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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 893 - 10 de junho de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Gomide explica a estrutura da CGSE

A garantia é de Francisco Gomide, ministro das Minas e Energia: os trabalhos do comitê de Revitalização não serão prejudicados pelo fato de terem passado à recém-criada CGSE, sucessora da GCE e subordinada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Profissionais do setor manifestaram o temor de que o CNPE, por não funcionar na prática, acabaria provocando o atraso na tomada de decisões da revitalização. Mas, segundo Gomide, a implementação das 33 medidas em estudo pelo Comitê de Revitalização não dependerá da apreciação prévia do CNPE. O trabalhos serão abrigados pelo Ministério de Minas e Energia que, nas próximas semanas, cuidará de estruturar seu regimento interno. O resultado dos trabalhos será apresentado diretamente à Advocacia Geral da União (AGU), que se manifestará pela necessidade ou não de audiência pública e sobre qual será a forma do instrumento legal para sua implantação: decreto, lei, portaria ou resolução da Aneel. A GCSE terá três funções: propor diretrizes para a política nacional de energia; promover a integração do setor elétrico com as demais políticas do governo e gerenciar o programa emergencial de energia elétrica. Isso implica tanto em concluir as medidas de revitalização quanto em acompanhar o andamento dos projetos do emergencial de expansão da oferta. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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2- GCE engloba janeiro e fevereiro de 2002 nos reajustes extraordinários

A GCE, em um de seus últimos atos, estabeleceu ajustes na metodologia de cálculo do aumento extraordinário nas tarifas de energia elétrica dos consumidores. A mudança nos parâmetros engloba os meses de janeiro e fevereiro de 2002 - os dois últimos do programa de racionamento - no período de aplicação dos índices de 2,9% e 7,9%. A resolução da Câmara foi publicada nesta sexta-feira, dia 7 de junho, no Diário Oficial da União. Com isso, aumentará também o prazo de vigência dos reajustes, que será flexível de acordo com o nível de perdas registrado por cada concessionária. Este prazo será estabelecido pela Aneel após a assinatura do acordo geral do setor elétrico, previsto para acontecer na próxima sexta-feira, dia 14 de junho, em Brasília. Pela Lei 10.438/02, que regulamenta a cobrança, a agência tem até o dia 30 de agosto deste ano para definir o tempo de vigência do aumento para cada concessionária. A tendência, porém, é que até o final deste mês o órgão deverá finalizar a análise do contrato setorial. Com a assinatura do acordo geral - em fase de discussão desde dezembro do ano passado - a Aneel homologará os valores individuais de cada empresa apresentados no documento, e então emitirá resoluções definindo as diferentes linhas de tempo para a recomposição. Serão contempladas somente as distribuidoras das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, afetadas pelo racionamento este ano. (Canal Energia - 07.06.2002)

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3- Governo quer amenizar impacto de tarifas sobre consumidor

Para amenizar o impacto sobre as tarifas para o consumidor, o Governo decidiu criar um fundo com a parte dos lucros adicionais das empresas com os leilões (que pertence à União), a ser utilizado para subsidiar as tarifas e reduzir o impacto do aumento de custos para o consumidor. Além disso, ele quer que a partir de julho de 2003, as distribuidoras passem a fazer licitações para comprar energia. Essa seria mais uma das maneiras de reduzir o preço da energia e sua volatilidade atual. Com as novas medidas, as distribuidoras passaram a ser obrigadas a manter 95% da energia que distribuem contratadas em PPAs (Power Purchase Agrement, os chamados contratos de longo prazo). (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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4- Especialistas criticam proposta do Governo de criação de fundo

Para amenizar o impacto sobre as tarifas para o consumidor, o Governo decidiu criar um fundo com a parte, que cabe à União - já que a União é acionista majoritária das geradoras estatais -, dos lucros adicionais das empresas com os leilões de energia. Esse fundo seria utilizado para subsidiar as tarifas, reduzindo o impacto do aumento de custos para o consumidor. O que nenhum especialista se arrisca a estimar, porém, é o tamanho que terá o fundo e, principalmente, se será suficiente para não deixar a tarifa para o consumidor disparar. Na opinião do coordenador do Programa de Planejamento Energético da Coordenação de Programas de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Maurício Tolmasquim, a medida é absurda. De acordo com Tolmasquim, não há lógica em elevar os preços da energia e subsidiar as tarifas para o consumidor com o lucro das estatais provenientes desses aumentos. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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5- Governo divulga cronograma para setor energético

