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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 855 - 11 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- MP da energia passa e alivia grande consumidor

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a Medida Provisória 14, que compensa as empresas do setor elétrico por perdas provocadas pelo racionamento de energia. Uma mudança de última hora beneficiará as indústrias de produtos eletrointensivos. As que comprovarem ser capazes de reduzir o consumo em horários de pico terão reajuste de apenas 2,9% na tarifa, como os consumidores residenciais. As demais terão aumento de 7,9%. A MP foi aprovada por 275 votos a favor, 144 contra e 8 abstenções. A oposição votou contra. Ao contrário do que disse na terça-feira, de que um prazo razoável de vigência para o reajuste tarifário seria em média de três anos e meio, o relator da MP, José Carlos Aleluia inseriu no texto um dispositivo definindo que esse prazo será de seis anos. A MP chegou ao Congresso sem esse limite. Os parlamentares exigiram sua fixação e o governo pressionou para que esse prazo fosse o maior possível. Na MP ficou estabelecido que cada concessionária divulgará até o dia 30 de agosto o período em que manterá a recomposição tarifária, levando em conta o prazo médio de seis anos. O valor das garantias de futuras operações de aquisição de energia emergencial foi fixado em R$ 11 bi, para o caso de as usinas emergenciais gerarem. O texto original da MP definia esse valor em R$ 16 bi. (Valor Econômico - 11/04/2002)

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2- Emenda propõe tarifa diferente de energia para ferro-liga

O deputado Odelmo Leão (PPB-MG) apresentou hoje uma emenda à medida provisória do setor elétrico pela qual as indústrias de ferro-liga passam a pagar 2,9% de reajuste pelas perdas com o racionamento e não 7,9% como está previsto para todas as indústrias. O consumo da indústria de ferro-liga no País equivale a 3% da demanda total, o que representa 340 mil MW médios. A maior concentração dessas empresas está em Minas Gerais e Bahia. De acordo com técnico do setor, ainda não há previsão de quanto as empresas distribuidoras poderão deixar de ganhar caso a emenda seja aprovada. No ano passado, o governo decidiu um reajuste de 3,9% somente para os consumidores residenciais e comerciais e não para os eletrointensivos, como é o caso da indústria de ferro-liga. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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3- Procuradoria rejeita MP no CE

A Procuradoria da República no Ceará apresentou ontem à justiça federal uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra a cobrança do "seguro-apagão". Trata-se do primeiro recurso questionando os três encargos instituídos pela Aneel em fevereiro, com base na Medida Provisória n14/2001, que prevê aumento no valor das tarifas e traça metas de ampliação de oferta em casos de emergência. Na ação, a procuradoria pede que a União, a CBEE e a Coelce pare de cobrar os encargos "de capacidade emergencial", "de aquisição de energia elétrica emergencial" e "de energia livre negociada no MAE". Para a Coelce, é pedida ainda multa de R$ 5 mil reais para cada arrecadação indevida. De acordo com a procuradoria, a resolução que instituiu os encargos viola o princípio constitucional da legalidade, ao criar um tributo por meio diferente de uma Lei Complementar, e o da anterioridade, ao impor a cobrança de tributos no mesmo exercício em que foram instituídos. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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4- Aneel aprova tarifas de fornecimento de energia da Cemig e Enersul

A Aneel autorizou as tarifas de fornecimento de energia elétrica da Cemig e da Enersul. A agência também estabeleceu a receita anual referente às instalações de conexão de Furnas e da Celg, relativas às demais instalações de transmissão dedicadas à Cemig. A receita anual referente às instalações da Copel, da CTEEP e da Eletrosul relativas às demais instalações de transmissão dedicadas à Enersul também foram estabelecidas. Tanto a Cemig quanto a Enersul ainda tiveram o valor anual da taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica (TFSEE) fixado pela Aneel. Todos os novos valores entraram em vigor no dia 08 de abril e serão válidos até o dia 07 de 2003. (Canal energia - 10/04/2002)

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5- Leilão de oito novas usinas acontecerá em julho, na Bolsa do Rio

