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          IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 853 - 09 de abril de 2002
            Editor: Prof. Nivalde J. Castro
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regulação

1- Obstrução a MP ameaça o acordo com as elétricas

A decisão do PFL de obstruir a votação da Medida Provisória 14, que prevê aumento temporário de tarifas e financiamentos do BNDES para compensar perdas com a crise energética está deixando os executivos do setor em pânico. Eles temem o fim do acordo que compensa as perdas das empresas com o racionamento. Na ausência do acordo, as empresas terão de refazer seus balanços de 2001 sem contabilizar o socorro financeiro. Os lucros registrados podem se transformar em prejuízos elevados. Sem a MP, a Eletropaulo, por exemplo, teria uma redução de R$ 1,7 bi em sua receita. O presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, disse que a aprovação da MP é fundamental para a eliminação de novos riscos e para a atração de investimentos. O relator da MP, José Carlos Aleluia (PFL-BA), foi instruído pelo partido a adiar a apresentação de seu relatório, inicialmente prevista para hoje. O presidente da Câmara, Aécio Neves, ameaçou substitui-lo caso isso ocorra. O PFL não deliberará sobre a votação antes da reunião de sua Executiva, na quarta-feira. O partido decidiu radicalizar a obstrução depois que a ex-governadora Roseana Sarney foi intimida a depor na Polícia Federal sobre supostas irregularidades na empresa Lunus. (Valor Econômico - 09.04.2002)

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2- Aleluia propõe limitar vigência do reajuste de tarifa

O deputado José Carlos Aleluia, relator da medida provisória 14, tentará limitar a três anos e meio o período de vigência do reajuste de 2,9% para o consumidor residencial, e 7,9% para os demais consumidores, das tarifas de energia elétrica para compensar perdas das concessionárias com o racionamento e estabelecer teto de R$ 12 bi para os gastos com aquisição da chamada energia emergencial. O governo estima que o reajuste de tarifa possa vigorar por até 54 meses; e que os gastos com a energia emergencial cheguem a R$ 16 bi caso as usinas gerem integralmente os 2.156 MW contratados. Aleluia disse ontem ao Valor que não fará grandes alterações no texto do projeto de conversão que foi apresentado aos parlamentares há duas semanas. (Valor Econômico - 09.04.2002)

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3- Mudanças na MP não eliminam resistências

Mesmo com as mudanças, o projeto do parlamentar continua com a enfrentar resistências. O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) afirmou que não tem acordo se o governo não revir a contratação emergencial e o reajuste de tarifas, que são a essência da MP. O PT vai ingressar com uma ação popular no Ministério Público questionando a contratação emergencial e a concessão do reajuste. Já o setor privado não concorda com os novos artigos que Aleluia agregou no projeto de conversão. A Abradee -representante dos distribuidores- é contra a exigência de universalização dos serviços, os novos critérios de definição de baixa renda concebidos pelo relator; e o estabelecimento da Eletrobrás como agente comercializador da energia gerada por Itaipu. (Valor Econômico - 09.04.2002)

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4- Alterações na MP tentam solucionar disputa dos excedentes de Itaipu

Aleluia aproveitou as alterações na MP para tentar solucionar a disputa entre Eletrobrás e distribuidores pelo que se chama excedentes de Itaipu. Ele cria na MP 14 o conceito de excedente, até então inexistente, e torna a Eletrobrás o agente comercializador das sobras. Os ganhos da estatal com a venda dos excedentes serão usados para atenuar o reajuste tarifário de consumidores residenciais e rurais de até 350 KWh mês, conforme sugere o relator. O projeto cria também a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a ser alimentada com recursos arrecadados pela Aneel. (Valor Econômico - 09.04.2002)

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5- Impasse nos bastidores da votação da MP n° 14

O impasse em torno da votação da Medida Provisória n° 14, que trata do acordo do setor de energia elétrica e da contratação da energia emergencial, continua nos bastidores da política em Brasília. Enquanto os executivos do setor manifestam uma certa inquietação com a demora, as principais lideranças partidárias buscam um consenso para levar a MP ao plenário nesta terça-feira, dia 9 de abril. O governo faz conta para ver se banca o risco de encarar a votação sem a força do PFL. Para que haja votação, é necessário a presença de 257 parlamentares. Na conta, o governo tem 93 da bancada do PSDB e outros 89 do PMDB, que dá um total de 182 deputados. O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães, defende a idéia de que se parta para a votação à força, de qualquer jeito, para não emperrar ainda mais a pauta da Casa. "Se ganhar, ganhou. Se perder, perdeu", diz o parlamentar. Só que neste caso, se partir para a votação sem o PFL, o governo dá brecha para que a oposição consiga revogar a MP. O PFL, para votar a MP, está exigindo que o governo apresente um relatório sobre como chegou aos R$ 7.5 bi, do acordo setorial, e aos R$ 16 bi, para a contratação da energia emergencial, batizada de seguro-apagão. O partido não descarta a possibilidade de negociar com o governo a redução destes valores. (Canal Energia - 08/04/2002)

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6- Ministro fala em risco de crise sistêmica

O ministro-chefe da Casa Civil e ministro interino das Minas e Energia, Pedro Parente, disse ontem, que se a Medida Provisória 14, não for aprovada, o País corre o risco de enfrentar uma crise sistêmica no setor. A MP 14 é a base do acordo do setor elétrico, firmado no final do ano passado pelo Governo, e autoriza o reajuste de 2,9% das tarifas de energia do setor residencial para compensar as perdas que as distribuidoras tiveram com o racionamento. Segundo Parente, caso a medida não seja aprovada, as empresas do setor elétrico poderão recorrer à Justiça e conseguir o direito a realizarem reajustes ainda maiores. O ministro lembrou que o equilíbrio financeiro do setor elétrico é uma garantia constitucional e que no passado os contribuintes já tiveram de pagar ainda mais caro para repor perdas dessas empresas. O que estamos tentando fazer é evitar a repetição de um problema que poderia gerar uma crise sistêmica, que afetaria o setor como um todo de forma generalizada, distribuidores e geradores - disse. (Jornal do Commercio - 09.04.2002)

