1- Parente quer pôr fim à CGE |
A
intenção do ministro Pedro Parente (Casa Civil), que está sendo
substituído do comando da CGE pelo ministro Francisco Gomide (Minas
e Energia), é pôr fim à GCE, mas Gomide defende a continuidade
para não perder os poderes que a MP que instituiu o racionamento
deu à Câmara. Entre eles, a possibilidade de baixar atos normativos.
O mais provável é que a GCE passe a ser um departamento do Minas
e Energia, que está concluindo o processo de reestruturação para
receber as novas atribuições. Dois dos principais secretários
da pasta foram substituídos nesta semana. Luiz Gonzaga Leite Perazzo,
secretário executivo, já foi substituído por João Alberto Silva,
embora a nomeação deste não tivesse sido publicada no "Diário
Oficial" até ontem. Na secretaria de Energia saiu Frederico Maranhão
para dar lugar a Carlos Holtz. Maranhão ocupava interinamente
o cargo, desde a saída de Afonso Henriques dos Santos, em janeiro
último. (Valor Econômico 24.05.2002)
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2- Câmara adia plano para revitalizar setor energético
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A GCE adiou de 28 de maio para 4 de junho o anúncio dos detalhes
das dez medidas prioritárias de revitalização do setor e a transferência
do comando da GCE do ministro Pedro Parente (Casa Civil) para
o ministro Francisco Gomide (Minas e Energia). O anúncio será
feito depois de reunião do grupo com o presidente Fernando Henrique
Cardoso. Integrantes da Câmara afirmam que já foram definidos
praticamente todos os pontos prioritários da revitalização, mas
ainda falta bater o martelo na disputa em torno dos excedentes
de Itaipu. Já houve consenso sobre o destino dos chamados excedentes
futuros, contabilizados a partir da validade das medidas: servirão
para atenuar impactos tarifários. A pendência agora são os volumes
excedentes do passado, alvo de disputa judicial entre a Eletrobrás
e as distribuidoras de energia. (Valor Econômico 24.05.2002)
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3- MME define grupo de trabalho que estudará viabilidade
de Belo Monte |
Já está definido o grupo de trabalho que deverá estudar e apresentar
o plano de viabilização para a implantação da hidrelétrica de
Belo Monte, na região Amazônica do Pará. Criado na última reunião
do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), em março deste
ano, o grupo interministerial tem um prazo de 60 dias para concluir
os estudos - a contar da data de publicação da portaria n° 189
do Ministério de Minas e Energia, de 17 de maio. Até a semana
passada, os membros ainda não haviam se reunido. A coordenação
ficará a cargo do novo secretário executivo do Ministério de Minas
e Energia, João Alberto Silva. O MME também será representado
por Antônio Carlos Tatit Holtz, secretário de Energia. Pela Casa
Civil da Presidência participam Clóvis Lacorte e Eduardo Guimarães;
e pelo Ministério do Meio Ambiente, Gisela de Alencar e Denise
Nicoladis. Wagner Thomáz de Aquino e Elbia Aparecida Vinhaes representam
o Ministério da Fazenda no grupo. Pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão integram Liane Maria Martins e Marcos Panariello.
Executivos das empresas estatais do setor elétrico também discutirão
a questão no grupo: pela Eletrobrás, Altino Ventura Filho e Marcio
Zimmermann; por Furnas, Dimas Fabiano de Toledo e Celso Ferreira;
pela Chesf, Mozart Siqueira Campos e Leonardo Lins; e pela Eletronorte,
José Antônio Lopes e Osmar Viera Filho. Peça-chave como financiadora
do projeto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) será representado por Maria Christina Carneiro e Carlos
Lopes Haude. Já o governo do Pará terá como representantes José
Augusto Soares e Francisco Sérgio Belich. O membro da sociedade
civil escolhido foi Wilson Quintela. (Canal Energia - 23.05.2002)
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4- Levantamento mostra Justiça dividida sobre a cobrança
de seguro-apagão |
A Justiça está dividida quanto à cobrança do seguro-apagão. Levantamento
feito por advogados da CBEE indica que, em 36 ações judiciais,
foram concedidas 12 liminares contra a cobrança e outras 7 foram
indeferidas. Apesar da vantagem aos consumidores, não houve decisão
definitiva sobre o assunto e mais de 10 ações aguardam o julgamento
de pedido de liminar pela primeira instância da Justiça Federal.
