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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 884 - 24 de maio de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Parente quer pôr fim à CGE

A intenção do ministro Pedro Parente (Casa Civil), que está sendo substituído do comando da CGE pelo ministro Francisco Gomide (Minas e Energia), é pôr fim à GCE, mas Gomide defende a continuidade para não perder os poderes que a MP que instituiu o racionamento deu à Câmara. Entre eles, a possibilidade de baixar atos normativos. O mais provável é que a GCE passe a ser um departamento do Minas e Energia, que está concluindo o processo de reestruturação para receber as novas atribuições. Dois dos principais secretários da pasta foram substituídos nesta semana. Luiz Gonzaga Leite Perazzo, secretário executivo, já foi substituído por João Alberto Silva, embora a nomeação deste não tivesse sido publicada no "Diário Oficial" até ontem. Na secretaria de Energia saiu Frederico Maranhão para dar lugar a Carlos Holtz. Maranhão ocupava interinamente o cargo, desde a saída de Afonso Henriques dos Santos, em janeiro último. (Valor Econômico 24.05.2002)

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2- Câmara adia plano para revitalizar setor energético

A GCE adiou de 28 de maio para 4 de junho o anúncio dos detalhes das dez medidas prioritárias de revitalização do setor e a transferência do comando da GCE do ministro Pedro Parente (Casa Civil) para o ministro Francisco Gomide (Minas e Energia). O anúncio será feito depois de reunião do grupo com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Integrantes da Câmara afirmam que já foram definidos praticamente todos os pontos prioritários da revitalização, mas ainda falta bater o martelo na disputa em torno dos excedentes de Itaipu. Já houve consenso sobre o destino dos chamados excedentes futuros, contabilizados a partir da validade das medidas: servirão para atenuar impactos tarifários. A pendência agora são os volumes excedentes do passado, alvo de disputa judicial entre a Eletrobrás e as distribuidoras de energia. (Valor Econômico 24.05.2002)

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3- MME define grupo de trabalho que estudará viabilidade de Belo Monte

Já está definido o grupo de trabalho que deverá estudar e apresentar o plano de viabilização para a implantação da hidrelétrica de Belo Monte, na região Amazônica do Pará. Criado na última reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), em março deste ano, o grupo interministerial tem um prazo de 60 dias para concluir os estudos - a contar da data de publicação da portaria n° 189 do Ministério de Minas e Energia, de 17 de maio. Até a semana passada, os membros ainda não haviam se reunido. A coordenação ficará a cargo do novo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, João Alberto Silva. O MME também será representado por Antônio Carlos Tatit Holtz, secretário de Energia. Pela Casa Civil da Presidência participam Clóvis Lacorte e Eduardo Guimarães; e pelo Ministério do Meio Ambiente, Gisela de Alencar e Denise Nicoladis. Wagner Thomáz de Aquino e Elbia Aparecida Vinhaes representam o Ministério da Fazenda no grupo. Pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão integram Liane Maria Martins e Marcos Panariello. Executivos das empresas estatais do setor elétrico também discutirão a questão no grupo: pela Eletrobrás, Altino Ventura Filho e Marcio Zimmermann; por Furnas, Dimas Fabiano de Toledo e Celso Ferreira; pela Chesf, Mozart Siqueira Campos e Leonardo Lins; e pela Eletronorte, José Antônio Lopes e Osmar Viera Filho. Peça-chave como financiadora do projeto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será representado por Maria Christina Carneiro e Carlos Lopes Haude. Já o governo do Pará terá como representantes José Augusto Soares e Francisco Sérgio Belich. O membro da sociedade civil escolhido foi Wilson Quintela. (Canal Energia - 23.05.2002)

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4- Levantamento mostra Justiça dividida sobre a cobrança de seguro-apagão

