionamento

Depois de seis meses de articulações, Governo Federal, geradoras e distribuidoras se reúnem hoje em Brasília para fechar os termos finais do acordo costurado em dezembro sobre as compensações relativas ao racionamento de 2001. O assunto interessa particularmente aos players do setor elétrico do Nordeste. É que as empresas do segmento com atuação nos estados nordestinos foram mais afetadas que as de outras regiões, já que no Nordeste a economia forçada de eletricidade foi mais dura que nas demais áreas, devido à escassez de água mais aguda que no resto do País. A reunião acontece às 10h, na Aneel, com participação da Associação Brasileira de Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) e Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica. Os detalhes a serem fechados hoje são relativos a quatro pontos. O reembolso às geradoras pela energia que tiveram de comprar, durante no racionamento, no Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE); os contratos de recompra (Anexo 5); a redação de termos aditivos aos chamados contratos iniciais de energia e o termo final de adesão ao acordo. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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2- Governo pode adiar reajuste do seguro antiapagão

O governo teme os efeitos negativos do reajuste do seguro anti-racionamento na inflação e nas eleições de outubro. Proposta enviada à Aneel pela área técnica traça hipóteses de reajuste parcelado, com a maior parte do aumento acontecendo em dezembro, após as eleições, ou março, no início do novo governo. O primeiro reajuste aconteceria ainda neste mês. No total, o preço do seguro subiria até 81%. A área técnica do governo enviou quatro propostas de aumento escalonado do seguro. A decisão de conceder o aumento ou não será tomada pela agência reguladora, que também definirá o percentual a ser adotado. A Aneel pode inclusive desconsiderar as propostas. Todas as propostas da área técnica, no entanto, representam reajustes nas datas previstas da revisão do encargo e, em todas, a maior parcela vem após as eleições. Os gastos totais com o seguro anti-racionamento devem ficar em R$ 4,1 bi até o final de 2005. Isso se não houver necessidade de geração de energia. Se os consumidores forem obrigados a pagar, além do aluguel, pela geração, o gasto sobe para R$ 12 bi. (Notícias Populares - 11.06.2002)

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3- Projeto quer incidir ICMS sobre todas as etapas da energia elétrica

O ICMS pode passar a incidir sobre a energia elétrica em todas as etapas, desde a produção ou importação até seu destino final, passando pela transmissão, distribuição, conexão, conversão e comercialização. É o que propõe o deputado José Carlos Coutinho (PFL-RJ) no Projeto de Lei Complementar 315/02, apresentado no último dia 4 de junho. O projeto modifica dispositivos da Lei Complementar 87/96, que trata do Imposto. A proposta também assegura o recolhimento dos encargos, como de geração, importação, conexão, conversão, transmissão e distribuição, ao estado de localização do destinatário final. O deputado lembra que o texto constitucional estabelece a incidência do ICMS nas operações com energia elétrica, com sua receita destinada por inteiro à Unidade da Federação onde ocorrer o seu consumo. (Canal Energia - 10.06.2002)

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4- Agentes preparam minuta final do Acordo Geral do Setor

Após os acertos finais dos detalhes em torno do Acordo Geral do Setor Elétrico, no último dia 6, Abrage (Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica) e Abradee (Associação das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica) se reúnem nesta terça-feira, dia 11 de junho, para formatar a minuta do documento, que será assinado na próxima sexta-feira, dia 14. O encontro entre executivos das duas associações, que ocorrerá na sede da Aneel, em Brasília, servirá para que o modelo do Acordo também seja apresentado às outras partes envolvidas no processo de negociação - que se iniciou em dezembro do ano passado - como os membros da GCE, da Advocacia Geral da União e da própria Aneel, responsável pela homologação. Além dos pontos pré-formatados na composição inicial do Acordo, no final do ano passado, a minuta conterá também os acertos definidos na última sexta-feira. Eles se referem, especialmente, aos pedidos de garantias financeiras pleiteados pelos geradores, com relação ao repasse da receita arrecadada com o aumento extraordinário das tarifas pelas distribuidoras. (Canal Energia - 10.06.2002)

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5- Risco regulatório é o temor de agentes

