1- Aneel e elétricas estão próximas de um acordo |
A Aneel prepara-se para fechar, finalmente, as contas do acordo
geral do setor, elaborado para ressarcir distribuidoras e geradoras
pelas perdas financeiras causadas pelo racionamento. Somente depois
de feitos esses cálculos, a Aneel vai homologar o valor do empréstimo
de cada empresa para posterior liberação do BNDES. Segundo a Aneel,
38 das 43 elétricas que terão direito à compensação financeira
enviaram seus dados. Fonte da agência prevê que as demais empresas
encaminhem os documentos nos próximos dias, o que permitirá a
liberação da segunda parcela do BNDES (equivalente a 50% do empréstimo
total) no início de junho. A previsão original era abril. Anteontem,
executivos de distribuidoras e geradoras foram até Brasília para
analisar, na Aneel, os termos aditivos aos contratos iniciais.
Esses termos complementam a base legal do acordo geral do setor,
fechado em dezembro. (Gazeta Mercantil - 22.05.2002)
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2- AES Sul aciona Justiça contra a Aneel |
A AES Sul vai ingressar, entre hoje e amanhã, com ações na Justiça
em Brasília contra a Aneel, segundo o diretor de marketing da
concessionária, Roberto Zanardo. A distribuidora, controlada pela
norte-americana AES, discorda dos critérios divulgados pela Aneel
na quinta-feira, para o acordo geral. Ao aplicar as definições
anunciadas pela Aneel, a AES Sul terá de retirar R$ 373 mi de
seu balanço. A cifra refere-se à energia produzida pela usina
de Itaipu, entregue à AES Sul no Sudeste e revendida na mesma
região. Zanardo afirma que, se houver efetiva retirada desse valor
no balanço, a AES Sul pedirá indenização extra à Aneel. Como a
região Sul não participou do racionamento, as elétricas ali situadas
não serão beneficiadas pelo acordo geral. Em comunicado divulgado
ontem, a AES Sul destaca que a regra anterior permitia que as
"distribuidoras, a seu critério, vendessem a energia de Itaipu
na mesma região onde a energia é fisicamente entregue, ou seja,
no Sudeste". A Aneel pondera, entretanto, que a empresa estava
comprando energia ao preço do Sul (mais baixo) e vendendo-a no
Sudeste (mais alto, pelo racionamento). (Gazeta Mercantil - 22.05.2002)
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3- Copel vai à justiça contra a Aneel |
A diretoria da Copel discorda do Despacho 288 da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) - que na semana passada determinou
uma redução do lucro da concessionária - e poderá acionar judicialmente
o órgão regulador para defender os interesses de seus acionistas.
O corte nos ganhos da companhia é estimado em R$ 250 mi. "Vamos
tomar todas as providências administrativas e legais para defender
nossos direitos", disse o diretor de Relações Institucionais da
Copel, Luiz Fernando Vianna. Para a Aneel, a Copel e também a
AES-Sul (do Rio Grande do Sul) realizaram em 2001 operações que
contrariam as normas do Mercado Atacadista de Energia (MAE). (Gazeta
do Povo - 22.5.2002)
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4- OAB vai ao STF contra seguro-apagão |
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deverá entrar no próximo
mês, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma ação direta de
inconstitucionalidade (Adin) contra a lei que instituiu o seguro-apagão
e que autorizou o reajuste da conta de luz para compensar os prejuízos
das empresas do setor com o plano de racionamento de energia do
governo. A lei federal 10.438, de 26 de abril deste ano, criou
o tributo "encargo de capacidade emergencial" (o seguro-apagão,
de R$ 0,0049 por quilowatt/hora). Além disso, fixou reajustes
extras de energia: 2,9% para consumidores residenciais e 7,9%
para os industriais. A idéia foi defendida pela Comissão de Reforma
Tributária e Defesa do Contribuinte da OAB. Para o colegiado,
a lei fere o inciso 4 do artigo 167 da Constituição, que proíbe
a vinculação de receita e impostos a órgãos, fundos e despesas.
