1- Avança a reforma do setor elétrico |
A partir de janeiro
de 2003, o valor total das contas de eletricidade será desmembrado.
Um dos componentes será o custo da geração e comercialização -
ou do produto eletricidade. Outro será o custo da transmissão
e distribuição (uso do fio). O terceiro será composto por impostos
e encargos. A proposta é uma das principais novidades produzidas
pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico e faz parte do
relatório de progresso n3, cujo resumo foi divulgado ontem pela
GCE. Na mesma reunião, como já se esperava, a GCE foi extinta
por decreto do presidente da República. Em seu lugar, e diretamente
subordinada ao Ministério de Minas e Energia (MME), ficou a Câmara
de Gestão do Setor Elétrico (CGSE), que dará continuidade aos
trabalhos atualmente desenvolvidos. O relatório detalhado das
providências consideradas prioritárias para a consolidação do
mercado e a retomada dos investimentos só será divulgado hoje.
(Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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2- Sai GCE e entra CGSE no comando da revitalização
do setor elétrico |
A GCE (Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica), que por
pouco mais de um ano incorporou o comando do setor elétrico brasileiro,
em meio ao maior racionamento já vivido no país, foi extinta nesta
terça-feira, dia 4 de junho, pelo presidente Fernando Henrique
Cardoso. No seu lugar, foi criada a CGSE (Câmara de Gestão do
Setor Elétrico), órgão que será vinculado ao grupo interministerial
CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). Na prática, o
novo gestor do complexo setor elétrico dará continuidade a muitos
dos trabalhos realizados pela GCE. O acompanhamento das discussões
e do processo de implementação das medidas de revitalização do
setor, ainda em fase intermediária, continuarão sob o controle
do Comitê de Revitalização, que agora será subordinado à CGSE.
Além da mudança institucional, também foi oficializada hoje a
troca de comando nos órgãos: o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro
Parente - principal articulador do setor no período de crise -
será substituído na nova câmara pelo ministro de Minas e Energia,
Francisco Gomide. Tanto a Casa Civil da Presidência da República
quanto o MME terão até o dia 30 deste mês para oficializar as
mudanças, aprovadas na última reunião plenária da GCE. (Canal
Energia - 05.06.2002)
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3- GCE muda conceito de consumidor livre |
O conceito de consumidor livre também mudou, segundo o relatório
de progresso n3. Hoje, a indústria com demanda superior a 3 MW
tem o direito de ser livre. Pela GCE, esse cliente passa a ser
livre mas pode optar por manter-se cativo. A partir de 2004, o
limite para liberação recua para 1 MW. Em 2005, passam a ser livres
todos os consumidores em alta tensão. A GCE também assumiu a necessidade
de flexibilizar a cláusula "take or pay" dos contratos de compra
de gás natural. Propõe ainda o uso dos recursos do CIDE (Contribuição
de Intervenção do Domínio Econômico) para subsidiar usinas. "As
medidas parecem estar na direção correta", diz Xisto Vieira, presidente
da Associação Brasileira das Geradoras Térmicas, alertando, porém,
que não conhece detalhes. (Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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4- Contratação bilateral será o "motor" para expansão
da oferta de energia |
Entre uma das 11 medidas prioritárias para revitalizar o setor
elétrico anunciadas nesta terça-feira, dia 4 de junho, pelo governo
federal, a contratação bilateral será considerada o "motor" para
a expansão da oferta de energia no Brasil. Isto porque o relatório
de progresso nº 3 apresentado hoje estabelece que a motivação
para o aumento da oferta de energia será feito pelos contratos
bilaterais. No relatório anterior, o governo considerou que o
preço da energia no mercado de curto prazo prejudicava a sinalização
da necessidade de entrada de nova geração no sistema. Para isso,
o governo dividiu a contratação em duas propostas. Uma será estabelecida
no curto prazo, em que todos os agentes de consumo poderão ter
um limite mínimo de contratação de 95%. Já a proposta de médio
prazo estabelece a aquisição de energia por parte das distribuidoras
para seus consumidores cativos através de licitação de contratos
de longo prazo (PPAs). (Canal Energia - 04.06.2002)
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5- Pacote para estimular setor só ficará completo em
julho |
O comitê de revitalização do setor elétrico começou ontem a detalhar
as medidas com as quais pretende estimular investimentos privados,
aumentar a competição e garantir o fornecimento de energia. As
medidas só serão anunciadas com precisão a partir de julho. Elas
incluem um fundo para "beneficiar consumidores" e subsídios para
fontes alternativas de energia; e devem substituir o atual sistema
por um modelo de energia hidrelétrica mais cara e de maior participação
das termelétricas no fornecimento à população e às empresas. Haverá,
porém, medidas para preservar setores industriais fortemente dependentes
de energia, garantiu o diretor de infra-estrutura do BNDES, Otávio
Castelo Branco, coordenador do comitê de revitalização. (Valor
Econômico 05.06.2002)
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6- Comitê anuncia poucos detalhes sobre novo modelo |
O comitê de revitalização do setor elétrico anunciou ontem poucos
detalhes do novo modelo para o setor, apesar da expectativa de
detalhamento completo das 11 medidas consideradas prioritárias.
Foi confirmada a realização de leilões para venda da energia produzida
pelas geradoras estatais ("energia velha"). Os leilões de venda
de energia "velha" ocorrerão no terceiro trimestre deste ano,
para fornecimento a partir de janeiro. O preço mínimo estará associado
aos contratos existentes, e serão vendidos blocos de 500 KW médios
anuais. Os contratos atuais das estatais serão renovados, à razão
de 25% ao ano, entre 2003 e 2006. Os novos contratos de fornecimento
a serem leiloados terão prazos de 2, 4 e 6 anos. A empresa que
não vender tudo poderá fazer um segundo leilão. Os leilões são
obrigatórios para geradoras federais (Furnas, Chesf e Eletronorte)
e opcionais para as geradoras estaduais e produtores independentes.