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7- Governo vai apurar lucros das elétricas

O governo vai investigar o lucro das empresas de energia elétrica em 2001, o ano do apagão. Se for comprovado que os resultados foram maiores do que o compatível com o equilíbrio nas contas da empresa, o excedente pode voltar para o consumidor na forma de aumentos menores de tarifas. A promessa é do ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, que rebateu as críticas de que o governo teria sido precipitado ao conceder reajuste extraordinário às empresas. Em dezembro, o governo autorizou um aumento de 2,9%. Para Parente, esse reajuste seria "muito maior" se as companhias fossem à Justiça pleiteá-lo. Na sua visão, o governo restringiu "o preço e a quantidade de energia vendida" pelas empresas ao decretar o racionamento. Por isso, afirma, elas tinham direito ao reajuste, para preservar seu equilíbrio econômico-financeiro, direito previsto na Constituição, diz o ministro. "Acho difícil classificar um aumento de 2,9% como tarifaço. Entendemos que o custo foi menor do que enfrentar ações na Justiça, que desestabilizariam o mercado", disse. (Folha de São Paulo - 09.04.2002)

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8- Parente defende programa de energia emergencial

O programa de energia emergencial não foi superestimado segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente. Prova disso, afirma, é que estava prevista a contratação de 4.000 MW e só cerca de 2.000 MW foram contratados com produtores independentes - a maior parte de usinas térmicas a óleo. O ministro admitiu, porém, que o Programa Prioritário de Termelétricas a gás natural foi superestimado e que 20% das 38 usinas previstas não saíram do papel - ou seja, sete ou oito unidades. A revisão foi feita com base em informações da Petrobras, maior investidora em térmicas no país. Parente disse que, já descontada essa "mortalidade", o Brasil vai receber até 2004 R$ 43 bi em investimentos em energia. A maior parte deles -R$ 34 bi- virá do setor privado. (Folha de São Paulo - 09.04.2002)

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9- FHC e Kwasniewski visitam Itaipu

O presidente Fernando Henrique Cardoso visita hoje a usina de Itaipu Binacional, acompanhado do presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski. Os dois chefes de Estado vão assistir à instalação do pré-distribuidor de água de uma das duas novas turbinas, peça fundamental para a conclusão de todo o projeto. As duas últimas turbinas de Itaipu devem entrar em funcionamento a partir de janeiro ou fevereiro de 2004, o que significa que a hidrelétrica terá 14 mil MW de potência instalados. A conclusão das obras vai oferecer 400 MW médios diários para o si tema interligado nacional, o que pode manter uma cidade do porte de Curitiba abastecida. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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10- Processo do veto da Celesc desaparece na Assembléia

Um verdadeiro mistério envolve o veto do governo sobre a emenda do deputado João Henrique Blasi (PMDB) na lei que cria a nova Celesc. O processo, de número 1538, parece ter sumido entre o gabinete do deputado Antônio Aguiar (PFL) e a Comissão de Constituição e Justiça. O deputado, que ontem devolveu o cargo ao titular, João Macagnan (PFL), disse que entregou o processo à Comissão, mas os técnicos afirmam não ter qualquer registro. O resultado é que a Assembléia Legislativa vive uma situação inédita. Pela primeira vez na história do Legislativo, terá que se pedir a reconstituição do veto, caso ele não apareça. O pedido de reconstituição para a sessão de hoje dependerá da vontade do presidente da Assembléia, deputado Onofre Agostini. A reconstituição pode ser feita rapidamente, antes da sessão. Caso entre na pauta do dia, o veto é um limitador, porque nada poderá ser apreciado pelo plenário antes dele. Funcionários mais antigos não lembram de episódio semelhante. Com 26 anos de casa, o funcionário da Comissão de Constituição e Justiça, Romério de Souza, vê uma situação bastante inusitada. (Diário Catarinense - 09.04.2002)

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11- PT vai à Justiça contra seguro antiapagão

O PT vai entrar na Justiça contra o reajuste extraordinário de tarifas e o seguro anti-racionamento caso não consiga derrubar as medidas em votação na Câmara dos Deputados. "Se o próprio governo admite que não corremos o risco de enfrentar um novo racionamento neste ano, a cobrança de um seguro nas contas de luz não faz sentido", disse o líder do PT na Câmara, deputado João Paulo (SP), por meio de nota do partido. (Estado de Minas - 09.04.2002)

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12- Inventário hidrelétrico de rio do Paraná é aprovado pela Aneel

A Aneel aprovou os estudos do inventário hidrelétrico do Rio São Francisco Verdadeiro, no Paraná, apresentados pela DM Planejamento. De acordo com o despacho nº 185, publicado no dia 5 de abril, a alternativa selecionada pela agência é constituída por seis aproveitamentos que, juntos, possuem a capacidade instalada de 28.8 MW. As centrais hidrelétricas habilitadas são as de Volta Gaúcha (2.8 MW), Cinco Cantos (6.3 MW), São Francisco (12.6 MW), Pindorama (4 MW), Tapuí (1.9 MW) e Carlos Mathias Becker (1.2 MW). (Canal Energia - 08/04/2002)

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13- Aneel registra aproveitamento hidrelétrico no Rio Grande do Sul

A Aneel já registrou o aproveitamento hidrelétrico Linha Granja Velha, localizado no rio Fortaleza, nos municípios de Taquaruçu do Sul e Erval Seco (RS). Formado por duas unidades hidrogeradoras, a central possui 1.000 KW de potência instalada e está em operação desde janeiro de 2002. Segundo o despacho da agência publicado no Diário Oficial no último dia 5, a energia gerada pela proprietária Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai é destinada ao uso exclusivo do interessado; sendo a comercialização, eventual e temporária, dos excedentes de energia elétrica dependente da autorização da Aneel. (Canal Energia - 08/04/2002)

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14- Projetos de pequenas centrais em Minas Gerais são autorizados

A Aneel suspendeu o cancelamento dos pedidos de registro para a realização dos projetos das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) Boa Vista 2 e Penedo, no estado de Minas Gerais, pertencentes à empresa Enertec Consultoria Energética. Com a decisão, os estudos de recebimento e análise dos projetos básicos das usinas já podem ser reiniciados. (Canal Energia - 08/04/2002)

