Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 865 - 26 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

 

regulação

1- União injeta dinheiro no caixa da CBEE

A Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) - empresa criada pelo governo para recolher o seguro apagão do consumidor e repassá-lo às usinas emergenciais - aumentou o seu capital social em R$ 800 mi, dos R$ 50 mi iniciais para R$ 850 mi. O aporte de capital está sendo feito pela União, sua única acionista. O dinheiro será utilizado na compra da energia produzida por quatro termelétricas mercantis: Macaé Merchant, da americana El Paso; Eletrobolt, da Enron; Juiz de Fora, da Cataguazes Leopoldina e Fafen, do grupo EDP e Petrobras. A energia gerada por essas usinas não pode ser adquirida com os recursos do seguro apagão, única fonte de receita da CBEE, porque elas foram construídas para vender no MAE, aproveitando o período de alta dos seus preços no racionamento. Já as emergenciais, como o próprio nome sugere, têm o propósito de funcionar apenas em caso de emergência, quando não houver água nos reservatórios das hidrelétricas. (Valor - 26.04.2002)

Índice


2- CBEE quer punição para distribuidoras que desrespeitam o prazo de transferência das verbas

A CBEE quer a punição das distribuidoras que vêm desrespeitando o prazo de três dias, fixado pela resolução nº 71 da Aneel, para transferência das verbas à CBEE. Segundo a comercializadora, foram repassados apenas R$ 25 mi dos R$ 100 mi pagos mensalmente pelos consumidores às concessionárias, devido ao "seguro apagão" compulsório. A Aneel recebe, até a próxima semana, sugestões da CBEE e da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) para concluir a resolução sobre o repasse dos recursos do encargo de capacidade emergencial. A tendência é que a nova norma estabeleça penalidade, mas as distribuidoras acreditam que o prazo poderá ser estendido. Mário Dias Miranda, diretor da CBEE, é contra o período de 30 dias solicitado por algumas empresas. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


3- OAB entrará na Justiça contra comercializadora de energia

A seção paulista da OAB-SP deverá ajuizar, nos próximos dias, uma ação civil pública contra a CBEE, com o objetivo de suspender os contratos firmados entre o governo federal e empresas geradoras visando à compra de energia em caráter emergencial. De acordo com o coordenador da Comissão de Fiscalização de Concessionárias de Serviços Públicos da OAB-SP, Paulo José Nogueira Cunha, há diversas irregularidades nos contratos, como a ausência de licitações para a contratação dos geradores e uma sobrevalorização dos valores cobrados pelo aluguel de máquinas, que deverão ser questionados na ação civil pública. Nem a reunião entre a diretoria da OAB-SP e o presidente da CBEE, Mário Miranda, foi suficiente para mudar a posição da entidade em relação à energia emergencial. (Tribuna da Imprensa - 26.04.2002)

Índice


4- Novas ações de empresas contra seguro antiapagão chegarão à Justiça nos próximos dias

Nas próximas semanas uma leva de mandados de segurança contra o seguro antiapagão deve começar a chegar aos tribunais em todo o país. Segundo o presidente da CBEE, Mário Miranda, até agora, apenas três ações tramitam na Justiça: duas em Minas Gerais e uma em Santa Catarina - que obteve liminar no último dia 16. Mas só um escritório paulista, o De Rosa, Siqueira e Advogados Associados, deverá dar entrada, na próxima semana, a dez ações de empresas que contestam a cobrança dos R$ 4,90 por MW/h consumido, o valor do seguro antiapagão. "Em apenas um dos casos, o cliente tem a pagar R$ 115 mil desse seguro em um mês", diz Flávio Pigatto Monteiro, sócio do escritório. A movimentação está começando pelas pequenas e médias empresas consumidoras de energia, mas poderá chegar às grandes, do setor eletrointensivo. Segundo Paulo Ludmer, diretor da Abrace o setor terá de pagar US$ 294 mi de seguro antiapagão, por ano. (Folha de São Paulo - 26.04.2002)

Índice


5- Justiça notifica união e Aneel em Blumenau

O juiz Adamastor Nicolau Turnes, da 3ª Vara Federal de Blumenau, encaminhou ontem intimação à União e à Aneel para que se pronunciem sobre a ação civil pública que pede a suspensão da cobrança do encargo de capacidade emergencial, o chamado "seguro-apagão". Após notificados, eles terão 72 horas para apresentar defesa. Depois deste prazo e de analisar a defesa, Turnes decidirá se concede ou não a liminar solicitada pela Associação Brasileira dos Consumidores (Abracon). "Qualquer decisão tomada antes da notificação dos órgãos poderia ser considerada nula", afirma o juiz. Mas ele antecipa que, se for concedida, a liminar terá validade apenas na região atendida pela jurisdição de Blumenau, que abrange 44 municípios do Médio e Alto Vale. Cidades como Itajaí e Jaraguá do Sul, por exemplo, não seriam beneficiadas. (Jornal de Santa Catarina - 26.04.2002)

Índice


6- Tarifas de energia elétrica devem subir 12% em 2002, segundo Copom

O Copom do Banco Central, na reunião de abril, previu um aumento de 15% para as tarifas de energia elétrica em 2002. O índice é inferior ao estimado na análise de março, quando o reajuste ficaria em 16.6% este ano. A projeção de reajuste para as tarifas elétricas em 2003 também reduziu, de 13% para 12,7%. Segundo a ata do Copom, as tarifas públicas - com reajustes previstos de 7.2% em 2002 e 4.3% em 2003 - devem puxar a inflação, projetada para cerca de 4.5% neste ano. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