Pelo cronograma apresentado pelo Governo, estão programadas para julho as seguintes medidas: mudança no Valor Normativo (VN) de energia, incentivo à geração térmica de gás natural, consumidores livres e cativos, realinhamento tarifário, exigências de contratação bilateral e abertura das parcelas das tarifas de distribuição. Para agosto, está agendado o leilão da energia das estatais e desverticalização (separação dos ativos de transmissão e geração das empresas). Em setembro, pelo cronograma, serão feitas as revisões tarifárias das distribuidoras e a implementação de oferta de preços. O Governo vai divulgar, no próximo dia 20, os instrumentos legais que serão necessários para colocar em prática as medidas anunciadas na última terça-feira. De 1º a 15 de julho, será realizada consulta pública sobre as medidas e no dia 31 de julho, anunciadas as decisões finais. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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6- Recurso da AES Sul ainda não recebeu negativa da Aneel

A direção da AES Sul informou , na sexta-feira, que ainda não havia recebido notificação sobre a negativa da Aneel a seu recurso contra as modificações feitas pela agência na fórmula de contabilização das perdas no MAE. A empresa disse que só falará sobre o assunto depois que receber comunicado da Aneel, que publicou a decisão na última quinta-feira no Diário Oficial da União. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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7- Senado discute projeto de cabo subaquático de energia na Amazônia

O senador Luiz Otávio (PPB-PA) defendeu nesta sexta-feira, dia 7 de junho, no Senado, pedido de recursos para a construção de projeto das Celpa que pretende colocar um cabo subaquático no Rio Amazonas com o objetivo de distribuir a rede de energia elétrica oriunda da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, para os demais estados da Amazônia. Segundo o senador, a Celpa tem atingido as metas projetadas de ampliação da rede elétrica paraense até os municípios da região denominada Calha Norte, atingindo 1,1 milhão de consumidores, e, com o cabo subaquático, avalia, poderá beneficiar grande parte da população dos estados vizinhos. (Canal Energia - 07.06.2002)

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8- Pedido de parcelamento de multa pela Coelce é negado

O pedido de parcelamento da multa de R$ 549 mil feito pela Coelce foi indeferido pela Aneel. Também foi negado o pedido de exclusão da atualização monetária, em decorrência do Auto de Infração n° 005/1999-SFF feita pela companhia. (Canal Energia - 07.06.2002)

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9- Aprovados projeto básico da PCH Capivari e estudos de inventário hidrelétrico dos rios Jaguari-Mirim e da Areia

O projeto básico da PCH (Pequenas Centrais Hidrelétricas) Capivari, da Cooperativa de Eletrificação Rural de Braço do Norte, e os estudos de inventário hidrelétrico simplificado do rio Jaguari-Mirim, apresentado pela AES Tietê e do rio da Areia, apresentado pela J. Malucelli Construtora de Obras, foram aprovados pela Aneel. Os estudos do rio Jaguari-Mirim, situado na cidade paulista de São João da Boa Vista, revelaram um potencial global de 21,9 MW, distribuídos em sete aproveitamentos: Santa Inês, com 1,6 MW; São José, com 4 MW; Nossa Senhora de Fátima, com 1,5 MW; São Joaquim, com 3 MW; Retirão, com 4 MW e Jacubinha, com 4,9 MW. O rio tem uma área de drenagem total de 2.141 quilômetros quadrados. Já os estudos do rio da Areia, que tem uma área de drenagem total de 2.157 quilômetros quadrados e fica no Paraná, identificaram um potencial global de 38,4 MW, distribuídos em cinco aproveitamentos. A PCH Capivari tem potência instalada de 12 MW, e fica nos municípios de São Martinho e São Bonifácio, no Estado de Santa Catarina. (Canal Energia - 07.06.2002)