Outro sintoma da indefinição é que a maioria dos processos está
centralizada na região Sul. Como o Sul não participou do plano
de racionamento de energia elétrica os consumidores têm um argumento
a mais para pedir à Justiça o fim do seguro-apagão: o de que estaria
suportando um ônus da Federação. Mas esse argumento não pode ser
utilizado nas demais regiões do país, que seguiram as normas de
contenção de energia. O seguro-apagão representa um acréscimo
de, no máximo, 2% nas contas de energia, e é repassado à CBEE
para custear o aumento da oferta de energia. (Valor Econômico
24.5.2002)
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5- Para CBEE, Sul deve pagar seguro-apagão porque sistema
de distribuição é interligado |
Das 36 ações contra o seguro-apagão, 15 foram apreciadas pela
Justiça de Blumenau, no interior de Santa Catarina. A 1ª Vara
Federal da cidade indeferiu 7 pedidos de liminar e a 3ª Vara deferiu
8. Existem 24 ações em Santa Catarina, revela o advogado Eduardo
Ramires, do escritório Manesco, Ramires, Perez e Azevedo Marques
Advocacia, que presta serviços à CBEE. Segundo ele, o argumento
de que o Sul não deveria pagar o seguro-apagão por não ter passado
pelo racionamento de energia é falso. "O sistema de distribuição
de energia é interligado", justifica Ramires, lembrando que os
sistemas das regiões Sudeste e Centro-Oeste transferiram 13 mil
gigawatts ao Sul, em 2000, o que representou 23% da carga própria
do sistema Sul, evitando o racionamento na região. (Valor Econômico
24.5.2002)
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6- Consumidores se reúnem em ações civis públicas contra
seguro-apagão |
A maior parte das ações na Justiça contra o seguro-apagão são
de consumidores individuais, mas também há algumas ações civis
públicas pedindo o fim do seguro para o país inteiro. Advogados
da CBEE contabilizam três ações em Minas Gerais, duas no Paraná,
outras duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, Goiás e Distrito
Federal. Os consumidores alegam que o seguro-apagão é um imposto
e, portanto, deveria ter sido aprovado por lei complementar -
e não lei ordinária, como ocorreu. A CBEE defende a tese de que
a tarifa de energia remunera o serviço de distribuição e geração
e, assim, não pode ser considerada como tributo.Os Tribunais Regionais
Federais estão começando a analisar os pedidos de liminar. O presidente
do TRF de Porto Alegre, desembargador federal Teori Zavascki,
manteve liminar concedida pela Justiça de Lages, no interior de
Santa Catarina, pelo fato de o valor que o consumidor pagava ser
pequeno e não ameaçar a economia pública. (Valor Econômico 24.5.2002)
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1- ONS deve recorrer da multa por causa de blecaute
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O ONS deverá apresentar amanhã à Aneel recurso contra a multa
de R$ 299 mil aplicada pela agência em decorrência do blecaute
de 21 de janeiro, que atingiu 10 Estados e o Distrito Federal.
O ONS foi multado, segundo a Aneel, porque falhou nos procedimentos
para restabelecer o fornecimento de energia. A CTEEP, responsável
pela linha que se rompeu, provocando o blecaute, ainda não apresentou
a defesa. A CTEEP foi multada em R$ 4,5 milhões. A Aneel deu prazo
inicial de quinze dias para recurso a partir da notificação, recebida
no dia 10 de maio. Os recursos, assim que apresentados, serão
encaminhados à diretoria da Agência, que nomeia um diretor para
relatar os pedidos. Caso o relator decida manter as multas, cabe
ainda recurso em última instância à diretoria. (Estado de São
Paulo - 24.05.2002)
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2- Níveis dos reservatórios do Nordeste atingem 62,41%
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De acordo com o boletim diário do ONS, a região Nordeste foi a
única que teve queda no volume armazenado. Ontem, dia 22 de maio,
os níveis dos reservatórios caíram 0,3% em comparação com o dia
anterior, chegando a 62,41%. Mesmo assim, o volume está 17,96%
acima da cruva-guia superior prevista para o mês de maio. Na usina
de Sobradinho, o índice é de 55,05%. (Canal Energia - 23.05.2002)
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3- Capacidade de armazenamento na região Norte sobe
0,11% |
A capacidade de armazenamento na região Norte subiu apenas 0,11%
em um dia. Hoje, o volume armazenado atinge 99,64%. Na hidrelétrica
de Tucuruí, o índice é de 99,69%. (Canal Energia - 23.05.2002)
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4- Níveis dos reservatórios atingem 68,28% na região
Sudeste/Centro-Oeste |
Na região Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade de armazenamento
subiu 0,37% em um dia. Os níveis dos reservatórios atingem 68,28%,
ficando 18,83% acima da curva-guia superior estabelecida. Nas
usinas de Furnas e Matrimbondo, o índice é de 84,9% e 74,71%,
respectivamente. (Canal Energia - 23.05.2002)
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5- Região Sul também tem aumento na capacidade de armazenamento |
A região Sul foi outra que teve aumento na capacidade de armazenamento.