7- Leilão de linhas de transmissão é adiado para o dia 18 de julho

A data de realização do leilão de 11 linhas de transmissão foi alterada do dia 11 para 18 de julho. Segundo a Aneel - que anunciou o leilão nesta quarta-feira, dia 24 - a alteração deu-se em virtude da proximidade de datas com outro leilão, para concessão de hidrelétricas, marcado anteriormente para o dia 13 de julho, na Bolsa do Valores do Rio de Janeiro. De acordo com o órgão regulador, a mudança não compromete as datas de lançamento do edital, marcado para o dia 25, e da reunião de esclarecimentos dos procedimentos do leilão e do manual de instruções da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), no dia 25 de maio, em São Paulo. Mas a data de depósito das garantias dos pré-qualificados (na véspera do leilão) passa do dia 10 para o dia 17 de julho. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


8- Disputa pelo ICMS de energia elétrica pode reacender no Senado

A velha disputa interestadual pelo ICMS incidente sobre energia elétrica promete ganhar um novo capítulo, agora no Senado. O senador Osmar Dias (PDT-PR) solicitou no dia 25 a votação da PEC que transfere para os estados produtores de energia o direito da cobrança do tributo, cujo direito é exclusivo aos estados consumidores. O argumento proposto pelo senador para a alteração do modelo vigente baseia-se na situação vivida pelo estado do Paraná - seu reduto eleitoral. Segundo Dias, o estado responde por 30% do abastecimento de energia consumido pela região Sudeste, o que propiciaria mais R$ 600 mi anuais no orçamento estadual, através da arrecadação do ICMS. Pela grande capacidade de geração, ele diz considerar "absurda" cobrança do seguro-apagão pelos paranaense. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


9- Câmara aprova criação de programa de incentivo à energia eólica no Nordeste

O parecer do deputado Antônio Feijão (PSDB-AP) ao Projeto de Lei 4673/01, do deputado Clementino Coelho (PPS-PE), foi aprovado no dia 24 pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. A proposta cria o Programa Prioritário de Desenvolvimento da Energia Eólica do Nordeste (Prodeene), com o objetivo de buscar alternativas, como o vento, ao modelo brasileiro de geração elétrica, centrado nos potenciais hídricos. O relator manteve o texto aprovado anteriormente pela Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior da Câmara, o qual cria dispositivo para concessão de incentivos fiscais para a produção dos componentes necessários para a implantação de centrais eólicas de produção de energia elétrica. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será encaminhado para análise terminativa das comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Redação. Serão considerados participantes do Prodeene os empreendimentos destinados à produção de energia elétrica em todo o Nordeste, por meio de turbinas eólicas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


10- Prodeene tem como objetivo buscar o desenvolvimento da geração do vento dentro do modelo brasileiro de energia elétrica.

O projeto criado pelo deputado Clementino Coelho e aprovado pela Comissão de Minas e Energia da câmara dos Deputados, cria o Programa Prioritário de desenvolvimento de Energia Eólica (Prodeene) prevê vantagens e facilidades financeiras para os empreendedores. Esses empreendimentos terão isenção do recolhimento de impostos federais sobre as despesas realizadas pelos projetos de prospecção e identificação das áreas de potencial eólico; do pagamento de Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pelo período de cinco anos, para as peças e equipamentos utilizados na fabricação de turbinas eólicas e na construção das centrais; e do pagamento pelo uso de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica para as centrais que entrarem em operação até o ano de 2004. O projeto também prevê a obrigatoriedade de compra de energia gerada por centrais eólicas pela Eletrobrás ou concessionárias e empresas comercializadoras de energia, e a criação de uma linha de crédito junto ao BNDES, pelo prazo de 12 anos, destinada ao financiamento de até 90% do valor das centrais eólicas cuja potência total instalada some 5 mil MW. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Economia de energia no Nordeste chega a 4,76% no mês de abril

Nos últimos dias do mês abril, a economia de energia na região Nordeste chega a 4.76%. Números do ONS indicam que a demanda nesta região atinge 5.597 MW, o que significa uma queda de 0.76% em comparação com o dia anterior. Nas demais regiões houve crescimento no consumo. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


2- Sobe demanda por energia na região Sudeste/Centro-Oeste

Na região Sudeste/Centro-Oeste, a demanda subiu 0.73% em um dia, chegando a 26.311 MW. Em relação à curva mensal de referência, a curva de consumo nesta região foi 0.49% superior ontem, dia 24. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


3- Aumenta demanda na região Sul e no Norte, consumo de energia mantém-se o mesmo

Na região Sul, a demanda atingiu 7.815 MW, o que representa um aumento de 0.82%. Na região Norte é que o consumo de energia ontem foi o mesmo verificado no dia anterior, atingindo 2.606 MW. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


4- ONS registra queda nos níveis dos reservatórios em todo o país

Números do ONS indicam que os níveis dos reservatórios caíram em todas as regiões do país, com índices que variaram de 1.09% a 0.11%. Embora tenham apresentado queda no volume de armazenamento, os reservatórios nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste continuam acima da curva-guia. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


5- Nível dos reservatórios caem 0,11% no Nordeste

Na região Nordeste, os níveis dos reservatórios nesta região caiu 0.11% em comparação com o dia anterior, chegando a 65.85% de armazenamento. No entanto, este volume ainda está 17.45% acima da curva-guia superior prevista para o mês. Na usina de Sobradinho, o índice é de 60.46%. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


6- Capacidade de armazenamento na região Norte apresenta queda

Na região Norte, a capacidade de armazenamento teve pequena queda de 0.23%. Atualmente, os níveis estão em 110.47%. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice também caiu 0.2%, chegando a 108.98% de armazenamento. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


7- Volume de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste registra queda

Na região Sudeste/Centro-Oeste, o volume de armazenamento registrou queda de 0.17% em comparação com o dia anterior. Hoje, os níveis estão em 70.06%, ficando 17.26% acima da curva-guia superior. Nas usinas de Funil e Marimbondo, o índice é de 45.33% e 80.71%, respectivamente. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


