1- Há dúvidas sobre os efeitos da mudança no comando
da CGSE |
Novas interrogações
surgiram no mercado a partir da decisão do governo de subordinar
a Câmara de Gestão do Setor Elétrico (CGSE), sucessora da extinta
GCE ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A disposição
inicial, divulgada oficialmente, era integrar o órgão ao Ministério
de Minas e Energia (MME) - cujo ministro, por sinal, detém a presidência
do CNPE. A avaliação da medida, anunciada na última reunião da
GCE, terça-feira, provocou divergências no plano teórico e um
certo ceticismo quanto à viabilidade prática. Até porque, foi
pouco explicada. Procurado ontem por este jornal, o Ministério
de Minas e Energia (MME) não se manifestou. Do ponto de vista
teórico, o que se questiona é se o CNPE seria o fórum adequado
para abrigar os trabalhos. "Por lei, ele não é um órgão de tomada
e implementação de decisões, como era a GCE", diz o consultor
Peter Greiner, que em meados da década passada ocupou o posto
de secretário nacional de energia. Embora, como afirme Eduardo
Bernini, presidente do grupo EDP, os temas referentes a eletricidade
exijam uma abordagem multi-setorial. "Foi a presença do Ministério
da Fazenda, Agência Nacional das Águas (ANA), por exemplo, que
em 2001 permitiram a agilidade e profundidade na tomada de decisões",
diz ele. (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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2- Reação do investidor só vem depois de agosto |
O presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras
de Energia (Abrage), Flávio Neiva, acredita que não há condições,
ainda, para a retomada de investimentos no setor, mesmo após o
anúncio das medidas, anteontem, pelo comitê de revitalização da
GCE. Segundo ele, o investidor vai aguardar a realização do leilão
de energia estatal, programado para o terceiro trimestre do ano.
"Não vejo, por enquanto, viabilidade para assinatura de PPA (contratos
de compra e venda de energia) ou para início de construção de
usinas antes do leilão. Todo mundo está com a expectativa de comprar
uma energia mais barata." Para Neiva, há três pontos no setor
que precisam ser urgentemente solucionados: a existência de submercados
no País, o equilíbrio entre oferta e demanda de energia e o estabelecimento
de um sistema de oferta de preços no MAE. "Esses foram os vilões
do racionamento." (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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3- Programa para revitalizar setor energético é visto
com reservas por diretor comercial da Light |
O diretor comercial da Light, Claude Monmejean, recebeu com reservas
as medida anunciadas na terça-feira pelo Comitê de Revitalização
do Setor Elétrico. O executivo afirmou que a Light está "150%
de acordo com o governo" quanto à necessidade de se reconstruir
o setor elétrico, mas ressalvou que ainda há dúvidas pendentes.
"Algumas coisas ainda não estão muito claras e uma empresa como
a Light precisa ter uma visão clara de como funciona o sistema."
Monmejean anunciou que a empresa está disposta a seguir uma das
determinações do governo: a discriminação dos custos que incidem
na formação da tarifa da energia elétrica. "É importante que o
consumidor possa saber isso", opinou. (Valor Econômico 06.06.2002)
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4- Presidente do conselho administrativo da Apine aprova
medidas do comitê |
Segundo o presidente do conselho de administração da Associação
Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine),
Eric Westberg, as medidas anunciadas na terça-feira pelo Comitê
de Revitalização do Setor Elétrico darão transparência ao setor
e promoverão a competição. Para ele, as propostas definidas pelo
governo mostram que há uma intenção clara de promover a competição
com as medidas de revitalização, o que atrai investimentos. "Banco
não investe sem transparência regras claras e competição", lembrando
que três dos associados da Apine são instituições bancárias. (Valor
Econômico 06.06.2002)
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5- Diretor-executivo da Abradee fala sobre comitê |
A respeito das medidas anunciadas na terça-feira pelo Comitê de
Revitalização do Setor Elétrico, o diretor-executivo da Abradee,
Luiz Carlos Guimarães, elogiou a definição dos 11 temas prioritários
para a revitalização do setor. Quanto ao atraso no anúncio das
medidas, Guimarães disse que esta é a "velocidade mais adequada"
para que se possa acompanhar e avaliar as grandes transformações
do setor. "O prazo é mais compatível com a importância.". (Valor
Econômico 06.06.2002)
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6- Light aprova medidas e cobra transparência |
O diretor comercial da Light, Claude Monméjean, disse ontem que
o anúncio feito na terça-feira pelo Governo sobre as novas medidas
para revitalização do setor elétrico foi "um primeiro passo, mas
ainda falta detalhá-las" e foi "só uma apresentação, não uma decisão".
"A Light está 150% de acordo com o Governo em dinamizar e clarificar
o sistema. É difícil jogar se não se conhece as regras do jogo
ou se as regras mudam" afirmou Monméjean, cobrando mais transparência
para o mercado. Sobre o rebaixamento da Eletropaulo pela Moody's
e os rumores sobre dificuldade de rolagem da dívida da distribuidora
paulista, ele comentou que há um problema no setor causado pelo
racionamento. "O racionamento tornou difícil a situação das distribuidoras.