A Justiça está dividida quanto à cobrança do seguro-apagão. Levantamento feito por advogados da CBEE indica que, em 36 ações judiciais, foram concedidas 12 liminares contra a cobrança e outras 7 foram indeferidas. Apesar da vantagem aos consumidores, não houve decisão definitiva sobre o assunto e mais de 10 ações aguardam o julgamento de pedido de liminar pela primeira instância da Justiça Federal. Outro sintoma da indefinição é que a maioria dos processos está centralizada na região Sul. Como o Sul não participou do plano de racionamento de energia elétrica os consumidores têm um argumento a mais para pedir à Justiça o fim do seguro-apagão: o de que estaria suportando um ônus da Federação. Mas esse argumento não pode ser utilizado nas demais regiões do país, que seguiram as normas de contenção de energia. O seguro-apagão representa um acréscimo de, no máximo, 2% nas contas de energia, e é repassado à CBEE para custear o aumento da oferta de energia. (Valor Econômico 24.5.2002)

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5- Para CBEE, Sul deve pagar seguro-apagão porque sistema de distribuição é interligado

Das 36 ações contra o seguro-apagão, 15 foram apreciadas pela Justiça de Blumenau, no interior de Santa Catarina. A 1ª Vara Federal da cidade indeferiu 7 pedidos de liminar e a 3ª Vara deferiu 8. Existem 24 ações em Santa Catarina, revela o advogado Eduardo Ramires, do escritório Manesco, Ramires, Perez e Azevedo Marques Advocacia, que presta serviços à CBEE. Segundo ele, o argumento de que o Sul não deveria pagar o seguro-apagão por não ter passado pelo racionamento de energia é falso. "O sistema de distribuição de energia é interligado", justifica Ramires, lembrando que os sistemas das regiões Sudeste e Centro-Oeste transferiram 13 mil gigawatts ao Sul, em 2000, o que representou 23% da carga própria do sistema Sul, evitando o racionamento na região. (Valor Econômico 24.5.2002)

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6- Consumidores se reúnem em ações civis públicas contra seguro-apagão

A maior parte das ações na Justiça contra o seguro-apagão são de consumidores individuais, mas também há algumas ações civis públicas pedindo o fim do seguro para o país inteiro. Advogados da CBEE contabilizam três ações em Minas Gerais, duas no Paraná, outras duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Os consumidores alegam que o seguro-apagão é um imposto e, portanto, deveria ter sido aprovado por lei complementar - e não lei ordinária, como ocorreu. A CBEE defende a tese de que a tarifa de energia remunera o serviço de distribuição e geração e, assim, não pode ser considerada como tributo.Os Tribunais Regionais Federais estão começando a analisar os pedidos de liminar. O presidente do TRF de Porto Alegre, desembargador federal Teori Zavascki, manteve liminar concedida pela Justiça de Lages, no interior de Santa Catarina, pelo fato de o valor que o consumidor pagava ser pequeno e não ameaçar a economia pública. (Valor Econômico 24.5.2002)

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risco e racionamento

1- ONS deve recorrer da multa por causa de blecaute

O ONS deverá apresentar amanhã à Aneel recurso contra a multa de R$ 299 mil aplicada pela agência em decorrência do blecaute de 21 de janeiro, que atingiu 10 Estados e o Distrito Federal. O ONS foi multado, segundo a Aneel, porque falhou nos procedimentos para restabelecer o fornecimento de energia. A CTEEP, responsável pela linha que se rompeu, provocando o blecaute, ainda não apresentou a defesa. A CTEEP foi multada em R$ 4,5 milhões. A Aneel deu prazo inicial de quinze dias para recurso a partir da notificação, recebida no dia 10 de maio. Os recursos, assim que apresentados, serão encaminhados à diretoria da Agência, que nomeia um diretor para relatar os pedidos. Caso o relator decida manter as multas, cabe ainda recurso em última instância à diretoria. (Estado de São Paulo - 24.05.2002)

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2- Níveis dos reservatórios do Nordeste atingem 62,41%

De acordo com o boletim diário do ONS, a região Nordeste foi a única que teve queda no volume armazenado. Ontem, dia 22 de maio, os níveis dos reservatórios caíram 0,3% em comparação com o dia anterior, chegando a 62,41%. Mesmo assim, o volume está 17,96% acima da cruva-guia superior prevista para o mês de maio. Na usina de Sobradinho, o índice é de 55,05%. (Canal Energia - 23.05.2002)