Neste subsistema, os níveis dos reservatórios subiram 2,84% em
comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Salto Santiago,
o ídnice é de 68,08%. (Canal Energia - 23.05.2002)
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6- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobrás pode perder R$ 500 mi |
Um antigo empréstimo compulsório cobrado na conta de luz para
financiar a expansão do sistema energético durante as décadas
de 60 e 70 pode causar um prejuízo de R$ 500 mi para a Eletrobras.
O compulsório foi cobrado especialmente para financiar a geração
de energia de Furnas. Um grupo de pessoas portadoras desses compulsórios
tenta agora na Justiça resgatar essa dívida a partir de títulos
emitidos entre 1964 e 1977. Esses papéis funcionam como comprovante
de que o consumidor teria o direito de receber o valor ''emprestado
compulsoriamente''. O esquecido empréstimo compulsório - denominado
'obrigações ao portador' - poderia ser resgatado num prazo de
dez anos, com mais cinco anos para exercer o direito de ter de
volta o recurso financiado. (Jornal do Brasil - 24.05.2002)
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2- Eletrobrás diz que não sofreu prejuízos com
ações fraudulentas |
O diretor Financeiro da Eletrobras, Nereu Ramos, assegurou nesta
quinta-feira que a estatal não sofreu até agora nenhum prejuízo
em decorrência de ações fraudulentas, movidas desde fevereiro
passado contra a empresa nos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins,
visando o resgate de Obrigações ao Portador. A empresa julgou
as ações improcedentes uma vez que os títulos tinham prazo de
resgate de 10 anos com mais 5 para exercer o direito e pagaram
juros de 10% ao ano durante esse período. Com ajuda do Banco do
Brasil, que recebeu as notificações para pagamento e percebeu
que se tratava de golpe contra a Eletrobras, uma vez que foram
escolhidas localidades distantes do Rio de Janeiro, sede da estatal,
a Eletrobras conseguiu cassar as liminares e derrubar as 7 ações
que estavam ajuizadas, cujo valor médio atingia R$ 60 mi cada.
(Diário do Grande ABC - 24.05.2002)
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3- Eletrobrás vai reduzir investimentos em 2002 |
O orçamento da Eletrobrás para este ano será menor do que o valor
previsto inicialmente de R$ 5,1 bi. Segundo o diretor financeiro
da empresa, Nereu Ramos Neto, o motivo é o corte no Orçamento
da União, devido ao atraso na votação da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF). O executivo garantiu, porém,
que a redução no orçamento "não será nenhuma tragédia. Ainda não
sabemos em quanto será a diminuição", afirmou ele. Fontes do setor
falam em algo próximo a R$ 1 bi. Ramos Neto preferiu não dizer
quais seriam as áreas em que a Eletrobrás promoverá cortes, mas
afirmou que o orçamento de todas as controladas (Furnas, Chesf
e Eletronorte) será afetado. Ele assegurou, porém, que serão mantidos
os investimentos nos programas emergenciais, principalmente na
usina hidrelétrica de Tucuruí, no leste do Pará. Em 2001, o orçamento
da Eletrobrás foi de R$ 2,1 bi. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)
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4- CEEE implanta sua ouvidoria |
A CEEE implantou ontem uma nova forma de atendimento. A ouvidoria,
segundo o diretor de distribuição da CEEE, Ronaldo Schuck, será
mais um instrumento para melhorar a prestação de serviços. Ela
ampliará os canais de comunicação da empresa com o seu público,
formado hoje por 1,2 mi de unidades consumidoras em 72 municípios,
no Sul e Sudeste do RS. O cliente poderá manifestar sua insatisfação
com o atendimento, dúvidas sobre faturamento, sugestões ou ainda
imprevistos causados por temporais. O diretor ressalta que a ouvidoria
não deve ser o primeiro canal de acesso à companhia e o cliente
precisa antes buscar atendimento em uma das 52 agências, ou através
do teleatendimento (0800-999196) ou via Internet (www.ceee.com.br).