Que empresa pode enfrentar uma queda de 20% em sua receita?",
disse o diretor da Light, referindo-se ao percentual da meta de
economia de energia. Monméjean afirmou que a Light é favorável
à medida proposta pelo Governo de detalhar nas contas o que o
cliente paga pela geração e pela distribuição. (Jornal do Commercio
- 06.06.2002)
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7- Revitalização do setor independe das eleições, diz
Gomide |
As medidas de revitalização do setor elétrico anunciadas na terça-feira
serão implementadas, independentemente de questões eleitorais,
garantiu ontem o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide.
"Naturalmente um novo governo continuará aperfeiçoando as regras.
Não acredito em mudanças radicais", afirmou. Segundo ele, as medidas
garantem que não haverá racionamento nos próximos anos, independente
de que governo assuma o País. "Todo e qualquer governo tem de
seguir as leis do País". Gomide, que participou do lançamento
do Plano Decenal de Expansão de Energia 2001/2010, explicou que
as medidas que necessitarem de legislação serão enviadas ao Congresso
Nacional e que outras podem ser editadas na forma de decreto.
(Jornal do Commercio - 06.06.2002)
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8- Estudo prevê aumento real de tarifas |
Apesar do discurso tranqüilizador feito ontem pelo ministro das
Minas e Energia, Francisco Gomide, durante a apresentação do Plano
Decenal 2001/2010, as tarifas de energia deverão ter um aumento
real (acima da inflação) entre 3% e 10% no próximo ano, dependendo
do cenário político desenhado pelas eleições presidenciais. A
manutenção do perfil do atual grupo de poder no Governo, com linha
política liberal, poderá resultar em aumentos maiores (10%) nas
tarifas de energia. A vitória de um grupo de oposição, com linha
política social, deverá resultar em reajustes mais baixos (3%).
Em um cenário político de linha desenvolvimentista, os reajustes
chegariam a 7% acima da inflação. As projeções constam do "Mapeamento
das Incertezas e Construção dos Cenários do Mercado de Energia
Elétrica", documento elaborado pelo Comitê Técnico para Estudos
de Mercado, ligado ao ministério de Minas e Energia e à Eletrobrás.
(Jornal do Commercio - 06.06.2002)
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9- Luz sobe mais com governo "liberal" |
A manutenção do atual grupo de poder no governo terá como resultado
aumentos maiores de tarifa de energia elétrica. Caso a vitória
nas eleições de outubro seja de um grupo de oposição, os aumentos
serão menores. A conclusão é de trabalho apresentado ontem pelo
CCPE (Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas
Elétricos), ligado ao Ministério de Minas e Energia. O maior aumento
do preço da energia aconteceria com a vitória política de uma
linha "liberal" -10% acima da inflação, por ano, em 2002 e 2003.
Uma linha "desenvolvimentista" levaria a reajustes acima de inflação
de 7% ao ano até 2003. Os reajustes menores são previstos numa
eventual vitória de grupo voltado para "política social" -basicamente
a oposição ao governo. Nesse caso, os aumentos acima da inflação
seriam de 7% em 2002 (herança do atual governo) e 3% em 2003.
As projeções foram feitas pela consultoria Macroplan, a pedido
do CCPE, e expostas ontem em seminário no Ministério de Minas
e Energia. (Folha de São Paulo - 06.06.2002)
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10- Aneel nega reajuste tarifário extra à Cemar |
A Aneel negou o pedido de revisão extraordinária nas tarifas da
Cemar. A distribuidora, controlada pela norte-americana PPL Corporation,
encaminhou o pleito à agência no início de março, alegando desequilíbrio
econômico-financeiro. A Cemar disse que não poderia esperar até
2005, data original da revisão. Os contratos de concessão permitem
a revisão extra sempre que houver desequilíbrio nas contas. Mas
o superintendente de regulação econômica da Aneel, César Antônio
Gonçalves, destacou que a Cemar enfrenta dificuldades financeiras
de curto prazo, não cobertas pela revisão extra. Para ele, a Cemar
deve equacionar esses problemas com recursos próprios. "Quase
todo o investimento (98%) da Cemar foi feito com capital de terceiros".
A PPL anunciou, no início do ano, que não fará aporte financeiro
para socorrer a Cemar e lançou como baixa contábil todo o investimento
da Cemar em 2001 (US$ 317 mi). A Cemar, diz Gonçalves, propôs
duas alternativas de reajuste à Aneel: 36% e 52%. (Gazeta Mercantil
- 06.06.2002)
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11- Documento divulgado ontem por Gomide está defasado |
O governo precisará de
três meses para concluir o Plano Decenal de Expansão 2002-2011,
que captará os efeitos provocados pela crise no abastecimento de
eletricidade. O plano de 2001 a 2010 foi divulgado ontem pelo ministro
das Minas e Energia, Francisco Gomide. Mas Gomide admitiu que o
documento está defasado, pois os dados apurados até agosto de 2001
não conseguiram captar as mudanças ocorridas no mercado com o racionamento.