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3- Capacidade de armazenamento na região Norte sobe 0,11%

A capacidade de armazenamento na região Norte subiu apenas 0,11% em um dia. Hoje, o volume armazenado atinge 99,64%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 99,69%. (Canal Energia - 23.05.2002)

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4- Níveis dos reservatórios atingem 68,28% na região Sudeste/Centro-Oeste

Na região Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de armazenamento subiu 0,37% em um dia. Os níveis dos reservatórios atingem 68,28%, ficando 18,83% acima da curva-guia superior estabelecida. Nas usinas de Furnas e Matrimbondo, o índice é de 84,9% e 74,71%, respectivamente. (Canal Energia - 23.05.2002)

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5- Região Sul também tem aumento na capacidade de armazenamento

A região Sul foi outra que teve aumento na capacidade de armazenamento. Neste subsistema, os níveis dos reservatórios subiram 2,84% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Salto Santiago, o ídnice é de 68,08%. (Canal Energia - 23.05.2002)

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6- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Eletrobrás pode perder R$ 500 mi

Um antigo empréstimo compulsório cobrado na conta de luz para financiar a expansão do sistema energético durante as décadas de 60 e 70 pode causar um prejuízo de R$ 500 mi para a Eletrobras. O compulsório foi cobrado especialmente para financiar a geração de energia de Furnas. Um grupo de pessoas portadoras desses compulsórios tenta agora na Justiça resgatar essa dívida a partir de títulos emitidos entre 1964 e 1977. Esses papéis funcionam como comprovante de que o consumidor teria o direito de receber o valor ''emprestado compulsoriamente''. O esquecido empréstimo compulsório - denominado 'obrigações ao portador' - poderia ser resgatado num prazo de dez anos, com mais cinco anos para exercer o direito de ter de volta o recurso financiado. (Jornal do Brasil - 24.05.2002)

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2- Eletrobrás diz que não sofreu prejuízos com ações fraudulentas

O diretor Financeiro da Eletrobras, Nereu Ramos, assegurou nesta quinta-feira que a estatal não sofreu até agora nenhum prejuízo em decorrência de ações fraudulentas, movidas desde fevereiro passado contra a empresa nos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins, visando o resgate de Obrigações ao Portador. A empresa julgou as ações improcedentes uma vez que os títulos tinham prazo de resgate de 10 anos com mais 5 para exercer o direito e pagaram juros de 10% ao ano durante esse período. Com ajuda do Banco do Brasil, que recebeu as notificações para pagamento e percebeu que se tratava de golpe contra a Eletrobras, uma vez que foram escolhidas localidades distantes do Rio de Janeiro, sede da estatal, a Eletrobras conseguiu cassar as liminares e derrubar as 7 ações que estavam ajuizadas, cujo valor médio atingia R$ 60 mi cada. (Diário do Grande ABC - 24.05.2002)

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3- Eletrobrás vai reduzir investimentos em 2002

O orçamento da Eletrobrás para este ano será menor do que o valor previsto inicialmente de R$ 5,1 bi. Segundo o diretor financeiro da empresa, Nereu Ramos Neto, o motivo é o corte no Orçamento da União, devido ao atraso na votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O executivo garantiu, porém, que a redução no orçamento "não será nenhuma tragédia. Ainda não sabemos em quanto será a diminuição", afirmou ele. Fontes do setor falam em algo próximo a R$ 1 bi. Ramos Neto preferiu não dizer quais seriam as áreas em que a Eletrobrás promoverá cortes, mas afirmou que o orçamento de todas as controladas (Furnas, Chesf e Eletronorte) será afetado. Ele assegurou, porém, que serão mantidos os investimentos nos programas emergenciais, principalmente na usina hidrelétrica de Tucuruí, no leste do Pará. Em 2001, o orçamento da Eletrobrás foi de R$ 2,1 bi. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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4- CEEE implanta sua ouvidoria

