Nuca
             www.eletrobras.gov.br/provedor
          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 854 - 10 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
Imprimir


índice

1- Transparência no processo regulatório

Há poucos dias atrás a ANEEL anunciou que estará publicando ainda este mês o cronograma dos processos de revisão tarifária periódica de 17 distribuidoras de energia. Juntas estas empresas são responsáveis por cerca de 66% deste segmento. Trata-se de importante etapa na implementação de uma metodologia clara e transparente, direcionada para a minimização do risco regulatório. Afinal, até o momento, apenas a Escelsa foi submetida a revisões deste teor. Primeira empresa a ser privatizada, a segunda revisão tarifária desta concessionária ocorreu em 2001, quando Francisco Gomide, novo Ministro de Minas e Energia, era o presidente.

Uma das importantes etapas no processo da Escelsa foi a realização de audiência pública onde todos os agentes da sociedade (empresas e consumidores) foram convidados a participar do processo expondo seu ponto de vista. A partir das várias contribuições efetuadas, o principal resultado deste evento foi o aprimoramento da metodologia de cálculo dos percentuais finais de reajuste e do fator x.

As revisões tarifárias periódicas estão previstas em contrato e têm como propósitos a preservação do equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias e a definição de um percentual (fator x) de compartilhamento dos ganhos de produtividade com os consumidores. Cabe a agência reguladora o desafio de conciliar os interesses dos consumidores, dos investidores e do governo. Desta forma, a busca pela transparência no processo se faz necessária para que os principais objetivos do órgão regulador sejam atingidos: eficiência sistêmica, competitividade do setor e bem-estar social.

(Grupo de Estudos de Empresas de Energia Elétrica - NUCA/IE/UFRJ)

Índice

 

regulação

1- PFL aceita votar MP do setor elétrico

O PFL deve levantar a obstrução de suas bancadas na Câmara e no Senado e permitir a votação da Medida Provisória 14, que torna legal o aumento da tarifa de energia, pago pelos consumidores desde janeiro, para compensar perdas das empresas do setor elétrico com o racionamento. A expectativa é que a matéria seja aprovada ainda hoje na Câmara. Os partidos de oposição pretendem rejeitar a MP, mas a tendência entre os aliados do governo e a maior parte dos pefelistas, é de aprovação do relatório do deputado José Carlos Aleluia. Diante dessa possibilidade, o PT já prepara ação popular, que será encaminhada ao Ministério Público, contestando o conteúdo da MP. A saída para o impasse foi negociada ontem, em reunião do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), com o secretário geral da Presidência, Euclides Scalco. O acordo, que deve ser referendado esta manhã na reunião da Executiva Nacional do PFL, foi ameaçado por declarações do ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, que disse que a busca de foro privilegiado no caso Lunus para Jorge Murad, marido da candidata Roseana Sarney, é uma presunção de culpa. Reale foi desautorizado pela cúpula do PSDB. (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


2- Substitutivo da MP 14 não tem grandes alterações

O deputado José Carlos Aleluia, relator da MP 14, incluiu em seu substitutivo o prazo até 30 de agosto para que a Aneel defina quanto e por quanto tempo que cada distribuidora cobrará do distribuidor pelas perdas com racionamento de energia. A definição foi acertada com o governo após reunião com técnicos da Aneel. Também ficou acertado com o governo que a emissão de títulos para o orçamento da CBEE seja reduzida de R$ 16 mi para R$ 12 mi diminuindo assim o valor cobrado pelo seguro apagão. Apesar da argumentação do PFL de que a MP teria que sofrer alterações técnicas para ser votada as mudanças feitas no substitutivo, apresentado há duas semanas, reforça a sinalização de que há uma desculpa técnica para a sustentação de uma decisão política. O deputado disse ainda que será definido um prazo médio de referência à Aneel para a cobrança dos reajustes das perdas do racionamento. Segundo ele, o PFL deverá adotar uma posição de liderança na hora da votação, mas não quis dar detalhes das negociações políticas para aprovar amanhã a MP 14. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


3- MP estabelece prazo médio de 45 meses de reajuste energético para consumidores

O deputado José Carlos Aleluia inseriu vários dispositivos na MP 14, que torna legal o aumento da tarifa da energia elétrica, mas não alterou o objetivo básico de socorrer o setor de energia. Ele atendeu a reivindicações de colegas do PFL e estabeleceu a necessidade de um prazo médio para a vigência do reajuste de 2,9% aplicado ao consumidor residencial e de 7,9%, que atingiu os demais consumidores. "Entendo que algo em torno de 45 meses é razoável. A Aneel terá um prazo até o dia 30 de agosto para divulgar o valor e o prazo máximos para cada concessionária aplicar a recomposição tarifária", disse. Aleluia explicou ainda que, com esse prazo, algumas empresas, como a companhia de energia do Piauí, levarão até dez anos para serem totalmente ressarcidas. Isso porque ela compreende em sua maioria consumidores residenciais, que têm menor volume de consumo e, portanto, será mais lenta a arrecadação do valor que compensará a perda da empresa. O relator também definiu novos critérios para o conceito de baixa renda, estabelecendo que quem consumir menos de 80 KW ao mês, com no máximo dois picos de 120 KW, não será atingido pelo reajuste e terá direito a abatimentos. (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


4- Parente quer setor apoiado em leilão

O presidente da GCE, ministro Pedro Parente, pretende adotar no Brasil um moderno modelo de compra e venda de energia entre geradoras e distribuidoras, baseado em leilões de contratos de longo prazo. Na estrutura vigente, as geradoras vendem energia às concessionárias, em longo prazo, por meio de PPAs, que têm papel essencial para viabilizar a construção de uma usina, até mesmo em seu financiamento. "No Brasil, não é o preço do mercado spot (curto prazo) que incentiva a expansão na geração, e sim o PPA", acredita Parente. Mas, no futuro, quando a oferta de energia estiver equilibrada, o ministro sugere a substituição dos PPAs pelos contratos celebrados via leilão. "A distribuidora passaria a contar com um mecanismo que lhe permitiria encontrar a melhor oferta de energia, a mais barata. Seria um processo mais transparente do que o atual", explica Parente. A idéia ainda está em estudo na GCE. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


5- Parente diz que governo estuda leilões para compra de energia, substituindo contratos de longo prazo