A solidez na área de regulação do setor de energia elétrica é uma das principais preocupações entre geradoras, distribuidoras e grandes consumidores de eletricidade. A conclusão consta de apuração preliminar de pesquisa organizada pela Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib) e pelo Monitor Group. A regulação abrange o conjunto de normas que rege a atividade setorial. No caso de eletricidade, está sob os cuidados da Aneel. Segundo Fernando Musa, um dos sócios do Monitor no Brasil, o levantamento pretende listar temas gerais do setor elétrico e medidas do comitê de revitalização, de acordo com a ordem de importância e urgência atribuída pelos participantes da pesquisa. "A estabilidade regulatória e o funcionamento do MAE são classificados como prioritários, mas há, entre os agentes, um certo ceticismo de que isso vai ocorrer em função da proximidade das eleições", diz. O início de um governo causa temor aos executivos. "Eles acreditam que 2003 será um ano menos estável do que 2002, e por isso esperam uma paralisação nas discussões", diz Musa. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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6- Multas de seguro apagão são repassadas à CBEE

As multas estabelecidas pela Aneel em 6/05, por meio da Resolução 249, deram fim à retenção, por várias distribuidoras, dos recursos arrecadados nas contas de luz para geração termelétrica emergencial, que deveriam ser repassados à CBBE. Segundo a CBEE, agora está fluindo sem retenções para a estatal o fluxo de recursos arrecadados pela cobrança do encargo de capacidade de emergencial - atualmente, a taxa cobrada na conta de luz dos consumidores é de R$ 0,0049 por kWH -, criado para financiar a geração de energia emergencial.De acordo com dados da CBEE, 20 das 61 distribuidoras existentes deixaram de repassar em abril o encargo recolhido dos consumidores. Naquela mês, somente R$ 25 mi, dos R$ 100 mi esperados, chegaram à CBEE. Entre as empresas inadimplentes, a CBEE destacou, à época, grandes companhias do setor, como Light, Cemig e AES Eletropaulo. (Jornal do Commercio - 11.06.2002)

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7- Distribuidoras inadimplentes com a CBBE culpam dificuldades operacionais

Fontes das distribuidoras multadas pela Aneel por não repassarem à CBBE os recursos arrecadados nas contas de luz para geração termelétrica emergencial atribuíram a inadimplência a dificuldades operacionais no tratamento dos recursos recolhidos, mas não descartaram a possibilidade de ter sido provocada também pelas dificuldades de caixa das companhias. Para sanar o problema, a Aneel estabeleceu multa de 2% sobre o valor não repassado, mais juros de mora de 1% ao mês. Agora as atenções dos técnicos do Governo estão voltadas para a divulgação, pela Aneel, do novo valor do encargo de capacidade emergencial. A assessoria da CBEE confirma que a empresa aguarda a divulgação de um novo valor pela Aneel, mas a empresa evitou comentar o assunto. Técnicos do Governo acreditam que o valor deverá ser aumentado. Já existe o entendimento de que foi subestimado o cálculo inicial dos custos do programa de geração emergencial, estabelecido em R$ 6,7 bi. O programa envolve a oferta de 2,1 mil MW de capacidade, em geradores térmicos a diesel e a óleo combustível, como reserva de segurança para o sistema elétrico brasileiro. (Jornal do Commercio - 11.06.2002)

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8- Justiça mantém cobrança do seguro-apagão em Franca (SP)

O juiz Luciano de Souza Godoy, da 2ª Vara Federal de Franca (SP), negou pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) para que fosse suspensa a cobrança de encargos adicionais na tarifa de energia elétrica, o seguro apagão. O pedido de antecipação de tutela foi feito pelo MPF na ação civil pública proposta contra a Aneel e União, para beneficiar os municípios vinculados à 13ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo. Na decisão, o juiz Luciano Godoy acatou os argumentos da Procuradoria Seccional da União em Ribeirão Preto (SP), órgão da AGU, e considerou que a tarifa não se destina tão somente à remuneração da prestação do serviço atual, mas deve atender também a uma necessidade de geração de energia futura. O juiz considerou, ainda, que seria correta a fixação de majoração no preço do serviço público para possibilitar a recomposição do equilíbrio econômico dos contratos de fornecimento de energia elétrica. (Diário do Grande ABC - 11.06.2002)

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9- Seminário discutirá dificuldades na expansão da geração distribuída no país