(Valor Econômico 05.06.2002)
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7- Governo cria regras para estimular investimentos |
O governo reconhece que a excessiva influência das chuvas sobre
as expectativas e os preços no mercado de energia elétrica torna
o mercado volátil e impede que investidores tenham sinais adequados
para investir. "Se esperarmos que os investimentos venham espontaneamente,
não virão", comentou o diretor de infra-estrutura do BNDES, Castelo
Branco, coordenador do comitê de revitalização do setor elétrico.
"A base para a expansão é a demanda, a garantia de contratos bilaterais".
Para garantir essa demanda, o comitê decidiu regulamentar a exigência
de que as distribuidoras e outros "agentes de consumo" firmem
contratos para, no mínimo, 95% de suas necessidades. Essas regras
deverão valer até julho de 2003, quando, então, as distribuidoras
passarão a comprar energia para seus consumidores cativos fazendo
licitação entre as geradoras, para firmar contratos de longo prazo.
Já consumidores livres e intermediários poderão negociar livremente
contratos bilaterais, de acordo com as condições do mercado. (Valor
Econômico 05.06.2002)
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8- Aneel discutirá revisão tarifária de empresas |
A partir de julho, a Aneel começará a discutir com as distribuidoras
a base de remuneração que orientará a revisão tarifária dessas
empresas. Dez empresas já iniciaram a revisão, outras sete o farão
até o fim do ano e 40 começam esse processo em 2003. No fim de
agosto, a Aneel começa a discutir o chamado "fator X", que determina
o repasse dos ganhos de produtividade aos consumidores, a partir
de uma proposta em estudo por firmas de consultoria. Em janeiro,
serão adotadas medidas para acabar com os subsídios cruzados,
pelos quais os consumidores residenciais sustentam tarifas mais
baixas para as indústrias. As regras desses "descruzamento" de
subsídios serão conhecidas em julho, e começarão com o maior detalhamento
das contas de luz, de acordo com os custos de transmissão e distribuição,
e de impostos e encargos. (Valor Econômico 05.06.2002)
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9- Conteúdo do relatório de progresso n3 desaponta
mercado |
De uma maneira geral, o conteúdo do resumo do relatório de progresso
n3, divulgado ontem pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico,
desapontou o mercado - que a princípio esperava um conjunto de
medidas coesas e propostas de atos regulamentares. "Nós imaginávamos
que todos os itens seriam totalmente esclarecidos e que iriam
imediatamente para consulta pública", diz Carlos Eduardo Miranda,
diretor do grupo norte-americano Alliant, no Brasil. As questões
subsídios cruzados e revisão tarifária das distribuidoras, por
exemplo, não foram definidas. Mas, os profissionais concordam
que houve avanços em tópicos específicos. Por exemplo, aqueles
procuram dotar o mercado de maior transparência, estimulam a ação
do consumidor livre e incentivam a construção das usinas termelétricas.
No primeiro caso, enquadra-se o desmebramento das contas mensais.
Outro exemplo é o aprofundamento nas exigências para desverticalização
das empresas. (Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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10- Medidas anunciadas por comitê causam dúvidas |
As resoluções divulgadas ontem pelo comitê de revitalização do
setor elétrico causaram dúvidas nos empresários do setor. O pacote
de incentivos à geração térmica trouxe mais incógnitas que esclarecimentos.
Dentre os pontos mais polêmicos, a medida que prega "potenciais
fatores de redução no custo térmico". A resolução prevê a redução
de um ponto percentual na taxa de retorno dos investidores (redução
na TIR de 15% para 14%) e também diminuição em 10% no custo de
investimento, de US$ 600 por kW instalado para US$ 540 o kW. "Como
eles chegaram a esses valores ?", indagou um executivo. A proposta
de subsídio do transporte do insumo, segundo o governo, reduziria
em 14,6% o custo de geração térmica, para US$ 32,8 o MWh. "Isso
é perfeito para um exemplo ilustrativo. Mas não se aplica à vida
real", disse outro executivo. (Valor Econômico - 05.06.2002)
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11- Medidas para garantir mercado livre desagradam críticos
do setor |
Para
garantir a criação de um mercado livre, capaz de garantir a competição
e forçar queda nos preços, os consumidores com demanda contratada
inferior a 1MW poderão contratar livremente seu fornecimento de
energia, a partir de 2004; a partir de 2005, a permissão será estendida
a todos os consumidores de alta tensão (hoje só podem ser consumidores
livres os que tem contratos superiores a 3MW). Para assegurar a
competição, as estatais que concentram atividades de geração e transmissão
terão de separar essas atividades em sua contabilidade. até agosto;
as que continuarem controlando as duas atividades terão restrições
à atuação. As medidas foram recebidas com desagrado por críticos
do setor, como Ildo Sauer, engenheiro da USP. "Estão internacionalizando
os custos de infra-estrutura no Brasil, diminuindo ainda mais a
competitividade das empresas", acusa o professor da USP. "Não é
prudente adotar essas medidas agora, consolidando um modelo que
fracassou e é criticado por todos os candidatos à presidência."