A Aneel realizará no dia 12 de julho leilão de concessões para construção e exploração de oito novas hidrelétricas. Essas usinas acrescentarão 1.584 MW ao sistema elétrico brasileiro. O cronograma do leilão, que ocorrerá na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, e demais informações sobre o processo de licitação constam de edital que estará disponível aos interessados a partir desta quinta-feira, dia 11, no endereço eletrônico www.aneel.gov.br. As novas usinas serão construídas em cinco estados - Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Maranhão -, beneficiando uma população de 12.1 mi habitantes. Três dessas hidrelétricas deverão entrar em operação até 2006 e outras quatro, até 2007. Durante os 35 anos da concessão, essas usinas irão gerar receita de, no mínimo, R$ 187.8 mi, referentes ao pagamento das outorgas. (Canal Energia - 10/04/2002)

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6- Aneel começa a analisar relatórios de perdas com racionamento

O superintendente de Regulação Econômica da Aneel, Cesar Antônio Gonçalves, afirmou nesta quarta-feira que 37 das 43 empresas que têm direito à recomposição das perdas decorrentes do racionamento já entregaram ao órgão o volume do prejuízo que tiveram durante o período. Gonçalves está analisando o prazo de cobrança do aumento de tarifa de cada distribuidora de energia. A Aneel vai estipular o número de meses em que cada empresa poderá cobrar a tarifa de 2,9%, para o consumidores residenciais, e de 7,9% para os consumidores industriais e comerciais. Segundo o superintendente, 39 das 64 distribuidores que têm direito ao reajuste já apresentaram os valores de perdas à Aneel. (Diário do Grande ABC - 11.04.2002)

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7- Licitação para construção e exploração de hidrelétricas envolve R$ 3,3 bi

Das oito concessões para construção e exploração de hidrelétricas, cujo edital de licitação será apresentado hoje pela Aneel, seis estão localizadas na região Centro-Oeste e a maior delas, de 1.087 MW, ficará situada no Tocantins, junto à divisa com Maranhão. Os empreendimentos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins somarão investimentos de R$ 3,37 bi e acrescentarão 1.524 MW ao sistema energético brasileiro. Uma outra usina (60MW) ficará em Minas Gerais, no município de Peçanha, e custará R$ 97,3 mi. O leilão está marcado para o dia 12 de julho na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O pagamento de outorga deve render R$ 187,8 mi ao governo federal durante os 35 anos de concessão, sem contabilizar um possível ágil no leilão. Um total de 12,1 mi de habitantes será atendido, quando as usinas entrarem em operação a partir de 2006. As obras, na estimativa da agência, vão gerar 33,9 mil empregos. Do lado ambiental, as empresas que venceram a licitação para construção e exploração de hidrelétricas devem pagar juntas R$ 17 mi por ano, a título de compensação financeira, em função dos danos causados pela hidrelétrica, principalmente, com inundações para formação de reservatório. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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8- Rio Tocantins terá maior volume de concessões para sua exploração

A Aneel informa que o governo começa este ano a entregar um maior volume concessões para exploração da capacidade do rio Tocantins, onde as licitações até 2003 envolverão potência de 7 mil dos total de 10,7 MW mil a serem gerados com investimentos de R$ 11,3 bi. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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9- Senado aprova criação de fundo de revitalização da Bacia do Rio São Francisco

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, dia 10, por 51 votos, unanimidade em Plenário, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o Fundo para Revitalização Hidroambiental e o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio São Francisco. A PEC, que foi votada em segundo turno e agora vai à Câmara dos Deputados, é de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e teve relatório favorável da senadora Maria do Carmo Alves (PFL-SE). O fundo terá a duração de 20 anos e terá como fonte de recursos 0,5% do produto da arrecadação dos impostos de competência da União, deduzidas as vinculações ou participações constitucionais. O Executivo deverá publicar demonstrativo bimestral da execução orçamentária, discriminando fontes e usos do fundo. Os recursos serão utilizados em projetos de recuperação ambiental do rio e de seus afluentes e de desenvolvimento sustentável da região por eles banhada. A matéria vai à Câmara. (Canal Energia - 10/04/2002)

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10- Donas de casa vão à Justiça contra fim de bônus de energia