8- Cai níveis dos reservatórios da região Sul

Na região Sul, os níveis dos reservatórios caiu 1.09% em um dia, chegando 64.55% de armazenamento. Na hidrelétrica de G.B. Munhoz, o índice é de 59.,7%. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


9- Energia emergencial é reforçada

Governo não quer repetir falhas que levaram ao racionamento e acompanha com rigor o cronograma do caro programa de geração. Superada a fase de seleção de projetos de geração, a CBEE concentra a atenção na evolução de cada uma das 58 usinas contratadas. Atualmente, oito delas estão prontas, e somam potência instalada de 80 MW. "Ainda neste mês, devemos chegar a 25 usinas", acredita Mário Dias Miranda, diretor da CBEE, ligada ao Ministério de Minas e Energia. No total, o programa da comercializadora prevê a contratação de 2,153 mil MW até dezembro de 2005, gerados a partir de óleo combustível ou diesel. Os produtores dessa energia podem ser remunerados de duas formas. A primeira, presente nas contas dos consumidores desde março, leva em conta apenas o aluguel das máquinas, enquanto a segunda embute, além do aluguel, o custo de geração dessa energia. A diferença entre esses dois cenários varia de R$ 4,5 bi a R$ 16 bi, sempre com repasse à tarifa final, com exceção do cliente de baixa renda. Em ambos os casos, os equipamentos ficam disponíveis com exclusividade ao governo. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


10- Procel quer que demanda caia 1,3%

Levar o País a uma economia de 4 bilhões de KWh/ano, o que corresponde a uma redução de 1,3% do crescimento da demanda anual de eletricidade, é um dos maiores desafios do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). A informação foi divulgada ontem, dia 25/04/2002, durante palestra do chefe do Departamento de Desenvolvimento de Projetos Especiais da Eletrobras, Antonio Varejão de Godoy, no Seminário Energia e Meio Ambiente, promovido pela Câmara de Cultura, no Rio. Varejão de Godoy informou que desde a criação do Procel, em 1985, os projetos desenvolvidos em escolas e junto aos consumidores residenciais, comerciais e industriais já possibilitaram a economia de 13,5 bi de KWh de energia, equivalente ao consumo de 4,5 mi de residências ou, ainda, à produção de uma usina de 2 mil MW. (Jornal do Commercio - 26.04.2002)

Índice


11- Eletrobrás irá acompanhar programas de combate ao desperdício

Nos próximos três anos, a Eletrobrás, executora do Procel, ficará encarregada pela análise técnica de todos os programas de combate ao desperdício de energia elétrica implementados pelas empresas distribuidoras, segundo um convênio que será assinado com a Aneel. Desde o ano 2000, as distribuidoras são obrigadas a aplicar 0.5% de suas receitas em programas de combate ao desperdício. Até o momento, já foram investidos R$ 82 mi na substituição de mais de seis milhões de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas em residências de consumidores de baixa renda. A troca de lâmpadas de vapor de sódio na iluminação pública é outra das iniciativas em que as concessionárias investem. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


12- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

Índice


 

empresas

1- Eletropaulo pressiona para baixo resultado da AES

A AES Corp., empresa norte-americana do setor de energia que controla a Eletropaulo e tem participação na Cemig, registrou um prejuízo líquido de US$ 313 mi (US$ 0,58 por ação) no primeiro trimestre de 2002, em comparação com o lucro líquido de US$ 111 mi (US$ 0,21 por ação) em mesmo período de 2001. No trimestre, a receita subiu para US$ 2,71 bi, de US$ 2,49 bi em 2001. O lucro da AES antes de mudança contábil relacionada com ágio totalizou US$ 0,30 por ação, em comparação com US$ 0,21 por ação em 2001, excedendo a estimativa da Thomson Financial/First Call que era de lucro de US$ 0,26 por ação. O lucro líquido a partir de operações recorrentes foi de US$ 0,36 por ação, em relação a US$ 0,43 por ação em 2001. O segmento Large Utilities da AES que atende 11 milhões de clientes incluem a Ipalco em Indiana, Cilcorp em Ilinois, EDC na Venezuela, Cemig e Eletropaulo no Brasil. Esse segmento gerou US$ 140 mi de EBT (lucro antes de impostos) no primeiro trimestre, abaixo do EBT de US$ 242 mi em 2001. A redução no trimestre deveu-se a menores contribuições da Eletropaulo e Cemig principalmente em virtude da demanda mais reduzida com o racionamento de energia no Brasil até meados de março de 2002. (Estado de São Paulo - 26.04.2002)

Índice


2- Cesp vai lançar US$ 150 mi em bônus para melhorar perfil da dívida

A Cesp fechou ontem uma operação de lançamento de bônus no mercado internacional no valor de US$ 150 mi. O objetivo é alongar o perfil de sua dívida. A operação tem vencimento em três anos, taxa anual de juros de 9% no primeiro ano e de 11,5% no segundo e terceiro anos, com preço de emissão de 99,875%. Os coordenadores da operação são os bancos WestLB e Finantia. Pela manhã, a Cesp já havia divulgado que o conselho de administração aprovou o aumento de montante da operação de emissão de bônus no exterior de US$ 200 mi até US$ 300 mi. Os US$ 100 mi adicionais foram emitidos em regime de "melhores esforços" (quando os intermediários realizam o maior esforço possível na tentativa de colocação de todas as ações sem, no entanto, assumir a garantia da parte que não for vendida). (Notícias Populares - 26.04.2002)