A CEEE implantou ontem uma nova forma de atendimento. A ouvidoria, segundo o diretor de distribuição da CEEE, Ronaldo Schuck, será mais um instrumento para melhorar a prestação de serviços. Ela ampliará os canais de comunicação da empresa com o seu público, formado hoje por 1,2 mi de unidades consumidoras em 72 municípios, no Sul e Sudeste do RS. O cliente poderá manifestar sua insatisfação com o atendimento, dúvidas sobre faturamento, sugestões ou ainda imprevistos causados por temporais. O diretor ressalta que a ouvidoria não deve ser o primeiro canal de acesso à companhia e o cliente precisa antes buscar atendimento em uma das 52 agências, ou através do teleatendimento (0800-999196) ou via Internet (www.ceee.com.br). O telefone da ouvidoria da CEEE é (51) 3382-4900. (Correio do Povo - 24.05.2002)

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5- Lucros das elétricas foram 235% maiores no primeiro trimestre de 2002

O acordo de reposição das perdas do racionamento inflou os lucros do setor elétrico no primeiro trimestre de 2002. O balanço de 20 empresas de energia mostra que o lucro operacional cresceu 235,4% sobre o mesmo período do ano passado e o lucro líquido engordou 267,4%. A receita líquida de vendas de energia, no entanto, caiu 1,4%, mesmo amparada por aumentos tarifários. (Valor Econômico 24.5.2002)

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6- Para analistas, fase de otimismo está no fim

Para os analistas do setor energético, a fase de otimismo do primeiro trimestre deste ano está no fim: "As vendas estão em média 12% inferiores, o câmbio voltou a subir e não há mais dinheiro do BNDES entrando no caixa", disse um analista de um grande banco. Segundo ele, a redução espontânea no consumo traz outro ponto negativo para as empresas do setor, além da queda no faturamento: o desequilíbrio nos contratos iniciais entre geradoras e distribuidoras, deixando uma sobra de energia nas mãos das distribuidoras. Teoricamente, essa sobra teria de ser recomprada pelas geradoras pelo preço do MAE. Mas o acordo com o governo prevê o rateio desse custo, determinando o preço de recompra em R$ 73 o MWh. O valor não é satisfatório para as geradoras, que vendem por R$ 40 o MWh para as distribuidoras e terão que recomprá-lo por R$ 73, mas também traz prejuízos para as distribuidoras, que o revenderão por R$ 73 de novo à geradoras, enquanto poderiam vender ao consumidor final por R$ 150 o MWh. (Valor Econômico 24.5.2002 )

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financiamento

1- Exportações perdem rentabilidade

Valorização do câmbio e queda nos preços médios afetam o desempenho das vendas externas. A rentabilidade das exportações brasileiras está em queda este ano, ao contrário do bom desempenho de 2001, quando a lucratividade das vendas externas do País cresceu 10,2%. Entre janeiro e março, a diminuição nos ganhos das exportações foi de 4,3%, em comparação com igual período do ano passado, ou de 8,7% quando comparado com o último trimestre de 2001. Também em relação à média registrada ao longo de todo o ano passado, a rentabilidade das exportações brasileiras em janeiro/março de 2002 registrou recuo de 9,3%, neutralizando os ganhos obtidos no ano anterior. Todos os principais setores exportadores (num total de 27) observaram queda de rentabilidade, segundo levantamentos da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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2- Investimento direto foi de US$ 5,9 bi até abril

O Brasil recebeu em abril US$ 1,752 bi em investimentos estrangeiros diretos líquidos, segundo dados das contas externas apresentados ontem pelo chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Para maio, Lopes estima um fluxo entre US$ 1,2 bi e US$ 1,4 bi e, para o ano todo, de US$ 18 bi. No acumulado até abril, os investimentos diretos foram de US$ 5,923 bi e o déficit em transações correntes, de US$ 5,215 bi - uma folga pouco acima de US$ 700 mi quanto às necessidades de financiamento. Em abril, o déficit em transações correntes foi de US$ 1,983 bi. A soma recursos estrangeiros aplicados no País em abril ganhou um reforço inesperado, que foi a conversão de US$ 549 mi, em investimento direto, de empréstimo de empresa internacional de telefonia feito à filial brasileira. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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3- Governo nega suspensão do corte de R$ 5,3 bi