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risco e racionamento

1- Consumo nos submercados do país fica abaixo da curva mensal no final de semana

A curva de consumo de energia nos quatro submercados do país no último dia 7 de abril ficaram abaixo da curva-guia mensal de referência prevista pelo ONS. Segundo dados do operador do sistema, em algumas regiões, os níveis foram 20% inferiores à curva-guia. É o caso do Sudeste/Centro-Oeste, que registrou consumo 20.58% inferior à referência mensal. Ontem, a demanda nesta região foi de 20.998 MW. No submercado Sul, o consumo também ficou abaixo da curva-guia. De acordo com o ONS, o consumo foi 19.51% menor que a curva de referência, chegando a 5.71 MW demandados. Na região Nordeste, a curva de consumo ficou 16.42% abaixo da curva de referência mensal. Ontem, a demanda atingiu 4.912 MW. Já no subsistema Norte, o consumo ficou bem próximo da curva-guia mensal prevista pelo ONS. No último dia 7, o consumo verificado foi de 2.421 MW, volume 3.28% inferior à curva mensal. (Canal Energia - 08/04/2002)

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2- Consumo energético em MG não aumentou após o fim do racionamento

O consumo de energia em Minas Gerais continua baixo, mesmo após o fim do racionamento. "Na área residencial, os consumidores criaram novos hábitos, como pequenas medidas de conservação de energia e que não serão mudados com o fim do racionamento", comentou o gerente de Supervisão e Controle de Operação do Sistema da Cemig, Helder Godinho Fonseca. Durante o racionamento, a situação foi ainda mais crítica, pois a curva de consumo em sua área de concessão voltou ao mesmo patamar verificado em 95. A conseqüência deste novo comportamento, diz o gerente, será uma perda de mercado da ordem de 10%, que traduzem também em perda de receita para a concessionária. Embora tenha sofrido com o racionamento, a Cemig fechou o ano com lucro líquido de R$ 477.9 mi. "Para este, é difícil prever a perda de receita, pois dependemos do comportamento da economia nacional e estadual", avalia Fonseca. (Canal Energia - 09/04/2002)

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3- Cemat registra aumento de consumo residencial após racionamento

Em março, a Rede Cemat registrou um pequeno aumento no consumo de energia elétrica. Mas os gastos dos consumidores residenciais no mês passado foram 17% menores aos registrados no mesmo período do ano passado. A expectativa da empresa é de que o consumo entre estes clientes após o racionamento aumente entre 10% e 12%. Entre os 500 mil consumidores residenciais da Rede Cemat, mais de 400 mil, ou 77% deles, gastam até 200 kWh de energia ao mês e pagam entre R$ 2,18 e R$ 50,91 pelo serviço de abastecimento. Deste subtotal, 98 mil pagam no máximo R$ 11 pela fatura; 106 mil pagam entre R$ 6 reais e R$ 21,36 e 196 mil consumidores gastam de R$ 21,36 a R$ 50,91 reais. Após os nove meses de consumo controlado imposto pelo governo, a empresa forneceu R$ 18 mi em bônus a 2 mi de faturas e recebeu R$ 14 mi referentes à sobretaxa aplicada sobre 499 mil contas. No período, a Cemat deixou de faturar mais de R$ 100 mi. (Canal Energia - 08/04/2002)

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4- ONS investe em novo sistema de supervisão

O ONS inaugurou ontem, no Recife, o novo sistema de supervisão e controle do Centro Regional Nordeste. Ao todo, o investimento nos sistemas de supervisão do Nordeste, Norte e Sul é de US$ 6 mi. O novo sistema, cuja principal arma é um software mais avançado que o utilizado anteriormente, vai permitir que o ONS e as distribuidoras monitorem as redes em tempo real, minimizando o risco de panes, a exemplo do apagão registrado em 2001 no Sul e Sudeste. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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empresas

1- Setor elétrico receberá R$ 43 bi até 2004

O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, disse que o setor elétrico deverá receber investimentos de R$ 43,4 bi no período entre 2001 e 2004, e que o setor privado será responsável por R$ 34 bi desse total. Segundo o ministro, esses investimentos deverão proporcionar um acréscimo de pelo menos 20 mil MW na capacidade de geração do País, incluindo 11,4 mil MW de usinas térmicas. Pedro Parente participou em São Paulo do seminário ''As mudanças do setor elétrico''. Parente disse também que o governo pretende realizar leilões ainda este ano para venda de energia das geradoras públicas. Eles estão previstos para os meses de julho, agosto e setembro, com venda de energia em blocos, embora o modelo de leilão ainda esteja em estudo. Participarão as geradoras federais Furnas, Eletronorte e Chesf, além das estaduais: Cesp, Cemig e Copel. (Jornal do Commercio - 09.04.2002)

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2- Elektro renegocia dívida de R$ 613 mi

A Elektro renegociou R$ 613,6 mi com a sua controladora americana Enron, que tem o seu processo de falência analisado nos Estados Unidos. A negociação foi fechada a partir de novembro do ano passado, com o pagamento a ser parcelado entre 2005 e 2008. O anúncio foi feito pelo diretor financeiro da empresa, Britaldo Soares. Segundo Soares, a intenção da Elektro - distribuidora de energia do interior e do litoral paulistas, privatizada há três anos - é continuar investindo pesado: em 2000, foram R$ 114 mi; em 2001, R$ 119 mi; em 2002, os investimentos chegarão a R$ 130 mi. Britaldo entende que a renegociação da dívida com a Enron foi o melhor acontecimento para a Elektro, pois ela ganha fôlego para crescer no Brasil e manter os seus investimentos em evolução. (O Estado de São Paulo - 09.04.2002)

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3- Elektro tem lucro de R$ 25,4 mi em 2001