Nos próximos dias 19 e 20 de junho, acontece o Seminário Internacional de Geração Distribuída e exposição de Produtos e Serviços, em São Paulo. Promovido pelo INEE (Instituto Nacional de Eficiência Energética), o evento pretende mostrar que a geração distribuída é uma fonte de energia complementar ao sistema e não uma fonte concorrente das concessionárias atuantes no país. Além disso, o seminário discutirá o impacto da legislação atual na expansão da geração distribuída no país. Segundo o INEE, a principal dificuldade enfrentada pelas empresas de geração distribuída é a falta de regras claras, como a falta de uma legislação para a compra e venda do excedente de energia produzida por geradores distribuídos no país e a falta de clareza no estabelecimento de preços mínimos. Participam do evento representantes do INEE, das empresas de geração distribuída, das concessionárias de energia elétrica e de gás, e autoridades do setor elétrico. Mais informações sobre o seminário, os interessados devem entrar em contato com o INEE. (Canal Energia - 10.06.2002)

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10- Estudo aponta credibilidade como um dos problemas da Aneel

A credibilidade, ou a falta dela, é um dos maiores problemas da Aneel, órgão regulador do setor elétrico brasileiro. É o que aponta um trabalho do professor Helder Queiroz, diretor de Pesquisa do Instituto de Economia da UFRJ, sobre a atuação e o desempenho de agências reguladoras e outros agentes em 25 países. A criação da já extinta GCE contribuiu para essa impressão, de acordo com o pesquisador. Isto porque durante o racionamento, o órgão ofuscou as atividades da Aneel e feriu a autonomia do órgão na área de tarifação, ao fixar regimes especiais de taxação sobre o consumidor segundo os seus níveis e limites de consumo. No entanto, ele reconhece que esse não é um problema exclusivo da agência brasileira, comum também em muitos outros países. "Assegurar a credibilidade e manter-se próximo dos princípios de atuação dos quais elas não podem se afastar são alguns dos maiores desafios das agências reguladoras", aponta Helder Queiroz. (Canal Energia - 10.06.2002)

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11- Aneel concede efeito suspensivo requerido pela Coelce contra a Arce

A Aneel concedeu, pelo despacho de número 328, efeito suspensivo feito pela Coelce contra a decisão da Arce (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará). A agência estadual tinha determinado que a Coelce atendesse o pedido de ligação da unidade consumidora pretendida por Phany Ltda, até a decisão do mérito do recurso. (Canal Energia - 10.06.2002)

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12- Livro conta a história do planejamento da expansão do setor

A Eletrobrás e o Centro da Memória da Eletricidade no Brasil acabam de lançar o livro "O planejamento da expansão do setor de energia elétrica: a atuação da Eletrobrás e do Grupo Coordenador do Planejamento dos Sistemas Elétricos - GCPS". A obra traz a experiência do planejamento da expansão dos sistemas elétricos no país desde a criação da Eletrobrás, em 1962. Além disso, o livro destaca o papel da estatal no desenvolvimento da moderna infra-estrutura energética do Brasil. A criação e a história da GCPS também é abordado no livro. (Canal Energia - 10.06.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia sobe neste início de mês

Números do boletim diário do ONS indicam que, nos primeiros cinco dias do mês, o consumo de energia teve pequeno crescimento em todas as regiões do País. O maior aumento foi verificado na região Sudeste/Centro-Oeste, que teve índice e 1,19%. No último dia 5, a demanda nesta região foi de 25.338 MW, produzindo uma redução de 3,99% em relação a curva de referência mensal prevista. No submercado Sul, o consumo subiu 0,9% em comparação com o dia anterior, chegando a 7.588 MW. O consumo na região Nordeste também teve pequeno crescimento. Segundo o ONS, a demanda subiu 0,87%, registrando 5.704 MW. Mesmo assim, o volume ficou 1,79% abaixo da curva de referência mensal prevista para o mês. No Norte, a demanda foi de 2.642 MW, o que representa um aumento de 0,34% em comparação com o dia anterior. (Jornal do Commercio - 11.06.2002)

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2- Reservatórios do Nordeste caem 0,87% no final de semana

A região Nordeste foi a que teve a maior queda no volume armazenado no final de semana (0,87%). Ontem, dia 9 de junho, os níveis dos reservatórios chegaram a 59,58%. Ainda assim, o volume está 18,38% acima da curva-guia superior prevista para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice é de 50,98%. (Canal Energia - 10.06.2002)

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3- Na região Norte, capacidade de armazenamento subiu 0,21%

