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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 864 - 25 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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1- Incertezas de um ano eleitoral

Se observarmos os programas de governo dos candidatos à presidência, o crescimento econômico é apresentado como instrumento gerador de emprego e renda e como redutor das desigualdades sociais. O setor elétrico brasileiro porém, demanda investimentos sob risco de representar um gargalo para o crescimento sustentável. A expectativa do ministro Pedro Parente é de que os investimentos privados no setor totalizem R$ 34 bi até 2004. Entretanto, esta estimativa considera o atual quadro institucional onde, apesar do clima de incerteza, é elevado o esforço para a redução do risco regulatório. A questão é que além da reestruturação programada pelo atual governo ainda estar sendo implementada, a mesma conflita com a proposta do PT.

É consenso da opinião pública brasileira que existe uma razoável convergência entre os programas de governo dos candidatos à presidência governista e petista fazendo com que seja reduzido o conhecido "risco eleitoral". Entretanto, com relação ao setor elétrico, o programa divulgado semana passada pelo PT introduz um forte elemento de incerteza a um ambiente já marcado por indefinições. Isto poderá repercutir de forma negativa no processo de reestruturação do setor.

A proposta do PT propõe uma reversão do processo de abertura do setor. Nela é fortalecido o papel e a autonomia das estatais, modificada a regulamentação da conduta das concessionárias (especialmente, das geradoras), revertido o processo de desverticalização e substituída a aplicação do regime de "price cap" pelo tradicional "custo do serviço

Para o crescimento da oferta de energia elétrica é fundamental que elevados investimentos sejam realizados, sejam estes capitais privados ou públicos. No entanto, ainda está muito cedo para que haja uma visão clara do quadro eleitoral. Independente do rumo a ser seguido, abertura de mercado ou centralização federal, é provável que a efetiva definição das regras do setor só ocorra após outubro, atrasando a atual agenda de investimentos e gerando um ônus social que deverá ser assumido por toda a sociedade brasileira. De qualquer forma, ainda há um longo trabalho para que a revitalização deste setor se concretize. Enquanto isso, tanto o setor elétrico quanto toda a sociedade brasileira já não agüentam mais tamanha indecisão em relação a definição das regras do jogo.

(Grupo de Estudos sobre Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)

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regulação

1- Conta de luz detalhada sairá até o fim do ano

Os consumidores de energia elétrica devem receber em casa, até o fim deste ano, uma conta de luz detalhada. Por determinação da Aneel, da nova fatura deverão constar pelo menos cinco itens: o custo de geração; o custo de transmissão (da energia da distribuidora até a geradora); a tarifa de uso de fio (da distribuidora à residência do consumidor); e os encargos e impostos. Entre os encargos está a Conta Consumo de Combustível (CCC), que funciona como um fundo, pago pelos consumidores, para financiar o óleo diesel e combustível usado nas usinas termelétricas. Outro encargo é a Reserva Geral de Reversão (RGR), fundo financiado também por todos os usuários de energia para universalizar os serviços. O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, afirmou que é importante que o valor dos impostos seja discriminado, porque a carga tributária do setor é muito alta. (O Globo - 25.04.2002)

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2- Aneel publica edital de leilão de linhas de transmissão

A Aneel publica hoje, no Diário Oficial, o edital de leilão de 11 linhas de transmissão, num total de 1.849 quilômetros. A venda das concessões será realizada no dia 18 de junho, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Ganha quem apresentar a menor tarifa de transmissão. A agência estabelecerá um preço máximo de cobrança da tarifa. As linhas leiloadas são nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará, São Paulo e Maranhão, em uma previsão de investimento de R$ 912 mi. A linha Vila do Conde/Santa Maria (PA) será colocada à venda pela segunda vez, já que a empresa vencedora do leilão não assinou o contrato no prazo previsto e acabou perdendo a concessão. Desde 1998, a Aneel já vendeu 16 linhas. Apenas para duas não apareceram concorrentes. A falta de interessados nestes empreendimentos obrigou a agência a rever os termos do edital. Entre a data de publicação do edital e o dia do leilão, o preço máximo será atualizado pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas. Também entrará no cálculo o investimento em operação e manutenção das linhas e os possíveis gastos extras com questões geográficas e ambientais da obra. (Jornal do Brasil - 25.04.2002)

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3- Aneel contesta cálculo de perdas das geradoras

Se depender da Aneel, as geradoras de energia não deverão receber os cerca de R$ 900 mi a mais que reivindicam para cobrir os prejuízo com o racionamento. Segundo o diretor-geral da agência, José Mário Abdo, ''a análise até o momento é que as empresas não têm direito'' a esse valor adicional. Ele afirmou, no entanto, que foram levantados ''aspectos adicionais' que serão avaliados pela Câmara de Gestão da Crise de Energia no prazo de 30 dias. As geradoras encaminharam à GCE um cálculo diferente para a energia livre durante o período do racionamento. Segundo elas, o acordo geral do setor representaria uma compensação de R$ 3,3 bi. O cálculo realizado pela Aneel e o MAE, no entanto, foi de R$ 2,4 bi. Abdo explicou que o pleito das geradoras se deve a uma interpretação diferente do acordo assinado no final do ano passado. (Jornal do Commercio - 25.04.2002)

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4- Crise leva GCE a pedir que CVM adie o prazo para balanço das elétricas

Dúvidas na interpretação do Acordo Geral do Setor Elétrico, motivadas pelo recente pedido das geradoras de energia elétrica de mais R$ 920 mi do governo a título de energia livre levaram a GCE a pedir à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o adiamento para 24 de maio da publicação dos balanços das empresas do setor. O prazo legal para a publicação desses balanços deveria terminar hoje. Em ofício assinado pelo ministro Pedro Parente, coordenador da GCE, e encaminhado ontem ao presidente da CVM, José Luiz Osório de Almeida Filho, a GCE alega "absoluta necessidade de prorrogação do prazo para que se explicite a correta forma de interpretação das normas do Acordo Geral do Setor Elétrico junto ao MAE." (Valor Econômico - 25/04/2002)

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5- Relatório de progresso n°3 da GCE não trará medidas adicionais