Índice


3- Cemig decide listar ações no Latibex da Bolsa de Madri

A Cemig terá ações no Latibex, o índice latino-americano da Bolsa de Madri. A decisão foi aprovada pelo conselho ontem. Entre as empresas brasileiras já listadas no Latibex estão Copel, Aracruz, Bradesco, Bradespar, Eletrobrás, Globo Cabo, Suzano e Vale do Rio Doce. (Notícias Populares - 26.04.2002)

Índice


4- Vale do Rio Doce pretende participar da hidrelétrica de Belo Monte

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) pretende participar da operação para construção da hidrelétrica de Belo Monte, cuja viabilização ainda está em fase de estudos pelo governo. O interesse da mineradora na mega-usina de 11.182 MW de potência (a segunda maior do país) passa pelos investimentos que a empresa tem na região Norte, onde há perspectivas de crescimentos de produção e dos negócios desenvolvidos na região Amazônica. Segundo o diretor de Energia Elétrica da CVRD, Edward Dias da Silva, que participa do II Enecom do Setor Elétrico, que acontece na hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, a decisão efetiva da entrada da companhia no negócio ainda depende da palavra final do governo, sobre a construção da usina. O investimento estimado para Belo Monte será de US$ 3.7 bi, e um custo operacional em US$ 12, por MWh - considerado um dos menores do mundo. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


5- Vale do Rio Doce estuda participação em leilão da Aneel para concessão de usinas hidrelétricas

O diretor de energia elétrica de Companhia Vale do Rio Doce, Edward Dias da Silva, revelou que a CVRD estuda a participação no próximo leilão da Aneel para concessão de oito novas usinas hidrelétricas, marcado para o dia 12 de julho, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. "A participação da Vale neste leilão está dentro da estratégia de investimentos que a empresa tem para o setor elétrico", afirma o executivo. Dos oito empreendimentos, a CVRD deverá participar de duas disputas, sendo uma delas pela hidrelétrica de Estreito, de 1.087 MW e investimento de R$ 2.3 bi. Segundo o executivo, a companhia pretende entrar no leilão em forma de consórcio, e já negocia parceria com a Eletronorte. Atualmente, a empresa detém participação nas hidrelétricas de Igarapava, Porto Estrela, Aimorés, Candonga, Funil, Capim Branco I e II, Foz do Chapecó e Santa Isabel. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


6- Tucuruí recebe rotor gigante

Um rotor de 260 toneladas parte hoje da Alston Brasil Ltda., em Taubaté, em direção à Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, onde vai juntar-se a outros 12 já em operação. O equipamento, que levou setes meses para ser produzido, será o primeiro da fase 2 a entrar em operação. "Além das 12 unidades já implantadas, a Eletronorte, que administra a usina, está instalando mais 11 unidades geradoras", diz Edmilson Cavaco, project manager da Alston para os contratos de Tucuruí. A primeira unidade da segunda fase da hidrelétrica deverá entrar em operação em dezembro e vai gerar 382 MW. "Trata-se do coração da turbina", explica Luiz Hercos, superintendente de manufatura da Alston. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


7- Nova definição de consumidores de baixa renda provoca queda no faturamento de distribuidoras

A MP 14 continua causando polêmica, desta vez entre as próprias empresas do setor elétrico. Um dos pontos que tem trazido insatisfação às distribuidoras de energia se refere à nova definição do consumidor de baixa renda. Segundo o projeto de lei de conversão do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), os custos relativos à contratação da energia emergencial não serão cobrados dos consumidores residenciais de baixa renda, que possuem um "consumo mensal inferior a 80 kWh/mês ou cujo consumo situe-se entre 80 e 220kWh/mês", conforme algumas especificidades definidas pela Aneel. A Celtins, de Tocantins, por exemplo, possuía 8.700 consumidores de baixa renda, de acordo com o critério adotado antes da aprovação da MP 14. Este total equivalia a 4% dos consumidores residenciais, mas após a alteração, este número subiu para 100 mil, isto é, 47% dos consumidores desta classe. "Com o critério estabelecido pela MP 14, o número de consumidores que pagarão pelos encargos cai de 240 mil para cerca de 150 mil, uma redução de 21%. Isto certamente vai provocar uma queda no faturamento da empresa", explicou o diretor Superintendente Geral da Celtins, José Alberto Alves Cunha. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


8- Celtins estuda novas formas de evitar maiores prejuízos, gerados pela MP 14

Para tentar reverter o quadro de redução do número de consumidores que pagarão pelos encargos extras de energia, segundo definido pela MP 14, a companhia elétrica de Tocantins, Celtins, está estudando formas de evitar maiores prejuízos. "Estamos analisando meios de adequar as tarifas aos nossos investimentos. Parte dos recursos que seriam aplicados na automação de subestações serão suspensos, sem que a nossa qualidade seja comprometida", esclarece o executivo. Para o consultor Armando Franco, o critério estabelecido pela MP deveria tomar em consideração os indicadores sócio-econômicos, como ocorria anteriormente. "Apesar de não poder avaliar o peso que a nova definição terá sobre as finanças das empresas, este é um critério injusto. É um absurdo subsidiar energia de baixa renda para consumidores que podem pagar por ela", disse, se referindo aos inúmeros clientes de classe média e alta inseridos dentro da nova faixa de consumo. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


9- Mercado aquecido pelas privatizações do setor elétrico garante aumento da receita da Inepar