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10- Seminário discute política de energia

O Centro Industrial do Ceará (CIC) promove, na próxima quarta-feira (12), o seminário sobre a nova política nacional para o setor elétrico. Diversas questões serão discutidas durante os três paíneis do encontro: A nova estruturação do sistema elétrico brasileiro, a formação de um mercado competitivo de gás na viabilização da geração térmica e o papel das energias renováveis no novo modelo. (O Povo - 10.06.2002)

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11- Aneel estabelece produtora independente e enquadra PCH

A Veredas Energética foi autorizada, pela Aneel, a estabelecer-se como produtora independente de energia elétrica, mediante o aproveitamento do potencial hidráulico Catumbi, que foi enquadrado na condição de PCH (Pequena Central Hidrelétrica) pela agência. A PCH tem 14.000 kW de potência instalada e está localizada no rio Carinhanha, nos municípios de Cocos, estado da Bahia, e Bonito de Minas Gerais, estado de Minas Gerais. Deve ser criado um reservatório com área igual a 4,70 quilômetros quadrados. As instalações de interesse restrito da central geradora serão constituídas de subestação da usina com capacidade de 16.650 kVA, 4,16/69 kV, bem como uma linha de transmissão de 85 km de extensão, em 69 kV, conectada à Subestação Montalvânia, da Cemig, em circuito simples. O início das obras só deverá ocorrer após a aprovação do respectivo projeto básico pela Aneel. As três unidades geradoras devem começar a operar comercialmente até 1º de julho de 2004. (Canal Energia - 07.06.2002)

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risco e racionamento

1- Região Nordeste registra queda de 2,7% no consumo de energia

Números do ONS apontam uma queda de 2,7% no consumo de energia na região Nordeste. Na última quinta-feira, dia 6 de junho, a demanda neste subsistema foi de 2.550 MW, produzindo uma economia de 4,44% em relação a curva de referência mensal estabelecida para o mês. Já no Sudeste/Centro-Oeste, a situação se inverte: o consumo teve pequeno crescimento de 0,27% em comparação com o dia anterior, chegando 25.406 MW. Mesmo assim, a demanda ainda está 3,73% abaixo da curva de referência mensal. No submercado Norte, o consumo também subiu na última quinta-feira. A demanda verificada nesta região foi de 2.647 MW, um aumento de apenas 0,19%. Na região Sul, houve queda de 0,15% no consumo de energia, chegando a 7.577 MW. (Canal Energia - 07.06.2002)

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2- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Presidente da Eletrobrás prevê crescimento anual de 5%

O mercado nacional de energia elétrica continuará crescendo cerca de 5% ao ano. Qualquer projeção de longo prazo vai demandar, portanto, uma quantidade grande de novas usinas e linhas de transmissão, disse o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho. Ele acrescentou que o país tem abundância de recursos primários para produzir energia elétrica, sendo talvez o maior laboratório do mundo na utilização de diferentes opções de produção de energia, seja pela sua dimensão continental ou pelas suas características geográficas. "É preciso combinar as diferentes formas de energia, gás natural, eólica, solar, entre outras opções compondo a matriz energética brasileira. O que resultará em uma energia a custo satisfatório", destacou. (Gazeta Mercantil e Canal Energia - 10.06.2002)

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2- Agronegócios e energia lideram investimentos

Na esteira do esgotamento do primeiro ciclo de investimentos das telecomunicações pós-privatização, os setores de petróleo, gás, máquinas agrícolas, indústria de alimentos, papel e celulose, química e energia elétrica estão ocupando espaço na economia brasileira, remando contra a maré de estagnação da indústria no País. Os números do banco informam aumento de 55% nas liberações de recursos para o setor agropecuário, expansão de 53% nos desembolsos para o setor químico, de 209% para o setor de infra-estrutura, com destaque para eletricidade e gás, que tiveram disponibilizados recursos de quase R$ 2 bi no primeiro quadrimestre. (Valor Econômico - 10.06.2002)