"O plano servirá como referência e dado de apoio para o novo relatório",
disse Gomide. Entre os aspectos que serão revistos está o impacto
das 17 térmicas do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT)
sobre o custo marginal de operação (CMO) das usinas. (Gazeta Mercantil
- 06.06.2002)
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12- Gomide defende regras claras para atrair investimentos
no setor |
Regras claras para dar segurança ao investidor privado foi o que
defendeu nesta terça-feira, dia 5 de junho, o ministro das Minas
e Energia, Francisco Gomide, ao participar da reunião do Comitê
Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos (CCPE),
que lançou o Plano Decenal 2001/2010 de expansão do setor elétrico
que sofreu atrasos em função do racionamento de energia. Na avaliação
do ministro, o setor elétrico é muito complexo e por isso necessita
facilitar e dar maior transparência ao setor privado, e assim abrir
caminho para os investimentos. Como exemplo, ele citou que deve
ficar muito claro para o investidor o mecanismo de formação de preço
e das revisões tarifárias. Para o ministro, assim como outros países,
o Brasil passou por dificuldades e até cometeu alguns erros na área
energética, mas o atual governo resolveu enfrentar o problema e
optou pela modernidade. " O caminho da maior eficiência é tanto
a competição quanto possível e tanto governo quanto necessário",
resumiu Gomide. (Agência Brasil - 05.06.2002)
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13- Taxa de iluminação é aprovada |
O plenário do Senado aprovou hoje proposta de emenda à Constituição
(PEC), que autoriza a cobrança, pelas prefeituras, de uma taxa de
iluminação pública. A aprovação com folga da PEC (63 votos a favor,
um contrário e uma abstenção) contrasta com votação de proposta
igual ocorrida no Senado no fim do ano passado e só ocorreu por
pressão dos municípios. Os prefeitos contam com a arrecadação da
taxa para pôr em dia o pagamento devido às concessionárias de energia
e ter nova fonte de recursos. A Confederação Nacional dos Municípios
(CNM) calcula que a taxa vai representar de 3% a 5% das receitas
orçamentárias das prefeituras. (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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14- Ação do MP pode baratear energia em até 10% |
O Ministério Publico Federal e o Procon protocolaram hoje à tarde
na Justiça Federal, ação civil pública, com pedido de liminar, em
que propõem a suspensão do chamado seguro-apagão, o encargo de capacidade
emergencial e a recomposição tarifária extraordinária, concedida
pelo Governo Federal para cobrir os prejuízos que as concessionárias
de energia elétrica alegam ter tido com o racionamento. O seguro-apagão,
está sendo cobrado desde março. O seguro custa R$ 0,0049 por KWh,
representando um aumento médio de 2%. Só não estão pagando os consumidores
de até 80 Khw/mês ou até 220 Khw/mês, caso estejam na faixa regional
de baixa renda. Já a tarifa de recomposição, aumenta em 2,95% a
tarifa dos consumidores residenciais e 7,9% as empresas. O reajuste
vem sendo pago desde dezembro. (Campo Grande News - 06.06.2002)
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15- Postos não aceitam seguro-apagão |
O seguro-apagão ainda não entrou em vigor em Alagoas, mas o Sindicato
dos Revendedores de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sindcombustíveis)
planeja uma ação cívil pública para anular o efeito assim que ele
for discriminado na conta de luz. O presidente do Sindcombustíveis,
Mário Jorge Uchôa, contesta o seguro-apagão por elevar o custo de
manutenção dos postos de combustível. A energia é a matéria-prima
primordial para o funcionamento dos postos. Por ser um produto essencial,
Uchôa diz que o segmento não suporta um aumento de 7,8% na conta
de luz a partir do momento que iniciar a cobrança do seguroapagão.
A iniciativa de entrar com uma ação cívil pública na Justiça contra
a validade do seguro-apagão, explica ele, está pautada no exemplo
da Associação das Donas de Casa de Belo Horizonte. A entidade conseguiu
na Justiça uma liminar suspendendo a cobrança do seguro. Segundo
ele, é um absurdo o Governo federal instituir mais um imposto que
vai dificultar ainda mais o setor produtivo e a população em geral.
(Tribuna de Alagoas - 05.06.2002)
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1- Consumo de energia está menor entre 11,5% e 14%
em 2002 |
O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse nesta quinta-feira,
dia 5 de junho, que o consumo de energia elétrica no país está
entre 11,5% e 14% abaixo do verificado no mesmo período em 2001.
Ele lembrou que, durante o racionamento, o consumo caiu 20%. Na
ocasião, estimava-se que o consumo pós-racionamento fosse reduzido
em 7%. O ministro avalia que a maior queda no consumo de energia
elétrica deve-se à conscientização da população, que mudou seus
hábitos, e à troca de equipamentos por outros mais econômicos.
O secretário executivo do CCPE (Comitê Coordenador do Planejamento
da Expansão), Rubens Brito, acredita que a redução no consumo
deve cair ao longo do tempo até chegar em 7%, que poderia ser
o ganho permanente após o racionamento. (Agência Brasil - 05.06.2002)
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2- Regiões do país registram pequeno crescimento no
consumo |
O consumo de energia na região Sudeste/Centro-Oeste subiu 4,97%
na última terça-feira, dia 4 de junho. Ontem, a demanda verificada
neste subsistema foi de 25.039 MW. Ainda assim, o volume ficou
5,12% abaixo da curva de referência mensal prevista para o mês.