A Elektro divulgou ontem o seu balanço de 2001. Por causa do diferimento integral, as contas apresentaram lucro de R$ 25,4 mi, ante um prejuízo de R$ 63 mi de 2000, disse Britaldo. Com o racionamento e outros custos enfrentados pela empresa, o prejuízo somente em sete meses do ano passado chegou a R$ 210 mi. "Uma perda de R$ 210 mi representa quase dois anos de investimentos. O acordo feito no novo plano energético do governo, que aumenta em média 5,6% as tarifas, nos permite uma recomposição perante tantas perdas. Além disso, usamos também o empréstimo emergencial do BNDES para as empresas do setor, que chega a R$ 194 mi. E renegociamos a dívida com Furnas. Hoje a empresa está pronta para crescer", afirmou Soares. Na Elektro não se fala na possível venda da companhia, antes que a Justiça americana decida sobre a falência da Enron. "Aqui não se fala em venda da empresa", disse o executivo. (O Estado de São Paulo - 09.04.2002)

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4- Renegociações de dívidas contaminam a percepção de risco das companhias elétricas

Os problemas de caixa evidenciados em casos recentes de renegociação de dívidas são sintomáticos, mas estão longe de representar uma onda de calote. As dificuldades estão localizadas em setores como o de telecomunicações, mídia e distribuição de energia e pulverizadas em outros. O impasse da BCP para fazer um pagamento de US$ 375 mi ou as tentativas de acordo com os debenturistas da Inepar e da Cemar contaminam a percepção de risco dos respectivos nichos a que as companhias pertencem. No mercado externo, o acesso das brasileiras pode ser mais espinhoso. Outra rolagem, sem nova emissão, foi feita pela Celesc, numa negociação demorada. Os commercial paper da empresa, de US$ 61,2 mi, venceram em junho de 2001 e só começaram a ser pagos em janeiro deste ano. Mas o exemplo mais crítico é o da Cemar, que encontra dificuldades para honrar compromissos de curto prazo. A distribuidora tem um pagamento de juros para quitar em junho. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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5- Celg negocia acordo que reduz dívida de curto prazo

A diretoria da Celg acredita que poderá finalizar nesta semana um acordo de refinanciamento da dívida da estatal com a Eletrobrás, no valor de R$ 506 mi. Os termos da negociação, acelerada na semana passada com a entrada em cena da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), poderão constar no balancete do primeiro trimestre, como pretende a Celg, e representarão um corte de 66% na dívida de curto prazo da distribuidora. O presidente da Celg, José Walter Vazquez Filho, e o diretor financeiro, Javahé de Lima, devem se reunir nos próximos dias, no Rio de Janeiro, com representantes da Eletrobrás, Furnas, Aneel e STN para acertar o acordo. Por sugestão do secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa, que recebeu a direção da Celg na sexta-feira passada, o acordo passará a incluir créditos que a empresa tem a receber do governo estadual, sócio majoritário da estatal. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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6- Copel aguarda decisão da CVM para fazer emissão de R$ 500 mi em debêntures

A Copel aguarda o resultado de aprovação da CVM para a emissão de debêntures. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a expectativa é de que nos próximos dias a instituição divulgue o resultado. Na primeira quinzena de março, a empresa solicitou a emissão de R$ 500 mi em debêntures. Com os recursos, a Copel pretende garantir o plano de investimentos para 2002. O prazo para a CVM emitir sua decisão termina nesta primeira quinzena de abril. (Canal Energia - 08/04/2002)

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7- Novo diretor-geral da Itaipu toma posse no dia 08 de abril

O engenheiro civil Antonio José Correia Ribas assumiu no dia 08 de abril, em Curitiba, o posto de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, cargo ocupado por Euclides Scalco, que depois de seis anos e meio à frente da usina, aceitou o convite do presidente Fernando Henrique Cardoso para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. Na quarta-feira, dia 10, Correia Ribas receberá, em Foz do Iguaçu, o chefe de governo da Polônia, Aleksander Kwasniewski, que visitará a usina em companhia do presidente Fernando Henrique. Os líderes irão acompanhar o início da montagem da turbina da futura unidade geradora 9A. Quando entrarem em operação, no final de 2003 e em meados de 2004, as duas novas unidades irão gerar mais 1.400 MW de energia. (Canal Energia - 08/04/2002)

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8- Novas turbinas de Itaipu entrarão no sistema até junho de 2004

Até o final de 2003, a usina de Itaipu Binacional estará totalmente concluída. Com obra iniciada em 1975, a usina - que já é considerada a maior hidrelétrica do mundo - contará com 20 turbinas e 14 mil MW de potência instalados. Atualmente, Itaipu tem 18 turbinas e cerca de 11.5 mil MW instalados. A conclusão das obras das duas últimas turbinas vai oferecer 400 MW médios diários ao sistema interligado nacional, energia suficiente para manter uma cidade do porte de Curitiba abastecida sem problemas. A expectativa dos técnicos da empresa é de que em janeiro ou fevereiro de 2004, a décima-nona turbina de Itaipu já esteja funcionando e, três meses depois, a última turbina entre em operação. A usina de Itaipu hoje, é responsável por 25% de toda a energia elétrica do Brasil. Para Júlio Meirelles, assistente da Diretoria Técnica da usina, a conclusão das obras, além de representar o fim de uma fase na história da infra-estrutura do país, vai também assegurar tranqüilidade para o crescimento da economia. "A construção dessas novas duas unidades vão colaborar para que o Brasil não tenha problemas no futuro com energia, porque no total seria como se uma nova usina de grande porte estivesse entrando no mercado", avaliou o engenheiro. (Canal Energia - 08/04/2002)

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9- Retomada industrial não será suficiente para garantir crescimento de consumo em MG

Mesmo com o fim do racionamento e a retomada da atividade industrial, a Cemig não tem expectativas de crescimento de consumo em sua área de concessão. Isto porque, em março, primeiro mês pós-racionamento, o consumo de energia foi aproximadamente 15% inferior ao mesmo período do ano passado. Em fevereiro, quando o racionamento ainda vigorava, a economia chegou a 15,6%. "Acreditamos que, em 2002, o consumo de energia em nossa área de concessão fique próximo dos 5 mil MWh médios, volume médio alcançado nos anos de 1999 e 2000", prevê Helder Godinho da Fonseca, gerente de Supervisão e Controle da Operação do Sistema da companhia. Ele conta que o principal motivo para a retomada do crescimento seria a atividade industrial, grupo que responde por 60% da demanda atendida pela Cemig. Entretanto, o pico de consumo neste segmento só acontece no mês de setembro, quando há aumento da produção industrial. (Canal Energia - 09/04/2002)