O anúncio das nove medidas complementares do pacote de revitalização do setor elétrico, previsto inicialmente para acontecer no dia 30 deste mês, será postergado. Segundo um dos técnicos do Comitê de Revitalização da GCE, o relatório de progresso n° 3 - que será lançado até o final de abril - conterá apenas questões referentes às 33 medidas já apresentadas, e sob andamento. "As medidas adicionais ao plano de revitalização ficaram um pouco mais para frente, pois ainda precisam ser detalhas melhor, no âmbito interno da GCE", diz a fonte. Segundo ele, o relatório n° 3 será uma exposição do andamento dos trabalhos nos grupos que tratam das 10 medidas prioritárias do pacote, como leilões de energia, subsídio ao transporte do gás e contratação bilateral. Ele afirma, no entanto, que o prazo para a conclusão das atividades, no final de julho, está mantido. As nove medidas complementares são: oferta de energia elétrica no sistema isolado; tarifa de suprimento para cooperativas; taxa de iluminação pública; atribuição de responsabilidades e penalidades para os administradores; comercialização da energia de Itaipu e usinas nucleares; mercado de gás natural; tarifa horo-sazonal para consumidores de baixa tensão; questão tributária; e reavaliação dos níveis de segurança e confiabilidade do sistema. (Canal Energia - 24.04.2002)

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6- Gomide descarta novo reajuste tarifário de energia

Está descartada a possibilidade de um novo reajuste tarifário para recompor as perdas das geradoras de energia. A afirmação foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, durante a assinatura dos contratos de concessão de hidrelétricas no último dia 23 de abril, em Brasília. As concessionárias reclamam de um prejuízo de R$ 920 mi por causa do racionamento. No entanto, o ministro afirma que esta questão já foi resolvida com a assinatura do Acordo Geral do setor. Segundo ele, o setor já teve um aumento nas tarifas, implantado no início do ano devido à Medida Provisória nº 14. Com a aprovação da MP 14, serão repassados R$ 2,4 bi às distribuidoras para compensar as perdas com a crise de energia. Gomide disse ainda que uma série de aspectos devem ser considerados após o racionamento. Entre eles, o ministro destaca a existência de empresas que detêm o monopólio natural do mercado. (Canal Energia - 24.04.2002)

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7- Causas do blecaute só serão divulgadas em maio

A Aneel adiou para a segunda semana de maio a decisão sobre as responsabilidades pelo blecaute de 21 de janeiro, que atingiu 10 Estados e o Distrito Federal. O relatório da agência seria divulgado esta semana, mas a superintendência de Fiscalização solicitou novas informações ao ONS e à CTEEP. O prazo para os esclarecimentos do ONS terminou na semana passada, mas a empresa de transmissão tem até amanhã para apresentar as informações. Os responsáveis pelo blecaute podem ser multados em até 2% do seu faturamento anual, segundo a Aneel. A CTEEP pode pagar até R$ 8 mi e o ONS outros R$ 3 mi. (Jornal do Commercio - 25.04.2002)

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8- OAB-SP entrará com ação para cancelar contratos

A seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) deverá ajuizar, nos próximos dias, uma ação civil pública contra a CBEE, com o objetivo de suspender os contratos firmados entre o Governo federal e empresas geradoras visando à compra de energia em caráter emergencial. De acordo com o coordenador da Comissão de Fiscalização de Concessionárias de Serviços Públicos da OAB-SP, Paulo José Nogueira Cunha, há diversas irregularidades nos contratos, como a ausência de licitações para a contratação dos geradores e uma sobrevalorização dos valores cobrados pelo aluguel de máquinas, que deverão ser questionados na ação civil pública. Uma reunião realizada ontem entre a diretoria da OAB-SP e o presidente da CBEE, Mário Miranda, não foi suficiente para mudar a posição da entidade em relação à energia emergencial. A CBEE, estatal constituída justamente para comercializar a energia emergencial, fechou 29 contratos, envolvendo um montante de R$ 6,7 bi, com empresas locadoras de máquinas geradoras a óleo combustível e a diesel para o aluguel de 58 unidades, com capacidade instalada de 2,153 mil MW, até 2005. Essas máquinas funcionarão como uma espécie de seguro para o sistema elétrico, entrando em operação quando houver problemas com a oferta de energia. (Jornal do Commercio - 25.04.2002)

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9- Seguro-apagão pode virar nova CPMF, diz OAB

O seguro-apagão cobrado do consumidor para pagar a contratação das usinas emergenciais para evitar novos racionamentos pode se tornar uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), segundo o presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar. Reunido ontem com representantes da CBEE, Aidar manifestou o receio de que essa contribuição, que assim como a CPMF nasceu provisória, se torne permanente. "A exemplo da CPMF, a energia emergencial e seu custo administrativo vai sair apenas do bolso do consumidor final'', afirmou Aidar. Ele afirmou que a contratação das usinas se justificava no fim do ano passado, quando foram assinados os contratos com produtores independentes, mas que o cenário mudou. e "a contratação não se justifica mais.'' A energia emergencial significa um aumento de aproximadamente 2% nas contas de luz de todos os consumidores, com exceção dos de baixa renda. Ela está sendo cobrada desde março deste ano e vai vigorar até 2005. (Notícias Populares - 25.04.2002)

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10- Ação civil contesta seguro-apagão em Santa Catarina

A Associação Brasileira do Consumidor (Abracon) encaminhou ontem à Justiça Federal de Blumenau ação civil pública com pedido de liminar solicitando a suspensão do "seguro apagão", taxa incluída na conta de energia elétrica em todo o país desde março. A ação pede a anulação da cobrança em todo o Estado e a devolução em dobro dos valores já recolhidos. O valor do seguro é de R$ 0,0049 por kWh consumido. Através da ação, a advogada e representante da Abracon em Santa Catarina, Denise Sedlacek, pede uma liminar que suspenda a taxa antes mesmo da conclusão do processo. "O ideal seria que o valor não fosse cobrado já a partir do próximo mês", afirma. O processo foi encaminhado com base na reclamações recebidas pelo Procon de Blumenau. "Mesmo fora da região do racionamento, os consumidores catarinenses receberam aumentos no valor da energia e não estavam aceitando a nova taxa", explica a advogada. "Este é um tributo injusto, ilegal e inoportuno. O governo quer que o consumidor pague o prejuízo que as distribuidoras tiveram com o racionamento", argumenta o coordenador do Procon em Blumenau, Cézar Cim. (Jornal de Santa Catarina - 25/04/2002)

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11- Distribuidoras cobram consumidores, mas governo recebe menos

As empresas de distribuição de energia elétrica não estão repassando para a CBEE todo o volume de recursos arrecadados dos consumidores para custear o seguro anti-racionamento. O governo esperava já ter recebido neste mês cerca de R$ 80 mi e, até agora, só recebeu R$ 24 mi. Ontem, a Aneel informou que fará nova resolução para determinar como as distribuidoras devem fazer o repasse para a CBEE. Na nova resolução haverá multas para quem não fizer o repasse na data correta. O seguro anti-racionamento é pago desde março por todos os consumidores, menos os classificados como sendo de baixa renda. Equivale a R$ 0,0049 por kWh consumido no mês. Em uma residência onde o consumo é de 500 kWh em um mês, o custo do seguro é de R$ 2,45 por mês. A regulamentação atual prevê o repasse três dias úteis após o recurso ser arrecadado dos consumidores. O prazo consta da resolução 071 da Aneel. A agência elaborou minuta de nova resolução, que foi submetida às distribuidoras e à CBEE. Na nova resolução, deverá haver uma especificação maior em relação ao método de repasse dos recursos. (Folha de São Paulo - 25.04.2002)