A lei vincula a receita à estatal Comercializadora Brasileira
de Energia Emergencial (CBEE). O segundo argumento da OAB é o
de que impostos só podem ser criados por leis complementares,
de acordo com o artigo 154 da Constituição. (O Globo - 22.05.2002)
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5- Abradee recorre a consultoria |
A Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica
(Abradee) contratou a consultoria PriceWaterhouseCoopers para
elaborar uma proposta das distribuidoras para a revisão tarifária
periódica, segundo o presidente do Conselho Diretor da entidade,
Orlando González. A proposta será apresentada pelas distribuidoras
ao Comitê de Revitalização da GCE, que está analisando o tema,
como alternativa à metodologia adotada até o momento para a revisão
tarifária. González entende que o racionamento de energia vigente
no segundo semestre de 2001 e no primeiro trimestre deste ano
"diluiu os ganhos de produtividade". (Jornal do Commercio - 22.05.2002)
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6- Modelo energético inglês não serve para o Brasil,
diz presidente do Comitê Brasileiro no CME |
O presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia,
Norberto Franco Medeiros, considera que boa parte dos problemas
que o setor energético enfrenta no País atualmente resulta da
tentativa que o governo fez de adaptar o modelo inglês ao Brasil.
Medeiros observou que há pelo menos três diferenças básicas entre
o modelo brasileiro e o da Inglaterra: no modelo inglês, há o
predomínio da energia térmica, enquanto no Brasil há o predomínio
do setor hidrelétrico; o mercado inglês está estagnado, sem necessidade
de investimentos, enquanto no Brasil há grande carência de investimentos,
e, os custos das tarifas de energia na Inglaterra são decrescentes,
enquanto no Brasil há a tendência de elevação. "Como a realidade
dos dois países é muito diferente, os problemas foram inevitáveis",
observou. (Tribuna da Imprensa - 22.05.2002)
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1- Energia excedente de Itaipu ajuda a diminuir chance
de racionamento |
A energia excedente que está sendo gerada pela hidrelétrica de
Itaipu - cerca de 300 MW médios - será distribuída para todo o
sistema do país, contribuindo para reduzir as chances de um novo
racionamento. A decisão foi tomada, nesta terça-feira, pelo coordenador
da GCE, ministro Pedro Parente. Segundo a Câmara, o reservatório
da usina estava vertendo água, o que significa que a hidrelétrica
jogava energia fora. Itaipu gera, em média, 10.400MW, mas as chuvas
que caíram em São Paulo nos últimos dez dias aumentaram o nível
do reservatório e a geração. O problema dos técnicos era resolver
como seria a comercialização da energia excedente. Com a decisão
desta terça-feira, essa energia entrará logo no sistema, antes
mesmo de o Ministério de Minas e Energia e a Aneel decidirem as
regras de venda. Segundo participantes da reunião da GCE, Parente
disse ser inadmissível o país, após sofrer um racionamento, desperdiçar
energia. (A Tribuna - 22.05.2002)
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2- Torres de transmissão da Eletrosul serão religadas
nesta quinta-feira |
A confiabilidade do sistema de transmissão que leva energia ao
estado do Mato Grosso do Sul será restabelecida nesta quinta-feira,
dia 23 de maio, após a religação de três torres operadas pela
Eletrosul, derrubadas por um forte temporal no último domingo,
dia 19. A queda de parte da linha provocou o desarme do sistema
e o conseqüente corte da carga entre as 19:12 horas de domingo
e a 00:03 horas de segunda-feira. O problema, que atingiu principalmente
os municípios de Nova Andradina e Ivinhema, foi provisoriamente
solucionado com a realocação da carga para outras duas linhas
de transmissão. Segundo o assistente da diretoria técnica da Eletrosul,
Ildo Grudtner, a linha prejudicada pela queda das torres, que
faz interligação com o sistema de transmissão da Cteep (Companhia
de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) e possui 138 kV,
não é essencial para o atendimeno à demanda de energia do Mato
Grosso do Sul. (Canal Energia - 22.05.2002)