Entre as alternativas que estão sendo estudadas pelo governo na nova regulação do setor elétrico, estão a busca de um VN competitivo e um nova fórmula de cálculo para os preços do MAE. Além disso, o coordenador da GCE, deputado Pedro Parente, disse que o governo está estudando fazer leilões para que as distribuidoras comprem a energia que não teria de estar contratada, o que na prática substituiria os atuais contratos de longo prazo e o VN. As empresas escolheriam a energia mais barata, a que teria menor impacto para o consumidor. Mas para que o setor retome seu vigor, Parente ressaltou que é fundamental que a MP 14, que trata da recomposição das perdas financeiras das elétricas com o racionamento, seja aprovada. "Sem ela, poderemos ter uma crise de energia no futuro, em razão de falta de investimentos. Só porque choveu não quer dizer que os problemas acabaram", disse Parente, presente ontem em seminário em São Paulo. O secretário paulista de Energia e também membro da GCE, Mauro Arce, concorda. "Sem a MP, os balanços do setor estarão totalmente comprometidos, afetando os resultados das matrizes e reduzindo o nível de investimentos", afirmou Arce. (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


6- Normas do setor elétrico ficam prontas até junho

O governo está trabalhando para entregar até o fim do primeiro semestre a nova regulamentação do setor elétrico. Segundo o coordenador da GCE, Pedro Parente, o desenho do novo modelo está sendo trabalhado com base em dois princípios básicos. Primeiro, melhorar a remuneração das empresas e o sinal econômico das tarifas. Além disso, é preciso construir um órgão regulador independente. "Como 80% dos investimentos serão privados, temos de estimular os recursos", destacou Parente, enfatizando que o modelo antigo faliu. "No passado, a inadimplência generalizada no setor fez com que o consumidor tivesse de pagar uma conta de US$ 23 bi em 1993. Isso mudou." (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


7- Aneel autoriza reajuste tarifário de energia comercializada entre geradoras e distribuidoras

O reajuste das tarifas de energia elétrica vinculadas aos montantes de energia e demanda de potência fixados nos contratos envolvendo sete companhias do setor foi aprovado pela Aneel. O valor das novas tarifas de energia e demanda, que irá variar entre R$ 3,49 e R$ 51,31, entrou em vigor na última segunda-feira, dia 08 de abril, e irá se estender até o dia 07 de abril de 2003. A medida será aplicada sobre a Celg, a Cemat, a Cemig, a CPFL, a CPFL Geração, a Enersul e Furnas. A Aneel também homologou as tarifas de fornecimento de energia elétrica da Cemat e da CPFL e fixou os valores da Taxa de Fiscalização dos Seviços de Energia Elétrica (TFSEE) das duas companhias. (Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


8- Projeto de construção de Belo Monte é tema de audiência na Câmara dos Deputados

O projeto de construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte, que ficará localizado no Rio Xingu, no Pará, estará na pauta da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal nesta quarta-feira, dia 10 de abril. O presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, participará da audiência para explicar aos parlamentares os detalhes da construção a usina. Com investimentos estimados em US$ 3,7 bi, a hidrelétrica terá uma capacidade instalada total de 11.182 MW. Segundo a Eletronorte, a geração firme de Belo Monte ficará em torno de 4.675 MW médios. A estimativa é de que o custo operacional da usina ficará em US$ 12, por MWh, considerado um dos menores do mundo. (Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


9- Lei ruim afasta investidores, diz novo ministro

O novo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, afirmou que as regras do setor elétrico no Brasil são muito complexas e isso afugenta os investidores externos. "As regras do setor elétrico deveriam ser mais simples", disse Gomide em entrevista à Folha. Ele receberá o cargo de seu antecessor, Pedro Parente, em cerimônia amanhã, em Brasília. O novo ministro, afirmou que é um grande defensor das simplificações: "O simples é mais bonito". Até o ano passado, Gomide presidia a Escelsa . Para o novo ministro, os técnicos tendem a complicar tudo, e foi isso o que aconteceu com o setor elétrico brasileiro. Segundo ele, a complexidade de regras do setor, que acabou levando o país ao racionamento, continua até hoje. Gomide afirmou que tem se dedicado a ouvir as apresentações das cerca de 40 comissões formadas depois do racionamento para fazer um diagnóstico do setor. (Folha de São Paulo - 10.04.2002)

Índice


10- Faraco ganha com decisão sobre a Celesc

O presidente da Celesc, José Fernando Xavier Faraco, teve ontem sua primeira vitória na Assembléia Legislativa. Os deputados mantiveram o veto do governador Esperidião Amin à emenda que limitava a participação de investidores nas subsidiárias da Celesc. Foi um ganho para o governador e sua base de apoio e um passo considerado importante na implantação do novo modelo de gestão da Celesc. Com a votação de ontem, a lei que determina a nova forma de Celesc - dividida em três empresas - está pronta. "A manutenção do veto foi uma decisão sensata", analisou o engenheiro Paulo de Sá Brito, representante dos funcionários da Celesc no Conselho de Administrativo. Para o líder do governo, Joares Ponticelli (PPB), a eliminação da emenda contribui para a estatal "deslanchar". (Diário Catarinense - 10.04.2002)

Índice

 

risco e racionamento

1- Volume de armazenamento na região Sul continua em queda

O volume de armazenamento na região Sul continua em queda no mês de abril. De acordo com números do ONS, relativo ao dia 8 de abril, os níveis dos reservatórios nesta região caíram 0,87% em um dia. Atualmente, a capacidade de armazenamento atinge 72,76%. Na hidrelétrica de Salto Santiago, o índice é de 76,23%. (Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


2- Hidrelétrica de Furnas atinge 83,24% de armazenamento em abril

No subsistema da Região Sudeste/Centro-Oeste, o índice de armazenamento está 18,54% acima da curva-guia superior prevista para o mês. Em termos de volume, os níveis estão em 70,81%, o que representa um pequeno crescimento de 0,07% em comparação com o dia anterior. Nas usinas de Furnas e Marimbondo, o índice é de 83,24% e 93,25%, respectivamente. (Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


3- Reservatórios do Nordeste estão em 65,3%

A capacidade de armazenamento do submercado da região Nordeste subiu 0,21% em um dia. Hoje, os níveis dos reservatórios estão em 65,3%, ficando 15,83% acima da curva de segurança estabelecida. Na hidrelétrica de Três Marias, o índice é de 71,31%.(Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


4- Norte apresenta nível de reservatório a 111,09%

Na região Norte os níveis dos reservatórios atingiram 111,09% no dia 8 de abril, o que significa uma queda de 0,38% em comparação com o dia anterior. Na hidrelétrica de Tucuruí, o índice é de 109,5%. (Canal Energia - 10.04.2002)