O Movimento das Donas de Casa de Minas devem ingressar, na próxima semana, na Justiça Federal com uma ação civil pública para tentar derrubar a decisão do governo, prevista na medida provisória 14, de cancelar o subsídio a consumidores de energia elétrica que continuam fazendo economia e de instituir o "seguro anti-apagão". Segundo o advogado Délio Malheiros, um dos autores da ação, o fim do bônus significa um aumento de até 290% nas contas de luz dos consumidores que gastam entre 80 e 180 kWh/mês. Malheiros classificou as mudanças de inconstitucionais e "uma crueldade com pessoas de baixa renda que economizaram energia". Quanto ao seguro anti-apagão, o advogado disse que a taxa que deverá ser cobrada nas contas de energia para prevenir novas crises é ilegal, já que cabe ao governo e às empresas garantir o fornecimento, e não aos consumidores. (Diário do Grande ABC - 11.04.2002)

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risco e racionamento

1- Consumo de energia está 11,55% acima da curva de referência da região Sul

O consumo de energia elétrica no último dia 9 de abril subiu em todos os submercados do país. Números do ONS apontam crescimento superior a 4% em algumas regiões. É o caso da região Sul, que registrou uma elevação de 4,95% na demanda de energia em comparação com o dia anterior. Ontem, dia 9, o consumo neste subsistema atinge 7.922 MW, ficando 11,55% acima da curva de referência mensal (7.102 MW médios). (Canal energia - 10/04/2002)

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2- Região Sudeste/Centro-Oeste tem consumo menor do que previsto para o mês

A região Sudeste/Centro-Oeste teve aumento no consumo de energia de 3,18% em um dia. No Sudeste/Centro-Oeste, a demanda atingiu 25.522 MW. Ainda assim, a curva de consumo ontem neste submercado foi 3,47% menor que a referência prevista para o mês, que é de 26.440 MW médios. (Canal Energia - 10/04/2002)

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3- Região Nordeste tem consumo energético no mês 2.84% inferior ao previsto

A região Nordeste teve aumento no consumo de energia de 3.09% em um dia. Ainda assim, a demanda de consumo energético verificada ficou abaixo da curva mensal (5.877 MW médios). Ontem, o consumo chegou a 5.710 MW, ou seja, 2,84% inferior aos 5.877 MW médios previstos para o mês. (Canal Energia - 10/04/2002)

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4- Região Norte tem aumento no consumo de energia acima do previsto

Na região Norte, o consumo de energia subiu apenas 0,11% em comparação ao dia anterior. Segundo o ONS, a demanda registrada na região atingiu 2.609 MW, ficando 4,23% acima da curva mensal de referência (2.503 MW médios). (Canal Energia - 10/04/2002)

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5- Eletrobrás estimula economia de luz

Os novos contratos assinados entre a Eletrobrás e 1.174 municípios para tornar eficiente a iluminação pública vão economizar 436,4 mi de KWh por ano, o equivalente ao consumo de 213.930 residências. Esse é o objetivo do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (Reluz), da Eletrobras, que concederá financiamentos no valor de R$ 299 mi para esta fase de contratos. Em uma segunda etapa, poderão ser contratados mais R$ 454,7 mi. O Reluz foi criado em junho de 2000 e pretende, até o final de 2002, completar R$ 1 bi em investimentos para tornar eficientes oito milhões de pontos de iluminação pública já existentes e instalar mais um milhão de pontos novos no País. Os novos contratos assinados vão financiar prefeituras dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Roraima. Em Minas Gerais são 776 municípios e em São Paulo são 257 municípios, incluindo a capital. Na capital paulista, a modernização das lâmpadas, além de melhorar a iluminação, vai trazer uma economia de 185,4 milhões de kWh/ano, o equivalente ao consumo de 91 mil residências. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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6- Consumidor de energia está cada vez mais exigente

O consumidor está cada vez mais exigente e pode, em breve, ter voz suficiente para influenciar nos reajustes de tarifa. A partir de 2003, as distribuidoras enfrentarão o processo de revisão tarifária periódica, um instrumento criado nos contratos de concessão que permite analisar o equilíbrio econômico-financeiro das empresas. Será a oportunidade também de medir os ganhos de produtividade das companhias privatizadas, os quais serão parcialmente repassados para o consumidor, na forma de menores índices de reajuste. Nesse processo, a Aneel estuda a possibilidade de levar em conta o volume de reclamações de consumidores sobre cada concessionária. Quanto maior o número de queixas, menor a possibilidade de a distribuidora conseguir "emplacar" o índice desejado de aumento tarifário. A consideração desse fator no cálculo da tarifa ainda não está acertada. Mas o fato é que as concessionárias precisam ficar de olho na mudança de perfil do consumidor brasileiro de energia. Só no último grande blecaute de proporções nacionais (o de 21 de janeiro, que atingiu dez estados brasileiros), pelo menos 20 mil pessoas apresentaram às distribuidoras os pedidos de ressarcimentos por danos em aparelhos eletroeletrônicos, segundo dados preliminares divulgados na última semana pela Aneel. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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7- Especialistas de 10 paises discutem modelo energético