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3- Elétricas e empresas endividadas são mais afetadas por eleições

Apesar das turbulências da semana passada no mercado de câmbio e de renda fixa, que afetaram os preços de quase todos os papéis recomendados pelos analistas, eles optaram por manter suas indicações. As ações de empresas do setor elétrico, das endividadas em dólar e dos bancos foram as mais afetadas na semana. "A crise das LFTs afetou os bancos, e a alta do dólar prejudicou o setor elétrico, que tem um endividamento pesado em moeda estrangeira", diz Gustavo Alcântara, analista do banco Prosper. A Eletrobras caiu 8,17% na semana, a Cemig 5,59%, a Cesp 7,51% e a Celesc 5,36%. Por conta da variação cambial a Sabesp também sofreu, pois tem dívidas de longo prazo em dólar. "O câmbio vai afetar o balanço do segundo trimestre da empresa", diz Alcântara. (Folha de São Paulo - 10.06.2002)

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4- Mercado ainda em compasso de espera

Após o detalhamento das medidas de revitalização do setor elétrico, o mercado continua com dúvidas sobre o novo modelo energético do País. A única certeza dos analistas é que os investidores deverão continuar esperando, pelo menos, até as eleições para tomar as decisões sobre novos empreendimentos. Para André Segadilha, analista do Banco Brascan, a grande expectativa do mercado é se o novo governo modificará novamente as regras do setor. Para ele, com as novas medidas, o Governo admitiu que errou, mas está no caminho certo de construir uma regulamentação bem determinada para incentivar novos investimentos.Fábio Okamoto, analista de projetos do ABN Amro, concorda que somente em novembro os investidores decidirão sobre novos empreendimentos. Mesmo assim, ele avalia que ainda é difícil dizer se o novo modelo deverá funcionar. "Como é tudo muito novo, só temos a teoria. Não sabemos ainda como esse modelo irá funcionar na prática". Para ele, a continuidade de financiamentos no setor será determinante no crescimento dos investimentos. "Os investidores querem evitar o risco cambial e a oferta de financiamentos no País é muito importante", acrescenta. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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5- Celpa condenada em R$ 274 mi

A Rede Celpa, distribuidora de energia elétrica no Pará, que faz parte do Grupo Rede, foi notificada na semana passada, em processo de execução, para pagar R$ 274,090 mi a 2,6 mil trabalhadores - funcionários e ex-funcionários - referentes às perdas salariais do Plano Bresser. O montante é considerado um dos maiores passivos do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região. A empresa tem agora dez dias, a contar da data da notificação, para fazer o pagamento ou tomar outra medida, sob pena de prosseguimento da execução, caso em que deverá nomear bens à penhora. De acordo com o diretor de Gestão Empresarial do Grupo Rede, Nuremberg Borja de Brito, a empresa não deve nada aos trabalhadores, pois teria pago a diferença salarial do Plano Bresser em agosto de 1987, data do dissídio coletivo dos urbanitários, naquela época. O plano foi instituído em julho de 1987. A direção da empresa diz que vai impugnar o cálculo e pedir a limitação dele à data base, com fundamento em jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A justificativa é que o cálculo feito à época da reclamação trabalhista, em 1994, não teria sido exato. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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6- Presidente da Abrage aponta falhas do setor

Para o presidente da Abrage, Flávio Antônio Neiva, uma das principais dúvidas que ainda restam sobre o setor elétrico hoje diz respeito ao sistema de formação de preços do mercado spot, cujas negociações deverão ocorrer no MAE (que ainda não começou a funcionar porque tem pendências judiciais sobre a comercialização dos excedentes da usina de Itaipu). Atualmente, o cálculo dos preços é feito por meio de uma fórmula que leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que deixa o preço muito volátil. No auge do racionamento, o MWh chegou a custar R$ 684 e, quando começou a época de chuvas, chegou a menos de R$ 10. Neiva ressalta ainda que o equilíbrio entre oferta e demanda de energia, que deve ser planejado, segundo ele, com um horizonte de 5 anos, também não foi resolvido. Outro problema que continua persistindo, segundo o executivo da Abrage, é o déficit da capacidade de transmissão entre as regiões Sul e SE e a ligação SE - NO. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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7- Apesar de risco de refinanciamento, S&P mantém ratings da Eletropaulo

