1- Modelo ainda caminha no escuro |
Empresas e agentes
questionam a direção e velocidade da reestruturação do setor de
energia elétrica do País, que após o período de crise e racionamento
prossegue indefinido e calcado em medidas pontuais. O setor elétrico
corre, hoje, contra o tempo. Como há um ano. Em maio de 2001,
a pressa era para encontrar uma forma de enfrentar a crise de
abastecimento. Agora, é para montar a base legal que, ao permitir
a estruturação do mercado, também induza a retomada dos investimentos.
Essa pressa é justificada por dois fatores. Um deles é o processo
eleitoral para escolha do presidente da República. "Quanto mais
o mercado estiver consolidado, menores as chances de mudança,
qualquer que seja o presidente eleito", diz um profissional do
setor. Outro elemento é a necessidade de expansão do sistema para
que se evite problemas de oferta de energia a médio prazo. Embora,
atualmente, essa oferta esteja muito superior ao consumo, estudos
do ONS já apontam para o risco de déficit a partir de 2006. Esse
cenário só será evitado com o aumento de 1,35 mil MW na oferta,
conforme afirmou Mário Santos, presidente do ONS. (Gazeta Mercantil
- 20.05.2002)
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2- Pendências podem ser divididas em três grupos |
As pendências para a reestruturação do setor de energia elétrica
do País podem ser divididas, basicamente, em três grupos. Um deles,
inclui as medidas para permitir a formação e consolidação do mercado,
atualmente em estudos no Comitê de Revitalização da GCE. Outro,
é a formalização dos termos do acordo para reposição das perdas
do racionamento, firmado entre o governo e o setor em dezembro
de 2001. Finalmente, o terceiro consiste na regulamentação da
lei n 10.438, recém-aprovada pelo presidente Fernando Henrique
Cardoso. Em paralelo, as empresas lembram, ainda, que é preciso
definir a questão tributária sobre a livre negociação da energia
elétrica. Só não se sabe se a questão será resolvida isoladamente
ou se será incluída na reforma tributária mais geral. (Gazeta
Mercantil - 20.05.2002)
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3- Temas em estudo pelo Comitê de Revitalização devem
consolidar do mercado |
É praticamente consenso, no setor energético, que a consolidação
do mercado ocorrerá a partir da regulamentação dos 10 dos 33 temas
em estudo pelo Comitê de Revitalização eleitos como essenciais.
São eles: implementação dos mecanismos de oferta e preços no MAE;
regulamentação da comercialização; exigência de contratação bilateral;
mudanças no valor normativo (VN); subsídios ao transporte do gás
natural; regulamentação de consumidores livres e cativos; eliminação
de subsídios cruzados; limites para auto-contratação de energia;
separação de componentes de comercialização e distribuição das
tarifas e revisão tarifária das distribuidoras. Casos do impacto
direto dessas medidas nos negócios não faltam. Um deles, por exemplo,
é a relação entre as regras dos subsídios cruzados e do consumidor
livre sobre o volume de energia que será livremente negociado
a partir de 2003. "Os consumidores de porte médio ainda não estão
liberados", diz Zarone, da Tractebel Energia. "Os maiores não
têm estímulo para se tornar livres, pois as tarifas são muito
baixas", completa para justificar a dificuldades que os produtores
independentes - categoria em que a Tracebel Energia se enquadra
- estão tendo para chegar ao fechamento de negócios. (Gazeta Mercantil
- 20.05.2002)
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4- Reestruturação do MME fica para o próximo governo |
A reestruturação do MME deve ficar para o próximo governo. Essa
decisão do engenheiro paranaense Francisco Luiz Sibut Gomide,
que assumiu o ministério no dia 3 de abril, baseou-se em um diagnóstico
aparentemente simples e lógico. O tempo para a implementação de
uma reforma ampla é exíguo e exigiria um enorme esforço de toda
a equipe remanescente, com o risco de prejudicar ainda mais a
rotina diária do esvaziado MME. Além disso, Gomide assume formalmente
no dia 28 deste mês a coordenação do comitê de revitalização do
setor elétrico, no lugar do diretor de Infra-Estrutura do BNDES,
Octávio Castello Branco, com a missão de tocar as 33 medidas que
reforçam o modelo setorial e devem propiciar um novo ambiente
para os negócios na área de energia. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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5- Especialista sugere sistema regionalizado para o
Brasil |
O modelo de energia brasileiro precisa ser regionalizado para
garantir a competição entre as empresas do setor, desenhada com
a privatização, e assegurar o abastecimento e a qualidade da energia.
A tese é defendida pelo professor Adilson Oliveira, um especialista
no assunto e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Segundo ele, nenhum país com a dimensão continental do
Brasil - como os Estados Unidos, Canadá, Rússia - adota um modelo
de abrangência nacional para o setor. Oliveira observa que o Brasil
tem quatro mercados com características distintas, o Sudeste,
o Nordeste, o Norte e o Sul. "Esses mercados têm condições estruturais
diferentes, tanto em número de geradores quanto em relação ao
consumo regional. Por isso, as regras não podem ser iguais", afirma
o professor. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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6- Leilão revolucionará o modelo de formação de preços
no País |
O setor elétrico brasileiro prepara-se para encarar, no segundo
semestre, uma revolução no modelo de formação de preço da energia
no País. O novo sistema está em gestação, fruto do trabalho conjunto
entre governo federal e empresas da área. A GCE, que coordena
toda a reestruturação do setor, defende a adoção de leilões de
compra e venda de energia como alicerce do novo sistema, substituindo
os contratos de longo prazo fechados bilateralmente. O projeto-piloto
seria o pregão da chamada energia "velha" - produzida por usinas
antigas, já amortizadas e geralmente estatais. Essa energia, mais
barata, está comprometida com contratos iniciais de longo prazo,
que vão vencer em quatro anos, a partir de janeiro de 2003, à
proporção anual de 25%. Pelo menos metade do montante liberado
terá de ir ao pregão. A saída encontrada pelo governo prevê a
venda dessa energia em leilões públicos, com início programado
para agosto. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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7- Privatização não é prioritária |
O coordenador da GCE, Pedro Parente, confirma que o presidente
Fernando Henrique Cardoso já jogou a toalha. "A privatização não
será um projeto para este governo", afirma Parente, que também
comanda a Casa Civil. "Nós não queremos poluir a discussão do
modelo com as questões relativas à privatização, que normalmente
são colocadas de forma ideológica. A nossa prioridade é implementar
o modelo", completa. O ministro refere-se ao trabalho desenvolvido
pela GCE, que vai alterar importantes pilares do setor. As empresas
da área reclamam que o ambiente competitivo é prejudicado pelo
caráter inacabado das privatizações. Enquanto a iniciativa privada
já assumiu aproximadamente 85% das concessionárias de distribuição,
o governo manteve a supremacia na geração, com 80% do mercado.
(Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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8- Destino da Cesp Paraná é incerto |
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), procurou dar
continuidade a todos os projetos do antecessor Mário Covas, morto
em março do ano passado. Mas ele fica devendo no campo da privatização
dos ativos de energia do estado. Alckmin desistiu de completar
o programa de venda, com decisão anunciada oficialmente. Restará
apenas um ativo de peso nas mãos do Executivo paulista: a Cesp
Paraná, fruto da cisão da antiga Cesp. Suas co-irmãs, as geradoras
Paranapanema e Tietê, foram leiloadas e hoje pertencem, respectivamente,
às norte-americanas Duke Energy e AES. A Cesp Paraná chegou a
ser ofertada por duas vezes, inclusive com data marcada para o
leilão, e continua listada no Programa Estadual de Desestatização
(PED). Em ambas as ocasiões, o preço mínimo foi fixado em R$ 1,74
bi, para 38,7% do capital total da empresa. Os principais motivos
que convenceram o governador a desistir definitivamente da venda
da Cesp este ano estão relacionados à reestruturação no setor
elétrico, coordenada pela GCE, e ao racionamento. (Gazeta Mercantil
- 20.05.2002)
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9- Ceará desengaveta projetos para diminuir dependência |
A crise de energia do ano passado, em certo sentido, foi bastante
positiva para o Ceará. O estado soube tirar proveito da ocasião
para consolidar projetos antigos que visavam a diminuir a dependência
do fornecimento a partir de outras regiões - até o ano passado,
98% da demanda cearense era "importada", especialmente do sistema
Chesf. Na prática, o fantasma do desabastecimento de energia criou
as condições, seja em termos de legislação ou na definição de
incentivos financeiros, para que os projetos de geração de fontes
renováveis ou alternativas à produção a partir da matriz hídrica
- com a qual o Ceará não pode absolutamente contar - fossem adiantados.
Além disso, criou o ambiente para que outras possibilidades até
então não cogitadas tomassem forma. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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10- Grupo interministerial demora a se reunir para
definir modelo de licitação de Belo Monte |
Definir o cronograma de licitação e apontar os caminhos para o
financiamento do projeto de construção da hidrelétrica de Belo
Monte, que terá 11.182 MW. Estas são as duas tarefas principais
do grupo interministerial criado pelo governo para cuidar da reestruturação
do negócio. Só que, com a mudança de ministro, o grupo (composto
pelos ministérios de Minas e Energia, Fazenda, Planejamento, além
de representantes das empresas do grupo Eletrobrás, da sociedade
civil e do governo do Pará) ainda não conseguiu se reunir. "É
este grupo que vai dar as macrodefinições para o projeto. A expectativa
é de que ele se reúna em breve", conta José Antônio Muniz Lopes,
presidente da Eletronorte. "O cronograma de licitação, a concessão
e o financiamento do projeto são questão que serão discutidas
no âmbito deste grupo", explicou o executivo, prevendo a entrada
da primeiro máquina de Belo Monte para abril de 2008. A estimativa
é de que o projeto exija um investimento de US$ 3,7 bi. (Canal
Energia - 17.05.2002)
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11- Transmissão poderá atrair R$ 3 bi |
A Aneel quer leiloar
concessões para mais 6 mil quilômetros de linhas nos próximos três
anos. Transmissão é, atualmente, uma das áreas pródigas em negócios
do setor de energia elétrica. Nos próximos três anos, deverá exigir
investimentos superiores a R$ 3 bi, basicamente da iniciativa privada.
Nesse período, a Aneel pretende leiloar a concessão para construção
e operação de aproximadamente 6 mil quilômetros de linhas. Além
disso, as geradoras federais controladas pela Eletrobrás (Furnas,
Chesf e Eletronorte) também projetam aplicar recursos na melhoria
e expansão das redes. A "holding" tem um orçamento de R$ 5,1 bi
em 2002, para investimentos que também incluem geração. A necessidade
de expandir a rede de transmissão tornou-se evidente no ano passado.
Limitações dessas instalações impediram que algumas regiões do País,
como o Sul - em que os reservatórios das hidrelétricas estavam cheios
- exportassem energia elétrica para Sudeste e Nordeste, sob racionamento.
(Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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12- AES Sul interpelará Aneel |
A AES Sul estuda a possibilidade de ingressar na justiça contra
a Aneel, por causa da determinação para ser refeita a contabilização
para provisionamento, publicada em março pelo MAE. Em comunicado
divulgado na sexta-feira, a empresa informa que tomará todas as
medidas cabíveis, "inclusive as de caráter indenizatório e as que
visem apurar responsabilidades para impedir a concretização de quaisquer
efeitos decorrentes deste ato ilegal". A direção da empresa só vai
se manifestar sobre o assunto em entrevista à imprensa marcada para
amanhã. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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13- AES Sul é principal afetada com mudanças introduzidas
pela Aneel |
A decisão da Aneel que modifica a contabilização nos balanços de
2001 do setor energético pode subtrair cerca de R$ 400 mi do faturamento
da AES Sul no ano passado, o que faz dela a maior afetada pela mudança.