O telefone da ouvidoria da CEEE é (51) 3382-4900. (Correio do
Povo - 24.05.2002)
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5- Lucros das elétricas foram 235% maiores no primeiro
trimestre de 2002 |
O acordo de reposição das perdas do racionamento inflou os lucros
do setor elétrico no primeiro trimestre de 2002. O balanço de
20 empresas de energia mostra que o lucro operacional cresceu
235,4% sobre o mesmo período do ano passado e o lucro líquido
engordou 267,4%. A receita líquida de vendas de energia, no entanto,
caiu 1,4%, mesmo amparada por aumentos tarifários. (Valor Econômico
24.5.2002)
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6- Para analistas, fase de otimismo está no fim |
Para os analistas do setor energético, a fase de otimismo do primeiro
trimestre deste ano está no fim: "As vendas estão em média 12%
inferiores, o câmbio voltou a subir e não há mais dinheiro do
BNDES entrando no caixa", disse um analista de um grande banco.
Segundo ele, a redução espontânea no consumo traz outro ponto
negativo para as empresas do setor, além da queda no faturamento:
o desequilíbrio nos contratos iniciais entre geradoras e distribuidoras,
deixando uma sobra de energia nas mãos das distribuidoras. Teoricamente,
essa sobra teria de ser recomprada pelas geradoras pelo preço
do MAE. Mas o acordo com o governo prevê o rateio desse custo,
determinando o preço de recompra em R$ 73 o MWh. O valor não é
satisfatório para as geradoras, que vendem por R$ 40 o MWh para
as distribuidoras e terão que recomprá-lo por R$ 73, mas também
traz prejuízos para as distribuidoras, que o revenderão por R$
73 de novo à geradoras, enquanto poderiam vender ao consumidor
final por R$ 150 o MWh. (Valor Econômico 24.5.2002 )
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1- Exportações perdem rentabilidade |
Valorização do câmbio e queda nos preços médios afetam o desempenho
das vendas externas. A rentabilidade das exportações brasileiras
está em queda este ano, ao contrário do bom desempenho de 2001,
quando a lucratividade das vendas externas do País cresceu 10,2%.
Entre janeiro e março, a diminuição nos ganhos das exportações
foi de 4,3%, em comparação com igual período do ano passado, ou
de 8,7% quando comparado com o último trimestre de 2001. Também
em relação à média registrada ao longo de todo o ano passado,
a rentabilidade das exportações brasileiras em janeiro/março de
2002 registrou recuo de 9,3%, neutralizando os ganhos obtidos
no ano anterior. Todos os principais setores exportadores (num
total de 27) observaram queda de rentabilidade, segundo levantamentos
da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). (Gazeta
Mercantil - 24.05.2002)
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2- Investimento direto foi de US$ 5,9 bi até abril |
O Brasil recebeu em abril US$ 1,752 bi em investimentos estrangeiros
diretos líquidos, segundo dados das contas externas apresentados
ontem pelo chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir
Lopes. Para maio, Lopes estima um fluxo entre US$ 1,2 bi e US$
1,4 bi e, para o ano todo, de US$ 18 bi. No acumulado até abril,
os investimentos diretos foram de US$ 5,923 bi e o déficit em
transações correntes, de US$ 5,215 bi - uma folga pouco acima
de US$ 700 mi quanto às necessidades de financiamento. Em abril,
o déficit em transações correntes foi de US$ 1,983 bi. A soma
recursos estrangeiros aplicados no País em abril ganhou um reforço
inesperado, que foi a conversão de US$ 549 mi, em investimento
direto, de empréstimo de empresa internacional de telefonia feito
à filial brasileira. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)
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3- Governo nega suspensão do corte de R$ 5,3 bi |
Não é intenção do governo federal suspender ou mesmo rever os
cortes de R$ 5,3 bi no orçamento da União deste ano, enquanto
o Congresso não tiver uma posição definitiva sobre o prazo para
o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF), que deixa de ser cobrada a partir de 18 de junho. O ministro
do Planejamento, Guilherme Dias, deu ontem indicações claras de
que o governo continua preocupado com a chamada noventena prevista
na Constituição, que estabelece 90 dias a partir da promulgação
da emenda constitucional para que o dinheiro da CPMF volte a fluir