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3- Níveis dos reservatórios caem na região Nordeste |
Os níveis dos reservatórios na região Nordeste caíram 0,25% em
comparação com o dia anterior. Hoje, o volume verificado atinge
62,76%, ficando 17,99% acima da curva-guia de segurança prevista
para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice é de 55,66%. (Canal
Energia - 21.05.2002)
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4- Capacidade de armazenamento teve pequeno aumento
no Norte |
Na região Norte, a capacidade de armazenamento teve pequeno aumento
de 0,05% ontem. Os níveis dos reservatórios chegam a 99,45%. Na
hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 99,53%. (Canal Energia
- 21.05.2002)
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5- Região Sudeste/Centro-Oeste tem leve aumento no
volume armazenado |
O volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 67,9%,
o que significa um pequeno aumento de 0,09% em relação ao dia
anterior. Com isso, os níveis estão 18,13% acima da curva de segurança
estabelecida para o mês. Nas usinas de Furnas e Emborcação, o
índice é de 84,95% e 59,83%, respectivamente. (Canal Energia -
21.05.2002)
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6- Capacidade de armazenamento sobe no Sul |
A Região Sul foi outra região que registrou aumento na capacidade
de armazenamento. Atualmente, os níveis dos reservatórios chegam
a 63,78%, o que representa um aumento de 3,88% em um dia. Na hidrelétrica
de Salto Santiago, o índice é de 58,22%. (Canal Energia - 21.05.2002)
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7- Economia de energia nas regiões SE/CO e NE é superior
a 3% no mês de maio |
Números do ONS relativo ao dia 20 de maio indicam que o consumo
de energia subiu em todas as regiões do país. O maior aumento
verificado foi no submercado Sul, que registrou índice de 31,35%
em comparação com o dia anterior. Ontem, dia 20, a demanda nesta
região atingiu 7.240 MW. O submercado Sudeste/Centro-Oeste também
registrou crescimento de 18,89% no consumo na última segunda-feira.
A demanda chegou a 25.027 MW. Ainda assim, a curva de consumo
está 3,66% abaixo da referência mensal prevista para o mês de
maio. Na região Nordeste, a demanda subiu 13,68% em um dia. Ontem,
o consumo neste subsistema foi de 5.633 MW, ficando 3,51% abaixo
da curva mensal de referência estabelecida para o mês. E, finalmente,
no submercado Norte, o aumento no consumo foi o menor em comparação
com as outras regiões do país, com índice de 8,08%. A demanda
nesta região chegou a 2.621 MW. (Canal Energia - 21.05.2002)
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8- Aneel prorroga prazo para ONS apresentar revisão
de procedimentos de rede |
O ONS terá até o dia 1° de julho para entregar a revisão do módulo
19 dos Procedimentos de Rede. O prazo foi prorrogado pela Aneel
através da resolução n° 263/00, que também determinou para esta
terça-feira, dia 21 de abril, a entrega do plano de trabalho contendo
o cronograma de revisão do módulo. Segundo a Aneel, a revisão
a ser apresentada pelo ONS deverá conter discriminação das não-conformidades
graduadas em função da gravidade, e as respectivas penalidades
aplicáveis; além de prever a solução de controvérsias por um comitê
de arbitragem, no âmbito do operador do sistema. Os valores recolhidos
em decorrência das penalidades serão utilizados para a redução
do custo do serviço de transmissão de energia elétrica. (Canal
Energia - 21.05.2002)
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- BNDES destinará R$ 7,3 bi para o setor elétrico
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Um dia após o presidente ONS, Mário Santos, ter afirmado que há
risco de novo racionamento em 2006, o presidente do BNDES, Eleazar
de Carvalho Filho, garantiu que o governo está investindo na geração
de energia. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado, ele disse que os recursos do banco para empresas privadas
que construirão hidrelétricas e termelétricas devem chegar a R$
7,3 bi. Estão sendo investidos R$ 5,5 bi em 31 projetos de longo
prazo para gerar energia hidrelétrica (12.000MW). No total, serão
investidos R$ 15,3 bi, incluindo a participação do setor privado.
Eleazar acrescentou que já foram contratados 7.700MW. Ele disse
que, em termelétricas, o banco está investindo R$ 2,3 bi em 12
projetos, que representam 6.000MW a serem somados ao sistema de
energia. No total, a construção das usinas representará investimentos
de R$ 10 bi. (O Globo - 22.05.2002)
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2- Estrangeiras podem rever investimentos |
No que depender das empresas estrangeiras, os investimentos necessários
para impedir uma nova crise de energia em 2006 dificilmente se
realizarão. O presidente do ONS, Mário Santos, previu na segunda-feira
uma nova crise energética em 2006, caso não sejam feitos novos
empreendimentos ou o nível de chuvas cair a um nível semelhante
ao do período do racionamento. As companhias internacionais que
investiram no setor elétrico, contudo, terão pouco interesse na
expansão da capacidade nos próximos anos. A avaliação é quase
consensual entre os técnicos do setor elétrico que participam
do 9º Congresso Brasileiro de Energia, que se realiza no Rio.
Em sua maioria vinculados a empresas estatais ou instituições
acadêmicas, os técnicos observam que a maioria das empresas que
investiram no Brasil é européia. É o caso das espanholas Endesa
(Cerj/Coelce) e Iberdrola (Coelba/Celpe/Cosern), que estão tendo
de justificar a seus acionistas as perdas acumuladas na América
Latina, especialmente devido aos problemas argentinos. (Jornal
do Commercio - 22.05.2002)
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3- Endesa revê investimentos no país |
A espanhola Endesa, que já investiu cerca de US$ 3,5 bi no Brasil,
reviu sua estratégia de expansão em novos projetos de geração
elétrica no país. O grupo, controlador da Cerj e da Coelce, vai
consolidar seus ativos em geração, transmissão e distribuição
no mercado brasileiro para só depois analisar outras aquisições
à luz das novas regras em estudo para o setor elétrico. Mantemos
os investimentos no Brasil para crescer nos negócios nos quais
já estamos, mas neste ano dificilmente vamos participar de novas
licitações", diz o presidente da Cerj e principal executivo da
Endesa no país, Manuel Montero. Segundo ele, o objetivo é garantir
o crescimento dos negócios em curso, evitando expor o grupo a
um maior risco em um mercado no qual existem muitas incertezas.
(Valor - 22.05.2002)
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4- Cerj e Endesa trabalham para reduzir custos financeiros
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Dentro da estratégia de consolidação dos negócios, a Cerj e a
Endesa estão trabalhando para reduzir os custos financeiros da
distribuidora fluminense, cujo endividamento saltou de R$ 1,2
bi para R$ 1,7 bi por força das perdas com receita durante o racionamento.
Montero afirma que apesar da redução nas vendas de energia a empresa
manteve os investimentos. Entre 2001 e 2003, Cerj e Coelce estarão
investindo no Brasil cerca de R$ 200 milhões por ano cada uma.