(Valor Econômico 05.06.2002)
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12- Governo regulamentará valor normativo |
Até julho de 2002, o governo regulamentará a mudança nas regras
do Valor Normativo. Hoje, cada fonte de energia tem um VN diferente,
e as distribuidoras podem repassar o equivalente a até 111% do VN
para os consumidores; pelas regras a serem anunciadas em julho,
passará a haver um único VN, equivalente ao menor valor entre os
custos médios de geração hidrelétrica e térmica e esse será o teto
para repasse ao consumidor. A partir de julho de 2003, mudará o
sistema de compra de energia pelas distribuidoras, que passará a
ser feito por licitação entre geradores interessados. O VN, então
passará a ter como referência os valores de mercado. (Valor Econômico
- 05.06.2002)
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13- Setor energético quer fechar acordo até o dia 14 |
As geradoras e as distribuidoras ainda buscam a formalização do
acordo geral, fechado com o governo para ressarcir 90% das perdas
do racionamento. As elétricas, a GCE e a Aneel trabalham com a meta
de assinar todos os termos aditivos ao acordo no próximo dia 14,
segundo o vice-presidente da Abrage (associação que reúne as geradoras),
Silvio Areco. Seria uma assinatura conjunta, com a presença da cúpula
das geradoras e distribuidoras, na sede da Aneel, em Brasília. Entre
os termos aditivos estão a renúncia, pelas empresas, de pleitos
judiciais e de cláusulas dos contratos iniciais, como Anexo V e
acordo de recompra. A meta é ter a redação final dos termos aditivos
na próxima terça-feira. Uma das pendências, para as geradoras, é
garantir o recebimento de todo o custo de energia livre (sem contratos)
no MAE que superar os R$ 49,26/MWh acertados no acordo. A cifra
é o limite do ônus das geradoras. O acordo foi anunciado em dezembro,
mas sem implementação até agora. Ele prevê a liberação, pelo BNDES,
de R$ 4,6 bi às distribuidoras. O ressarcimento das geradoras (R$
2,7 bi) depende do funcionamento do MAE. Procurada por este jornal,
a Abradee (distribuidoras) não foi encontrada. (Gazeta Mercantil
- 05.06.2002)
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14- Cisão das elétricas será analisada em agosto |
O modelo de cisão das empresas do setor de energia elétrica será
analisado pelo Conselho Nacional de Desestatização (CND) no dia
31de agosto, informou o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide,
ao final da reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.
A reestruturação de Furnas, Chesf e Eletronorte, com a separação
dos ativos de transmissão e geração de energia, deveria ter sido
concluída na semana passada, segundo o cronograma inicial. Gomide
explicou que alguns problemas legais dificultaram o cumprimento
do cronograma. A desverticalização das empresas, iniciada por Furnas
em 1999, sofreu objeções e teve o modelo contestado no Justiça.
Liminares paralisaram o processo de privatização, e o modelo está
sendo revisto. Gomide disse também que algumas empresas não fizeram
a separação das atividades de distribuição e de comercialização.
A separação é necessária para garantir a neutralidade na operação
e expansão das redes de distribuição. Após a conclusão da desverticalização
as empresas terão o prazo de um ano para promover os ajustes necessários.
(O Estado de São Paulo - 05.06.2002)
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15- MME anuncia plano decenal de expansão 2001/2010 no
dia 5 |
Entre os dias 5 e 7 de junho, o Ministério de Minas e Energia promoverá
três eventos voltados para o setor elétrico. Na quarta-feira, dia
5, o MME anunciará o Plano Decenal de Expansão Ciclo 2001/2010.
O anúncio acontecerá na sede do ministério e será feito pelo ministro
Francisco Gomide.Após o anúncio, acontecerá a palestra "Diretrizes
propostas para o próximo ciclo de planejamento", realizada pelo
secretário-executivo do MME, João alberto Silva. Ainda no dia 5,
será abordado o tema sobre planejamento energético, com apresentação
do secretário de Energia, Carlos Holtz. Já na próxima quinta-feira,
dia 6 de junho, o Ministério promoverá o workshop "Balanço energético
nacional e uma visão do sistema nacional de informações energéticas".
O evento contará com as presenças do ministro Francisco Gomide;
do secretário de Energia, Carlos Holtz; do secretário de Energia
de São Paulo, Mauro Arce; e do diretor do DNPE (Departamento Nacional
de Política Energética), Sérgio Bajay. E, finalmente, no dia 7 de
junho, o assunto será meio ambiente. O MME realizará o workshop
"Energia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente. A idéia é mostrar os
desafios para o planejamento integrado em bacias hidrográficas no
país. O evento contará com as presenças do ministro do Meio Ambiente,
José Carlos Carvalho, do diretor-geral da ANA (Agência Nacional
das Águas), Jerson Kelman, entre outros. (Canal Energia - 05.06.2002)
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1- Consumo abaixo do previsto |
Três meses após o fim do racionamento, o consumo de energia elétrica
ainda está bem abaixo do previsto. A economia voluntária de energia
- efeito dos hábitos adquiridos durante a crise e de ganhos de
eficiência na indústria - fez com que no Sudeste e Centro-Oeste,
em maio, o consumo tenha ficado 7,1% abaixo do previsto. No Nordeste,
o consumo está 5,9% abaixo do previsto. De acordo com o diretor-presidente
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos,
a economia de energia está sendo importante principalmente no
Nordeste. Naquela região, as chuvas estão em 52% da média histórica,
o que foi considerado pelo presidente do ONS como "muito crítico".