para os cofres públicos. Os investimentos federais e o custeio
dos ministérios e dos seus órgãos vinculados permanecem sob uma
verdadeira camisa-de-força, mesmo depois de o calendário de votação
da CPMF - com a previsão de ser concluído até 12 de junho - ter
sido acertado, na última quarta-feira. No entanto, a contenção
sobre os gastos do Executivo não deve ser imposta ao Legislativo
e ao Judiciário. Dias informou que os ajustes adotados por esses
dois poderes em fevereiro foram suficientes. (Gazeta Mercantil
- 24.05.2002)
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4- Cupom cambial alto estimula venda de bônus |
A distorção entre o risco Brasil medido pelos contratos de cupom
cambial na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e o prêmio dos
títulos da dívida soberana no exterior deu o tom dos negócios
no mercado nesta quinta-feira. As tesourarias, que vinham carregadas
de posições em Forward Rate Agreement (FRA) - o cupom cambial
limpo, indicado pela expectativa de juros, contra variação do
dólar por um determinado período -, inverteram seus portfólios
nas duas últimas semanas. Isso elevou de forma substantiva o cupom
e estimulou operações de arbitragem entre os bônus transacionados
lá fora e os contratos domésticos. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)
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5- Dólar comercial opera em queda de 0,28% |
O dólar comercial opera em queda de 0,28% na abertura da Bovespa,
cotado a R$ 2,516 para compra e R$ 2,521 para venda. Ontem, o
dólar comercial encerrou cotado a R$ 2,529, com alta de 0,12%.
Na máxima do dia, a moeda saiu a R$ 2,55. (Gazeta Mercantil -
24.05.2002)
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1- BG já começou a importar gás |
A indefinição do mercado consumidor de gás natural brasileiro
já abre espaço no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para empresas
além da Petrobras. A BG, ex-British Gas, que teve sua importação
de gás interrompida porque a estatal alegava precisar de toda
a capacidade que cabe à TBG (Transportadora Brasileira do Gasbol)
para honrar os contratos de fornecimento, está importando o insumo,
segundo revelaram fontes envolvidas na operação. Impedida desde
de dezembro de trazer os dois milhões de metros cúbicos necessários
para abastecer a distribuidora Comgás, a empresa teve de comprar
o insumo da Petrobras. As incertezas sobre a demanda do insumo
nos próximos anos, com a entrada das 40 térmicas previstas no
Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), provocou o adiamento
da licitação para a ampliação do Gasbol em cerca de 20 milhões
de metros cúbicos de gás. Outro ponto de conflito entre carregadores
interessados em participar da licitação é a tarifa de transporte,
que deverá ser reduzida com a ampliação, na opinião dos agentes.
(Gazeta Mercantil - 24.05.2002)
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2- Ampliação do mercado de gás natural está condicionada
ao sucesso das térmicas |
A ampliação do mercado de gás natural está muito condicionada
ao sucesso do programa das térmicas e ao ingresso de novos agentes.
Atualmente, a participação do gás natural na matriz energética
é de cerca de 3%. A expectativa do governo é chegar à participação
de 10%, em 2005. Ainda assim, o peso do gás natural na matriz
energética brasileira estará muito longe de outros países. Na
Argentina, por exemplo, é de 47%, no Canadá é de 28,1%, no Reino
Unido é de 27,5%, nos Estados Unidos é de 24,1%, e na Bolívia
é de 21,4%. Na opinião de Adriano Pires, professor da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultor do Centro Brasileiro
de Infra-estrutura a tendência é de o mercado do gás crescer a
taxas superiores ao do petróleo. "O perfil da matriz energética
está mudando em função de questões ambientais", comenta ele. Na
opinião de Pires, o avanço do mercado do gás natural no Brasil
estará muito condicionado às medidas que venham a ser adotadas
pelo governo no sentido de garantir acesso ao transporte do gás
ao maior número de empresas. (Gazeta Mercantil - 24.05.2002)
Índice
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3- Petrobras perdeu com térmicas |
Depreciados devido ao fim do racionamento,
os investimentos em térmicas da Petrobras começam a dar prejuízo.