Especialistas em energia de dez países latino-americanos reúnem-se hoje na Fiesp para discutir um modelo energético integrado para a América Latina. Entre os mais de 170 inscritos estão Júlio Colombi (ANP) e Adilson Primo, da Siemens. O evento encerra a primeira etapa de quatro dias de trabalho no Brasil, da equipe de especialistas das áreas econômica e energética de vários países da América do Sul. (Folha de São Paulo - 11.04.2002)

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empresas

1- Elétricas lucram mais no ano do racionamento

Em 2001, quando o consumidor viveu sob o risco do apagão, as empresas do setor elétrico conseguiram não apenas aumentar seu lucro em 33,9%, mas também a rentabilidade do seu patrimônio. Algumas delas tiveram incremento de 21,2 pontos percentuais na rentabilidade, como é o caso da Celpe. Na média, a rentabilidade do setor cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao ano anterior e foi de 3,8% sobre o patrimônio líquido. Segundo analistas, isso ocorreu porque o governo não se limitou a repor as perdas de receitas provocadas pelo racionamento. O acordo selado em dezembro com o governo e registrado no quarto trimestre contábil pelas empresas deu mais: bancou também o crescimento de receitas que elas projetavam para o ano passado e repôs perdas que nada tinham a ver com o racionamento. Uma delas são as perdas provocadas pelos aumentos de custos não-gerenciáveis pelas distribuidoras de energia. (Folha de São Paulo - 11.04.2002)

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2- Aumento é para pagar as dívidas com o BNDES

Com a queda no consumo de energia, provocada pelo racionamento, as distribuidoras venderam menos do que o previsto, e as geradoras entregaram menos energia do que o previsto nos contratos. Diante da queda de receita entre junho e dezembro de 2001, as geradoras, estatais na sua maioria, e as distribuidoras de energia, privadas, brigaram para ver quem teria de pagar a conta do prejuízo. O governo arbitrou a discussão e decidiu que o BNDES daria empréstimo para distribuidoras e geradoras para compensar as perdas e autorizou, em dezembro do ano passado, um reajuste extra nas tarifas para que as empresas possam pagar o empréstimo. Esse reajuste não inclui eventuais perdas das empresas nos dois últimos meses do racionamento, em janeiro e fevereiro deste ano. O cálculo sobre perdas nesse período, quando o governo permitiu maior consumo, ainda está sendo feito. O BNDES emprestará R$ 7,5 bi para as empresas do setor elétrico, que serão pagos com a receita obtida com o reajuste extra de 2,9% para consumidores residenciais e de 7,9% para consumidores comerciais e industriais. O prazo médio de vigência do reajuste extra foi divulgado inicialmente como sendo de três anos. Na verdade, ele varia de empresa para empresa e vai durar mais tempo em distribuidoras que têm mais clientes residenciais do que industriais porque a economia nas residências foi maior. (Folha de São Paulo - 11.04.2002)

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3- Itaipu paga US$ 7,58 mi ao estado do Paraná

O Paraná receberá nos próximos dias US$ 7,58 mi em royalties pagos pela Itaipu Binacional. Metade dos recursos vai para o governo estadual e o restante será distribuído entre os 15 municípios localizados no entorno do lago de Itaipu. O dinheiro é parte do repasse feito ontem pela hidrelétrica ao Tesouro Nacional, no total de US$ 10 mi. Os valores devidos a cada cidade dependem do tamanho da área atingida pelo alagamento da região para a formação do reservatório, em 1982. É o terceiro repasse deste ano. Santa Helena é o município com direito ao maior pagamento de royalties. Este mês, a prefeitura receberá US$ 962 mil. Foz do Iguaçu com US$ 736 mil, e Itaipulândia, com a US$ 656 mil. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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4- Balanço de 2001 da Cerj fecha com prejuízo de R$ 48.9 mi