A economia de energia e a importação da Região Norte estão anulando
o efeito negativo da falta de chuvas. (Jornal do Commercio - 05.06.2002)
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2- Existe risco de falta de energia em 2003, segundo
ONS |
O ONS divulgou que não há risco de falta de energia neste ano
nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Em 2003, no entanto,
o risco de falta de energia é de 4,1% no Nordeste e de 2,1% no
Sudeste e no Centro-Oeste. Para falta de energia com necessidade
de corte maior do que 5% na carga, em 2003, as chances são de
0,5% no Sudeste e Centro-Oeste e 0,7% no Nordeste. (Jornal do
Commercio - 05.06.2002)
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3- Níveis dos reservatórios caem na Região Nordeste |
A Região Nordeste teve a maior queda na capacidade de armazenamento
no dia 3 de junho. Nesse dia, os níveis dos reservatórios atingiram
60,59%, o que significa um decréscimo de 0,23% em comparação com
o dia anterior. Ainda assim, o volume está 18,19% acima da curva-guia
superior prevista para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice
é de 52,15%. (Canal Energia - 04.06.2002)
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4- Norte tem queda pequena no volume armazenado |
Segundo o ONS, o volume armazenado no subsistema da Região Norte
caiu apenas 0,07% no dia 3 de junho. Atualmente, os níveis atingem
100%. A hidrelétrica de Tucuruí também mantém nível de 100% de
armazenamento. (Canal Energia - 04.06.2002)
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5- Região Sudeste/Centro-Oeste tem queda no nível dos
reservatórios |
Os níveis dos reservatórios tiveram pequena queda de 0,09% na
Região Sudeste/Centro-Oeste no dia 3 de junho. O volume armazenado
está em 68,32%, ficando 20,72% acima da curva de segurança superior.
Nas usinas de Marimbondo e Emborcação, o índice é de 82,74% e
59,37%, respectivamente. (Canal Energia - 04.06.2002)
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6- Região Sul também apresenta pequena queda |
No dia 3 de junho, a capacidade de armazenamento na Região Sul
caiu apenas 0,03% em comparação com o dia anterior. Atualmente,
os níveis dos reservatórios estão em 75,21%. Na hidrelétrica de
Salto Santiago, o índice é de 73,33%. (Canal Energia - 04.06.2002)
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7- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletricitários podem parar hoje em todo o País |
Cerca de 22 mil eletricitários de todo o País poderão entrar em
greve de 24 horas hoje. Em campanha salarial com data-base em
maio, os trabalhadores das empresas do Sistema Eletrobrás e de
concessionárias estaduais federalizadas querem reajuste salarial
acumulado desde 1999, de 16% e garantia de emprego. A categora
também protesta, segundo nota da Federação Nacional dos Urbanitários,
contra ingerências em seus fundos de pensão. Reinvindicam ainda,
segue a nota, um outro modelo para o setor elétrico brasileiro
que, de imediato, interrompa o processo de cisão em curso nas
empresas Furnas, Chesf e Eletronorte. A Pauta Nacional de Reivindicações
da categoria foi entregue à Eletrobrás no dia 15 de abril e, desde
aquela data, segundo a entidade, houve apenas duas rodadas de
negociação. Praticamente todos os itens da pauta foram negados
e ao reajuste de 16% foi contraposto um índice de 3,5%. (Jornal
do Commercio - 05.06.2002)
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2- Setor elétrico terá R$ 42 bi em investimentos até
2004 |
O programa de aumento da oferta de energia contará com R$ 42,29
bi de investimentos privados (77%) e públicos (23%) até dezembro
de 2004. A informação é do ministro Francisco Gomide (Minas e
Energia), que fez hoje um balanço dos empreendimentos programados
para o período. Segundo ele, o programa estratégico de 2001 a
2004 prevê o acréscimo de 26.325 MW ao sistema elétrico. Entre
os projetos estão 40 termelétricas, 24 hidrelétricas, 58 térmicas
emergenciais, importação, 9,2 mil km de linhas de transmissão,
entre outros. Gomide informou ainda que os projetos já realizados
até agora para aumento da geração somam 1.705 MW. No caso da importação,
o aumento da oferta é de 1.100 MW. (Notícias Populares - 05.06.2002)
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3- Cataguazes equipa novas usinas |
A Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) assinou
contrato com a ABB para a aquisição de produtos e equipamentos,
em tensões de 72,5 kV e 145 kV, no valor total de R$ 3,35 mi.
O montante faz parte dos investimentos de R$ 170 mi, que a CFLCL
está aplicando no aumento de sua capacidade geradora. A compra
é destinada à implantação de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCH), na região da Zona da Mata Mineira, que entrarão em operação
no próximo ano. As cinco PCHs, que serão as maiores do grupo,
irão acrescentar 100 MW na capacidade geradora da Cataguazes-Leopoldina.
"Até então, nossas 17 PCHs existentes geravam 69 MW", afirma José
Marcelo Rios, gerente administrativo da área de suprimentos da
companhia. Entre os equipamentos em 72,5 kV, há cinco disjuntores,
48 transformadores de corrente, cinco transformadores de potencial
e 18 pára-raios. Entre os equipamentos com 145 kV, figuram 15
disjuntores LTB, 33 transformadores de corrente, 21 transformadores
de potencial e 42 pára-raios. (Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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4- Eletrosul dá impulso à tecnologia |
A Eletrosul lançou ontem o Comitê de Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação Tecnológica. O evento contou com a presença do coordenador
geral de políticas setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia,
José Carlos Gomes Costa, técnicos de centros de pesquisa do Paraná,
Campinas e Rio, além de representantes dos meios empresarial e
acadêmico. O comitê formulará diretrizes e servirá de suporte
a um programa de pesquisa e desenvolvimento capaz não só de atuar
na área da tecnologia já conhecida, como de voltar-se à chamada
tecnologia aplicada (inovadora) e à prospecção de talentos da
empresa. Batizado de Cetram (Certificação de Equipamentos de Transmissão
e Monitoração), o projeto é levado em parceria com a Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e tem duração prevista para dois
anos. O ministério investirá R$ 1,3 milhão, e a Eletrosul entrará
com R$ 300 mi. (Diário Catarinense - 05.06.2002)
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5- Badesc tem crédito para pequenas centrais |
A Agência Catarinense de Fomento (Badesc) estima financiar R$
30 mi, este ano, em projetos para construção de pequenas centrais
geradoras de energia, em Santa Catarina. O valor equivale a 10%
do total dos recursos que a agência pretende liberar em todas
as linhas de crédito. A informação foi dada durante seminário
sobre o Programa Catarinense de Pequenas Centrais Geradoras (PC2G),
realizado, ontem, em Florianópolis, pelo governo estadual. O PC2G
engloba a legislação da Aneel, os trâmites ambientais e procedimentos
para elaborar ou dar encaminhamento a projetos que visem a obtenção
de energia solar, eólica, ou por meio de biomassa ou co-geração.
(Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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6- Light busca redução de inadimplência e 'gatos' no
setor de panificação |
A Light decidiu sentar-se à mesa de negociação para tentar eliminar
dois problemas no seu relacionamento comercial com as padarias:
inadimplência elevada e furto de energia. Por meio de uma série
de reuniões reservadas, como a realizada ontem em sua sede na
Praia do Flamengo, a Light planeja alinhavar, em parceria das
duas principais entidades das panificadoras fluminenses, um acordo
para tornar mais racional o uso de energia elétrica, reduzindo
gradualmente a inadimplência - até 15%, segundo o próprio setor
- e o desvio de energia. Se for bem-sucedido o modelo de negociação
testado com as padarias, a Light planeja estendê-lo a conversações
futuras com outras classes de consumidores, em especial nas que
haja suspeitas de desvios do consumo padrão. (Gazeta Mercantil
- 05.06.2002)
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7- AES paga dívida e nega pedido de concordata |
A AES Sul aproveitou o pagamento de uma dívida de R$ 77 mi para
mandar um recado ao mercado desmentindo as especulações de que
estaria prestes a pedir concordata depois da mudança nas normas
de contabilização das operações no MAE. Na segunda-feira, dentro
do prazo e no montante acertado com os credores, a companhia resgatou
a 1a de 4 parcelas de R$ 250 mi em debêntures emitidas em dezembro
de 2000. O montante pago no primeiro dia útil de junho dividiu-se
em R$ 62,5 mi referentes ao principal e R$ 14,5 mi a juros. Segundo
o diretor de marketing da AES Sul, Roberto Zanardo, a segunda
parcela será resgatada em dezembro, enquanto as duas restantes
serão liquidadas em 2003. Até agora a empresa vinha fazendo apenas
pagamentos de juros semestrais. Na época da emissão, as debêntures
serviram para trazer para reais parte do endividamento em dólar
da companhia. (Valor Econômico - 05.06.2002)
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8- AES Sul recorre contra decisão da Aneel |
A AES está recorrendo judicial e administrativamente contra a
decisão tomada em maio pela Aneel que altera as regras de comercialização
de energia no MAE durante o período de racionamento, em 2001.
A mudança ameaça provocar uma perda de R$ 373 mi, argumenta a
empresa. O valor corresponde ao faturamento obtido pela alocação,
na região SE do país, de parte da quota de energia de Itaipu que
cabe à companhia por um preço várias vezes superior ao pago pela
própria distribuidora no mercado livre do Sul, onde não houve
racionamento. Esta diferença, pelo despacho da Aneel, teria de
ser repassada às geradoras do Sudeste, que foram as mais atingidas
pelo racionamento. (Valor Econômico - 05.06.2002)
Índice
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9- Cemat investirá R$ 1,2 mi em projetos ambientais
no Mato Grosso |
A Cemat investirá R$ 1,2 mi em projetos ambientais no Mato Grosso
nesse ano. Esse valor representa um aumento de 200% em relação
ao investido em 2001. Nesta quarta-feira, 05 de junho, Dia Mundial
do Meio Ambiente, a concessionária apresenta a atualização de
sua política ambiental. O evento começa às 14 horas, na sede da
Cemat, quando o diretor de Programas Especiais, Eraldo da Silva
Pereira, falará sobre interação ambiental, controle de queimadas
e revisão da política ambiental. Participarão ainda o presidente
da Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente), Frederico Müller
e o gerente executivo do IBAMA/MT, Leôncio Pinheiro da Silva Filho.
(Canal Energia - 04.06.2002)
Índice
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1- Leilões de energia no mercado livre garantem transparência |
Segundo os profissionais, outra medida contida no relatório de
progresso n3 que favorece a transparência é o sistema de leilões
para a compra e venda da energia no mercado livre. As linhas gerais
do processo já eram conhecidas tanto no caso das geradoras federais
quanto das distribuidoras - que farão licitações para comprar
a energia necessária à expansão do mercado. Ontem, a GCE divulgou
os detalhes. Em julho, ainda em um período de transição, a fórmula
de cálculo será alterada e o VN atual será substituído por um
indicador que reflita o menor valor médio entre a geração hidráulica
e a termelétrica. As fontes alternativas de energia terão VN diferenciado
e subsidiado, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético
(CDE). No caso das geradoras federais, os 25% do volume atualmente
contratado que serão liberados a partir de 2003, serão vendidos
em um único leilão - e não três como chegou-se a falar - no último
trimestre de 2002 no MAE. Os lotes serão de 0,5 MW médio anual
e o prazos, de 2, 4 e 6 anos. Parte da receita será distribuída
sob a forma de dividendos aos acionistas das geradoras. A parcela
do governo (sócio majoritário) dará origem ao fundo que servirá
para atenuar o impacto da alta dos preços nas tarifas. (Gazeta
Mercantil - 05.06.2002)
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2- Mercado atacadista de energia divide Aneel e distribuidoras |
As distribuidoras do Sul estão em pé de guerra com a Aneel.As
empresas e agência reguladora não se entendem sobre o valor e
a forma de contabilização de operações feitas no MAE, principalmente
no primeiro trimestre. Enquanto ninguém dá a palavra final sobre
o assunto, as distribuidoras já apresentaram - ou apresentarão
nos próximos dias - recursos administrativos à própria Aneel.