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12- Países do Cone Sul querem criar mercado único de energia

Os países do Cone Sul abriram hoje frentes de negociação para consolidar a integração energética na região. Na última sessão do Congresso Latino-americano e do Caribe de Gás e Eletricidade, realizado na cidade boliviana de Santa Cruz, autoridades da Bolívia, Brasil, Chile e Uruguai expuseram os projetos dos fluxos comerciais com vistas a um mercado integrado do setor. Devido à crise em seu país, o representante da Argentina, o secretário de Energia, Alieto Guadagni, cancelou sua visita à última sessão do Congresso na qual se destacou a importância dessa nação no processo de integração. O ministro de Desenvolvimento Econômico da Bolívia, Carlos Kempff; o das Minas e Energia do Uruguai, Sérgio Abreu; o secretário das Minas e Energia do Brasil, Marco Martins, e a secretária executiva da Comissão Nacional de Energia do Chile, Vivianne Blanlot, anunciaram as negociações promovidas por seus governos. Os países do Cone Sul apostam parte do seu futuro desenvolvimento energético nas reservas de gás da Bolívia, de 15,9 trilhões de metros cúbicos, segundo as autoridades. (Notícias Populares - 25.04.2002)

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13- Aneel autoriza duas empresas a explorarem usinas já existentes

A Aneel autorizou duas empresas a se estabelecerem como produtoras independentes de energia mediante a exploração de usinas já existentes. Uma é a Engenharia e Pavimentação Ltda (Engep), que vai explorar a hidrelétrica Salto do Lobo, em operação desde 1998. Localizada no estado de São Paulo, a usina tem capacidade instalada de 1,61 MW, energia suficiente para atender uma população de 16,6 mil habitantes. A segunda empresa autorizada é a PIE-RP Termelétrica. A empresa vai explorar a usina Píer-RP, paralisada desde 1998. A térmica possui 27,8 MW de potência instalada e está situada também no estado de São Paulo. Ainda segundo a agência reguladora, a Cocal Comércio Indústria Canaã Açúcar transferiu para a empresa Cocal Termelétrica a autorização da exploração da usina Cocal, de 28,2 MW. A térmica também está localizada no estado de São Paulo e está em funcionamento desde agosto de 2001. (Canal Energia - 25.04.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia registra crescimento de até 6% em três regiões do país

Com exceção da região Norte, o consumo de energia nas demais regiões cresceu no dia 23 de abril. O boletim do ONS indica que a variação de crescimento da demanda nestas regiões ficou entre 1,55% a 6%. Segundo o operador do sistema, a região Sul foi a que registrou maior aumento no consumo. Neste submercado, a demanda chegou a 7.751 MW, o que significa um aumento de 6% em comparação com o dia anterior. Já nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, o consumo subiu 4,57% e 1,55%, respectivamente. Na região Sudeste/Centro-Oeste, a demanda verificada atingiu 26.119 MW. Ainda assim, a curva de consumo ontem foi 1,29% inferior à curva mensal de referência, prevista em 26.440 MW médios. Na região Nordeste, a economia é maior, registrando índice de 4,03%. O consumo neste submercado ontem foi de 5.640 MW. Apenas o subsistema Norte teve queda no consumo no último dia 23. Segundo números do ONS, a demanda nesta região chegou a 2.606 MW, o que significa uma queda de 0,99% em comparação com o dia anterior. (Canal Energia - 24.04.2002)

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2- Pesquisa pode ajudar na criação de ferramenta contra apagões

O professor André Lerm, da Escola de Engenharia Elétrica da Universidade Católica de Pelotas (RS), está desenvolvendo uma pesquisa que, entre outros benefícios, poderá ajudar na criação de um mecanismo de prevenção aos "apagões". Desde março de 2001, o pesquisador vem trabalhando de forma efetiva, com o apoio da Faperj e do CNPq, sobre o projeto "Controle de instabilidades oscilatórias em sistema de potência através do controle secundário de tensão (CST)". Utilizado para aumentar a qualidade, a confiabilidade e a segurança dos sistemas elétricos, o CST ajusta e mantém os níveis de tensão em um perfil ótimo. No entanto, a pesquisa de Lerm "estuda a possibilidade de o controle secundário de tensão ser usado para aumentar a estabilidade dos sistemas", explicou. (Canal Energia - 24.04.2002)

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3- Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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empresas

1- Balanços mostram teles e elétricas longe do desastre

As empresas de telecomunicações e de energia, que nos últimos meses desencadearam uma onda de questionamentos às regras desses setores, enfrentaram um ano difícil em 2001. Mas, desde 1998, suas receitas, em termos reais, cresceram 37% e 20%, respectivamente. Porém, ao contrário dos bancos, que tiveram lucro recorde no ano passado, as teles e as elétricas deram baixo retorno aos seus acionistas. No meio do caminho entre o desempenho operacional e a última linha do balanço há o endividamento dos dois setores, que foi fortemente afetado pela desvalorização do câmbio. Do estoque total da dívida financeira de 257 companhias abertas, de R$ 218 bi no fim de 2001, um terço é do setor elétrico: R$ 66,8 bi. Em seguida vêm as teles, com 16% do total. A rentabilidade do patrimônio das empresas de energia caiu de 4.3%, em 1998, para 1% no ano passado, principalmente com o peso das mais endividadas como Light, Cerj e CPFL. Mas as menos endividadas, como Eletropaulo, Bandeirante e Coelce, tiveram aumento da rentabilidade. Empresas que passam por dificuldade são as que adotaram estratégia agressiva de expansão. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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2- Empresas de energia acumulam aumento da receita de 20% nos últimos quatro anos

As empresas de energia elétrica acumulam aumento da receita de 20% em moeda ajustada pela inflação nos últimos quatro anos - período em que passaram para a administração privada. O lucro operacional aumentou 24% no período. A energia vendida por elas subiu 135.7% de 1995 (quando houve a primeira privatização elétrica) a 2001 para os consumidores residenciais. O índice é duas vezes maior em pontos percentuais que a inflação do período medida pelo IGP-DI, de 73.8%, e próximo à alta do dólar, que foi de 138.6% no período. Esses dados dão a impressão de que a compra de empresas de energia em leilões de privatização foi um bom negócio. Mas a rentabilidade média do patrimônio líquido das empresas de energia caiu 76% no período, baixando de 4.3% para 1.0%, o que levou alguns executivos a reclamar do baixo retorno do investimento feito. A margem líquida do setor também baixou, de 7% para 0.8%, excluindo-se a Eletrobrás. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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3- Falta de rentabilidade do setor elétrico deve-se ao alto endividamento das empresas