Índice


5- Economia de energia no Nordeste chega a 6,45% em abril

As regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste continuam economizando de energia nos primeiros dias de abril. No dia 8 de abril, o consumo nestas regiões ficou abaixo da curva-guia mensal de referência prevista pelo ONS. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a curva de consumo na última segunda-feira foi 6,45% inferior à referência mensal. A demanda verificada nesta região foi de 24.735 MW, o que representou um aumento de 17,8% em comparação com o dia anterior. No Nordeste, o consumo foi 5,75% menor que a curva-guia. Segundo números do ONS, a demanda neste subsistema foi de 5.539 MW, um crescimento de 12,76% em um dia. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


6- Regiões Sul e Norte tem consumo abaixo da curva de referência

Já nas regiões Sul e Norte, o consumo de energia ontem ficou abaixo da curva de referência mensal. No Sul, a curva de consumo foi 6,28% inferior à curva limite. Assim, a demanda registrada chegou a 7.548 MW, o que significa um aumento de 32,05% em um dia. E, finalmente, na região Norte, o consumo foi 4,11% menor que a curva-guia. Ontem, o consumo foi de 2.606 MW, ou seja, volume 7,64% maior em comparação ao dia anterior. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


7- Alstom fornecerá sistemas de monitoramento para o ONS

A Alstom será a fornecedora do novo Sistema de Supervisão e Controle do Centro Regional de Operação Nordeste do ONS inaugurado, dia 8 de abril, no Recife. No contrato de fornecimento assinado em 2001, a empresa de será responsável pelo sistema tipo EMS (Energy Management Systems), que também será instalado em Brasília e Florianópolis até novembro deste ano. Os três centros controlaram a geração e transmissão de energia nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil, totalizando 20 mil MW na ponta de consumo - 40% da demanda do país. Dentre as aplicação do sistema fornecido pela Alstom estão o controle automático da geração, o fluxo de potência, estimador de estado analisados e a análise de contingência da rede monitorada. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice

 

empresas

1- Atividade bancária garante lucro recorde da Eletrobrás

A "atividade bancária" foi a principal responsável pelo lucro recorde que a Eletrobrás registrou no ano passado. Só de juros, comissões e taxas, a holding estatal registrou R$ 3,1 bi em receitas, praticamente igual ao lucro líquido consolidado de R$ 3,2 bi no exercício, ou 32,4% superior ao de 2000. Além disso, a Eletrobrás foi favorecida pelas variações monetárias em mais R$ 2,5 bi, basicamente devido ao aumento de 18,6% do dólar americano em relação ao real. Os empréstimos concedidos pela empresa ao setor elétrico somavam R$ 32,2 bi em dezembro passado, o que a equipararia ao ABN Amro, o oitavo maior banco do País, em termos de ativos bancários. Pelos dados do Banco Central, o ABN Amro tinha ativos totais de R$ 32,1 bi em dezembro. Se for considerado o ativo total da Eletrobrás, contando também as participações e o imobilizado, a holding estatal de energia poderia ser equiparada ao quinto maior banco do País, com ativos de R$ 79,5 bi, superando os R$ 78,6 bi do Itaú. A Eletrobrás, que tem 31,15% do patrimônio em mãos do setor privado, especialmente investidores estrangeiros, quer se aproximar mais do mercado financeiro e até buscar o nível 2 para os negócios com papéis da empresa na Bolsa de Nova York. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


2- EDP reestrutura ativos e cria holding no Brasil

O grupo EDP vai reestruturar as participações societárias que possui em empresas brasileiras de energia até junho. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Eduardo Bernini, todos os ativos de distribuição, geração e comercialização de energia que hoje se encontram sob o controle da EDP S.A. e da EDP Internacional serão agrupados sob o guarda-chuva da holding brasileira, a EDP Brasil. A abertura do capital dessa holding também está sendo estudada, segundo Bernini. "Mas é um processo que deve ser construído de forma lenta e pensada".A reestruturação tem como objetivo, segundo o executivo, garantir ao investidor uma visibilidade consolidada de toda a operação da EDP no Brasil. Para Bernini, a nova estrutura também permite maior alavancagem da empresa. A EDP S.A. possui participação nas empresas Bandeirante de Energia, Enerpaulo, Energen, Escelsa e Enersul. A EDP Internacional também detém participação em todas elas, e ainda na Cerj e Coelce. Já está totalmente sob o comando da EDP Brasil a empresa comercializadora do grupo, a Enertrade, alem de fatia da Energen e da Bandeirante. Segundo Bernini, apenas a Cerj deve ficar fora do comando da holding, mas por questões fiscais. A EDP pretende ainda aumentar a participação nas companhias onde possui o controle, a Escelsa e a Enersul. (Valor Econômico - 10.04.2002)

Índice


3- EDP busca crédito de R$ 200 mi

A reestruturação financeira da EDP envolverá um empréstimo-ponte de R$ 200 mi para viabilizar a construção da usina hidrelétrica Peixe Angical (TO), que terá capacidade instalada de 452 MW. De acordo com o presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini, a operação está em processo adiantado com um consórcio de bancos. A modalidade do financiamento e seu prazo ainda estão em negociação. Bernini afirmou que, certamente, a operação ocorrerá em mercado local. No total, a hidrelétrica demandará investimentos de R$ 1 bi, com previsão de geração a partir de 2005. O restante do financiamento para Peixe Angical depende, segundo Bernini, de negociações com a Eletrobrás, BNDES e com o próprio mercado de capitais. A concessão da hidrelétrica foi arrematada pelo consórcio Enerpeixe, que reúne a EDP e o grupo Rede, em leilão promovido pela Aneel em junho do ano passado. Neste mês, a EDP começa a preparar o canteiro da obra, que já detém licença de implantação. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


4- Cemar negocia formas de sair da crise financeira

A Cemar, distribuidora de energia do Maranhão, passa por uma grave crise financeira, mas se recusou a assinar o acordo de reposição das perdas do racionamento com o governo, juntamente com outras 68 empresas de energia do país. Para honrar seus compromissos financeiros, a empresa, controlada pela americana Pensylvania Power & Light (PPL) busca empréstimo do BNDES no valor de R$ 140 mi e diz que tem outros R$ 120 mi em créditos a receber no MAE. Se assinasse o acordo, a Cemar receberia financiamento do BNDES de apenas R$ 24 mi, valor insuficiente para tirá-la do sufoco financeiro, segundo o vice-presidente da PPL, Paul Farr. A Cemar acredita ter um valor alto a receber no MAE porque comercializou, durante o racionamento, 40% do volume de energia obrigada a comprar da Eletronorte. "Nós adquirimos a concessão da Cemar em junho de 2000 com um excedente de energia de 20%. Com a redução do consumo, essa carga dobrou ", disse Farr. (Valor Econômico - 10.04.2002)