Um mercado aquecido para obras de infra-estrutura, impulsionado pelas privatizações especialmente do setor elétrico, garantiram um "excelente desempenho operacional" à Inepar Indústria e Construções, segundo a interpretação do diretor presidente da empresa, Cesar Fiedler. O balanço da companhia divulgado ontem revela queda no prejuízo consolidado, de R$ 218,5 mi em 2000 para R$ 127,8 mi no ano passado. A receita operacional bruta, no entanto, cresceu 97% e o lucro bruto, 45%. A receita líquida passou de R$ 118 mi para R$ 150,6 mi. Fiedler salienta que a reestruturação operacional da Inepar, fixando suas atividades no "core business" - obras de infra-estrutura com foco em energia, telecomunicações, indústria química e petroquímica - permitiu a formação de uma carteira que fechou o ano de 2000 acima de R$ 1 bi. "Isso propiciou bom faturamento em 2001", comenta o executivo. Em dezembro de 1999, a carteira girava em torno dos R$ 400 mi; passou de R$ 1 bi em 2000 e fechou o ano passado em R$ 850 mi, segundo Fiedler. "Mas tivemos um faturamento de R$ 867 mi", ressalva. "Os indicadores operacionais mostram que o desempenho foi satisfatório", comenta o executivo. (Valor - 25.04.2002)

Índice


 

financiamento

1- Diário Oficial publica lei que cria novo MAE

O Diário Oficial da União (DOU) publicou, dia 25, a Lei nº 10.433, que dispõe sobre a criação do novo modelo do MAE. Reformatado, o espaço negocial passa a ser regulado pela Aneel. O processo de reestruturação do MAE - que desde a sua criação, em setembro de 2000, não conseguiu liquidar uma operação sequer - foi iniciado em janeiro deste ano, sob coordenação da GCE, e ainda está em fase de implementação. (Canal Energia - 25/04/2002)

Índice


 

financiamento

1- Resultado fiscal preocupa o governo

O setor público consolidado encerrou o mês de março com déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com o pagamento de juros) de R$ 4,124 bi. No acumulado do trimestre o saldo negativo é de R$ 11,917 bi, enquanto o déficit nos três primeiros meses do ano passado foi de R$ 2,826 bi. O forte aumento é explicado em parte ao aumento dos gastos com juros, que consumiram R$ 23,472 bi no primeiro trimestre deste ano e R$ 17,841 bi em igual período do ano passado. O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes, destacou que a taxa básica média em março do ano passado era de 15,39% ao ano, enquanto agora está em 18,78%. O aumento de despesas com juros contém também o impacto da desvalorização cambial. Também influenciou o aumento do déficit nominal a redução do superávit primário, que foi de R$ 11,555 bi nos três primeiros meses deste ano, abaixo dos R$ 15,015 bi de igual período do ano passado. O resultado primário das contas públicas (sem juros), submetido a regime de metas com o FMI, preocupa o governo. Em março, o superávit primário foi de R$ 3,015 bi, metade dos R$ 6,156 bi obtidos em março do ano passado. O superávit primário consolidado do setor público foi de R$ 11,555 bi no acumulado entre janeiro e março deste ano, cumprindo a meta do FMI de R$ 11,4 bi, mas não com a mesma folga do ano passado. Nos três primeiros meses do ano passado, o resultado primário atingiu R$ 15,015 bi, e a meta era de R$ 10,072 bi. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


2- Sondagem da FGV apura ritmo lento na indústria

Os fabricantes de bens de capital foram, segundo o chefe do Centro de Estatísticas e Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, os que retrataram mais fielmente o desempenho da indústria, nos primeiros meses de 2002. "A situação da indústria configura um cenário de devagar quase parando", resumiu o economista, que também é o coordenador das sondagens conjunturais da indústria, realizadas a cada três meses pela FGV. O ambiente, conforme descreveu Quadros, é de demanda mais fraca e de crescimento mais lento da produção, com uma conseqüente redução no ritmo de escoamento dos estoques e cortes no emprego além dos previstos. Traduzida em números, a sondagem indica que o nível de utilização da capacidade instalada, no setor de máquinas e equipamentos, caiu de 83,6%, na sondagem de abril de 2001, para 72,8%, na de abril deste ano. Na média, a capacidade ocupada na indústria de transformação como um todo diminuiu de 83,9%, em abril do ano passado, para 79,1%, na pesquisa de abril deste ano. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


3- IPCA-15 fica em 0,78% em abril

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) quase dobrou em abril, passando para 0,78% no mês, ante resultado de 0,4% em março. A gasolina foi a principal responsável pela alta e exerceu o maior impacto individual do mês, com 0,37 ponto percentual, devido aos reajustes ocorridos em março e abril. O IPCA-15, divulgado ontem pelo IBGE, considerou os preços coletados entre 15 de março e 12 de abril, para famílias com renda até 40 salários mínimos. O índice costuma ser uma boa aproximação do resultado do IPCA do mês "cheio", que é usado como referência para as metas de inflação. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


4- Setor público pode ampliar dívida

O Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou ontem as regras de endividamento do setor público e, na prática, ampliou em R$ 200 mi o limite de contingenciamento para as operações de crédito junto ao sistema financeiro. Pela regra anterior, estados, municípios e empresas estatais tinham um teto máximo de R$ 1 bi para as operações de crédito com as instituições financeiras. Esse limite abrangia as operações programadas ou já em andamento quando estados e municípios assinaram os protocolos de refinanciamento de dívidas com a União, a partir de 1997. No entanto, segundo o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Ricardo Villela, os valores destas operações já autorizadas ultrapassam o teto de R$ 1 bi, o que inviabilizaria que estados e municípios pudessem contratar empréstimos, mesmo estando em dia as condições do ajuste fiscal. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