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10- Três grupos qualificados para obras da Chesf

O consórcio Alstom Brasil/ Alstom Suiça e as empresas Construções e Comércio Camargo Correia e Siemens Westinghouse Power Corporation são as pré-qualificados para fornecimento dos turbogeradores a gás natural da termelétrica do Bongi, da Chesf. A térmica, instalada no Recife e desativada desde os anos 70, será transferida para o município de Igarassu. A lista de pré-qualificadas foi divulgada ontem. Elas deverão apresentar as propostas de preço até o dia 12 de abril. Em maio, a Chesf divulgará o resultado final da tomada de preços e assinará o contrato para aquisição dos geradores, que terão um potência total entre 220 e 310 MW. A primeira etapa da térmica estará operando no final deste ano. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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11- Celpe revê previsão de investimentos e reduz aporte

Depois de investir R$ 168 mi em 2001, a Celpe, controlada pela holding Guaraniana, vai reduzir este ano o nível dos aportes devido ao rescaldo da crise energética. `Como o mercado vai crescer este ano muito menos que o previsto antes da crise, será necessário um aporte menor que o programado`, explica o presidente Fernando Arronte. O investimento este ano será de R$ 140 mi, R$ 40 mi a menos que os R$ 180 mi estimados para 2002 no programa estratégico da Guaraniana para o período 2001/ 2006. O bolo é inferior também em R$ 28 mi ao investido no ano passado. De acordo com o presidente, foi necessário um grande sacrifício em 2001 para cumprir o investimento previsto, e só não houve diminuição porque a crise pegou a empresa em plena execução do programa anual. Já em 2002, houve tempo para redimensionar os aportes. `Será necessário um investimento menor, pois prevíamos em 2002 um crescimento da demanda de 10% com relação a 2000 e seria necessário um volume de recursos proporcional ao incremento do mercado. Porém, devido à crise, o mercado em 2001 e 2002 vai registrar, na verdade, um decréscimo de 1% com relação a 2000`, ressalta Arronte. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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12- Subestação Bom Jardim, da Cerj, entra em operação no próximo dia 11

Entra em operação na próxima quinta-feira, dia 11 de abril, a subestação Bom Jardim, da Cerj. Com 15 MVA e localizada no município de Bom Jesus de Itabapoana, a obra inclui ainda uma linha de transmissão de 34.5 KV e 500 m de extensão, e dois transformadores de 7.5 MVA. O investimento feito pela distribuidora fluminense soma R$ 1.2 mi, e vai beneficiar diretamente os 34 mil habitantes residentes no município. A subestação Bom Jesus será operada de forma remota, diretamente da Central de Operações da Cerj, no bairro de São Domingos, em Niterói. (Canal Energia - 08/04/2002)

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financiamento

1- Energia das estatais vai a leilão

As geradoras estatais poderão vender toda a sua eletricidade nos leilões de energia, com início previsto em julho. Quando foram anunciados, imaginava-se que os pregões seriam exclusivamente voltados aos contratos da chamada "energia velha", produto de usinas antigas, já depreciadas e que operam com baixo custo de geração. Mas o governo pretende ofertar também a energia nova, de usinas construídas pelas estatais, inclusive de geração térmica. A proposta detalhada dos leilões será encaminhada esta semana ao núcleo executivo da GCE. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, os leilões terão contratos-padrão de 500 kW médios, com prazo de dois anos. Essa uniformidade, acredita, agilizará a criação de um mercado secundário de energia elétrica no País. Parente informou ainda que os contratos não terão com mecanismos de hedge, para evitar polêmicas como a do Anexo 5 dos contratos iniciais, que protegia as distribuidoras em caso de racionamento. "A energia pública que não for vendida no leilão será direcionada ao MAE, e não poderá ser objeto de contratos bilaterais", afirma Parente. Mas há reivindicação das geradoras para que as sobras de energia dos leilões possam ser negociadas em contratos de curtíssimo prazo, inferior a um ano. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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2- Leilões começam com contratos fixos de 0.5 MW e prazo de dois anos

Valor médio de 0.5 MW e prazo de dois anos. Essas são as primeiras definições em torno dos contratos que serão utilizados nos leilões de liberação da energia velha das geradoras estatais. As informações foram confirmadas pelo ministro-chefe da Casa Civil e presidente da GCE, Pedro Parente, durante o seminário "As Mudanças no Setor Elétrico", em São Paulo. Segundo Parente, os primeiros leilões serão realizados em julho, agosto e setembro deste ano, e terão a coordenação do MAE, responsável pelas negociações eletrônicas. O ministro afirmou ainda que pelo menos 50% da energia dos contratos iniciais será liberada em leilão a partir de 2003, no primeiro ano de abertura do mercado. Com o modelo dos leilões ainda em estudo, Parente afirmou que o principal objetivo da operação é dar transparência ao processo de liberação, com preços justos e garantias de energia sem interrupções. De acordo com Parente, o setor elétrico deverá receber investimentos de R$ 43.4 bi no período entre 2001 e 2004, sendo R$ 34 bi diretamente investidos pelo setor privado. (Canal Energia - 08/04/2002)

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financiamento

1- Balança tem superávit em abril

A balança comercial registrou superávit de US$ 43 mi na primeira semana de abril, resultado de exportações de US$ 924 mi e importações de US$ 881 mi. Com isso, no ano a balança acumula superávit de US$ 1,071 bi, com US$ 12,814 bi em vendas ao exterior e US$ 11,743 bi em compras. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. As exportações caíram 21,9%, se comparada a média diária da primeira semana de abril deste ano, de US$ 184,8 mi, com a média de US$ 236,5 mi apurada em igual mês do ano passado. Esse comportamento foi puxado pela queda nas vendas de produtos básicos (-27,3%), especialmente fumo em folhas, petróleo em bruto, carne de frango, café em grão e farelo de soja e soja em grãos. Os manufaturados caíram 24,4%, principalmente automóveis, aviões, autopeças, papel e cartão, motores e geradores e gasolina. Já os semimanufaturados tiveram aumento de 10,8%, em razão das vendas de alumínio bruto, semimanufaturados de ferro ou aço e couros e peles. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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2- IGP-M sobe 0,06% na prévia de abril da FGV