A agência de classificação risco Standard & Poor´s manteve os ratings de crédito da Eletropaulo, em "BB-" com perspectiva negativa. Contudo, o boletim, divulgado nesta sexta-feira, dia 7 de junho, destaca risco de refinanciamento dos dividendos em 2002, entre outros fatores, pela redução da capacidade de captação de recursos, em função do ambiente macroeconômico nacional desfavorável. Segundo o comunicado, tanto os R$ 960 mi que a distribuidora receberá de recursos do BNDES pela assinatura do acordo geral do setor elétrico - a ser concretizada no dia 14 de junho - quanto a geração de caixa da empresa no segundo semestre de 2001, em torno de R$ 720 mi, são insuficientes para atender as necessidades financeiras da empresa. Com isso aumentam as possibilidades de captação externa. A S&P prevê que os riscos de refinanciamento persistirá em 2003, à medida em que vence a dívida da AES Elpa (antiga Lightgas) e da Transgas. Apesar da dívida estar atrelada às empresas controladoras, a agência considera como obrigações da Eletropaulo, já que os dividendos gerados pela concessionárias serão alocados para a dívida. A classificadora afirma que a empresa terá capacidade de firmar os compromissos da sua dívida deste ano, dentro do período adequado. (Canal Energia - 07.06.2002)

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8- Perspectiva em relação à emissão de debêntures da Cesp é estável

A nona emissão de debêntures subordinadas e não conversíveis da Cesp, no valor total de R$ 450 mi e com vencimento final em 2006, recebeu o rating 'brBBB+' da Standard & Poor's. A agência de classificação de risco também atribuiu à Cesp o rating 'brA-', dentro de sua Escala Nacional Brasil. Segundo o boletim da corretora, "o rating atribuído à emissão de debêntures da Cesp ficou um degrau abaixo do rating de crédito corporativo da empresa", o que demonstra a subordinação destes títulos às obrigações seniores da empresa. A perspectiva estável para o rating local reflete a qualidade dos ativos de geração da Cesp, localizados estrategicamente no Estado de São Paulo. Tal conjuntura torna a empresa capaz de manter um fluxo de caixa estável e de, conseqüentemente, amortizar seu endividamento. No entanto, mesmo após o anúncio do acordo geral do setor elétrico, visto de forma positiva pelo mercado, vários outros fatores influenciam negativamente o rating da empresa, como o alto risco regulatório e o fraco perfil financeiro da empresa. (Canal Energia - 07.06.2002)

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9- Cemig é a vencedora do Prêmio Procel

A Sadia, no estado do Paraná; a Companhia Siderúgica Nacional (CSN), no estado do Rio de Janeiro; e a Cemig são as empresas vencedoras do Prêmio Procel - Edição 2001 nas categorias Indústrias e Empresas de Energia Elétrica. A Sadia venceu no segmento de Energia Elétrica. Já a CSN ficou com o prêmio no segmento de fontes alternativas. No segmento de Petróleo, Gás e Derivados, a empresa vencedora foi a Albrás - Alumínio Brasileiro, localizada no estado do Pará. Na categoria Empresas de Energia Elétrica, o segundo lugar ficou com a Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses). Realizado anualmente, o prêmio é promovido pela Eletrobrás, no âmbito do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), e em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet). A entrega dos prêmios acontecerá no próximo dia 26 de junho, às 17 horas, em Brasília. Participam da cerimônia o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, e o presidente da Eletrobrás, Altino Ventura Filho. (Canal Energia - 10.06.2002)