5- Juros e dólar sobem após ata do Copom

O mercado financeiro reagiu à ata do Copom com elevação nas projeções de juros futuros. Os contratos negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fecharam em alta. Os juros de maio foram de 18,41% para 18,42% ao ano. Os juros de outubro subiram de 18,65% para 18,73%. A taxa de janeiro de 2003 saiu de 18,86% para 18,97%. O economista do HSBC Investment Bank, Alexandre Bassoli, afirma que a redução dos juros estará condicionada a três fatores: a velocidade de queda nos preços livres, o comportamento do preço do barril de petróleo e as expectativas do mercado em relação à taxa de inflação. A queda nos preços livres já começou a ser refletida nos índices de inflação. O IPCA-15 (entre 15 de março e 15 de abril) ficou em 0,78%. A variação dos preços livres ficou em 0,27%, próxima ao estimado pelo BC (0,2% e 0,3%). Já os investidores esperam que a inflação fique em 5,46%. O item que mais chamou atenção de economistas na ata foi que a partir de agora será utilizado o "swap" DI x Pré de 180 dias para cálculo das projeções do cenário econômico e da inflação. Antes, o BC usava a curva de juros futuros. Ontem, o swap fechou em 18,79% ao ano. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


6- Dólar comercial inicia pregão em queda de 0,12%, a R$ 2,3610 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia em queda de 0,12% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,3510 para compra e R$ 2,3610 para venda. Ontem, com a perspectiva de aumento da inflação segundo as previsões do Banco Central, agentes operaram mais cautelosos e a procura por proteção aumentou. O dólar terminou 0,25% mais caro, cotado a R$ 2,3620 para compra e a R$ 2,3640 para venda. (Valor Online - 26.04.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- Ancora a maior térmica flutuante

Ancorou ontem, na baía de Todos os Santos (BA), o navio Blue Marlin, que trouxe de Cingapura a maior das termelétricas flutuantes do programa federal de energia emergencial. A usina é formada por sete balsas - cinco geradoras, uma com o tanque de diesel e outra com as bombas, num total de 13,3 mil toneladas - e ficará na baía de Aratu (BA). A planta da Keppel Fels Energy, de Cingapura, terá potência de 190 MW, com operação prevista para 13 de junho. A Keppel Fels está investindo US$ 20 mi na usina NE Generation, incluindo geradores e infra-estrutura. Segundo a CBEE, 74% dos equipamentos do programa (equivalentes à geração de 1,6 mil MW) já chegaram ao Brasil. A geração da usina baiana é suficiente para atender a 1 milhão de habitantes. A infra-estrutura necessária está sendo implantada no porto de Aratu e prevê pequenas obras de dragagem ao lado do píer 2 do terminal de granéis sólidos, onde ficarão as barcaças, além da construção de uma subestação e de uma linha de transmissão de três quilômetros, entre a usina e a rede de distribuição da Chesf. As obras abrangem uma área de 20 mil metros quadrados arrendada à Companhia Docas da Bahia (Codeba). Enquanto não forem concluídas, as balsas permanecerão na baía de Todos os Santos. "Os custos para ter esta reserva emergencial não são baixos", reconhece o diretor de energia da CBEE, Rui Feijão, que acompanhou a chegada das barcaças da usina em Aratu. (Gazeta Mercantil - 26.04.2002)

Índice


2- Russos da Itera buscam negócios no Brasil

Um dos maiores grupos industriais da Rússia e um dos maiores produtores de gás da Europa, com faturamento de US$ 5 bi em 2001, o grupo Itera está buscando projetos de integração e negócios com empresas brasileiras de petróleo e gás. E é com esse objetivo que o vice-presidente do conselho de administração do grupo, Valery Serov, está no Brasil com alguns executivos russos. Ele esteve em Brasília onde encontrou-se com o vice-presidente da República, Marco Maciel, e com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. No Rio, Serov teve encontros com Sebastião do Rego Barros, ex-embaixador do Brasil na Rússia e hoje diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e com os presidentes da Petrobras, Francisco Gros, e da Repsol do Brasil, Antonio Carlos França de Luca. O executivo russo contou que sua impressão geral depois das conversas é que os brasileiros estão interessados no que ele chamou de "parcerias economicamente proveitosas". Ele explicou que a visita permitiu um conhecimento mais profundo sobre o Brasil aos membros da delegação da Itera, e agora as duas partes vão procurar projetos concretos de cooperação. (Valor - 26.04.2002)

Índice


3- TCU suspende licitação de áreas de petróleo e gás

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a quarta rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo e gás da ANP, marcada para junho. O TCU quer que a agência defina penalidades para os concessionários que não cumprirem o contrato e que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprove a lista de áreas que serão leiloadas. A Agência informou que apresentou ao TCU pedido de reexame dos votos do processo. O diretor-geral da ANP, Sebastião do Rêgo Barros, disse pela sua assessoria de imprensa que confia na fundamentação apresentada e acredita que poderá realizar o leilão no prazo previsto. ''É preciosismo do TCU. O contrato é claro e dá poderes para a ANP aplicar sanções com base na legislação que existir no momento do problema. Ou seja, a agência ainda pode regulamentar a questão sem paralisar a quarta rodada'', diz o advogado especializado em petróleo Paulo Valois, do escritório Ulhôa, Canto, Rezende e Guerra. (Jornal do Commercio - 26.04.2002)

Índice


4- Produtores de gás discutem paralisia do mercado

A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e os produtores bolivianos de gás natural criaram um grupo de trabalho para avaliar soluções para a paralisia do mercado de gás brasileiro. O grupo, que contará ainda com representantes do governo boliviano e dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, reúne-se em cerca de 20 dias em São Paulo para iniciar as discussões. O grupo foi criado durante um simpósio latino-americano de gás, realizado na Bolívia nesta semana. Durante o evento, representantes das distribuidoras argumentaram que estão perdendo mercado devido ao alto preço do gás boliviano. Segundo o presidente da Abegás, Cícero Ernesto de Souza, as empresas que se abastecem de gás da Bolívia previam vender 12 milhões de metros cúbicos por dia em 2001 e só venderam 5,45 milhões de metros cúbicos. (Estado de São Paulo - 26.04.2002)