Índice


5- Corte de custos ajuda no lucro da Eletropaulo

O lucro de R$ 567,4 mi da AES Eletropaulo em 2001 foi obtido, principalmente, graças à redução de custos operacionais e ao diferimento do impacto da variação cambial, no valor de R$ 200 mi. Segundo o presidente da empresa, Luiz David Travesso, a redução de aproximadamente dois mil postos de trabalho foi o que mais contribuiu para a redução de custos. Com essa diminuição, a empresa passou a ter cerca de quatro mil funcionários. "As demissões foram parte de um programa de desligamento voluntário da empresa", disse. O lançamento do impacto da desvalorização do real em relação ao dólar no balanço das empresas, segundo resolução da Comissão de Valores Mobiliários, pode ser diferido em até quatro anos. A Eletropaulo encerrou o ano de 2001 com um endividamento de R$ 4,5 bi, dos quais cerca de 75% estão atrelados ao dólar, segundo Travesso. Cerca de 80% do valor está protegido por mecanismos de hedging. Segundo o executivo, para as dívidas de curto prazo (pagamento em até um ano) a empresa trabalha com hedging. O crescimento de 19,9% na receita bruta da empresa deveu-se, principalmente, ao reajuste tarifário de 16,6% a partir de junho e à reclassificação dos consumidores de baixa renda. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


6- Elektro inaugura subestação em São Luiz

A Elektro Eletricidade e Serviços S.A., concessionária de energia elétrica que atua em cidades do interior paulista, inaugura hoje uma nova subestação em São Luiz do Paraitinga. O empreendimento, orçado em R$ 4 mi, beneficiará não só os moradores da cidade, mas também os residentes nas vizinhas de Natividade da Serra, Redenção da Serra e Lagoinha. Segundo a empresa, o novo sistema garantirá a qualidade e continuidade do fornecimento de energia aos clientes, assim como elevará a oferta atual. O investimento foi destinado para a aquisição do terreno, construção e montagem do novo empreendimento, além da ampliação e adequação da subestação alimentadora e construção de uma nova linha de transmissão. A cerimônia de inauguração da subestação ocorre a partir das 9 horas e contará com a presença de autoridades municipais. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


7- Eletropaulo deve investir R$ 250 mi em 2002

A AES Eletropaulo estima investir R$ 250 mi em 2002, segundo o presidente da empresa, Luiz David Travesso. Segundo ele o valor será suficiente para suprir a demanda da empresa. "O investimento previsto para este ano é referente à retomada da demanda. Mas se houver algo de extraordinário, podemos ajustar esse número", disse. O montante a ser investido neste ano é inferior ao aplicado em 2001, quando foram investidos R$ 296 mi. A expectativa de aumento da demanda em 2001 era mais forte, segundo Travesso. Além disso, no começo do ano não havia previsão de que um racionamento aconteceria. Ele acrescentou ainda que 2002 iniciou com uma demanda mais baixa, por isso a projeção de investimentos foi inferior. O executivo não divulgou como está o consumo de energia na área de concessão da Eletropaulo - que inclui a cidade de São Paulo e outros 23 municípios da Região Metropolitana, com 4,7 mi de clientes industriais, comerciais e residenciais -, mas disse que a curva do ONS, tem demonstrado ascensão no consumo. Travesso acredita que esse aumento no consumo aconteça devido à recuperação da atividade econômica e ao calor. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

Índice


8- Prejuízo da CFLCL em 2001 foi de R$ 736 mil

A CFLCL encerrou o ano passado com prejuízo líquido consolidado de R$ 736 mil, de um lucro de R$ 33,9 mi de igual período de 2000. Em todo o exercício de 2001, a receita operacional líquida do grupo - que atua na distribuição e geração de energia - somou R$ 871,096 mi, mais do que o dobro dos R$ 424,007 milhões do ano anterior. Segundo o presidente do Conselho da companhia, Ivan Muller Botelho, o principal motivo do prejuízo - inferior ao previsto anteriormente - foi o racionamento de energia. Segundo Botelho, o setor elétrico foi afetado diretamente pela medida que reduziu projeções e metas de crescimento. "O Sistema Cataguazes-Leopoldina registrou uma redução de 7,9% em vendas de energia nos seus mercados próprios, culminando num resultado consolidado negativo no exercício". O executivo lembrou ainda no comunicado, que no exercício passado, o conglomerado completou cinco anos do redirecionamento estratégico, quando passou a concentrar investimentos no setor elétrico. Em 2001, a CFLCL e as controladas Cat-Leo Energia, Usina Termelétrica de Juiz de Fora, CENF, Energipe, CELB e Saelpa investiram R$ 248,695 mi na melhoria do sistema. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


9- Prejuízo da Cataguazes Leopoldina atinge R$ 736 mil em 2001

O Sistema Cataguazes Leopoldina fechou 2001 com um prejuízo de R$ 736 mil. O resultado negativo, no entanto, foi minimizada pelo acordo firmado com o governo federal no final do ano passado a fim de compensar as perdas financeiras das concessionárias de energia com o racionamento. Segundo dados divulgados pelo grupo, a receita operacional bruta consolidada foi de R$ 1,06 bi, sendo que, deste total, R$ 168,7 foram relativos à esta compensação. Em relação aos investimentos feitos ao longo do ano passado, a maior parte foi destinada ao segmento de geração, que recebeu recursos de R$ 132,3 mi. Logo em seguida, vieram os segmentos de transmissão e distribuição, que tiveram recursos da ordem de R$ 85,5 mi. No total, os investimentos em 2001 consolidaram R$ 248,6 mi. Quanto às vendas de energia, o racionamento trouxe uma redução de 7,9% no volume de vendas do grupo em comparação ao ano anterior. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


10- Eletronuclear acumula prejuízo de R$ 155,56 mi em 2001

A Eletronuclear fechou o ano de 2001 com um prejuízo líqüido de R$ 155,56 mi, causado pelo preço das tarifas, que não foram suficientes para cobrir as despesas financeiras da companhia, de R$ 362,55 mi. Ao longo do ano passado, a Eletronuclear obteve ainda um receita operacional líqüida de R$ 681,20 mi e um resultado operacional de R$ 235,19 mi. A produção de energia da empresa em 2001 foi 134% superior à registrada no ano anterior, graças à operação conjunta das usinas Angra 1 e Angra 2. A segunda central nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, completou o seu primeiro de operações com uma geração bruta de 10,5 TWh. Já Angra 1 produziu 3,9 TWh de energia, sendo a segunda maior geradora do país. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice

11- Eletrobrás destina R$ 222,6 mi ao programa ReLuz

Através do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente (ReLuz), a Eletrobrás está destinando R$ 222,6 mi aos estados de Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Roraima, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Ao todo, 1.174 municípios nestes estados serão beneficiados pelo programa, que irá melhorar 1,4 milhão de pontos de iluminação pública. Com o programa implementado, será possível obter uma economia de 436,4 milhões kWh por ano para o país, consumo equivalente a 213.930 residências. O estado que receberá maior quantidade de recursos para o programa é São Paulo. Segundo a Eletrobrás, a distribuidora Eletropaulo receberá R$ 113,5 mi para modernizar 421,4 mil lâmpadas, trazendo uma economia de 185,4 milhões de kWh/ano. Com os novos contratos, os municípios beneficiados pelo ReLuz saltarão dos atuais 272 para 1.446. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


12- Light antecipa-se na desverticalização de ativos

A desverticalização dos ativos de geração, com a passagem para uma empresa distinta das usinas e equipamentos ligados à atividade, é uma exigência que entrará em vigor logo que for aprovado o relatório do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) sobre a MP do setor elétrico. Assim, a Light, ao debater a cisão das usinas em uma nova empresa, está apenas antecipando-se ao que se tornará uma norma legal. Os contratos de concessão da companhia, ao contrário do que acontece com Cemig e Copel, por exemplo, não estabelecem um prazo determinado para a separação entre as atividades de geração e distribuição, mas o relatório de Aleluia estabelecerá uma norma para cobrir essa lacuna e reger casos omissos. A diretoria da Light sustenta que a cisão das atividades de geração e o processo de capitalização da empresa, embora possam ter fases coincidentes no tempo, não guardam relação entre si. O aumento de capital em gestação, a partir da conversão em ações dos créditos da controladora, a Electricité de France (EDF), visa a melhorar o perfil da dívida da companhia, estabelecendo uma relação mais confortável entre o débito e o patrimônio líquido. Os valores envolvidos, da ordem de US$ 1 bi, demonstram para os executivos da Light a firme aposta da EDF no País. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


13- CEEE investe R$ 65 mil em melhoras no atendimento de emergência

A CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) aprovou plano global para atender a área de manutenção em situações de emergência. O objetivo é reduzir o tempo de recomposição do sistema elétrico nas áreas atingidas por falhas na manutenção, o que vai contribuir para a melhora do fornecimento de energia. Os investimentos para o projeto totalizam R$ 65 mil. Implantado inicialmente na capital Porto Alegre, o trabalho contará com uma estrutura técnica e de comunicação, levando em consideração níveis de gravidade do problema. Em casos mais graves, a empresa disponibilizará uma maior quantidade de equipes, podendo buscar auxílio de pessoal e de equipamentos em outras gerências e setores dentro da área de concessão da companhia. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


14- BNDES põe Chesf na lista de inadimplentes

Uma sucessão de trocas de papéis lastreados em dívidas de empresas fez com que o BNDES cometesse um erro grave, segundo a Chesf, ao incluir a estatal na lista de inadimplentes do Banco Central. Quem consulta hoje o Ceris (Sistema Central de Risco de Crédito), do BC, utilizado para saber se é seguro conceder empréstimos a empresas, descobre que a Chesf está na lista. A empresa é a maior geradora de energia do país em potência instalada (aproximadamente 10,8 mil MW) e é responsável pela produção, transporte e comercialização de energia elétrica para oito Estados nordestinos -Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo Valdemar Freitas, coordenador de relações institucionais da Chesf, a inclusão da companhia na lista do BC é uma falha que não se justifica. "O BNDES quis cobrar da Chesf débitos que estão sendo contestados judicialmente. Portanto eles não caracterizam dívidas e não podem ser cobrados", diz Freitas. A dívida que o BNDES cobra da Chesf soma R$ 375 mi. (Folha de São Paulo - 10.04.2002)

Índice


15- Chesf enfrenta outra batalha judicial em PE

O processo da Mendes Júnior contra a Chesf por indenização pelo atraso nos pagamentos das obras da hidrelétrica de Itaparica não é a única batalha judicial que a empresa de energia elétrica enfrenta. Um consórcio de construtoras formado pela própria Mendes Júnior, pela Constran e pela CBPO reivindica o pagamento de cerca de R$ 700 mi da Chesf. Elas querem receber o fator de correção monetária, utilizado na década de 80, durante o período de inflação alta, sobre o pagamento das obras que efetuaram na construção da usina hidrelétrica de Xingó, no rio São Francisco, entre os Estados de Sergipe e de Alagoas. A liberação dos R$ 700 mi foi determinada em 1998 pela 12ª Vara Cível de Recife (PE). Mas a Chesf recorreu ao STJ, que deveria ter julgado o caso no dia 20 de março passado. Um pedido de vista do processo pelo ministro Paulo Costa Leite adiou, no entanto, a decisão do tribunal. Segundo a Chesf, o pagamento dos R$ 700 mi implicaria a paralisação da usina térmica de Camaçari, na Bahia, devido à falta de dinheiro para pagar o óleo diesel das máquinas. (Folha de São Paulo - 10.04.2002)

Índice


16- Cemar negocia formas de sair da crise financeira

Mesmo passando por uma grave crise financeira, a Cemar recusou-se a assinar o acordo de reposição das perdas do racionamento com o governo, juntamente com outras 68 empresas de energia do país. Para honrar seus compromissos financeiros, a empresa, controlada pela americana Pensylvania Power & Light (PPL) busca empréstimo do BNDES no valor de R$ 140 mi e diz que tem outros R$ 120 mi em créditos a receber no MAE. Se assinasse o acordo, a Cemar receberia financiamento do BNDES de apenas R$ 24 mi, valor insuficiente para tirá-la do sufoco financeiro, segundo o vice-presidente da PPL, Paul Farr. A Cemar acredita ter um valor alto a receber no MAE porque comercializou, durante o racionamento, 40% do volume de energia obrigada a comprar da Eletronorte. "Nós adquirimos a concessão da Cemar em junho de 2000 com um excedente de energia de 20%. Com a redução do consumo, essa carga dobrou ", disse Farr. (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