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financiamento

1- Leilão de geradora federal sai do papel

O cronograma do leilão de energia elétrica estatal ganhou corpo. O MAE já escolheu os consultores que irão trabalhar esses leilões e as empresas do setor preparam suas estratégias para a disputa. Estes são os sinais de que uma das principais medidas do comitê de revitalização do setor elétrico, ligado à extinta GCE, está saindo do papel. O edital será divulgado pela Aneel em meados de julho, segundo o presidente do MAE, Lindolfo Paixão. O governo pretende fazer um único leilão, durante o mês de setembro, completa ele. O MAE selecionou o Banco do Brasil (BB) para operar o pregão, que será realizado via internet. O contrato com o BB será assinado nos próximos dias. Paixão informou que a PriceWaterhouse Coopers foi contratada como consultora do leilão, por R$ 1 mi. A simulação do leilão, último passo do cronograma do MAE para preparação da disputa, está prevista para meados de agosto. A fase atual, explica Paixão, abrange o desenvolvimento do projeto, das fórmulas algébricas e dos sistemas de computador. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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2- Preço a ser atingido nos leilões ainda é dúvida

De acordo com os analistas do setor elétrico, uma das principais questões que ainda continuam sem resposta sobre o novo modelo energético do País é o preço que deverá ser atingido nos leilões com a liberação dos contratos antigos entre distribuidoras e geradoras estatais. Atualmente, a energia das hidrelétricas estatais, que já tiveram os investimentos amortizados e, portanto, podem vender energia a um preço inferior ao dos empreendimentos novos, é comercializada por meio de contratos com as distribuidoras. Como o preço do MWh nesses contratos é muito inferior aos custos de geração das termelétricas, estas últimas têm dificuldades para vender a sua energia, tornando estes empreendimentos pouco atrativos. Para reduzir essa assimetria, o Governo decidiu obrigar as estatais federais a colocar progressivamente (25% por ano) sua energia "velha" à venda em leilões públicos. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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3- Analista do Brascan diz que leilões servirão de balizador de preços

Para André Segadilha, analista do Banco Brascan, os leilões de energia servirão como um balizador para os preços da energia livre substituindo o VN, ou seja, com os leilões de energia determinados para as estatais o mercado vai poder se auto-regular de acordo com a lógica da oferta e da demanda. As geradoras estaduais e privadas também poderão participar dos leilões, de forma opcional. De acordo com o cronograma definido pelo Governo, os leilões deverão começar em agosto e deverão provocar alta no preço da energia a ser comprada pelas distribuidoras. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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financiamento

1- Dólar comercial abre em alta de 0,03%, a R$ 2,6370 para venda

O dólar comercial abriu nesta manhã cotado a R$ 2,6370 para a venda e R$ 2,6270 para a compra - alta de 0,03% frente ao pregão de sexta-feira, quando a moeda fechou em baixa de 0,90%, cotada a R$ 2,6340 na compra e a R$ 2,6360 na venda. Na sexta-feira, teleconferência organizada pelo Goldman Sachs, na qual o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, tentou tranqüilizar os investidores estrangeiros, surtiu efeitos visíveis no mercado financeiro. Além disso, já exixtiam boatos - que se confirmaram - sobre a pesquisa eleitoral do Datafolha que apontou José Serra (PSDB) ganhando terreno. O novo cenário serviu de pretexto para os investidores realizarem lucros. Na conferência, o presidente do BC, Armínio Fraga, deu sinais de que a autoridade monetária mexerá nos juros primários caso a inflação continue sinalizando queda - informou um analista. (Valor Online - 10.06.2002)

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2- Tesouro reduz prazo de prefixados em leilão

A volatilidade deve permanecer no mercado financeiro nesta semana. Os investidores têm pelo menos dois bons motivos para estarem preocupados. Na próxima semana, vencem R$ 4 bi em títulos cambiais e a dúvida é saber como o Tesouro Nacional e o Banco Central (BC) farão a rolagem da dívida: títulos cambiais ou contratos de "swap cambial". Outro fator é a divulgação da inflação acumulada em maio pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O índice serve de referência para a meta de inflação neste ano, de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. O mercado espera que a taxa fique em 0,35%. Se a inflação continuar dando sinais de queda, o Comitê de Política Monetária (Copom) pode reduzir os juros básicos da economia, que estão em 18,5% ao ano, neste mês. O nervosismo do mercado financeiro na semana passada levou o Tesouro Nacional a diminuir a oferta de títulos prefixados e reduzir o prazo dos papéis. Os investidores querem papéis públicos que vençam ainda neste ano porque temem a inadimplência da dívida no próximo governo. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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3- Brasil contamina países emergentes

A crise no mercado financeiro derrubou o preço dos títulos da dívida soberana brasileira e contaminou os papéis dos demais países emergentes, que também tiveram desvalorização nos últimos dias. Os investidores venderam títulos brasileiros para fugir do risco de curto prazo e derrubaram o preço dos papéis, gerando perdas para suas carteiras. Para cobrir o prejuízo, a solução foi vender títulos de outros países: um efeito dominó. Além disso, os investidores norte-americanos, os mais atuantes na compra e venda de títulos, reduziram as aplicações em países emergentes. O resultado é que quase todos os títulos da dívida soberana e Global Bonds estão em baixa no mercado internacional. O lado positivo da história é que quando os preços caem muito ficam mais atrativos e podem trazer novos compradores os papéis. Entre os papéis brasileiros mais negociados, o C-Bond caiu 8,77% neste mês e era negociado a US$ 0,688, na sexta-feira. A queda de junho corresponde a 80% da desvalorização no ano, que ficou em 10,55%. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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gás e termoelétricas

1- Analistas aprovam incentivo a termelétricas a gás

A medida de incentivo às termelétricas a gás, definida pelo Governo na reunião sobre a revitalização do setor elétrico, foi elogiada pelos analistas, mas o coordenador do departamento de análise da Itaú Corretora, Reginaldo Alexandre, ressaltou que ainda falta ser definido como será aplicado o subsídio. O Governo já anunciou que utilizará recursos da Cide, cobrada na venda de gasolina e diesel, para subsidiar o gás das usinas do Programa Prioritário de Termeletricidade , mas não informou qual será o valor do subsídio. Na terça-feira, o ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, disse que o Governo deverá definir um Valor Econômico de Referência (VER - R$/MWh) para a geração térmica. Dessa forma, o incentivo será a diferença entre o VER e o Valor Normativo, que foi unificado para todos as fontes de energia. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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2- Governo deverá definir VER para térmicas

O Governo deverá definir um Valor Econômico de Referência (VER) para a geração térmica. A diferença entre o VER e o Valor Normativo, unificado para todas as fontes de energia, servirá de incentivo para as térmicas. O VN ficaria abaixo do custo de geração termelétrica e um pouco acima do valor da energia vendida pelas hidrelétricas. O VN está em R$ 72 por MWh, mas os analistas afirmam que o valor é defasado e que o Governo deverá definir novo patamar. O subsídio para o gás poderia ser reduzido à medida em que os custos das termelétricas fossem diminuindo.A previsão do Governo é de que o custo atual, cerca de R$ 92, possa cair para cerca de R$ 82 no futuro. Umas das medidas para forçar essa queda é diferenciar a tarifa de transmissão de acordo com a distância do centro de carga. Como as termelétricas, normalmente, estão mais próximas dos centros de consumo, se beneficiariam da diferença de tarifa de transmissão. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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3- Governo considera que "fatores potenciais" reduzirão custos de térmicas

O Governo considera que há "fatores potenciais" que poderão reduzir o custo da geração térmica. Esses fatores seriam o amadurecimento do mercado de gás natural, a harmonização entre a geração a gás e hidrelétrica, a flexibilização dos requisitos de take or pay - que obriga as empresas a pagarem pelo gás, mesmo sem a sua utilização -, redução de custos de equipamentos e aumento da confiança dos investidores. (Jornal do Commercio - 10.06.2002)

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4- Empresas fazem Avaliação Ambiental Estratégica na bacia de Camamu-Almada