Segundo o chefe de análise da Sudameris Corretora, Marcos Severine, o problema da rentabilidade do setor elétrico é o alto endividamento de algumas empresas. A CPFL, por exemplo, tem dívida porque adquiriu recentemente a distribuidora RGE e a geradora Serra da Mesa, além de passar a controlar a recém-criada Piratinga de Força e Luz. "As empresas que passam por alguma dificuldade no setor elétrico são aquelas que adotaram uma estratégia agressiva de expansão, comprando outras companhias", diz Severine. É o caso da Light, que adquiriu a Eletropaulo, da Escelsa, que comprou a Enersul e da Cerj, que arrematou a Coelce, além da própria CPFL. O problema, segundo fonte do governo que acompanhou todo o processo de privatização brasileiro, foi o preço alto que os investidores pagaram pelas primeiras privatizações de distribuidoras, onde esperavam retornos altos, de 20% em média sobre o patrimônio. "Os ágios foram altos por vários motivos: primeiro, porque o país passava por um crescimento econômico, onde a demanda de energia tinha fôlego para crescer até 10% ao ano e havia também a estabilidade do câmbio", disse a fonte (Valor Econômico - 25/04/2002)

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4- Empresas do setor elétrico voltam ao modelo verticalizado e monopolista

Os grandes grupos do setor elétrico brasileiro preparam sua volta ao antigo modelo verticalizado e monopolista, passada a primeira fase do processo de privatização nacional. A estratégia inclui fusões, aquisições e a reestruturação dos ativos sob um único comando. "Para quebrar o monopólio de toda a cadeia de produção e distribuição de energia, o governo cindiu as empresas em geradoras, transmissoras e distribuidoras", diz Lindolfo Paixão, que coordenou o processo de reestruturação do novo modelo elétrico brasileiro e atualmente preside o MAE. Mas, no setor elétrico, ao contrário do de telecomunicações, não houve qualquer medida no sentido de proibir fusões e aquisições entre os grupos. A única restrição que a Aneel impõe é um limite de 30% de geração própria para uma distribuidora. Mas as empresas podem criar subsidiárias integrais de geração e vender essa energia no mercado, em vez de abastecer exclusivamente sua distribuidora. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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5- Elétricas criam holdings e buscam ganhos de escala

A onda de compras no setor elétrico começou processo de privatização, no qual empresas recém-privatizadas compraram outras: a Light arrematou a Eletropaulo e a Cerj levou a Coelce, dentre outras. "A estratégia agressiva de expansão busca ganhos de escala e redução de custos", diz o chefe de análise da Sudameris Corretora, Marcos Severine. Agora, o objetivo é reorganizar esses ativos, voltando a ter geração e distribuição sob um único comando, muitas vezes com a criação de uma holding, disse outro analista. A VBC Energia (consórcio entre Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) deu a largada, com a "nova Companhia Paulista de Força e Luz" (CPFL), que reunirá todos os seus ativos. A CPFL adquiriu no ano passado a Rio Grande Energia (RGE) e a geradora Serra da Mesa, ambos antes sob a alçada da VBC. O grupo EDP também já deu passo nesse sentido. O presidente do grupo no Brasil, Eduardo Bernini, disse que uma holding englobando todos os ativos no país deve ser criada até junho. "Mas ainda não está definido se a holding terá ações em bolsa", disse. A EDP controla a Bandeirante de Energia, Escelsa, Enersule tem participações na Cerj, Coelce e na hidrelétrica de Lajeado. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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6- Guaranania pretende voltar a ter geração e distribuição sob comando único

Guaraniana, holding da Iberdrola, segue a tendência atual de ter sua geração e distribuição sob comando único. A Guaraniana, holding criada pela espanhola Iberdrola que controla suas distribuidoras no Nordeste pretende voltar a ter geração e distribuição sob um único comando. A intenção da Iberdrola, primeiro, é ficar sozinha na Guaraniana, adquirindo a participação da Previ. Analistas e executivos concordam que essa é a tendência. "Primeiro, os investidores compraram distribuidoras em consórcios. Agora, vão participar dos leilões de energia das geradoras e investir em nova geração. A tendência futura é de um descruzamento acionário e a criação de novas holdings", disse. Na prática, esse movimento poderia significar a volta ao modelo estatal, com geração, transmissão e distribuição numa única operação, só que privada. "Sem a geração, a distribuidora tem uma exposição muito grande", diz um executivo da área. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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7- Crescimento da receita das teles e elétricas deixa bancos para trás

Um estudo elaborado pela Economática, empresa especializada em informações financeiras, mostra uma situação mais confortável, pelos menos em termos operacionais, do que se poderia depreender do discurso dos empresários de telecomunicações e de energia. A receita das empresas dos dois setores que têm ações negociadas em bolsa subiu, em termos reais, 37% e 20%, respectivamente, na comparação com 1998. Não fica longe do crescimento de setores como siderurgia, têxtil e papel e celulose no mesmo período. E, numa época de turbulência que inclui crises financeiras internacionais, desvalorizações cambiais, racionamento e recessão americana, saíram-se muito melhor do que os setores de eletroeletrônicos, máquinas e construção. As elétricas e as teles não conseguem dar retorno aos seus acionistas. No meio do caminho entre as receitas operacionais em alta e a última linha do balanço há, nos dois casos, uma pedra: um endividamento altíssimo, que come a maior parte dos ganhos operacionais. O patrimônio líquido das teles está comprometido em 60%, com as dívidas financeiras e, no caso das elétricas, quase 100%. (Valor Econômico - 25/04/2002)

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8- Light apresentou o maior prejuízo líquido do setor em 2001

O endividamento em moeda estrangeira ainda é o calcanhar-de-aquiles da Light, empresa do setor elétrico que apresentou os resultados financeiros mais discrepantes em 2001. A distribuidora fluminense alcançou receita líquida de R$ 8.57 bi no ano passado, maior que da Eletropaulo, ao mesmo tempo em que registrou prejuízo líquido de R$ 951.5 mi, o maior entre todas as empresas do setor. Os resultados da Light nos últimos anos têm sido fortemente influenciados pelas despesas financeiras, mas o problema deverá ser reduzido em 2002. O último resultado ainda carrega a participação da Light na Eletropaulo, que passou a ser controlada totalmente pela AES Corp. depois do descruzamento de ativos entre o grupo americano e os franceses da EdF. O secretário geral da Light, Sérgio Malta, lembra que a Eletropaulo é uma vez e meia maior que a distribuidora fluminense, e que o resultado dela em 2001 traz os efeitos da estrutura anterior ao descruzamento. Em 31 de dezembro, a dívida consolidada da Light era de R$ 5.6 bi, ou US$ 2.4 bi. Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor da Light, ressalta que esse resultado é afetado pela dívida em moeda estrangeira.(Valor Econômico - 25/04/2002)

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9- Eletrobrás está entre as maiores latino-americanas

O México tirou do Brasil, em 2000, a liderança do ranking dos países latino-americanos com maior número de empresas não financeiras com faturamento acima de US$ 5 bi. Foram cinco companhias mexicanas para três brasileiras. No ano passado, segundo levantamento da Economática, dez companhias faziam parte desse clube: seis mexicanas, três brasileiras e uma argentina. As três companhias brasileiras são estatais: Petrobras, Eletrobrás e Petrobras Distribuidora (BR). Já entre as mexicanas, a maioria pertence ao setor privado, como a Cemex (cimento) e a Wal-Mart de México (varejo). A representante argentina é a YPF, do setor de petróleo e gás. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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10- Cesp se apressa para captar US$ 150 mi

A Cesp captou ontem no mercado externo US$ 150 mi por meio de eurobônus de três anos, com opção de resgate ao fim do primeiro ano, sem qualquer cobertura de risco político - a primeira deste ano feita por uma empresa. A emissão estava prevista para ser fechada somente no final da semana ou início da semana que vem e a pretensão inicial era captar US$ 200 mi. Mas o estresse do mercado por causa da Argentina e da divulgação de pesquisas eleitorais levou os bancos líderes WestLB e Finantia a fecharem a operação ontem mesmo com as ofertas que tinham, para segurar o custo da taxa de juros. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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11- Eletropaulo apresentará nova proposta de emissão de bônus externo

A Eletropaulo vai apresentar a seus investidores sua nova proposta de emissão de bônus externo na próxima segunda-feira, que segundo fontes do mercado será liderada pelo Dresdner Kleinwort Wassertein. O mercado ainda não sabe o valor da emissão nem maiores detalhes, mas investidores que carregam o papel da empresa lembram que ela tem três vencimentos este ano: de US$ 120 mi em agosto, US$ 30 mi em setembro e US$ 100 milhões em dezembro. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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12- Empresas baixam custo de emissão

Uma operação nova de arbitragem de juros está fazendo a alegria de algumas empresas que conseguem reduzir as taxas de suas dívidas em CDI - Certificado de Depósito Interbancário. Batizada de CDI Revertido, trata-se de uma troca do CDI puro por uma alavancagem de CDI menos um prêmio prefixado. Um exemplo foi a operação feita pelo Banco Espírito Santo (BES) para a Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, que conseguiu reduzir a taxa de suas notas promissórias de 109% do CDI para 99,5% do CDI. Os títulos venceram na semana passada e a empresa ficou bastante satisfeita com o resultado segundo o diretor financeiro da empresa, Maurício Botelho. A empresa emitiu R$ 75 mi em notas promissórias no final do ano passado e usou os recursos como um empréstimo ponte até receber o adiantamento das perdas que teve com o racionamento do BNDES, segundo Botelho. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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13- Governo aceita federalização da dívida da Celesc

O governo federal aceitou a operação de engenharia financeira que envolve a federalização da dívida do Estado com a Celesc, cujo processo é negociado desde o ano passado para amenizar o problema de caixa da empresa. A informação é do assessor do governador, Sérgio Sachetti, que participou anteontem de reunião, em Brasília, entre integrantes do primeiro escalão da Celesc com o secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa. Sachetti representou o Estado no encontro. Também participaram o presidente da Celesc, José Fernando Xavier Faraco, o diretor financeiro, Ênio Branco, o assessor técnico da presidência, Carlos Henrique Fonseca, e o ex-presidente da Celesc Francisco Küster. Sachetti retornou, mas os demais permaneceram para novas reuniões, na Aneel e Anatel. Segundo ele, a decisão administrativa de promover a federalização já está tomada. O que falta, informou, é acertar a forma do procedimento. O Estado deve à Celesc R$ 649 mi em função de outra operação em 1998, quando passou a contar com créditos que eram da empresa. (Diário Catarinense - 25/04/2002)

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14- Detalhes operacionais da federalização da dívida da Celesc ainda serão avaliados

Ao invés de pagar à Celesc, o Estado quer que o governo federal "compre" a dívida da empresa com títulos federais. A venda dos títulos permitirá à empresa "desafogar" o caixa, com o pagamento das dívidas de curto prazo que chegam a R$ 100 mi, segundo Faraco. Assim, haverá uma "mudança de credor", com o Estado pagando à União ou ao BNDES, o que passou a ser permitido com a MP 14. Esses detalhes operacionais internos, como define o assessor do governador de Santa Catarina, Sérgio Sachetti, ainda são avaliados e a questão deverá ser acertada em maio. Outra questão importante, que implica o novo modelo da empresa, envolve a Previ, segunda maior acionista da Celesc. A estratégia é fazer com que a Anatel permita à Previ transformar as ações da "Celesc mãe" em ações de uma das subsidiárias que serão formada com a divisão da empresa, a Celesc Geradora. Seria uma forma de viabilizar a nova empresa mais rápido. A Previ é sócia de alguns consórcios e não pode, em tese, atuar em duas frentes sem licença da Anatel. (Diário Catarinense - 25/04/2002)

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15- Transmissão de energia será mais rentável

A Aneel alterou os critérios para concessão da construção e operação de linhas de transmissão de eletricidade. Embora distantes do ideal, segundo o mercado, as mudanças beneficiam a rentabilidade do empreendimento - até agora considerada pouco atraente pelos potenciais investidores. "Elas se casam com a aspiração dos investidores", disse, mesmo sem conhecer detalhes das medidas, Ivone Saraiva, presidente do grupo Pem Setal, que projeta aplicar recursos no setor. As mudanças constam do edital divulgado ontem pela Aneel, para leilão, em 17 de julho, de 8 lotes compostos por 11 linhas - destinadas à expansão do sistema e que permitem o aumento no volume de trocas entre as regiões Nordeste e Norte, além de beneficiar o abastecimento no Estado do Rio Grande do Sul. A principal medida autoriza o candidato a corrigir a receita constante das propostas pela variação do IGP-M ocorrida entre a data de divulgação do edital e a data de assinatura do contrato. Isso diminui a sensibilidade financeira do projeto, principalmente em relação à variação cambial. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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16- Tractebel é autorizada a exportar energia excedente para a Argentina

A Tractebel está autorizada a exportar energia excedente para a Argente na modalidade interruptiva. Ou seja, a empresa não tem prazo para executar a operação. Além disso, a empresa não poderá firmar contrato de fornecimento de energia, mesmo que seja no curto prazo. O volume de energia exportado será definido pelo ONS em função da disponibilidade energética excedente na região Sul. (Canal Energia - 24.04.2002)

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17- Furnas explicará impacto ambiental causado pela construção de linha de transmissão

Com o objetivo de expicar às populações e autoridades locais os principais impactos ambientais provocados com a implantação da Linha de Transmissão Cachoeira Paulista - Adrianópolis III, Furnas realizará, nos dias 25 e 26 de abril, respectivamente, duas audiências públicas nos municípios de Cachoeira Paulista (SP) e Paracambi (RJ). A linha de transmissão, que possui 173 km de extensão e atravessa 16 municípios, vai integrar o terceiro circuito do sistema em 500 KV que interliga Rio de Janeiro e São Paulo através das subestações Adrianópolis e Cachoeira Paulista. Em Paracambi, a audiência pública ocorrerá no Cine Imperial, no centro da cidade, enquanto no município paulista, ela será realizada na Câmara de Vereadores. (Canal Energia - 24.04.2002)

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18- Light quer melhorar serviços com novo sistema de gerenciamento de distribuição

Até o final do ano, toda a área de concessão da Light estará monitorada por uma nova solução de gerenciamento de distribuição de energia elétrica, baseado na tecnologia de georeferência. Entre os benefícios do SDG (Sistema de Gestão de Distribuição) está a melhoria da qualidade do fornecimento para a população, além da redução do tempo de atendimento das equipes em caso de falhas ou defeitos nos sistemas da empresa. O projeto começou a ser implantado pela empresa em dezembro passado, a atualmente está em utilização em três das 12 divisões de redes da empresa, o que corresponde a uma cobertura de aproximadamente um milhão de clientes. O projeto está orçado em R$ 50 mi, e o processo de implantação inclui a adaptação e automação dos dois Centros de Operação de Distribuição da concessionária. "O projeto abrange também toda a geração de bases de dados, que por si só já teria uma grande demanda, além da customização da gestão e operação da distribuição", explica Mauro Andrade, gerente do SGD. (Canal Energia - 24.04.2002)

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financiamento

1- Abrage não abre mão da revisão dos valores apresentados na contabilização do MAE

As geradoras de energia elétrica não vão abrir mão da revisão dos valores apresentados na contabilização do MAE do dia 13 de março. Classificando o imbróglio envolvendo os números referentes à energia livre como um erro filosófico, a Abrage (Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica) espera por uma mudança nas bases adotadas no processo. Segundo Flávio Neiva, presidente da associação, as diretrizes do acordo geral do setor elétrico, firmado em dezembro passado entre distribuidoras, geradoras e governo, não foram implementadas, no tocante à energia livre. Ele reitera que a contabilização - que serviu de base para o fechamentos dos balanços anuais das empresas do setor - está incorreta, e não reflete as decisões alinhavadas entre os agentes. após meses de impasse. (Canal Energia - 24.04.2002)

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financiamento

1- Operações com títulos públicos em ritmo lento

O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) realizou ontem, conforme dados registrados até as 19h, R$ 1,7 bi de operações definitivas com títulos públicos, além de R$ 47 bi de operações compromissadas (sem contar o intradia) e mais R$ 55 bi de retorno de compromissadas (desconsiderando o intradia). Os dados foram apresentados pelo chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), Sérgio Goldenstein, que divulgou também planilhas sobre a movimentação de títulos públicos no Selic na segunda e na terça-feira, os dois primeiros dias de operação do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). É certo, porém, que o volume de operações com títulos públicos no Selic segue em ritmo mais lento nesta semana, se considerados os dados da semana passada. Dados do Demab mostram que a média diária das operações compromissadas com títulos públicos no Selic na semana entre 15 e 19 de abril foi de R$ 125,7 bi e de R$ 8 bi para operações definitivas. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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2- Contas do governo têm superávit em março

O governo central registrou superávit primário de R$ 1,906 bi em março. Para esse resultado, o Tesouro Nacional contribuiu com superávit de R$ 3,1 bi, enquanto a Previdência Social e o Banco Central foram deficitários em R$ 1,1 bi e R$ 57,8 mi, respectivamente. No acumulado do ano, o governo central apresentou superávit de R$ 10,4 bi, o equivalente a 3,46% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o superávit primário do governo central, sem considerar o resultado das estatais, é de R$ 13,9 bi para o quadrimestre. Os números foram divulgados ontem pelo secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa, que logo depois do anúncio pediu exoneração. O resultado primário do governo central no primeiro trimestre deste ano ficou R$ 3,7 bi acima do obtido em igual período do ano passado. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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3- Projeções para as taxas de juros futuros fecham em baixa

As projeções para as taxas de juros futuros fecharam em baixa. Entre os contratos mais negociados, o de maio passou de 18,44% para 18,41% ao ano. Os juros para julho foram de 18,55% para 18,51% ao ano. A taxa de outubro passou de 18,70% para 18,65% ao ano. Os juros para janeiro de 2003 pularam de 18,90% para 18,86% ao ano. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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4- Dívida líquida do Tesouro Nacional em poder do público representa 24,2% do PIB

A dívida líquida do Tesouro Nacional em poder do público totalizou R$ 294,3 bi em março, o equivalente a 24,2% do PIB. Em fevereiro, estava em R$ 299,519 bi, ou 24,8%. Por outro lado, houve crescimento de R$ 1,5 bi no estoque da dívida externa por causa, principalmente, da emissão de títulos Global 2008. O prazo médio da dívida pública interna do Tesouro caiu de 40,34 meses, em fevereiro, para 40,01 meses, em março. Com relação à dívida externa, o prazo ficou em 6,43 anos em março. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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5- Títulos da dívida brasileira renegociada fecharam em baixa no mercado internacional