17- Cemar negocia financiamento com BNDES

O vice-presidente da Pensylvania Power & Light (PPL), Paulo Farr, afirmou que a Cemar fez um primeiro pedido de financiamento ao BNDES em agosto do ano passado. No entanto, com a crise energética, os projetos de geração de energia passaram a ser prioridade e o requerimento da empresa ficou em segundo plano. Quando finalmente foi aprovado, no início deste ano, o empréstimo à Cemar esbarrou na falta de crédito ao setor elétrico. Os bancos que garantiriam a operação do BNDES se recusaram a participar da operação. Agora, segundo Farr, a Cemar negocia um financiamento com o BNDES sem a necessidade do respaldo de outras instituições. A operação seria casada com o fluxo de caixa da distribuidora. Mas, para conseguir o sinal verde do banco, a Cemar aguarda uma decisão da Aneel sobre o pedido de revisão extraordinária das tarifas da empresa para recuperar seu caixa e normalizar suas atividades. A situação da Cemar é crítica. Farr admite que a empresa está tentando rolar o pagamento das debêntures emitidas no ano passado, acertando somente os juros, de R$ 15 mi. Também negocia a rolagem de dívidas com a Eletrobrás, seu maior credor. A PPL fez uma baixa contábil de US$ 217 mi em seu balanço de 2001 para registrar perdas com os investimentos que fez na Cemar. Restam ainda US$ 100 mi para ser registrados, caso a empresa não consiga ajustar suas contas. Por enquanto, a PPL aposta que vai conseguir reverter a situação. (Valor Econômico - 10/04/2002)

Índice


 

financiamento

1- Excedentes de Itaipu serão contabilizados à parte

A comercialização de excedentes da usina de Itaipu será tratada à parte na contabilização das faturas negociadas no MAE. Segundo revelou hoje o presidente do Conselho de Administração do MAE, Lindolfo Paixão, essa foi a alternativa encontrada para não travar ainda mais o mercado, já que ainda não foi possível chegar a uma solução sobre o impasse judicial que envolve Itaipu. Um grupo de trabalho na CGE foi criado para tentar resolver o impasse sobre o cálculo a ser usado no futuro sobre essas operações. No entanto, o volume de energia de Itaipu já comercializado até então deve ser objeto de discussão judicial. Para não travar ainda mais o mercado, o MAE resolveu contabilizar a energia de Itaipu em separado. Na semana passada, o MAE fez o levantamento de 40 pendências que deveriam ser resolvidas para dar andamento à contabilização. Do total, 26 foram resolvidas no próprio mercado e outras 12 foram solucionadas pela Aneel. Cinco delas, no entanto, ainda devem passar pelo crivo da diretoria da agência, na próxima semana. As faturas referem-se ao período de transações entre setembro de 2000 até hoje. Resolvidas todas as pendências, Paixão estima que a contabilização será iniciada em questão de dias. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

Índice


2- Estatais federais planejam disponibilizar mínimo de 90% da energia livre para leilões

As empresas federais de geração de energia elétrica podem sair na frente na hora de negociar nos leilões de energia velha. As estatais já planejam disponibilizar montantes bem acima do mínimo de 50% do que for liberado dos contratos iniciais, a partir de 2003. Esta quantidade foi citada pelo presidente da GCE, Pedro Parente, como um piso do que as empresas poderiam pôr em disputa. Os investimentos feitos por geradoras como Chesf e Furnas em usinas térmicas e hidrelétricas podem funcionar como hedge de suprimento para essas empresas durante o processo de liberação do mercado, garantindo quantidades consideráveis de energia disponibilizada nos leilões. A estimativa, no entanto, ainda não é confirmada pelas empresas, que aguardam os avanços nas discussões do setor. "Com esses investimentos, as empresas estatais estão garantidas com uma espécie de geração de reserva. Isso possibilita que elas coloquem montantes superiores a 90% nos leilões", afirma Mozart Siqueira Campos, presidente da Chesf, que cita a Termopernambuco como uma dessas fontes de proteção. A usina, prevista para ser inaugurada em 2003, terá 144 MW de potência instalada. "Só não vamos aceitar limitações na disposição da energia para os leilões, em hipótese alguma", diz. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


3- Assembléia Extraordinária do MAE acontece nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira, dia 10 de abril, será realizada, na sede do MAE, em São Paulo, a décima Assembléia Geral Extraordinária do Mercado Atacadista de Energia Elétrica. A pauta do encontro, que reunirá os associados do MAE, não foi divulgada. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice


4- Novo valor de receita gera perdas de R$ 700 mi para Eletrobrás

A decisão foi da Aneel, mas a trapalhada acabou caindo no colo do MAE: ao ser alterado o valor da receita de energia comprada, o que contraria a Lei das S.A., o grupo Eletrobrás perdeu R$ 700 mi. Além do baque financeiro, a estatal tem 20% nas mãos de acionistas no exterior e não encontrou até agora, uma explicação convincente para seus investidores. A mudança das regras deverá atrapalhar também a cisão de Furnas. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


5- BM&F realiza seminário no Rio de Janeiro

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) promove no mês de abril o seminário "Comercialização de Energia Elétrica". O seminário "Comercialização de Energia Elétrica: O Cenário Brasileiro e as Experiências na Escandinávia e no Reino Unido" promovido pela BM&F será realizado no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), localizado na avenida Graça Aranha, 1 - 2º andar. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


 

financiamento

1- Juros voltam a crescer em leilão de prefixados

O Tesouro Nacional pagou mais caro para vender títulos prefixados (com rentabilidade definida no leilão) aos investidores do mercado financeiro. O resultado deste leilão refletiu a disputa pela rentabilidade obtida com outro título público, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT, pós-fixadas). A LFT é vendida em um leilão conjugado com "swap" cambial e o título apresenta rentabilidade entre 104% e 107% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro). "O mercado optou por pedir um prêmio mais elevado para o papel prefixado (LTN) porque o risco é maior do que a LFT", disse o diretor de derivativos do Lloyds TSB, Maurício Zanella. No leilão de ontem foram vendidos R$ 3 bi de prefixados, divididos em dois lotes. O primeiro tinha R$ 1,5 bilhão de títulos com vencimento em dezembro deste ano. A taxa de juros ficou em 18,56% ao ano (18,48% na semana anterior). O outro lote era de R$ 1,5 bi, com resgate em um prazo maior, em abril de 2003. Os juros anuais médios ficaram em 18,87% (18,73% na última venda de títulos semelhantes). (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


2- Projeções para taxas de juros fecham em baixa

As projeções para as taxas de juros acompanharam a queda no preço do dólar e fecharam em baixa. Entre os contratos mais negociados, o de maio passou de 18,35% para 18,33% ao ano. Os juros para julho saíram de 18,36% para 18,30% ao ano. A taxa para outubro foi de 18,37% para 18,30% ao ano. Os investidores apostam que se o preço do petróleo e a cotação do dólar comercial continuarem em queda, o Comitê de Política Monetária (Copom) pode reduzir os juros básicos da economia na próxima semana. (Gazeta Mercantil - 10.04.2002)