(Valor - 22.05.2002)
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5- Vendas de energia da Cerj poderão crescer 9% este
ano |
De acordo com Montero, as vendas de energia da Cerj, que atende
1,7 milhão de clientes em 66 municípios do interior e Região Metropolitana
do Rio de Janeiro, poderão crescer 9% em 2002 em relação ao ano
passado, cuja base é baixa em termos comparativos. Até agora,
porém, não houve recuperação vigorosa. No primeiro trimestre deste
ano, a Cerj teve lucro líquido de R$ 30,7 mi, 26% mais do que
no mesmo período do ano passado. O presidente da Cerj considera,
porém, que o resultado não reflete a realidade, pois embute R$
52 mi referentes à antecipação do repasse dado pelo governo pelas
perdas com o racionamento. "Se o valor da antecipação não fosse
contabilizado, teríamos prejuízo", admite Montero. (Valor - 22.05.2002)
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6- Reposição federal amplia lucro da Cemig |
A Cemig registrou lucro líquido de R$ 219,9 mi no primeiro trimestre
de 2002, ante prejuízo de R$ 12,5 mi verificado no mesmo período
do ano passado. Em todo o ano passado, a operadora lucrou R$ 478
mi. O resultado obtido entre janeiro e março de 2002 se deveu
em sua maior parte à reposição financeira feita - via reajuste
tarifário - pelo governo federal em função de perdas provocadas
pelo racionamento de energia. Só para a Cemig, a reposição governamental
somou R$ 315 mi nos primeiros três meses de 2002, valor referente
exclusivamente aos meses de janeiro e fevereiro, nos quais ainda
vigorou o racionamento de energia. "Não fosse a reposição, o lucro
da Cemig no primeiro trimestre teria sido de aproximadamente R$
60 mi", disse o diretor de Finanças da estatal, Cristiano Corrêa
de Barros. (O Tempo - 22.05.2002)
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7- Cemig afasta "risco Itamar" para atrair investidores
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A Cemig conseguiu minimizar um dos maiores problemas para atrair
investidores, principalmente estrangeiros, para a empresa: o "risco
Itamar''. Desde que assumiu o governo de Minas Gerais, em 1999,
Itamar Franco (PMDB) travou uma batalha judicial para tirar o
controle da empresa dos sócios privados (Southern Electric e AES),
evitar a privatização da companhia, e até de deixou de pagar a
dívida do Estado com a empresa, avaliada hoje em R$ 1,5 bi. Mas
hoje a situação é diferente. "Tentamos mostrar aos investidores
que a administração do governador Itamar Franco teve muito pouca
influência na condução da Cemig. A interferência do Estado foi
próxima de zero'', disse o assessor de Relações com Investidores
da empresa, Luiz Fernando Rolla. Ele afirmou que a participação
dos investidores estrangeiros na empresa vem crescendo e está
hoje em 53%. A Cemig possui ações negociadas na Bolsa de Nova
York. (Notícias Populares - 22.05.2002)
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8- Celesc vende energia e corta dívida |
Uma operação financeira no MAE possibilitou que a Celesc reduzisse
em 13% sua dívida de curto prazo. O corte foi de R$ 56 mi. Ela
ainda deve R$ 389 mi. A empresa revendeu energia da binacional
Itaipu, pertencente a Celesc, ao mercado atacadista. Pelas contas
do presidente da empresa, José Fernando Faraco, até janeiro, a
nova Celesc finalmente ganhará vida própria, dividindo-se em empresas
de geração, distribuição e telecomunicação; capitaneadas por uma
holding. "Estamos respeitando todos os prazos", salienta. A previsão
é que o novo estatuto da Celesc seja votado até 15 de junho. Ele
é peça essencial para o novo modelo de gestão da empresa. O projeto
de reestruturação da Celesc foi apresentado ao BNDES. (A Notícia
- 22.05.2002)
Índice
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9- Analistas estranham o lucro virtual no balanço da
Coelce |
Analistas consideram, no mínimo estranha, a colocação da Coelce
de que o lucro do primeiro trimestre deste ano - de 60% em relação
a igual período do ano passado - é virtual, porque embutiria uma
antecipação de receita proveniente do empréstimo de R$ 150 mi