Em seu balanço do primeiro trimestre, a estatal registrou perda
de R$ 112,332 mi a título de "contingências contratuais com térmicas".
O valor corresponde à garantia de compra da energia gerada pelas
térmicas Eletrobolt e Macaé Merchant, em operação desde o fim
do ano passado, sem a conseqüente revenda ao mercado por preços
atrativos. Para assegurar os investimentos das térmicas, considerados
prioritários pelo Governo para reduzir o risco de corte no fornecimento
de energia, a Petrobras celebrou contratos que davam aos investidores
um retorno mínimo correspondente a uma parte da capacidade da
térmica. Mesmo que esta energia não chegasse ao consumidor final,
a estatal pagaria por ela. Além do risco natural desta cláusula,
a Petrobras foi atropelada pela trajetória dos preços de energia
no País. (Jornal do Commercio - 24.05.2002)
Índice
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4- Potigás confirma construção de gasoduto |
O governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, autorizou
a construção do ramal do gasoduto que até então sairia da estação
rebaixadora de Benfica, beneficiando apenas as empresas da margem
direita do rio Mossoró com destino a Areia Branca. Segundo José
Ribamar de Aguiar, presidente da Companhia Potiguar de Gás (POTIGÁS),
houve algumas mudanças no projeto original, o que deverá contemplar
um número maior de usuários do produto na região. "Foi identificado
uma válvula de gás próxima a Passagem de Pedra, depois da ponte
do rio do Carmo, depois de constatado pela Petrobrás que o gás
da estação de Benfica era rico em elementos nocivos à saúde, como
enxofre e gás carbônico", disse. Esta válvula será utilizada para
dar segmento ao gasoduto, beneficiando as indústrias instaladas
no percurso, entre Mossoró e Areia Branca, contemplando as duas
margens do rio Mossoró até Areia Branca, criando assim um novo
distrito industrial. A obra tem um custo avaliado em R$ 10 milhões,
devendo ser tocada em parceria pelo governo do Estado, prefeitura
de Mossoró e Areia Branca, Petrobras e Potigás. (O Mossoroense
- 24.5.2002)
Índice
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1- Proinversión vende todo o montante de ações da Edelnor
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A Proinversión, órgão responsável pelas privatizações no Peru,
vendeu a totalidade das 318 milhões de ações da distribuidora
elétrica Edelnor que ainda estavam em poder do Estado, arrematando
um total de US$ 69,7 mi. As ações vendidas representam 27,1% dos
ativos da elétrica. A operação de venda realizada nos dias 21
e 22 de maio apresentou uma demanda excedente de cerca de 400%
pelas primeiras 100 milhões de ações ofertadas, o que levou a
Proinversión a colocar a venda a totalidade das ações, logrando
uma demanda excedente de 29% ao final da operação. Os recursos
captados com o processo se destinarão em sua totalidade ao Fundo
Nacional de Poupança Pública para o pagamento de pensões. A Eldenor
é a maior distribuidora privada do Peru e atende cerca de 4 milhões
de habitantes em Lima e Callao. Metade das ações da Eldenor foram
adquiridas em 1994 pela espanhola Endesa, que controla e administra
a companhia. (Business News Americas - 23.05.2002)
Índice
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2- Assembleia Geral da Galpenergia aprova proposta
do Estado para distribuição de dividendos |
A Assembleia Geral (AG) de Acionistas da Galpenergia deu hoje
o seu aval à proposta do Estado de distribuir um dividendo equivalente
a apenas 40% dos lucros de 2001. Segundo noticiou hoje a agência
Reuters, , na mesma reunião foi também aprovado o novo Conselho
de Administração proposto pelo Estado, tornando-se Joaquim Ferreira
do Amaral o novo presidente da Galpenergia, continuando António
Mexia como diretor executivo. O Estado português tem uma participação
direta de 34,81% no capital da Galpenergia, sendo que a EDP controla
mais 14,37% e a CGD outros 13,5%. A italiana ENI possui uma minoria
de bloqueio de 33,34% e a espanhola Iberdrola mais 4%. (Diário
Econômico - 23.05.2002)
Índice
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3- Cetic interessada nos projetos de Olmos y Angostura
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A