Índice


3- Dólar comercial inicia pregão com alta de 0,57%, a R$ 2,2930 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia com alta de 0,57% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,2830 para compra e R$ 2,2930 para venda. Ontem, a perspectiva de ingressos de divisas ao país continuou a determinar cotações menores para o dólar, que recuou 0,61%. A moeda norte-americana terminou cotada a R$ 2,2780 na compra e a R$ 2,2800 na venda. Hoje, o mercado deve sofrer influência do front político, com a expectativa quanto à crise entre PFL e governo e com a pesquisa eleitoral Datafolha que mostra o crescimento da candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. (Valor Online - 10.04.2002)

Índice

 

gás e termoelétricas

1- Impasses colocam programa de gás natural em xeque

A perda de competitividade em relação ao óleo combustível na indústria, registrada desde o segundo semestre do ano passado, e os obstáculos à decolagem do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT), com mais de 50 usinas, estão colocando em xeque o desenvolvimento do gás natural no País. Alguns especialistas sugerem mudanças em determinados pontos, como a utilização da capacidade ociosa do gasoduto Brasil-Bolívia por outras empresas além da Petrobras. Mas, além de polêmicas, as sugestões não englobam todas as dificuldades enfrentadas pelo mercado. O plano do Governo federal é elevar a participação do gás natural na matriz energética dos atuais 3% para 10% até 2010. É uma alternativa mais limpa e mais eficiente do que os óleos combustíveis na queima em processos industriais. E permitirá uma redução da excessiva dependência do País da geração hidráulica - que responde por mais de 90% da capacidade de geração de energia do Brasil, que supera os 70 GW. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


2- Petrobras prevê crescimento nas reservas de petróleo e gás

As reservas de petróleo e gás natural da Petrobras vão crescer 21% até 2005, atingindo 11,7 bilhões de barris de óleo equivalente (BOE, que soma óleo e gás). Segundo o diretor de Exploração e Produção da companhia, José Coutinho Barbosa, as reservas da empresa atualmente são de 9,6 bilhões de BOE. O incremento se dará por meio de novas descobertas e da comprovação das expectativas sobre a extensão de jazidas já exploradas. O volume de reservas previsto para 2005 garante a produção de petróleo e gás pela Petrobras até o ano de 2020. Nos próximos três anos, calcula Coutinho, a empresa vai consumir 2,9 bilhões de barris (BOE) de suas reservas para produção de derivados e exportação. Esse volume, porém, será reposto com a extensão de jazidas já exploradas. Outros 2 bilhões de barris (BOE) serão incorporados com novas descobertas nas áreas onde a empresa pesquisa a existência de petróleo e gás. (Tribuna da Imprensa - 10.04.2002)

Índice


3- Deputado tenta evitar construção de termelétrica Carioba II

O Ministério Público recebeu ontem representação do deputado estadual Antonio Mentor (PT) contra a instalação da Usina Térmica de Carioba II, em Americana, devido ao fato de o seu projeto inicial ter sido modificado, e depois aprovado, sem um novo Relatório de Impacto Ambiental. ''O projeto original foi alterado. Um novo foi apresentado, sem que atendesse a legislação de proteção ao meio ambiente'', disse o deputado. Ele salientou que está entrando com nova representação no Tribunal Regional Eleitoral pedindo a realização de um plebiscito em Americana, município que tem 200 mil habitantes, para que a população aprove ou não a construção de Carioba II. A usina térmica deverá ser construída na divisa de Americana com Santa Barbára D'Oeste, onde moram mais 80 mil pessoas. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


4- Nuclep acredita que obra de Angra 3 será autorizada

O presidente da Nuclep, Gilson Coelho, acredita que o Palácio do Planalto dará um sinal verde à construção de Angra 3 para encorpar a matriz energética do País. (Jornal do Commercio - 10.04.2002)

Índice


5- Termelétrica Norte Fluminense assina convênio para reduzir emissão de gases

A Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação da UFRJ (Coppe) e a diretoria da usina termelétrica Norte Fluminense assinaram nesta terça-feira, dia 9 de abril, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, convênio para a implementação de projeto de redução de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. A iniciativa, pioneira no país, faz parte do programa Rio Desenvolvimento Limpo, que servirá de base para implantação de uma política estadual destinada à redução de emissão de gases que resultam no efeito estufa por usinas termelétricas, através de medidas de compensação. O objetivo - segundo informe da Coppe - é propor alternativas a serem implementadas pelas usinas que possam compensar as emissões. Os pesquisadores da COPPE sugerem o reflorestamento de espécies nativas, incluindo atividades extrativistas que possam, inclusive, gerar empregos na região. (Canal Energia - 09.04.2002)

Índice

 

internacional

1- Mercado energético do Reino Unido é o mais competitivo do mundo

Estudos revelaram que o Reino Unido é o líder mundial na liberalização industrial energética. O Reino Unido ostenta os maiores mercados competitivos a varejo elétricos e de gás da Europa e "provavelmente pode reivindicar ser a história de maior sucesso na liberalização de energia do mundo", segundo os consultores gerenciais. "Por toda a Europa, o Reino Unido é o único mercado mais bem-sucedido tanto na competição efetiva de entrega quanto na demonstração de benefícios em termos de economia de preços e na opção dos consumidores." Os consultores criticaram a França por opor-se à "competição e liberalização durante todo o processo", e a Alemanha por falhar em " entregar o regulatório ambiental necessário para engendrar a competição". Um estudo separado pelos consultores gerenciais Logica, reportaram que o ritmo da liberalização de energia nos EUA diminuiu desde os ataques terroristas em setembro passado, a crise energética na Califórnia e o colapso da Enron. (Financial Times - 10/04/2002)

Índice


2- Projeto da Aulron Energy encontra dificuldades técnicas

A Aulron Energy do Reino Unido disse ontem que seu projeto de US$ 1.4 bi para a South Australian Steel and Energy, desenvolvido para ser um dos produtores mais baratos de aço do mundo, encontrava dificuldades técnicas. O esquema, que é desenhado para explorar a reserva de carvão de 16 bi t do grupo de exploração de minas australiano, a fim de produzir 2.5 mi t de ferro-gusa ao ano, está de nove a doze meses atrasado. A Aulron levantou US$ 264.8 mi em junho passado para ajudar a fundar o projeto. A companhia disse, na época, a investidores, que a primeira produção comercial estava prevista para 2004. O executivo-chefe da empresa, Neil Arthur, disse que o projeto poderia permitir ao grupo serem os produtores de aço com menor custo do mundo. No entanto, Arthur disse mais adiante que a prática havia mostrado que não seria possível desenvolver o projeto em uma única fase. (Financial Times - 10/04/2002)