Índice


5- Diretor da CBEE defende contratos das térmicas

O diretor da CBEE, Mário Dias Miranda, anunciou ontem que até o fim deste mês estarão prontas para operar 19 das 58 usinas geradoras a óleo diesel e a óleo combustível contratadas pela empresa para energia emergencial. Ele rebateu as denúncias de irregularidades envolvendo a contratação da energia emergencial pela empresa e a cobrança do ''seguro-apagão'', como ficou conhecido o encargo de capacidade emergencial, cobrado dos consumidores para bancar esses contratos. Miranda referiu-se à denúncia, freqüente entre representantes de categorias profissionais ligadas ao setor elétrico e no meio acadêmico, de que teria sido precipitada a contratação de 58 usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a diesel, com capacidade de geração de 2,153 mil MW, para servir de uma espécie de reserva de potência instalada para o setor elétrico até que ocorra uma efetiva expansão do sistema. ''Podemos enfrentar ainda alguma turbulência'', ressaltou. Além disso, o Governo não poderia desfazer contratos legítimos, sugerindo que poderia ter a sua imagem arranhada internacionalmente caso optasse por essa decisão. O diretor da CBEE rebateu também as denúncias de que teria ocorrido sobrepreço na contratação da energia e de que os recursos gastos para locar máquinas geradoras seriam suficientes para o Governo adquirir igual capacidade de geração. Os contratos para a locação das 58 usinas deverão custar ao consumidor R$ 6,7 bi, segundo Miranda. (Jornal do Commercio - 26.04.2002)

Índice


6- Aneel autoriza três novos produtores independentes

Três empresas foram autorizadas a se estabelecerem como produtores independentes de energia elétrica pela Aneel mediante a instalação de novas termelétricas, na região Nordeste. A Companhia Energética de Petrolina, localizada em Petrolina (PE), será responsável pela construção da usina Petrolina, com 136,2 MW de potência instalada no município de mesmo nome. O empreendimento deverá entrar em operação em julho próximo e beneficiar 1,2 milhão de habitantes. A energia gerada por essa termelétrica será contratada pela CBEE. As outras duas usinas autorizadas pertencem às empresas Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) e Indústria de Bebidas Antártica do Norte-Nordeste, com permissão para instalar, respectivamente, as térmicas Camaçari Ambev, na Bahia, e Paraíba Ambev, na Paraíba. As duas termelétricas, com 5,26 MW de capacidade instalada cada uma, vão beneficiar uma população equivalente a 94 mil habitantes. A previsão é que elas entrem em operação até o segundo semestre de 2002. Os investimentos previstos para as três usinas somam R$ 176 mi. (Jornal Cruzeiro do Sul - 26.04.2002)

Índice

 

internacional

1- British Energy ganha causa judicial

A geradora nuclear British Energy, ganhou ontem, dia 25, um recurso na Sessão da Corte Escocesa, que permite à companhia receber de volta US$ 58 mi que afirma ser uma dívida da Scottish Power. As duas companhias estão em disputa acirrada por um acordo de mais de 15 anos de fornecimento de energia, sob o qual a Scottish Power deve comprar três-quartos da produção nuclear da Escócia. A Scottish Power alega que o contrato de serviço com governo está custando à companhia cerca de US$ 94 mi por mês a mais do que se comprasse do mercado energético atacadista. A sentença da corte, realizada em dezembro, colocou o dinheiro disputado em uma conta neutra de confiança, designada judicialmente. Mas ontem, a British Energy foi bem sucedida em derrubar a sentença. (Financial Times - 26/04/2002)

Índice


2- Parlamento da Finlândia vota a favor de construção de quinto reator nuclear

A maioria do Parlamento do Comitê de Agricultura e Florestal da Finlândia votou em favor da construção do quinto reator nuclear no país, disseram ontem, dia 25, fontes oficiais. Membros do comitê aprovaram a menção por dez votos a seis, com uma abstenção. O Comitê de Meio-Ambiente do Parlamento votou contra a usina, como esperado, e três outros não tomaram partido. O Comitê do Comércio é responsável por levar a proposta sobre o reator ao Parlamento, e a votação está prevista para o dia 24 de maio. (Platts - 26/04/2002)

Índice


3- Comissão Regulatória dos EUA amplia discussões para incluir oficiais no Canadá e México.

A Comissão Federal Regulatória de Energia dos EUA está ampliando suas discussões com comissionários estaduais sobre organizações regionais de transmissões para incluir oficiais da Comissão Regulatória no Canadá e México. Em observação feita na tarde de ontem, dia 25, a CFRE modificou sua decisão de permitir tais discussões com oficiais fora do país. A Comissão apontou o fato de a RTO West, baseada no Noroeste do Pacífico, inclui a utilitária canadense BCHydro, enquanto qualquer RTO potencial do nordeste provavelmente incluiria a Operador Independente do Mercado Elétrico de Ontario. "A comissão acredita que as discussões em mesa redonda seriam melhoradas com a participação dessas agências", disse a CFRE. A Comissão tem realizado discretas conversas regionalmente, iniciando ano passado com estados do Meio-Oeste, e anteriormente, com comissões das regiões ao norte e ao sul do país. Mais recentemente, a CFRE conversou com comissionários da Carolina do Norte e Sul. (Platts - 25/04/2002)