energética chinesa Cetic ( China Eletric Power Tecnology Import
& Export Corporation ) reafirmou seu interesse em participar nos
projetos peruanos de hidroeletricidade e irrigação de Olmos e
no projeto de Angostura para a construção de uma represa. "Compramos
as bases da concessão do projeto de Olmos, que estamos estudando,
mas também temos muito desejo de entrar no projeto de Angostura"
disse o gerente geral da Cetic no Peru, José Quiñones. O governo
peruano oferece uma concessão de 40 para o projeto de Olmos, que
levaria água do rio Huancabamba para proporcionar irrigação e
eletricidade às cidades de Lambayeque, Piura e Cajamarca. A primeira
etapa de US$ 300 mi se realizaria em 4 ou 5 anos, proporcionando
água para irrigar 60.000 hectares e gerar 2400 GWh por ano. A
represa de Angostura se posicionaria a 4200 metros acima do nível
do mar, em confluência com os rios Hornillos y Apurimac, e permitiria
acumulação de 1.140 bilhões de metros cúbicos de água alimentando
uma represa hidrelétrica de 650 MW. (Business News Americas -
22.05.2002)
Índice
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4- PAN propõe abertura do setor elétrico mexicano |
O coordenador de deputados do Partido de Acción Nacional (PAN)
do México, Felipe Calderón, propôs ao congresso a abertura do
setor elétrico mexicano, através da criação de uma indústria paralela
formada integralmente por capital privado que compita com a estatal
CFE. A proposta de Calderón se daria através do fim do monopólio
estatal no setor elétrico e com a criação de um organismo regulador
a competência e o funcionamento do setor. "A proposta do partido
consiste em dar maior claridade e transparência ao setor, além
de oferecer plena garantia de que a produção e a geração de energia
possam ser administradas por companhias privadas nacionais ou
estrangeiras, para que o Estado possa destinar os recursos públicos
à atenção de outras necessidades públicas, como educação, saúde,
segurança e meio ambienta", afirmou Calderón. O modelo proposto
por Calderón consiste em que empresas totalmente privadas possam
gerar energia elétrica, enquanto que a CFE continue sendo a empresa
estatal que ofereça a eletricidade como serviço público e que
todos possam adquirir energia elétrica a preços competitivos.
(Business News Americas - 22.05.2002)
Índice
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5- Trabalhadores exigem de Toledo que geradoras não
sejam vendidas |
A Frente dos Trabalhadores Ativos e Pensionistas de Arequipa,
no Peru, apresentou à justiça um pedido contra o presidente do
país, Alejandro Toledo, exigindo que o mesmo cumpra a promessa
que fez durante a campanha eleitoral de 2001 de não privatizar
empresas estatais, como forma de evitar a venda das geradoras
Egasa e Enersur. A Engasa e a Enersur serão privatizadas dia 14
de junho por um preço mínimo total de US$ 156 mi. Ambas as geradoras
estão situadas na região sul do Peru. Quatro empresas estão pré
qualificadas no processo: as americanas PSEG e NRG Energy, a belga
Tractebel e a norueguesa Statkraft. A Egasa possui capacidade
instalada de 178MW de potência em seis plantas, tanto hidrelétricas
como termoeléctricas, e a Egesur conta com 62,8MW em duas centrais
termelétricas. (Business News Americas - 23.05.2002)
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A EDF, a Fiat e seus sócios fecharam acordo para injetar US$ 921
mi na segunda maior produtora de energia da Itália, a Edison,
onde são sócias. A classificação de risco de crédito da Edison
está perto de ser rebaixada como junk ou de alto risco. A empresa
de energia se fundirá com a Italenergia, companhia endividada
que foi utilizada como instrumento pela Fiat e pela estatal francesa
para adquirir a Edison em julho último. A nova companhia também
planeja vender 3 bilhões de euros em ações e bônus, informou a
Edison em um comunicado. A Fiat, maior companhia industrial da
Itália e a EDF, maior provedora de energia da Europa, precisam
lucrar com os negócios de gás e eletricidade da Edison para quitar
empréstimos que financiaram a aquisição de 8 bilhões de euros.
(Valor Econômico 24.5.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados
sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor
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