No mercado internacional, os títulos da dívida brasileira renegociada fecharam em baixa influenciados pela possibilidade de que a Argentina adote o regime de câmbio fixo. "Seria um retrocesso para a economia argentina, mas o impacto para o Brasil seria pequeno", disse o economista do Banco Safra, Eduardo Faria. Entre os títulos mais negociados, o C-Bond caiu 0,31% e valia US$ 0,802. O Global 27 recuou 1,12% e era negociado a US$ 0,773. O Global 40 baixou 0,77% para US$ 0,81. Já o FRB, título argentino, caiu 2,09% para US$ 0,292. O Global 08, também argentino, recuou 3,33% para US$ 0,29. "Apesar de o preço do título brasileiro ter caído houve forte volume de negócios", disse o gerente de mercado internacional do Banco Fibra, Marcelo Marinelli. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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6- Dólar comercial inicia pregão em alta de 0,25%, a R$ 2,3640 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia em alta de 0,25% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,3540 para compra e R$ 2,3640 para venda. Ontem, sem notícias importantes, o dólar comercial terminou o dia com cotações praticamente idênticas às registradas no pregão anterior. Com um mercado esvaziado e tranqüilo, a moeda fechou 0,12% mais barata, cotada a R$ 2,3560 na compra e a R$ 2,3580 na venda. (Valor Online - 25.04.2002)

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gás e termoelétricas

1- Bolívia e Brasil estudam revisão de preço do gás

Bolívia e Brasil formarão uma comissão técnica para rever o preço do gás exportado para o mercado brasileiro, informou ontem o vice-ministro da Energia do governo de La Paz, Carlos Salinas. O presidente da Petrobras-Bolívia, Décio Oddone, declarou que o preço do gás boliviano não é competitivo em comparação com outros combustíveis e com as ofertas de outros países. ''O preço atual da venda de gás ao Brasil não é competitivo e o que é preciso fazer é ver o custo do transporte'', disse o ministro do Desenvolvimento Econômico, Carlos Kempff. Porta-vozes da empresa produtora Landin salientaram que o preço final chega a 3,2 dólares por mil pés cúbicos, enquanto o mercado brasileiro tem condições de absorver 22% menos. O gerente da transportadora Transredes, Carlos Ortiz, disse que até agora ''o preço do gás é competitivo''. Autoridades bolivianas salientaram que a revisão dos preços levaria três meses e que um eventual acordo não poderia ser aplicado antes de agosto. (Jornal do Commercio - 25.04.2002)

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2- Petrobrás nega guerra de preços pelo gás boliviano

O diretor do setor de Gás e Energia da Petrobras, Antonio Luiz Silva de Menezes, afirmou nesta quarta-feira que "não tem nenhum sentido iniciar uma guerra de preços" pelo gás e negou que a empresa brasileira esteja pressionando o governo boliviano para obter uma redução. A Bolívia, que possui importantes reservas de gás natural calculadas em 52,3 trilhões de pés cúbicos, vende cerca de 14 mi de metros cúbicos (MMC) por dia ao mercado brasileiro, a razão de US$ 3,2 por MMC. Segundo diversas autoridades brasileiras, entre elas Rodolfo Landim, diretor da unidade de gás natural do Brasil, o MMC de gás boliviano seria competitivo a um preço de entre US$ 2,58 e US$ 2,65. A polêmica surgiu durante o terceiro congresso latino-americano e do Caribe de Gás e Eletricidade (Lacgec), que será concluído nesta quarta-feira na cidade boliviana de Santa Cruz. (Diário do Grande ABC - 25.04.2002)

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3- Aneel autoriza Chesf a implantar reforços de transmissão em linhas de termelétricas

O sistema interligado ganhará mais 1.126,5 MW de potência instalada. Isto porque a Chesf foi autorizada a implantar reforços de transmissão nas linhas de três usinas termelétricas nos estados de Pernambuco e Ceará. As usinas que contribuirão para este aumento são a Termopernambuco, Termoceará e Fortaleza. Segundo a Aneel, as obras receberão investimentos de cerca de R$ 11 milhões, com prazo de conclusão para 31 de dezembro de 2003. Além disso, a agência reguladora autorizou a construção da linha de transmissão Cauípe-Fortaleza II, também pela Chesf. Localizada no Ceará, a linha, composta em circuito duplo, terá 56 quilômetros de extensão. As obras estão previstas para terminar para 31 de agosto do próximo ano e receberá investimentos de R$ 24 mi. (Canal Energia - 24.04.2002)

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4- Nova termelétrica a gás no Ceará

A termelétrica Senador Carlos Jereissati - primeira de grande porte movida a gás no estado do Ceará, com capacidade inicial de geração de 216 MW e em condições de chegar a 270 MW em uma fase posterior - inicia operações no próximo mês de maio, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, a cerca de 60 quilômetros da capital, Fortaleza. O projeto que custou aproximadamente US$ 120 mi da MPX, empresa sediada no Rio de Janeiro e comandada pelo empresário Eike Batista, vai gerar o equivalente a cerca de 25% da demanda de energia do Estado. "Equipada com oito turbinas de 26 MW cada, a usina, antes denominada MPX - TermoCeará, vai operar em diferentes turnos, 365 dias por ano, e deve empregar 60 pessoas", adiantou Batista. Ele justificou que a inauguração foi marcada para primeiro de maio - quando a previsão inicial era março passado - por conta de atrasos na chegada de alguns componentes da obra, fornecidos por indústrias nacionais e internacionais. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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5- Endesa dá início a terraplanagem de termelétrica

Os investimentos no setor termelétrico ganham também o reforço do grupo espanhol Endesa, controlador da Coelce, que iniciou as obras de terraplanagem de sua usina em 21 de janeiro, com planos de colocá-la em operação a partir de dezembro de 2003. A Central Geradora Termelétrica Fortaleza S/A (CGTF) terá capacidade de 310 MW, 7 MW líquidos, com investimento global de US$ 210 mi. Os trabalhos de terraplanagem estão na fase final e a construtora Andrade Gutierrez, sub-contratada da Mitsui Kawasaki, fornecedora do projeto, já começou o canteiro de obras, conforme informa Valdênia Barros, diretora de projeto da Central Geradora. A usina da Endesa vai consumir algo em torno de 1,6 milhão de metros cúbicos de gás diariamente, o que significa, de acordo com Valdênia, produzir energia correspondente a cerca de 30% de toda a demanda do estado do Ceará. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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6- Abastecimento de gás está garantido, segundo presidente da Cegás

O presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), José Rego Filho, disse que o abastecimento das usinas está garantido. "Temos condições de fornecer gás natural para as termelétricas instaladas no Pecém, via gasoduto de transporte da Petrobrás, de Guamaré (RN) a Pecém", afirmou Rego Filho.A distribuição de gás natural no estado chega hoje a picos de 450 mil metros cúbicos por dia, com média de 380 mil metros cúbicos por dia. Mas a implementação de projetos como a instalação das termelétricas, de usina siderúrgica e da refinaria, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, vai incrementar a demanda do setor. Rego Filho estima que a distribuição de gás natural possa alcançar algo em torno de 6 milhões de metros cúbicos por dia, em um prazo de seis anos. "Como não haverá oferta suficiente do insumo de gás natural para essa demanda, o governo do estado já desenvolve, junto com a BP Brasil, projeto para instalação de uma usina de regaseificação na área do Pecém", adianta Rego Filho. A previsão é de que a construção do terminal deverá ocorrer dentro de três a quatro anos. (Gazeta Mercantil - 25.04.2002)