Em um caso pelo menos, o da AES Sul, a questão já está sendo discutida
na justiça: a empresa apresentou ação cautelar contra o despacho
288 da Aneel, que trata das operações. Por meio de sua assessoria
de imprensa, a agência reguladora garantiu que todos os esclarecimentos
do assunto já foram dados na própria resolução 288 e que a questão
está resolvida. O texto da 288, publicado em 17 de maio, diz que
as distribuidoras precisam refazer os cálculos do que têm a receber
pelas vendas no MAE. As distribuidoras, porém, não concordam,
tanto que publicaram em seus balanços os valores calculados por
elas mesmo. (Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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3- Definição para Itaipu não é anunciada |
A solução da briga pelo direito de comercialização da energia
da usina de Itaipu, travada entre Eletrobrás e distribuidoras,
devia ter sido anunciada ontem pelo Ministério de Minas e Energia
e pela Aneel. Mas as duas instâncias não cumpriram o prazo, determinado
em resolução da GCE. Ontem, o ministro Francisco Gomide esteve
reunido com representantes de Itaipu. O imbróglio é considerado
pelos agentes o único entrave para que o MAE comece a funcionar.
Liminar judicial obtida pela Eletrobrás impede a contabilização
e liquidação do mercado. (Gazeta Mercantil - 05.06.2002)
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4- Empresa autorizada não irá comercializar energia
excedente |
A Petroflex, que há menos de 15 dias recebeu da Aneel autorização
para atuar como autoprodutor de energia, decidiu não comercializar
o excedente gerado pela termelétrica instalada em sua sede. De
acordo com José Jorge Monteiro, da Coordenação de Engenharia da
companhia, uma das maiores fabricantes de borracha sintética da
América Latina, a curto e médio prazo a empresa não venderá a
energia de sobra por não considerar o negócio financeiramente
compensatório. "Neste momento, nossa planta não é competitiva.
Não temos como vender energia porque o preço é baixo. Nem há como
enquadrar o custos (da geração) ao que o mercado demanda", explicou
José Jorge. No entanto, ressaltou ele, a companhia, autorizada
a comercializar o excedente de energia elétrica pelo prazo de
cinco anos, está preparada e possui toda a infra-estrutura necessária
para, num cenário mais atrativo, entrar neste negócio. Localizada
em Duque de Caxias, a termelétrica Petroflex tem 25 MW capacidade
instalada, é constituída por turbogeradores a vapor e está em
operação desde 1963. Antes de receber a atual autorização, a empresa
já havia sido autorizada pela Aneel a vender energia entre junho
e dezembro de 2001, por ocasião do racionamento. (Canal Energia
- 05.06.2002)
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1- Dólar abre cotado a R$ 2,6230 para venda, alta de
1% |
O dólar comercial abriu há pouco reforçando o nervosismo apresentado
ontem no mercado cambial. A moeda está cotada a R$ 2,6230 para
a venda e R$ 2,6130 para a compra - alta de 1% frente ao fechamento
de terça-feira (4/6/). Ontem, o dólar comercial experimentou um
avanço de 2,4%, alçando a maior alta desde 6 de novembro de 2001.
A cotação de compra atingiu R$ 2,5950 e a de venda, R$ 2,5970,
na máxima do dia. Dois fatores foram o estopim para a escalada
do dólar. O primeiro foi o disparo do risco Brasil, que atingiu
a máxima de 1.082 pontos (+7,55%), segundo o EMBI+ do J.P. Morgan.
O segundo foi o susto com o leilão de Letras do Tesouro Nacional
(LTN), em que o Banco Central colocou menos da metade dos papéis
a uma taxa demasiado alta. (Valor Online - 05.06.2002)
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2- Taxa de desemprego oficial terá novo cálculo |
O próximo presidente da República vai encontrar um País com uma
taxa oficial de desemprego maior. O Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) pretende lançar em novembro a nova Pesquisa
Mensal de Emprego (PME), que se aproximará dos padrões atuais
sugeridos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O
universo das pessoas consideradas desocupadas pelo IBGE tende
a crescer porque em vez de perguntar ao indivíduo se ele procurou
emprego naquela semana, o instituto vai considerar o prazo de
um mês para classificá-lo como desempregado, como recomenda a
OIT. "Claro que, havendo uma ampliação no período de abrangência
da pesquisa, ela estará captando mais pessoas desocupadas", afirma
a técnica do IBGE Vandeli dos Santos Guerra. (Gazeta Mercantil
- 05.06.2002)
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3- Relação entre dívida e PIB deve ser igual à de 2001 |
O governo não espera uma redução da relação entre a dívida e o
Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A afirmação foi feita pelo
secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, durante audiência
pública na Comissão Mista de Orçamento para explicar o cumprimento
das metas fiscais no primeiro quadrimestre. Segundo Guardia, o
comportamento da relação dívida/PIB vai depender da trajetória
do câmbio e dos juros, e ainda há incertezas em relação a esses
números. De acordo com dados do Banco Central, o estoque da dívida
líquida do setor público estava em R$ 684,6 bi em abril, o equivalente
a 54,5% do PIB, mesmo percentual de março. Segundo o secretário
do Tesouro, no caso brasileiro, o nível da dívida não cria maiores
problemas. "Não temos problema de sustentabilidade", disse. Na
avaliação de Guardia, mantendo-se um superávit primário de 3,5%
do PIB, será possível contrapor o ritmo atual de crescimento da
dívida. Para o secretário, a discussão sobre eventuais reduções
do superávit primário não se dará dentro de alguns anos, pois
sua manutenção é importante para abater a dívida. (Gazeta Mercantil
- 05.06.2002)