Não é intenção do governo federal suspender ou mesmo rever os cortes de R$ 5,3 bi no orçamento da União deste ano, enquanto o Congresso não tiver uma posição definitiva sobre o prazo para o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que deixa de ser cobrada a partir de 18 de junho. O ministro do Planejamento, Guilherme Dias, deu ontem indicações claras de que o governo continua preocupado com a chamada noventena prevista na Constituição, que estabelece 90 dias a partir da promulgação da emenda constitucional para que o dinheiro da CPMF volte a fluir para os cofres públicos. Os investimentos federais e o custeio dos ministérios e dos seus órgãos vinculados permanecem sob uma verdadeira camisa-de-força, mesmo depois de o calendário de votação da CPMF - com a previsão de ser concluído até 12 de junho - ter sido acertado, na última quarta-feira. No entanto, a contenção sobre os gastos do Executivo não deve ser imposta ao Legislativo e ao Judiciário. Dias informou que os ajustes adotados por esses dois poderes em fevereiro foram suficientes. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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4- Cupom cambial alto estimula venda de bônus

A distorção entre o risco Brasil medido pelos contratos de cupom cambial na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e o prêmio dos títulos da dívida soberana no exterior deu o tom dos negócios no mercado nesta quinta-feira. As tesourarias, que vinham carregadas de posições em Forward Rate Agreement (FRA) - o cupom cambial limpo, indicado pela expectativa de juros, contra variação do dólar por um determinado período -, inverteram seus portfólios nas duas últimas semanas. Isso elevou de forma substantiva o cupom e estimulou operações de arbitragem entre os bônus transacionados lá fora e os contratos domésticos. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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5- Dólar comercial opera em queda de 0,28%

O dólar comercial opera em queda de 0,28% na abertura da Bovespa, cotado a R$ 2,516 para compra e R$ 2,521 para venda. Ontem, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 2,529, com alta de 0,12%. Na máxima do dia, a moeda saiu a R$ 2,55. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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gás e termoelétricas

1- BG já começou a importar gás

A indefinição do mercado consumidor de gás natural brasileiro já abre espaço no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para empresas além da Petrobras. A BG, ex-British Gas, que teve sua importação de gás interrompida porque a estatal alegava precisar de toda a capacidade que cabe à TBG (Transportadora Brasileira do Gasbol) para honrar os contratos de fornecimento, está importando o insumo, segundo revelaram fontes envolvidas na operação. Impedida desde de dezembro de trazer os dois milhões de metros cúbicos necessários para abastecer a distribuidora Comgás, a empresa teve de comprar o insumo da Petrobras. As incertezas sobre a demanda do insumo nos próximos anos, com a entrada das 40 térmicas previstas no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), provocou o adiamento da licitação para a ampliação do Gasbol em cerca de 20 milhões de metros cúbicos de gás. Outro ponto de conflito entre carregadores interessados em participar da licitação é a tarifa de transporte, que deverá ser reduzida com a ampliação, na opinião dos agentes. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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2- Ampliação do mercado de gás natural está condicionada ao sucesso das térmicas

A ampliação do mercado de gás natural está muito condicionada ao sucesso do programa das térmicas e ao ingresso de novos agentes. Atualmente, a participação do gás natural na matriz energética é de cerca de 3%. A expectativa do governo é chegar à participação de 10%, em 2005. Ainda assim, o peso do gás natural na matriz energética brasileira estará muito longe de outros países. Na Argentina, por exemplo, é de 47%, no Canadá é de 28,1%, no Reino Unido é de 27,5%, nos Estados Unidos é de 24,1%, e na Bolívia é de 21,4%. Na opinião de Adriano Pires, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura a tendência é de o mercado do gás crescer a taxas superiores ao do petróleo. "O perfil da matriz energética está mudando em função de questões ambientais", comenta ele. Na opinião de Pires, o avanço do mercado do gás natural no Brasil estará muito condicionado às medidas que venham a ser adotadas pelo governo no sentido de garantir acesso ao transporte do gás ao maior número de empresas. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)