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internacional

1- Projeto de lei sobre energia nos EUA não atinge exigências da administração Bush

O Senado americano havia programado a votação final sobre a legislação que repararia a política energética dos EUA pela primeira vez em mais de uma década, mas o projeto de lei ainda não atinge as exigências da administração de George W. Bush. Em cinco semanas de debate, o Senado liderado pelos democratas, criou um projeto de lei que encorajaria a produção contínua dos combustíveis fósseis tradicionais, promoveria novas fontes de energia, e implementaria medidas de economia energética. Mas os criadores da lei falharam em adotar a medida mais dramática para redução da dependência nas importações dos EUA. Eles rejeitaram propostas para alavancar a eficiência dos veículos combustíveis, ou para espremer as reservas petrolíferas no Artic National Wildlife Refuge, também conhecido como ANWR. (New York Times - 25/04/2002)

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2- ProLiance Energy, Citizens Gas & Coke e Vectren Energy chegam a acordo de fornecimento de gás

Após seis anos em litígio, a ProLiance Energy disse que chegou a um acordo com a Citizens Gas & Coke e com a Vectren Energy, grupos consumidores e clientes industriais, na disputa que envolve um negócio de fornecimento de gás com as duas utilitárias. A ProLiance foi criada como uma cooperação da Citizens e Vectren em 1996. Logo depois, clientes industriais e alguns comerciantes disseram que os negócios da utilitária ameaçavam a justa competição. Os reguladores de Indiana sustentaram os contratos, mas uma corte de apelação ordenou contra a comissão da utilitária. Em 2000, a Suprema Corte de Indiana sustentou o veredicto da reguladora e financiou os contratos. O acordo que acabou de ser feito pela Comissão Regulatória da Utilitária de Indiana pede o reembolso de US$ 15 mi dos custos de gás aos clientes, assim como taxas reduzidas e os custos passados adiante. (Platts - 24/04/2002)

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3- Galpenergia, de Portugal, em contatos com ENI

Os presidentes da Galpenergia e da italiana ENI irão continuar a desenvolver contatos até à próxima Assembléia Geral (AG), em Portugal, com vista à Oferta Pública Inicial (IPO) da energética nacional. "Os contatos estão a ser estabelecidos entre o presidente da Galpenergia e o da ENI e certamente terão lugar até à próxima AG de acionistas", revelou ontem fonte oficial do Ministério da Economia de Portugal. O novo governo entende que a Eni é o parceiro estratégico da Galpenergia e está confiante em chegar a um acordo com os italianos quanto à recalendarização do seu IPO, de acordo com a posição já assumida por Carlos Tavares, ministro da Economia. O Estado português detém, diretamente, 34.81% da Galpenergia, enquanto os italianos da Eni têm uma maioria de bloqueio de 33.34% e são seus parceiros estratégicos, a EDP tem 14.17%, a CGD 13.5% e a Iberdrola, 4%. (Diário Econômico - 25/04/2002)

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4- Previsões são que Europa será a maior responsável pela produção de energia eólica no mundo

A Europa deve ter 42 mil MW de energia eólica instalada até 2005, comparado aos atuais 18 mil MW, de acordo com o último estudo em energia eólica, WindEnergy-Studie 2002. Até 2010, as companhias esperam que a Europa tenha 70 mil MW de capacidade instalada neste tipo de energia. Em todo o mundo, o estudo espera capacidade instalada de 60 mil MW até 2005, e 120 mil MW até 2010. No momento, o mundo inteiro tem 25 mil MW de capacidade de energia eólica. O futuro próximo de energia eólica pertence a Europa, com foco na Itália, França, Polônia e Turquia. (Platts - 25/04/2002)

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5- Vietnã pretende converter suas usinas de querosene e gasóleo para gás natural

O Vietnã planeja converter alguns de suas usinas energéticas de querosene e de gasóleo para produção de gás natural, disse a vice gerente geral da divisão de gás e energia da estatal PetroVietnam, Vu Bich Ngoc. "Há duas usinas energéticas existentes que usam querosene e gasóleo que podem ser convertido para gás", ela disse. A usina térmica Hiep Phuoc, com capacidade de 375 MW consumirá 1.274 m cúbicos/dia; e a térmica e a turbina de gás Thu Duc com capacidade total de 265 MW consumirá 1.132 m cúbicos/dia. Atualmente, há três usinas de gás com capacidade total de 2.327 MW e taxa de consumo de gás combinado de 6.399 m cúbicos/dia. A PetroVietnam também resolveu desenvolver o mercado de gás na região sudeste do país. (Platts - 24/04/2002)

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6- Gasóleo e gasolina com fortes aumentos em Portugal em maio

A fórmula de cálculo do preço dos combustíveis aponta para uma subida de quatro centavos (US$ 0.03) por litro no gasóleo e de cinco a seis centavos (US$ 0.04 a US$ 0.05) por litro de gasolina sem chumbo, a partir de 1 de maio, em Portugal, segundo fontes das indústrias. Uma fonte oficial do Ministério da Economia do país confirma a necessidade de um aumento de preço, mas não comenta estes valores. A mesma fonte adianta que a subida dos combustíveis será analisada pelo governo e que haverá uma decisão até o dia 27. A única forma de evitar ou reduzir a expressão do aumento será baixar o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos. A amplitude dos aumentos reflete o pico das cotações de petróleo, atingido no início do mês, e a subida do preço médio na UE, mas deverá ser conjuntural. (Diário Econômico - 25/04/2002)

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7- Unocal espera exportar gás natural para Índia

A produtora Unocal continua esperançosa em vender 14 mi m cúbicos/dia de gás natural do seu campo Bibiyana, para comercializar no norte da Índia, via um oleoduto planejado entre os dois países, disse um oficial da companhia. Espera-se chegar a uma decisão a cerca da proposta em maio, ele adicionou. Bangladesh deve possuir cerca de 24-29 toneladas de reservas de gás, mas espera-se que o governo decida, no mês que vem, se permitirá exportações para a vizinha Índia, uma questão altamente controversa no país. O campo da Unocal na Bibiyana, encontra-se ocioso por causa da falta de mercado doméstico para o gás, disse o oficial. Mês passado, a Índia organizou um consórcio com três membros para comprar gás da Unocal em Bangladesh. O consórcio inclui a estatal indiana Oil Corp, a Gas Authority of India Ltd e a Oil and Natural Gas Corp. (Platts - 25/04/2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

 

Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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