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1- Geração de energia a gás terá subsídio |
O governo anunciou a criação de um subsídio para a geração térmica
de energia com gás natural, que servirá para contrabalançar o
impacto tarifário decorrente da liberação da chamada "energia
velha" das empresas estatais federais. A medida, a ser regulamentada
até julho, faz parte de um conjunto de propostas para revitalização
do setor elétrico que foram discutidas com o presidente Fernando
Henrique Cardoso na última reunião do GCE. Atualmente, por exemplo,
a energia das hidrelétricas é comercializada por meio de contratos
com as distribuidoras e a preços bem mais baixos do que os custos
das termoelétricas. Para reduzir essa assimetria, o governo decidiu
obrigar as estatais federais a colocar progressivamente (25% por
ano) sua "energia velha" (proveniente de investimentos antigos)
à venda em leilões públicos. (O Estado de São Paulo - 05.06.2002)
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2- Térmicas terão subsídio até 2003 |
O governo vai subsidiar até 2003 a energia gerada por termelétricas
e fontes alternativas, segundo decidiu ontem o comitê de revitalização
do setor elétrico. Os recursos para o subsídio à geração das usinas
térmicas, movidas a gás natural, virão da arrecadação já existente
com a Cide, cobrada sobre combustíveis. O subsídio à geração a
gás será concedido apenas às termelétricas incluídas no PPT programadas
para entrarem em operação até 2004 e com contratos de venda da
energia a distribuidoras. As fontes de energia alternativas terão
recursos da Conta de Desenvolvimento Energético, formada por multas,
aplicadas pela Aneel, por tarifas cobradas às empresas do setor
pelo uso de bens públicos e pela Conta de Consumo de Combustível,
um adicional nas tarifas cobrado para cobrir custos do uso de
combustíveis fósseis na geração elétrica. (Valor Econômico - 05.06.2002)
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3- Cai número de interessados para a nova licitação
da ANP |
Termina hoje o prazo para as empresas efetuarem
o pagamento da taxa de participação da quarta rodada da ANP, que
licitará 54 áreas petrolíferas nos dias 19 e 20 deste mês. Segundo
analistas e especialistas do mercado, a rodada deverá ter participação
inferior de interessados, com menos disposição de pagar ágios
elevados nos blocos à venda. Entre os 35 inscritos, 32 depositaram
a taxa que varia de US$ 12,5 mil a US$ 437,5 mil. Uma das três
empresas que ainda não depositou foi a Repsol, que somente no
início da noite de ontem definiria sua participação, segundo fontes
da empresa. Entre as companhias entrevistadas, somente a canadense
Star Fish confirmou que participará do leilão. Na Phillips Petroleum,
o gerente geral no Brasil, Bob Fryklund, disse estar estudando
se participará do leilão. A BG do Brasil, do grupo British Gas,
também informou, por meio de sua assessoria, que a decisão final
sobre a participação no leilão seria tomada hoje. (Valor Econômico
- 05.06.2002)
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4- Usinas descobrem fonte extra de renda |
Depois do açúcar e do álcool, outro mercado atrai a atenção das
companhias do setor sucroalcooleiro: a comercialização de créditos
de carbono, obtidos através da co-geração de energia a partir
da queima do bagaço de cana. Usinas como a Equipav e a Cia. Energética
Santa Elisa estão dando andamento a projetos nesta área, que é
vista como uma fonte extra de renda quando o mercado for regulamentado.
Mas a usina mais avançada no processo é a Vale do Rosário, de
Morro Agudo (SP), que no mês passado foi a primeira empresa sucroalcooleira
no mundo a receber uma pré-certificação na área. A mensuração
dos créditos, ou seja, o que a usina "deixou de emitir" ao ter
investido um sistema limpo de geração, foi elaborada pela Econergy
Brasil, subsidiária brasileira da consultoria americana na área
ambiental. (Valor Econômico - 05.06.2002)
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5- Vale do Rosário pode receber US$ 3,22 mi |
Embora o mercado de carbono ainda não exista oficialmente, a usina
Vale do Rosário - primeira sucroalcooleira no mundo a receber
pré-certificação na comercialização de créditos de carbono e que
hoje comercializa o equivalente a 30 MW de capacidade instalada
- poderia receber até US$ 3,22 mi, com base em ofertas já existentes
no mercado internacional, diz Marcelo Junqueira, diretor da Econergy
Brasil, subsidiária brasileira da consultoria americana na área
ambiental. (Valor Econômico - 05.06.2002)
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6- Sucroalcooleiras produzem energia limpa |
A energia elétrica produzida nas usinas sucroalcooleiras é considerada
"limpa" porque o volume emitido de gás carbônico na queima do
bagaço equivale ao absorvido pela cana por meio da fotossíntese,
explica Ivonice Aires Campos, coordenadora de ações de desenvolvimento
energético do Ministério da Ciência e Tecnologia. "Trata-se de
um setor com um alto saldo positivo no balanço energético, já
que tem potencial para gerar nove vezes o que consome", acrescenta.
(Valor Econômico - 05.06.2002)
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7- Sucesso de sucroalcooleiras depende da expansão
de projetos de energia |
O sucesso do setor sucroalcooleiro no mercado de carbono depende,
além da ratificação do protocolo de Kyoto, da expansão dos projetos
de energia, que começaram a ganhar impulso no último ano devido
à escassez energética. Nesta safra, o volume excedente de energia
disponível para comercialização no setor deve chegar a 260 MW,
segundo estimativa da União da Agroindústria Canavieira de São
Paulo (Unica). Mas este volume pode subir para 3 mil MW daqui
a dois anos, se entrarem em funcionamento todos projetos previstos.