A capacidade de armazenamento na região Norte subiu 0,21% em três dias. Segundo o ONS, os níveis dos reservatórios atingem 100,07%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 100,06%. (Canal Energia - 10.06.2002)

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4- Sudeste/Centro-Oeste tem queda nos níveis dos reservatórios

Os níveis dos reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste caíram 0,26%. Hoje, o volume armazenado está em 67,85%, ficando 21,05% acima da curva-guia superior estabelecida. Nas usinas de Furnas e Emborcação, o índice é de 84,72% e 59,22%, respectivamente. (Canal Energia - 10.06.2002)

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5- Região Sul tem aumento nos níveis dos reservatórios no fim de semana

A região Sul teve aumento nos níveis dos reservatórios no final de semana. A capacidade de armazenamento nesta região chegou a 74,24%, o que significa um crescimento de 0,54% em três dias. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o índice é de 72,57%. (Canal Energia - 10.06.2002)

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6- MME divulgará lista de aparelhos mais eficientes

O Ministério de Minas e Energia divulga amanhã a lista de aparelhos consumidores de energia que deverão oferecer as condições de desempenho de consumo estabelecidas pela Lei de Eficiência Energética, criada em outubro do ano passado. Ainda em fase de regulamentação, a lei visa a estabelecer critérios máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência energética, para equipamentos fabricados ou comercializados no País, além de prever que edificações construídas no Brasil tenham critérios de desempenho de consumo pré-estabelecidos pelo Governo. "Hoje, os consumidores priorizam aqueles equipamentos mais eficientes, adquiridos com os novos hábitos de consumo durante o racionamento no ano passado", diz Saulo Cisneiros, secretário executivo do Procel e diretor de Projetos Especiais da Eletrobrás. (Jornal do Commercio - 11.06.2002)

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7- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Petrobras suspende investimentos em energia

A Petrobras suspendeu novos investimentos em energia e poderá abandonar os projetos que tem para o setor. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo presidente da estatal, Francisco Gros. Segundo ele, a empresa estaria disposta a flexibilizar sua decisão, se fosse proposta sua saída das térmicas. Gros afirmou que houve má avaliação da oportunidade de negócio por parte da Petrobras quando a estatal decidiu investir Programa Prioritário de Termoelétricas (PPT) do governo federal, em 1999. Quase nenhuma das térmicas saiu do papel, devido à falta de competitividade do preço do gás e à superavaliação do mercado. Ainda de acordo com o presidente da Petrobras, a demanda de energia térmica é de até 10% dos 3,9 mil MW previstos para ser instalados com essas usinas. (Diário do Grande ABC - 11.06.2002)

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2- Eletropaulo cobra contas que já caducaram

A Eletropaulo está cobrando de consumidores de energia elétrica contas supostamente pendentes desde o período anterior a sua privatização, em abril de 1998. Alguns valores irrisórios transformaram-se ao longo dos anos em quantias bem maiores. O equivalente a R$ 0,01, em 1992, passou a R$ 26,89, o que é bem superior ao autorizado em atualizações de dívidas judiciais. A Eletropaulo, em nota, nega estar cometendo irregularidades e afirma estar aplicando corretamente as normas em vigor. A cobrança é feita por empresas terceirizadas que ameaçam os consumidores de incluir seus nomes na lista negra do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) caso não paguem a alegada dívida. Segundo o Procon, a Eletropaulo está cometendo pelo menos três irregularidades: o não cumprimento da resolução 456/00 da Aneel, publicada em novembro de 2000, que diz em seu artigo 76 que deixam de existir a partir daquela data dívidas pelas quais as concessionárias não se mobilizaram na cobrança; o desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, que nos artigos 6 e 41, exige clareza no preço dos serviços prestados; e a ameaça de sujar o nome do cliente no SPC, que não tem fundamento, porque, mesmo havendo inadimplência, serviço de eletricidade não se confunde com contrato de crédito. (Folha de São Paulo - 11.06.2002)

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3- Banco do Brasil estrutura linha para Usina Monte Claro

A Gerência de Negócios Estruturados do Banco do Brasil está conduzindo a operação estruturada no valor de R$ 551,4 mi para a construção da Usina Monte Claro em Rio das Antas (RS), a primeira de três hidrelétricas do Complexo Ceran, que tem como acionistas CPFL-Geração, CEEE e Desenvix. Parte dos recursos virá do BNDES, por participação direta e por repasse a sindicato de banco.A Construtora Camargo Correa lidera o consórcio construtor, num projeto arrojado que preserva o meio-ambiente e as belezas naturais da região, e que gerará 173 MW médios, com previsão de conclusão em 2006. A partir de fevereiro de 2004, a primeira turbina agregará ao sistema interligado 49 MW médios, suficientes para atender a demanda de uma cidade de cerca de 90 mil habitantes. (Jornal do Commercio - 11.06.2002)

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4- Mato Grosso do Sul terá mais uma usina hidrelétrica

O Mato Grosso do Sul terá mais uma hidrelétrica com potência acima de 30 MW. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, anunciou a instalação da usina São Domingos, que terá potência de 48 MW e será construída no rio Verde, município de Ribas do Rio Pardo, região central do estado. Até agora, 17 empresas e consórcios se inscreveram para participar do leilão no dia 12 de julho, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ). O certame vai definir o empreendedor da usina de Ribas. De acordo com o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, os investimentos no setor energético no estado demonstram a confiança que o setor privado e a União vêm depositando em MS. Atualmente, incluindo as hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá e Sérgio Motta, localizadas na divisa com São Paulo, 11 usinas estão em operação comercial no estado. (Canal Energia - 10.06.2002)

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5- Celesc investe em projetos de PowerLine no país

O presidente da Celesc, José Fernando Xavier Faraco, afirmou nesta segunda-feira, dia 10 de junho, que a área de telecomunicações é uma grande oportunidade de negócio para a empresa. A afirmação foi feita durante o 3° Seminário sobre Tecnologia PowerLine Telecommunications, em Santa Catarina. Segundo o presidente, a Celesc tem uma boa capilaridade nas linhas de transmissão, o que permite o avanço da empresa na infra-estrutura de telecomunicações. A companhia apresentou ainda o projeto-piloto de um sistema de leitura automática com a transferência de dados via rede elétrica. Desenvolvido em parceria com a Star Energy, o projeto está em fase de testes. (Canal Energia - 10.06.2002)

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6- Cemig inaugura centro de pesquisa em eficiência energética

A Cemig inaugurou, nesta segunda-feira, 10 de junho, o Centro de Demonstração e Pesquisa Aplicada em Eficiência Energética, que fica no campus 2 do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais. Criado para realizar pesquisas na área de combate ao desperdício de energia elétrica, no centro serão desenvolvidas atividades ligadas ao ensino, pesquisa e extensão, com cursos de formação e capacitação de estudantes universitários e dos níveis técnico, médio e fundamental, e reciclagem de profissionais da área de energia, além do público em geral. (Canal Energia - 10.06.2002)

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financiamento

1- Venda livre consolida-se no mercado

Os contratos bilaterais de compra e venda, que a partir de 2003 responderão pela maior parte da energia livremente negociada, já se consolidaram no mercado. Prova disso é o desempenho das empresas comercializadoras, que funcionam como elo de ligação entre as pontas vendedora e compradora de eletricidade. Cálculos correntes no setor - pois não existem números consolidados sobre as operações - apontam que, do início do ano até agora, apenas as três ou quatro comercializadoras mais ativas, das 40 autorizadas pela Aneel, movimentaram cerca de 5 milhões de MWh. Grosso modo, o volume corresponde à produção de uma usina de 1 mil MW - uma potência superior, portanto, à da hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (TO), com 900 MW. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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2- Preços de energia aumentam em todo o país

O preço da energia no MAE aumentou em todo o País esta semana. A maior alta (255,2%) foi registrada no submercado Sul, onde o MWh passou dos R$ 4 da semana passada para R$ 14,21. O MWh negociado no Norte custa R$ 7,69, ante R$ 5,57 da semana anterior, com aumento de 38%. No Sudeste/Centro-Oeste, os preços foram para R$ 41,21, com alta de 56,3%. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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3- MAE aprova arbitragem

Os agentes do MAE aprovaram ontem a convenção arbitral, conjunto de normas que vai nortear a solução de disputas no mercado. Eles optaram pela câmara de arbitragem coordenada pela Fundação Getútlio Vargas (FGV-RJ). A decisão da Assembléia Geral Extraordinária do MAE desclassificou as propostas da Câmara de Comércio Brasil-Canadá e da Camarb, ligada à Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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4- FGV será responsável pela Câmara Arbitral do MAE

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro será a instituição responsável por arbitrar as futuras desavenças entre os agente de mercado. A definição foi feita nesta terça-feira, dia 10 de junho, durante Assembléia Geral Extraordinária do MAE, realizada em São Paulo. Disputava com a FGV o conselho arbitral da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. Até o final de junho, o novo foro deve estar pronto para operar. O órgão escolhido atuará de acordo com a convenção de mercado e com a legislação arbitral do MAE, aprovadas recentemente. "A partir de agora, quaisquer desavenças serão encaminhadas para a Câmara, e não mais para a Justiça", diz Fernando Quartim, consultor do Grupo Rede, que participou da Assembléia. A atuação da Câmara não terá efeito retroativo; com isso, entraves como a disputa pelos excedentes de Itaipu continuarão sob o âmbito jurídico. (Canal Energia - 10.06.2002)

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financiamento

1- Investidores buscam título da dívida e risco cai 3%

Os títulos da dívida soberana renegociada tiveram um ajuste técnico, ontem, e favoreceram a cotação dos demais ativos brasileiros. Depois de cair 9,5% na semana passada, os investidores consideram atrativo o preço do C-Bond, o título brasileiro mais negociado no mercado internacional, e decidiram comprar o papel. Só ontem, o C-Bond subiu 2% e era negociado a US$ 0,702. A valorização influenciou o risco-país, medido pelo índice Embi+ do JP Morgan, que caiu 3,1% para 1.144 pontos. Quanto menor o índice, maior é a confiança dos investidores de o país honrar sua dívida. Os demais títulos da dívida brasileira também subiram. O Global 04 subiu 4,42% e valia US$ 0,916. O Global 40 teve alta de 2,02% e era negociado a US$ 0,69375. Mas a alta ainda não é um movimento consistente. "Não há clientes novos comprando os papéis brasileiros. Houve apenas um ajuste técnico de preços feito pelas tesourarias", disse o gerente da área internacional do Banco Fibra, Marcelo Marinelli. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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2- BC recompra títulos cambiais

O Banco Central (BC) continuou trocando os títulos públicos com vencimento no longo prazo (entre 2004 e 2006) por outros com prazo menor (2003). Ontem, o BC inovou e recomprou, pela primeira vez, R$ 2,4 bi em títulos cambiais que venciam entre 2004 e 2005. Em contrapartida colocou em mercado papéis indexados ao dólar com vencimento em 2003. "A troca tirou a pressão de compra do dólar", disse o diretor de câmbio da Corretora Novação, Mário Battistel. Quem buscava proteção em dólar no curto prazo vai ficar com os títulos cambiais ao invés de comprar dólar. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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3- Juros futuros fecham em queda

As projeções das taxas de juros futuros também tiveram queda. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de outubro passou de 18,90% para 18,63% ao ano. A taxa de janeiro de 2003 foi de 19,65% para 19,20% ao ano. "As taxas ainda estão longe de estarem condizentes com os bons fundamentos econômicos", disse o diretor do Lloyds TSB, Maurício Zanella. O BC fez mais um leilão para recomprar títulos pós-fixados, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) com vencimento entre 2004 e 2006 por outros com resgate em 2003. A redução do prazo dos títulos atende ao mercado financeiro que quer fugir do risco de crédito em caso de descontinuidade da política monetária e fiscal no próximo governo. Ontem, os investidores especulavam sobre novas pesquisas eleitorais. As apostas eram que o candidato do governo, José Serra (PSDB) - que simboliza a continuidade do modelo atual - iria se consolidar na segunda posição. (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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4- Dólar comercial abre em alta de 0,19%

O dólar comercial abriu, nesta terça-feira, com alta de 0,19%, cotado a R$ 2,631 na compra e R$ 2,641 na venda. Ontem, a moeda fechou em queda de 0,04% a R$ 2,636, na venda, com poucos negócios durante o dia. A Ptax, média das cotações apurada pelo BC, ficou em R$ 2,6367, na venda, queda de 1,29%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o contrato de dólar para julho caiu 0,07% e valia R$ 2,653. (JB Online & Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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gás e termoelétricas