Cinco empresas contrataram a Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para fazer uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em quatro blocos da bacia de Camamu-Almada. El Paso, Petrobras, Queiroz Galvão, Ipiranga e Petroserve estão preocupadas em conseguir produzir a já anunciada reserva de gás descoberta na região. As companhias encontram dificuldades com os órgãos ambientais e com a população, acostumada a sobreviver do turismo e da pesca. A Coppe deve entregar o estudo em setembro, na mesma data em que concluirá o planejamento estratégico da bacia hidrográfica brasileira, para Ministério de Meio Ambiente. O trabalho faz parte de um grupo de avaliações para ajudar a ANP a definir as áreas que serão leiloadas. (Gazeta Mercantil - 10.06.2002)

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5- Potigás destinará mais recursos para expansão de gasoduto

A Companhia Potiguar de Gás (Potigás) anunciou que investirá mais recursos na canalização de gás natural, devendo com isso ampliar a malha de gasodutos do Rio Grande do Norte. Um dos projetos dentro desse contexto será a construção do gasoduto dos salinicultores, como tem sido chamado. A obra vai beneficiar a indústria salineira das cidades de Mossoró, Areia Branca e Grossos. O projeto visa a interligação dos três municípios por meio de um cinturão de dutos que levará gás natural para as empresas instaladas na região a um preço subsidiado. O custo estimado é de R$ 12 mi. (O Mossoroense - 10.06.2002)

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6- Mato Grosso do Sul terá centro de análise de gás natural

O governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, inaugurará nesta sexta-feira, dia 7 de junho, às 19h, o laboratório de gás natural na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, no município de Dourados. Foram investidos R$ 1,5 milhão pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, com colaboração de R$ 150 mil da Petrobrás. O centro será uma referência nacional em análise e monitoramento ambiental do gás natural. Reunirá uma equipe interdisciplinar nas áreas de física, biologia, geografia, arqueologia, arquitetura, pedagogia e outros profissionais da área do gás natural, incluindo professores visitantes e consultores. (Canal Energia - 10.06.2002)

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internacional

1- Edesur evitará atraso de pagamentos

A distribuidora argentina Edesur informou que sua política financeira a curto prazo será evitar o atraso de pagamentos. A empresa espera ainda pelas novas regras para o setor elétrico negociadas pelas empresas com o Governo, processo que deve ser concluído no final de julho. A Edesur solicitou às autoridades argentinas um urgente e imediato aumento de tarifas que viabilize a operação da companhia. Este pedido, segundo a Edesur, é justificado devido às medidas adotadas pelas autoridades frente à crise, medidas que acabaram rompendo o equilíbrio econômico-financeiro, criando-se sérios riscos à prestação de serviços e à sobrevivência da companhia, já que se garantiu uma taxa de rentabilidade razoável, o que dificulta o normal funcionamento da distribuidora. A companhia advertiu ainda que caso a situação não se normalize no médio prazo, se produzirá um desabastecimento de materiais, um déficit de geração de energia, quebra de contratos, elevação nos preços de energia e impossibilidade de mudanças de tarifas. (Business News Americas - 07.06.02)

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2- Delta Lloyd inicia cobertura da EDP com recomendação de redução do valor de suas ações

A Delta Lloyd começou a analisar as ações da elétrica nacional, atribuindo um "price-target" de US$ 2,38 e uma recomendação de "redução". Numa nota com data de ontem, a Delta Lloyd justifica a recomendação de "redução" por causa dos receios relativos à exposição da EDP ao negócio das telecoms, através da pressão da regulação e descida das tarifas, devido à liberalização do setor e criação do mercado ibérico de eletricidade, e ainda à sua presença no Brasil. "No final de 2001, as tarifas de eletricidade em Portugal estavam 15% acima das de Espanha, uma situação ineficiente que pode não durar considerando a formação de interligação do mercado único na Ibéria", diz o mesmo informe. Os analistas lembram, por outro lado, que "dada a elevada qualidade dos ativos da EDP (muitas instalações de energia hidráulica) a nossa avaliação mostra um valor escondido, mas gostaríamos de ver melhorias nos lucros primeiro, especialmente na distribuição e no Brasil". (Diário Económico - 07.06.02)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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