No Nordeste, a redução no consumo chegou a 4,45%. Na última terça-feira,
a demanda nesta região foi de 5.655 MW, o que representa um aumento
de 2,63% em um dia. Ainda segundo o boletim diário do ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico), nos submercados Sul e Norte, o
consumo também subiu em comparação com o dia anterior. Na região
Sul, por exemplo, o consumo cresceu 6,62%, chegando a 7.520 MW.
No submercado Norte, a demanda foi de 2.633 MW, o que significa
uma aumento de 1,23%. (Canal Energia - 05.06.2002)
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3- Mudança de governo não eleva risco de racionamento,
diz ministro |
A mudança de governo com as eleições presidenciais não deverão
afetar as medidas de revitalização do setor elétrico, segundo
o ministro Francisco Gomide (Minas e Energia). Na avaliação do
ministro, as medidas adotadas até agora afastam o risco de racionamento
nos próximos anos, independente do governo que assumirá. "Naturalmente,
um novo governo continuará aperfeiçoando as regras. O que não
acredito é em mudanças radicais'', disse o ministro ao comentar
o caráter permanente das medidas anunciadas ontem. "Não podemos
ficar reféns de cronogramas eleitorais'', afirmou ao destacar
que as medidas de revitalização serão transformadas em instrumentos
legais (algumas em leis) e, por isso, deverão passar pelo Congresso
Nacional para serem alteradas. "Todo e qualquer governo tem que
seguir as leis do país'', completou. (Notícias Populares - 06.06.2002)
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4- Economia de energia no Nordeste chega a 14% |
O consumidor de energia nordestino é campeão em economia, segundo
levantamento do Ministério das Minas e Energia divulgado, ontem,
sobre o comportamento do consumo no mês de maio, divulgado ontem.
A economia de energia após o fim do racionamento está entre 11,5%
e 14%, contra os 7% esperados pelo governo. "O racionamento criou
hábitos permanentes de menor consumo", avaliou o ministro Francisco
Gomide. A estimativa para esse ano era de um consumo de 26 mil
MW, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, já considerando a redução
de 7%. De acordo com o ONS, no mês de maio o gasto foi de 24.139
MW. No Nordeste, a previsão de consumo era de 5.838 MW e foram
gastos, de 1º a 31 de maio, 5.496 MW. No mês de abril a economia
foi em torno de 12% e em maio aumentou para 14%. Essa redução
no consumo está sendo atribuída à diminuição da temperatura e
a uma queda na produção industrial. (Gazeta de Alagoas - 06.06.2002)
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5- Consumo de energia no Sudeste é 14% menor do que
o estimado |
O mercado de energia deverá ser cerca de 7% menor que o previsto
em 2003, de acordo com estudos do Comitê Técnico para Estudos
do Mercado (Cetem) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS). Hoje, de acordo com esses estudos, o consumo de energia
está entre 11% e 14% menor que o estimado para as regiões Sudeste
e Centro-Oeste, contra os 7% previstos inicialmente pelo Governo
para o período pós-racionamento. Segundo o coordenador-geral de
estudos e planejamento energético do Ministério das Minas e Energia,
Rubem Brito, a tendência, no entanto, é a de que esse percentual
vá sendo reduzido gradativamente. Ele explicou que a redução do
consumo é resultado do comprometimento da sociedade com o uso
racional de energia, mesmo com o fim do racionamento. A estimativa
para esse ano era de um consumo de 26 mil MW, nas regiões Sudeste
e Centro-Oeste, já considerando a redução de 7%. (Jornal do Commercio
- 06.06.2002)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- EDP finaliza criação de holding no país |
O grupo EDP pretende assumir sozinho o controle das distribuidoras
elétricas Escelsa (ES) e sua controlada Enersul (MS), como parte
da estratégia de criação de uma holding no país, a EDP Brasil
S.A, que está sendo finalizada. A nova companhia vai englobar
as participações acionárias que a EDP de Portugal tem nas duas
distribuidoras, além da paulista Bandeirante, onde já atua sozinha,
e ainda os projetos de geração como as hidrelétricas de Lajeado,
Peixe Angical e as termelétricas Fafen e Araraquara. A EDP conta,
como parte da estratégia, com o fim do acordo com a GTD no controle
da Escelsa em 10 de julho e a destituição dos diretores ligados
ao grupo. A distribuidora atende 78 municípios do Espírito Santo,
atendendo 3 mi de consumidores. A empresa teve em 2001 receita
operacional bruta de R$ 1,1 bi, mas encerrou exercício com prejuízo
de R$ 26 mi. (Valor Econômico 06.06.2002)
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2- GTD pretende reverter acordo de acionistas |
Os problemas entre os dois grupos controladores da Escelsa - a
EDP, controladora da Iven, e o GTD - residem no acordo de acionistas,
que se encerra em 10 de julho, mas que a GTD tenta reverter. Pelo
acordo, a GTD tem poderes para incomodar os portugueses, mesmo
sendo minoritária, já que pode vetar e escolher diretoria e presidente.