Índice


3- Hidrocantabrico renova acordo de empreendimento conjunto para comercialização de gás e eletricidade

A Hidrocantabrico da Espanha renovou um acordo com uma distribuidora de água da área de Madri, Canal de Isabel II para estabelecer um empreendimento conjunto para operação comercial de gás e eletricidade, disse um porta-voz da produtora energética espanhola. A parceria, que focará no capital da região em competição com os parceiros Iberdrola e Union Fenosa, planeja investir US$ 210 mi nos próximos dez anos. Os fundos serão destinados ao desenvolvimento das usinas energéticas e na confirmação de consumidores que espera-se alcançar a base de dois milhões. O empreendimento 50-50, primeiramente anunciado no início de 2001, que ficou somente na expectativa devido à tomada de controle subseqüente da Hidrocantabrico, incluirá as atividades de distribuição existentes e as holdings de geração. As ações incluem instalações de um mini-balneário de 40MW operado na região de Madri pela Hidraulica Santillana, com 48.9% controlados pela produtora energética espanhola e 51.1% pela Canal de Isabel II. (Platts -10/04/2002)

Índice


4- Hidrocantábrico assina parceria para operar em Madri

A elétrica espanhola controlada pela EDP chegou a acordo com o Canal de Isabel II e com a Câmara de Madri, com vista à criação de um grupo empresarial energético para operar no setor elétrico e de gás da capital espanhola. O presidente da Hidroeléctrica del Cantábrico, Manuel Menéndez, revelou que o objetivo do acordo passa pelas operações de geração, distribuição e comercialização de eletricidade e gás, através de uma oferta multiserviços. Menéndez destacou, segundo a imprensa espanhola, a importância deste acordo para a elétrica asturiana, devido à capacidade financeira do Canal de Isabel II e ao potencial de crescimento do mercado de Madri. (Diário Econômico - 09/04/2002)

Índice


5- Setores energético e de minério destacam-se na Bolívia

O ministro de Desenvolvimento Econômico da Bolívia, Carlos Kempff, destacou o aumento alcançado pelo setor de exploração de minério como parte do crescimento econômico do país. Considerando que este primeiro bimestre fechou a 2.81%, este setor representou 0.43% do total e, em relação ao ano passado, aumentou em 7.17%, principalmente graças ao Plano de Emergência de Mineração implementado pelo governo boliviano. Como parte do êxito alcançado por esse plano, milhares de trabalhadores de minérios mantiveram seus empregos e não haverá paralisação nas fontes de produção do setor. Além disso, deve-se tomar em conta outras ações implementadas pelo governo, como a ampliação dos benefícios tributários para os investimentos em exploração de minas, o que permitirá ao setor uma reativação com novos projetos. (Los Tiempos - 10/04/2002)

Índice


6- Novo marco regulatório elétrico do Chile deve incentivar novos investimentos

Ao ser consultado sobre o projeto Lei Curta, que será enviada ao Congresso chileno nos próximos dias, o presidente da Río Maipo, Alberto López, disse a um jornal do país que "a lei, sobretudo, deve ser um projeto que complete o atual marco legislativo elétrico para favorecer e incentivar novos investimentos que permitam manter um nível de excelência no sistema elétrico chileno". A Río Maipo é uma distribuidora controlada pela holding Enersis (98.7%). López fez essas declarações no fim da junta ordinária de acionistas realizada ontem, dia 9, e que contou com um quorum de 98.84%. Sobre isso, o presidente da companhia disse ser bastante arriscado fazer alguma avaliação sobre o novo marco regulatório porque não se conhece esse marco em sua integridade; este deve considerar as modificações que permitam melhorar a situação do setor energético em curto prazo. No fundo, foi enfatizado que a Lei Curta deverá "favorecer os investimentos futuros, incentivar s investimentos de novas centrais, permitir a extensão da rede e melhorar a qualidade do produto elétrico." (Estrategia - 10/04/2002)

Índice


7- Promotor-chefe da Califórnia registra queixas contra fornecedores energéticos por vendas a preços ilegais

O promotor-chefe do Departamento de Justiça da Califórnia, Bill Lockyer, registrou reclamações ontem, dia 9, contra quatro fornecedores atacadistas, alegando que eles cobraram "taxas injustas, irracionais e ilegais", durante a crise na venda de energia. Registrada na Corte Superior de São Francisco, as reclamações cobram a Corel Power, de Houston, a Mirant, de Atlanta, a Powerex and Tulsa, de Vancouver, e a companhia sediada em Oklahoma, Williams Energy por violarem a Ação de Competição Injusta do Estado. A reclamação alega que as companhias empregaram centenas de milhares de vendas a preços ilegais desde o início de 2000 até 2001, o que poderia resultar em penas civis de mais de US$ 1 bi. Lockyer está investigando outras 24 companhias energéticas americanas e espera registrar queixas adicionais, ele disse. O promotor também tem procurado expandir o alvo de possíveis restituições energéticas para a Califórnia na Comissão Energética Regulatória Federal. (Platts - 09/04/2002)

Índice


8- Nacional Power Corp. das Filipinas procura acordo com Banco de Desenvolvimento Asiático

O governo da Filipinas está em conversações para assegurar uma garantia de crédito do Banco de Desenvolvimento Asiático que cobrirá a proposta de venda por US$750 mi em contratos, da utilitária dirigida pelo estado, National Power Corp. "A PSALM está a procura de uma garantia de crédito parcial com o BDE que reduziria substancialmente os custos de empréstimos dos papéis de contratos e dívidas para Napocor", disse o oficial do Departamento de Energia das Filipinas. E disse ainda que as conversas estão em estágio preliminar, e que o BDA continua evasivo em relação a sua participação na oferta". O contrato de US$ 750 mi é parte dos esforços da Napocor em levantar US$ 1.5 bi, este ano, para cobrir suas dívidas com pagamento e financiar suas operações. Enquanto isso, a PSALM trabalhará para minimizar os desligamentos de funcionários na National Power Corp., quando for privatizada mais tarde, disse o oficial. Ele acrescentou ainda que cerca de 9 mil funcionários da Nacopor serão afetados como resultado da privatização da utilitária estatal. (Platts - 10/04/2002)

Índice

 

1- Boletim Petróleo & Gás Brasil: análise da conjuntura das indústrias do petróleo e do gás

Instituto de Economia. Boletim Petróleo & Gás Brasil: análise da conjuntura das indústrias do petróleo e do gás. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ano 3 - número 3 - Março de 2002 - Download - 19 páginas

Índice

 

 

Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro

 

Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor
www.eletrobras.gov.br/provedor