Índice


4- Rede Elétrica da Espanha garante que este verão haverá menos apagões

O presidente do grupo Rede Elétrica da Espanha (REE), Pedro Mielgo, garantiu ontem, dia 25, que o fornecimento elétrico no país melhorará no verão deste ano, em realção aos anos anteriores, quando os apagões foram habituais nas zonas costeiras. Mielgo justificou sua afirmação com a próxima entrada em funcionamento das novas centrais elétricas de ciclo combinado (que funcionam com gás) em zonas que necessitam de nova geração. Apesar de tudo, o presidente da REE destacou as carências em geração elétrica que sofre o país, desde o aumento na demanda de 32% nos últimos cinco anos e o pico da demanda, que teve acréscimo de cerca de 38% no mesmo período. Em uma conferência para a imprensa, Mielgo destacou que o grupo ganhou, ano passado, US$ 81 mi, cerca de 9.5% a mais do que em 2000. A Rede Elétrica pagará, este ano, um dividendo bruto global de US$ 0.41 por ação (cerca de 9.6% a mais do que em 2000). (El País - 26/04/2002)

Índice


5- Argentina retira 140 mi dos fundos de Endesa até março

A crise argentina está passando uma dura fatura à primeira elétrica espanhola, Endesa. No primeiro trimestre do ano, o impacto da crise na filial Edesur e em outras parceiras na Argentina, gerou a suposição de que a companhia, presidida por Rodolfo Martín Villa, teve que diminuir os resultados em US$ 67 mi, a tirar dos fundos próprios US$ 143 mi, e obrigar a realizar provisões ante possíveis riscos na quantia de outros US$ 188 mi. O forte impacto da situação por que atravessa o país e do mal ano hidráulico na Espanha (o negócio nacional caiu cerca de 29.9% de janeiro a março) foram compensados, não obstante, pelas mais-valias obtidas com a venda da Viesgo à italiana Enel (US$ 955 mi). Graças a essas mais-valias, a Endesa tem podido comunicar à Comissão de Valores e a seus acionistas que o benefício do trimestre foi duplicado no mesmo período de 2001 e situou-se em US$ 687 mi (99.7% de aumento). (El País - 26/04/2002)

Índice


6- BPI baixa preço-alvo da EDP para os US$ 26

Os analistas da instituição liderada por Artur Santos Silva anunciaram hoje, dia 26, terem decidido reduzir o seu "price-target" para a elétrica nacional de US$ 30 para US$ 26, por considerarem que a estratégia adotada pela empresa só deverá ser vencedora a longo prazo. Segundo uma nota de research do BPI datada de 24 de abril, a EDP é mantida em "Acumular", sendo que no curto prazo a melhor recomendação vai para a Iberdrola, "já que é um vencedor geral". "Pomos a EDP 'sob vigilância'. Pode ser um dos vencedores de longo prazo, mas os riscos de não ter um sucesso são maiores do que a Iberdrola", considera o documento. O BPI diz ainda não ver triggers significativos no curto prazo para a EDP, mas a definição do desenho dos detalhes do mercado ibérico, juntamente com sinais positivos de corte de custos pode levar-lhes a recomendá-la mais ativamente. (Diário Econômico - 26/04/2002)

Índice


7- Copri estendeu pré-qualificação para venda de distribuidoras

A Copri, agência nacional de privatização do Peru, estendeu até a semana de 6 de maio o prazo, que terminava esta semana, de pré-qualificação para a privatização de quatro distribuidoras elétricas, informou uma fonte da agência. "Não há prorrogação formal de prazos, só foram (acrescentados) uns dias a mais para que as empresas interessadas entreguem todos os documentos necessários e para que a Copri anuncie os pré-qualificados", disse a fonte. Nesse período, a Copri vai anunciar também o preço mínimo das distribuidoras Electronoroeste, Hidrandina, Electrocentro e Electronorte, que serão vendidas em leilão programado para 30 de maio. Duas empresas já estão pré-qualificadas para o processo, segundo informou anteriormente uma fonte da Copri. Uma terceira interessada estava fazendo os últimos preparativos para se pré-qualificar. (Business News Americas - 25/04/2002)

Índice


8- Atlantic LNG abre 2ª linha em maio

O consórcio Atlantic LNG, em Trinidad e Tobago, planeja começar a produzir gás natural líquido em sua segunda linha de 3.3 mi de t/a em maio, disse um porta-voz do projeto. Já há contratos estabelecidos para venda da produção da segunda linha ao mercado espanhol e para a empresa de energia norte-americana El Paso, no terminal de recebimento de GNL na Geórgia, EUA. A El Paso vai comprar também produção da terceira linha, também de 3.3 mt/a. Os investimentos nas linhas 2 e 3 são estimados em US$1.1bi. A sócia no projeto BG vai fornecer 50% das necessidades de gás da linha em 2 de julho de 2002 a partir de sua plataforma Hibiscus, na região marinha do litoral norte, onde as perfurações em dois poços estão chegando ao fim, e a primeira produção está prevista para julho, disse Stacey Alonso, da BG. A capacidade de produção da plataforma e do gasoduto da plataforma à planta de liquefação em Point Fortin são 11.3 mi m cúbicos/dia, continuou, acrescentando que o gasoduto já foi concluído e testado. (Business News Americas - 25/04/2002)

Índice


9- AES inaugura enlace La Paz-Cochabamba

A AES Comunicações Bolívia inaugurou ontem, dia 25, o enlace da trama La Paz-Cochabamba da rede de fibra óptica com tecnologia Multiplicação por Divisão de Longitude de Onda Densa (DWDM, em inglês). A apresentação ficou a cargo de Ana Alcoreza, presidente executiva, e Oscar Ballivián, gerente regional da empresa. Com o início deste novo sistema, junto à rede óptica que tem a AES, coloca a empresa na vanguarda tecnológica da Bolívia, permitindo-lhe oferecer um serviço com capacidade final 320 vezes superior a qualquer outro operador do país. A instalação da moderna tecnologia em telecomunicações realizada pela AES forma parte do investimento de US$ 80 mi que a empresa realizou na Bolívia, e que prevê US$ 100 mi até 2003. (Los Tiempos - 26/04/2002)

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor