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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 867 - 30 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Elétricas tentam não republicar balanços

As empresas de eletricidade obrigadas, na sexta-feira da semana passada, a republicar os balanços de 2001, tentam uma solução intermediária com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A distribuidora estatal Celesc, de Santa Catarina, encaminhará em 15 dias explicações e justificativas sobre os itens questionados pelo órgão. Apenas se as justificativas não forem aceitas republicará as demonstrações financeiras. A geradora AES Tietê, controlada pelo grupo norte-americano AES, prepara-se para pleitear que a CVM adie até 25 de maio o pedido de republicação, a fim de dar tempo para que o MAE divulgue os números definitivos sobre os negócios realizados em 2001. Em ofício encaminhado à CVM na semana passada, o próprio ministro Pedro Parente, coordenador da GCE, havia solicitado ao órgão que adiasse para essa data o prazo final para publicação de balanços das companhias de eletricidade, a fim de que os documentos já incorporassem os números definitivos do MAE. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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2- Procuradoria Geral da República em Santa Catarina questiona seguro-apagão

A Procuradoria Geral da República em Santa Catarina entrou com uma ação civil pública, em nome de todos os consumidores catarinenses, contestando a cobrança do seguro-apagão nas contas de energia elétrica. A ação, de autoria do procurador da República Carlos Augusto de Amorim Dutra, foi recebida pela Justiça Federal na última sexta-feira. Dutra alega inconstitucionalidade e ilegalidade da cobrança de encargos sobre as contas de energia elétrica. O Ministério Público Federal também está ajuizando ações semelhantes em outros Estados. As representações de São Paulo e Minas Gerais já recorreram à Justiça para isentar da cobrança os consumidores dos respectivos estados. Santa Catarina foi o primeiro, no entanto, a instalar um procedimento administrativo para investigar a questão, em março. (A Notícia - 30.04.2002)

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3- Aneel anuncia prazo para apresentação de propostas para novas linhas de transmissão

A Aneel abriu licitação para a concessão de serviços públicos de transmissão de energia elétrica, voltados para a construção, operação e manutenção de inúmeras linhas de transmissão. As propostas poderão ser apresentadas até o dia 4 de junho, mediante a aquisição do edital junto à agência, e os leilões serão realizados no dia 18 de junho, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. (Canal Energia - 30.04.2002)

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4- Governo quer processar crítico do setor elétrico

O governo federal ameaça processar o professor Ildo Sauer, da USP, pelas críticas à MP 14, que estabeleceu o reajuste extra de 2.9% e 7.9% na tarifa para que distribuidoras e geradoras de energia compensassem perdas com o racionamento e instituiu o seguro anti-racionamento, também pago pelos consumidores. Sauer afirmou que o dinheiro cobrado dos consumidores para garantir o fornecimento de energia termelétrica em caso de nova crise de energia seria suficiente para construir novas usinas e aumentar a capacidade de geração no país. O ministro Pedro Parente (Casa Civil), coordenador da GCE, e Mário Miranda, presidente da CBEE, mandaram ofícios à USP para saber se as opiniões de Sauer são pessoais ou da USP. Elas seriam pessoais, segundo a universidade. De acordo com ofício enviado por Parente à USP em 17 de abril, Sauer, "em incontáveis manifestações em órgãos de comunicação'' tem sugerido "atos de improbidade por órgãos e entidades públicas federais''. Miranda assina o mesmo texto, com data de 18 de abril. O ofício da CBEE foi enviado ao professor Orlando Lobosco, diretor do IEE (Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP), e o do ministro Parente, ao professor Adolfo José Melfi, reitor da universidade. (Folha de São Paulo - 30.04.2002)

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5- USP defende liberdade de expressão em carta dirigida à GCE

A resposta da USP ao ofício de Parente, que ameaça o professor Ildo Sauer de processo, foi dada pelo diretor do Instituto de Energia, Orlando Lobosco. Na carta remetida à GCE, ele esclarece que a USP tem ''como princípio a liberdade de expressão'', que seus pesquisadores são chamados a expressar suas opiniões sobre os mais diversos assuntos e que são ''raras as ocasiões'' em que uma unidade manifesta uma posição única. E conclui que os comentários de Sauer são de ''sua inteira responsabilidade''. Procurado, o ministro Pedro Parente informou, por meio de sua assessoria, que ainda não tinha recebido a carta da USP. Ele não quis responder às críticas. Para Sauer, ''ao invés de promover ameaças e intimidações, o governo deveria (...) oferecer explicações convincentes à sociedade.'' (Jornal do Brasil - 30.04.2002)

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risco e racionamento

1- Lagos das hidrelétricas baixam no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste

Dois meses depois do fim do racionamento de energia, os lagos das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste já começaram a se esvaziar, o que só deve parar em novembro. Em compensação, o consumo de energia acumulado em abril, mês que foi extraordinariamente quente e seco neste ano, está abaixo das previsões dos técnicos do governo. "Na ponta do lápis, a economia de energia compensa a falta de chuvas no mês", afirmou um técnico do governo, que acompanha diretamente a evolução dos lagos das usinas hidrelétricas do País. Dados divulgados pelo ONS mostram que, no último domingo, as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste estavam com 69.5% de água. Isso significa que eles já perderam mais de um ponto percentual de volume desde o dia 15, quando chegou-se ao máximo de 70.87% de água e o volume que entra nos lagos passou a ser inferior ao total gasto para gerar energia. No Nordeste, havia no domingo um volume de 65.7%, pouco abaixo do pico de 65.95% verificado também no dia 15. (Estado de São Paulo - 30.04.2002)

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2- Técnicos do governo garantem que não haverá novas medidas de racionamento nesse ano

Para os técnicos do governo, a situação energética brasileira está confortável, o que afasta qualquer possibilidade de retorno de medidas de racionamento nesse e no próximo ano. No mesmo dia 28 de abril do ano passado, quando o país estava às portas de um racionamento, os lagos do Sudeste e Centro-Oeste contavam com apenas 32.4% de água e do Nordeste, com 33.4%. O volume de água acumulado permite que o governo faça uma previsão confortável para o abastecimento até o início do período chuvoso de novembro de 2003. Tendo como base os quatro piores anos de chuvas da média histórica de 70 anos, o ONS acredita que é possível ter água suficiente para gerar energia em 2002 e 2003, desde que não ocorra um período de seca fora do comum. Ao completar, hoje, dia 30, dois meses sem medidas de racionamento, o ONS constatou também que a população continua economizando energia. Até o dia 28, o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste estava 4.61% abaixo da previsão feita para o mês. No Nordeste, a economia foi um pouco maior: 6.11%. (Estado de São Paulo - 30.04.2002)

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3- Baixo consumo de energia compensa queda dos níveis dos reservatórios

Dois meses depois do fim do racionamento de energia, os lagos das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste já começaram a se esvaziar, o que só deve parar em novembro. Em compensação, o consumo de energia acumulado em abril, mês que foi extraordinariamente quente e seco este ano, está abaixo das previsões dos técnicos do Governo. ''Na ponta do lápis, a economia de energia compensa a falta de chuvas nesse mês'', afirmou um técnico do governo, que acompanha diretamente a evolução dos lagos das usinas hidrelétricas do País. Dados divulgados ontem pelo ONS mostram que anteontem as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste estavam com 69,5% de água. Isso significa que já perderam mais de 1 ponto porcentual de volume desde o dia 15, quando chegou-se ao máximo de 70,87% de água e o volume que entra nos lagos passou a ser inferior ao total gasto para gerar energia. No Nordeste, havia ontem um volume de 65,7%, pouco abaixo do pico de 65,95% verificado também no dia 15. (Jornal do Commercio - 30.04.2002)

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4- Curva de consumo nas regiões SE/CO e NE ficam abaixo de suas referências mensais em abril

Nos últimos dias de abril, a curva de consumo de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste estão abaixo da curva mensal de referência estabelecida pelo ONS. Segundo números do operador do sistema, ontem, dia 28 de abril, o consumo nestas regiões foram 19,18% e 14,57% inferiores à curva de referência. No Sudeste/Centro-Oeste, a demanda verificada foi de 21.368 MW, o que significa uma queda de 19,84% em três dias. Já no submercado Nordeste, o consumo caiu 12,25%, chegando a 5.021 MW. A demanda também caiu nas regiões Sul e Norte do país. A maior queda registrada foi no subsistema Su, com 29,37%. Ontem, a demanda verificada nesta região atingiu 5.563 MW. No submercado Norte, o consumo caiu 7,76%, o menor índice registrado no final de semana. O consumo verificado neste subsistema chegou a 2.424 MW. (Canal Energia - 29.04.2002)

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5- Níveis dos reservatórios no Norte registram queda de 10,85% em um dia

A região Norte foi a que registrou a maior queda nos níveis dos reservatórios. Ontem, dia 29 de abril, o volume de armazenamento neste submercado atingiu 98,79%, um decréscimo de 10,85% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 98,97%. (Canal Energia - 30.04.2002)

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6- Capacidade de armazenamento caiu apenas 0,03% no Nordeste

Na região Nordeste, a capacidade de armazenamento caiu apenas 0,03% em um dia, chegando a 65,68%. Mesmo assim, os níveis dos reservatórios estão 17,61% acima da curva-guia superior estabelecida para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice é de 59,82%. (Canal Energia - 30.04.2002)

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7- Região Sudeste/Centro-Oeste registra pequena queda no volume de armazenamento

Outra região que registrou pequena queda no volume de armazenamento foi a Sudeste/Centro-Oeste. Neste submercado, os níveis dos reservatórios caíram 0,21% em comparação com o dia anterior. Hoje, a capacidade de armazenamento está em 69,35%, ficando ainda 16,38% acima da curva-guia superior. Nas usinas de Furnas e Marimbondo, o índice é de 85,58% e 74,63%, respectivamente. (Canal Energia - 30.04.2002)

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8- Capacidade de armazenamento no Sul tem queda de 3,57%

Na região Sul, a capacidade de armazenamento teve queda de 3,57% em um dia. Atualmente, os níveis dos reservatórios atingem 60,4%. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o índice é de 57,05%. (Canal Energia - 30.04.2002)

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9- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Gomide assume presidência do conselho de administração de Furnas

A Assembléia Geral Extraordinária de Furnas elegeu nesta segunda-feira, dia 29 de abril, o ministro de Minas e Energia (MME), Francisco Gomide, como o novo presidente do conselho de administração da estatal. Ele ocupa a vaga de Altino Ventura Filho, presidente da controladora Eletrobrás. Outro novo membro confirmado para o conselho é o de Luiz Gonzaga Perazzo, secretário-executivo do MME e presidente do conselho da Eletrobrás. Gomide permanecerá um ano à frente do conselho da geradora. Apesar da expectativa, o novo presidente de Furnas não foi indicado na Assembléia de hoje. Assim, o diretor de Engenharia, Planejamento e Construção, Dimas Fabiano de Toledo, continua na presidência interina da companhia, pelo menos até a próxima Assembléia Geral Extraordinária, marcada para o dia 31 de maio. O restante da diretoria foi mantido. (Canal Energia - 29.04.2002)

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2- Forte demanda por debênture da Copel faz o custo cair

A Copel concluiu, ontem, a sua primeira emissão de debêntures no mercado doméstico. Foram R$ 500 mi em debêntures simples. A demanda chegou a R$ 960 mi, o que permitiu que a remuneração máxima estabelecida para a oferta sofresse algum corte depois de a operação ter sido alvo de 'market flex', cláusula que permite às instituições coordenadoras pedir reajuste nos custos (juros, prêmios e comissões) por eventuais mudanças nas condições do mercado. Segundo o diretor de Mercado de Capitais do Unibanco - um dos bancos participantes da captação -, Antônio Miranda, os títulos foram adquiridos por 44 investidores diferentes, entre instituições de previdência privada, fundos de investimento e fundações. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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3- Eletropaulo emite US$ 100 mi

A Eletropaulo definirá nesta semana detalhes sobre os eurobônus que pretende captar no mercado externo na próxima semana. Segundo o diretor de dívida global do Dresdner Kleinwort Waterssein, que lidera a operação, Alfred Dangoor, o volume pretendido é de US$ 100 mi e o prazo ficará entre dois e três anos. A taxa que será oferecida ainda não foi definida, mas os bônus não terão qualquer cobertura de risco político. A empresa não quis comentar o assunto, já que a emissão está sendo coordenada pela sua controladora, a norte-americana AES. A empresa tem uma série de dívidas externas vencendo no exterior este ano. Segundo alguns investidores que possuem papel da empresa, em agosto vencem bônus de US$ 120 mi, mais US$ 30 mi em setembro e outros US$ 100 mi em dezembro. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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4- Setor elétrico deve receber US$ 5 bi da Espanha nos próximos anos

O Brasil espera receber US$ 20 bi em investimentos espanhóis nos próximos quatro anos. Foi o que informou o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, que está em Madri desde a última sexta-feira para uma série de encontros de caráter político e econômico. A Espanha preside a União Européia e sediará o encontro de cúpula Mercosul-União Européia, que começa no dia 16. Lafer avalia que houve acentuado fortalecimento das relações da Espanha com o Brasil nos últimos anos, quando os investimentos daquele país no Brasil saltaram de US$ 300 mi em 1995, para US$ 21 bi, em dezembro. Na área de energia, a Iberdrola e a Endesa planejam investir US$ 5 bi no Brasil nos próximos anos. (Jornal do Commercio - 30.04.2002)

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5- Elektro abate prejuízo com lucro

Elektro, distribuidora de energia controlada pela Enron, não vai distribuir aos acionistas os dividendos do lucro de R$ 25.4 mi que teve no ano passado. Em vez disso, a empresa optou por utilizar o resultado para abater os prejuízos acumulados nos exercícios anteriores, que chegam a R$ 335.3 mi. De acordo com um analista que preferiu não ser identificado, a Elektro está querendo melhorar contabilmente a cara do seu balanço, usando um artifício previsto em lei, sem mexer no caixa neste momento. Para Horácio Piedras Jr, analista da BES Securities, a Elektro adotou uma postura conservadora ao preservar o caixa. "Como a Enron está em dificuldades, ela pode ter restrições no mercado se precisar de recursos", observou. (Valor Econômico - 30.04.2002)

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6- Elektro tem prejuízos com racionamento

Assim como outras concessionárias de energia, a Elektro se viu numa situação financeira delicada com o racionamento. No final do ano passado, a distribuidora conseguiu renegociar suas dívidas com empresas da Enron, pouco depois de a controladora ter pedido concordata nos Estados Unidos, em dezembro. Na operação, a Elektro adiou o pagamento de dívidas com partes relacionadas, no valor de R$ 613.6 mi, que deveria ser feito nos próximos dois anos. Com isso, evitou o desembolso de US$ 63.9 mi em moeda estrangeira mais R$ 113.6 mi apenas em 2002. Nos dois casos, o que chama a atenção é que a Elektro está deixando de enviar recursos à Enron, justamente no momento em que a "trading" americana tenta sobreviver. Segundo um analista, a estratégia é isolar a distribuidora e garantir a saúde desse ativo. "No mercado brasileiro, não faz muita diferença a empresa não pagar dividendos porque há poucas ações no mercado e elas têm baixa liquidez", destacou outra fonte. (Valor Econômico - 30.04.2002)

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7- Em 2001, Elektro atingiu receita de R$ 209 mi com acordo do setor elétrico

Em 2001, a Elektro, distribuidora de energia controlada pela Eon, teve seu primeiro lucro desde 1998, quando foi criada a partir da cisão da Cesp e privatizada. Naquele exercício, a empresa teve resultado positivo de R$ 43.2 mi. No ano passado, a empresa contabilizou uma receita de R$ 209.6 mi com o acordo geral do setor elétrico, firmado entre governo, geradoras e distribuidoras para repor as perdas com o racionamento. A Elektro também reconheceu R$ 41.7 mi para compensar custos não-gerenciáveis. (Valor Econômico - 30/04/2002)

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8- Cataguazes-Leopoldina prefere financiamento do mercado interno

A Cataguazes-Leopoldina por enquanto prefere se financiar no mercado interno, por meio de recursos do BNDES. Para seu programa de construção de pequenas usinas geradoras, as chamadas PCHs, a empresa está fechando um acordo com o banco oficial para um financiamento de R$ 128 mi, com um prazo de pagamento de 171 meses. A taxa ainda não foi fixada, mas, segundo o diretor financeiro da empresa, Maurício Botelho, deve ficar em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 4,5% ao ano. A empresa já recebeu do BNDES neste ano R$ 95 mi, de um financiamento de R$ 135 mi, para usar em projetos na área de distribuição de energia. O prazo para pagamento é de 12 anos, com amortização em 10 anos. Cerca de 60% da dívida está atrelada à variação cambial de uma cesta de moedas mais 13% ao ano. Na prática, hoje seria praticamente toda em dólar, mas pode mudar na medida que o BNDES capte recursos em euros ou ienes. Botelho diz que vai fazer a proteção para o próximo ano, e assim não ficar à mercê do dólar. Os outros 40% do empréstimo custarão para a empresa a TJLP mais 4,5% ao ano. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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9- Cemig paga US$ 32 mi pela Infovias

A Cemig fechou a compra da participação da sócia AES Força e Empreendimentos Ltda na Infovias, por US$ 32 mi. A negociação foi confirmada pelo diretor de Finanças e Participações da Cemig, Cristiano Corrêa de Barros, e pelo representante da AES na Infovias, Marcelo Oliveira. A transação, conforme expectativa de ambos os lados, será apreciada nesta terça-feira durante Assembléia Geral de Acionistas da Cemig. O valor da operação ficou abaixo das avaliações feitas pela estatal mineira e pelo Unibanco - contratado pela Cemig para mensurar o preço da participação da AES no empreendimento. Segundo a estatal, as ações valeriam US$ 33 mi. Já conforme o Unibanco, o preço seria de US$ 35 mi. Cemig e AES possuem, respectivamente, 49% de participação na empresa. Os 2% restantes pertencem ao Clube de Investimentos dos Empregados da Cemig. O representante da AES na Infovias negou que o preço menor tenha sido aceito em função da necessidade da empresa de fazer caixa para se livrar de dívidas. (O Tempo - 30.04.2002)

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10- Alstom participa de consórcio para ampliação de subestações

O consórcio formado pela Alstom e pela Schneider Eletric Alta Tensão ficará encarregado pela expansão das subestações Ibiúna (SP) e Batéias (PR), controladas por Furnas Centrais Elétricas e que fazem parte do projeto de ampliação da linha de transmissão (LT) entre as regiões Sul e Sudeste. Furnas investirá cerca de R$ 400 mi na construção de uma LT de 328 km de extensão, com 500 kV, em circuito duplo, que deverá entrar em funcionamento até março de 2003. Deste total, a Alstom responderá por R$ 67 mi, referentes ao fornecimento de equipamentos e à prestação de serviços. Além do projeto elétrico, a Alstom ficará responsável pelos sistemas de proteção, controle e comando das subestações e pelo fornecimento de disjuntores, transformadores, reatores e secionadores, entre outras peças. Quando for conluída, a LT Ibiúna-Batéias possibilitará a transmissão de mais de 2.500 MW de energia entre o Sul e o Sudeste do país. (Canal Energia - 29.04.2002)

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11- Brascan Energética investirá na exploração de potenciais hidrelétricos em 2002

Os planos este ano da Brascan Energética para o setor energético continuará focado para o aproveitamento e exploração de potenciais hidrelétricos no país. Isto porque a empresa acredita no desenvolvimento de alguns itens do Plano de Revitalização do Setor Elétrico, com a regulamentação de preços no MAE. O resultado desta discussão deverá ser a abertura do mercado, com os agentes atuando livremente na definição de preços da energia. Entretanto, mesmo com as incertezas em torno do mercado, Antônio Carlos Novaes, diretor-presidente da empresa, revela que a Brascan Energética investirá US$ 100 mi em 2002. Os projetos seguirão a mesma linha do ano passado: empreendimentos hidrelétricos. "Nossa meta este ano prevê o início de três empreendimentos, que totalizarão 70 MW", conta ele, lembrando que a empresa aguarda somente a avaliação da Aneel para a liberação dos projetos. Além disso, a companhia pretende fazer aquisições de três usinas hidrelétricas. (Canal Energia - 30.04.2002)

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12- Obras de reforço das linhas de transmissão da Chesf poderão começar em seis meses

Dentro de aproximadamente um mês, a Chesf concluirá o cronograma da licitação que possibilitará a realização das obras de ampliação e reforço de sua rede de transmissão. Após definido, os processos deverão levar de cinco a seis meses para serem concluídos. A ação autorizada pela Aneel faz parte do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica do ONS e do Programa Determinativo da Expansão da Transmissão (PDET), do Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos. "Como a autorização foi dada recentemente, equipes da Chesf se dedicarão agora a fazer um pré-levantamento e a preparar uma série de relatórios para elaboração de um cronograma detalhado da licitação, que deverá ficar pronto em 30 dias", disse Maurício Bouwman, assessor da Superintendência de Projetos e Construção de Transmissão da empresa. A obras, que contarão com investimentos de aproximadamente R$ 6,1 mi, deverão ser concluídas entre 31 de agosto, no caso do empreendimento localizado no Ceará, e 31 de dezembro de 2003, no caso das subestações instaladas em Pernambuco. (Canal Energia - 29.04.2002)

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13- Balanço contábil da CEC fecha 2001 com lucro liquido de R$ 7,1 mi

No seu primeiro balanço contábil, a CEC (Companhia Energética do Chapecó) fechou o ano 2001 com lucro líquido de R$ 7,142 mi. Em 2000, as demonstrações financeiras da geradora registrou um prejuízo liquido de R$ 491 mil. Com o resultado positivo no ano passado, a CEC tem um patrimônio liquido de R$ 27,9 mi. A CEC foi constituída em agosto de 2000 com o objetivo de gerar energia através da implantação da hidrelétrica de Quebra Queixo, no rio Chapecó, no estado de Santa Catarina. (Canal Energia - 29.04.2002)

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14- Eletropaulo prepara-se para assumir ônus atuarial de R$ 120 mi nos balanços

Após ter assumido o passivo atuarial de R$ 2,4 bi junto à Fundação Cesp de forma diluída, em cinco anos, a Eletropaulo prepara-se para começar a contabilizar o ônus. O início do registro do montante começará a ser efetuado no primeiro balanço trimestral da companhia em 2002, que deve ser lançado no dia 15 de maio. Serão menos R$ 120 mi a serem computados na receita da distribuidora. A queda na receita se repetirá até o quarto trimestre de 2006, quando o passivo total será coberto. Anualmente, a despesa anual com o débito junto ao gestor do fundo de pensão dos funcionários da empresa totalizará será de R$ 480 mi, sendo R$ 180 mi como saída de caixa. Isto porque a Eletropaulo já havia estabelecido um contrato de negociação de dívida com a Fundação Cesp de R$ 180 por ano, até 2018. Dessa forma, R$ 300 milhões serão contabilizados como passivo econômico da empresa. O contrato já assinado com a fundação, aliás, era uma das argumentações para que o prazo de cinco anos, determinado pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM) para o pagamento, fosse alongado para 10 anos. O pedido, no entanto, foi rechaçado pela diretoria da autarquia, que manteve o texto da deliberação 371/00. (Canal Energia - 29.04.2002)

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15- Assembléia da Light analisa aumento de capital de R$ 2,350 bi em maio

O aumento de capital da Light no valor de e R$ 2,350 bi será analisada no próximo dia 13 de maio, durante Assembléia Geral Extraordinária da companhia. O operação financeira, coordenada pela controladora francesa EDF, foi aprovada pelo conselho de administração da concessionária carioca na semana passada, e consiste na conversão de crédito de US$ 800 mi. O aporte é destinado para abater parte da dívida total apresentada pela distribuidora nos resultados referentes a 2001, quando chegou a R$ 5,620 bi, sendo R$ 3,627 bi a longo prazo. Segundo o diretor financeiro da Light, Paulo Roberto Pinto, se o crédito de US$ 800 milhões não for suficiente para cobrir o aumento de capital acordado, haverá o complemento do montante em espécie. Após a homologação na Assembléia do dia 13 de março, os acionistas terão 30 dias para exercer seus direitos de participação, conforme estabelecido na Lei das SA. (Canal Energia - 29.04.2002)

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16- Crise de energia e violência derrubam Brasil no ranking do IMD

O Brasil caiu de 31º para 35º na classificação de competitividade de 49 países, preparada pelo International Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça. A queda se explica basicamente por problemas como a escassez de energia, a desaceleração da economia mundial e as crises na Argentina e na Venezuela, segundo o professor Stéphane Garelli, que dirige a pesquisa. Mas a posição baixa também está ligada às incertezas geradas pelas eleições e ao mau desempenho em áreas como educação primária e secundária, além da violência. Na classificação deste ano, os EUA mantiveram a primeira posição e em último está a Argentina, que ocupava a 43a. posição em 2001. O Brasil voltou para a posição que tinha em 1998 nesse estudo chamado "Relatório Anual da Competitividade Mundial", feito pelo IMD desde 1989. (Valor Econômico - 30.04.2002)

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17- Eleições atrapalham competitividade do Brasil

"É uma pena que o ambiente econômico tenha sido tão ruim, porque o Brasil vem conduzindo reformas profundas que teriam produzido resultados " , observa o professor que dirige pesquisa do IMD, que classifica a competitividade de 49 países, Stéphane Garelli. Para fazer o relatório, o Instituto utiliza 314 critérios - que medem desempenho da economia, eficiência do governo, das empresas e infra-estrutura - e pesquisa mais de 3 mil empresários que ocupam posições de liderança em seus setores em diferentes países do mundo. Entre as mudanças no Brasil que deveriam ter contribuído para uma melhor classificação (35o ), segundo o professor, estão a melhora nos resultados das contas públicas, inflação sob controle, bons sinais nas exportações e a vontade de discutir a reforma tributária. Entre os fatores negativos, além do ambiente econômico em geral, as eleições presidenciais. O professor diz que, com as diferentes propostas dos candidatos, os empresários põem em dúvida a continuidade do processo de reformas iniciado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, "infelizmente", a tradição no Brasil é que a política interfere na economia. (Valor Econômico - 30.04.2002)

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financiamento

1- Energia para os consumidores cativos vai à leilão

A GCE vai obrigar as distribuidoras de energia a realizarem licitação para comprar a energia a ser destinada aos consumidores cativos provavelmente já a partir do próximo ano. Os PPAs, contratos de longo prazo que hoje são negociados livremente entre distribuidores e geradores, terão que ser resultados dessas transações que deverão ser realizadas em bolsas de valores ou no próprio MAE. Na outra ponta, da geração, o governo não pode obrigar a todos os geradores a venderem sua produção em leilões - como será feito com a energia velha das estatais federais a partir de julho - mas abrirá possibilidade para que todos os produtores o façam. A Petrobras, inclusive, poderá negociar sua produção originária de termelétricas nesse ambiente. A intenção, segundo o ministro Pedro Parente, é estabelecer um mecanismo transparente de comercialização com dois objetivos principais: ter projeção melhor de preços futuros do insumo e reduzir os custos da energia. "Se você deixa que a distribuidora negocie o seu próprio PPA, no fundo, não pode garantir que ela está comprando pelo menor preço possível", disse. "A idéia no futuro, inclusive como uma evolução do VN, é acabar com o VN e obrigar as distribuidoras a comprarem o PPA no leilão. (Valor Econômico - 30.04.2002)

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2- Pendências devem ser excluídas da contabilização e liquidação do MAE

Apesar da nova polêmica no setor envolvendo a contabilização da energia livre em 2001, o cronograma de operações do MAE pode não ser afetado diretamente, como em outras vezes. Esta é a intenção da GCE, que já está alinhavando com o conselho do mercado atacadista o início dos processos. A saída encontrada para o cumprimento das datas programadas é retomar a contabilização e iniciar a liquidação dos valores a partir do que foi apurado em março deste ano, sem levar em conta o período referente à contestação feita pelas geradoras. Essas empresas acusam um erro de R$ 920 mi no levantamento da energia livre em 2001, na contabilização apresentada pelo MAE para o fechamento dos balanços anuais. (Canal Energia - 29.04.2002)

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3- Usina paulista de Cerradinho irá comercializar energia excedente

A partir de maio, a Usina Cerradinho, localizada em Catanduva (SP), passará a ter capacidade para gerar 29 MW de energia através da utilização do bagaço de cana. A expansão faz parte de um projeto aprovado em agosto de 2001 pelo BNDES, que investirá 80% dos R$ 22 mi necessários à ampliação da usina. Desde a década de 70, a central geradora Cerradinho utiliza a biomassa para gerar e vender 5 MW de energia à concessionária da região. No entanto, após a conclusão do projeto, a usina terá autorização para comercializar 18 MW, correspondente ao excedente gerado, suficiente para abastecer uma cidade de 75 mil habitantes. (Canal Energia - 29.04.2002)

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financiamento

1- Tesouro retoma hoje a venda de títulos cambiais

Um mês após anunciar que substituiria a dívida pública cambial por um pacote conjugado de "swap cambial" e Letras Financeiras do Tesouro (LFT, pós-fixadas), o Tesouro Nacional voltou atrás. Hoje, serão retomados os leilões de títulos públicos cambiais. A medida vai atender à demanda dos investidores que vinham desdenhando dos papéis pós-fixados e inviabilizando as taxas dos leilões conjugados. Profissionais do mercado financeiro consideraram que a decisão faz parte de uma nova estratégia que vai intercalar as duas modalidades de leilão para rolar a dívida pública. Serão vendidos R$ 650 mi em Notas do Tesouro Nacional série D (NTN-D) com vencimento em 19 de maio de 2004. Os títulos vão substituir parte dos R$ 4,9 bi em papéis cambiais que vencem em 8 de maio. O Tesouro e o Banco Central (BC) já realizaram um leilão conjugado de swap cambial e LFT (R$ 1,8 bi) para rolar parte dessa dívida. Neste leilão, o Tesouro e o BC pagaram caro, cerca de 108% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) para vender os papéis aos investidores. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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2- Taxas de longo prazo fecharam em alta

Os juros para janeiro de 2003 subiram de 19,18% para 19,25% ao ano. "O BC terá uma política mais conservadora no curto prazo e os juros básicos só devem cair no segundo semestre", disse o economista da Tendências Consultoria, José Márcio Camargo. O maior risco para a que os juros básicos da economia, que estão em 18,5% ao ano, não cedam é a alta no preço do dólar. A moeda subirá caso o cenário político fique mais incerto, a situação argentina piore ainda mais, o preço do petróleo mantenha a volatilidade e a economia norte-americana não retome o crescimento. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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3- C-Bond cai e o risco Brasil sobe

Os títulos da dívida brasileira caíram depois que bancos de investimento diminuíram a recomendação para os papéis brasileiros. A redução foi atribuída à possibilidade de que os preços dos papéis possam cair ainda mais diante da liderança do candidato de oposição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República. O risco país medido pelo índice Embi+, do JP Morgan, subiu 1,23% e ficou em 825 pontos básicos. Há uma semana, o risco estava em 748 pontos básicos. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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4- Superávit comercial cresce na 4ª- semana

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 310 mi na quarta semana de abril, com exportações de US$ 1,226 bi e importações de US$ 916 mi. Com isso, faltando apenas dois dias (ontem e hoje) para terminar o mês, o superávit acumulado das quatro semanas de abril chega a US$ 447 mi, resultado de US$ 4,253 bi em vendas ao exterior e de US$ 3,806 bi em compras. No acumulado do ano, a balança é superavitária em US$ 1,475 bi, com exportações de US$ 16,143 bi e importações de US$ 14,668 bi, segundo divulgou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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5- BC eleva estimativa de ingresso de capitais

A velocidade da entrada de capital estrangeiro no Brasil para financiar novos investimentos não é mais a mesma de dois anos atrás, mas o governo considera que o movimento ainda é forte e estima que o País receba em 2002 nada menos que US$ 18 bi em investimentos estrangeiros diretos (IED), contra US$ 22,6 bi em 2001. Nos três primeiros meses do ano, US$ 4,697 bi ingressaram no Brasil, segundo dados do Banco Central (BC). A projeção para o quadrimestre supera a marca de US$ 6 bi. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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6- Gasolina sustenta IGP-M de abril

A alta no preço dos combustíveis foi o maior impacto da inflação em abril - seis vezes superior ao resultado de março. Dos 0,56% de elevação no IGP-M de abril, 0,47 ponto percentual é referente ao grupo combustíveis e lubrificantes. Segundo o chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Sidney de Melo Cota, "essa subida da inflação estava dentro das previsões e deve-se aos dois últimos reajustes da gasolina". Nos dias 16 de março e 6 de abril os reajustes foram de 9,39% e 10,08%, respectivamente. A previsão para o IGP-M de maio é de 0,4%, segundo Cota. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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7- Malan diz que inflação tem trajetória de queda

O ministro da Fazenda, Pedro Malan comentou ontem em Brasília o comportamento da inflação doméstica. Segundo Pedro Malan, "o mais importante atualmente, com relação às metas de inflação, é a trajetória de queda e a convergência da meta em 2003". Diz o ministro Pedro Malan que "o importante é olhar para frente, porque a vida não acaba só porque se vira a folhinha no dia 31 de dezembro de cada ano". A meta governamental de inflação para este ano é de 3,5%, com "intervalo de tolerância" de dois pontos para cima ou para baixo. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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8- Dólar comercial inicia pregão em alta de 0,21%, a R$ 2,3690 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia em alta de 0,21% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,3590 para compra e R$ 2,3690 para venda. Ontem, o resultado da balança comercial trouxe ânimo ao mercado cambial brasileiro. O dólar comercial terminou o primeiro dia da semana em queda de 0,33%, cotado a R$ 2,3620 na compra e a R$ 2,3640 na venda. (Valor Online - 30.04.2002)

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gás e termoelétricas

1- Carvão atrai investidores externos

A construção de termelétricas a carvão no Rio Grande do Sul desperta o interesse de investidores estrangeiros. A alemã Steag fez uma associação com a Copelmi, maior mineradora privada do estado, para investir US$ 500 mi na produção de 500 MW. Também está em andamento a parceria do grupo chinês Shandong Electric Power Co (Sepco) com a paulista Huttom Ltda, empresa da TSL Ambiental criada para a implantação da Usina Termelétrica dos Pampas. Os dois empreendimentos serão construídos na região de Candiota, onde estão localizadas 40% das reservas de carvão mineral do Brasil. O projeto mais adiantado é o da usina termelétrica de Seival. Roberto Faria, presidente da Copelmi, disse que o início das obras está previsto para janeiro de 2003. A usina já tem licença prévia ambiental e pelo acordo com a Steag, a alemã produtora independente de energia será sócia majoritária na termelétrica que vai produzir 500 MW com um consumo anual de 3 milhões de toneladas de carvão. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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2- MP 14 estimula geração a carvão

A regulamentação da Medida Provisória n14 é considerada o principal estímulo à retomada de investimentos porque dá base competitiva à geração a carvão. O presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), José Alcides, explicou que com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) subsidiando também investimentos em geração por fontes alternativas, as termelétricas a carvão voltaram a ser viáveis. No Rio Grande do Sul a produção de carvão é de 2,8 milhões de toneladas/ano. Para atender a novas demandas o volume terá que duplicar, num investimento calculado em cerca de US$ 20 mi. O estado tem três usinas a carvão em operação, com potência de 505 MW, e é detentor de 89% das reservas, o que equivale a 28,8 bilhões de toneladas. A região de Candiota concentra a maior parte dos novos investimentos. O diretor da usina termelétrica dos Pampas, João Augusto Rezende Henriques, revelou que o estudo de viabilidade econômica está na fase final e que até o final de junho o contrato de compra de carvão será assinado. A usina vai gerar 270 MW em uma primeira etapa e o investimento de US$ 220 mi poderá ser integralmente bancado pela companha chinesa. Os equipamentos também deverão ser fornecidos pelo grupo Sepco. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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3- Fornecedores se unem para tentar reduzir preço do gás

A iniciativa privada começa a se movimentar para aumentar a competitividade do gás natural boliviano no Brasil. A Associação Brasileira das Distribuidoras de Gas Natural (Abegas), que reúne as distribuidoras locais, e a Camara Boliviano Hidrocarburo (representante dos produtores bolivianos) decidiram constituir um grupo de trabalho para analisar toda a cadeia do combustível, da produção ao cliente final. "Com isso, vamos tentar ajustar os preços à realidade", diz Cícero Ernesto Leite de Souza, presidente da Abegas. Atualmente, o gás boliviano chega ao "city gate" (ponto de captação da distribuidora) por US$ 3,30 por milhão de BTU (medida inglesa de poder calorífero). Sobre esse valor, incide a margem da distribuidora. Isso faz com que o preço para o cliente final acabe perdendo a competitividade frente a outras opções, como o óleo combustível (hoje vendido a US$ 4,58 por milhão de BTU) ou o gás liqüefeito de petróleo (GLP), que chega ao consumidor final por US$ 7,57 o milhão de BTU. (Gazeta Mercantil - 30.04.2002)