O valor corresponde ao ganho obtido pela distribuidora com a venda
de parte de sua cota de energia adquirida de Itaipu no mercado livre
do Sudeste do país durante o período do racionamento, quando o MWh
chegou a custar R$ 684,00 na região. A nova instrução da Aneel transfere
este tipo de ganho para as geradoras do Sudeste, que reclamavam
perdas totais de R$ 920 mi provocadas pelo jogo comercial praticado
pela AES Sul e outras empresas, como a Copel, do Paraná. Sem energia
suficiente para atender os contratos de fornecimento no período
de racionamento, elas foram obrigadas a recorrer ao MAE pagando
os preços mais elevados. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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14- Com mudanças na contabilização, receita bruta da
AES Sul cairá para R$ 1,2 bi |
Com a mudança da contabilização nos balanços de 2001 do setor energético,
introduzida pela Aneel, a receita bruta da AES Sul cairá de R$ 1,6
bi para cerca de R$ 1,2 bil. A queda liquidará também com o primeiro
resultado líquido positivo obtido pela empresa desde o início de
suas operações, em 1997, de R$ 48 mi em 2001. Segundo um executivo
do setor, as regras do MAE vigentes desde setembro de 2000 facultavam
às empresas a alocação da energia de Itaipu entre diferentes regiões
do país (ou "submercados"). As normas foram alteradas retroativamente
pela medida do dia 16, o que cria uma situação "complicada" porque
na prática significa uma mudança das regras " depois do jogo " ,
comentou o executivo. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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15- Tractabel não descarta entrada de recurso judicial
contra Aneel |
Sobre os novos critérios da Aneel para o cálculo dos balanços das
empresas elétricas, o presidente da Tractebel Energia, Manoel Torres,
considerou que as mudanças propostas tiram da empresa direitos adquiridos
em lei. A Tractebel analisa as medidas e não descarta entrar com
um recurso judicial. No mercado estima-se que as novas regras imporiam
à Tractebel uma perda de R$ 80 mi referentes à participação do grupo
na Itasa, empresa responsável pela construção da hidrelétrica de
Itá. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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1- O potencial hidráulico do país é de 260 mil MW,
segundo a Aneel |
Apesar dos apelos para a implantação de empreendimentos a gás
e alternativos, o potencial hidrelétrico deve ser reforçado ainda
por muitas décadas, segundo Rosângela Lago, superintendente de
Concessões de Geração da Aneel. Estudo da Aneel estima que o País
tenha aproximadamente 260 mil MW a serem produzidos em empreendimentos
hidrelétricos. Destes, cerca de 18,5 mil MW estão inventariados,
com a participação de 163 agentes. Atualmente, 63 mil MW já operam,
outros 5 mil MW estão em construção e há outorga para mais 7,2
mil MW. Ainda este ano, a Aneel licitará 1,5 mil MW. No fim dessa
conta, restarão às autoridades do setor elétrico identificar cerca
de 165 mil MW que poderiam ser produzidos. (Gazeta Mercantil -
20.05.2002)
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2- Furnas assina acordo de cooperação técnica para
projeto de conservação de energia |
A prefeitura de Itumbiara, em Goiás, e representantes de Furnas
assinaram um acordo de cooperação técnica para um projeto de conservação
de energia. O município recebeu um estudo de melhoria de eficiência
energética do sistema de iluminação pública e de uma escola municipal.
Além disso, no âmbito do projeto, já foi realizado treinamento
para 84 professores, que participaram de um curso de capacitação
na área de conservação de energia e ambiente. Ao final do curso,
os educadores recebem um kit completo de livros e recursos audiovisuais
(fita de vídeo, CD-Rom, jogos) que será utilizado em sala de aula.
(Jornal do Commercio - 20.05.2002)
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3- Para especialista, país não terá condição de atender
a "cesta básica de eletricidade" |
Para atender os 20 mi de brasileiros que vivem à luz de velas
e lampiões e os abastecidos precariamente por "gatos" (roubo de
luz do sistema), seria preciso construir mais uma Itaipu. A demanda
reprimida, só no setor residencial, é calculada em 10.400 MW pelo
engenheiro Roberto D'Araújo, diretor da ONG Ilumina e pesquisador
da Coppe-UFRJ. Ele fundamenta seus cálculos na definição de uma
"cesta básica de eletricidade", que atenda as necessidades mínimas
de uma família de quatro pessoas. Essa cesta, que comporta gastos
modestos, totaliza um consumo mensal de 195 kWh por mês. No entanto,
ela supera o consumo médio residencial do país, que, segundo dados
do IBGE, é de 175 kWh/mês. "A média do consumo domiciliar não
reflete a realidade. Hoje, 71% dos consumidores residenciais gastam
até 130 kWh por mês", observa D'Araújo. (Folha de São Paulo -
20.05.2002)
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4- Consumo de energia no Nordeste sobe 1,92% |
O consumo de energia na região Nordeste subiu 1,92% na última
quinta-feira, dia 16 de maio. Segundo números do ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico), a demanda verificada neste submercado
foi de 5.794 MW, ficando 0,75% abaixo da curva mensal de referência
prevista para o mês. Na região Sudeste/Centro-Oeste, a queda foi
menor, de 0,34% em comparação com o dia anterior. No dia 16/05/2002,
o consumo foi de 25.760 MW. Ainda assim, a demanda está 0,84%
abaixo da referência mensal estabelecida para o mês. Por outro
lado, o consumo de energia nos submercados Sul e Norte registraram
queda na última quinta-feira. No Sul, por exemplo, a queda foi
de 1,56%, chegando a 7.698 MW. No submercado Norte, a demanda
verificada chegou a 2.613 MW, um decréscimo de 0,46% em comparação
com o dia anterior. (Canal Energia - 17.05.2002)
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5- Níveis dos reservatórios do Nordeste caíram 0,38% |
Os níveis dos reservatórios da região Nordeste caíram 0,38% em
comparação com o dia anterior. No dia 16/05/2002, os níveis estiveram
em 63,58%. Mesmo assim, o volume armazenado está 18,16% acima
da curva-guia superior estabelecida. Na usina de Sobradinho, o
índice é de 56,58%. (Canal Energia - 17.05.2002)
Índice
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6- Capacidade de armazenamento subiu apenas 0,04% no
Norte |
A capacidade de armazenamento da região Norte subiu apenas 0,04%.
Os níveis dos reservatórios chegam a 99,06%. Na hidrelétrica de
Tucuruí, o índice é de 99,2%. Região Sudeste/Centro-Oeste - Nesta
região, o volume armazenado caiu 0,15% em comparação com o dia
anterior. No dia 16/05/2002, os níveis dos reservatórios estavam
em 68,19%, ficando 17,77% acima da curva-guia superior previsto.
Nas usinas de Funil e Furnas, o índice é de 31,76% e 85,35%, respectivamente.
(Canal Energia - 17.05.2002)
Índice
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7- Volume armazenado caiu 0,15% na região Sudeste/Centro-Oeste |
Na região Sudeste/Centro-Oeste o volume armazenado caiu 0,15%
em comparação com o dia anterior. No dia 16/05/2002, os níveis
dos reservatórios estavam em 68,19%, ficando 17,77% acima da curva-guia
superior previsto. Nas usinas de Funil e Furnas, o índice é de
31,76% e 85,35%, respectivamente. (Canal Energia - 17.05.2002)
Índice
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8- Volume armazenado de reservatórios da região Sul
sobe 1,1% |
A Região Sul registrou aumento nos níveis de armazenamento no
dia 16/05/2002. O volume armazenado neste submercado subiu 1,1%
em um dia, chegando a 55,78%. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz,
o índice é de 52,83%. (Canal Energia - 17.05.2002)
Índice
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9- Boletim Diário da Operação do ONS |
Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS,
incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada,
clique aqui.