A Cerj encerrou o exercício de 2001 com um prejuízo de R$ 48.9 mi. O resultado operacional da empresa também fechou no vermelho, registrando um prejuízo de R$ 79.1 mi. A distribuidora registrou, no ano passado, uma receita líquida de R$ 1.719 bi e um resultado bruto de R$ 937.6 mi. O balanço da Cerj revela um patrimônio líqüido de R$ 186.9 mi, em 2001. A empresa registrou um total de 1.702 bi de ações. O prejuízo por ação ficou em 0,00003 e o valor patrimonial da ação, em 0,00011. (Canal Energia - 10/04/2002)

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financiamento

1- Conselho do MAE vai se reunir com Receita Federal para discutir questão tributária

O Conselho de Administração do MAE deve se reunir nos próximos dias com o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, para discutir uma possível resolução para a questão tributária, relativa à cobrança do PIS/Confins nas transações de energia. Esta é uma das duas pendências que ainda faltam superar no processo de reestruturação das operações do mercado atacadista, segundo informação passada por uma fonte do mercado que preferiu não se identificar. A fonte também informa que o MAE já se prepara para iniciar, daqui a duas semanas, o processo de liqüidação das transações feitas no mercado atacadista. O processo de liqüidação ficará a cargo da Companhia Brasileira de Liqüidação e Custódia (CBLC). Na Assembléia Extraordinária do MAE que aconteceu ontem, dia 10, em São Paulo, um dos pontos da pauta é a definição do novo conselho fiscal do MAE. (Canal Energia - 10/04/2002)

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financiamento

1- Inflação de março supera as expectativas

O IPCA de março divulgado ontem pelo IBGE quase dobrou, passando de 0,36% em fevereiro para 0,60%. Os dois reajustes da gasolina que a Petrobras realizou nas refinarias no mês passado tornaram o produto 4,16% mais caro no varejo, respondendo por um quarto do índice. Mas a inflação teria crescido em março mesmo sem os aumentos do combustível. Dados do IBGE revelam que o IPCA subiu 0,24 ponto percentual em relação a fevereiro, enquanto a gasolina contribuiu com 0,15 ponto. Com reajuste de 2,24% as tarifas de energia elétrica responderam por 7% da inflação, "refletindo o encargo de capacidade emergencial", como destacou o informativo do IBGE. A taxa citada refere-se ao seguro contra o racionamento com a contratação de usinas que só serão acionadas se houver necessidade. Os produtos farmacêuticos encareceram 1,60%, enquanto a taxa de água e esgoto teve variação de 1,47%, maior que a de fevereiro. O aumento nos preços do leite (4,79%), por sua vez, foi o principal responsável pela inflação dos alimentos, que passou de 0,20% para 0,39%. A alta dos medicamentos reflete o aumento de 4,4% autorizado pela Câmara de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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2- Ipea deve estimar um indicador acima dos 5% de variação para o IPCA no ano

O crescimento além do esperado levaram o Ipea a repensar suas projeções. Em vez de 4,5% de variação para o IPCA para o ano, o Ipea deverá estimar um indicador acima dos 5%. A meta acertada entre governo e FMI é de uma taxa de 3,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A estimativa de 0,20% da MB Associados para o IPCA de março também foi largamente ultrapassada. "Esse número foi muito alto, inclusive se a gente pensar que nessa taxa tem apenas uma parte dos reajustes da gasolina", afirmou a economista da MB, Mônica Baer. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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3- Tesouro e BC vendem integralmente swap cambial

O Tesouro Nacional e o Banco Central (BC) conseguiram vender integralmente os títulos oferecidos aos investidores no leilão conjugado de "swap cambial" e Letras Financeiras do Tesouro (LFT, pós-fixadas). Essa foi a primeira venda completa desde que o novo sistema de rolagem de títulos cambiais foi implantado, em 27 de março. O resultado positivo do leilão foi reflexo do bom humor que invadiu o mercado financeiro, ontem. Foram vendidos 9,06 mil contratos de swap cambial, de um total de 12 mil. Os contratos terão vencimento em janeiro de 2004 e juros anuais de 7,21% ao ano (taxa linear de 7,43%). A demanda pelos swap chegou a 40 mil contratos. O Tesouro vendeu 700 mil títulos pós-fixados com deságio de 0,35% (sobre o valor de emissão R$ 1.000). Os papéis têm o mesmo prazo dos contratos de swap. O valor financeiro da operação ficou em US$ 400 mi (R$ 913 mi). Esse leilão vai substituir o vencimento de R$ 4,6 bi em títulos cambiais que serão resgatados dia 18. O Tesouro e o BC já rolaram R$ 1 bi da dívida. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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4- Projeções das taxas de juros permanecem estáveis