Como existe cláusula garantindo à GTD veto sobre qualquer mudança
na administração, já foram travadas várias quedas-de-braço entre
eles. Isso inclui a permanência do antigo presidente da Escelsa
e atual ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide. (Valor
Econômico 06.06.2002)
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3- Fundos de pensão vão à Justiça para manter controle
da Escelsa |
Os 11 fundos de pensão que constituem a holding GTD entraram,
terça-feira, na Justiça contra a Iven, empresa controlada atualmente
pela EDP, com a qual dividem o comando da Escelsa, desde 1999.
A ação, ajuizada na 4ª Vara Empresarial de Falências e Concordatas
do Rio de Janeiro, tem o intuito de prorrogar o acordo de acionistas
firmado um dia antes do leilão de privatização da distribuidora
capixaba, em 11/07/1995, e que garantia o controle compartilhado
da empresa entre a Iven - há algum tempo em poder da EDP - e a
GTD. Sem esse acordo, que acaba em 10/07, a GTD passa a ser minoritária
na Escelsa, perdendo as chances de recuperar o ágio de controle
que pagou pela aquisição de 25% da distribuidora de energia no
leilão. A EDP, por sua vez, passou a deter 48,52% do capital total
da Escelsa, ou seja, o controle da distribuidora, depois que comprou
as participações que os bancos Pactual, Icatu e Bozano, Simonsen
detinham na Iven na época da privatização. (Valor Econômico 06.06.2002)
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4- Fundos de pensão alegam que Escelsa foi comprada
em regime de condomínio |
Os 11 fundos de pensão que constituem a holding GTD entraram,
terça-feira, na Justiça contra a Iven, empresa controlada atualmente
pela EDP, com a qual dividem o comando da Escelsa, desde 1999.
Na ação, os fundos de pensão alegam que o controle da Escelsa
foi comprado em regime de condomínio por Iven e GTD. O bloco de
ações ordinárias adquirido na ocasião (52,27%), portanto, é indivisível
e que o acordo de acionistas que sustentou o consórcio vencedor
do leilão deve ser prorrogado pelo mesmo período da concessão
- 30 anos. Segundo o advogado das fundações - entre as quais Previ,
Petros, Valia, Sistel, Aerus e Fapes -, José Antonio Fichtner,
tal regime pode ser comprovado pelo edital de privatização. No
edital, estaria escrito que "o vencedor assinaria, como acionista
controlador, pelo prazo de 30 anos, o contrato de concessão".(Valor
Econômico 06.06.2002)
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5- EDP teria pago ágio de controle para sócios da Iven |
Os desentendimentos entre a EDP e os fundos de pensão que constituem
a holding GTD (que entraram na Justiça contra a Iven, empresa
controlada atualmente pela EDP com a qual dividem o comando da
Escelsa) começaram depois que os portugueses, que não faziam parte
do consórcio original que arrematou a Escelsa, compraram as participações
do Bozano, do Pactual e do Icatu. Em 2001, eles também firmaram
acordo com o banco Opportunity, pelo qual passaram a ter usufruto
das ações que este detinha na Iven, por meio da 135 Participações.
Os fundos alegam que a EDP pagou ágio de controle para os sócios
da Iven, contando com o fim do acordo de acionistas, quando poderiam
assumir a gestão da empresa sem precisar comprar a participação
da GTD. É o acordo de acionistas que garante aos fundos o direito
de indicar conselheiros, diretores e até o presidente da empresa,
embora tenham uma participação menor. (Valor Econômico 06.06.2002)
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6- Cemig deve investir R$ 1 bi em 2002 |
A Cemig planeja investimentos de R$ 1 bi em 2002, volume de recursos
superior em cerca de 50% ao efetivado em 2001, informou o diretor
de relações com os investidores da empresa, Luiz Fernando Rolla.
Desse total, cerca de R$ 400 mi serão destinados à ampliação da
capacidade própria de geração, outros R$ 380 mi deverão ser aplicados
na expansão da rede de distribuição, e o restante será dividido
entre as áreas de transmissão de energia e as participações da
companhia em empresas de distribuição de gás canalizado e em infovias.
Na área de geração, os investimentos deverão ser direcionados
a projetos de hidrelétricas que estão sendo tocados por meio de
consórcios com outras empresas ou isoladamente, disse Rolla. A
Cemig tem como parceiros CEB, Coteminas e Cia. Vale do Rio Doce,
nos projetos da hidrelétricas de Funil, Aimorés, Irapé e Queimadas.
Rolla acrescentou que a Cemig deverá tentar recuperar, no leilão
de licitações de concessões de hidrelétricas programado pela Aneel
para julho, o direito de construir e operar a usina de Traíra
II. (O Estado de São Paulo - 06.06.2002)
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7- Eletricitários ameaçam com nova paralisação |
Os eletricitários fizeram ontem uma paralisação de 24 horas, reivindicando
reajuste salarial de 16%. A geração e distribuição de energia
não foram afetadas pela paralisação, que envolveu trabalhadores
de todo o País. Até o início da noite não havia informações sobre
o nivel de adesão à paralisação. Hoje, a categoria tem uma reunião
marcada com a direção da Eletrobrás. Caso não haja avanços na
negociação, os eletricitários prometem uma nova paralisação, desta
vez de 48 horas nos próximos dias 12 e 13. Se depois dessas datas,
se suas reivindicações não forem aceitas, os profissionais ameaçam
entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do próximo dia
18. "A paralisação de 24 horas não foi sentida pelos consumidores
de energia, porque fizemos esquema de um único plantão. Mas se
não conseguirmos o reajuste, a greve por tempo indeterminado vai
atrapalhar, sim, a distribuição" afirmou Sandra Latgé, secretária-geral
da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU). (Jornal do Commercio
- 06.06.2002)
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8- CVRD expande produção própria |
A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) está implantando internamente
uma nova unidade operacional, encarregada das atividades de compra
e venda de energia elétrica. A nova unidade permitirá maior equilíbrio
e economia de escala aos negócios de energia da mineradora, afirma
o diretor-executivo da empresa, Antonio Miguel Marques. A Vale
é, individualmente, a maior consumidora de eletricidade do País,
com 4,5% do consumo total. Chegou a montar uma comercializadora,
a Vale Energia, para a compra e venda do produto no mercado livre.