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1- Eletrobrás busca R$ 600 mi com emissão de debêntures
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A Eletrobrás pretende captar R$ 600 mi em debêntures. Será a segunda
emissão de debêntures do mercado a ser vendida em leilão na Bovespa,
à exemplo de operação recente realizada pela Companhia de Saneamento
do Estado de São Paulo (Sabesp). A emissão foi colocada para análise
da CVM na sexta-feira. O Bradesco é a instituição líder da operação,
da qual também vão participar o Banco do Brasil, Itaú, Citibank
e Real ABN Amro. De acordo com a diretora da área de Mercado de
Capitais do Bradesco, Denise Pavarina de Moura, as debêntures
da Eletrobrás têm 12 anos de duração (vencem em 2014). Mas a estrutura
que está sendo montada para colocação dos papéis junto aos investidores
prevê repactuações a cada três anos (em 2005, 2008, 2011), sendo
que, a partir de 2011 a empresa fará amortizações de um terço
do principal a cada ano. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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2- Itapebi vai captar R$ 200 mi |
Deve chegar ao mercado nos próximos meses uma emissão de debêntures,
no valor de R$ 200 mi, da Hidrelétrica de Itapebi. Pertencente
à Coelba, Itapebi é localizada no rio Jequitinhonha, divisa entre
MG e BA. Terá três unidades geradoras com capacidade de produção
de 450 MW totais e energia assegurada de 1,721 mil de MWh. A emissão
é parte de uma operação financeira, estruturada em dezembro de
2001 pelo BB, com a participação do BNDES e de um grupo de bancos,
que viabilizou a construção da usina, num projeto orçado em R$
550 mi. Os papéis terão 12 anos de prazo para vencimento, com
garantia de recompra ("put") pelo BNDES no terceiro e no sétimo
ano. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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3- Usina de Itapebi deve começar a gerar energia no
início de 2003 |
Na semana passada foi concluído o repasse de empréstimos destinados
à construção da usina hidrelétrica de Itapebi, no valor de R$
200 mi, dos quais o BNDES participou com R$ 50 mi. O restante
dos recursos que compõem o orçamento da usina está sendo aportado
pelos sócios do projeto, do grupo Guaraniana (Iberdrola, Previ
e Banco do Brasil Investimentos). Um consórcio formado pela CNO,
do grupo Odebrecht, e pela ABB/Alsthom, fornecedora dos equipamentos
e turbinas, está responsável pela condução das obras. A previsão
é que Itapebi comece a gerar energia em janeiro, abril e julho
de 2003, meses em que cada uma das turbinas entra em operação.
(Valor Econômico - 20.5.2002)
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4- Banco do Brasil tem interesse em investir na área
de energia |
Segundo Eugênio Dias, gerente da área de Energia do BB, o banco
tem 10 projetos em andamento nas áreas de infra-estrutura e indústria
de base. Somados, estes projetos vão demandar R$ 4 bi em financiamentos,
dos quais R$ 1 bi serão empréstimos sindicalizados. Na área de
energia, o banco está trabalhando na estruturação do financiamento
da linha de transmissão de Campos Novos-Blumenau, da ECTE, no
valor total de R$ 136 mi. Dias afirmou que o banco mantém o interesse
na área de energia, apesar das análises de que o setor já chegou
à saturação na oferta, situação contrária à do ano passado quando
houve o racionamento. "A sobra de energia é relativa porque ninguém
garante que tenhamos uma nova fase de seca como houve em 2000",
disse o gerente. Entretanto, o banco só vai participar em parceria
com outras instituições. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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5- Consumo de energia recua e preocupa investidores
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Para alguns analistas, os grupos estrangeiros estão tendo de conviver
com uma realidade diferente daquela esperada quando entraram no
Brasil. O consumo per capita nacional está distante dos demais
países desenvolvidos e com o racionamento os níveis recuaram ainda
mais. Embora os resultados tenham impressionado o mercado por
se tratar de um período de racionamento na venda de seus produtos,
os lucros ficaram aquém das expectativas dos controladores. "Os
investidores acabaram se impressionando com o baixo consumo per
capita", afirma o analista da Tendências Consultoria, Armando
Franco. (Tribuna do Norte - 19.05.2002)
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6- Abrage afirma que média de consumo está 5% menor
do que no ano passado |
Além das perdas do racionamento, que reduziram as receitas das
distribuidoras, a expectativa de crescimento no consumo não se
confirmou em 2002. Após o racionamento, a média de consumo no
País está pelo menos 5% inferior ao ano passado, segundo dados
da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Geração de Energia
(Abrage). Para o economista e consultor de assuntos regulatórios,
José Simões Neto, os grupos estrangeiros pagaram ágios muito altos
imaginando que os ativos no Brasil iam dar retorno maior. Mas,
argumenta, isso faz parte do negócio. A partir do momento em que
uma empresa investe num mercado com pretensão de grandes lucros,
ela está arriscando. "Agora estão reavaliando e identificando
que o risco é maior do que estimaram." (Tribuna do Norte - 19.05.2002)
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7- PPL encontra dificuldades no Maranhão |
A Cemar, no Maranhão, controlada pelo grupo americano Pensylvânia
Power Light (PPL), que tinha planos para fazer novas aquisições
no País, está prestes a ir embora. A distribuidora não aceitou
o acordo do governo para cobrir as perdas do racionamento e está
com sérias dificuldades para pagar dívidas que estão vencendo.
Além disso, a expansão da rede da concessionária está comprometida.
(Tribuna do Norte - 19.05.2002)
Índice
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8- Itaipu aumenta potência com mais duas turbinas |
A Itaipu Binacional iniciou uma das etapas mais importantes da
montagem das novas turbinas que deverão estar operando no primeiro
semestre de 2004. Previstas no projeto original da usina, as duas
unidades absorverão investimentos totais da ordem de US$ 184 milhões,
financiados integralmente pela Eletrobrás, e aumentarão em 11,2%
a capacidade instalada da usina, para 14 mil megawatts. "O organograma
da obras está sendo cumprido à risca", garante o diretor geral
brasileiro Antonio José Correia Ribas, que assumiu o cargo no
início de abril deste ano no lugar de Euclides Scalco, atual secretario
geral da Presidência da República. A fase atual compreende a instalação
dos chamados "pré-distribuidores", que são peças estruturais da
turbina. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
Índice
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9- Rolls-Royce aproveita o momento propício à expansão
dos negócios |
A Rolls-Royce está aproveitando o momento brasileiro para aumentar
seus negócios no campo de geração de energia elétrica. A empresa
está investindo em produtos e serviços - desenvolvimento, projeto,
construção, operação e manutenção - que envolvam novas usinas
com turbinas a gás ou com motores a explosão diesel/gás, em boa
parte em regime de co-geração. Segundo Gilberto Bueno, diretor
de Desenvolvimento de Negócios da Rolls-Royce, cada vez mais as
empresas estão identificando a necessidade de serem auto-suficientes
em geração de energia ou terem fontes alternativas para não dependerem
unicamente da rede elétrica. A perspectiva de chegar a este estágio
utilizando sistemas de co-geração está sendo particularmente atraente
e vem impulsionando os negócios. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
Índice
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10- Furnas reforma usina mais antiga |
Furnas deverá concluir, em 2004, a modernização da usina Mascarenha
de Moraes, a mais antiga da empresa. A reforma da hidrelétrica
marca o início do processo de modernização das unidades mais antigas
do Sistema Furnas. Mascarenhas de Moraes, construída pela CPFL
com o nome de Peixoto, também é a mais antiga usina de grande
porte do Rio Grande, que faz a divisa de Minas Gerais com São
Paulo. A capacidade instalada da hidrelétrica é de 500 MW com
10 unidades geradoras. A modernização da usina incluirá a instalação
de novos sistemas de controle, comando, supervisão, monitoramento
e proteção. Segundo o chefe da usina, José Alves Pinto, as reformas
proporcionarão à hidrelétrica um aumento na confiabilidade, segurança
operacional e ainda a opção de ser operada de outra localidade
da empresa. (Jornal do Commercio - 20.05.2002)
Índice
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11- Lucro da Enersul cresce 730% no primeiro trimestre
de 2002 |
Os lucros da Enersul no primeiro trimestre do ano, de R$ 16,8
mi, foram 730% maiores que os obtidos no mespo período do ano
passado, quando a empresa acumulou ganhos de R$ 2,02 mi. Entre
janeiro e março de 2002, a receita líqüida da companhia chegou
a 117,4 milhões, contra R$ 98,4 mi alcançados no mesmo intervalo
de 2001 - uma diferença de 19,3%. O resultado bruto verificado
pela Enersul no primeiro balanço parcial deste ano foi de R$
31,8 mi, enquanto no mesmo período do ano anterior, este valor
chegou a R$ 13,8 mi. Já a receita bruta saltou de R$ 127,4 mi
no primeiro trimestre de 2001 para R$ 127,4 mi no mesmo período
de 2002. Em relação à receita operacional registrada entre janeiro
e março deste ano e de 2001, os valores chegaram respectivamente
a R$ 25,8 mi e R$ 4,3 mi. (Canal Energia - 17.05.2002)
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12- Obras de duplicação de Tucuruí estão aceleradas |
O trabalho não pára no canteiro de obras que executa a duplicação
da usina hidrelétrica de Tucuruí, no leste do Pará, distante
350 quilômetros de Belém, que represa as águas do exuberante
rio Tocantins. Os seis mil operários da Camargo Corrêa, responsável
pela construção civil, e do Consórcio Empresarial Tucuruí (Cetuc),
encarregado da parte eletromecânica, se revezam em turnos de
24 horas a fim de que a segunda etapa da usina, iniciada em
junho de 1998, esteja finalizada em abril de 2006. A usina conta
hoje com 12 unidades hidrogeradoras (turbinas) que respondem
por uma potência instalada de 4,245 mil MW de energia. Com a
expansão, a hidrelétrica abrigará mais 11 turbinas e terá uma
capacidade geradora de 8.370 MW. O custo atual da energia produzida
em Tucuruí é de aproximadamente US$ 21,94 o MWh. Depois da expansão,
esse custo passará para US$ 20,22. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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13- Lucro da Cosern no primeiro trimestre é 46% menor
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A Cosern teve um lucro de R$ 5,2 mi no 1º trimestre de 2002,
46% menor que o valor do ano passado, quando a empresa lucrou
R$ 9,8 mi. A receita líquida dos três primeiros meses deste
ano ficou em R$ 99,1 mi, 19% superior à do mesmo período no
ano passado. O fornecimento de energia elétrica foi de R$ 98,5
mi, enquanto o do ano passado foi de R$ 83,1 mi. Já o suprimento
de energia diminuiu, de R$ 466 mi para R$ 1.343 mi. A empresa
investiu R$ 37,4 mi em compra de energia no trimestre, 25% menos
que no ano anterior. O resultado operacional da Cosern foi 47%
menor neste trimestre e sua despesa financeira foi 251% maior
que no primeiro trimestre de 2001. (Canal Energia - 17.05.2002)
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14- Transmissão busca tarifa maior |
As empresas de transmissão de eletricidade usam os investimentos
em expansão, ampliação e reforço das redes como instrumento
de aumento da rentabilidade. Assim, ao mesmo tempo em que reforçam
o sistema operacional, aumentam a remuneração, considerada insatisfatória.
A CTEEP, por exemplo, projeta aplicar R$ 200 mi em 2002, diante
dos cerca de R$ 170 mi aplicados em 2001 (já considerados, aqui,
os investimentos da Empresa Paulista de Transmissão de Energia,
incorporada no final do ano). Na Chesf, a evolução é semelhante.
Em 2001, a companhia aplicou quase R$ 335 mi na rede de transmissão.
Em 2002, os investimentos atingirão R$ 450 mi. Nos últimos cinco
anos, a atividade recebeu cerca de R$ 2 bi, como conta Mozart
Siqueira, presidente da geradora. "A tendência é aumentarmos
a participação dos ativos novos no total de ativos", explica
Mozart. "Com isso, nossa remuneração também aumentará ao longo
do tempo", completa. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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15- RGE teve prejuízo de R$ 18,6 mi no primeiro trimestre
do ano |
A RGE (Rio Grande Energia) teve prejuízo nos três primeiros
meses de 2002, mas ele foi 66% menor que o registrado no mesmo
período do ano passado. Neste ano o déficit foi de R$ 18,6 mi
e em 2001 foi de R$ 54,9 mi. A receita bruta e a receita líquida
de vendas e serviços aumentaram, respectivamente, 12% e 13%
em relação ao 1º trimestre do ano passado. A bruta foi de R$
267 mi e a líquida de R$ 201,8 mi. A RGE teve um resultado operacional
este ano de R$ 21,9 mi, enquanto no ano passado foi esse valor
foi de R$ 63,1 mi negativos. A despesa financeira aumentou 35%,
saltando de R$ 23,2 mi para R$ 17,1 mi. (Canal Energia - 17.05.2002)
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16- Tractebel tenta exportar para a Argentina |
A Tractebel Energia está buscando oportunidades para exportar
energia elétrica para a Argentina. A companhia já foi autorizada
pela Aneel a exportar de forma interruptível e, no momento,
vale-se de sua comercializadora em Buenos Aires para tentar
fechar contratos nos leilões de venda de energia do mercado
atacadista argentino. O negócio pode representar a abertura
de um novo mercado para o setor elétrico brasileiro, avalia
o presidente da Tractebel Energia, Manoel Torres. Ele só será
factível, no entanto, se a Tractebel conseguir fechar um preço
de venda nos leilões argentinos superior ao preço da energia
no mercado atacadista da região Sul, de cerca de R$ 23 MW/h.
Por enquanto nenhuma venda foi feita. Para a Tractebel, a exportação
da energia elétrica também pode significar redução de custos
fixos já que a empresa tem contrato de compra firme da energia
importada da Argentina pela Companhia de Interconexão Energética
(Cien), pertencente à Endesa. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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1- Diário Oficial publica despacho que determina nova
contabilização do MAE |
O Diário Oficial da União publicou sexta-feira, dia 17 de maio,
o despacho n° 288/02 da Aneel, que regulamenta determinações técnicas
a serem consideradas em processos de contabilização realizados
pelo MAE. Os pontos convergem as diretrizes firmadas no acordo
geral do setor elétrico em dezembro do ano passado, entre agentes
e governo. Entre as decisões listadas nos cinco pontos contidos
no documentos está o reprocessamento do provisionamento contábil
lançado pelo MAE em 13 de março, que serviu para o fechamento
dos balanços das concessionárias. Segundo o despacho, a exposição
de alívio dos cotistas de Itaipu da região Sul (que gerou receitas
extras na venda da energia na região Sudeste) está em desacordo
com a resolução n° 290/00 da Aneel. Outro ponto, que trata da
recompra da energia livre pelos empresas geradoras de energia,
põe fim a polêmica criada pela contabilização de março do MAE.
O valor de recompra, limitado em R$ 49,23 por MWh pelo acordo
geral, será garantido e aplicado, eliminado assim o custo-extra
de R$ 920 mi no desembolso das geradoras. O pagamento aos geradores
livre deverá ficar em torno de R$ 275 mi. O despacho da agência
reguladora também absorve os contratos bilaterais firmados até
novembro de 2001, registrados no MAE ou na Aneel, a título de
complemento à redução dos contratos iniciais em relação à 2000,
por conta do racionamento. (Canal Energia - 17.05.2002)
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2- Elétricas discutem arbitragem no MAE |
As empresas elétricas preparam-se para avançar na área de solução
de conflitos dentro do MAE. Os agentes que participam do mercado
de curto prazo (spot) discutem hoje, em Assembléia Geral Extraordinária,
a adoção de uma Câmara de Arbitragem para resolver as pendências
comerciais. O objetivo é fazer com que eventuais disputas passem
a ser resolvidas nesse fórum, evitando a esfera judicial. Segundo
fonte do setor próxima às discussões, a tendência é recorrer a
uma câmara já existente. A escolha está entre a Fundação Getúlio
Vargas (FGV-RJ) ou a Câmara de Comércio Brasil-Canadá. Inicialmente,
pensava-se também na alternativa de criar uma Câmara de Arbitragem
no MAE, que funcionaria dentro da entidade, mas de forma independente.
"Os agentes abandonaram essa idéia de câmara própria, pois seria
muito trabalhoso e demorado", diz o profissional. A decisão final
será tomada hoje. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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3- Mercado futuro de eletricidade pode se tornar realidade
em pouco tempo |
A valorização do livre mercado na compra e venda de energia pelo
próprio governo federal, com a adoção de leilões, tem aquecido
as discussões para criação de um mercado futuro de eletricidade
no País. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) já elaborou um
contrato padrão, que poderá ser lançado ainda no segundo semestre,
depois de ajustes finais e após a Câmara de Gestão da Crise de
Energia (GCE) anunciar as medidas para revitalização do setor
elétrico. O grande objetivo do contrato futuro de energia é atuar
como hedge (seguro) aos agentes, sem necessidade de entrega física
da eletricidade. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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1- Mercado tem funcionamento ideal |
Oito anos depois do tiro certeiro do Plano Real no sistema de
indexação monetária e três depois do sufoco em que foi implantado
o regime de metas de inflação, o mercado está funcionando como
manda o figurino. Os preços sobem menos nos setores em que mais
fornecedores disputam a preferência dos consumidores. E resistem
mais onde os fornecedores são poucos e poderosos. Uma observação
mais detalhada dos índices de preços ao consumidor, como o IPC
da Fipe/USP, que é apurado na cidade de São Paulo, confirma essa
tendência. No período de 12 meses até abril, a alta geral do índice
foi de 6,43%. Mas, no conjunto, os preços dos produtos que compõem,
por exemplo, o item alimentação subiram apenas 2,83%. Enquanto
isso, os preços dos artigos de limpeza, no mesmo período, aumentaram
9,10%. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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2- Competição faz variação de preços ser inferior ao
índice geral de inflação |
Com o abandono da prática da indexação dos preços, do Plano Real
para cá, a grande maioria dos produtos comercializados em supermercados
registra variação de preços inferior ao índice geral de inflação.
Enquanto a variação do IPC/Fipe foi de 102,44% de julho de 1994
a abril de 2002, artigos de limpeza, no período, ficaram com variação
positiva de 63,99%; artigos de higiene e beleza, 26,74%; alimentação,
60,10% e vestuário, queda de 0,20%. Segundo o coordenador da pesquisa
de inflação da Fipe/USP, Heron do Carmo, isto ocorre porque a
competição entrou de fato no jogo dos preços ao consumidor. A
nova conjuntura permitiu que fornecedores e redes de varejo começassem
a observar o nível da massa salarial para determinar o aumento
ou a queda do preço de seus produtos. A queda da massa salarial,
em termos reais, foi de 26,19% em março último, em relação a dezembro
de 1998, o que estimulou as redes de varejo a endurecerem com
fornecedores e intensificar campanhas de desconto. (Gazeta Mercantil
- 20.05.2002)
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3- Decisão do Copom sairá no início da tarde de 4ª |
Pela primeira vez, o mercado financeiro vai reagir instantaneamente
à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
(BC) sobre a taxa de juros, que está em 18,5% ao ano. A decisão
dos diretores do BC será anunciada no início da tarde de quarta-feira.
Normalmente, o resultado sai à noite, mas desta vez será antecipado
porque o presidente do BC, Armínio Fraga, e o diretor de Política
Econômica, Ilan Goldfajn, viajarão a Madri (Espanha) para participar
do seminário de aproximação dos bancos centrais da América Latina
e Europa. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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4- Dólar comercial abre com queda de 0,04%, a R$ 2,4770
para a venda |
O dólar comercial abriu hoje cotado a R$ 2,477 para a venda e
a R$ 2,4670 para a compra. A varição frente ao fechamento do pregão
de sexta-feira, 17/5, é de baixa de 0,04%. Na sexta-feira, a moeda
fechou com uma alta de 0,32%, vendida a R$ 2,4780. (Valor Online
- 20.05.2002)
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1- Bahia recebe térmica flutuante |
Já se encontra na Bahia a termelétrica flutuante que a Nordeste
Generation, de Cingapura, vai instalar no porto de Aratu, como
parte do Programa de Energia Emergencial criado pelo governo federal
para prevenir futuros racionamentos. São cinco balsas geradoras,
mais uma com o tanque de óleo diesel e outra com as bombas, que
ficarão fundeadas na Baía de Todos os Santos até que as obras
de infra-estrutura estejam prontas. O conjunto, de 13,3 mil toneladas,
deverá estar totalmente instalado no próximo dia 13 de junho.
A usina terá capacidade para gerar 190 MW, o equivalente ao consumo
residencial de uma cidade de 1 milhão de habitantes, e permanecerá
a postos para operar por três anos, assim como as outras 57 termelétricas
a diesel e óleo combustível do Programa Emergencial espalhadas
pelas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. É este o prazo
previsto pelo governo para que as 38 térmicas a gás natural previstas
estejam instaladas e para que os níveis dos reservatórios das
hidrelétricas sejam recompostos. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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2- Tractabel anuncia entrada em operação da quinta
turbina da termelétrica William Arjona |
O presidente da Tractebel Energia informou que em 30 de junho
entrará em operação a quinta turbina (35MW) da termelétrica de
William Arjona em Campo Grande (MS), primeira a usar gás natural
importado da Bolívia como combustível . Dos 210 MW da usina, 70
MW foram contratados junto à CBEE. (Valor Econômico - 20.5.2002)
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3- Furnas expande termelétricas no Estado do Rio |
Paralelamente à modernização das hidrelétricas
mais antigas, Furnas também está reformando as três termelétricas
da empresa. Na usina Termelétrica de Santa Cruz (RJ), a empresa
realiza a ampliação da capacidade em 350 MW de potência instalada
e a conversão de óleo combustível para gás natural. As outras
reformas são a expansão da Termelétrica de Campos (RJ) e a reativação
da Termelétrica de São Gonçalo (RJ). Entre as mais recentes obras
de geração concluídas recentemente, merece destaque a Hidrelétrica
de Manso (MT), que entrou em operação em maio do ano passado.
(Jornal do Commercio - 20.05.2002)
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4- Vale do Rosário vai ampliar capacidade |
A Companhia Açucareira Vale do Rosário investe R$ 30 mi para ampliar
de 45 para 95 MW a potência instalada em sua unidade industrial
em Morro Agudo (SP). A empresa encomendou dois turbo-geradores
de 25 MW e iniciou negociações com a CPFL para a venda dos 50
MW a mais de energia elétrica que produzirá a partir da queima
do bagaço da cana-de-açúcar, na próxima safra (2003-2004). O investimento
da Vale do Rosário rendeu à empresa, na semana passada, a pré-certificação
de um projeto de análise de crédito de carbono, de 645.225 toneladas
métricas de dióxido de carbono equivalente (unidade utilizada
nesse mercado), por sete anos, a partir de 2001. "Estamos ofertando
agora somente um sétimo desses créditos, pois deixaremos para
vender o resto depois da ratificação do Protocolo de Quioto, quando
os preços deverão subir", disse Joaquim Heck, diretor da usina.
Segundo ele, os créditos foram oferecidos, ao preço de US$ 5 a
tonelada métrica, à canadense BC Hydro, que ainda não se manifestou.
Se as 645.255 toneladas métricas fossem vendidas a US$ 5 a tonelada,
renderiam à companhia US$ 3,2 mi. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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5- Empresas demonstram interesse em energia que vem
da cana |
Pelo levantamento da Econergy, a energia gerada e comercializada
pela Vale do Rosário (que recebeu na semana passada a pré-certificação
do projeto de crédito de carbono através da co-geração de energia
a partir do bagaço de cana), hoje equivalente a 30 MW de capacidade
instalada, corresponderá, até 2007, a 645 mil ton de CO2.Com base
em ofertas de empresas que já demonstram interesse em comprar
créditos, atuando como "tradings" deste mercado, estima-se que
o volume produzido pela Vale do Rosário possa render de US$ 967
mil a US$ 3,22 mi, diz Marcelo Junqueira, diretor Econergy Brasil.
Apesar do retorno ser inferior até mesmo ao da venda de energia
- R$ 5 por MW/hora ante cerca de R$ 80 - há mais usinas interessadas
nesse mercado. A Equipav, por exemplo, começa a desenvolver projeto
parecido. "Temos que entrar agora, para estar com tudo pronto
quando o mercado começar a funcionar", afirma José Carlos Toledo,
diretor da companhia.(Valor Econômico - 20.5.2002)
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6- Sulgás investe para aumentar o consumo em Porto
Alegre |
A Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) investiu R$ 8,3
mi para implantar 23 quilômetros de rede subterrânea e fornecer
o produto para postos de gasolina, hospitais, universidades e
shopping centers. O presidente da Sulgás, Giles de Azevedo, acredita
que no próximo ano o consumo de gás natural na capital gaúcha
vai atingir cerca de 100 mil metros cúbicos/dia, o que é quatro
vezes superior à demanda atual. A aposta maior é no gás natural
veicular (GNV). A cidade tem apenas um posto de abastecimento
de GNV, mas há outros oito contratados e mais 11 em negociação.
Com a conclusão do anel de dutos, que já conta com 14 quilômetros,
prevista para o final do ano, a Sulgás vai dar a largada para
o projeto-piloto de gás residencial. A companhia tem contratado
o fornecimento total de 1,95 milhão de metros cúbicos/dia de gás
boliviano até 2007, mas a demanda total gaúcha é de 815 mil m3/dia.
O consumo vai aumentar a partir de junho com a entrada em operação
da termelétrica ao lado da refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas,
que vai usar 1,1 milhão m3/dia. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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1- Indústria brasileira tem dúvidas quanto ao custo
operacional |
A indústria brasileira deverá enfrentar, no segundo trimestre
deste ano, o teste para verificar se realmente aprendeu a lição
do racionamento de energia. A expectativa é de que a produção
volte então aos níveis anteriores ao plano, em resposta aos mercados
interno e externo. Será a hora de comprovar, na prática, o quanto
a eliminação de desperdício e a implementação de planos de eficiência
energética favoreceram o custo operacional. Grandes empresas e
entidades representativas do setor produtivo ainda não fizeram
a conta do ganho de produtividade experimentado pela indústria.
Não há sequer consenso se o racionamento realmente ocasionou efeitos
perenes de racionalização na base industrial. Para muitos, o resultado
imediato foi, ao contrário do que se previa, um aumento nos gastos
com a operação de geradores a diesel e investimentos de curto
prazo para a troca de equipamentos. E grande parte das empresas
- pegas de surpresa pela crise - organizaram-se apenas para sobreviver
à economia compulsória, sem necessariamente implantar programas
consistentes de racionalização. (Gazeta Mercantil - 20.05.2002)
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2- Acesita tem economia de R$ 1,2 mi com programa de
eficientização |
Um programa compartilhado por vários setores de sua estrutura,
baseado na otimização dos custos envolvidos em toda cadeia de
energéticos e no gerenciamento do uso e da distribuição de energia.
Este foi o projeto que a Acesita, uma das maiores siderúrgicas
do país, colocou em prática, há dois anos, se antecipando às necessidades
impostas pelo racionamento e buscando a eficientização do uso
da energia. Criado pelo engenheiro Renato Silva Silveira, gerente
da área de Utilidades e Meio Ambiente da empresa, e gerido pela
Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), o programa,
em 2001, propiciou uma economia de R$ 1,2 mi à empresa, que possui
um consumo anual médio de 800.000 MWh e que investiu apenas R$
230 mil na iniciativa. (Canal Energia - 17.05.2002)
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1- Presidente do Banco Central Português defende um
operador único de energia |
Jorge Jardim Gonçalves diz que o BCP tem capacidades internas
para se dirigir e admite que a sua sucessão à frente daquela instituição
financeira está a ser preparada. O presidente do BCP diz que ainda
há espaço para ganhar quota de mercado em Portugal e sublinha
que a internacionalização do banco deverá centrar-se na Polônia
e na Grécia. Para já, vê com muitas reservas um crescimento no
mercado espanhol. A falta de massa crítica face à forte concorrência
espanhola é um dos argumentos avançados pelo presidente do maior
grupo financeiro português. Em entrevista ao DE, afirma ainda
que esta visão estratégica é válida para outros setores de atividade
nacionais. É o caso da energia, onde defende a existência de um
operador único de energia, com dimensão para enfrentar um mercado
mais alargado. (Diário Econômico - 20.05.2002)
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2- Elétricas espanholas ganham 36% a mais no primeiro
trimestre do ano |
As quatro grandes elétricas espanholas (Endesa, Iberdrola, Unión
Fenosa e Hidrocantábrico) obtiveram lucro conjunto de US$ 1,09
mi no primeiro trimestre do ano, 55% a mais do que no mesmo período
do ano passado. O crescimento dos ganhos, obtidos basicamente
por operações e resultados alheios ao negócio elétrico nacional,
coincidem com um período em que estas mesmas companhias lançaram
grande número de críticas ao governo, em razão da política tarifária
e da instabilidade do sistema de regulação. Assim, a Endesa praticamente
duplicou seu ganho líquido (99,7%) nos três primeiros meses do
ano, tendo em vista o grande volume de vendas da sua filial Viesgo
à italiana Enel, elevando seus lucros em até US$706,18 mi. Já
a Iberdrola ganhou US$ 234,07 mi até março, 4,09% a mais em relação
ao mesmo período do ano passado. (El País - 20.05.2002)
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3- Statkraft ratifica interesse na Egasa e Egesur |
A
energética norueguesa Statkraft ratificou seus interesses na privatização
das geradoras peruanas Egasa e Egesur, processo que terá início
em junho com a venda de ambas as empresas por um preço mínimo
total de US$156mi, informou o representante da Statkraft no Peru,
Víctor Ávila. A Statkraft, que mantém toda claridade em sua decisão
de investir no Peru, está pré qualificada no processo, junto com
as americanas NRG e PSEG, além da belga Tractebel. As americanas
AES e Duke se retiraram do processo. A direção da companhia norueguesa
está avaliando uma oferta a ser apresentada, levando em consideração
para essa avaliação, a recomendação da administração da companhia
para que se formule uma oferta econômica. Sobre manifestações
contrárias à privatização das companhias peruanas, Ávila disse
que a oposição ao processo pode ser manejada com boas práticas
corporativas, bom pagamento aos funcionários, sendo razoável com
o meio ambiente , com participação na sociedade civil e ajuda
à comunidade. Egasa e Egesur não seriam a primeira incursão da
Statkraft no mercado peruano de geração, a empresa teve 51% da
Cheves, projeto hidroelétrico que vem demorando à ser implantado.
(Busines News Americas - 17.05.2002)
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4- Reguladores avançam nas investigações sobre as práticas
de manipulação de empresas de energia |
Reguladores federais nos Estados Unidos avançaram em suas investigações
sobre as práticas comerciais de companhias americanas de energia.
Duas destas estão sob a mira dos reguladores em razão de trocas
comerciais de ida e volta, as chamadas " round-trip trades ".
A comissão de segurança e comércio já está investigando as práticas
comercias de ida e volta e também as falsas trocas, usadas para
elevar o volume das transações comerciais. Práticas essas que
a Dynegy, a CMS Energy e a Relant Resourses admitiram ter feito.
A Reliant, que havia culpado comerciantes supostamente corruptos
pelas títicas comercias, ontem tentou acalmar os investidores
com a demissão de executivos de comércio de energia da companhia,
como consequência dos recentes deslizes nos preços. A CMS Energy
informou ontem que sua presidente e diretora geral da unidade
de comércio de energia, Tamela Pallas, se demitiu. Tamela conduziu
a unidade desde novembro de 1999 e foi responsável quando as transações
de ida e volta ocorreram. (Financial Times - 17.05.2002)
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5- Presidente da unidade de marketing da CMS Energy
pede demissão |
Tamela W Pallas, presidente e diretora da unidade de marketing,
serviços e comércio da companhia americana CMS Energy, pediu demissão
na quinta-feira, dia 16. O presidente e diretor geral da companhia,
William McCormick, disse em seu pronunciamento que as práticas
comercias de ida e volta , as chamadas "round-trip trades", não
são compatíveis com os valores e padrões de integridade da empresa.
O relato feito pela companhia enfatiza o fato de que Pallas expressou
arrependimento pelos motivos que resultaram nestes tipos de atividades
comerciais. McCormick disse que a demissão de Pallas estavas nos
planos da companhia. Disse ainda que Daivid Geyer, atual vice
presidente e chefe de riscos da empresa, será nomeado como interino.
(Platts - 16.05.2002)
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Prof Nivalde J Castro - UFRJ
João
Paulo Cuenca - Economista
Fabiano Lacombe
- Jornalista
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