As projeções das taxas de juros começaram o dia de ontem em alta com a divulgação do IPCA de março, que ficou em 0,60%. A taxa ficou acima da estimativa do mercado que era de 0,45%. O IPCA serve de parâmetro para a meta de inflação deste ano, que é de 3,5% com a variação de dois pontos percentuais. Mas a queda do dólar reverteu a situação. Entre os contratos mais negociados na BM&F, o de maio ficou estável em 18,33% ao ano. A taxa para julho ficou inalterada em 18,30% ao ano. Os juros para outubro caíram de 18,30% para 18,29%. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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5- Dólar comercial inicia pregão estável, a R$ 2,2640 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia estável perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,2540 para compra e R$ 2,2640 para venda. Ontem, a captação de recursos do Brasil no exterior, por meio da emissão de bônus indexados ao dólar, fortaleceu a perspectiva de ingresso de divisas no mercado doméstico. A moeda norte-americana terminou comprada a R$ 2,2620 e vendida a R$ 2,2640, queda de 0,70%. (Valor Online - 11.04.2002)

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6- Preço dificulta a colocação de bônus do Brasil

A República brasileira deixou para hoje o fechamento do preço de seus bônus globais, no valor de US$ 1 bi. Corria ontem em diversas mesas de operações que o governo deveria ter fechado o preço ontem mesmo, mas que não houve demanda para os títulos de oito anos, que ofereciam 710 pontos-base de prêmio sobre o título do Tesouro norte-americano. Segundo o diretor de um banco estrangeiro, que não quis se identificar, o governo brasileiro já ofereceu um novo "spread" para hoje, de 720 pontos-base. A opinião entre o mercado é unânime, de que há demanda sim pelos papéis brasileiros, mas que o preço de ontem estava fora da curva dos Global 08, os títulos do governo brasileiro com vencimento em 2008 e que mesmo com prazo diferente servem de parâmetro para a nova emissão. Ontem, estes títulos estavam sendo negociados com um prêmio de 722 pontos-base, e por isso o novo papel, que pretendia pagar menos, não interessou aos investidores. No dia anterior, o preço dos Global 08 era de 719 pontos-base, ou seja, já era maior do que o governo oferecia pelos novos, que tem vencimento em 2010. (Gazeta Mercantil - 11.04.2002)

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gás e termoelétricas

1- Motores de térmicas chegam a Natal

A termelétrica emergencial a ser construída no município de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, começou a se tornar realidade. Um navio com 60 geradores para a usina foi desembarcado, ontem, no Porto de Natal, e a carga deve permanecer no pátio de conteineres até o final deste mês, antes de ser levada para o local onde vai ser construída a térmica, na BR 304, próximo a subestação da Cosern. A carga com os grupos geradores importados dos EUA levou cinco dias para chegar a Natal proveniente do porto de Vitória, no Espírito Santo. E deve permanecer no cais do porto até liberação por parte da Receita Federal. Os grupos geradores são montados em carretas de três eixos que serão utilizadas a partir de uma base com posteação e toda infra-estrutura necessária para a geração de energia. A eletricidade gerada com a queima de óleo combustível só será usada caso ocorra risco de "apagão" e o Governo Federal necessite incluir essa energia no sistema elétrico. O engenheiro residente da Parnamirim Enegia S.A., Wilton Alcântara, disse que a organização das carretas e a conclusão da infra-estrutura necessária para a geração deve levar uns dois meses, a partir da liberação da carga. E a inauguração da termelétrica, com o acionamento oficial da usina, está marcado para o dia 1° de julho. (Gazeta do Norte - 11/04/2002)

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2- Nova Termelétrica em Parnamirin vai gerar 93 MW de energia

Começa a se tornar realidade a termelétrica emergencial que será construída em Parnamirim. A Unidade Termelétrica Emergencial (UTE) vai gerar 93 MW de energia elétrica e o investimento está orçado em cerca de US$ 55 mi. Além da térmica de Parnamirim, o Rio Grande do Norte terá outra usina emergencial a ser instalada no município de Macaíba. Um pouco menor do que a primeira, a termelétrica de Macaíba vai gerar 48 MW de energia elétrica. O programa de energia emergencial foi criado pelo Governo Federal para ser utilizado enquanto as termelétricas do Programa Prioritário (PPT) das usinas com geração a gás natural não entram em operação. E só são acionadas caso os reservatórios cheguem, novamente, a níveis comprometedores. (Gazeta do Norte - 11/04/2002)