O IGP-M apresentou alta de 0,06% em sua primeira prévia de abril, segundo a FGV. O resultado foi inferior ao registrado na primeira prévia de março, quando o índice teve alta de 0,17%. A continuidade da queda nos preços dos produtos agrícolas, influenciando os índices do atacado e do varejo, foi o fator que provocou o recuo do IGP-M. "O resultado foi abaixo do esperado", disse o chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, Sidney de Melo Cota. O Índice de Preços por Atacado (IPA) teve queda de 0,07%. No mês passado, o indicador apresentou alta de 0,16%. No atacado, os produtos agrícolas apresentaram queda de 0,66%. Este percentual alavancou a variação negativa registrada no IPA. Segundo Cota, esse desempenho é resultante das boas perspectivas de safra para os próximos meses, conduzindo para baixo os preços dos itens agrícolas. O IPA representa 60% do resultado total do IGP-M. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) sofreu alta de 0,3% na primeira prévia de abril. Em igual período do mês anterior, a alta foi de 0,09%. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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3- Mercado aposta em inflação perto da meta

A inflação deste ano, medida pelo IPCA, deverá apresentar oscilação de 5,26%, muito perto do teto da meta fixada pelo governo, que é de 5,5%. Esta é expectativa apurada pelo Banco Central junto ao mercado, e reflete as percepções dos principais agentes da economia durante a semana passada. No boletim anterior, divulgado em 1 de abril, o mercado apostava que o IPCA de 2002 apresentasse variação de 5,04%. O centro da meta do IPCA para este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,5% e 5,5% no ano. Para 2003, as expectativas de mercado quanto à oscilação do IPCA ficaram inalteradas nas duas últimas semanas, indicando variação do índice em 4% no próximo ano. Apesar do aumento do pessimismo quanto ao comportamento do IPCA em 2002, o mercado acredita que o Banco Central não alterará a trajetória declinante da taxa básica de juros, a Selic. Conforme apurado pelo BC e divulgado ontem no boletim Focus, há previsão de que a taxa Selic estará no patamar de 16,5% ao ano, ao final de 2002, a mesma aposta apurada na pesquisa anterior. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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4- Cenário é favorável para a rolagem de emissões

A rolagem de dívidas está na pauta das diretorias financeiras de empresas brasileiras, e o movimento, tanto de emissões como de consultas, é crescente nos bancos. Isso porque os analistas acreditam que a janela que se abriu há algumas semanas no mercado externo, depois que o risco Brasil começou a cair, poderá ser uma das melhores opções ainda este ano para captar dólares. Depois disso, existe grande possibilidade de maior instabilidade por causa da alta do preço do petróleo e dos conflitos no Oriente Médio, segundo o diretor do Dresdner Kleinwort Wassersten, Alfred Dangoor. No segundo semestre, há ainda as incertezas no cenário político com as eleições presidenciais, que também podem afetar o mercado interno de emissão de dívida. "Várias empresas estão solicitando aos investidores que não exerçam o 'put' (opção de antecipar o pagamento)", disse Alexandre Bettamio, o UBS Warburg. "E a tendência é de quem tiver 'put', é que role". (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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5- BC vende 92% do 'swap' cambial

O Tesouro Nacional e o Banco Central (BC) conseguiram substituir R$ 1 bi dos R$ 4,4 bi em títulos cambiais que vencem no dia 18 de abril. Ontem, no leilão conjugado de "swap" cambial e Letras Financeiras do Tesouro (LFT, pós-fixadas) foram negociados 92% dos papéis oferecidos ao mercado. Foi a primeira vez, desde o início da rolagem da dívida cambial neste sistema, em 27 de março, que quase a totalidade dos títulos foi vendida. "O mercado cansou de pedir prêmios altos para comprar os títulos pós-fixados", disse o diretor de tesouraria de um banco europeu. Nos leilões anteriores, os títulos não eram leiloados integralmente porque os investidores pediam taxas elevadas para adquirir as LFT e o Tesouro Nacional restringia a venda. Para a conclusão do leilão, é preciso negociar a mesma quantidade de swap cambial e LFT, o que não ocorria. Para solucionar o problema, o Tesouro e o BC aumentaram a oferta de swap cambial em 30% a mais do que LFT. E deu certo. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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6- Dólar comercial inicia pregão com queda de 0,21%, a R$ 2,2890 na venda

O dólar comercial começou as negociações do dia com baixa de 0,21% perante o fechamento de ontem. A cotação de abertura foi de R$ 2,2890 para venda. Ontem, a perspectiva de um forte fluxo de recursos no país impediu que o dólar comercial refletisse toda a intensidade da preocupação com a crise no Oriente Médio. A moeda fechou a R$ 2,2920 na compra e R$ 2,2940 na venda, com 0,7% de alta. O volume financeiro nesta segunda-feira foi fraco, alcançando US$ 800 mi ao término do pregão. (Valor Online - 09.04.2002)

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gás e termoelétricas

1- Ministério Público pede informações sobre térmicas

O Ministério Público Federal pediu informações às 13 secretarias estaduais de Meio Ambiente sobre o licenciamento das 58 usinas térmicas emergenciais, contratadas como uma forma de seguro-apagão. Parte das usinas contratadas ainda não têm licença ambiental para operar e, sem a autorização, não devem entrar em atividade no prazo previsto, 1° de julho. Os órgãos ambientais têm dez dias úteis para encaminhar as respostas ao Ministério Público. O material também fará parte da investigação do procurador sobre os R$ 6,7 bi gastos pela estatal CBEE na contratação das usinas. Em nota oficial, a CBEE informa que o dono de usina com obra atrasada será ''responsabilizado'' e terá que pagar multa. A entidade não acredita em atraso nas obras, ''pois do ponto de vista técnico elas podem ser instaladas muito rapidamente''. No Rio, o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, afirmou desconhecer o atraso nas obras. (Jornal do Brasil - 09.04.2002)