Nestes níveis, a geração a partir da cana eliminaria a emissão
de 3,5 mi de toneladas equivalentes de petróleo por ano, "um volume
extraordinário", pelas contas de Laura Tetti, consultora na área.
(Valor Econômico - 05.06.2002)
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1- EDP analisa cinco novos projetos no Brasil |
A EDP está analisando, no âmbito da sua estratégia de racionalização
de investimentos no Brasil, cinco projetos na área da produção
de eletricidade. Em informação divulgada aos acionistas, o grupo
português sublinha que "só na altura própria decidirá, em definitivo,
sobre o interesse na sua participação na concessão e concretização
destes projetos". Para o arrefecimento do programa de internacionalização,
que passará agora a ser financiado sobretudo com recursos gerados
localmente, contribuiu também a existência de dificuldades de
regulação no setor energético brasileiro. Na mira da EDP encontram-se
as centrais hidrelétricas de Tupiratins, cuja licitação deverá
ocorrer no segundo semestre de 2002, tendo os estudos de viabilidade
sido realizados em conjunto com o grupo Rede, à semelhança da
central de Ipueiras. À lista juntam-se as termelétricas a gás
natural de Araraquara, onde tem como parceira a Petrobrás, devendo
consumir US$ 273,72 mi, bem como as de Campo Grande e Vitória,
as duas últimas a cargo da Escelsa e da Enersul. (Diário Econômico
- 04.06.02)
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2- EDP gasta mais em investimentos no Brasil do que
em projetos de produção |
A comprovar a inversão de estratégia da EDP está o volume de investimentos
realizados no Brasil, no último exercício. Dos US$ 250,43 mi gastos,
apenas US$ 27,45 mi foram canalizados para projetos de produção.
Mais de 85% da verba total destinou-se à operação de pré pagamento
da dívida da Bandeirante Energia, a distribuidora do Estado de
S. Paulo no montante de US$ 186,59 mi. A EDP promoveu assim à
liquidação de cerca de 93% do saldo da dívida da Bandeirante Energia
denominada em dólares americanos no valor de US$ 275,63 mi, mediante
a utilização de títulos da dívida externa brasileira. Estes títulos
foram utilizados para aumento de capital da EDP Brasil que os
entregou ao credor, o Governo Brasileiro, por conta da Bandeirante
Energia para liquidação da dívida desta. (Diário Econômico - 04.06.02)
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3- Energia lidera receitas das privatizações em Portugal |
O setor energético
posiciona-se como a principal fonte de receitas do Governo português
em matéria de privatizações. Entre 2002 e 2003, a aposta recai,
segundo o primeiro-ministro Durão Barroso, sobre a Galpenergia
e a EDP. Mas as expectativas de encaixe não são tão animadoras
como nos anos anteriores, em que só as dispersões em bolsa da
empresa elétrica renderam ao Estado US$ 5,73 mi. A Galpenergia
tem cerca de um ano para definir a sua estratégia de internacionalização,
que passa sobretudo pelo mercado ibérico, e explicar ao mercado
o que pretende fazer com a refinação e exploração de petróleo,
duas áreas complexas que consomem grandes volumes de capital.
O objetivo da sua administração é atingir uma avaliação próxima
dos US$ 3,25 mi. Com base no seu valor atual, cerca de US$ 2,08
mi, o Estado receberia pela concessão de 20% do capital pouco
mais de US$ 464,38 mi. Igualmente complexa é a situação da EDP.
A forte e continuada degradação dos seus títulos desde a 2ª fase
de privatização, em Junho de 1998, não traz nada de bom. Um fato
que é agravado pela liberalização do mercado elétrico e pela entrada
no negócio das telecomunicações, que poderão fragilizar a sua
performance financeira. O Estado tem ainda 30%, não devendo aliená-los
na totalidade. (Diário Econômico - 04.06.02)
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4- Proinversión confirma licitação da Etecen e Etesur
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O órgão responsável pelas privatizações no peru, a Proinversión,
confirmou para esta Quarta feira, 5 de junho, a abertura das ofertas
para a concessão por 30 anos das transmissoras Etecen e Etesur,
informou o diretor executivo da empresa, Ricardo Veja. As três
empresas pré qualificadas no processo são a colombiana ISA, a
espanhola REE e a canadense Hydro Québec. A assinatura do contrato
está prevista para o dia 23 de julho, quando se concluirá todo
o processo de licitação. Os mecanismos que regularão os 30 anos
de concessão não estão definidos. A Etecen opera em 13 departamentos
na costa, centro e norte do Peru. A empresa tem 4.461km em linhas
de transmissão e 29 subestações com capacidade de transformação
de 1.502 MVA de capacidade. (Business News Americas - 04.06.02)
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5- Consumidores de Washington processam companhias
de energia por US$ 3 bi |
Um processo foi entregue formalmente na Segunda feira, dia 3 de
junho, à corte judicial da Califórnia em São Francisco. Consumidores
de Washington alegam que são vítimas de um processo fraudulento
de manipulação de preços observado em meados de 2000 e 2001 quando
o sistema de energia da Califórnia entrou em colapso. O processo
aponta as empresas Dynegy, Reliant, Sempra, Mirant, Williams,
Duke, NRG, Morgan Stanley e a Powerex como verdadeiras culpadas
e a Enron como culpada porém ,sobre esta recai o pretexto de que
encontrava-se em acelerado processo de falência. O processo diz
ainda que outros 200 acusados serão adicionados em breve. O mesmo
diz que os acusados cometeram violações contra as leis anti-trust
da Califórnia, negócios ilegais e fraudulentos além de terem violado
o código de comércio da Califórnia. (Platts - 04.05.02)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
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Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
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As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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