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3- Três fabricantes são pré-qualificadas para fornecimento de geradores para térmica de Bongi

Até o dia 12 de abril, as empresas pré-qualificadas para fornecer as unidades turbogeradoras movidas a gás natural para a ampliação da térmica de Bongi, em Pernambuco, deverão apresentar suas propostas à Chesf . As empresas pré-habilitadas são a Consórcio Alstom Brasil/Alstom Suíça, a Construções e Comércio Camargo Corrêa e a Siemens Westinghouse Power Corporation. Após a apresentação das propostas, a estatal divulgará o vencedor em maio, quando será assinado o contrato de aquisição dos geradores. Ao todo, as unidades deverão ter potência total na faixa de 220 MW a 310 MW. Segundo a Chesf, o primeiro gerador está previsto para entrar em operação no final deste ano. (Canal Energia - 10/04/2002)

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internacional

1- Senador que investiga crise energética na Califórnia depõe hoje

Em meados do ano 2000, às vésperas da crise energética da Califórnia, a Enron fazia grandes apostas de que os preços da energia no Estado aumentariam, segundo registros da companhia, citados pelo senador da Califórnia, Joseph Dunn, que lidera uma investigação sobre a crise energética do Estado. O senador está pronto para testemunhar hoje, dia 11, em Washington, no Comitê Do Comércio do Senado Estadual. A audiência irá examinar se a Enron manipulou os preços energéticos na Califórnia em 2000 e 2001, contribuindo para o aumento nos preços da energia, que levou o Estado a uma crise fiscal. Logo após o início da crise, oficiais da Califórnia passaram a acusar a Enron e outras companhias energéticas de causar, propositadamente, faltas de energia. Mas as companhias, e alguns economistas, disseram que os oficiais do Estado criaram um mercado energético profundamente defeituoso, o que gerou a crise. Eles disseram que uma crise nos negócios na disponibilidade de energia hidrelétrica da Noroeste do Pacífico também teve papel importante na crise da Califórnia. (New York Times - 11/04/2002)

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2- Comissão Regulatória Nuclear dos EUA investiga corrosão em usina de Ohio

Oficiais de uma usina nuclear de Ohio garantiram, hoje, dia 11, a reguladores federais, que eles podem reparar a corrosão que comeu quase todo o caminho até a tampa de um reator, mas enfrentaram uma chuva de perguntas da equipe da Comissão Regulatória Nuclear. Executivos das usina nuclear Davis-Besse encontraram-se com os oficiais da comissão para convencê-los de que poderiam consertar o buraco, preenchendo-o com um disco de aço inoxidável de 33 cm. Após a reunião que durou três horas, os executivos saíram com uma longa lista de perguntas a serem respondidas, incluindo como os funcionários da usina teriam certeza de que o calor da tocha do soldador não mais estragaria o metal. Outros sessenta e cinco reatores em todos os EUA têm um desenho similar ao do Davis-Besse, e a comissão está tentando determinar se algum desses reatores apresentaram o mesmo tipo de corrosão. Todos as 68 usinas disseram que não, mas alguns não deram bases suficientes para que se tenha certeza, disse Kein Karwoski, um especialista da comissão especializado em corrosão. (New York Times - 11/04/2002)

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3- Grupos ambientalistas americanos queixam-se de atitudes da Casa Branca

Documentos liberados ontem, dia 10, indicam que oficiais do Departamento de Energia dos EUA deram apenas 48 horas a 11 grupos ambientalistas para submeter suas propostas políticas para consideração, no relatório nacional de energia do ano passado do vice-presidente americano, Dick Cheney. No entanto, oficiais do Departamento de Energia dizem que os grupos tiveram outras oportunidades para darem explicações. O pedido para recomendações foi enviado por e-mail em março de 2001, depois de a força-tarefa nacional de Dick Cheney ter consultado dezenas de executivos de energia para ajudá-los a formular uma política energética nacional. Líderes de grupos ambientalistas, durante muito tempo, reclamaram que a Casa Branca não estendeu a eles a mesma cortesia dada a corporações energéticas que fizeram grandes doações ao Partido Republicano para ajudar a eleger o presidente George W. Bush, assim como Cheney, em 2000. (New York Times - 10/04/2002)