do BNDES à empresa. O perito calculista e financeiro, Agenor Studart,
entende que está havendo ''um mascaramento do lucro'', mas desconhece
a razão do procedimento. Na conta de abril, com datas a partir
do dia 22, os consumidores estão pagando a mais 14,27%, além das
taxas do apagão, de 2,9%, os residenciais, e 7,9%, os industriais
e comerciais, cobradas desde janeiro como forma de compensação
de perdas de receitas das distribuidoras com o plano de racionamento
de energia, segundo o governo. (O Povo - 22.05.2002)
Índice
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10- Data de repactuação das debêntures da Cemar é prorrogada
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Foi aprovada ontem, com cerca de 87% dos votos, a prorrogação
da data de repactuação das debêntures da Cemar. De junho deste
ano, o prazo passou para fevereiro de 2003. Há pouco mais de um
mês, o brusco rebaixamento do "rating" da Cemar causou perdas
de até 5,5% num dia em fundos do Itaú, do Dresdner e do Dreyfus
Brascan. Os representantes dos fundos destes dois últimos votaram
contra a prorrogação, que adiará a reversão das perdas para os
cotistas. (Valor Econômico - 22.05.2002)
Índice
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11- Produtores de fontes alternativas discutem criação
do Proinfa |
A APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia
Elétrica) deverá realizar uma reunião com os demais produtores
de fontes alternativas do país para discutir a criação do Proinfa
(Programa de Incentivo a Fontes Alternativas). Previsto para
acontecer no início de junho, o encontro vai tratar da regulamentação
do programa, que anda a passos lentos no governo. "Estamos aguardando
o levantamento da Aneel sobre quem são os empreendedores autorizados
a participar do programa", diz Ricardo Pigatto, vice-presidente
da entidade. (Canal Energia - 21.05.2002)
Índice
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12- Pequenos produtores querem agilidade na regulamentação
do Proinfa |
A APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia
Elétrica) querem que o governo agilize o processo de regulamentação
do Proinfa (Programa de Incentivo a Fontes Alternativas). Para
isso, na semana passada, a entidade solicitou uma audiência
com o ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, para discutir
o assunto. Segundo o documento que cria o programa de incentivo,
a estatal deverá, inicialmente, comprar 1,1 mil MW de pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs). Pigatto considera o montante
de energia fixado suficiente para atender o programa. "Este
volume corresponde a usinas que estão em fase de licenciamento
ambiental", comenta o executivo, lembrando que, numa segunda
etapa do programa, existe a possibilidade de aumentar o volume
a ser contratado pela Eletrobrás. (Canal Energia - 21.05.2002)
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1- BC anuncia hoje taxa básica de juros |
O mercado financeiro passou mais um dia cheio de cautela à espera
da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
(BC) sobre a taxa básica de juros. O Copom anuncia no início desta
tarde os juros que irão vigorar até junho e servir de parâmetro
para as operações do sistema financeiro. A taxa atual está em
18,5% ao ano. Os profissionais do mercado estão divididos sobre
a possibilidade de redução de 0,25 ponto percentual ou a estabilidade.
Ontem, a queda dos juros futuros, que começou na semana passada,
favoreceu juros mais baixos no leilão de títulos prefixados do
Tesouro Nacional. (Gazeta Mercantil - 22.05.2002)
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2- Dólar comercial abre com alta de 1,12%, a R$ 2,5100
para a venda |
O dolar comercial abriu nesta manhã com valorização de 1,12% frente
aos negócios de ontem. No início do pregão, a moeda americana
era cotada a R$ 2,5100 para venda e R$ 2,5000 para compra. Ontem,
a expectativa quanto ao rumo dos juros primários, que será definido
hoje pelo Banco Central, já influenciava o mercado cambial, que
preferiu operar com cautela e adiar cartadas estratégicas de investimento.
As operações se deram em um ambiente estático e o dólar comercial
fechou 0,04% mais baixo, a R$ 2,4800 na compra e a R$ 2,4820 na
venda. (Gazeta Mercantil - 22.05.2002)
Índice
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No mercado internacional, a queda da bolsa norte-americana (o
Dow Jones recuou 0,80% e o Nasdaq caiu 2,20%) atingiu os títulos
da dívida soberana. Entre os papéis brasileiros mais líquidos,
o C-Bond recuou 0,17% e valia US$ 0,755. O Global 40 fechou com
baixa de 0,33% e valia US$ 0,748. O risco-país, medido pelo índice
Embi+ do JP Morgan, subiu 1,18% para 939 pontos básicos. (Gazeta
Mercantil - 22.05.2002)
Índice
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1- Italianos confirmam interesse em gasoduto |
O vice-diretor geral do grupo italiano ENI/Gás e Energia, Domenico
Dispenza, confirmou ontem ao vice-governador de Santa Catarina,
Paulo Bauer, o interesse da empresa em investir no Brasil. Domenico
informou que, entre junho e julho, o grupo avaliará os resultados
dos pré-estudos de viabilidade político-econômica para construção
do Gasoduto da Integração (Gasin), realizados em parceria com
a Petrobras, para definir se investe em torno de US$ 30 mi no
aprofundamento do projeto que prevê ramais do gasoduto a partir
da reserva da Petrobras na Bolívia, passando pela Argentina, Santa
Catarina (São Miguel do Oeste-Xanxerê-Rio do Sul e Joinville),
Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiânia e Brasília. O custo do
novo gasoduto está orçado em cerca de US$ 4 bi. (A Notícia - 22.05.2002)
Índice
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2- Política reguladora para a área do gás é uma das
exigências do ENI |
O vice-governador de Santa Catarina Paulo Bauer argumentou ao
corpo diretivo do grupo italiano que o Estado é um ponto estratégico
para o Gasin, que poderá estimular o crescimento industrial ao
longo do gasoduto, desde o Extremo-oeste até o litoral. Bauer
se comprometeu em gestionar politicamente junto a lideranças dos
Estados envolvidos pelo Gasoduto da Integração e ao governo federal
para assegurar condições de investimento. Os diretores ENI manifestaram
como prioritários aspectos como mercado consumidor assegurado
e política reguladora para a área do gás no País. Bauer e Ranzolin
visitaram também o maior centro de despacho de gás natural da
Itália, da ENI, com capacidade de administrar até 390 milhões
de metros cúbicos por dia. A central administra toda a recepção
e distribuição de gás natural consumida pela Itália. (A Notícia
- 22.05.2002)
Índice
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3- Nova tecnologia de co-geração é apresentada em Campinas |
O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT)
apresentou ontem, em Campinas, para usineiros do interior paulista,
um programa para ampliar a produtividade na geração de energia
a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A nova tecnologia implica
na gaseificação da biomassa de bagaço e da palha da cana e no
uso do combustível em turbinas a gás. Além das vantagens ambientais,
o processo eleva a eficiência da planta em 50%, segundo o ministério.
Mas o custo da tecnologia estaria, segundo um dos profissionais
presentes, cerca de 20% acima da linha de viabilidade. O governo
pretende lançar mão de instrumentos para alavancar o projeto,
como o Programa de Incentivo a Fontes Renováveis de Energia, que
espera regulamentação, e a garantia de compra da energia. (Gazeta
Mercantil - 22.05.2002)
Índice
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4- Fórum discutirá uso do gás natural nas indústrias
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A Petrobras e a Companhia Pernambucana de Gás (Copergas) realizam
o primeiro encontro sobre o uso do gás natural e sua aplicação
nas indústrias. O evento, que acontece na sede da Federação das
Indústrias de Pernambuco (Fiepe), em Pernambuco, discutirá as
vantagens do uso do gás natural e sua aplicação no setor industrial.
A programação inclui ainda a discussão de temas como linhas de
crédito para conversão, investimentos realizados e tarifas praticadas,
cogeração e auto-produção de energia. (Canal Energia - 21.05.2002)
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1- Clemesi desenvolverá hidrelétrica de 700 MW no Peru |
A empresa americana Clemesi desenvolverá no sul do Peru um projeto
hidrelétrico de 700 MW com um total de US$ 1,3 mi de investimentos,
informou o representante da Clemesi no Peru, Juan Portugal Hurtado.
O projeto se desenvolverá no rio Tambo, entre as localidades de
Tolapalca, Ichuña e Títere, ao sul de Arequipa, contando com o
aporte económico internacional da financeira americana Centurian
One Corporation BWMI Florida. Além da geração de eletricidade
e venda de água, o projeto captará recursos através de atividades
de piscicultura e de avicultura. (Business News Americas - 21.05.2002)
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2- Endesa investirá US$ 200 mi em energia eólica |
A espanhola Endesa, através da sua filial Enersis, investirá US$
200 mi na construção de um projeto de energia eólica de 200 MW
de potência na Republica Dominicana, segundo informou a presidência
da República Dominicana. Este investimento é parte de um conjunto
de investimentos espanhóis de US$ 2.5 mi nos domínios dominicanos,
o qual contempla projetos nos setores de energia, estradas, turismo,
aeroportos, além dos setores de produção de bens de consumo e
de serviços destinados ao consumo mundial. (Business News Americas
- 20.05.2002)
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3- EDF tem aprovação condicionada na Cantábrico |
A
Comissão Europeia aprovou condicionalmente a presença da francesa
EDF na Hidrocantábrico, que decorre através de sua participação
na alemã EnBW, parceira da EDP na gestão da elétrica espanhola.
Bruxelas condicionou o "sim" definitivo ao aumento da capacidade
comercial da EDF em 4.000 MWh na interconexão entre a Espanha
e a França. Uma condição que está cumprida desde o acordo, em
Outubro passado, entre a Espanha e a França. (Diário Económico
- 20.05.02)
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4- Confissão de práticas ilegais de comércio inicia
movimento de processos contra a CMS |
A confissão da CMS Energy semana passada de que suas transações
comerciais levaram a uma série de infundados negócios no setor
elétrico, movimentou uma série de ações que acusam a companhia
de ter deturpado seus rendimentos e atividades comerciais por
um período de mais de dois anos. As ações alegam que a empresa
enganou seus acionistas desde 3 de agosto de 2000. Ações oriundas
de quatro diferentes escritórios de advocacia foram entregues
formalmente na Sexta e Segunda- feira (dias 17 e 20 de maio respectivamente)
à corte americana. As ações alegam também uma apropriação irregular
de US$ 4,4 bi por parte da companhia, além de frisar que durante
o período compreendido entre os anos de 2000 a 2001, o montante
das chamadas "transações de lavagem" da empresa representou cerca
de 90% do total dos negócios da mesma. (Platts - 20.05.2002)
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5- Ações da Dynegy têm alta de 22% depois da empresa
deixar clara intenção de elevar caixa |
Ações da Dynegy têm alta de 22% hoje após a companhia ter afirmado
que deve vender ativos com o objetivo de captar US$ 1 bi e assegurar
um caixa sustentável. As ações da Dynergy tiveram alta de US$
1,58, atingindo US$ 8,60 em negócios realizados na Bolsa de Nova
York. Cerca de US$ 12,2 mi de ações foram negociadas. Seu chefe
executivo, Charles L. Watson, disse na Sexta-feira que a companhia
deve vender ativos além de utilizar de outros meios com o objetivo
de elevar suas reservas de caixa no próximo ano. Watson disse
que a companhia tem caixa suficiente para a rolagem dos negócios
mesmo se a sua capacidade de crédito for cortada , o que elevaria
o custo de possíveis empréstimos. A Standard & Poor's disse na
semana passada que a Dynergy iniciou contratos de segurança e
negócios que podem produzir um passivo de mais de US$ 300 mi.
(New Your Times - 21.05.2002)
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Editor:
Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
Assistentes
de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina
e Silvana Carvalho.
Webdesigner:
Andréia Castro
Equipe
de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ
As
notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os
pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.
As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade
da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do
Instituto de Economia da UFRJ
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