1- Brasil poderá exportar excedentes de gás natural

O presidente da Petrobras, Francisco Gros, disse há pouco que há interesse de empresas internacionais em exportar a produção excedente de gás natural no Brasil. Ele classificou como "absolutamente viável" o transporte do produto para os Estados Unidos, que têm grande demanda. "O crescimento do mercado de gás é menor no Brasil do que se esperava", explicou. "Se o mercado das termelétricas não se viabilizar, existe a opção de exportar", completou. Segundo afirmou, a expansão da demanda do gás depende da utilização do produto na geração de eletricidade. Ele informou que a Petrobras estuda a construção de um gasoduto a partir da Bolívia, que entre no Brasil pela região Sul, após passar pelo Paraguai, mas que a viabilidade do projeto "depende de certas previsões de crescimento do gás brasileiro". (Gazeta Mercantil - 11.06.2002)

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internacional

1- Proinversión espera boas ofertas pelas geradoras Egasa y Egesur

A Proinversión, órgão responsável pelas privatizações no Peru, espera receber boas propostas pelas geradoras Egasa y Egesur, as quais serão privatizadas na próxima Sexta feira, 14 de junho, quando as empresas que participam do processo apresentarão as ofertas econômicas, informou Jorge León, diretor gerente de geração elétrica da Proinversión. León informou que "tudo indica que na próxima Sexta-feira haverá una festa e que se apresentarão várias propostas e boas". "As empresas que serão privatizadas estão prontas, assim como os investidores ", adicionou. As empresas pré qualificadas são as americanas PSEG e NRG Energy, a belga Tractebel e a norueguesa Stratkraft. (Business News Americas - 07.06.02)

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2- REE reafirma continuidade nos investimentos

A transmissora elétrica espanhola REE seguirá investindo no setor elétrico peruano apesar de não haver apresentado uma oferta no processo de licitação das transmissoras Etecen e Etesur, cuja concessão por 30 anos ficou com a colombiana ISA, informou o diretor geral da área internacional da REE, Luis Ballester Surroca. Ballester assinalou que a estatal REE participou de todas as etapas da licitação da Etecen e Etesur, mas no último momento chegou a indicação vinda da Espanha para não apresentar ofertas na Quarta feira, dia 5, quando se apresentam e foram abertas as ofertas econômicas. Manuel Parrondo, gerente geral da peruana Redesur - empresa controlada pela REE- disse que a empresa segue interessada em participar de outros projetos de transmissão elétrica no Peru. (Business News Americas - 07.06.02)

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3- Petroecuador bloqueia contas de geradoras

A petroleira estatal equatoriana Petroecuador bloqueou, neste dia 6, as contas bancarias das geradoras estatais Electroguayas, Termoesmeraldas e Termopichincha, ante a falta de pagamentos pela aquisição de combustíveis. A Petrocomercial anunciou ao regulador bancário do país o bloqueio das contas até a acumulação dos US$ 28,9 mi, valor da dívida vencida que têm as geradoras desde 1999 até dezembro do ano passado. Por sua parte, as três geradoras advertiram sobre o risco de que a decisão da Petroecuador pode afetar as operações das centrais termelétricas por falta de liquidez, o que afetará a estabilidade do serviço elétrico em todo o país. A Petrocomercial indicou que se manterá a intervenção até que as autoridades da Petroecuador disponham de um novo mecanismo de cobrança. Os diretores das geradoras indicaram que seus empréstimos a serem cobrados ante as distribuidoras de energia (também estatais) superam amplamente o valor reivindicado pela Petroecuador. (Business News Americas - 07.06.02)

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4- Governo venezuelano planeja conceder elétricas

O plano econômico do Governo da Venezuela espera conceder as empresas elétricas estatais à privados o que seria possível nesse momento, na medida em que existe uma nova lei elétrica que regula o setor, informaram fontes oficiais. "As condições para o êxito de transferir as operações ao setor privado são agora muito mais transparentes graças à "Ley del Servicio Eléctrico", que estabelece a participação de investidores privados nacionais e estrangeiros em todos os segmentos do negócio", disseram as fontes. As concessões para o setor elétrico estão incorporadas no programa econômico do Governo conhecido como "o plano Tobías", fazendo alusão a um de seus autores, o ministro de finanças, Tobías Nóbrega. O setor elétrico venezuelano necessita de US$ 1.200 mi ao ano para atender à demanda anual de 4% em média. (Business News Americas - 10.06.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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