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2- Governo prevê construção de 38 térmicas até 2004

O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, afirmou nesta segunda-feira que o governo federal trabalha com a possibilidade de que as obras de 38 usinas do Programa Prioritário de Termeletricidade sejam concluídas até 2004. As novas usinas devem acrescentar ao sistema elétrico capacidade de 11,434 mil MW. O ministro contou que oito usinas do programa já foram concluídas e que outras 15 estão em construção. Parente afirmou também que, no mesmo período, o governo espera que sejam concluídas 24 usinas hidrelétricas, que deverão ampliar a oferta de energia em 16,6 mil MW. Para este ano, acredita-se que as novas usinas forneçam 3,050 mil MW. Ainda segundo o ministro, devem ser importados da Argentina 1.088 MW em 2002. (Diário do Grande ABC - 09.04.2002)

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3- CPRM licita 13 jazidas de carvão em dois Estados

A Superintendência Regional da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) publica, ainda em abril, os editais para a licitação de 13 jazidas de carvão mineral, 12 no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina, que somam reservas de 2,9 bilhões de toneladas. O superintendente da CPRM para os dois estados, Cladis Antonio Presotto, explica que a empresa, ligada ao Ministério de Minas e Energia, resolveu disponibilizar as áreas devido à retomada do interesse demonstrado pela iniciativa privada. Além da necessidade da diversificação da matriz energética brasileira devido ao apagão, outros dois fatores levaram a companhia a acelerar o lançamento dos editais: a construção de quatro novas termelétricas a carvão - três no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina - e aproximação do esgotamento das minas hoje em exploração. `Todo o processo já foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa`, diz Presotto, lembrando que as jazidas já teriam sido disponibilizadas antes, caso houvesse mercado para o carvão. (Gazeta Mercantil - 09.04.2002)

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internacional

1- Relatório pode determinar o controle da Enron por consignatário

Um relatório-chave esperado para hoje poderia recomendar a diretoria da Enron a ser tirada do controle diário da companhia energética e substituída por um consignatário proposto pela corte, segundo fontes legais. Recolhido durante o mês passado, o relatório determinará se a Enron saqueou dinheiro de seus negócios energéticos até ter pedido proteção por falência no início de dezembro. Caso atos ilícitos sejam encontrados, o relatório pode recomendar que o consignatário, ou uma direção independente, controle a companhia, disseram as fontes legais. " Do ponto de vista da direção, a convocação de um consignatário é o que eles mais temem", disse Lynn LoPucki, professor de direito da Universidade da Califórnia. "Há, claramente, fundamento para a convocação de um consignatário porque houve fraude, desonestidade, provavelmente incompetência, e certamente negligência gerencial." Dados esses fatores, a possibilidade de um consignatário é muito maior no caso da Enron na maior parte dos procedimentos nos casos de falência, de acordo com LoPucki. (New York Times - 09/04/2002)

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2- Nigéria espera que setor de gás alcance mesmos índices petrolíferos

A companhia de gás e petróleo Unipetrol Nigéria está se expandindo rapidamente, na medida em que o governo nigeriano encoraja a exploração por multinacionais, como a Royal Dutch/Shell e fornecedoras de energia da Nigéria, como a Unipetrol. O governo acredita que o setor de gás pode ser compatível aos altos índices de expansão das companhia petrolíferas, que dominam a economia do país. "Há tantas coisas acontecendo de uma só vez", disse Rilwanu Lukman, conselheiro do presidente e o representante da Opec da Nigéria. Estimativas colocaram as reservas de gás nigerianas em mais de 3 mil m cúbicos, apresentando o país como um dos maiores depósitos de gás do mundo. As reservas são pouco exploradas, refletindo a história do sub-investimento, baixa demanda doméstica e o entusiasmo dominante pelo petróleo. O maior exemplo da mudança no tratamento dessa questão é o projeto para extração de gás natural liquefeito (GNL) no Niger Delta. A iniciativa é um empreendimento conjunto entre a estatal Nigerian National Petroleum Corporation e as petrolíferas multinacionais Shell, TotalFinaElf of France e a italiana Eni. (Financial Times - 09/04/2002)

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3- BHP investirá em gás e petróleo

O maior grupo de recursos diversificados do mundo, BHP Billiton, investirá US$ 4 bi nos próximos cinco anos para desenvolver seus negócios de gás e petróleo. Anunciando as metas estratégicas para o grupo recém fundido, ontem, o executivo-chefe da companhia, Brian Gilbertson, disse que os antigos negócios da BHP Petroleum diferenciou o grupo de seus colegas tradicionais e que o crescimento pode ser alcançado mais facilmente em petróleo e gás do que em minérios, onde iria enfrentar assuntos competitivos. O investimento seria de cerca de 40% do orçamento de expansão do capital potencial do grupo. Gilbertson, que irá suceder Paul Andersen como executivo-chefe este ano, disse ontem que suas operações de petróleo e gás levavam vantagens em relação às companhias gigantes em nichos em desenvolvimento em países como Algéria e Paquistão. "(Petróleo) é o que nos faz únicos, pois qualquer competidor de minas seria pressionado a copiar a qualidade de nosso negócio petrolífero", ele adicionou. (Financial Times - 09/04/2002)

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4- Shell Gas and Power prevê que rendimentos de gás natural no Oriente Médio alcançarão os de petróleo nos próximos vinte anos