Tanto a empresa- mãe quanto a subsidiária obtiveram, junto à Aneel,
autorização para realizar essas operações. Há poucos dias, no
entanto, a CVRD obteve, do órgão regulador, o cancelamento do
registro da Vale Energia. Continuará no mercado apenas como CVRD.
A decisão, segundo Marques, foi para reduzir custos, evitando
o pagamento de duas taxas. "Era como pagar dois títulos de sócio
de um mesmo clube", diz ele. A CVRD também caminha para a geração
própria de 50% das necessidades anuais de energia, a partir de
2007. Hoje, a produção da mineradora equivale a apenas 10% de
seu consumo. A potência instalada é de 1,5 mil MW conforme consta
do site da empresa na internet. (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
Índice
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9- Light cria clube para premiar bom pagador |
A Light deu ontem, ao criar o Clube Light, mais um passo na caminhada
para reduzir o índice de inadimplência, que representa hoje 10%
do faturamento total da empresa. O objetivo principal do novo
programa é premiar os bons pagadores, através de parcerias com
o Ponto Frio e a Multibras, que oferecerão descontos na compra
de produtos, além de participação em sorteios. O Clube Light terá
R$ 2 mi da Light, até o fim do ano, em campanhas de comunicação,
sorteios e descontos. A meta é reduzir a taxa de inadimplência
em pelo menos um ponto percentual até o fim de 2002. 'Se chegarmos
ao fim do ano com 8% a 9% de inadimplência na receita, será um
bom resultado', afirmou o diretor comercial, Claude Monméjean.
O Clube Light terá início efetivo a partir de julho. A princípio,
o programa tem duração até janeiro de 2003, prazo suficiente,
na avaliação do diretor comercial, para que a empresa avalie os
resultados. (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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10- Eletropaulo desenvolve sistema de informações meteorológicas
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A Eletropaulo possui uma nova arma contra chuvas e tempestades.
A companhia desenvolveu um sistema de informações meteorológicas,
que fornece dados importantes para o atendimento a emergências.
Com ele, é possível saber, com até três dias de antecedência,
onde e quando vão acontecer tempestades e pancadas de chuva e
ainda quais serão as condições do vento e variações de temperatura
na área em que atende. Isso é particularmente importante para
a distribuidora, que tem uma rede primordialmente aérea, mais
vulnerável a incidentes provocados pela ação do vento, descargas
elétricas e quedas de galhos. "Com esse sistema podemos nos antecipar
e deslocar equipes mais rapidamente para pontos estratégicos,
para atender casos em que a nossa rede é prejudicada pelas chuvas
e por descarga de energia, evitando interrupções no fornecimento",
explica Fernando Mirancos, gerente da central de operações da
Eletropaulo e coordenador do projeto. (Canal Energia - 05.06.2002)
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11- Siif Energies recebe autorização para implantar
cinco centrais eólicas |
A Siif Energies do Brasil recebeu autorização da Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) para se estabelecer como produtora
independente de energia, mediante a implantação de cinco centrais
eólicas distribuídas pelo estado do Ceará, com total de 308
MW de capacidade instalada. Serão construídas as usinas Fortim,
em Aracati, com 93,6 MW de potência; Gameleira, em São Gonçalo
do Amarante, com capacidade instalada de 27 MW; Bom Jesus, também
em Aracati, com 55.800 kW; Foz do Rio Choró, em Beberibe, com
capacidade instalada de 25,2 MW, e Praia Formosa, em Camocim,
com 104,4 MW. De acordo com o cronograma apresentado à Aneel,
a licença prévia (LP) de todos os empreendimentos deverá ser
obtida até o dia 31 de outubro de 2003, enquanto a licença de
instalação (LI) deverá ser emitida até 30 de novembro de 2003.
As obras civis terão que ser iniciadas até 1º de fevereiro de
2003 e as centrais deverão entrar em operação até 1º de dezembro
de 2004. (Canal Energia - 05.06.2002)
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1- Cien vende energia da Argentina |
A Companhia de Interconexão Energética (Cien) negocia com distribuidoras
do Sudeste a venda de 200 MW importados do mercado argentino por
meio da segunda linha de transmissão entre Brasil e Argentina.
Ao fechar os contratos com as distribuidoras, a Cien estará garantindo
a venda de 100% dos 1000 MW importados do país vizinho via novo
linhão, que demandou investimentos de US$ 350 mi e estará em plena
operação comercial até 1º de agosto. Para os outros 800 MW, a
Cien mantém contrato de longo prazo (20 anos) com a Copel, que
viu no negócio uma maneira de atender ao crescimento do consumo
de eletricidade em sua região. "É um contrato interessante considerando
o custo médio da energia de R$ 78 por MWh, inferior ao valor normativo
atual, de cerca de R$ 84",disse o diretor de finanças da Copel,
Ricardo Portugal. (Valor Econômico 06.06.2002)
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2- Copel assina acordo com Cien |
A Copel assinou com a Cien dois contratos que lhe garantem potência
assegurada de 800 MW. Caso o preço da energia na Argentina seja
superior ao da região Sul do Brasil - o que acontece no momento
- a Cien deixa de importar e garante o suprimento à Copel comprando
energia no MAE. O diretor presidente da Cien, Juan Antonio Madrigal,
informou que em 1º de maio a Cien colocou em operação comercial
um dos módulos conversores da segunda linha de transmissão, de
550 MW. O outro módulo de 550 MW, necessário para converter o
ciclo da energia da Argentina (50 hz) para o do Brasil (60 hz),
começará a operar em 1º de agosto. (Valor Econômico 06.06.2002)
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3- Diretor presidente da Cien admite risco de fazer
acordos com mais de uma distribuidora do Sudeste |
O diretor presidente da Cien, Juan Antonio Madrigal, admitiu que
ao fechar contratos de venda com uma ou mais distribuidoras do
Sudeste (a Cien está negociando com distribuidoras do SE a venda
de 200 MW importados do mercado argentino), a empresa estará assumindo
o risco derivado das restrições existentes para transmitir energia
entre sub-regiões do País - a distribuidora será obrigada a garantir
o fornecimento das distribuidoras do Rio e São Paulo com que fechar
contrato independente de problemas que surjam por força de limitações
no transporte de energia elétrica do Sul, onde a energia comprada
da Argentina é recebida, para o Sudeste. "As restrições de transmissão
entre submercados são um problema grave no Brasil", avaliou Madrigal.
Ele acrescentou que as mudanças em curso no setor elétrico deviam
contemplar maior regulamentação sobre a exportação de energia.
As exportações de eletricidade feitas até hoje pela Cien, por
meio da primeira linha de transmissão com a Argentina, em operação
desde 2000, foram esporádicas. Já as importações foram maiores.
(Valor Econômico 06.06.2002)
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1- BC anuncia mais um leilão para tentar controlar
o mercado |
O Banco Central anunciou, pelo Sisbacen (rede de comunicação entre
o BC e os bancos), que fará um novo leilão para a troca de títulos
da dívida - Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) - que têm vencimento
entre 2004, 2005, e 2006 por papéis mais curtos, que terão vencimento
em maio de 2003. O comunicado do BC marca o leilão para a partir
das 14h até as 15h30m de hoje, com resultado sendo anunciado às
17h. (O Globo - 06.06.2002)
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2- Dólar abre em alta de 1,53% |
O dólar comercial abriu, nesta manhã, em alta de 1,53%, cotado
a R$ 2,639 na compra e R$ 2,649 na venda. No momento, a moeda
americana está sendo comercializada a R$ 2,642 para compra e R$
2,645 para venda. Ontem, com um pouco menos de volatilidade, o
dólar comercial subiu 0,46%, para R$ 2,609, na venda, ainda assim
a maior cotação do ano. (JB Online & Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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3- Taxas de juros futuros fecham em alta |
As taxas de juros futuros fecharam em alta e os títulos da dívida
soberana caíram. O risco-país, que é calculado pela média dos
preços dos títulos, subiu 5,2% para 1.128 pontos básicos. O risco
é um indicador da capacidade de o país pagar sua dívida. (Gazeta
Mercantil - 06.06.2002)
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4- Custo de vida do Dieese tem em maio menor alta do
ano |
O Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudo Sócio-Econômicos (Dieese), na cidade de
São Paulo, apresentou em maio alta de 0,1%. O resultado, uma desaceleração
de 0,64 ponto percentual na comparação com abril, é o menor apurado
este ano. O declínio dos preços no grupo alimentação (de 0,54%)
foi o maior registrado no mês, com contribuição negativa para
o índice de 0,14 ponto percentual. O grupo transportes apresentou
variação positiva de 0,31%, contribuindo com 0,05 ponto percentual.
Os equipamentos domésticos tiveram alta de 1,01%, mas sua contribuição
foi a mesma registrada pelo grupo transportes (0,05 ponto percentual).