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4- Comissão Regulatória Federal dos EUA marcam audiência com usinas de Nevada

A Comissão Regulatória Energética Federal dos EUA (Cref) marcaram uma audiência ontem, dia 10, para definir se as usinas de Nevada têm o direito de renegociar e cancelar contratos de longo prazo de US$ 400 mi assinados para assegurar-se contra altas nos preços na Califórnia. A agência disse que esperava alcançar uma decisão até 30 de março de 2003. O caso está feito assistido de perto pela indústria porque ele envolve os contratos assinados no final de 2000 e início de 2001, quando os preços da energia no Oeste do país decolaram a níveis recordes. O presidente da Cref, Pat Wood, disse que as utilitárias tolerariam uma carga pesada para provar porque os contratos devem ser renegociados. (Financial Times - 11/04/2002)

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5- Presidente da Pemex pede mais participação privada

A Pemex, estatal do petróleo do México, deveria abrir mais espaço para participação privada, a fim de aproveitar melhor as oportunidades do setor, disse o presidente da empresa, Raul Muñoz, em palestra conferida para a Câmara de Americana de Comércio no México (Amcham). Muñoz propôs um plano de ação tripartite, segundo o qual a Pemex consolidaria suas finanças e melhoraria suas habilidades operacionais e tecnológicas, para tornar-se uma empresa eficiente, confiável, flexível e preparada para a competição. Em segundo lugar, em vez de usar a lei como desculpa para não fazer as coisas, a Pemex deveria mudar seu foco, voltando-o para todas as áreas permitidas por lei, de forma a encontrar cada vez mais oportunidades, como as associadas a alianças com empresas privadas nacionais e internacionais. Apesar de a Constituição do México reservar para a Pemex atividades como exploração, produção, refino e processamento de petróleo e gás natural, e produção de nove petroquímicos básicos, o setor privado pode fazer transporte, tancagem e comercialização de gás natural, bem como distribuição de combustíveis sob franquia. (Business News Americas - 10/04/2002)

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6- Estimativas mostram que operações de gás têm decréscimo de 6% no quarto bimestre

Quase 263 mi MW de geração da capacidade de gás nos EUA estavam em construção ou em desenvolvimento no final do primeiro bimestre de 2002, disse no dia 09, o consultor da Análise de Risco Energético, Arlington. Além disso, aproximadamente 11 mi MW começaram a operar no primeiro bimestre. Em sua última estimativa, a ARE disse que de 1998 a 2007, 348 mi MW de capacidade terão começado a operar ou estarão em desenvolvimento. O novo número representa um decréscimo de 6% nas estimativas do quarto bimestre. A ARE disse que sua análise de usina a usina mostra que mais projetos serão cancelados ou adiados à medida em que o ano termina, prevendo que apenas 291 mi MW serão construídos, na realidade. (Platts - 10/04/2002)

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7- Usina de gás natural das Filipinas iniciará suas operações com atraso

A usina de gás natural Ilijan, das Filipinas, está prevista para iniciar suas operações comerciais em junho, cinco meses mais tarde do programado, disse um oficial do Departamento de Energia das Filipinas, hoje, dia 11. "O projeto está em seus últimos estágios de finalização e atualmente, submete-se a testes para ver se as turbinas do gerador funcionam devidamente", disse o oficial. "Esperamos que a usina energética inicie suas operações em junho." Com um contrato de transferência de operação construída com a estatal National Power Corp, a Kepco Ilijan Power Corp. da Coréia estava destinada ao desenho, financias, engenharia, construção e operação da usina de 1.200 MW por 20 anos, antes de transferir a posse para a Napocor. Enquanto isso, a Napocor está fazendo pressão para multar o consórcio liderado pela Kepco por US$ 400 mi para cada dia de atraso que a usina enfrenta, disse o oficial. Com o programa de privatização da Napocor, a usina da Ilijan de US$ 710 mi será eventualmente absorvida pela Corporação de Bens e Responsabilidades do Setor Energético das Filipinas, quando ela controlar as posses da utilitária estatal, de acordo com o oficial. (Platts - 11/04/2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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