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4- Indústria tem gás natural a preço menor

Quatro grandes empresas instaladas no Rio Grande do Norte começam a receber gás natural, com preço incentivado, reduzido em 33%. Ontem,, o governador Fernando Freire assinou os acordos para o fornecimento do insumo, por intermédio da Potigás, distribuidora estadual do produto. São 63 mil metros cúbicos de gás natural para as unidades de Natal e Mossoró da Santa Clara Indústria e Comércio de Alimentos; Guararapes Têxtil e Vicunha Nordeste. Assinaram o documento, o presidente do Grupo Guararapes, Nevaldo Rocha; o diretor superintendente da Vicunha Nordeste, Laércio Rossi e o coordenador industrial da Santa Clara, Jorge Cisneiros. (Tribuna do Norte - 30.04.2002)

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5- Mais 13 indústrias ainda devem ser atendidas com o Progás

José Ribamar de Aguiar, presidente da Potigás, diz que o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), aprovou cinco processos para atender indústrias com o Progás. Além das quatro de ontem, está na lista a Coteminas. Outras 13 estão sendo habilitadas no Rio Grande do Norte. Em março, a distribuidora alcançou o recorde de distribuição : 211 mil metros cúbicos/dia. O gás incentivado é comercializado ao preço de 33 centavos de Real, por metro cúbico. As empresas que recebem gás incentivado tendem a manter num primeiro estágio a sua produção industrial e aumentar num segundo momento a oferta de trabalho. O gás incentivado é mais uma meta desenvolvida pelo governo estadual para estimular as indústrias, ganhando em competitividade e produtividade. (Tribuna do Norte - 30.04.2002)

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6- Petrobras adquire termogeradores para plataforma de Urucu

Com o objetivo de automatizar suas plataformas, a Petrobras adquiriu mais 12 termogeradores da NewmarEnergia para a plataforma de Urucu, no estado do Amazonas. Recentemente, a estatal já havia comprado dez unidades para os campos de produção de Guaricema e Caioba, no Sergipe. De acordo com Monique Valente Souza, engenheira da NewmarEnergia, único termogerador produz potências de 15 a 550 W, podendo ser colocados em paralelo ou em série, chegando a oito mil W. Para a Petrobras, as novas unidades permitirão a produção de energia contínua em qualquer condição de temperatura e clima possível na terra durante o período de 20 anos. A NewmarEnergia afirma que dentro de 15 semanas as novas unidades estarão operando. (Canal Energia - 29.04.2002)

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internacional

1- Endesa aumenta seus rendimentos em 257.4%

Endesa, geradora controlada pela holding Enersis, obteve lucros de US$ 16.9 mi no primeiro trimestre de 2002, cifra que representou um aumento de 257.4% em relação ao mesmo período de 2001, quando reportou lucros de US$ 4.74 mi. Esses novos números devem-se, principalmente, ao aumento do resultado operacional da elétrica, o que totalizou US$ 87.21 mi, 9.5% a mais do que os US$ 79.61 mi do ano anterior. No entanto, deve-se mencionar que as vendas tiveram decréscimo de 3%, após observação de rendimentos de US$ 228.31 mi. Apesar disso, esse encurtamento no rendimento foi compensado por uma diminuição dos custos de exportação, que caíram 9.4%, chegando aos US$ 134.95 mi. Segundo a companhia, o melhor desempenho operacional pode ser explicado pelo melhor comportamento das operações no Chile e no Peru, já que, tanto na Argentina quanto no Brasil, o resultado das exportações teve prejuízo significativo. (Estrategia - 30/04/2002)

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2- Mercado elétrico chileno aguarda mudanças na legislação elétrica do país

Hoje há inquietação entre todos os atores que participam do mercado elétrico chileno, que esperam ansiosos pelas mudanças na legislação elétrica vigente anunciada há mais de dois anos. Os produtores-geradores evidenciam desinvestimento, queixando-se de preços insuficientes e clamando pela sua liberalização já que, regulados semestralmente pelo Ministério da Economia, não estariam incentivando investimentos. Os distribuidores reclamam que não podem cumprir sua obrigação, como concessionárias, de garantir o fornecimento a seus clientes, pois não conseguem contratos de abastecimento dos geradores fornecedores. Os clientes dos fornecedores monopólicos ou de ofertantes diversos, cada dia mais escassos, queixam-se da qualidade do fornecimento e dos contratos imperfeitos que não resguardam seus interesses. (Estrategia - 30/04/2002)

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3- Azurix, da Eon, tenta persuadir acionistas a vender unidade da Wessex Water à YTL

A Azurix, da Eon, está lutando para persuadir seus acionistas a aceitarem a venda da sua unidade Wessex Water para a YTL da Malásia. O grupo americano adiou o prazo de vencimento aos acionistas para concordarem com a proposta por duas vezes, desde o prazo original e 15 de abril. A última extensão acaba hoje, dia 30, apenas dois dias antes da programação da Corte de Falência dos EUA de aprovar a transação. A Azurix quer comprar de volta suas ações para que a YTL não tenha que se responsabilizar pela dívida de US$ 1.78 bi após a venda da Wessex. O acordo será bloqueado, a não ser que 51% dos acionistas concordem com os termos da recompra. Isso deixaria o futuro da Wessex no limbo, embora o grupo esteja preso ao resto da Eon e seria capaz de manter o fornecimento de água aos seus 1.2 mi de clientes britânicos. (Financial Times - 30/04/2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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