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3- Petrobras perdeu com térmicas

Depreciados devido ao fim do racionamento, os investimentos em térmicas da Petrobras começam a dar prejuízo. Em seu balanço do primeiro trimestre, a estatal registrou perda de R$ 112,332 mi a título de "contingências contratuais com térmicas". O valor corresponde à garantia de compra da energia gerada pelas térmicas Eletrobolt e Macaé Merchant, em operação desde o fim do ano passado, sem a conseqüente revenda ao mercado por preços atrativos. Para assegurar os investimentos das térmicas, considerados prioritários pelo Governo para reduzir o risco de corte no fornecimento de energia, a Petrobras celebrou contratos que davam aos investidores um retorno mínimo correspondente a uma parte da capacidade da térmica. Mesmo que esta energia não chegasse ao consumidor final, a estatal pagaria por ela. Além do risco natural desta cláusula, a Petrobras foi atropelada pela trajetória dos preços de energia no País. (Jornal do Commercio - 24.05.2002)

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4- Potigás confirma construção de gasoduto

O governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, autorizou a construção do ramal do gasoduto que até então sairia da estação rebaixadora de Benfica, beneficiando apenas as empresas da margem direita do rio Mossoró com destino a Areia Branca. Segundo José Ribamar de Aguiar, presidente da Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS), houve algumas mudanças no projeto original, o que deverá contemplar um número maior de usuários do produto na região. "Foi identificado uma válvula de gás próxima a Passagem de Pedra, depois da ponte do rio do Carmo, depois de constatado pela Petrobrás que o gás da estação de Benfica era rico em elementos nocivos à saúde, como enxofre e gás carbônico", disse. Esta válvula será utilizada para dar segmento ao gasoduto, beneficiando as indústrias instaladas no percurso, entre Mossoró e Areia Branca, contemplando as duas margens do rio Mossoró até Areia Branca, criando assim um novo distrito industrial. A obra tem um custo avaliado em R$ 10 milhões, devendo ser tocada em parceria pelo governo do Estado, prefeitura de Mossoró e Areia Branca, Petrobras e Potigás. (O Mossoroense - 24.5.2002)

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internacional

1- Proinversión vende todo o montante de ações da Edelnor

A Proinversión, órgão responsável pelas privatizações no Peru, vendeu a totalidade das 318 milhões de ações da distribuidora elétrica Edelnor que ainda estavam em poder do Estado, arrematando um total de US$ 69,7 mi. As ações vendidas representam 27,1% dos ativos da elétrica. A operação de venda realizada nos dias 21 e 22 de maio apresentou uma demanda excedente de cerca de 400% pelas primeiras 100 milhões de ações ofertadas, o que levou a Proinversión a colocar a venda a totalidade das ações, logrando uma demanda excedente de 29% ao final da operação. Os recursos captados com o processo se destinarão em sua totalidade ao Fundo Nacional de Poupança Pública para o pagamento de pensões. A Eldenor é a maior distribuidora privada do Peru e atende cerca de 4 milhões de habitantes em Lima e Callao. Metade das ações da Eldenor foram adquiridas em 1994 pela espanhola Endesa, que controla e administra a companhia. (Business News Americas - 23.05.2002)

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2- Assembleia Geral da Galpenergia aprova proposta do Estado para distribuição de dividendos

A Assembleia Geral (AG) de Acionistas da Galpenergia deu hoje o seu aval à proposta do Estado de distribuir um dividendo equivalente a apenas 40% dos lucros de 2001. Segundo noticiou hoje a agência Reuters, , na mesma reunião foi também aprovado o novo Conselho de Administração proposto pelo Estado, tornando-se Joaquim Ferreira do Amaral o novo presidente da Galpenergia, continuando António Mexia como diretor executivo. O Estado português tem uma participação direta de 34,81% no capital da Galpenergia, sendo que a EDP controla mais 14,37% e a CGD outros 13,5%. A italiana ENI possui uma minoria de bloqueio de 33,34% e a espanhola Iberdrola mais 4%. (Diário Econômico - 23.05.2002)