O grupo vestuário apresentou alta de 0,68% e o item educação e
leitura teve alta 0,30%. O item saúde teve avanço de 0,23% seguido
por habitação, com variação positiva de 0,19%. (Gazeta Mercantil
- 06.06.2002)
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1- Projetos da Petrobras continuam suspensos |
Perdas com a paralisação do MAE e condições pouco atraentes do
mercado de capitais levaram a Petrobras a decidir pela suspensão
de parte de seu programa de investimentos em termelétricas. A
empresa participa de 16 projetos nessa área que deveriam estar
concluídos em 2004, quando teriam capacidade instalada de 6.556
MW. A Petrobras deveria desembolsar, até 2004, um total de US$
3,8 bi. "Mas já paralisamos esse programa e só estamos cumprindo
os compromissos firmes", disse, ontem, o presidente da estatal,
Francisco Gros. A empresa registrou uma perda de R$ 112 mi, já
lançada na contabilidade deste semestre, decorrente da venda de
energia elétrica, e que ainda não foi possível reverter. "Estamos
aguardando a volta das operações do Mercado Atacadista de Energia,
para recuperarmos as perdas que as usinas, ou parte delas, que
já entraram em operação estão nos causando", disse Gros. Segundo
ele, a Petrobras espera resgatar recebíveis pelo menos por R$
109 mi, recuperando parte da perda. "Os mercados de captação de
recursos estão pouco favoráveis e isso nos obrigou a rever os
investimentos programados para 2002. Originalmente eram R$ 10
bi, sendo cerca de R$ 2 bi no setor de energia termelétrica, que
suspendemos parcialmente", disse o presidente da Petrobras. (Gazeta
Mercantil - 06.06.2002)
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2- Projetos que estão adiantados ou em conclusão vão
continuar recebendo investimentos da Petrobras |
A Petrobras deve manter os investimentos apenas os projetos de
termelétricas que estão adiantados ou com etapas próximas de conclusão.
O presidente da estatal, Francisco Gros lembra que a maioria dos
projetos é modular, permitindo a sua operação com apenas uma etapa
instalada. Um exemplo é o da Ibiritermo, uma "joint venture" com
o grupo Fiat que coloca em operação comercial, no mês que vem,
sua primeira turbina General Electric, com capacidade para 155
MW e que custa cerca de US$ 150 milhões. O projeto previa mais
duas etapas, chegando a 720 MW em dezembro de 2004 e orçamento
total de US$ 450 mi, cabendo metade à Petrobras. "Não adianta
implantarmos as usinas e ficarmos esperando durante 10 ou 15 anos
por uma nova crise energética que queremos que não aconteça",
disse o presidente da Petrobras. Os projetos, todos incluídos
no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) do governo federal,
não estão sendo cancelados, frisou. "Apenas estamos condicionando
a continuidade de sua implantação à clara identificação de demanda
pela energia a ser gerada. Por enquanto não há essa demanda",
afirmou. (Gazeta Mercantil - 06.06.2002)
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1- Situação da AES Gener pode se complicar |
A situação futura da geradora chilena AES Gener não guarda boas
previsões, devido aos problemas financeiros que afetam a sua controladora,
à abundância de geração hidrelétrica no Chile e a dificuldade
em vender seus ativos, segundo afirmam analistas do setor. A Standard
& Poor`s colocou no dia 31 de maio as qualificações corporativas
de crédito BBB- em moeda estrangeira e local da AES Gener em observação
de crédito (CreditWash) com implicações negativas. "Esta medida
reflete o risco relacionado às crescentes limitações de liquidez
que a AES Gener poderia enfrentar a curto prazo como conseqüência
das contingências significativas de liquidez, a qual se soma seus
insatisfatórios resultados financeiros, indicou a S&P. A AES Gener
é a Segunda maior geradora do Chile em capacidade instalada, mas
é principalmente uma geradora termelétrica, energia que permanecerá
com baixos preços em conseqüência das condições excepcionais em
que se encontram as hidrelétricas do país. (Business News Americas
- 04.06.02)
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2- Enersis tenta reverter efeitos negativos da Argentina |
A holding elétrica chilena Enersis está tentando reduzir os efeitos
negativos trazidos com o impacto da crise argentina realizando
um "road show" aos investidores e agentes do setor em âmbito internacional,
com o objetivo de reverter a queda de confiança sofrida pelo grupo.
Um grupo de executivos encabeçado pelo próprio presidente da Enersis,
Alfredo Llorente, visitou cidades na Inglaterra e nos Estados
Unidos, onde se reuniram com bancos de investimento e analistas.
Com essas visitas, os executivos da companhia buscam acalmar os
investidores ante a queda das ações da Enersis no mercado e também
para explicar os planos do grupo a curto e médio prazo. (Business
News Americas - 05.06.02)
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3- BCP Investimento baixa "price-target" da Endesa
para US$ 19,35 |
Os
analistas do BCP Investimento avançaram na revisão das estimativas
e avaliação da elétrica espanhola Endesa, tendo em conta a alteração
do preço da geração na Espanha, atualização de valores de mercado
e de valor contabilístico das participações na América Latina,
bem como a alteração no perímetro de consolidação (inclusão da
Endesa Itália). Assim, o BCP Investimento desce o preço alvo da
Endesa de US$ 21,52 para US$ 19,35, um aumento de 23% e uma recomendação
de compra. (Diário Económico - 05.06.02)
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4- EDF na Italenergia gera polemica |
A Itália deve opor-se à tomada de controle da Italenergia pela
francesa EDF, defendeu o presidente da Comissão de Indústria da
Câmara dos Deputados, Bruno Tabacci. A elétrica francesa detém
18% da companhia italiana mas a venda de 14% dos 38,6% detidos
pela Fiat faz temer o controle pelos franceses. (Diário Econômico
- 04.06.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
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pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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