Os rendimentos de gás natural alcançarão, até 2010, 10% dos rendimentos atuais no Oriente Médio, a diretora executiva da Shell Gas and Power, Linda Cook, disse na tarde de ontem na Conferência de Petróleo e Gás no Oriente Médio, em Qatar. A produção de gás natural na região está prevista para dobrar na próxima década, com as vendas estimadas em aumentar para 480 bi de m cúbicos, lideradas pela demanda local, assim como as exportações de oleodutos de gás, gás natural liquefeito (GNL) e produtos de GNL. "Em cerca de duas décadas, nós poderemos prever a demanda global de gás ultrapassando a de petróleo em uma velocidade equivalente", disse Cook. Ela pediu que o desenvolvimento futuro em infra-estrutura encontre-se com a demanda local e regional, e notou iniciativas nessa direção com um projeto de canal de oleoduto indo do Qatar para o Kuwait e o projeto Dolphin, do Qatar para os Emirados Árabes Unidos. O Oriente Médio, com 35% das reservas de gás do mundo, precisa de um empurrão em sua participação mundial de 9%, segundo Cook, vendo a Nigéria como um exemplo para o desenvolvimento de gás. (Platts - 09/04/2002)

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5- Paquistão finaliza acordo de empreendimento conjunto de venda e avaliação de gás

O Paquistão finalizou um acordo em um empreendimento conjunto para a venda e avaliação do preço do gás com a South West Miano, operadora do campo de gás Sawan na província de Sindh, disse um oficial do Ministério dos Recursos de Petróleo e Gás Natural. O empreendimento concordou em fornecer 4.81 mi de m cúbicos/dia da Sawan Gas para a Sui Northern Gas Pipeline Ltd, segundo o oficial. A iniciativa planeja investir US$ 100 mi na fase dois do desenvolvimento do campo de gás, com a entrega do gás prevista para o final de 2003. Os princípios do acordo, que esquematizou os sistemas legais para o uso comercial do campo de gás, foi assinado no ano passado. O grupo engloba a OMV da Áustria com 19.7%, a Agip da Itália, com 23.7%, a Moravske Naflove tchecoslováquia (7.9%), a Paquistan Petroleum (26.2%) e o governo paquistanês, com 22.5%. O empreendimento dividirá os custos de investimento e os rendimentos da venda. (Platts - 09/04/2002)

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6- EUA enfrentam preços mais altos e maior volatilidade de gás e petróleo

Os EUA entraram em uma era de preços mais altos e crescimento da volatilidade nos mercados de gás e petróleo, o que não é, necessariamente, ruim, disse o presidente e diretor-executivo da Anadarko, John Seitz. Em um discurso político na Conferência de energia Howard Weil em Nova Orleans, Seitz disse que a intensidade das oscilações de preço está aumentando enquanto os ciclos estão encurtando. Mas para produtores como a Anadarko, "a volatilidade cria oportunidade - oportunidade de gerenciar os ciclos, de elevar a lucratividade para a indústria e para os consumidores", ele disse. "O sucesso está em encontrar as estratégias individuais corretas, desconsiderando se os preços estão altos ou baixos." Seitz continuou declarando que os preços mais fortes de gás vieram para ficar. "O mercado livre funciona. Companhias bem-sucedidas irão gerenciar de forma criativa os ciclos dos preços. E a indústria aumentou o foco na questão principal. Em 2001, os EUA produziram cerca de 1.56 bi m cúbicos/dia devido aos níveis de descida, a indústria precisa encontrar 0.34 bi m cúbicos/dia da nova produção somente para manter igual o fornecimento em 2002", ele disse. (Platts - 09/04/2002)

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7- Alemanha expandirá capacidade eólica até 2010 em terras nacionais e estrangeiras

A Alemanha expandirá sua capacidade de energia eólica para 22.4 MW até 2010, comparada à geração atual de 8.75 MW, segundo descoberta de um estudo do Instituto alemão de energia eólica. O estudo descobriu que usinas de energia eólica estrangeiras estão perto de constituir um papel importante para o país. Até 2010, a Alemanha espera ter capacidade instalada de energia eólica de 20 mil MW em terra e 2.4 mil MW em terras estrangeiras (atualmente essa capacidade é zero). O estudo também estimou que até 2030 a Alemanha terá cerca de 21 mil MW em terra e 26 mil MW de capacidade de energia eólica em terras estrangeiras. Isso significa que o país poderia gerar mais de 130 t MW/ano de energia. (Platts - 09/04/2002)

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8- Conam reafirma leilão de distribuidoras para final de abril

A Conam, agência nacional de privatização do Equador, continua com intenção de vender 51% das ações de sete distribuidoras na região litorânea do país no dia 26 de abril, segundo informou uma fonte da Conam a BNamericas. A data está valendo "até o momento", disse a fonte, deixando espaço para eventuais alterações em um processo que já foi modificado várias vezes. O preço mínimo para as participações foi estabelecido originalmente como US$92 mi, mas posteriormente vários conselhos provinciais acrescentaram suas participações à venda, o que elevou o preço mínimo para US$122 mi. A fonte não pode confirmar o preço mínimo, que também vai ser afetado pela decisão do presidente Gustavo Noboa de congelar os aumentos mensais das tarifas elétricas. A agência reguladora Conelec havia autorizado aumentos graduais para as tarifas elétricas para levá-las a níveis internacionais, e o preço mínimo das distribuidoras foi calculado com base no faturamento futuro. A Conelec ainda não explicou como o congelamento vai afetar o preço mínimo. (Business News Americas - 08/04/2002)

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9- Desenvolvimento de Tacobo aguarda condições de mercado

A petroleira argentina Pluspetrol só vai desenvolver a descoberta de gás natural Tacobo, na Bolívia, quando as condições de mercado estiverem favoráveis, segundo contou a BNamericas o CEO da Pluspetrol na Bolívia, Salomon Akly, acrescentando que não há investimento programado para o poço este ano. O poço Tacobo-X1001 foi ensaiado em julho de 2001, produzindo 1.1 mi de m cúbicos/dia a uma pressão de 10.000psi. O poço agora está fechado, mantido como reserva. O Tacobo-X1001 faz parte do bloco de exploração San Isidro, da Pluspetrol Bolívia, onde a companhia está furando também o poço Tajibo. O San Isidro fica no departamento Santa Cruz. (Business News Americas - 08/04/2002)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fabiano Lacombe - Jornalista

Assistentes de pesquisa: Clarissa Machado, Fernando Fernandes, Anna Katarina e Silvana Carvalho.

Webdesigner: Andréia Castro
Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

As informações que apresentam como fonte UFRJ são da responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico vinculada ao Nuca do Instituto de Economia da UFRJ

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