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3- Cetic interessada nos projetos de Olmos y Angostura

A energética chinesa Cetic ( China Eletric Power Tecnology Import & Export Corporation ) reafirmou seu interesse em participar nos projetos peruanos de hidroeletricidade e irrigação de Olmos e no projeto de Angostura para a construção de uma represa. "Compramos as bases da concessão do projeto de Olmos, que estamos estudando, mas também temos muito desejo de entrar no projeto de Angostura" disse o gerente geral da Cetic no Peru, José Quiñones. O governo peruano oferece uma concessão de 40 para o projeto de Olmos, que levaria água do rio Huancabamba para proporcionar irrigação e eletricidade às cidades de Lambayeque, Piura e Cajamarca. A primeira etapa de US$ 300 mi se realizaria em 4 ou 5 anos, proporcionando água para irrigar 60.000 hectares e gerar 2400 GWh por ano. A represa de Angostura se posicionaria a 4200 metros acima do nível do mar, em confluência com os rios Hornillos y Apurimac, e permitiria acumulação de 1.140 bilhões de metros cúbicos de água alimentando uma represa hidrelétrica de 650 MW. (Business News Americas - 22.05.2002)

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4- PAN propõe abertura do setor elétrico mexicano

O coordenador de deputados do Partido de Acción Nacional (PAN) do México, Felipe Calderón, propôs ao congresso a abertura do setor elétrico mexicano, através da criação de uma indústria paralela formada integralmente por capital privado que compita com a estatal CFE. A proposta de Calderón se daria através do fim do monopólio estatal no setor elétrico e com a criação de um organismo regulador a competência e o funcionamento do setor. "A proposta do partido consiste em dar maior claridade e transparência ao setor, além de oferecer plena garantia de que a produção e a geração de energia possam ser administradas por companhias privadas nacionais ou estrangeiras, para que o Estado possa destinar os recursos públicos à atenção de outras necessidades públicas, como educação, saúde, segurança e meio ambienta", afirmou Calderón. O modelo proposto por Calderón consiste em que empresas totalmente privadas possam gerar energia elétrica, enquanto que a CFE continue sendo a empresa estatal que ofereça a eletricidade como serviço público e que todos possam adquirir energia elétrica a preços competitivos. (Business News Americas - 22.05.2002)

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5- Trabalhadores exigem de Toledo que geradoras não sejam vendidas

A Frente dos Trabalhadores Ativos e Pensionistas de Arequipa, no Peru, apresentou à justiça um pedido contra o presidente do país, Alejandro Toledo, exigindo que o mesmo cumpra a promessa que fez durante a campanha eleitoral de 2001 de não privatizar empresas estatais, como forma de evitar a venda das geradoras Egasa e Enersur. A Engasa e a Enersur serão privatizadas dia 14 de junho por um preço mínimo total de US$ 156 mi. Ambas as geradoras estão situadas na região sul do Peru. Quatro empresas estão pré qualificadas no processo: as americanas PSEG e NRG Energy, a belga Tractebel e a norueguesa Statkraft. A Egasa possui capacidade instalada de 178MW de potência em seis plantas, tanto hidrelétricas como termoeléctricas, e a Egesur conta com 62,8MW em duas centrais termelétricas. (Business News Americas - 23.05.2002)

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6- Fiat e EDF na Edison

A EDF, a Fiat e seus sócios fecharam acordo para injetar US$ 921 mi na segunda maior produtora de energia da Itália, a Edison, onde são sócias. A classificação de risco de crédito da Edison está perto de ser rebaixada como junk ou de alto risco. A empresa de energia se fundirá com a Italenergia, companhia endividada que foi utilizada como instrumento pela Fiat e pela estatal francesa para adquirir a Edison em julho último. A nova companhia também planeja vender 3 bilhões de euros em ações e bônus, informou a Edison em um comunicado. A Fiat, maior companhia industrial da Itália e a EDF, maior provedora de energia da Europa, precisam lucrar com os negócios de gás e eletricidade da Edison para quitar empréstimos que financiaram a aquisição de 8 bilhões de euros. (Valor Econômico 24.5.2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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